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Apresentação

Olá, querido Estudante! Tudo bem?

Fico feliz em poder compartilhar contigo esse MEMO BIO.

Esse material foi elaborado com muito carinho e atenção,


buscando te ajudar um pouco naquela última leitura e
revisão dos principais conteúdos de Biologia.

Qualquer dúvida estou à disposição.

Bom estudo e um forte abraço!

Profº Fernando Teixeira

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Sumário

1. BIOQUÍMICA .............................................................................................................. 5

2. CITOLOGIA ............................................................................................................... 15

3. CICLO CELULAR .................................................................................................. 20

4. EMBRIOLOGIA ......................................................................................................25

5. HISTOLOGIA ANIMAL ....................................................................................... 28

6. FISIOLOGIA ANIMAL ..........................................................................................35

7. ORIGEM DA VIDA ............................................................................................... 46

8. EVOLUÇÃO ............................................................................................................. 49

9. TAXONOMIA ...........................................................................................................52

10. PROCARIOTOS ................................................................................................... 54

11. PROTISTAS ............................................................................................................. 56

12. FUNGOS .................................................................................................................. 60

13. BOTÂNICA ............................................................................................................. 62

14. ZOOLOGIA ............................................................................................................ 68

15. ECOLOGIA ............................................................................................................. 80

16. GENÉTICA .............................................................................................................. 88

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1. BIOQUÍMICA

Na composição química dos seres vivos ocorre a predominância


de elementos como carbono (C), hidrogênio (H), oxigênio (O) e
nitrogênio (N).
De acordo com a necessidade de cada elemento, podem ser
classificados em macronutrientes – são aqueles que o organismo
precisa uma ingestão diária em grandes quantidades; e
micronutrientes – são aqueles que o organismo precisa de uma
ingestão diária em pequenas quantidades.

Carbono, oxigênio, hidrogênio, nitrogênio,


Macronutrientes
sódio, potássio, cálcio, magnésio e fósforo.

Cloro, ferro, manganês, boro, zinco, cobre e


Micronutrientes
níquel.

Esses elementos podem estar combinados de diferentes


formas, formando os compostos inorgânicos – água e minerais; e os
compostos orgânicos – carboidratos, lipídios, proteínas, ácidos
nucleicos e vitaminas.

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Sais minerais

Os minerais são fundamentais para os seres vivos,


desempenhando função estrutural e regulatória (atuam como
cofatores enzimáticos nos processos biológicos).

MINERAL FUNÇÕES NO METABOLISMO

Sódio (Na+) e Controle osmótico e transmissão de impulso


Potássio (K+) nervoso.

Armazenamento e transporte de gases


Ferro (Fe++) (mioglobina e hemoglobina) e elétrons
(citocromos).

Estrutura da clorofila e relaxamento


Magnésio (Mg+)
muscular.

Cálcio (Ca++) Coagulação sanguínea e contração muscular.

Cloro (Cl-) Controle osmótico.

Constituição dos hormônios metabólicos (T3 e


Iodo (I)
T4, produzidos pela tireoide).

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Carboidratos

A maioria dos carboidratos têm a fórmula (CH2O)n. Alguns


carboidratos podem variar na sua fórmula geral, apresentando
nitrogênio ou enxofre.
• Monossacarídeos → são os carboidratos mais simples, e não sofrem
hidrólise. São carboidratos sólidos, cristalinos e incolores plenamente
solúveis em água. A maioria tem sabor adocicado.

NÚMERO DE
EXEMPLOS
CARBONOS
Ribose → componente estrutural do RNA e do
ATP.
Pentoses Ribulose → intermediário da fotossíntese.
Desoxirribose → componente estrutural do
DNA.
Glicose → fonte de energia para os seres vivos.
Galactose → fonte de energia para os seres
Hexoses
vivos.
Frutose → fonte de energia para os seres vivos.

• Dissacarídeos (oligossacarídeos) → são constituídos por dois ou mais


(em média, até 10) monossacarídeos unidos por ligação glicosídica.

DISSACARÍDEO ESTRUTURA

Maltose Glicose + glicose

Sacarose Glicose + frutose

Lactose* Glicose + galactose


* A intolerância a lactose é a deficiência da enzima lactase, produzida e
secretada pelo intestino delgado.

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• Polissacarídeos → são polímeros constituídos por centenas a milhares


de monossacarídeos unidos por ligações glicosídicas. Podem
apresentar função de reserva energética ou estrutural nos seres vivos.

Glicogênio → bactérias, protozoários, fungos e


RESERVA animais.
ENERGÉTICA
Amido → vegetais e algumas algas.

Celulose → parede celular dos vegetais.

Pectina → parede celular dos vegetais.


ESTRUTURAL
Quitina → exoesqueleto dos artrópodes e
parede celular dos fungos.

Lipídios
Os lipídios englobam uma classe de compostos com uma
estrutura extremamente variada, com diferentes funções biológicas.
Entre as principais funções, atuam de forma estrutural, hormonal
(regulatória), reserva energética, isolante térmico, mecânico e elétrico.
São moléculas apolares, portanto insolúveis em água e solúveis em
solventes orgânicos, como éter, álcool e clorofórmio.

• Glicerídeos → são conhecidos popularmente como gorduras e óleos.


Resultam de uma reação de síntese por desidratação entre uma
molécula de glicerol e ácidos graxos (um a três). Apresentam alto valor
energético, e são a segunda fonte de energia para os seres vivos

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• Cerídeos → são constituídos da associação de ácidos graxos com um


álcool de cadeia longa. Apresentam função impermeabilizante e de
reserva energética.
• Esterídeos → o principal esteroide nos animais é o colesterol, que é
encontrado na membrana plasmática dos animais, e também é o
precursor para a produção de hormônios sexuais, corticoides e ativação
da vitamina D.
• Fosfolipídios → são fundamentais para as células, pois são os principais
componentes das membranas celulares. Os fosfolipídeos são
moléculas anfipáticas, pois as duas extremidades apresentam
comportamentos distintos em relação à água: as caudas são
hidrofóbicas (apolares); e o grupo fosfato e seus ligantes formam uma
porção hidrofílica (polar).

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Proteínas
Na constituição das proteínas dos seres vivos são encontrados
20 tipos de aminoácidos. Todos os aminoácidos têm um grupo
carboxila (–COOH), um grupo amino (–NH2) e um hidrogênio ligados
ao mesmo átomo de carbono – denominado carbono ɑ.

Os aminoácidos podem ser classificados em naturais (não


essenciais) – são aqueles que o organismo consegue sintetizar; ou
essenciais (indispensáveis) – são obtidos pela dieta.
Os aminoácidos são normalmente unidos por uma ligação
peptídica, que ocorre entre o grupo amino de um aminoácido e o
grupo carboxila de outro aminoácido, com a formação de uma
molécula de água – reação de desidratação.
As proteínas desempenham diversas funções, entre elas:
estrutural (colágeno, elastina, histonas, actina, miosina, queratina),
transporte (permeases, hemoglonina, hemocinanina), hormonal
(insulina, glucagon, tiroxina), reserva (albumina, caseína, gliadina),
defesa (anticorpos, imunoglobulinas) e enzimática (pepsina, amilase,
lactase). A ação enzimática é influenciada pela concentração de
substrato, temperatura e pH.

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Vitaminas
As vitaminas são moléculas orgânicas que são necessárias em
pequenas quantidades, e atuam em diversos processos metabólicos. A
maioria das vitaminas não são sintetizadas pelo nosso organismo,
sendo obtidas a partir de nossa dieta (com exceção da vitamina D). As
vitaminas podem ser divididas de acordo com a sua solubilidade, em
lipossolúveis – são solúveis em lipídeos (vitaminas A, D, E e K); e
hidrossolúveis – se forem solúveis em água (vitaminas C e do complexo
B).

VITAMINA CARÊNCIA

B1 (tiamina) Beriberi

Pelagra (dermatite, diarreia e distúrbios


B3 (nicotinamida)
nervosos).

B9 (ácido fólico) Má-formação do feto e anemia.

B12 (cobalamina) Anemia perniciosa e distúrbios nervosos.

C (ácido ascórbico) Escorbuto.

Escamamento da pele, xeroftalmia e cegueira


A (retinol)
noturna.

D (calciferol) Raquitismo e osteomalacia.

E (tocoferol) Esterilidade e anemia.

K (filoquinona) Problemas de coagulação (hemorragias).

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Ácidos nucleicos
O Dogma Central da Biologia Molecular é uma proposta de
Francis Crick, que 1958 explica como ocorre a transferência de
informações do código genético nos seres vivos.

• Nucleotídeos → são constituídos por um ácido fosfórico, uma


pentose (ribose ou desoxirribose) e uma base nitrogenada (adenina,
guanina, timina, uracila e citosina).

• Pentoses → pode ser a desoxirribose (no DNA) ou a ribose (no RNA).


• Bases nitrogenadas → podem ser púricas – adenina (A) e guanina (G);
ou pirimídicas – timina (T), uracila (U) e citosina (C). A timina esta
presenta apenas do DNA, enquanto a uracila só no RNA.

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Legenda: O RNA é uma fita simples, enquanto o DNA é uma fita dupla.

• Código genético → se expressa por sequências de três nucleotídeos,


que são denominados códons. As trincas de nucleotídeos na molécula
de RNAm são escritas no sentido 5’ → 3’, no qual cada códon representa
um aminoácido. O código genético é dito universal – todos os seres
vivos utilizam os mesmos códons de identificação para os aminoácidos;
degenerado – cada aminoácido é expresso por mais de um códon
(exceto metionina e triptofano); e não-ambíguo – cada códon pode
expressar apenas um aminoácido.

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2. CITOLOGIA

Membrana plasmática

• Composição → lipoproteica.
• Estrutura → bicamada de fosfolipídios com proteínas imersas (modelo
de mosaico fluido, proposto por Nicolson e Singer).
• Propriedades → semipermeável e seletiva.

• Transportes de membrana

GASTO DE
TRANSPORTE FORÇA DO MOVIMENTO
ENERGIA
Difusão Soluto: hipertônico → hipotônico
Não
simples (através da bicamada de fosfolipídios)
Soluto: hipertônico → hipotônico
Difusão
Não (através de canais
facilitada
proteicas/permeases)
Osmose Não Solvente: hipotônico → hipertônico
Transporte Transporte contra o gradiente de
Sim
ativo concentração.

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O processo de osmose pode alterar o volume de uma célula.


Quando uma célula é colocada em uma solução hipertônica ocorre
perda de água – plamólise, reduzindo o volume citoplasmático. Já
quando a célula é colocada em uma solução hipotônica ocorre ganho
de água, e a célula retorna ao seu volume original – desplasmólise.

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Organelas

ORGANELA CARACTERÍSTICAS E FUNÇÕES

• Estrutura → 2 subunidades de tamanhos


diferentes (RNA + proteínas).
• Procariotos → ribossomos 70S.
Ribossomos
• Eucariotos → ribossomos 80S.
• Função → síntese proteica (atuam na etapa de
tradução).

• Centro de transporte e armazenamento de


substâncias.
Retículo • R. E. rugoso → síntese de proteínas (para
endoplasmático exportação e enzimas lisossômicas).
• R. E. liso → síntese de lipídios, desintoxicação
celular e armazenamento de cálcio.

• Síntese de polissacarídeos.

Complexo de • Formação do acrossomo.


golgi • Secreção celular.
• Formação dos lisossomos.

• Digestão intracelular:
• Autofagia → digestão de uma estrutura celular.
Lisossomos • Heterofagia → digestão de uma partícula
exógena (nutrição e defesa).
• Autólise → morte celular.

• Degradação de lipídios (beta-oxidação).


Peroxissomos • Degradação de peróxido de hidrogênio (enzima
catalase).

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• Encontrado em célula vegetal;


Vacúolo de
• Armazenamento de compostos inorgânicos;
suco celular
• Desintoxicação e digestão celular.

• Estrutura → duas membranas (interna + externa).


• DNA (herança materna) e ribossomos próprios →
Mitocôndrias
capacidade de síntese proteica e autoduplicação.
• Função → respiração celular (respiração aeróbia).

• Encontrados em célula vegetal.


• Estrutura: duas membranas (interna + externa).
• DNA e ribossomos próprios → capacidade de
síntese proteica e autoduplicação.

Plastos • Cloroplastos → atual na fotossíntese.


• Cromoplastos → atuam na fotossíntese e
reprodução (atração de polinizadores e
dispersores de sementes).
• Leucoplastos → armazenamento de reservas
nutritivas.

• Estrutura → conjunto de 27 microtúbulos,


organizados em nova conjuntos de três a três.
Centríolos
• Função → formação de fuso acromático, flagelos
e cílios.

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3. CICLO CELULAR
O ciclo celular é dividido em duas grandes etapas: interfase e
divisão celular.

G0 A célula atinge o seu maior grau de diferenciação.

Ocorre um aumento na síntese de RNA, proteínas e lipídios


G1
para a duplicação de estruturas celulares.

S Ocorre a duplicação do DNA.

G2 Ocorre a duplicação dos centríolos.

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Mitose → uma célula-mãe dá origem a duas células-filhas, idênticas


geneticamente entre si.

FASES EVENTOS

Condensamento do DNA, ocorre a


Prófase desintegração da carioteca e do nucléolo, e a
formação do fuso mitótico.

Os cromossomos se alinham no centro do


citoplasma, formando a placa metafásica
(equatorial), e ocorre a migração do fuso
Metáfase mitótico para os polos opostos.
Nessa etapa os cromossomos atingem o maior
grau de condensamento, facilitando o estudo
de cariótipo de uma célula.

Ocorre o encurtamento das fibras do fuso


Anáfase mitótico, a duplicação dos centrômeros e a
separação das cromátides-irmãs.

Ocorre o descondensamento do DNA, o


reaparecimento da carioteca e do nucléolo, o
desaparecimento do fuso mitótico e o
Telófase
rompimento citoplasmático (citocinese). Nas
células animais a citocinese é centrípeta, e nas
células vegetais é centrífuga.

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Meiose → uma célula-mãe dá origem a quatro células-filhas, cada uma


contendo metade da carga genética da célula-mãe.

MEIOSE I

• Leptóteno → condensamento do DNA;


• Zigóteno → ocorre o processo de sinapse
(pareamento de cromossomos homólogos);
• Leptóteno → ocorre a permutação (crossing-
over) – troca de fragmentos de DNA entre os
Prófase I
cromossomos homólogos;
• Diplóteno → é possível a observação de
quiasmas;
• Diacinese → desintegração da carioteca e do
nucléolo; e formação do fuso meiótico.

Ocorre o alinhamento de cromossomos


homólogos formando a placa metafásica, e a
Metáfase I
migração do fuso meiótico para os polos
opostos.

Ocorre o encurtamento das fibras do fuso


meiótico e a separação dos cromossomos
Anáfase I
homólogos. A anáfase I é considerada a fase
reducional da meiose.

Ocorre o descondensamento do DNA, a


formação da carioteca e nucléolo, o
Telófase II
desaparecimento do fuso meiótico e a
citocinese.

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MEIOSE II

Ocorre a duplicação de centríolos, o


condensamento do DNA, o desaparecimento
Prófase II
da carioteca e do nuclélo, e a formação do fuso
meiótico.

Ocorre o alinhamento dos cromossomos


formando a placa metafásica (equatorial) e a
Metáfase II
migração do fuso meiótico para os polos
opostos.

Ocorre o encurtamento das fibras do fuso


Anáfase II meiótico, a duplicação dos centrômeros e a
separação das cromátides-irmãs.

Ocorre o descondensamento do DNA, a


Telófase II formação da carioteca e do nucléolo, e o
desaparecimento do fuso meiótico.

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4. EMBRIOLOGIA
Após a formação da célula-ovo ocorre a etapa de clivagem, onde
ocorrem diversas divisões mitóticas, originando diversos blastômeros.
Durante a embriogênese ocorre a formação da mórula, blástula e
gástrula.

TIPOS DE OVOS SEGMENTAÇÃO ANIMAIS

Poríferos, cnidários,
Oligolécito / equinodermos e
Holoblástica igual
alécito mamíferos (metatérios e
eutérios)

Platelmintos,
nematódeos, anelídeos,
Heterolécito / Holoblástica
moluscos (bivalves e
mesolécito desigual
gastrópodes), peixes
(osteíctes) e anfíbios

Meroblástica
Centrolécito Artrópodes
superficial

Moluscos (cefalópodes),
Telolécito / Meroblástica
peixes (condrictes),
megalécito discoidal
répteis e aves.

• Mórula → aglomerado de células, onde se encontram as células-tronco


totipotentes.
• Blástula → se caracteriza por apresentar uma cavidade oca – chamada
de blastocele – delimitada pela blastoderme. É constituída por células
embrioblásticas – que irão formar o embrião propriamente dito, o saco
vitelínico, âmnion e alantoide; e células trofoblásticas – irão formar o
córion e a placenta. É nesse estágio ocorre o evento de nidação: ligação
do embrião ao endométrio.

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• Gástrula → é um estágio importante para a classificação dos animais,


pois é onde ocorre a formação dos folhetos embrionários, cavidade
celomática e arquêntero.

Diblásticos Cnidários.

Folhetos Platelmintos, nematódeos,


embrionários moluscos, anelídeos,
Triblásticos
artrópodes, equinodermos e
cordados.

Poríferos, cnidários e
Acelomados
platelmintos.

Cavidade Pseudocelomados Nematódeos.


celomática
Moluscos, anelídeos,
Celomados artrópodes, equinodermos e
cordados.

Cnidários, platelmintos,
Protostômios nematódeos, moluscos,
Blastóporo anelídeos e artrópodes.

Deuterostômios Equinodermos e cordados.

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5. HISTOLOGIA ANIMAL
Tecido epitelial
• É formado pela diferenciação da ectoderme, endoderme e
mesoderme.
• É formado por células justapostas;
• Não apresenta vascularização – sua nutrição é dependente dos tecidos
conjuntivos;
• Pode ser classificado em tecido epitelial de revestimento e glandular.

Glândulas Produzem hormônios e secretam diretamente


endócrinas na corrente sanguínea.

Produzem diferentes substâncias e secretam


Glândulas
na superfície externa do corpo ou em uma
exócrinas
cavidade.

Apresentam uma porção endócrina e outra


Glândulas mistas
porção exócrina.

É constituída por três camadas:


• Epiderme → é constituída pelo tecido epitelial
de revestimento;
• Derme → é constituída, predominantemente,
Pele por tecido conjuntivo propriamente dito;
• Hipoderme → é constituída por tecido
conjuntivo adiposo. Essa camada da pele é
encontrada exclusivamente em aves e
mamíferos.

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Tecidos conjuntivos
São originados pela diferenciação das células da mesoderme.
São caracterizados pela grande quantidade de substância intercelular
e pela grande diversidade de células. Os tecidos conjuntivos são
vascularizados, exceto o cartilaginoso.
A substância intercelular pode ser dividida em duas porções:
• Substância fundamental (amorfa): é constituída por compostos
inorgânicos (água, sais, fosfato de cálcio) e compostos orgânicos
(proteínas e glicoproteínas).
Substância orgânica: É composta pelas fibras que ficam imersas na
substância fundamental. São produzidas pelos fibroblastos e podem
ser de três tipos:
Fibras de colágeno → são as mais abundantes (colágeno
representa cerca de 30% das proteínas do corpo humano). São flexíveis,
brancas e de grande resistência.
Fibras de elastina → são mais finas e amarelas, apresentando
grande elasticidade.
Fibras reticulares → são glicoproteínas muito finas, formadas por
colágeno associado a carboidratos.

│ Profº Fernando Teixeira 30


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As principais células que constituem os diferentes tecidos


conjuntivos estão na tabela abaixo.

São células-tronco pluripotentes, originadas da


Células
mesoderme, que a partir da sua diferenciação dão
mesenquimais
origem as diversas células do tecido conjuntivo.

São elas que produzem a substância intercelular.


Fibroblastos Quando se diferenciam, tornam-se relativamente
inativas e passam a ser chamadas de fibrócitos.

São células com alta capacidade fagocitária,


responsáveis pela defesa dos tecidos. Em uma
resposta imune, os macrófagos têm papel
Macrófagos
importante também na apresentação de antígenos
aos linfócitos T auxiliares. Por isso são considerados
células apresentadoras de antígeno.

São responsáveis pela produção de anticorpos


Plasmócitos (imunoglobulinas – Ig). São originados a partir dos
linfócitos B.

São células capazes de produzirem heparina


(substância anticoagulante) e histamina
Mastócitos
(substância vasodilatadora). São importantes em
processos inflamatórios e alérgicos.

são células responsáveis pelo armazenamento de


gordura (normalmente na forma de triglicerídeos).
Adipócitos O armazenamento de gordura nos animais tem
função tanto energética como de isolamento
térmico.

São células de defesa contra patógenos e outras


Leucócitos substâncias estranhas. Essas células serão
abordadas no tecido conjuntivo hematopoiético.

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Tecidos musculares
É originado a partir da mesoderme. É formado por células
alongadas, fusiformes ou cilíndricas, chamadas de miócitos

Formado por células cilíndricas longas,


multinucleadas. Apresentam estrias
Tecido muscular
transversais e contração voluntária. O
estriado esquelético
glicogênio é abundante no sarcoplasma dos
miócitos.

Formado por células alongadas,


cilíndricas, ramificadas, normalmente
Tecido muscular
mononucleadas. Apresentam estrias
estriado cardíaco
transversais e contração rápida e
involuntária.

Formado por células fusiformes (afiladas) e


Tecido muscular liso mononucleadas. A contração é lenta e
involuntária

│ Profº Fernando Teixeira 32


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Tecido nervoso
É originado a partir da ectoderme. É formado por neurônios e
células da glia (gliócitos).

• Podem ser mielinizados ou amielinizados;


• A estrutura de um neurônio é dividida em
dendritos, corpo celular e axônio;
Neurônios
• A transmissão de um impulso nervoso
segue sempre o mesmo sentido: dendrito →
corpo celular → axônio.

Participam da regeneração do tecido


Astrócitos
nervoso.

São responsáveis pela formação da bainha


Oligodendrócitos de mielina nos neurônios do encéfalo e da
medula espinal.

São responsáveis pela formação da bainha


Células de Schwann de mielina nos neurônios do sistema
nervoso periférico.

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Participam do processo de reconstituição e


Células da micróglia
defesa do tecido nervoso.

• Pode ser dividida em três etapas:


polarização, despolarização e repolarização.
Transmissão de
impulso nervoso • A sinapse é a transmissão do impulso
nervoso de uma célula para a outra,
mediada pela ação de neurotransmissores.

│ Profº Fernando Teixeira 34


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│ Profº Fernando Teixeira 35


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6. FISIOLOGIA ANIMAL
Sistema nervoso

SISTEMA NERVOSO CENTRAL

• Cérebro (telencéfalo) → apresenta diversas


dobras, chamadas de pregas cerebrais. O
cérebro é dividido em dois hemisférios bem
definidos: esquerdo e direito. Está associado
diretamente a percepção de sensações (olfato,
paladar, tato, visão e audição), memória,
raciocínio, inteligência, comportamento, etc.
• Hipotálamo → está associado as emoções,
apetite, sono, temperatura, controle hídrico
Encéfalo (sede) e comportamento sexual. É uma porção
constituída por substância cinzenta.
• Cerebelo (metencéfalo) → está associado ao
equilíbrio, tônus muscular e motricidade.
• Bulbo raquidiano (mielencéfalo) → está
situado logo acima da medula espinal. É
responsável pelo controle do ritmo
respiratório, cardíaco, deglutição, movimentos
peristálticos, vômito e a tosse.

É um cordão nervoso protegido pelas


meninges e pela coluna vertebral. Além da
Medula espinal função de conduzir impulsos nervosos
também é responsável pelos reflexos
medulares (arco reflexo).

As meninges protegem as estruturas que


constituem o sistema nervoso central
Meninges (encéfalo e medula espinal). A disposição das
meninges, de fora para dentro, é: dura-máter,
aracnoide e pia-máter.

│ Profº Fernando Teixeira 36


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SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO

• Sensitivos (aferentes) – levam impulsos ao


SNC;
• Motores (eferentes) – levam impulsos do
Nervos SNC para células motoras (ex.: células
musculares e glândulas);
• Mistos (associativos) – apresentam uma
porção sensitiva e outra motora.

Sistema nervoso Prepara para uma situação de grande gasto de


autônomo energia, como em situações de exercícios,
simpático emergência, medo, raiva, estresse, luta e fuga.

Sistema nervoso
Estimula as atividades de repouso
autônomo
(recuperação) e digestão.
parassimpático

Sistema endócrino

│ Profº Fernando Teixeira 37


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ADENO-HIPÓFISE

Hormônio de Estimula a síntese proteica e o crescimento


crescimento (GH) global da maioria das células e tecidos.

Hormônio Estimula a síntese e a secreção dos


tireotrófico (TSH) hormônios da tireoide (T3 e T4).

Estimula a síntese e a secreção dos


Hormônio
hormônios adrenocorticais (cortisol,
adrenocorticotrófico
androgênios e aldosterona).

Promove o desenvolvimento das mamas


Prolactina
femininas e a produção de leite.

Promove o crescimento de folículos nos


FSH ovários e maturação de espermatozoides nas
células de Sertoli dos testículos.

Estimula a síntese de testosterona nas


células de Leydig dos testículos e estimula a
LH ovulação, a formação de corpo lúteo e a
síntese de estrogênio e progesterona nos
ovários

NEURO-HIPÓFISE

Aumenta a reabsorção de água pelos rins e


ADH causa vasoconstrição e aumento da pressão
arterial.

Estimula a ejeção de leite das mamas e


Ocitocina
contrações uterinas.

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PÂNCREAS

Promove a entrada de glicose em muitas


Insulina
células e estimula a síntese de glicogênio.

Aumenta a síntese e a liberação de glicose do


Glucagon
fígado para o sangue.

TIREOIDE

Aumentam as taxas de reações químicas na


T3 e T4 maioria das células, aumentando assim a taxa
metabólica corporal.

Promove a deposição de cálcio nos ossos e


Calcitonina diminui a concentração do íon cálcio no
líquido extracelular.

ADRENAIS

Tem múltiplas funções metabólicas para o


controle do metabolismo de proteínas,
Cortisol
carboidratos e gorduras. Também tem efeitos
anti-inflamatórios.

Aumenta a reabsorção de sódio renal, a


Aldosterona secreção de potássio e a secreção do íon
hidrogênio.

Epinefrina Atua no SNA simpático.

│ Profº Fernando Teixeira 39


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PARATIREOIDES

Controla a concentração do íon cálcio no soro


Paratormônio por aumento da absorção de cálcio pelo
intestino e rins e liberação de cálcio dos ossos.

GÔNADAS (TESTÍCULOS E OVÁRIOS)

Promove o desenvolvimento do sistema


Testosterona reprodutor masculino e as características
secundárias masculinas.

Promove o crescimento e o desenvolvimento


do sistema reprodutor feminino, das mamas
Estrogênios
femininas e das características sexuais
secundárias femininas.

Está relacionada a preparação do útero para a


gestação, estimulando as condições para a
Progesterona nidação e desenvolvimento do embrião.
Assim como os estrógenos, participa na
regulação do ciclo menstrual.

Sistema digestório

│ Profº Fernando Teixeira 40


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• Mastigação – promove a trituração do


alimento ingerido. É um fenômeno mecânico
importante para aumentar a superfície de
contato do alimento com as enzimas
digestivas.
Fenômenos • Deglutição – deslocamento do alimento da
mecânicos boca até o estômago
• Movimentos peristálticos – contrações
involuntárias e lentas que promovem o
deslocamento dos nutrientes ao longo do
tubo digestivo.
• Ação da bile – emulsificação de gorduras.
• Insalivação – ocorre na boca, pela ação da
secreção salivar.
• Quimificação – ocorre no estômago, pela
ação do suco gástrico (produzido pelo
Fenômenos
estômago).
químicos
• Quilificação – ocorre no intestino delgado
(duodeno), pela ação de suco pancreático
(produzido pelo pâncreas) e suco entérico
(produzido pelo intestino).

BILE

- É produzida no fígado e armazenada na vesícula biliar.


- Tem como função a emulsificação de lipídios, facilitando a
degradação e absorção.

│ Profº Fernando Teixeira 41


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SUCO PANCREÁTICO

Promove um pH básico no
Bicarbonato
duodeno para ativação de enzimas

Amilase pancreática
Amido → maltose
(amilopepsina)

Lipase pancreática Lipídio → glicerol + ácidos graxos

Tripsinogênio
(ativado pela Proteína → polipeptídios menores
enteroquinase, passa
para a forma de tripsina)

Quimiotriosinogênio
(ativado pela tripsina, Proteína → polipeptídios menores
passa para a forma de
quimiotripsina)

Ribonuclease RNA → nucleotídeos

Desoxirribonuclease DNA → nucleotídeos

SUCO ENTÉRICO

Peptidases Peptídeos → aminoácidos

Maltase Maltose → glicose + glicose

Lactase Lactose → glicose + galactose

Sucrase Sacarose → glicose + frutose

Nucleotídeo → fosfato +
Nucleotidase
pentose + base nitrogenada

│ Profº Fernando Teixeira 42


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Sistema cardiovascular

Circulação Fechada, dupla e completa.

Coração Tetracavitário, com 2 átrios e 2 ventrículos.

• Artérias – são vasos que transportam sangue


do coração para os diversos tecidos do corpo.
• Capilares – são os vasos de menor calibre
Vasos sanguíneos (espessura), que permitem as trocas de
substâncias.
• Veias – são vasos que transportam o sangue
dos tecidos até o coração.

O fluxo do sangue é no sentido:


Circulação 1. Ventrículo direito – 2. Artérias pulmonares –
pulmonar 3. Pulmões – 4. Veias pulmonares – 5. Átrio
esquerdo

O fluxo do sangue é no sentido:


Circulação
sistêmica 1. Ventrículo esquerdo – 2. Artéria aorta – 3.
Tecidos – 4. Veias cavas – 5. Átrio direito

│ Profº Fernando Teixeira 43


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Sistema respiratório

MOVIMENTOS RESPIRATÓRIOS

• Contração dos músculos respiratórios;


• Aumenta o volume da caixa torácica;
Inspiração
• Diminui a pressão pulmonar;
• Entrada de ar.

• Relaxamento dos músculos respiratórios;


• Diminui o volume da caixa torácica;
Expiração
• Aumenta a pressão pulmonar;
• Saída do ar.

│ Profº Fernando Teixeira 44


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TRANSPORTE DE GASES

Cerca de 98% é transportado associado a


hemoglobina, presente no interior das
hemácias – formando a oxihemoglobina. Cada
molécula de hemoglobina tem a capacidade
de transportar quatro moléculas de O2. A
Oxigênio (O2) interação entre o ferro da hemoglobina e o
oxigênio é uma ligação fraca e instável, onde
uma pequena variação de pH é suficiente para
desestabilizar essa ligação. Uma parcela muito
pequena do oxigênio é transportada a partir
do plasma sanguíneo.

O gás carbônico é transportado de três formas


diferentes na corrente sanguínea:
• Cerca de 5% dissolvido no plasma sanguíneo;
• Aproximadamente 25% é transportado
associado a hemoglobina no interior das
Gás carbônico hemácias, formando a carbohemoglobina
(CO2) (ligação fraca e instável);
• A maior parte do gás carbônico é
transportado na forma de bicarbonato. A
conversão do CO2 em bicarbonato conta com
a participação de uma enzima presente no
interior das hemácias, chamada de anidrase
carbônica.

│ Profº Fernando Teixeira 45


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│ Profº Fernando Teixeira 46


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7. ORIGEM DA VIDA

Abiogênese (Geração espontânea) → propõe que a vida surge


a partir de matéria bruta (inanimada). Para que ocorra a transformação
da matéria bruta em vida, há a participação de um princípio ativo ou
força vital.

Biogênese → propõe que a vida surge de outra vida preexistente.

c) Evolução química → a vida surgiu a partir da transformação gradual


de compostos químicos presentes na Terra primitiva. Segundo a
hipótese de Oparin e Haldane a atmosfera da Terra primitiva era
composta por vapor de água (H2O(v)), metano (CH4), amônia (NH3) e
gás hidrogênio (H2).

│ Profº Fernando Teixeira 47


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Hipótese autotrófica

Hipótese heterotrófica

│ Profº Fernando Teixeira 48


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│ Profº Fernando Teixeira 49


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8. EVOLUÇÃO
Evidências evolutivas
O processo evolutivo pode ser entendido a partir das evidências
evolutivas, que podem refletir as relações de ancestralidade dos seres
vivos. As principais evidências evolutivas são os fósseis, os órgãos
vestigiais, a anatomia comparada e a bioquímica (biologia molecular).

• Estruturas homólogas → apresentam mesma origem embrionária, e


remetem a uma relação de ancestralidade entre os organismos. Podem
possuir funções diferentes ou iguais.

• Estruturas análogas → apresentam origem embrionária diferente.


Obrigatoriamente apresentam as mesmas funções, estando
relacionadas ao processo de convergência evolutiva.

│ Profº Fernando Teixeira 50


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Teorias evolutivas

TEORIA IDEIAS CENTRAIS

• Lei do uso e desuso;


• Lei da herança dos caracteres adquiridos.

Lamackismo

Para Lamarck o meio impõe uma necessidade e os


organismos se modificam.

• As espécies são mutáveis (indivíduos de uma


mesma espécie apresentam uma diversidade de
características;
• Relações de ancestralidade;

Darwinismo • Seleção natural → o meio seleciona os mais aptos.

É baseada nas seguintes ideias:


• Relações de ancestralidade;
Teoria • Variabilidade de características → mutações e
Sintética recombinação gênica;
• Seleção natural;
• Deriva genética.

│ Profº Fernando Teixeira 51


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│ Profº Fernando Teixeira 52


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9. TAXONOMIA
Em 1990, Carl Woese propôs uma nova classificação para os
seres vivos, utilizando a análise do RNA ribossômico – material genético
que todo organismo possui. Na nova classificação os seres vivos estão
divididos em 3 dominios: Archaea, Bacteria e Eucarya.

5 REINOS 6 REINOS 3 DOMÍNIOS

Bacteria Bacteria
Monera
Arquea Arquea

Protista Protista

Fungi Fungi
Eucaria
Animal Animal

Vegetal Vegetal

Atualmente se sabe que o


domínio Archaea, mesmo
sendo constituído por seres
procariontes, é mais próximo
evolutivamente do domínio
Eucarya do que do domínio
Bacteria.

Na atual proposta de classificação, não existem mais os Reinos


Monera e Protista, pois não são grupos monofiléticos – não são grupos
formados a partir de um único ancestral comum.

│ Profº Fernando Teixeira 53


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│ Profº Fernando Teixeira 54


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10. PROCARIOTOS

• Parede celular → peptidioglicano.


• Ribossomo 70S
Estrutura
• Único cromossomo circular.
celular
• Plasmídios → fragmentos de DNA
extracromossômicos.
Autótrofos – fotossintetizantes ou
Nutrição quimiossintetizantes.
Heterótrofos (maioria por absorção).
Anaeróbios – respiração anaeróbia, fermentação
Metabolismo
lática ou alcoólica.
energético
Aeróbios – respiração aeróbia.
Assexuada – bipartição e formação de esporos
(endósporos).
Reprodução
Sexuada – conjugação, transformação ou
transdução.

│ Profº Fernando Teixeira 55


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│ Profº Fernando Teixeira 56


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11. PROTISTAS
O antigo Reino Protista é um grupo muito diverso, que engloba
os protozoários e as algas. Evolutivamente são os primeiros
eucariontes.

• Unicelulares.
Protozoários
• Heterótrofos por ingestão.

• Unicelulares ou multicelulares (talófitas).


Algas • Autótrofos fotossintetizantes ou
mixotróficos.

Algumas parasitoses são causadas por protozoários, como


giardíase, amebíase, tricomoníase, doença de Chagas, leishmaniose
visceral e cutânea, toxoplasmose e malária.

Leishmaniose visceral e tegumentar (cutânea)


• Agente etiológico → Leishmania chagasi (visceral) e Leishmania
braziliensis (tegumentar).
• Hospedeiros definitivos → ser humano, cachorro, raposas e roedores.
• Hospedeiro intermediário → mosquitos do gênero Phlebotomus
(mosquito-palha).
• Modo de transmissão → picada da fêmea do mosquito.
• Profilaxia → controle do vetor, uso de telas, mosqueteiros e
repelentes; controle dos animais e vacina (leishmaniose visceral).

│ Profº Fernando Teixeira 57


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Doença de Chagas
• Agente etiológico → é causada por um protozoário flagelado, o
Trypanossoma cruzi.
• Hospedeiro definitivo → ser humano, gato, cães, ratos, tatus, gambás
e outros vertebrados.
• Hospedeiro intermediário → o inseto Triatoma infestans, conhecido
popularmente como barbeiro ou chupão.
• Modo de transmissão → vetorial (contato com as excretas do
barbeiro); oral (ingestão de alimentos contaminados com o barbeiro –
açaí e caldo de cana), transfusão sanguínea, transplante de órgãos e
congênita.
• Profilaxia → controle do vetor, melhoria das moradias (substituição de
casas de pau a pique por alvenaria), uso de telas e mosqueteiros em
janelas e higienização dos alimentos antes do consumo.

Malária
• Agente etiológico: espécies de Plasmodium causam a doença em
seres humanos: P. malariae, P. vivax e P. falciparum. A malária por
Plasmodium ovale ocorre apenas no continente africano.
• Hospedeiro definitivo: mosquitos do gênero Anopheles (mosquito-
prego).
• Hospedeiro intermediário: ser humano.
• Modo de transmissão: picada da fêmea do mosquito. Raramente
pode ocorrer a transmissão por meio de transfusão sanguínea e
congênita.
• Profilaxia: evitar a proliferação do mosquito, uso de telas,
mosqueteiros e repelentes.

│ Profº Fernando Teixeira 58


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Toxoplasmose
• Agente etiológico → Toxoplasma gondii.
• Hospedeiros definitivos → felinos (gato).
• Hospedeiros intermediários → ser humano, gato, cachorro, ovelha,
galinha, vaca, porco.
• Modo de transmissão → ingestão de oocistos provenientes do solo,
areia, água e lixo contaminado com fezes de felinos infectados, ingestão
de carne crua ou mal cozida com cistos, especialmente carne de porco
e ovelha e infecção congênita.
• Profilaxia → Higiene pessoal, educação sanitária e cozimento dos
alimentos. Para evitar a transmissão congênita é de extrema
importância o acompanhamento médico durante a gestação.

│ Profº Fernando Teixeira 59


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│ Profº Fernando Teixeira 60


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12. FUNGOS

São seres eucariontes, unicelulares ou


Características multicelulares, aclorofilados e heterótrofos
gerais por absorção. Possuem parede celular
constituída de quitina.

Estrutura dos fungos

(A) Alguns fungos são unicelulares.


(B) O conjunto de células forma uma hifa.
As hifas podem ser asseptadas ou septadas
(monocarióticas ou dicarióticas).
(C) O conjunto de hifas forma um micélio.

São multicelulares e possuem hifas


Zigomicetos
cenocíticas.

São os fungos de maior biodiversidade.


Podem ser unicelulares ou multicelulares,
possuem hifas septadas. Alguns possuem
Ascomicetos
corpo de frutificação, denominado
ascocarpo. Os esporos são chamados de
ascósporos.

São fungos multicelulares, com hifas


septadas. Possuem um corpo de frutificação
Basidiósporos chamado de basidiocarpo, que é constituído
pelo estipe (pé) e pelo píleo (chapéu). Os
esporos são chamados de basidiósporos.

│ Profº Fernando Teixeira 61


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│ Profº Fernando Teixeira 62


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13. BOTÂNICA

Histologia vegetal

• As células meristemáticas são pequenas,


indiferenciadas, com parede celular
delgada e, vários vacúolos pequenos e
protoplastos. Os tecidos meristemáticos são
responsáveis pelo crescimento dos vegetais,
apresentando grande capacidade de
proliferação (células totipotentes).
• Meristemas primários – os meristemas
primários são originados diretamente das
Tecidos células do embrião (semente) e são
meristemáticos responsáveis pelo crescimento vertical do
vegetal.
• Meristemas secundários – os meristemas
secundários são originados de células já
diferenciadas (adultas), que retornam ao
estágio embrionário pelo processo de
desdiferenciação. São tecidos responsáveis
pelo crescimento horizontal do vegetal.

Os tecidos permanentes são originados


pelo processo de diferenciação dos tecidos
meristemáticos. São compostos por células
altamente especializadas, com formas e
Tecidos adultos
funções bem definidas. Normalmente
apresentam um único vacúolo e parede
celular espessa (parede celular primária e
secundária).

É um tecido adulto de revestimento que


apresenta várias adaptações, como:
Epiderme
cutícula, pelos absorventes, tricomas,
hidatódios, acúleos e estômatos.

│ Profº Fernando Teixeira 63


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Tem origem pela diferenciação do


felogênio. É composto por células mortas
Súber devido ao depósito de suberina, uma
substância de natureza lipídica que
impermeabiliza a parede celular.

O xilema é constituído pelos vasos


lenhosos, cujas paredes são formadas por
Xilema células mortas lignificadas. Esse tecido é
responsável pela pela condução de seiva
bruta (água e sais minerais).

O floema (ou líber) é constituído pelos vasos


liberianos (tubos crivados), formados por
Floema
células vivas e alongadas, responsáveis pelo
transporte de seiva elaborada.

São representados pelos parênquimas


Tecidos de clorofilianos (clorênquimas): paliçádico e
assimilação lacunoso. São tecidos especializados em
realizar fotossíntese.

Taxonomia vegetal

│ Profº Fernando Teixeira 64


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Briófitas

Pteridófitas

│ Profº Fernando Teixeira 65


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Gimnospermas

│ Profº Fernando Teixeira 66


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Angiospermas

• Único cotilédone
• Raízes fasciculadas
• Folhas com nervuras paralelas
Monocotiledôneas
• Feixes vasculares dispostos de forma
irregular no caule
• Flores trímeras

• Dois cotilédone
• Raízes pivotantes
• Folhas com nervuras reticulares
Dicotiledôneas
• Feixes vasculares dispostos em círculo no
caule
• Flores dímeras, tetrâmeras ou pentâmeras

│ Profº Fernando Teixeira 67


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│ Profº Fernando Teixeira 68


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14. ZOOLOGIA

Poríferos → esponjas

• Parazoários
Características
• Acelomados
evolutivas
• Simetria → assimétricos ou radial

• Filtradores
• Coanócitos – manutenção do fluxo de água, captura
de alimento e digestão intracelular

Anatomia • Amebócitos – transporte de substâncias


(circulação) e crescimento/regeneração (células-
tronco)
• Espículas – atuam na sustentação. Podem ser de
carbonato de cálcio, sílica ou espongina.

Reprodução • Desenvolvimento indireto (anfiblástula)

│ Profº Fernando Teixeira 69


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Cnidários → anêmonas, hidras, corais, caravelas e águas-vivas.

• Eumetazoários
• Diblásticos
Características
• Acelomados
evolutivas
• Protostômios
• Simetria → radial

• Morfologia → pólipo e medusa


Anatomia • Sistema nervoso → difuso (em rede)
• Sistema digestório → tubo digestivo incompleto.

Reprodução • Desenvolvimento indireto (plânula)

│ Profº Fernando Teixeira 70


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Platelmintos → planárias, tênias, esquistossomo e fascíola.

• Eumetazoários
• Triblásticos
Características
• Acelomados
evolutivas
• Protostômios
• Simetria → bilateral

• Sistema nervoso → ganglionar


• Sistema digestório → tubo digestivo incompleto,
Anatomia com digestão extracelular e intracelular
• Sistema excretor → protonefrídios (solenócitos e
células-flama)

Nematódeos → áscaris e ancilostoma.

• Eumetazoários
• Triblásticos

Características • Pseudocelomados
evolutivas • Protostômios
• Simetria → bilateral
• Ecdizoários

• Sistema nervoso → ganglionar


Anatomia • Sistema digestório → tubo digestivo completo
• Sistema excretor → Células-H ou renetes

│ Profº Fernando Teixeira 71


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Moluscos → lesmas, caramujos, caracóis, lulas, polvos, mexilhões e


ostras.

• Eumetazoários
• Triblásticos
Características
• Celomados
evolutivas
• Protostômios
• Simetria → bilateral

• Sistema nervoso → ganglionar


• Sistema digestório → tubo digestivo completo, com
rádula (gastrópodes e cefalópodes) ou sifões
(bivalves)
• Sistema excretor → metanefrídios
Anatomia
• Sistema circulatório → circulação aberta
(gastrópodes e bivalves) ou circulação fechada
(cefalópodes).
• Sistema respiratório → cutânea, pulmonar ou
branquial

│ Profº Fernando Teixeira 72


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Anelídeos → minhocas e sanguessugas.

• Eumetazoários
• Triblásticos
Características
• Celomados
evolutivas
• Protostômios
• Simetria → bilateral

• Sistema nervoso → ganglionar


• Sistema digestório → tubo digestivo completo, com
papo, moela e tiflossole
Anatomia
• Sistema excretor → metanefrídios
• Sistema circulatório → circulação fechada
• Sistema respiratório → cutânea ou branquial

Reprodução • Presença de clitelo

Artrópodes → insetos, aracnídeos, crustáceos, quilópodes e


diplópodes.

• Eumetazoários
• Triblásticos

Características • Celomados
evolutivas • Protostômios
• Simetria → bilateral
• Ecdizoários → exoesqueleto de quitina

│ Profº Fernando Teixeira 73


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• Sistema nervoso → ganglionar


• Sistema digestório → tubo digestivo completo
• Sistema excretor → túbulos de Malpighi (insetos,
aracnídeos, quilópodes e diplópodes), glândulas
Anatomia coxais (aracnídeos) e glândulas antenais (crustáceos)
• Sistema circulatório → circulação
• Sistema circulatório → traqueal (insetos, quilópodes
e diplópodes), filotraqueal (aracnídeos) e branquial
(crustáceos)

Anatomia dos principais artrópodes

PARES
TAGMAS DE ANTENAS ASAS
PATAS

Cabeça
Ausentes, 1
INSETOS Tórax 3 pares 1 par par ou 2
pares
Abdômen

Cefalotórax
ARACNÍDEOS 4 pares Ausentes Ausentes
Abdômen

Cefalotórax 5 a 10
CRUSTÁCEOS 2 pares Ausentes
Abdômen pares

│ Profº Fernando Teixeira 74


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Equinodermos – estrela-do-mar, ouriço-do-mar, pepino-do-mar,


serpente-do-mar, bolacha-do-mar.

• Eumetazoários
• Triblásticos

Características • Celomados
evolutivas • Protostômios
• Simetria primária (larva) → bilateral
• Simetria secundária (adulto) → radial

• Sistema nervoso → difuso


• Sistema digestório → tubo digestivo completo,
Anatomia
com boca ventral e ânus dorsal
• Sistema ambulacrário → locomoção

│ Profº Fernando Teixeira 75


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OSTEÍCTES CONDRÍCTES

Nadadeira caudal Homocerca ou dificerca Heterocerca

Ganoides, cicloides e
Escamas Placoides
ctednoides

Boca Anterior (terminal) Ventral

Tubo digestivo Tubo digestivo


Sistema digestório completo, com boca e completo, com boca e
ânus. cloaca.

4 pares de brânquias, 5 a 7 pares de brânquias,


Sistema respiratório
com opérculo. com espiráculo.

Excreta na forma de Excreta na forma de


Sistema excretor
amônia. ureia.

Monoicos ou dioicos;
Dioicos;
Fecundação interna ou
externa;
Reprodução Fecundação interna;
Desenvolvimento direto
Desenvolvimento direto.
ou indireto (com
formação de alevino).

│ Profº Fernando Teixeira 76


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ANFÍBIOS RÉPTEIS
• É a classe responsável
• É a classe de transição
pela conquista definitiva
do ambiente aquático
do ambiente terrestre –
Características para o ambiente
independentes da água
evolutivas terrestre – a reprodução
para se desenvolverem e
é dependente da água.
se reproduzirem.
• São pecilotérmicos.
• São pecilotérmicos.
Permeável e úmida, para
que ocorra a troca de Impermeável, com
Pele
substâncias com o acúmulo de queratina.
ambiente.
Possuem rins
mesonefros, com Possuem rins
Excreção excreta na forma de metanefros, com excreta
amônia (estágio larval) e na forma de ácido úrico.
ureia (estágio adulto).
Em todos os estágios a
respiração mais eficiente
é a cutânea. No estágio
Possuem respiração
Respiração adulto, além da
pulmonar eficiente.
respiração cutânea,
possuem respiração
pulmonar ou branquial.
Não-crocodilianos
circulação fechada,
dupla e incompleta, com
Circulação fechada,
coração tricavitário.
Circulação dupla e incompleta, com
Crocodilianos
coração tricavitário.
circulação fechada,
dupla e completa, com
coração tetracavitário.
Dioicos; Dioicos;
Fecundação externa ou Fecundação interna;
Reprodução interna; Desenvolvimento direto;
Desenvolvimento São os primeiros
indireto ou direto. amniótas.

│ Profº Fernando Teixeira 77


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AVES

• Penas – auxiliam no controle térmico,


no voo e natação.

• Os membros anteriores são


Morfologia
modificados em asas ou nadadeiras;

• Ossos pneumáticos – auxiliam no


armazenamento e transporte de gases.

• Bico – com escamas córneas para


captura de alimento.

• Papo – armazenamento de alimento;

• Proventrículo – secreção de enzimas


Digestão digestivas.

• Moela – trituração do alimento.

• Intestino.

• Cloaca.

Respiração Respiração pulmonar, com sacos aéreos.

Circulação fechada, dupla e completa,


Circulação
com coração tetracavitário.

São dioicas, com fecundação interna e


Reprodução
desenvolvimento direto. São amniótas.

│ Profº Fernando Teixeira 78


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MAMÍFEROS

• Pelos – auxiliam no controle térmico, no


voo e natação.
Morfologia
• Glândulas mamárias – cuidado
parental.

• Boca – heterodontes.
Digestão • Intestino – altamente especializado,
conforme a dieta.

Respiração pulmonar, com alvéolos e


Respiração
diafragma.

Circulação fechada, dupla e completa,


Circulação
com coração tetracavitário.

São dioicas, com fecundação interna e


desenvolvimento direto. Podem ser
classificados em:
• Prototérios – são ovíparos, e não
apresentem a formação de placenta.

Reprodução • Metatérios – apresentam uma


gestação muito rápida, com a formação
de placenta rudimentar. O
desenvolvimento se completa no interior
do marsúpio.
• Eutérios – são os mamíferos
placentários.

│ Profº Fernando Teixeira 79


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│ Profº Fernando Teixeira 80


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15. ECOLOGIA
Conceitos ecológicos

• Espécie → conjunto de indivíduos


morfologicamente e fisiologicamente
semelhantes, com capacidade de reprodução
e descendência fértil.
• População → é o conjunto de indivíduos de
mesma espécie que vivem em um mesmo
FATORES
ambiente (mesmo espaço geográfico), em um
BIÓTICOS
mesmo intervalo de tempo.
• Comunidade, biota ou biocenose → é o
conjunto de indivíduos de espécies diferentes
que vivem em um mesmo ambiente (mesmo
espaço geográfico), em um mesmo intervalo
de tempo.

Representam os elementos não vivos do


FATORES ambiente (fatores físicos e químicos), como
ABIÓTICOS solo, pH, umidade, insolação, variação de
temperatura, pluviosidade, etc.

É o ambiente onde a espécie encontra


HABITAT condições e recursos para sobreviver e se
reproduzir.

É a interação entre os fatores bióticos (seres


ECOSSISTEMA vivos) e os fatores abióticos (fatores químicos
e físicos) do ambiente.

É uma zona de transição de um determinado


ECÓTONE
hábitat ou ecossistema para outro.

Descreve o ambiente onde a espécie vive,


como ela vive, do que ela se alimenta, com que
NICHO ECOLÓGICO
seres vivos ela interage, como e quando se
reproduz, etc.

│ Profº Fernando Teixeira 81


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Cadeias e teias alimentares

Transferência de energia → unidirecional


Transferência da matéria → cíclica

As substâncias que um ser vivo não consegue metabolizar e/ou


eliminar do organismo, passam a se acumular em seus tecidos. Esse
processo é chamado de bioacumulação. E se analisarmos o acúmulo
dessas substâncias ao longo de uma cadeia alimentar, a tendência é
que, quanto maior o nível trófico ocupado pelo ser vivo, maior será o
acúmulo dessa substância tóxica. A esse processo, chamados de
magnificação trófica.

│ Profº Fernando Teixeira 82


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Pirâmides ecológicas

Pirâmides de número

Pirâmide de biomassa em Pirâmide de biomassa em


ambiente terrestre ambiente aquático

Pirâmide de energia

│ Profº Fernando Teixeira 83


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Interações ecológicas

(+) Relação de benefício / (-) Relação de prejuízo


(0) Relação neutra

RELAÇÕES INTRAESPECÍFICAS HARMÔNICAS

Organismo A Organismo B

Colônia + +

Sociedade + +

Gregarismo + +

RELAÇÕES INTRAESPECÍFICAS DESARMÔNICAS

Canibalismo + -

Competição - -

RELAÇÕES INTERESPECÍFICAS HARMÔNICAS

Mutualismo + +

Protocooperação + +

Comensalismo + 0

Inquilinismo + 0

RELAÇÕES INTERESPECÍFICAS DESARMÔNICAS

Predatismo + -

Parasitismo + -

Amensalismo + -

Competição - -

│ Profº Fernando Teixeira 84


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Sucessão ecológica

Sucessão ecológica é a formação ou reconstituição de um


ecossistema por sucessivas transformações – químicas, físicas e
biológicas - que o ambiente sofre de uma forma gradual, ordenada e
previsível, resultante da ação contínua dos fatores ambientais sobre os
organismos e da reação dos organismos ao ambiente. As
transformações do ambiente acontecem até o estabelecimento de
uma comunidade estável, que recebe o nome de comunidade clímax.
A sucessão ecológica pode ser classificada em sucessão
primária (formação de um ecossistema) ou sucessão secundária
(recuperação de um ecossistema).

COMUNIDADE COMUNIDADE
PIONEIRA CLÍMAX

BIODIVERSIDADE Baixa Alta

BIOMASSA Baixa Alta

PRODUTIVIDADE
Baixa Alta
PRIMÁRIA BRUTA

CICLO DE VIDA DOS


Curto Longo
SERES VIVOS

VARIAÇÕES
Alta Baixa
AMBIENTAIS

PRODUTIVIDADE
Alta Baixa
PRIMÁRIA LÍQUIDA

│ Profº Fernando Teixeira 85


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Biomas brasileiros

BIOMAS BRASILEIROS

Vegetação ombrófila densa, perenifólia,


FLORESTA AMAZÔNICA
estratificada, latifoliada e higrófila.

Vegetação predominante é ombrófila


MATA ATLÂNTICA densa, perenifólia, estratificada,
latifoliada e higrófila.

Vegetação tropófita, com caules


retorcidos e casca grossa, folhas
CERRADO coriáceas e raízes profundas. O fator
limitante para o crescimento da
vegetação é o solo ácido.

│ Profº Fernando Teixeira 86


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A vegetação predominante é
caducifólia – apresentam a queda de
suas folhas nos períodos de seca, que
voltam a brotar e ficar verdes nos curtos
períodos de chuva; ou xeromórfica –
CAATINGA
apresentam o armazenamento de água
em seus caules, com folhas modificadas
em espinhos. O fator limitante para o
crescimento da vegetação é oferta de
água.

É a maior planície de inundação


contínua do mundo, o que caracteriza
sua formação e diferenciação em
relação aos outros biomas. No Pantanal
PANTANAL encontramos representantes de quase
toda a fauna brasileira e durante os
períodos de cheias parte dessa fauna se
refugia nas áreas mais altas, retornando
quando baixam as águas.

A fisionomia é composta por uma


PAMPA vegetação de campos, compostas
herbáceas e arbustos.

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16. GENÉTICA

Cada uma das formas alternativas de um


Alelo gene que pode produzir efeitos
fenotípicos distintos

É a composição genética de um
organismo. Pode ser homozigoto –
Genótipo quando os alelos são iguais; ou
heterozigoto – quando os alelos são
diferentes.

É a aparência do organismo ou suas


características “observáveis”. O fenótipo é
Fenótipo
resultado da interação de um genótipo
com os fatores do ambiente.

Dominância completa → existe a relação


de alelo dominante e alelo recessivo. Uma
característica recessiva se expressa
apenas em homozigose recessiva.

Dominância incompleta → os organismos


heterozigotos expressam um fenótipo
1ª Lei de Mendel intermediário entre os homozigotos.

Codominância → os organismos
heterozigotos expressam uma mistura do
fenótipo dos homozigotos.

Polialelia → é quando, para um gene,


existem 3 ou mais alelos.

│ Profº Fernando Teixeira 89


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2ª Lei de Mendel – dois ou mais pares de alelos participam da


determinação de uma ou mais características, com segregação
independente dos cromossomos.

Esquema da formação de gametas

Dois pares de alelos determinam duas


características. Do cruzamento de duplo-
Di-hibridismo
heterozigotos a frequência fenotípica é de
9:3:3:1.

Dois ou mais pares de alelos determinam uma


Polimeria
mesma característica.

Dois ou mais pares de alelos determinam uma


mesma característica. Os fenótipos sofrem
Polimeria
uma variação gradual e contínua. Do
quantitativa
cruzamento de duplo-heterozigotos a
frequência fenotípica é de 1:4:6:4:1.

É quando um gene (epistático) altera a


expressão de outro gene (hipostático). Do
cruzamento entre duplo-heterozigotos a
frequência fenotípica é de:
Epistasia
- Epistasia dominante = 12:3:1
- Epistasia recessiva = 9:4:3
- Epistasia duplo-recessiva = 9:7

│ Profº Fernando Teixeira 90


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Genética do Sexo

As fêmeas são determinadas pelos cromossomos


Sistema XY
XX e os machos por XY.

São características condicionadas por genes


presentes na porção não homóloga do
Herança ligada
cromossomo X. Em uma população, o número de
ao sexo
machos e fêmeas afetados por uma característica
ligada ao sexo é diferente.

São características condicionadas por genes


Herança situados na porção não homóloga do
restrita ao sexo cromossomo Y. Se manifestam apenas em
machos.

São características condicionadas por genes


Herança autossômicos que se comportam como
influenciada dominantes ou como recessivos, dependendo do
pelo sexo sexo do indivíduo – sofrem ação dos hormônios
sexuais.

│ Profº Fernando Teixeira 91

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