Artigo

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 17

C ON TR IBU IÇÃO DA PSIC OPEG AGOGIA NO C ENÁR I O

ESC OL AR
VIEIRA PROCACI, Rita de Cássia1
Pós-Graduação Psicopedagogia Clínica²

RESUMO

Este estudo de pesquisa surge da necessidade de refletir sobre “De que


forma a psicopedagogia pode intervir nas dificuldades de aprendizagem”. A
pesquisa será realizada por meio de uma revisão bibliográfica, com o intuito de
explorar a atuação e a relevância do Psicopedagogo nas instituições
educacionais, além de reconhecer que, se aplicada de maneira apropriada,
essa intervenção poderá ser fundamental para que o aluno se torne um adulto
crítico. As razões para a dificuldade de aprendizagem podem ser variadas,
como: estruturas familiares que atendem às necessidades específicas de cada
criança ou adolescente, bem como problemas relacionados à leitura e escrita,
como a dislexia. A proposta que apresentaremos será desenvolvida através de
uma pesquisa bibliográfica, focando nas dificuldades de aprendizagem em
leitura e escrita e no papel do psicopedagogo diante desses desafios.
O objetivo desta pesquisa bibliográfica é destacar a relevância de reconhecer
as dificuldades associadas à leitura e à escrita, promovendo, assim, o interesse
dos alunos e incentivando sua permanência nas salas de aula.
Assim, este trabalho foi estruturado para oferecer uma melhor compreensão
sobre essa temática. É importante ressaltar que, embora as informações sejam
apresentadas ao longo de todo o estudo, elas são interdependentes e se
complementam na discussão proposta.

Palavras-chave: Psicopedagogia, psicopedagogia institucional,


atuação, processo de intervenção..
INTRODUÇÃO

Pode-se entender que a psicopedagogia se trata de um campo de


estudo que visa ampliar e coordenar ações, buscando melhorar a
perspectiva sobre a Ciência Humana. Nesse conceito, a Filosofia, a
Psicologia, a Psicanálise, a Pedagogia e a Neurologia, entre outras
especialidades, visam nortear e compreender o processo evolucional de
nós, seres humanos. Em nossas mentes, encontram-se comportamentos
relativos ao desenvolvimento cognitivo, psicomotor e afetivo, que podem ser
vistos no aspecto da aprendizagem.
O psicopedagogo está ligado ao campo profissional a partir de uma
proposta de interdisciplinaridade, conforme destaca Santos (2010). Para a
autora, cabe àquele profissional não apenas evidenciar atividades e
treinamentos para sujeitos que possuem problemas de aprendizagem e
comportamentos com base em teorias comportamentais, como indica a
Psicologia Educacional, mas também estabelecer métodos, técnicas e
estratégias de ensino como sugere a Pedagogia. Entretanto, cabe
mencionar outra perspectiva de atuação do profissional de psicopedagogia,
uma vez que o mesmo ocupa um lugar na inter-relação do ensino e da
aprendizagem. Dessa forma, o objetivo da psicopedagogia deve ser
mostrar, identificar os problemas no tocante à aprendizagem dos
estudantes.
Partindo dessa premissa, se compreende que os objetivos do
psicopedagogo consistem em mostrar métodos e técnicas específicas para
superar as dificuldades vistas pelos estudantes. Para isso, é necessário que
o profissional intervenha diariamente no processo de aprendizagem das
crianças. Vale ressaltar que o conhecimento multidisciplinar visa
compreender o método de construção e planejamento cognitivo do
aprendizado de crianças, adolescentes, jovens e adultos. Sob essa
perspectiva, pode-se analisar que a psicopedagogia deve ser vista, não
apenas como uma proposta de ensino, mas também como uma metodologia
de caráter terapêutico e preventivo.

1 Graduado em Pedagogia, pela faculdade UNOPAR , ritavieiradesantana@gmail.com


Assim, busca-se entender como se dá o processo da psicopedagogia
dentro do ambiente escolar, bem como entender como o professor pode
atuar, pois o profissional, psicopedagogo destaca-se no exercício clínico e
institucional dentro da modalidade. No ambiente clínico, trabalha como
terapeuta, na educação com um grupo de intervenção multidisciplinar,
promovendo intervenções visando sanar e superar dificuldades que possam
comprometer o aprendizado. Trabalhando em hospitais, centros de
educação e empresas, o psicopedagogo promove a conexão com o
psicopedagógico.
Quanto aos procedimentos metodológicos, adotou-se a pesquisa
bibliográfica, que reflete a utilização de material já publicado, tais como
livros, artigos de periódicos e internet, material este que foi utilizado para a
construção de todo o referencial teórico, buscando construir uma estrutura
que fundamentasse as análises e considerações realizadas nesta pesquisa.

DESENVOLVIMENTO

2.1 PROCESSO DE COMPREENSÃO DA MODALIDADE DE ENSINAMENTO E


APRENDIZADO

A Psicopedagogia pode ser compreendida como atuação profissional


que busca analisar métodos de formação interdisciplinar, fator
recomendado no campo da Psicopedagogia. Sendo assim, a
psicopedagogia descreve uma proposta existencial, condicionando
propostas subjetivas e correlacionais de modo especial no campo familiar e
educacional por meio da escola.
Desse modo, a compreensão do psicopedagógico classifica e avalia a
capacidade da pessoa, sua característica individual de ação, de espelhar e
de originar, constatando que esse conhecer é parte peculiar do
desenvolvimento humano e reflexionando a experiência de forma a
contribuir na aprendizagem, como também na elevação mais ampla e
melhorada do ensino aprendizagem. A Psicopedagogia foca no
desenvolvimento do estudo, como também na linha da aprendizagem no
campo da análise do psicopedagógico modificando o direcionamento do
ambiente escolar, norteando períodos importantes na busca e,
principalmente, na adequação das unidades escolares no que tange às
necessidades da sociedade, motivando a implantação de concepções que
visam estimular a liberdade dos professores, alunos; como também, a tarefa
do psicopedagogo dentro das instituições de ensino durante.
A psicopedagogia amplia o trabalho e o processo de desenvolvimento
humano. A tese de aprendizagem pode ser vista como uma proposta
complexa, no entanto é relevante destacar que a ideia de compreensão do
mecanismo pode ser vista como resultante da visão de homens que
norteiam à práxis psicopedagógica. Dessa forma, compreende-se que o
objeto do projeto de estudo relaciona-se às características do
desenvolvimento e também da aprendizagem dos seres humanos,
sobretudo do processo de aprender e compreender, como também no
método de tratamento, e cautela da prevenção dos obstáculos na
aprendizagem. No tocante à prevenção ou ao tratamento dos contratempos
da aprendizagem, é indubitável mencionar que o psicopedagogo pode atuar
de maneira preventiva ou curativa.
A atuação psicopedagógica deve ser vista como alicerce para a
superação de nossos limites. Com base nesse conceito, pode-se
compreender que o processo de ensinar está ligado ao de aprender. Dessa
forma, o processo de atuação curativa pode ser visto como um método de
readaptação pedagógica do aluno, visto que o auxilia no processo de
melhoria do conhecimento e da aprendizagem.
No campo da psicopedagogia, deve-se destacar o norte de atuação,
sendo ele clínico, como também unidades hospitalares, empresas e
escolas. No ambiente clínico, intercorre o processo de relação entre o
sujeito e sua relação com o meio. Na precaução, são evidenciadas técnicas
que influenciam no desenvolvimento de aprendizagem, em que lugar exista
a atuação afetiva, intelectual e biológica. Na psicopedagogia institucional,
os sujeitos são os envolvidos com a instituição e sua complexa rede de
relações.
O psicopedagogo se envolve na edificação do conhecimento do ser
em questão, diante disso, a instituição norteia valores filosóficos e
ideológicos. Enquanto institucional, a psicopedagogia pode manifestar suas
contribuições nas empresas, hospitais e escolas.
No bojo dessa discussão, está a instituição escolar, na qual a
atividade do psicopedagogo deve ser observada no contexto de instruir e
assimilar propostas livres, na construção da melhoria no desenvolvimento
de forma cognitiva pensando na edificação de condutas e com regras a
partir de uma meta social mais acolhedora. O papel das escolas deve ser
observado de forma agregadora para que o sujeito possa se integrar dentro
do processo de aprendizagem. Nessa ótica, permeiam as preocupações
dos psicopedagogos que estão voltadas para a ação preventiva como
também visam à ação curativa.
Dentro da função do psicopedagogo, o profissional precisa evidenciar
concepções que admitam conhecer a forma como se promove a
aprendizagem, mostrando o que é ensinar e aprender. Essa sabedoria se
estabelece por meio da prática clínica, da constituição teórica e do
tratamento psicopedagógico-didático e, para isso, uma reflexão que envolva
teoria é fundamental. Ao realizar trabalho de clínica e de prevenção, o
profissional deve ter como base um referencial teórico. Como prevenção,
deve detectar possíveis percalços na experiência, comunicar de forma ativa
no ambiente educacional e promover orientação especial e em quantidade,
criando formas para que a criança enfrente a escola dos dias atuais,
norteando a condição de ser uma pessoa, promovendo realizações
pessoais, demonstrando apreço, respeitando interesses e sugerindo
conteúdos.
Quanto ao método de trabalho, o profissional psicopedagogo norteia
projetos de diagnósticos que visam sintetizar e compreender a deficiência
na aprendizagem. Diante do exposto, a psicopedagogia possibilita uma
metodologia com característica clínica dentro do universo de atuação, que
se refere ao espaço físico relativo à epistemologia. Na metodologia de
abordar a característica de estudo, presume-se visões próprias, de acordo
com aspecto clínico, de forma cautelosa, teórica, preventiva e interativa.
O psicopedagogo, em seu trabalho, norteia a compreensão de
situações, em que sintetiza a aprendizagem do aprendente, subentendendo
uma visão de possibilidade particular de ação, a partir da qual, cada caso
apresenta uma abordagem diferente no tratamento, como também dentro
da atuação. Sendo assim, é notório que o trabalho desenvolve um modelo
clínico individual, em que o psicopedagogo busca a identidade e o
significado das informações que podem alicerçar e permitir a análise do
sujeito, buscando promover a aprendizagem das metas estabelecidas
dentro do conteúdo escolar, notadamente dentro do trabalho e na forma de
abordar no processo preventivo. Sob esse prisma, evidencia-se que o
psicopedagogo deve nortear uma visão de forma investigativa e
intervencionista.
Existem várias formas de intervenção do psicopedagogo, tanto
clínica, quanto institucional. Uma das formas é o diagnóstico, a partir do
qual, o psicopedagogo pode identificar informações que podem ser
analisadas, podendo escolher as melhores formas de tratamento e
proporcionar um processo de aprendizagem do estudante. Compreende-se,
assim, que a psicopedagogia em nosso País foca no modelo de
desenvolvimento, bem como nas necessidades, de modo profissional, pode-
se englobar a visão de conhecimento. No que tange à formação,
acrescenta-se a visão interdisciplinar. Conforme destaca Visca (apud
BOSSA, 2000, p. 21):

[…] a psicopedagogia foi inicialmente uma ação subsidiada da medicina e da psicologia,


perfilando-se posteriormente com um conhecimento independente e complementar
possuída de um objeto, denominado deaprendizagem, e de recursos diagnósticos,
corretores e preventivos próprios.

Pode-se afirmar que não será nenhuma abordagem da ciência


psicológica que complementa todos os anseios e necessidade do sujeito,
mas sim um saber psicopedagógico oriundo da psicopedagogia, que precisa
ser considerado como uma influência para detectar a dificuldade que leva o
sujeito a não aprender.
A psicopedagogia iniciou-se a partir da pedagogia, entretanto foi no
campo da neurologia, filosofia, linguística, psicanálise e sociologia, em que
foram obtidos o entendimento e a compreensão desse modelo de
desenvolvimento. Nessa direção, encontraram-se os meios para fornecer a
reflexão científica para sintetizar e operar dentro do campo
psicopedagógico, caracterizando-se principalmente por dentro da
metodologia que converge para o ambiente psicológico e também dentro do
ambiente educacional.
No princípio da formação do psicopedagogo, notadamente evidencia-
se o indício da formação e identidade desse profissional. Dessa forma,
compreendemos que o profissional do campo da psicopedagogia efetiva
sua visibilidade e reconhecimento com base nas leis. Modelos de cursos,
contribuições para o reconhecimento prévio, implantação de conselhos de
classes foram fundamentais para o espaço desempenhado pela
psicopedagogia, dentre elas, direcionar mecanismos de modo a
proporcionar o reconhecimento e atuação dos profissionais da
psicopedagogia no campo institucional, clínico, como também no meio da
participação em proposta e projetos da pesquisa científica.
Notadamente, observa-se que o processo de regulamentação da
Psicopedagogia, embora não esteja claro com relação ao reconhecimento
da profissão, tem seu código de ética e uma associação em ação. A
Associação Brasileira de Psicopedagogia (ABP) continua lutando para a
regulamentação da profissão e da criação de Conselhos Federais e
Regionais de Psicopedagogia com base na aprovação do Projeto de Lei n.º
3.124/97, em que constam as justificativas para o reconhecimento desses
profissionais, considerando três aspectos: conhecimentos importantes e
necessários que visam a uma prática consistente, projeto de estudo do
campo da psicopedagogia; a formação que os habilita a exercer a profissão
e as condições para uma prática alicerçada. Não obstante a Deputada
Raquel Teixeira ter conseguido uma aprovação sobre o reconhecimento
desse profissional, ainda há muito que lutar. Para Mendes (1998, p. 44):

Em meio a este processo do surgimento dos cursos, há que se destacar o papel da


Associação Brasileira de Psicopedagogia, constituída em 1980 sob a denominação de
associação dos psicopedagogos de São Paulo, graças à iniciativa de um grupo de
profissionais formados pelo curso das sedes […] O pioneirismo destas pessoas estava
fundamentado em um discurso daqueles que ao se apropriarem de uma função teórica,
embasavam sua pratica em referencial (a partir de então) denominado psicopedagogo.

Nessa perspectiva, o psicopedagogo é o profissional habilitado a


lidar no processo de limitações da aprendizagem, com ética e dedicação
visa executar suas atividades durante as sessões evitando expor suas
emoções e opiniões.
2.2 A INFLUÊNCIA DO PSICOPEDAGOGO NO CAMPO DO
ENSINAMENTO E DO PROCESSO DE APRENDER.

Baseado no conceito da psicopedagogia e na função do


psicopedagogo, observa-se a importância de estabelecer a prática clínica,
estudo do sujeito e processo de aprendizagem e seu desenvolvimento
perante múltiplos fatores que interferem para que um aprendiz tenha
sucesso. Os psicopedagogos exercem as funções do educador, haja vista
que todos aqueles que são responsáveis na formação de outro ser humano
têm um olhar clínico para a complexidade da dimensão do processo de
aprendizagem. Nessa concepção, Bossa (2007, p.06) diz que:

Penso que a psicopedagogia, como área de aplicação, antecede status de área de


estudos, o qual tem procurado sistematizar um corpo teórico próprio, definir seu
objeto de estudo, delimitar seu campo de atuação, e para isso recorrer à psicologia,
psicanálise, linguística, fonoaudiólogo, medicina, pedagogia.

Notoriamente, os profissionais psicopedagogos estão


preparados para trabalhar com o sujeito, promovendo a integração
que visa ao conhecimento. No campo da prevenção, o
psicopedagogo evidencia e avalia os procedimentos e processos que
prejudicam no desenvolvimento da aprendizagem, em que ocorrem a
integração entre o sujeito com seu princípio de vida afetiva, biológica
e intelectual, uma vez que a preocupação está voltada para uma
compreensão que leva em conta a multiplicidade e a complexidade
dos fatores envolvidos, considerados os aspectos cognitivos,
psicológicos, de condição psicolinguística, culturais, e sociais
implicadas nos quadros das dificuldades apresentadas na
aprendizagem. Cabe ao psicopedagogo buscar parcerias com outros
profissionais e perspicácia para compreender os obstáculos
existentes.
Para evidenciar a forma como essa área do conhecimento é
considerada socialmente, buscou-se analisar os conceitos da
psicopedagogia, o Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa,
atualizado, destaca que “é a aplicação da Psicologia Experimental à
Pedagogia” (FERREIRA, 2000, p. 625). Essa definição não reflete a
especificidade da Psicopedagogia, em contrapartida, pode-se ver um
conceito mais amplo:

A Psicopedagogia tem por objetivo compreender, estudar e pesquisar a


aprendizagem nos aspectos relacionados com o desenvolvimento e ou problemas
de aprendizagem. A aprendizagem é entendida aqui como decorrente de uma
construção, de um processo, o qual implica em questionamentos, hipóteses,
reformulações, enfim, implica um dinamismo. A Psicopedagogia tem como meta
compreender a complexidade dos múltiplos fatores envolvidos neste processo
(RUBINSTEIN, 1996, p. 127).

A partir desse pressuposto, observa-se que o campo da


psicopedagogia promove a atuação com resultados positivos nas diferentes
instituições, norteando e contabilizando elementos que favorecem o
desenvolvimento que é a aprendizagem escolar.

2.3 A RELEVÂNCIA DO TRABALHO DO PSICOPEDAGOGO NO


CONTEXTO EDUCACIONAL

Dentro do campo educacional, o psicopedagogo converge sua base


de atuação na metodologia de diagnóstico institucional. Nesse prisma, pode
ser caracterizada a ocupação de avaliação, compreendendo o diagnóstico
de aprendizagem, num contexto dinâmico que aponta diferentes ideias de
integrações pessoais e sociais que formam configurações sociais
singulares. No processo de aprendizagem, o sujeito é evidenciado na
própria instituição ou por grupos que traduzem o mecanismo de contexto
educacional (OLIVEIRA, 2009). Nessa direção, Bossa (2007, p. 53) afirma
que:

A psicopedagogia institucional se caracteriza pela própria intencionalidade do


trabalho. Atuamos como psicopedagogos na construção do conhecimento do sujeito,
que neste momento é a instituição com sua filosofia, valores e ideologia.

Nesse sentido, o desenvolvimento psicopedagógico deve ser


compreendido e analisado a partir do método de educação nas unidades
escolares, sobre o qual norteiam a função social: sendo ela de socializar o
modelo e conhecimento, promovendo a busca do envolvimento cognitivo na
edificação de condutas e regras que permeiam uma proposta mais ampla
no contexto social. O ambiente escolar prepara o cidadão quanto ao
processo de aprendizagem sociocultural.
Nesse contexto, pode-se analisar que a escola é um agente ativo no
processo de aprendizado, incluindo o estudante no mundo sociocultural. Na
escola, ocorre o efeito da psicopedagogia norteando o compromisso de
ação preventiva. Sob essa ótica, observa-se que cada estudante, com
vários universos diferentes, formam uma base histórica pessoal,
universalizando diferentes contextos pessoais, sociais e escolares que se
condicionam de forma mútua. (BOSSA, 2007).
Nesse prisma, quando se evidencia a identificação escolar como
instituição, é importante levar em consideração a sua estrutura total, bem
como o que é específico. Passar a pensar sistematicamente, permite-nos
analisar o processo de aprendizagem no universo escolar que permite
contextualizar os procedimentos de relações que buscam mostrar os
métodos que possam direcionar a prática pedagógica.
Desse modo, torna-se fundamental delimitar qual tipo de proposta
deve ser norteada para atuação do profissional da Psicopedagogia, em que
deve ser apresentada a forma de atuação desenvolvida na escola, na
metodologia de trabalho tipicamente institucional. A ótica que permeia as
características psicopedagógicas, apresentadas neste trabalho, mostra a
compreensão de uma perspectiva atual, em conformidade com Gasparian
(1997), o qual apresenta, sob a perspectiva do mundo, a estabilidade e a
instabilidade na trajetória para o complexo estável, visando aprender com o
processo de construção do conhecimento.
Diante desse cenário, encontra-se o psicopedagogo desenvolvendo
um papel dinamizado na proposta de planejamento institucional que
caracteriza a reflexão nas propostas e ações pedagógicas e de suas
intervenções no campo do desenvolvimento e na aprendizagem do
estudante, como também no engrandecimento do ensino, que o educador
executa em suas atividades pedagógicas. Torna-se de fundamental
importância o aproveitamento das partes envolvidas, visando ao cuidado
para o bom andamento de ambas as partes, buscando o cuidado para que
as reuniões não se resumam apenas a promoções pedagógicas norteadas
em ações anteriores. Nesse processo, torna-se fundamental executar
métodos de inserções capazes de nortear as superações de dilemas que
dificultam o desenvolvimento do aluno.
Desse modo, faz-se importante que o Psicopedagogo Institucional,
devidamente qualificado, busque a observação crítica, visando a uma
profunda análise das situações, pensando não apenas nas identificações
dos problemas do aprendizado, como também promovendo metodologias
no contexto educacional implementando características do sujeito dentro do
ambiente onde ele esteja.
É reflexivo que a atividade profissional da Psicopedagogia norteou
novos métodos de conhecimento mais amplo, com a finalidade de avaliar o
desenvolvimento da aprendizagem, mudando conceitos na visão
patológica, na evolução gradual nas influências familiares, como também no
ambiente escolar e social. Nesse conceito, entende-se que as deficiências
no campo da aprendizagem passaram a ser analisadas e compreendidas de
acordo com inúmeros fatores, sendo eles escolares como também
familiares.
Desse modo, compreende-se que a Psicopedagogia melhora e
contribui com o ambiente escolar, mesmo porque é nesse meio escolar que
o desenvolvimento social acontece. É importante entender que o
psicopedagogo contribui diariamente no contexto pedagógico, todavia esse
profissional não se coloca em evidência por questões pessoais. Entende-se
que o psicopedagogo desenvolve a função de intermediador nos momentos
das reuniões escolares, mostrando as ideias do sujeito, numa forma geral,
interligando escola, família, comunidade, o trabalho e a sociedade,
promovendo a elaboração da inclusão, contextualizando oportunidades de
mudanças e ideias tradicionais no campo da aprendizagem clássica e na
promoção da saúde (JARDIM, 2006).
Diante disso, é importante destacar que o profissional precisa
desempenhar seu trabalho com uma perspectiva analítica e relativista sobre
os temas ligados à política, cultura, formação profissional e pessoal, de
pessoas ligadas ao tema. A participação do psicopedagogo não está ligada
apenas ao ambiente de atuação, como também sua forma de analisar e
pensar a realidade da Psicopedagogia, além da concepção no que tange ao
seu mercado. A Psicopedagogia do ambiente educacional deve assumir o
prisma de realidade preventiva como também assistencialista. Assim, na
função preventiva:

[…] cabe ao psicopedagogo perceber eventuais perturbações no processo de


aprendizagem, participar da dinâmica da comunidade educativa, favorecendo a
integração, promovendo orientações metodológicas de acordo com as
características e particularidades dos indivíduos do grupo, realizando processos de
orientação. Já no caráter assistencial, o psicopedagogo participa de equipes
responsáveis pela elaboração de planos e projetos no contexto teórico/prático das
políticas educacionais, contribuindo para que professores, diretores e
coordenadores possam repensar o papel da escola frente à sua docência e às
necessidades individuais de aprendizagem da criança ou, da própria “ensinagem”
(BOSSA, 2000, p.07).

Interagindo com a realidade escolar, o profissional


psicopedagogo se integra com o ambiente e a realidade do meio escolar,
envolvendo-se nas dinâmicas das reuniões de pais e mestres, mostrando a
interatividade dos filhos, apresentando o processo didático metodológico;
acompanhando a dinâmica do professor com o aluno, recomendando
interações de atividades pedagógicas e promovendo apoio
emocional, ampliando a atuação do educando, como também do educador
na realidade do modelo de desenvolvimento compartilhado. Nesse sentido,
compreende-se que é importante identificar e interagir a fim de contribuir
para as melhorias do aprendizado que resultam na integração entre os
profissionais em educação e os estudantes, como também no meio social
em que vivem. Sob esse prisma, compreende-se que o educador é o
coautor do modelo de desenvolvimento do estudante e que a educação é
construída diariamente e modelada de forma contínua.
Vale ressaltar que a educação de forma integrativa compreende o
processo de cooperativismo, criticidade e, acima de tudo, criatividade.
Esses processos podem encorajar a liberdade que visa à transformação,
promovendo o aprendiz ao desenvolvimento, tornando-o ator que
protagoniza seu sucesso educacional. O educador por meio de sua
preparação acadêmica exerce a construção de mediar e melhorar o
processo educacional, pois a aprendizagem transforma pessoas.
METODOLOGIA

Para realização deste estudo, foram consultadas bases de dados


interdisciplinares (Scopus, ISI Web of Science e Scielo), detentora de
grande acervo de periódicos na área da pedagogia e psicopedagogia, de
modo a aumentar a possibilidade de obtenção de obras alinhadas com o
interesse da pesquisa sistemática.
Os estudos exploratórios podem ser definidos como pesquisa
bibliográfica. A sua principal vantagem reside no fato de permitir ao
investigador a cobertura de uma gama de fenômenos muito mais ampla do
que aquela que poderia pesquisar diretamente.
Dentro das obras abordadas e pesquisadas, nota-se que a
psicopedagogia se preocupa de forma abrangente com a aprendizagem,
considerando diversos fatores, como: educativo, físico, emocional,
psicológico e sociocultural. Auxilia alunos que têm dificuldade, que não
conseguem acompanhar o progresso desejado e são “deixados para trás”,
em comparação aos seus colegas, no processo de aprendizagem, porém
existem diversos obstáculos e, a partir deles, é que o psicopedagogo aplica
estratégias para aprimorar as habilidades do aluno a assimilar os
ensinamentos difundidos pelo professor.
CONSIDERAÇÕES FINAIS

Diante da hipótese observada, é muito importante a participação do


psicopedagogo nas unidades escolares, tendo em vista que esse
profissional está ligado diretamente à compreensão sobre as
particularidades e as exigências do campo da aprendizagem e pode fazer
um trabalho associado junto aos professores, podendo contribuir
positivamente com o desenvolvimento do trabalho pedagógico.
O psicopedagogo norteia o processo de envolvimento entre pessoas,
a conexão de vínculos, a aplicação de projetos educacionais
coadunáveis com as mais contemporâneas perspectivas referentes a essa
atividade. A partir do processo de aprendizagem, o objetivo geral foi
alcançado procurando envolver a equipe da instituição, acolhendo e
oportunizando um aspecto acolhedor ao aluno e também no cenário de
produção do conhecimento.
Nas escolas de educação infantil, o educador e a equipe pedagógica
devem auxiliar o aluno a desenvolver-se integralmente, em seus aspectos
físico, emocional, cognitivo e social. Nessa direção, o psicopedagogo é o
profissional que pode contribuir preventiva ou terapeuticamente para que
isso aconteça.
De acordo com os objetivos específicos, o lúdico apresenta-se como
importante ferramenta na intervenção psicopedagógica, possibilitando ao
profissional atingir seus objetivos de forma eficaz. Acredita-se que o lúdico,
na ação pedagógica e psicopedagógica, é uma forma de auxiliar na
compreensão do desenvolvimento da aprendizagem da criança. Assim,
pode ser considerado um recurso facilitador da aprendizagem, significativo
para a intervenção psicopedagógica, visto que, utilizando técnicas lúdicas,
como jogos e brincadeiras, o profissional consegue se aproximar da
criança, deixando-a mais à vontade para expor seus medos e perturbações.
Acredita-se que o labor do profissional psicopedagogo, na ocasião
que encontra, nas escolas e família, parceiros, concorre para os
resultados positivos que minimizam as complexidades que aparecem no
contexto escolar. Sanando e resolvendo, dessa forma, os problemas que
vão surgindo, torna-se um forte aliado para o desenvolvimento do
processo ensino-aprendizagem. Vale ressaltar que esse trabalho é
importante, não somente na Educação Infantil, bem como em todo ciclo de
aprendizagem do sujeito, ao propiciar não só o crescimento cognitivo, como
também o emocional do sujeito.
Analisando, assim, o psicopedagogo tem totais condições de realizar
um trabalho juntamente com outros profissionais, visando à descoberta e o
desenvolvimento das capacidades da criança, a fim de ela possa se
desenvolver de uma maneira harmoniosa; preparando-se assim para um
mundo bem melhor.
Ao considerar que a atuação psicopedagógica possibilita auxiliar o
sujeito que aprende a tornar-se mais cauteloso e vigoroso em seu próprio
processo de aprender, exige-se do psicopedagogo uma escuta e um olhar
diferenciados.
Nesse sentido, acredita-se que o problema de pesquisa que engloba
a psicopedagogia consiste na atuação do psicopedagogo no momento em
que vê a oportunidade de desenvolver, a partir do seu trabalho, as
atividades escolares, promovendo os procedimentos necessários para
desenvolver os efeitos desejados, visando diminuir as dificuldades no
ambiente escolar, mesmo analisando os inúmeros desafios que propiciam o
envolvimento geral de todos a fim de que as mudanças ocorram.
Nesse aspecto, vale ressaltar que, mesmo com os avanços, ainda
existe um longo caminho a ser percorrido, no que tange ao relacionamento
e à atuação do profissional com a instituição. Com base na seriedade do
trabalho desenvolvido pelos profissionais, existe sempre uma crescente
busca na intervenção e na essência do processo de aprendizagem.
Espera-se que a atuação psicopedagógica auxilie o sujeito a
melhorar-se no que concerne às suas limitações da aprendizagem, com
vista na diversidade científica, não somente no seu campo profissional, mas
que a promoção possa ser mostrada também na orientação ético-
profissional, propondo a edificação do bem comum no universo sociocultural
no exercício da sua atuação profissional.
Estudos mostram que a maior parte da vida do ser humano fica
concentrada dentro das escolas, na integração e na interferência dentro
desse universo que chamamos de ambiente escolar. Normalmente, para a
maioria das pessoas, essa vivência no processo escolar é bem
prazerosa, em contrapartida, para outros, pode ser dolorosa pelo fato de
encontrarem dificuldades no processo de aprendizagem. Na maioria dos
casos, esses alunos, podem não ser compreendidos, sendo muitas vezes
rotulados e, em alguns casos, ficando para trás no exercício da
aprendizagem. Essas pessoas, normalmente, necessitam de olhar mais
amplo de um profissional que evidencie suas limitações, deixando de lado
os pré-conceitos e rotulações a que o aluno está sujeito no decorrer de sua
vida no ambiente escolar.
Nessa perspectiva de parceria, o psicopedagogo do ambiente
institucional evidencia as dificuldades de desenvolver a educação dos
sujeitos envolvidos, com a visão nas deficiências que apresentam
internamente, como externamente. A instituição, sendo suporte na
intervenção psicopedagógica, deve promover uma nova ótica, com
metodologia no trabalho flexibilizado, desenvolvendo projetos de forma
conjunta com educadores, promovendo, assim, um efeito interdisciplinar.
Cumpre evidenciar que o papel do psicopedagogo é auxiliar os
educadores a identificar as limitações dos alunos na aprendizagem,
evidenciando as deficiências por meio de técnicas e
instrumentos específicos, promovendo o auxílio, visando proceder o
diagnóstico e as contestação dos envolvidos no processo ensino-
aprendizagem. Sob essa ótica, o trabalho do psicopedagogo torna-se,
ainda, autêntico, objetivando enfatizar as habilidades do sujeito, a partir
das estratégias de dialogar a fim de que sua cidadania seja respeitada.
Diante dessas considerações, o psicopedagogo exerce um relevante
papel no que diz respeito ao bom andamento das atividades pedagógicas,
além de contribuir de forma relevante para a inclusão educacional de
pessoas com necessidades especiais, tendo em vista que esse profissional
pode auxiliar a adaptação desses indivíduos ao ambiente escolar a partir de
uma prática pedagógica diferenciada.
REFERÊNCIAS

BOSSA, Nadia A. A psicopedagogia no Brasil: contribuições a partir da


prática. Porto Alegre: Artmed, 2007.

BOSSA. N. A, Sobre o olhar do Psicopedagogo: A Importância desse


Profissional no Ambiente Escolar 2000 p.07
https://facsaopaulo.edu.br/wp-content/uploads/sites/16/2018/05/ed2/12.pdf.

GASPARIAN, Maria C. Castro. Psicopedagogia Institucional Sistêmica.


São Paulo: Lemos editorial, 1997.

JARDIM, Ana Paula et al. Relação entre família e escola: proposta de


ação no processo ensino-aprendizagem. 2006.

MENDES M. Psicopedagogia: uma identidade em construção. Dissertação


(mestrado em psicopedagogia) Universidade de São Marcos. São Paulo,
1998. (111f).

OLIVEIRA, Mari Ângela Calderari. Psicopedagogia: a instituição


educacional em foco. Curitiba: Ibpex, 2009.

RUBINSTEIN, Edith. Atuação psicopedagógica e aprendizagem escolar.


Petrópolis: Vozes, 1996.

SANTOS, Marinalva Batista dos. Quem é o psicopedagogo institucional


numa instituição de nível superior? Disponível em:
C:\Users\HP\Desktop\Psicopedagogia\Quem é o psicopedagogo
institucional numa instituição de nível superior.mht.

Você também pode gostar