aula01- lógica proposicional aula 2
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Autor:
Equipe Exatas Estratégia
Concursos
04 de Junho de 2024
Índice
1) Equivalências Lógicas
..............................................................................................................................................................................................3
2) Álgebra de Proposições
..............................................................................................................................................................................................
43
APRESENTAÇÃO DA AULA
Fala, pessoal!
O entendimento da aula é muito importante, porém igualmente importante é que você DECORE as
principais equivalências lógicas. Equivalências lógicas existem para serem usadas, e o uso delas requer que
você tenha as principais fórmulas "no sangue".
Em seguida, será abordado álgebra de proposições. Nesse assunto, você deve focar especialmente nas
propriedades comutativa, associativa e distributiva. Além disso, nesse tópico, trataremos do uso de
equivalências lógicas para a resolução de problemas de tautologia, contradição e contingência.
Como de costume, vamos exibir um resumo logo no início de cada tópico para que você tenha uma visão
geral do conteúdo antes mesmo de iniciar o assunto.
@edu.mocellin
EQUIVALÊNCIAS LÓGICAS
Equivalências lógicas
Duas proposições A e B são equivalentes quando todos os valores lógicos (V ou F) assumidos por elas são
iguais para todas as combinações de valores lógicos atribuídos às proposições simples que as compõem.
Equivalências fundamentais
Equivalência contrapositiva
p→q ≡ ~q→~p
~(~p) ≡ p
~(p∧q) ≡ ~p∨~q
Para negar "ou": negar ambas as proposições e trocar o "ou" pelo "e".
~(p∨q) ≡ ~p∧~q
~(p∧q) ≡ p→~q
~(p∧q) ≡ q →~p
Conjunção de condicionais
(p→q)∧(p→r) ≡ p→(q∧r)
p∨q ≡ (~p)∨(~q)
p∨q ≡ (~p)q
p∨q ≡ p(~q)
~(p∨q) ≡ (~p)∨q
~(p∨q) ≡ p∨(~q)
pq ≡ (p→q)∧(q→p)
pq ≡ (~p)(~q)
pq ≡ (~p)∨q
pq ≡ p∨(~q)
~(pq) ≡ (~p)q
~(pq) ≡ p(~ q)
~(pq) ≡ (p∧~q)∨(q∧~p)
Quando duas proposições apresentam a mesma tabela-verdade, dizemos que as proposições são
equivalentes.
A⇔B
A≡B
Informalmente, podemos dizer que duas proposições são equivalentes quando elas têm o mesmo
significado. Exemplo:
Vejamos um exemplo:
Podemos também incluir, de imediato, na nossa tabela a condicional pq, pois vamos compará-la com a
expressão que estamos querendo obter.
A condicional q→p é falsa somente quando o antecedente q for verdadeiro e o consequente p for falso.
A conjunção (p→q)∧(q→p) só será verdadeira quando p→q e q→p forem ambos verdadeiros.
Para a bicondicional, já sabemos que ela será verdadeira quando p e q tiverem o mesmo valor lógico.
Podemos perceber da análise da tabela-verdade acima que (p→q)∧(q→p) e pq assumem os exatos
mesmos valores lógicos para todas as possibilidades de valores lógicos de p e q. Logo, as proposições são
equivalentes. Veja:
Podemos escrever:
pq ⇔ (p→q)∧(q→p)
ou
pq ≡ (p→q)∧(q→p)
Equivalências fundamentais
• Equivalência contrapositiva;
• Transformação da condicional (se...então) em disjunção inclusiva (ou); e
• Transformação da disjunção inclusiva (ou) em condicional (se...então).
Equivalência contrapositiva
p→q ≡ ~q→~p
p: “Hoje choveu.”
~q→~p: "Se [João não fez a barba], então [hoje não choveu]."
Um erro muito explorado pelas bancas é dizer que p→q seria equivalente a ~p→~q. Isso
porque é muito comum no dia a dia as pessoas cometerem esse erro.
Observe o exemplo acima: "Se hoje choveu, então João fez a barba". Vamos supor que não
choveu. O que podemos afirmar sobre a barba de João? Absolutamente nada, ele pode
tanto ter feito quanto não ter feito a barba. Logo, não podemos dizer que "Se hoje não
choveu, então João não fez a barba" é equivalente à condicional original. Em outras
palavras, não podemos dizer que ~p→~q é equivalente a p→q.
Por outro lado, podemos afirmar sem dúvida que ~q→~p. Em outras palavras,
considerando a proposição original, podemos dizer que "Se João não fez a barba, então
hoje não choveu".
Em resumo:
Uma equivalência fundamental envolvendo o conectivo condicional é a contrapositiva: p→q ≡ ~q→~p. Para
aplicar essa equivalência, devemos realizar o seguinte procedimento:
• Invertem-se as posições do antecedente e do consequente; e
• Negam-se ambos os termos da condicional.
Para o caso em questão, temos:
m→p ≡ ~p→~m
A proposição equivalente pode ser descrita por:
~p→~m: “Se [a paisagem não compensa], então [subir a montanha não é difícil]”.
Gabarito: Letra C.
p→q ≡ ~p∨q
Antes de realizar alguns exercícios sobre essa equivalência, é importante que você saiba que a condicional
p→q apresenta somente duas possíveis equivalências: ~q→~p e ~p∨q:
p→q ≡ ~q→~p
p→q ≡ ~p∨q
Portanto, uma condicional só pode ser equivalente a outra condicional ou a uma disjunção
inclusiva.
Note que a questão sugere que a proposição original é equivalente a uma disjunção inclusiva (ou; ∨).
Devemos, portanto, usar a equivalência da transformação da condicional (se...então; →) em disjunção
inclusiva (ou; ∨).
p→q ≡ ~p∨q
(Pref. S Parnaíba/2023) Considerando como verdadeira a sentença “Se Marcos cozinha, então ele não lava
a louça”, assinale a alternativa que apresenta uma sentença equivalente a esta.
a) Marcos não cozinha ou não lava a louça.
b) Marcos não cozinha ou lava a louça.
c) Se Marcos não lava a louça, então ele cozinha.
d) Se Marcos lava a louça, então ele cozinha.
Comentários:
Sejam as proposições simples:
c: "Marcos cozinha."
l: "Marcos lava a louça."
As alternativas apresentam tanto condicionais (se...então; →) quanto disjunções inclusivas (ou; ∨) como
equivalentes. Devemos, portanto, testar as duas equivalências fundamentais que envolvem a condicional:
• p→q ≡ ~q→~p (contrapositiva)
• p→q ≡ ~p∨q (transformação da condicional em disjunção inclusiva)
A terceira equivalência fundamental para sua prova é a transformação da disjunção inclusiva (ou; ∨) em
condicional (se...então; →):
p∨q ≡ ~p→q
(EPC/2023) Posso contar com os amigos ou ficarei sozinho. Uma afirmação que é logicamente equivalente a
afirmação anterior é:
a) Se não posso contar com os amigos, então ficarei sozinho.
b) Se posso contar com os amigos, então ficarei sozinho.
c) Se não posso contar com os amigos, então não ficarei sozinho.
d) Se ficarei sozinho, então não posso contar com os amigos.
e) Posso contar com os amigos e ficarei sozinho.
Comentários:
Sejam as proposições simples:
a: "Posso contar com os amigos."
s: "Ficarei sozinho."
Sabemos que a disjunção inclusiva (ou; ∨) apresenta uma equivalência fundamental dada por p∨q ≡ ~p→q.
Para aplicar essa equivalência, devemos realizar o seguinte procedimento:
Negações Lógicas
Nesse tópico iremos estudar as principais negações lógicas. Antes de apresentarmos as negações, é
importante que você entenda que uma negação lógica acaba sendo uma equivalência proveniente da
negação de uma proposição.
Veremos mais adiante, por exemplo, que a negação de p∧q, que pode ser representada por ~(p∧q),
corresponde a ~p∨~q. Nesse caso:
Ao se construir negação de uma proposição, constrói-se uma nova proposição com valores lógicos sempre
opostos aos da proposição original. Para o exemplo apresentado, ~p∨~q sempre terá o valor contrário da
proposição p∧q para todas as linhas da tabela-verdade, conforme pode ser observado a seguir:
Em outras palavras, ~p∨~q terá o valor lógico da negação de p∧q, dada por ~(p∧q), para todas as linhas da
tabela-verdade:
Um resultado importante que pode ser obtido da tabela verdade é que a negação da negação de p sempre
tem valor lógico igual a proposição p, ou seja, é equivalente a p.
~(~p) ≡ p
Como exemplo, temos que a dupla negação "Não é verdade que [Joãozinho não comeu o chocolate]" é
equivalente a "Joãozinho comeu o chocolate".
~ (~p) ≡ p
Nesse tópico, veremos como se nega a conjunção (e; ∧) e a disjunção inclusiva (ou; ∨). Essas negações são
conhecidas como Leis de De Morgan.
Como resultado, podemos dizer que a negação de p∧q, também conhecida por ~(p∧q), é equivalente a
~p∨~q:
~(p∧q) ≡ ~p∨~q
p: "Comi lasanha."
q: "Bebi refrigerante."
De modo semelhante à negação da conjunção, para negarmos a disjunção inclusiva p∨q, devemos seguir o
seguinte procedimento:
Como resultado disso, podemos escrever que a negação de p∨q, também conhecida por ~(p∨q), é
equivalente a ~p∧~q:
~ (p∨q) ≡ ~p∧~q
Vejamos um exemplo:
Leis de De Morgan
Para negar o "e": negar ambas as proposições e trocar o "e" pelo "ou".
~(p∧q) ≡ ~p∨~q
Para negar o "ou": negar ambas as proposições e trocar o "ou" pelo "e".
~(p∨q) ≡ ~p∧~q
Para realizar a negação de uma disjunção inclusiva, usa-se a equivalência ~(p∨q) ≡ ~p∧~q. Para aplicar essa
equivalência, devemos seguir o seguinte procedimento:
• Negam-se ambas as parcelas da disjunção inclusiva (ou; ∨); e
• Troca-se a disjunção inclusiva (ou; ∨) pela conjunção (e; ∧).
Em outras palavras, negam-se as duas proposições e troca-se o "ou" pelo "e". Para o caso em questão,
temos:
~(c∨~s) ≡ ~c∨~(~s)
(PM CE/2023) Sabendo-se que não é verdade que o policial militar de serviço pode dormir e pode usar a
viatura para fins pessoais, é correto afirmar que:
a) O policial militar de serviço pode dormir ou pode usar a viatura para fins pessoais.
b) O policial militar de serviço não pode dormir ou não pode usar a viatura para fins pessoais.
c) O policial militar de serviço pode dormir ou não pode usar a viatura para fins pessoais.
d) O policial militar de serviço não pode dormir ou pode usar a viatura para fins pessoais.
e) O policial militar de serviço não pode dormir e não pode usar a viatura para fins pessoais.
Comentários:
Sejam as proposições simples:
d: "O policial militar de serviço pode dormir."
v: "O policial militar de serviço pode usar a viatura para fins pessoais."
Observe que a proposição original, ~(d∧v), é a negação da conjunção (d∧v). Como a questão pergunta por
algo que é correto de se afirmar, devemos encontrar algo que é equivalente a ~(d∧v), ou seja, devemos
negar (d∧v).
Para realizar a negação de uma conjunção, usa-se a equivalência ~(p∧q) ≡ ~p∨~q. Para aplicar essa
equivalência, devemos seguir o seguinte procedimento:
• Negam-se ambas as parcelas da conjunção (e; ∧); e
• Troca-se a conjunção (e; ∧) pela disjunção inclusiva (ou; ∨).
Em outras palavras, negam-se as duas proposições e troca-se o "ou" pelo "e". Para o caso em questão,
temos:
~(d∧v) ≡ ~d∨~v
~(p→q) ≡ p∧~q
(DPE SP/2023) Uma afirmação que corresponde a uma negação da lógica da afirmação:
'Se cada escultura é uma obra de arte, então a chuva é uma grande artista”, é
a) Se a chuva não é uma grande artista, então cada escultura não é uma obra de arte.
b) Cada escultura é uma obra de arte ou a chuva é uma grande artista.
c) Cada escultura não é uma obra de arte ou a chuva não é uma grande artista.
d) Cada escultura é uma obra de arte, e a chuva não é uma grande artista.
e) Se cada escultura não é uma obra de arte, então a chuva não é uma grande artista.
Comentários:
Sejam as proposições simples:
o: "Cada escultura é uma obra de arte."
a: "A chuva é uma grande artista."
Para realizar a negação de uma condicional, usa-se a equivalência ~(p→q) ≡ p∧~q. Para aplicar essa
equivalência, devemos seguir o seguinte procedimento:
• Mantém-se o primeiro termo;
• Troca-se a condicional (se...então; →) pela conjunção (e; ∧); e
• Nega-se o segundo termo.
Para realizar a negação de uma condicional, usa-se a equivalência ~(p→q) ≡ p∧~q. Para aplicar essa
equivalência, devemos seguir o seguinte procedimento:
• Mantém-se o primeiro termo;
• Troca-se a condicional (se...então; →) pela conjunção (e; ∧); e
• Nega-se o segundo termo.
Para fins de resolução de questões de concurso público, é importante que você se familiarize com a utilização
de mais de uma equivalência em um mesmo problema.
(SEPLAN RR/2023) Considerando os conectivos lógicos usuais, que as letras maiúsculas representam
proposições lógicas e que o símbolo ~ representa a negação de uma proposição, julgue o item subsecutivo.
A expressão (A∨B)→C é equivalente à expressão (~A∧~B)∨C.
Comentários:
Note que originalmente temos uma condicional cujo antecedente é (A∨B) e cujo consequente é C. Sabemos
que a condicional apresenta somente duas equivalências:
• p→q ≡ ~q→~p (contrapositiva)
• p→q ≡ ~p∨q (transformação da condicional em disjunção inclusiva)
Como a proposição composta sugerida como equivalente não é uma condicional, vamos utilizar a segunda
equivalência.
Para aplicar essa equivalência, devemos realizar o seguinte procedimento:
• Nega-se o primeiro termo;
• Troca-se a condicional (se...então; →) pela disjunção inclusiva (ou; ∨); e
• Mantém-se o segundo termo.
Note que ~(A∨B) é a negação de (A∨B), podendo ser desenvolvida por De Morgan. Para negar a disjunção
inclusiva "ou" negam-se as duas proposições e troca-se o "ou" pelo "e". Ficamos com:
(A∨B)→C ≡ (~A∧~B)∨C
Gabarito: CERTO.
(TJ SP/2023) Em uma reunião, com seus colaboradores, o chefe do atendimento diz: “Se o atendimento é
bom, então o cliente fica satisfeito e volta”. A alternativa que contém uma afirmação equivalente à afirmação
do chefe é:
a) Se o cliente fica satisfeito e volta, então o atendimento é bom.
b) Se o cliente não fica satisfeito ou não volta, então o atendimento não é bom.
c) O cliente fica satisfeito ou volta e o atendimento é bom.
d) Se o cliente não fica satisfeito ou volta, então o atendimento não é bom.
e) O atendimento é bom e o cliente fica satisfeito e volta.
Comentários:
Sejam as proposições simples:
b: "O atendimento é bom."
s: "O cliente fica satisfeito."
v: "O cliente volta."
Note que originalmente temos uma condicional cujo antecedente é b e cujo consequente é (s∧v). Sabemos
que a condicional apresenta somente duas equivalências:
• p→q ≡ ~q→~p (contrapositiva)
• p→q ≡ ~p∨q (transformação da condicional em disjunção inclusiva)
Vamos começar utilizando a equivalência contrapositiva: p→q ≡ ~q→~p. Para aplicar essa equivalência,
devemos realizar o seguinte procedimento:
• Invertem-se as posições do antecedente e do consequente; e
• Negam-se ambos os termos da condicional.
Note que ~(s∧v) é a negação de (s∧v), podendo ser desenvolvida por De Morgan. Para negar a conjunção
"e" negam-se as duas proposições e troca-se o "e" pelo "ou". Ficamos com:
b→(s∧v) ≡ (~s∨~v)→~b:
Note que a proposição obtida como equivalente corresponde à alternativa B, que é o gabarito da questão:
(~s∨~v)→~b: "Se [(o cliente não fica satisfeito) ou ((o cliente) não volta)], então [o atendimento não é
bom]."
Para fins didáticos, vamos aplicar a segunda equivalência da condicional, dada por p∨q ≡ ~p→q. Para aplicar
essa equivalência, devemos realizar o seguinte procedimento:
• Nega-se o primeiro termo;
• Troca-se a disjunção inclusiva (ou; ∨) pela condicional (se...então; →); e
• Mantém-se o segundo termo.
(CBM SC/2023) Dentre as alternativas a seguir, aquela que contém a negação lógica da proposição composta
“Estou doente e, se o médico permite, então viajo” é:
a) Estou doente e o médico permite e não viajo.
b) Não estou doente e o médico permite e viajo.
c) Estou doente ou o médico permite e não viajo.
d) Não estou doente e o médico permite e não viajo.
e) Não estou doente ou o médico permite e não viajo.
Comentários:
Sejam as proposições simples:
d: "Estou doente."
m: "O médico permite."
v: "Eu viajo."
Devemos negar a sentença original. Note que temos uma conjunção (e; ∧) entre a proposição simples d e a
condicional (m→v).
Para realizar a negação de uma conjunção, usa-se a equivalência ~(p∧q) ≡ ~p∨~q. Para aplicar essa
equivalência, devemos seguir o seguinte procedimento:
• Negam-se ambas as parcelas da conjunção (e; ∧);
• Troca-se a conjunção (e; ∧) pela disjunção inclusiva (ou; ∨).
Em outras palavras, negam-se as duas proposições e troca-se o "e" pelo "ou". Para o caso em questão,
temos:
~[d∧(m→v)] ≡ ~d∨~(m→v)
Note que uma das parcelas obtidas, ~(m→v), é a negação da condicional (m→v).
Para realizar a negação de uma condicional, usa-se a equivalência ~(p→q) ≡ p∧~q. Para aplicar essa
equivalência, devemos seguir o seguinte procedimento:
• Mantém-se o primeiro termo;
• Troca-se a condicional (se...então; →) pela conjunção (e; ∧); e
• Nega-se o segundo termo.
Logo, ficamos com:
~[d∧(m→v)] ≡ ~d∨(m∧~v)
Neste tópico, serão apresentadas outras equivalências e negações que, apesar de apresentarem baixa
incidência, podem aparecer na sua prova.
Existem duas maneiras de se negar a conjunção de modo que ela adquira a forma condicional:
~(p∧q) ≡ p→~q
~(p∧q) ≡ q→~p
Considere, por exemplo, a seguinte conjunção:
Para realizar a negação de uma conjunção, usa-se a equivalência ~(p∧q) ≡ ~p∨~q. Para aplicar essa
equivalência, devemos seguir o seguinte procedimento:
Em outras palavras, negam-se as duas proposições e troca-se o "e" pelo "ou". Para o caso em questão,
temos:
~(c∧~f) ≡ ~c∨~(~f)
Note que essa possível negação não está presente nas alternativas. Observe, porém, que as alternativas A
e B apresentam condicionais como a negação da conjunção original. Logo, vamos utilizar as seguintes
negações da conjunção:
~(p∧q) ≡ p→~q
ou
~(p∧q) ≡ q→~p
Veja que a primeira possibilidade de se negar a conjunção está presente na alternativa A, que é o gabarito
da questão.
Gabarito: Letra A.
Conjunção de condicionais
Existem duas equivalências envolvendo conjunção de condicionais que de vez em quando aparecem nas
provas:
(p→r)∧(q→r) ≡ (p∨q)→r
(p→q)∧(p→r) ≡ p→(q∧r)
A proposição P1 pode ser descrita por c→t e a proposição P2 pode ser descrita por c→b. Logo, a proposição
P1∧P2 pode ser descrita por:
(c→t)∧(c→b)
Devemos, portanto, avaliar se (c→t)∧(c→b) é equivalente a:
“Se [há carência de recursos tecnológicos no setor Alfa], então [(o trabalho dos servidores públicos que
atuam nesse setor pode ficar prejudicado) e (os beneficiários dos serviços prestados por esse setor podem
ser mal atendidos)].”
Para mostrar formalmente que (P∨Q)→S e (P→S)∨(Q→S) não possuem tabelas de valorações iguais, isto é,
para mostrar que essas proposições não são equivalentes, podemos montar a seguinte tabela-verdade:
Gabarito: ERRADO.
Uma forma equivalente de se escrever a disjunção exclusiva (ou...ou; ∨) consiste em negar ambos os
termos:
p∨q ≡ (~p)∨(~q)
Uma possível equivalência da disjunção exclusiva p∨q consiste em negar tanto p quanto q:
p∨q ≡ (~p)∨(~q)
Além disso, outras duas possibilidades de se obter equivalências da disjunção exclusiva consiste em
transformá-la em uma bicondicional (se e somente se; ) negando-se apenas um dos termos:
p∨q ≡ (~p)q
p∨q ≡ p(~q)
p∨q ≡ (~p)∨(~q)
p∨q ≡ (~p)q
p∨q ≡ p(~q)
(TCE SP/2017) Se a afirmação “Ou Renato é o gerente da loja ou Rodrigo é o dono da loja” é verdadeira,
então uma afirmação necessariamente verdadeira é:
a) Renato é o gerente da loja e Rodrigo é o dono da loja.
b) Renato é o gerente da loja se, e somente se, Rodrigo não é o dono da loja.
c) Se Renato não é o gerente da loja, então Rodrigo não é o dono da loja.
d) Se Renato é o gerente da loja, então Rodrigo é o dono da loja.
e) Renato é o gerente da loja.
Comentários:
Sejam as proposições simples:
g: "Renato é o gerente da loja."
d: "Rodrigo é o dono da loja."
Temos que procurar nas alternativas uma resposta equivalente a uma disjunção exclusiva. Sabemos que
existem as seguintes equivalências:
p∨q ≡ (~p)∨(~q)
p∨q ≡ (~p)q
p∨q ≡ p(~q)
Como não há uma disjunção exclusiva nas respostas, devemos testar as últimas duas equivalências. Para o
caso em questão, temos as seguintes equivalências:
g∨d ≡ (~g)d
g∨d ≡ g(~d)
Veja que g(~d) corresponde à proposição composta que está na letra B, que é o gabarito da questão.
Gabarito: Letra B.
~(p∨q) ≡ pq
==3e01da==
Podemos ainda negar a disjunção exclusiva negando apenas uma das suas parcelas. Veja:
~(p∨q) ≡ (~p)∨q
~(p∨q) ≡ p∨(~q)
A negação dessa disjunção exclusiva também pode ser escrita das seguintes formas:
~(p∨q) ≡ pq
~(p∨q) ≡ (~p)∨q
~(p∨q) ≡ p∨(~q)
Veja que as alternativas C, D e E podem ser eliminadas, pois a negação da disjunção exclusiva não pode ser
uma condicional, uma conjunção ou uma disjunção inclusiva. Restam apenas as alternativas A e B.
Aplicando negações aprendidas para o caso em questão, temos:
~(p∨e) ≡ pe
~(p∨e) ≡ (~p)∨e
~(p∨e) ≡ p∨(~e)
Veja que a alternativa A está errada, pois ela nega ambas as parcelas da disjunção exclusiva, apresentando
a proposição (~p)∨(~e). Essa proposição é uma equivalência de p∨e, não uma negação de p∨e.
Logo, a alternativa correta é a letra B, que apresenta uma possibilidade para a negação ~(p∨e), dada por
pe:
~(p∨e) ≡ pe: "[Flávio é funcionário de empresa privada] se, e somente se, [ele é funcionário público]."
Gabarito: Letra B.
(CMSJC/2022) Considere a afirmação: "Ou arranjo emprego ou não me caso". A negação dessa afirmação é:
a) Se eu arranjo emprego, então eu me caso.
b) Se eu não arranjo emprego, então eu me caso.
c) Ou não arranjo emprego ou me caso.
d) Ou não arranjo emprego ou não me caso.
e) Arranjo emprego e não me caso.
Comentários:
Considere as proposições simples:
a: "Arranjo emprego."
c: "Me caso."
Note que nas alternativas não temos nenhuma bicondicional. Portanto, não devemos utilizar essa forma
de se negar a disjunção exclusiva.
Utilizando a negação ~(p∨q) ≡ (~p)∨q para o caso em questão, ficamos com:
~(a∨~c) ≡ ~a∨~c: "Ou [não arranjo emprego] ou [não me caso]."
Veja que a primeira negação está presente na alternativa D, que é o gabarito da questão.
Note que o uso da equivalência ~(p∨q) ≡ p∨(~q) também seria possível. Ocorre que, nesse caso, não
encontramos resposta. Vejamos:
~(a∨~c) ≡ a∨~(~c)
Inicialmente, é importante que você saiba que a bicondicional apresenta a seguinte equivalência:
pq ≡ (p→q)∧(q→p)
(p→q)∧(q→p): "[Se (estou cansado), então (durmo)] e [se (durmo), então (estou cansado)]".
Os alunos costumam decorar essa equivalência do seguinte modo: uma forma equivalente à bicondicional é
ir (p→q) e (∧) voltar (q→p) com a condicional.
pq ≡ (p→q)∧(q→p)
pq ≡ (~p)(~q)
Além disso, outras duas possibilidades de se obter uma equivalência da bicondicional consiste em
transformá-la em uma disjunção exclusiva (ou...ou; ∨) negando-se apenas um dos termos:
pq ≡ (~p)∨q
pq ≡ p∨(~q)
pq ≡ (p→q)∧(q→p)
pq ≡ (~p)(~q)
pq ≡ (~p)∨q
pq ≡ p∨(~q)
(APPGG Pref. SP/2023) Uma proposição lógica equivalente à proposição “Adriano é pai se, e somente se,
Giuliano é filho” está contida na alternativa:
a) Se Giuliano não é filho, então Adriano não é pai.
b) Adriano é pai, e Giuliano não é filho.
c) Ou Adriano é pai, ou Giuliano é filho.
d) Se Adriano é pai, então Giuliano é filho.
e) Ou Giuliano é filho, ou Adriano não é pai.
Comentários:
Sejam as seguintes proposições simples:
a: "Adriano é pai."
g: "Giuliano é filho."
Note que as alternativas A e D podem ser eliminadas, pois são condicionais em que há apenas duas
proposições simples sem uma conjunção.
A alternativa B também pode ser eliminada, pois a bicondicional não pode ser equivalente a uma conjunção.
Logo, restam as alternativas C e E, que são disjunções exclusivas (ou...ou; ∨). Devemos, portanto, aplicar as
duas últimas equivalências:
ag ≡ (~a)∨g: "Ou [Adriano não é pai], ou [Giuliano é filho]."
ag ≡ a∨(~g): " Ou [Adriano é pai], ou [Giuliano não é filho]."
Note que a alternativa C deve ser eliminada, pois ela não negou nenhuma parcela. Essa alternativa
corresponde a a∨g:
a∨g: "Ou [Adriano é pai], ou [Giuliano é filho]."
(ISS RJ/2010) A proposição "um número inteiro é par se e somente se o seu quadrado for par" equivale
logicamente à proposição:
a) se um número inteiro for par, então o seu quadrado é par, e se um número inteiro não for par, então o
seu quadrado não é par.
b) se um número inteiro for ímpar, então o seu quadrado é ímpar.
c) se o quadrado de um número inteiro for ímpar, então o número é ímpar.
d) se um número inteiro for par, então o seu quadrado é par, e se o quadrado de um número inteiro não for
par, então o número não é par.
e) se um número inteiro for par, então o seu quadrado é par.
Comentários:
Sejam as proposições:
p: "Um número inteiro é par."
q: "O quadrado de um número inteiro é par."
Não temos alternativa que corresponda a essa última equivalência. Note, porém, que se realizarmos a
contrapositiva de (q→p), encontramos:
pq ≡ (p→q)∧(~p→~q)
Esse resultado pode ser lido como:
(p→q)∧(~p→~q): "[Se (um número inteiro for par), então (o seu quadrado é par)], e [se (um número
inteiro não for par), então (o seu quadrado não é par)]."
Gabarito: Letra A.
São quatro as maneiras mais comuns de se negar a bicondicional. A primeira que vamos apresentar é que a
negação da bicondicional é equivalente à disjunção exclusiva.
~(pq) ≡ p∨q
Podemos ainda negar a proposição bicondicional negando apenas uma das suas parcelas. Veja:
~(pq) ≡ (~p)q
~(pq) ≡ p(~q)
A negação dessa bicondicional também pode ser escrita das seguintes formas:
Cabe salientar que existe uma outra forma de negação da bicondicional utilizando apenas operadores de
conjunção e de disjunção inclusiva:
~ (pq) ≡ (p∧~q)∨(q∧~p)
~ (pq) ≡ p∨q
~ (pq) ≡ (~p)q
~ (pq) ≡ p(~q)
~ (pq) ≡ (p∧~q)∨(q∧~p)
A questão sugere que a negação da bicondicional é uma disjunção exclusiva. Devemos, portanto, utilizar a
negação ~(pq) ≡ p∨q. Para o caso em questão, temos:
~(ir) ≡ i∨r
Ficamos com a seguinte negação:
~(ir) ≡ i∨r: “Ou [a Fênix é imortal] ou [renasce das cinzas].”
Gabarito: CERTO.
(Pref. Vila Lângaro/2019) A negação da proposição “João passa no concurso público se e somente se João
estuda” é:
a) João não passa no concurso público se e somente se João não estudou.
b) João não passa no concurso público e João não estudou.
c) João passa no concurso público e João estuda.
d) Ou João passa no concurso público ou João estuda.
e) Se João passa no concurso público, então João estuda.
Comentários:
Sejam as proposições simples:
p: " João passa no concurso público."
e: " João estuda."
Note que a primeira forma de se negar a bicondicional apresentada, quando aplicada para a bicondicional
pe, corresponde à alternativa D, que é o gabarito da questão:
~(pe) ≡ p∨e: " Ou [João passa no concurso público] ou [João estuda]."
As demais formas apresentadas nas alternativas não correspondem à negação da bicondicional. Especial
atenção deve ser dada à alternativa A, que apresenta uma equivalência da bicondicional, não uma negação:
pe ≡ (~p)(~e)
Gabarito: Letra D.
ÁLGEBRA DE PROPOSIÇÕES
Álgebra de proposições
Propriedade comutativa
p∧q ≡ q∧p
p∨q ≡ q∨p
p∨q ≡ q∨p
pq ≡ qp
Propriedade associativa
(p∧q)∧r ≡ p∧(q∧r)
(p∨q)∨r ≡ p∨(q∨r)
Propriedade distributiva
p∧(q∨r) ≡ (p∧q) ∨ (p∧r)
p∨(q∧r) ≡ (p∨q) ∧ (p∨r)
Propriedade da identidade
p∧t ≡ p
p∧c ≡ c
p∨t ≡ t
p∨c ≡ p
Propriedade da absorção
p∨(p∧q) ≡ p
p∧(p∨q) ≡ p
Propriedade da idempotência
p∧p ≡ p
p∨p ≡ p
Introdução
A álgebra de proposições trata do uso sequencial de equivalências lógicas e de outras propriedades para
simplificar expressões.
O uso dessa ferramenta é interessante para resolver questões de um modo mais rápido. Além disso, pode
ser muito útil em questões mais diretas de equivalências lógicas, quando a banca tenta "esconder" a
equivalência nas alternativas.
O mais importante é você conhecer as propriedades comutativa, associativa e distributiva e suas aplicações
mais imediatas nas questões. Isso porque, via de regra, o conhecimento das demais propriedades não
costuma ser cobrado e, além disso, é comum que as questões mais complexas de álgebra de proposições
possam ser resolvidas por tabela-verdade.
Propriedade comutativa
Todos os conectivos, exceto o condicional (se...então; →), gozam da propriedade comutativa. Isso quer dizer
que é possível trocar a ordem dos componentes em uma proposição composta sem afetar o resultado da
tabela-verdade:
p∧q ≡ q∧p
p∨q ≡ q∨p
p∨q ≡ q∨p
pq ≡ qp
Suponha que uma questão peça para você a negação da seguinte condicional:
p→q: "Se [eu correr], então [chego a tempo]."
Sabemos que essa condicional não goza da propriedade comutativa. A negação dessa condicional, pedida
pela questão, pode ser encontrada pela seguinte equivalência:
~ (p→q) ≡ p∧~q: "Corro e não chego a tempo."
Suponha agora que, dentre as alternativas da questão, você não encontre a proposição composta "Corro e
não chego a tempo", porém encontre "Não chego a tempo e corro". Pode marcar essa alternativa sem medo!
Isso porque, usando a propriedade comutativa, a conjunção obtida p∧~q pode ser escrita como ~q∧p:
~ (p→q) ≡ p∧~q ≡ ~q∧p: "Não chego a tempo e corro."
p∧q ≡ q∧p
p∨q ≡ q∨p
p∨q ≡ q∨p
pq ≡ qp
p→q ≡ ~q→~p
Propriedade associativa
Na álgebra elementar, quando realizamos uma multiplicação, é comum ouvirmos a frase "a ordem dos
fatores não altera o produto". Essa frase resume a propriedade associativa para a multiplicação.
Vamos supor que queremos realizar a multiplicação 3×5×7. Ela pode ser feita de duas formas:
Na álgebra de proposições temos algo muito semelhante. Dizemos que a conjunção (e; ∧) e a disjunção
inclusiva (ou; ∨) gozam da propriedade associativa, sendo válidas as equivalências:
(p∧q)∧r ≡ p∧(q∧r)
(p∨q)∨r ≡ p∨(q∨r)
Observe que a propriedade associativa não mistura em uma mesma expressão o conectivo
"e" e o conectivo "ou"
De acordo com a aula anterior, sabemos que (p∨~p) é uma tautologia clássica. Representando a tautologia
pela letra t, ficamos com:
t∨q
Observe que a t∨q é a disjunção inclusiva entre um termo que é sempre verdade com a proposição q.
Sabemos que, para a disjunção inclusiva ser falsa, ambos os termos precisam ser falsos. Logo, como um dos
termos é sempre verdadeiro, essa disjunção inclusiva é sempre verdadeira. Consequentemente, a
expressão original é uma tautologia. Podemos escrever:
p∨(q∨~p) ≡ t
Gabarito: CERTO.
Outra forma de se entender a propriedade associativa é perceber que, quando temos uma sequência só de
conjunções (e; ∧) ou só de disjunções inclusivas (ou; ∨), podemos remover os parênteses/colchetes.
(TRT 1/2008) Proposições compostas são denominadas equivalentes quando possuem os mesmos valores
lógicos V ou F, para todas as possíveis valorações V ou F atribuídas às proposições simples que as compõem.
Assinale a opção correspondente à proposição equivalente a “~[[A∧(¬B)]→C]”.
a) A∧(~B)∧(~C)
b) (~A)∨(~B)∨C
c) C→[A∧(~B)]
d) (~A)∨B∨C
e) [(~A)∧B]→(~C)
Comentários:
A proposição original, dada por ~[[A∧(~B)]→C], corresponde à negação de um condicional cujo o
antecedente é [A∧(~B)] e cujo o consequente é C.
Para negar uma condicional, utilizamos a equivalência ~(p→q) ≡ p∧~q. Aplicando ao caso em questão,
devemos manter [A∧(~B)], trocar a condicional pela conjunção e negar C:
~[[A∧(~B)]→C] ≡ [A∧(~B)]∧(~C)
Observe que, pela propriedade associativa, a ordem em que é executada a conjunção não importa. Nesse
caso, podemos remover os colchetes da proposição obtida. Consequentemente, podemos escrever:
~[[A∧(~B)]→C] ≡ A∧(~B)∧(~C)
Gabarito: Letra A.
Propriedade distributiva
Na álgebra elementar, a propriedade distributiva da multiplicação com relação à adição consiste em realizar
a seguinte operação:
3×(5 + 7) = 3 × 5 + 3 × 7
Da mesma forma, podemos partir do lado direito da equação acima chegar ao lado esquerdo "colocando o
número 3 em evidência":
3 × 5 + 3 × 7 = 3 × (5 + 7)
A propriedade distributiva do conectivo "e" em relação ao "ou" é dada pela equivalência abaixo. Perceba
que nela "p∧" é distribuído.
É importante também reconhecer a propriedade "de trás para frente". Isso significa que podemos colocar o
termo "p∧" em evidência.
(p∧q)∨(p∧r) ≡ p∧(q∨r)
A propriedade distributiva do conectivo "ou" em relação ao "e" é dada pela equivalência abaixo. Perceba
que nela "p∨" é distribuído.
p∨(q∧r) ≡ (p∨q)∧(p∨r)
É importante também reconhecer a propriedade "de trás para frente". Isso significa que podemos colocar o
termo " p∨" em evidência.
(p∨q)∧(p∨r) ≡ p∨(q∧r)
(ISS Fortaleza/2023) P: "Se a pessoa trabalha com o que gosta e está de férias, então é feliz ou está de férias."
Considerando a proposição P precedente, julgue o item seguinte.
A proposição P pode ser obtida pela aplicação da propriedade distributiva da conjunção sobre a condicional,
utilizando-se as proposições "A pessoa está de férias." e "Se a pessoa trabalha com o que gosta, é feliz.".
Comentários:
Em lógica de proposições, temos as seguintes propriedades distributivas:
Propriedade distributiva da conjunção com relação à disjunção inclusiva
p∧(q∨r) ≡ (p∧q) ∨ (p∧r)
Propriedade distributiva da disjunção inclusiva com relação à conjunção
p∨(q∧r) ≡ (p∨q)∧(p∨r)
(Pref. Alumínio/2016) Considere a afirmação: Sueli é professora e, pratica ginástica ou pratica corrida. Uma
afirmação equivalente é
A) Sueli é professora e pratica ginástica e pratica corrida.
B) Se Sueli é professora, então ela não pratica ginástica e não pratica corrida.
C) Sueli é professora e pratica ginástica, ou é professora e pratica corrida.
D) Se Sueli não pratica ginástica ou não pratica corrida, então ela é professora.
E) Sueli pratica ginástica e pratica corrida, ou é professora.
Comentários:
Sejam as proposições simples:
s: "Sueli é professora."
g: "Sueli pratica ginástica."
k: "Sueli pratica corrida."
,
"[Sueli é professora] e [(pratica ginástica) ou (pratica corrida)]."
Cumpre destacar que quando temos um condicional e queremos utilizar a álgebra de proposições para
resolver alguma questão, é necessário transformar a condicional em disjunção inclusiva por meio da
seguinte equivalência já conhecida:
p→q ≡ ~p∨q
Lembre-se, também, que temos como transformar a negação da condicional em uma conjunção:
~(p→q) ≡ p∧~q
A seguir, apresentaremos uma questão que pode ser resolvida mais rapidamente utilizando as propriedades
que vimos até agora.
(MPE RO/2023) Assinale a opção em que é apresentada a proposição lógica equivalente à proposição lógica
(P→Q)∧(R∨Q).
a) Q∨(~P∧R)
b) (P∧R)∨(~Q∨~P)
c) P→(R∧Q)
d) ~P→(~Q∧R)
e) (P→R)∨(~Q→~P)
Comentários:
Para resolver essa questão, faz-se necessário utilizar as propriedades que aprendemos até agora de modo a
desenvolver a proposição composta (P→Q)∧(R∨Q) até se chegar em outra mais simples.
Veja que, caso não resolvêssemos essa questão por álgebra de proposições, seria necessário construir a
tabela-verdade de (P→Q)∧(R∨Q) e comparar essa tabela-verdade com as tabelas das outras cinco
alternativas.
Feitas essas observações, vamos ao problema.
Note que temos uma condicional na proposição composta original: (P→Q). Para desenvolver a expressão
por álgebra de proposições, devemos transformá-la em disjunção inclusiva: ~P∨Q. Logo, a proposição
original pode ser descrita por:
(~P∨Q)∧(R∨Q)
Observando o que acabamos de obter, note que, após algumas operações, poderemos colocar "Q∨" em
evidência, por meio da propriedade distributiva. Antes disso, note que:
• Aplicando a propriedade comutativa em (~P∨Q), ficamos com (Q∨~P); e
• Aplicando a propriedade comutativa em (R∨Q), ficamos com (Q∨R).
Logo, a proposição (~P∨Q)∧(R∨Q) pode ser descrita por:
(Q∨~P)∧(Q∨R)
Propriedade da identidade
p∧t ≡ p
p∧c ≡ c
Note que p∧t é equivalente a p porque se trata de uma conjunção em que um termo é sempre verdadeiro.
Isso significa que o valor de p∧t depende somente do valor de p:
Além disso, p∧c é equivalente a c porque se trata de uma conjunção em que temos um termo sempre falso.
p∨t ≡ t
p∨c ≡ p
Note que p∨t é uma tautologia t porque se trata de uma disjunção inclusiva em que temos um termo sempre
verdadeiro:
Além disso, p∨c é equivalente a p porque se trata de uma disjunção inclusiva em que um termo é sempre
falso. Isso significa que o valor de p∨c depende somente do valor de p:
Conforme visto na aula anterior, (p∧~p) é uma contradição. Logo, ficamos com:
(p∧q)∨c
Veja que temos uma disjunção inclusiva entre (p∧q) e uma contradição c. Essa disjunção inclusiva é
equivalente a (p∧q), pois se trata de uma disjunção inclusiva em que um termo é sempre falso (propriedade
da identidade para a disjunção inclusiva). Logo, ficamos com:
(p∧q)
Gabarito: Letra B.
Propriedade da absorção
p∨(p∧q) ≡ p
p∧(p∨q) ≡ p
Propriedade da idempotência
p∧p ≡ p
p∨p ≡ p
Note que o valor lógico da conjunção p∧p depende exclusivamente da proposição p, pois:
• Se p for verdadeiro, p∧p será verdadeiro, pois será uma conjunção entre dois termos verdadeiros; e
• Se p for falso, p∧p será falso, pois será uma conjunção entre dois termos falsos
Além disso, o valor lógico da disjunção inclusiva p∨p também depende exclusivamente da proposição p, pois:
• Se p for verdadeiro, p∨p será verdadeiro, pois será uma disjunção inclusiva entre dois termos
verdadeiros; e
• Se p for falso, p∨p será falso, pois será uma disjunção inclusiva entre dois termos falsos.
Para que não reste dúvidas, as equivalências são demonstráveis por tabela-verdade:
Veja que ~[(P→Q)∨Q] é a negação da disjunção inclusiva entre (P→Q) e Q. Vamos desenvolver essa negação
por De Morgan, negando ambas as parcelas e trocando "ou" por "e". Ficamos com:
~(P→Q)∧~Q
Para negar uma condicional, utilizamos a seguinte equivalência: ~(p→ q) ≡ p∧~ q. Ficamos com:
[P∧~Q]∧~Q
Observe que, pela propriedade idempotente, [~Q∧~Q] apresenta sempre o valor lógico de ~Q. Isso porque
quando ~Q é V, [~Q∧~Q] é V, e quando ~Q é F, [~Q∧~Q] é F. Logo, nossa conjunção fica assim:
P∧(~Q)
Gabarito: CERTO.
Você se lembra que um dos métodos para descobrirmos se uma proposição composta é uma tautologia,
uma contradição ou uma contingência é utilizar equivalências lógicas ou álgebra de proposições?
Esse método costuma ser o mais rápido, porém requer o domínio das equivalências lógicas e das
propriedades da álgebra de proposições.
• Em uma tautologia t; ou
• Em uma contradição c; ou
• Em uma contingência, que pode ser uma proposição simples p, uma conjunção p∧q, etc.
(STJ/2018) A proposição ¬P→(P→Q), em que ¬P denota a negação da proposição P, é uma tautologia, isto é,
todos os elementos de sua tabela-verdade são V (verdadeiro).
Comentários:
Note que originalmente temos a condicional ~P→ (P→Q), cujo antecedente é ~P e cujo consequente é outra
condicional, dada por (P→Q).
Utilizando a equivalência p→q ≡ ~p∨q, ficamos com:
~(~P)∨(P→Q)
Utilizando novamente a equivalência p→q ≡ ~p∨q para a condicional (P→Q), ficamos com:
P∨(~P∨Q)
Veja que temos uma disjunção inclusiva entre uma tautologia t e uma proposição simples Q. Essa disjunção
inclusiva é sempre verdadeira, pois um dos termos dela (tautologia t) sempre será verdadeiro (propriedade
da identidade para a disjunção inclusiva). Logo, a proposição original corresponde a uma tautologia:
t
Gabarito: CERTO.
Veja que temos uma disjunção inclusiva entre uma tautologia t e uma proposição simples P. Essa disjunção
inclusiva é sempre verdadeira, pois um dos termos dela (tautologia t) sempre será verdadeiro (propriedade
da identidade para a disjunção inclusiva). Logo, a proposição original corresponde a uma tautologia:
t
Gabarito: CERTO.
Um problema muito explorado pelas bancas de concurso público consiste em perguntar se uma determinada
bicondicional é uma tautologia ou uma contradição.
Quanto ao conectivo bicondicional, sabemos que:
XY
• Se X e Y forem proposições equivalentes, ambas as parcelas terão sempre o mesmo valor lógico.
Nesse caso, a bicondicional será sempre verdadeira, ou seja, a bicondicional será uma tautologia.
• Se X e Y forem proposições em que uma é a negação da outra, ambas as parcelas terão sempre
valores lógicos contrários. Nesse caso, a bicondicional será sempre falsa, ou seja, a bicondicional será
uma contradição.
(POLC AL/2023) Considere os conectivos lógicos usuais e assuma que as letras maiúsculas representam
proposições lógicas simples. Com base nessas informações, julgue o item seguinte relativo à lógica
proposicional.
A proposição lógica (P→Q)((~P)∨Q) é uma tautologia.
Comentários:
Originalmente, temos a seguinte bicondicional:
(P→Q)((~P)∨Q)
Utilizando a equivalência p→q ≡ ~p∨q para a condicional (P→Q), obtemos ((~P)∨Q). Logo, a bicondicional
original pode ser descrita por:
((~P)∨Q)((~P)∨Q)
Veja que a bicondicional original corresponde a uma bicondicional em que as duas parcelas são iguais. Logo,
ambas as parcelas da bicondicional sempre vão apresentar o mesmo valor lógico. Consequentemente, a
bicondicional sempre será verdadeira. Trata-se, portanto, de uma tautologia.
Gabarito: CERTO
(Pref Acrelândia/2022) A proposição (P∧Q)(∼P∨∼Q) representa uma afirmativa que podemos chamar de:
a) contingência.
b) tautologia.
c) implicação lógica.
d) contradição.
e) paradoxo.
Comentários:
Originalmente, temos a seguinte bicondicional:
(P∧Q)(∼P∨∼Q)
Note que o segundo termo da bicondicional, (~P∨~Q), é a negação do primeiro termo (P∧Q). Isso porque,
por De Morgan, temos:
(P∧Q) ≡ (~P∨~Q)
Veja que a bicondicional original corresponde a uma bicondicional em que as duas parcelas são uma a
negação da outra. Logo, ambas as parcelas da bicondicional sempre vão apresentar valores lógicos distintos.
Consequentemente, a bicondicional sempre será falsa. Trata-se, portanto, de uma contradição.
Gabarito: Letra D.
Equivalências lógicas
• Equivalências fundamentais
• Negações lógicas
• Questões com mais de uma equivalência
• Outras equivalências e negações
Equivalências fundamentais
Comentários:
Observe que a fala original de Carlos, que ocorreu no dia 15 de janeiro, pode ser descrita do seguinte modo
no dia 16 de janeiro:
"Se [a data de entrega do trabalho é hoje, em vez de ter sido anteontem], então [eu conseguirei concluí-
lo]."
Veja que estamos partindo de uma condicional e a questão apresenta apenas condicionais como possíveis
equivalências. Logo, devemos utilizar somente a equivalência contrapositiva, pois ela é a única que
transforma uma condicional em outra condicional.
"Se [eu não consegui concluir o trabalho], então [a data de entrega do trabalho não foi hoje, foi
anteontem]."
Gabarito: Letra E.
a) Se dois números inteiros são ímpares, então, a soma desses números é um número inteiro ímpar.
b) Se algum entre dois números é ímpar, então, a soma desses números é ímpar.
c) Se a soma de dois números inteiros é ímpar, então, algum desses números é ímpar.
d) Se a soma de dois números é ímpar, então, esses dois números são ímpares.
e) Se a soma de dois números é par, então, esses dois números são pares.
Comentários:
Em regra, poderíamos negar essas duas proposições simples inserindo um "não" antes do verbo. Ficaríamos
com:
Veja que, segundo o enunciado (e segundo a própria Matemática), um número inteiro ou é par ou é ímpar.
Nesse caso, note que ~d e ~s também podem ser descritos por:
Observação: uma vez que d corresponde a "Dois números inteiros são pares", não é correto dizer que ~d
pode ser escrito como "Dois números inteiros são ímpares". Isso porque, para que d seja falso, basta que
um dos números inteiros seja ímpar, incluindo também a possibilidade de os dois serem ímpares. Portanto,
~d pode ser escrito como "Algum dos dois números inteiros é ímpar."
Feitas essas observações, note que a condicional original pode ser descrita por d→s:
d→s: "Se [dois números inteiros são pares], então [a soma desses números é um número inteiro par]."
Veja que estamos partindo de uma condicional e a questão apresenta apenas condicionais como possíveis
equivalências. Logo, devemos utilizar somente a equivalência contrapositiva, pois ela é a única que
transforma uma condicional em outra condicional.
A equivalência contrapositiva é dada por p→q ≡ ~q→~p. Para aplicar essa equivalência, devemos realizar o
seguinte procedimento:
d→s ≡ ~s→~d
~s→~d: "Se [a soma de dois números inteiros é ímpar], então [algum desses números é ímpar]."
Gabarito: Letra C.
Comentários:
Observe que a proposição "filho de pai estatístico sempre é estatístico" pode ser entendida como:
Essa proposição equivalente corresponde a "pai de não estatístico nunca é estatístico". O gabarito, portanto,
é letra E.
Gabarito: Letra E.
Comentários:
j: "Jorge se mudará."
Para transformar a disjunção inclusiva em uma condicional, podemos usar a equivalência p∨q ≡~p→q. Para
aplicar essa equivalência, devemos realizar o seguinte procedimento:
j∨~m ≡ ~j→~m
~j→~m: "Se [João não se mudar], então [Maria não será aprovada no concurso]."
Note que não temos essa condicional nas alternativas. Observe, porém, que uma equivalência fundamental
envolvendo o conectivo condicional é a contrapositiva: p→q ≡ ~q→~p. Para aplicar essa equivalência,
devemos realizar o seguinte procedimento:
~j→~m ≡ ~(~m)→~(~j)
~j→~m ≡ m→j
Portanto, temos que j∨~m é equivalente a ~j→~m que, por sua vez, é equivalente a m→j. Isso significa que
a proposição original é equivalente a m→j:
Gabarito: Letra C.
Comentários:
"Se [eu tivesse ido ao banco ontem], [eu não precisaria ir ao banco amanhã]."
"Se [eu tivesse ido ao banco anteontem], [eu não precisaria ir ao banco hoje]."
A frase correspondente ao dia seguinte é dada pela condicional a→~h escrita na forma em que se omite o
"então":
a→~h: "Se [eu tivesse ido ao banco anteontem], [eu não precisaria ir ao banco hoje]."
Para caso em questão, a frase correspondente ao dia seguinte apresenta a seguinte equivalência:
a→~h ≡ ~(~h)→~a
a→~h ≡ h→~a
Portanto, no dia seguinte, João diria algo logicamente equivalente ao que dissera no dia anterior, se tivesse
dito:
h→~a: "Se [preciso ir ao banco hoje], então [não fui ao banco anteontem]."
Gabarito: Letra D.
Comentários:
Note que as alternativas da questão apresentam tanto a condicional (se...então; →) como disjunção
inclusiva (ou; ∨) como possíveis equivalências. Devemos, portanto, testar as duas equivalências
fundamentais que envolvem a condicional:
p→(~q) ≡ ~(~q)→(~p)
p→(~q) ≡ q→(~p)
Para fins didáticos, vamos utilizar a segunda equivalência. Para aplicar essa equivalência, devemos realizar o
seguinte procedimento:
p→(~q) ≡ (~p)∨(~q)
Gabarito: Letra A.
(CESGRANRIO/TRANSPETRO/2011)
Comentários:
Se tivermos uma condicional p→q, a contrapositiva é equivalente a essa condicional e é dada por ~q→~p:
𝐩
⏟→ 𝐪 ≡ ~𝐪 → ~𝐩
⏟
𝐂𝐨𝐧𝐝𝐢𝐜𝐢𝐨𝐧𝐚𝐥 Contrapositiva
da condicional
anterior
Observe que é falso dizer que "a contrapositiva de uma proposição condicional é uma tautologia". Isso
porque, pela definição de equivalência lógica, dizer que ~q→~p e p→q são equivalentes significa dizer que
~q→~p apresenta a mesma tabela-verdade da condicional p→q, que não é uma tautologia.
Por outro lado, é correto dizer que "a tabela verdade de uma proposição condicional é idêntica à de sua
contrapositiva". Isso porque a condicional e a sua contrapositiva são equivalentes.
Gabarito: Letra D.
Comentários:
Uma equivalência fundamental envolvendo o conectivo condicional é a contrapositiva: p→q ≡ ~q→~p. Para
aplicar essa equivalência, devemos realizar o seguinte procedimento:
f→~m ≡ ~(~m)→~f
f→~m ≡ m→~f
Uma outra equivalência fundamental que se pode utilizar com o conectivo condicional é a seguinte:
p→q ≡ ~p∨q. Para aplicar essa equivalência, devemos realizar o seguinte procedimento:
f→~m ≡ ~f ∨~m
Gabarito: Letra C.
(CESGRANRIO/TRANSPETRO/2011)
I) Se beber, então não dirija.
II) Se dirigir, então não beba.
III) Se não beber, então dirija.
IV) Se não dirigir, então beba.
V) Dirija se e somente se não beber.
Analisando-se as afirmações acima, quanto à equivalência lógica entre elas, NÃO se pode afirmar que
a) (I) e (II) são equivalentes e (III) e (IV) são equivalentes.
b) (III), (IV) e (V) são equivalentes ou (I) e (II) são equivalentes.
c) Se (I) e (III) forem equivalentes, então (IV) e (V) são equivalentes.
d) Se (I) e (IV) são equivalentes, então (II) e (III) são equivalentes.
e) Se (I) e (II) são equivalentes, então (III), (IV) e (V) são equivalentes.
Comentários:
b: "Beba."
d: "Dirija."
b→~d ≡ d→~b
~b→d ≡ ~d→b
Observe que a bicondicional descrita em (V) não é equivalente a nenhuma condicional descrita em (I), (II),
(III) e (IV). Isso porque não há equivalência entre uma bicondicional e uma condicional.
Observe, portanto, que NÃO se pode afirmar o que está descrito na alternativa E:
Isso porque a alternativa E apresenta uma condicional da forma V→F, ou seja, apresenta uma condicional
falsa.
Gabarito: Letra E.
Comentários:
A proposição composta "sempre que faz sol, Isabel passeia no parque" pode ser entendida pela condicional
f→i.
Uma equivalência fundamental envolvendo o conectivo condicional é a contrapositiva: p→q ≡ ~q→~p. Para
aplicar essa equivalência, devemos realizar o seguinte procedimento:
f→i ≡ ~i→~f
~i→~f: "Se [Isabel não passeia no parque], então [não está fazendo sol]."
Gabarito: Letra C.
(CESGRANRIO/PETROBRAS/2010) Dos slogans abaixo, o que é equivalente a “Se beber, então não
dirija” é
a) “Se não dirigir, então beba”.
b) “Não beba nem dirija”.
c) “Não beba ou não dirija”.
d) “Se não beber, então dirija”.
e) “Beba e não dirija”
Comentários:
b: "Beba."
d: "Dirija."
Uma equivalência fundamental envolvendo o conectivo condicional é a contrapositiva: p→q ≡ ~q→~p. Para
aplicar essa equivalência, devemos realizar o seguinte procedimento:
b→~d ≡ ~(~d)→~b
b→~d ≡ d→~b
Uma outra equivalência fundamental que se pode utilizar com o conectivo condicional é a seguinte:
p→q ≡ ~p∨q. Para aplicar essa equivalência, devemos realizar o seguinte procedimento:
b→~d ≡ ~b∨~d
Gabarito: Letra C.
Comentários:
q: "x é primo."
Observação: sabemos que p e q apresentam uma variável x e, portanto, são sentenças abertas, não
proposições. Apesar disso, vamos tratar essas duas sentenças abertas como proposições para fins de
resolução desse exercício.
Uma equivalência fundamental envolvendo o conectivo condicional é a contrapositiva: p→q ≡ ~q→~p. Para
aplicar essa equivalência, devemos realizar o seguinte procedimento:
p→q ≡ ~q→~p
Gabarito: Letra B.
Comentários:
a: "A é C."
b: "B é C."
Veja que estamos partindo de uma condicional e a questão apresenta apenas condicionais como possíveis
equivalências. Logo, devemos utilizar somente a equivalência contrapositiva, pois ela é a única que
transforma uma condicional em outra condicional.
A equivalência contrapositiva é dada por p→q ≡ ~q→~p. Para aplicar essa equivalência, devemos realizar o
seguinte procedimento:
a→~b ≡ ~(~b)→~a
a→~b ≡ b→~a
Gabarito: Letra A.
Negações Lógicas
Comentários:
Sabemos que "mas" corresponde ao conectivo "e". Logo, a proposição original é dada por:
A questão pergunta pela equivalência da negação de ~f ∧ s, ou seja, quer uma forma equivalente a
~(~f∧ s).
Para realizar a negação de uma conjunção, usa-se a equivalência ~(p∧q) ≡ ~p∨~q. Para aplicar essa
equivalência, devemos seguir o seguinte procedimento:
Em outras palavras, negam-se as duas proposições e troca-se o "e" pelo "ou". Para o caso em questão,
temos:
~(~f∧ s) ≡ ~(~f)∨~s
~(~f∧ s) ≡ f ∨~s
Gabarito: Letra A.
(CESGRANRIO/LIQUIGÁS/2018) João disse que, se chovesse, então o show não seria cancelado.
Infelizmente, os acontecimentos revelaram que aquilo que João falou não era verdade.
Portanto,
a) o show não foi cancelado porque choveu.
b) o show foi cancelado porque não choveu.
c) não choveu, e o show não foi cancelado.
d) não choveu, e o show foi cancelado.
e) choveu, e o show foi cancelado.
Comentários:
Observe que a questão diz que "aquilo que João falou não era verdade". Isso significa que se pode concluir
==3e01da==
como verdadeiro a negação daquilo que João disse. Em outras palavras, devemos assinalar a alternativa que
apresenta a negação da fala de João.
Para realizar a negação de uma condicional, usa-se a equivalência ~(p→q) ≡ p∧~q. Para aplicar essa
equivalência, devemos seguir o seguinte procedimento:
Gabarito: Letra E.
Comentários:
o: "Mário é brasileiro."
a: " Maria é boliviana."
Para realizar a negação de uma disjunção inclusiva, usa-se a equivalência ~(p∨q) ≡ ~p∧~q. Para aplicar essa
equivalência, devemos seguir o seguinte procedimento:
Em outras palavras, negam-se as duas proposições e troca-se o "ou" pelo "e". Para o caso em questão,
temos:
~(o∨~a) ≡ ~o∧~(~a)
~(o∨~a) ≡ ~o∧a
Gabarito: Letra A.
Comentários:
e: "Lino se esforça."
c: "Lino consegue."
Note que a proposição composta original pode ser descrita por e→c:
Para realizar a negação de uma condicional, usa-se a equivalência ~(p→q) ≡ p∧~q. Para aplicar essa
equivalência, devemos seguir o seguinte procedimento:
~(e→c) ≡ e∧~c
Gabarito: Letra C.
d) 2 é ímpar e 3 é ímpar.
e) 2 é ímpar ou 3 é par.
Comentários:
d: "2 é par."
t: "3 é par."
Em regra, poderíamos negar essas duas proposições simples inserindo um "não" antes do verbo. Ficaríamos
com:
Sabemos que, na Matemática, um número inteiro ou é par ou é ímpar. Nesse caso, note que ~d e ~t também
podem ser descritos por:
Para realizar a negação de uma conjunção, usa-se a equivalência ~(p∧q) ≡ ~p∨~q. Para aplicar essa
equivalência, devemos seguir o seguinte procedimento:
Em outras palavras, negam-se as duas proposições e troca-se o "e" pelo "ou". Para o caso em questão,
temos:
~(d∧~t) ≡ ~d∨~(~t)
~(d∧~t) ≡ ~d∨t
Gabarito: Letra E.
Comentários:
a: "A é par."
b: "B é par."
s: "A+B é par."
Em regra, poderíamos negar essas proposições simples inserindo um "não" antes do verbo. Ficaríamos com:
Sabemos que, na Matemática, um número inteiro ou é par ou é ímpar. Nesse caso, note que ~a, ~b e ~s
também podem ser descritos por:
a: "A é ímpar."
b: "B é ímpar."
s: "A+B é ímpar."
Para realizar a negação de uma condicional, usa-se a equivalência ~(p→q) ≡ p∧~q. Para aplicar essa
equivalência, devemos seguir o seguinte procedimento:
~[(a∧~b)→~s] ≡ (a∧~b)∧~(~s)
~[(a∧~b)→~s] ≡ (a∧~b)∧s
Para evitar a repetição da conjunção "e", podemos omiti-la inserindo uma vírgula no lugar:
Gabarito: Letra E.
Comentários:
Vale lembrar que a palavra "nem" corresponde à conjunção "e" seguida da negação "não". Logo, a
condicional original corresponde a a→(~p∧~c):
a→(~p∧~c): "Se [um carro é da cor azul], então [(ele não é pequeno), e (não é caro)]."
• a é a condição suficiente; e
• (~p∧~c) é a condição necessária.
Logo, o enunciado está certo em dizer que (~p∧~c) é a condição necessária para a: "Essa implicação situa
logicamente a condição de não ser pequeno e não ser caro (~p∧~c) como necessária para que um carro
seja da cor azul (a)".
Além disso, na condicional original a→(~p∧~c), temos que a é a condição suficiente para (~p∧~c). Logo,
nos termos expressos pela questão, poderíamos dizer:
"A implicação também situa logicamente a condição de ser da cor azul (a) como suficiente para que um
carro não seja pequeno, nem caro (~p∧~c)."
Veja que não temos essa possibilidade como alternativa. Nesse caso, resta-nos escrever a condicional original
na sua forma equivalente por meio da equivalência contrapositiva p→q ≡ ~q→~p. Para aplicar essa
equivalência, devemos realizar o seguinte procedimento:
a→(~p∧~c) ≡ ~(~p∧~c)→~a
Veja que ~(~p∧~c) é a negação de uma conjunção, que pode ser desenvolvida por De Morgan. Essa negação
corresponde a ~(~p)∨~(~c), ou seja, corresponde a p∨c. Ficamos com:
a→(~p∧~c) ≡ (p∨c)→~a
"A implicação também situa logicamente a condição de ser pequeno ou caro (p∨c) como suficiente para
que o carro não seja da cor azul (~a)."
Gabarito: Letra B.
Comentários:
a: "Maria é advogada."
e: "Joana é engenheira."
m: "Joana é médica."
Note que a proposição composta em questão pode ser descrita por a→(e∨m):
Veja que estamos partindo de uma condicional e a questão apresenta apenas condicionais como possíveis
equivalências. Logo, devemos utilizar somente a equivalência contrapositiva, pois ela é a única que
transforma uma condicional em outra condicional.
A equivalência contrapositiva é dada por p→q ≡ ~q→~p. Para aplicar essa equivalência, devemos realizar o
seguinte procedimento:
a→(e∨m) ≡ ~(e∨m)→~a
Veja que ~(e∨m) é a negação de uma disjunção inclusiva, que pode ser desenvolvida por De Morgan. Essa
negação corresponde a ~e∧~m. Ficamos com:
a→(e∨m) ≡ (~e∧~m)→~a
(~e∧~m)→~a: "Se [(Joana não é engenheira) e (não é médica)], então [Maria não é advogada]."
Note que a alternativa C apresenta essa equivalência substituindo "e não" por "nem":
(~e∧~m)→~a: "Se [(Joana não é engenheira), (nem (é) médica)], então [Maria não é advogada]."
Gabarito: Letra C.
Comentários:
~(p∨q) ≡ ~p∧~q
• ~(p ∧ q) ≡ ~p ∨ ~q
• ~(p ∧ q) ≡ p→~q
• ~(p ∧ q) ≡ q→~p
~(p∧q) ≡ ~p∨~q
~(p→q) ≡ p∧~q
p→q ≡ ~p ∨ q
Gabarito: Letra B.
Comentários:
A primeira equivalência a ser utilizada diante a negação de uma conjunção é a equivalência de De Morgan.
Para realizar a negação de uma conjunção, usa-se a equivalência ~(p∧q) ≡ ~p∨~q. Para aplicar essa
equivalência, devemos seguir o seguinte procedimento:
Em outras palavras, negam-se as duas proposições e troca-se o "e" pelo "ou". Para o caso em questão,
temos:
~(~l∧~g) ≡ ~(~l)∨~(~g)
~(~l∧~g) ≡ l∨g
Não, caro aluno! Primeiro, perceba que já podemos eliminar as alternativas D e E, pois elas apresentam
disjunções inclusivas diferentes da que obtemos. Além disso, a alternativa C pode ser eliminada, pois a
negação de uma conjunção nunca será outra conjunção. Resta-nos as alternativas A e B, que são
condicionais. Logo, temos que dar um jeito de transformar l∨g em uma condicional.
Para transformar l∨g em uma condicional, devemos utilizar a equivalência transformação da disjunção
inclusiva em condicional: p∨q ≡ ~p→q. A equivalência é realizada do seguinte modo:
l∨g ≡ ~l→g
Ficamos com:
Uma forma mais simples de se resolver a questão requer que o aluno se lembre de duas equivalências que
são mais raras: as negações da conjunção para a forma condicional. Lembre-se das seguintes equivalências:
• ~(p∧q) ≡ p→~q
• ~(p∧q) ≡ q→~p
Para essa questão, devemos negar ~l∧~g, isto é, devemos obter ~(~l∧~g). Utilizando essas duas
equivalências, temos:
Note que, na primeira equivalência, obtemos que a negação da conjunção em questão é ~l→g:
Gabarito: Letra A.
Comentários:
Para obter todos os operadores lógicos, precisamos somente da negação (~) e da conjunção (∧).
Veremos que, a partir desses operadores, podemos obter a disjunção inclusiva (∨), a condicional (→) e a
bicondicional ().
~(p∧q) ≡ ~p∨~q
Além disso, negando a conjunção, podemos obter a condicional por meio das seguintes equivalências:
pq ≡ (p→q)∧(q→p)
Como as condicionais podem ser obtidas a partir da negação da conjunção, segue que a bicondicional pode
ser deduzida a partir de conjunções e negações.
~(p∧~q) ≡ p→~(~q)
~(p∧~q) ≡ p→q
~(~p∧q) ≡ q→~(~p)
~(~p∧q) ≡ q→p
Logo, a bicondicional pq, que pode ser escrita como (p→q)∧(q→p), também pode ser escrita assim:
Consequentemente, os operadores lógicos {¬,∧,∨,→,} podem ser deduzidos a partir dos operadores
{¬,∧}.
Gabarito: Letra B.
Álgebra de proposições
Comentários:
(a∧c)∨ ~l: "[(O depósito é amplo) e (claro)], ou [ele não se localiza em Albuquerque]."
Observe que a frase dita por João dá a ideia de "ou inclusivo", ou seja, trata-se de uma disjunção inclusiva
da proposição composta "o depósito é amplo e claro" com a proposição simples "ele não se localiza em
Albuquerque".
Isso porque, no enunciado, foi dito que "das duas, pelo menos uma". Essa expressão passa a ideia de que ao
menos um dos dois termos deve ser verdadeiro para que o "ou" seja verdadeiro.
Diferente seria se a expressão fosse "das duas, somente uma". Nesse caso, teríamos uma disjunção
exclusiva (ou exclusivo).
Como o que João disse é falso, a negação do que ele disse é verdadeira. Portanto, devemos negar a
proposição composta (a∧c)∨ ~l.
Para realizar a negação de uma disjunção inclusiva, negam-se as duas proposições e troca-se o "ou" pelo
"e". Para o caso em questão, temos:
~[(a∧c)∨ l] ≡ ~(a∧c)∧~(~l)
~[(a∧c)∨ l] ≡ ~(a∧c)∧ l
Note que ~(a∧c) é a negação de uma conjunção. Para desenvolvê-la, podemos utilizar a outra equivalência
de De Morgan. Em resumo, negam-se as duas proposições e troca-se o "e" pelo "ou". Ficamos com:
~[(a∧c)∨ l] ≡ (~a∨~c)∧ l
Ficamos com:
(~a∨~c)∧l: "[(O depósito não é amplo) ou (o depósito não é claro)] e [o depósito se localiza em
Albuquerque]."
Note que não encontramos resposta. Observe, porém, que pela propriedade comutativa podemos trocar de
posição os termos que compõem a conjunção "e". Ficamos com:
l∧(~a∨~c)
l∧(~a∨~c): "[O depósito se localiza em Albuquerque] e [(o depósito não é amplo) ou (o depósito não é
claro)]."
Gabarito: Letra A.
Comentários:
Veja que, para essa questão, é muito importante resolvermos por álgebra de proposições. Isso porque, caso
resolvêssemos por tabela-verdade, teríamos que realizar várias tabelas para testar as alternativas.
Inicialmente, temos:
p∧~(q∧r)
p∧(~q∨~r)
p∧(~q∨~r) ≡ (p∧~q)∨(p∧~r)
Gabarito: Letra C.
Comentários:
Sabemos que a proposição composta E é equivalente a [(p∧q)∨((~p)∨(~q))]. Logo, para analisar a expressão
lógica E, basta avaliar a expressão equivalente:
[(p∧q)∨((~p)∨(~q))]
Pela equivalência de De Morgan, sabemos que ~(p∧q) ≡ (~p)∨(~q). Logo, ficamos com:
[(p∧q)∨~(p∧q)]
Note que a proposição original E é equivalente à disjunção inclusiva do termo (p∧q) com a sua negação. Veja
que essa disjunção inclusiva será sempre verdadeira, pois:
• Quando (p∧q) for verdadeiro, teremos a disjunção inclusiva V∨F, que é uma disjunção inclusiva
verdadeira;
• Quando (p∧q) for falso, teremos a disjunção inclusiva F∨V, que também é uma disjunção inclusiva
verdadeira.
Como sempre teremos uma disjunção inclusiva verdadeira, a expressão lógica E é uma tautologia.
Gabarito: Letra E.
Comentários:
Antes de resolver a questão, é necessário entender o enunciado. Veja que foram apresentadas três
proposições lógicas quaisquer, p, q e r. O enunciado apresenta o seguinte:
r → [(~p) ∧ (~q)]
⏟ X
Se,e somente se
Devemos entender que o enunciado pergunta por uma proposição para ser colocada no lugar de X de modo
que a bicondicional seja verdadeira.
Como não foram atribuídos valores lógicos a p, q e r, entende-se que a bicondicional deve ser verdadeira
para quaisquer valores de p, q e r. Em outras palavras, a questão quer que a bicondicional seja sempre
verdadeira, isto é, uma tautologia.
Lembre-se que uma bicondicional é verdadeira quando ambos os termos apresentam o mesmo valor lógico.
Nesse caso, r → [(~p) ∧ (~q)] e X devem apresentar sempre o mesmo valor lógico. Em outras palavras, X
deve ser uma equivalência lógica de r→[(~p) ∧ (~q)].
Devemos, portanto, assinalar a alternativa que apresenta uma equivalência de r → [(~p) ∧ (~q)].
Uma equivalência fundamental envolvendo o conectivo condicional é a contrapositiva: p→q ≡ ~q→~p. Para
aplicar essa equivalência, devemos realizar o seguinte procedimento:
Podemos desenvolver ~[(~p) ∧ (~q)] por De Morgan. Para negar a conjunção, negam-se as duas
proposições e troca-se o "e" pelo "ou". Ficamos com:
r → [(~p) ∧ (~q)] ≡ p ∨ q → ~r
Gabarito: Letra C.
(CESGRANRIO/BASA/2014) Dadas duas proposições simples, p e q, uma das leis de De Morgan perpassa
a tautologia
[∼(p∧q)][(∼p)∨(∼q)]
Essa tautologia é logicamente equivalente à expressão
a) [∼((∼p)∧(∼q))][p∨q]
b) [∼((∼p)∨(∼q))][p∨q]
c) [∼((∼p)∧(∼q))][p∧q]
d) [(∼p)∧(∼q)][∼(p∧q)]
e) [(∼p)∨(∼q)][∼(p∨q)]
Comentários:
Primeiramente, vamos compreender o enunciado. Perceba que, pela equivalência de De Morgan, temos:
∼(p∧q) ≡ ∼p∨∼q
Note que a bicondicional apresentada no enunciado, dada por [∼(p∧q)][(∼p)∨(∼q)], apresenta dois
termos equivalentes. Nesse caso, os dois termos que compõem a bicondicional, [∼(p∧q)] e [(∼p)∨(∼q)],
sempre apresentarão o mesmo valor lógico.
Logo, a bicondicional em questão será sempre verdadeira, isto é, estamos diante de uma tautologia. Isso
porque essa bicondicional será sempre das formas VV ou FF.
Por definição, sabemos que uma equivalência lógica entre duas proposições compostas ocorre quando elas
apresentam a mesma tabela-verdade.
Ao dizer "essa tautologia é logicamente equivalente à expressão...", a questão simplesmente quer saber
qual das alternativas é uma tautologia. Todo o enunciado poderia ter sido substituído por:
∼((∼p)∧(∼q)) ≡ ~(~p)∨~(~q)
∼((∼p)∧(∼q)) ≡ p∨q
[p∨q][p∨q]
Trata-se de uma bicondicional sempre verdadeira, pois será sempre VV ou FF. Logo, estamos diante de
uma tautologia.
b) [∼((∼p)∨(∼q))][p∨q]. ERRADO.
∼((∼p)∨(∼q)) ≡ ~(~p)∧~(~q)
∼((∼p)∨(∼q)) ≡ p∧q
[p∧q][p∨q]
Note que [p∧q][p∨q] não é uma tautologia. Para mostrar esse fato, note que se p for V e q for F, teremos
FV, que é uma bicondicional falsa.
c) [∼((∼p)∧(∼q))][p∧q]. ERRADO.
∼((∼p)∧(∼q)) ≡ p∧q
[p∧q][p∧q]
Note que [p∧q][p∧q] não é uma tautologia. Para mostrar esse fato, veja que se p for V e q for F, teremos
VF, que é uma bicondicional falsa.
d) [(∼p)∧(∼q)][∼(p∧q)]. ERRADO.
∼(p∧q) ≡ ~p∨~q
[∼p∧∼q][~p∨~q]
Note que [∼p∧∼q][~p∨~q] não é uma tautologia. Para mostrar esse fato, veja que se p for V e q for F,
teremos FV, que é uma bicondicional falsa.
e) [(∼p)∨(∼q)][∼(p∨q)]. ERRADO.
∼(p∨q) ≡ ~p∧~q
[∼p∨∼q][~p∧~q]
Note que [∼p∨∼q][~p∧~q] não é uma tautologia. Para mostrar esse fato, veja que se p for V e q for F,
teremos VF, que é uma bicondicional falsa.
Gabarito: Letra A.
Comentários:
~(p∨q) ≡ pq
Veja que não temos essa proposição nas alternativas. Observe, porém, que a bicondicional goza da
propriedade comutativa:
pq ≡ qp
Gabarito: Letra E.
(CESGRANRIO/PETROBRAS/2012) Afirmar que duas fórmulas bem formadas p e q, que são compostas
pelas mesmas proposições simples t1, t2, ... , tn, são equivalentes é o mesmo que afirmar que é uma
tautologia a proposição
a) pq
b) p∧q
c) p∨q
d) p→¬q
e) ¬p∨¬q
Comentários:
Considerando-se que p e q são proposições compostas equivalentes, isso significa que as proposições
compostas p e q sempre terão o mesmo valor lógico para todas as combinações de valores lógicos que t1,
t2, ... , tn podem assumir.
Observe que, nesse caso, a bicondicional pq é sempre verdadeira, pois essa bicondicional apresenta duas
parcelas que sempre apresentarão o mesmo valor lógico. Consequentemente, a bicondicional pq é uma
tautologia.
Logo, afirmar que as proposições compostas p e q são equivalentes é o mesmo que afirmar que é uma
tautologia a proposição pq.
Gabarito: Letra A.
Comentários:
Queremos obter uma expressão para a disjunção exclusiva (ou...ou; ∨) em termos da conjunção (e; ∧) e da
disjunção inclusiva (ou; ∨).
Sabemos que a disjunção exclusiva pode ser escrita como a negação da bicondicional. Utilizando as
proposições a e b, temos:
a∨b ≡ ~(ab)
Além disso, a bicondicional apresenta a seguinte equivalência: pq ≡ (p→q)∧(q→p). Aplicando essa
equivalência para ab, temos:
a∨b ≡ ~((a→b)∧(b→a))
Note que temos a negação de uma conjunção entre os termos (a→b) e (b→a). Para negar uma conjunção,
podemos utilizar De Morgan: negam-se ambas as parcelas e troca-se o "e" pelo "ou". Ficamos com:
a∨b ≡ ~(a→b)∨~(b→a)
Para negar uma condicional, temos a seguinte equivalência: ~(p→q) ≡ p∧~q. Aplicando essa equivalência
para ~(a→b) e para ~(b→a), ficamos com:
a∨b ≡ (a∧~b)∨(b∧~a)
a∨b ≡ (b∧~a)∨(a∧~b)
Aplicando a propriedade comutativa a conjunção (b∧~a), podemos escrevê-la como (~a∧b). Ficamos com:
a∨b ≡ (~a∧b)∨(a∧~b)
Note, portanto, que a operação de ou exclusivo entre a e b pode ser definida por (~a∧b)∨(a∧~b).
Gabarito: Letra E.
(CESGRANRIO/BR/2012) A tabela abaixo mostra cinco processos A, B, C, D e E que devem ser executados
em uma máquina. Cada processo necessita de um conjunto de recursos para ser executado e, uma vez que
o processo é executado, estes recursos são consumidos e se tornam indisponíveis. A política de
escalonamento de processos considera que um processo está pronto para ser executado quando todos os
recursos de que ele necessita estão disponíveis e que no máximo dois processos podem ser executados
em paralelo. Apenas duas ordenações de execução dos processos A, B, C, D e E são possíveis de acordo
com esta política, sem que haja tempo desnecessário sendo gasto em espera por recursos.
Comentários:
Para resolver o problema, é importante notar as seguintes informações que podem ser extraídas enunciado:
• Antes da execução de um passo, os recursos a serem utilizados naquele passo estão disponíveis.
• Após a execução de um passo, os recursos utilizados naquele passo se tornam indisponíveis;
• As duas possíveis opções de ordenação apresentam o processo E no passo 3. Isso significa que não
é possível que o processo E esteja no passo 2. Em outras palavras, antes de iniciar o passo 2, os
recursos para a tarefa E estão indisponíveis, independentemente da ordenação escolhida.
Com base nessas informações, vamos analisar as ordenações 1 e 2 individualmente no momento depois do
passo 1 e antes do passo 2.
Ordenação 1
Depois do passo 1, note que os recursos para as tarefas A e B não estarão disponíveis. Em termos de lógica
proposicional, temos ~p e ~q.
Além disso, como estamos antes do passo 2, os recursos para as tarefas C e D estão disponíveis. Em termos
de lógica proposicional, temos r e s.
Por fim, conforme já observado, os recursos para a tarefa E não estão disponíveis. Em termos de lógica
proposicional, temos ~t.
~p∧~q∧r∧s∧~t
Ordenação 2
Depois do passo 1, note que os recursos para as tarefas A e C não estarão disponíveis. Em termos de lógica
proposicional, temos ~p e ~r.
Além disso, como estamos antes do passo 2, os recursos para as tarefas B e D estão disponíveis. Em termos
de lógica proposicional, temos q e s.
Por fim, conforme já observado, os recursos para a tarefa E não estão disponíveis. Em termos de lógica
proposicional, temos ~t.
~p∧~r∧q∧s∧~t
Resposta ao problema
Como as duas ordenações são alternativas (podemos escolher uma ou outra), devemos ligar as duas
proposições compostas pelo conectivo ou. Ficamos com:
(~p∧~q∧r∧s∧~t)∨(~p∧~r∧q∧s∧~t)
~p∧((~q∧r∧s∧~t)∨(~r∧q∧s∧~t))
Veja que as parcelas (~q∧r∧s∧~t) e (~r∧q∧s∧~t) apresentam s e ~t em comum. Podemos também colocá-
los em evidência após realizarmos algumas reordenações.
Aplicando a propriedade comutativa em cada uma das duas parcelas, podemos colocar s∧~t no início delas:
~p∧((s∧~t∧~q∧r)∨(s∧~t∧~r∧q))
~p∧(s∧((~t∧~q∧r)∨(~t∧~r∧q)))
Temos uma conjunção entre termos: ~p, s e ((~t∧~q∧r)∨(~t∧~r∧q)). Pela propriedade associativa,
podemos remover dois parênteses:
~p∧s∧((~t∧~q∧r)∨(~t∧~r∧q))
~p∧s∧(~t∧((~q∧r)∨( ~r∧q)))
Temos uma conjunção entre quatro: ~p, s, ~t e ((~q∧r)∨( ~r∧q)). Pela propriedade associativa, podemos
remover dois parênteses:
~p∧s∧~t∧((~q∧r)∨( ~r∧q))
Pela propriedade comutativa podemos reordenar a conjunção de quatro termos da seguinte forma:
~p∧((~q∧r)∨(~r∧q))∧s∧~t
Veja que estamos próximos do que está presente na alternativa B. Na disjunção inclusiva (~q∧r)∨(~r∧q),
podemos, pela propriedade comutativa, alterar os termos (~q∧r) e (~r∧q) de posição:
~p∧((~r∧q)∨(~q∧r))∧s∧~t
Além disso, ainda pela propriedade comutativa, podemos trocar os termos de posição na conjunção (~r∧q),
obtendo-se a alternativa B como resposta:
~p∧((q∧~r)∨(~q∧r))∧s∧~t
Gabarito: Letra B.
Comentários:
Vamos analisar cada proposição por meio de álgebra de proposições. Lembre-se que a questão também
poderia ser resolvida construindo a tabela-verdade das proposições.
I) p∨~(p∧q)
Note que ~(p∧q) pode ser desenvolvido por De Morgan: ~(p∧q) ≡ ~p∨~q. Ficamos com:
p∨~p∨~q
t∨~q
Trata-se de uma disjunção inclusiva com um termo que sempre é verdadeiro. Logo, estamos diante de uma
tautologia.
II) p→(p∨q)
Podemos transformar uma condicional em uma disjunção inclusiva por meio da equivalência p→q ≡ ~p∨q.
Aplicando para o caso em questão, temos:
~p∨p∨q
t∨q
Trata-se de uma disjunção inclusiva em que um dos termos é sempre verdadeiro. Logo, estamos diante de
uma tautologia.
III) ~p∧(p∧~q)
Note que estamos diante de uma conjunção em que um termo é sempre falso. Logo, estamos diante de uma
conjunção que é sempre falsa, isto é, trata-se de uma contradição.
IV) (p∨~q)→(q∧~p)
Podemos transformar uma condicional em uma disjunção inclusiva por meio da equivalência p→q ≡ ~p∨q.
Aplicando para o caso em questão, temos:
~(p∨~q)∨(q∧~p)
(~p∧q)∨(q∧~p)
(~p∧q)∨(~p∧q)
Trata-se da disjunção inclusiva entre dois termos iguais. Logo, pela propriedade da idempotência, a
proposição em questão é equivalente a:
(~p∧q)
Trata-se de uma contingência.
Gabarito: Letra A.
Comentários:
Antes de analisar as alternativas da questão, lembre-se que a bicondicional é verdadeira quando os dois
termos apresentam o mesmo valor lógico, e é falsa quando os dois termos apresentam valores lógicos
opostos. Isso significa que:
• Quando os dois termos da bicondicional forem equivalentes, os dois termos apresentarão sempre
o mesmo valor lógico. Nesse caso, a bicondicional é uma tautologia
• Quando os dois termos da bicondicional forem um a negação do outro, os dois termos apresentarão
sempre valores lógicos opostos. Nesse caso, a bicondicional é uma contradição.
Gabarito: Letra B.
Comentários:
a) (Q ∨ Q) ∧ ~P. ERRADO.
Q ∧ ~P
b) (P ∧ P) ∨ (Q ∨ ~Q) ∧ Q. ERRADO.
Sabemos, pela propriedade da idempotência, que (P ∧ P) ≡ P. Além disso, (Q ∨ ~Q) é uma tautologia. Logo,
a proposição em questão é:
P∨t∧Q
Pela propriedade da identidade para a disjunção inclusiva, sabemos que P ∨ t ≡ t. Ficamos com:
t∧Q
Pela propriedade da identidade para a conjunção, sabemos que t ∧ Q ≡ Q. Logo, a proposição composta em
questão corresponde a Q, que é uma contingência.
c) (P ∧ Q) ∨ (Q ∨~Q) ∧ P. ERRADO.
(P ∧ Q) ∨ t ∧ P
(P ∧ Q) ∨ t é a disjunção inclusiva do termo (P ∧ Q) com uma tautologia t. Trata-se de uma tautologia, isto
é, (P ∧ Q) ∨ t ≡ t. Ficamos com:
t∧P
Pela propriedade da identidade para a conjunção, sabemos que t ∧ P ≡ P. Logo, a proposição composta em
questão corresponde a P, que é uma contingência.
Sabemos que (P ∧ ~P) é uma contradição, assim como (Q ∧~Q). Logo, a proposição em questão é:
c∨c
Trata-se de uma disjunção inclusiva de dois termos que são sempre falsos. Logo, a proposição composta em
questão é sempre falsa, isto é, trata-se de uma contradição.
t∧t
Trata-se de uma conjunção cujos termos são sempre verdadeiros. Logo, a proposição composta em questão
é sempre verdadeira, isto é, trata-se de uma tautologia.
Gabarito: Letra E.
Comentários:
Vamos desenvolver as expressões presentes nas alternativas por meio de álgebra de proposições. Note que
a alternativa A, dada por p∨(~q∧~r), já está representada na forma mais simples possível, sem repetição
de proposições simples e sem negações de proposições compostas. Logo, começaremos a nossa análise a
partir da alternativa B.
b) (p∨~q)∧(p∨r).
(p∨~q)∧(p∨r)
Por meio da propriedade distributiva, podemos colocar "p∨" em evidência. Ficamos com:
p∨(~q∧r)
c) p∨(~p∧~q∧r).
p∨(~p∧~q∧r)
p∨(~p∧(~q∧r))
(p∨~p)∧(p∨ (~q∧r))
t∧(p∨ (~q∧r))
Pela propriedade da identidade para a conjunção, sabemos que t∧(p∨(~q∧r)) ≡ (p∨(~q∧r)). Ficamos com:
p∨(~q∧r)
d) (p∧~r)∨(p∧r)∨(~p∧~q∧r).
(p∧~r)∨(p∧r)∨(~p∧~q∧r)
Por meio da propriedade distributiva, podemos colocar "p∧" em evidência. Ficamos com:
[p∧(~r∨r)]∨(~p∧~q∧r)
[p∧t]∨(~p∧~q∧r)
Pela propriedade da identidade para a conjunção, sabemos que p∧t ≡ p. Ficamos com:
p∨(~p∧~q∧r)
p∨(~p∧(~q∧r))
(p∨~p)∧(p∨(~q∧r))
t∧(p∨(~q∧r))
Pela propriedade da identidade para a conjunção, sabemos que t∧(p∨(~q∧r)) ≡ (p∨(~q∧r)). Ficamos com:
p∨(~q∧r)
Note que obtivemos a mesma expressão das alternativas B e C, que difere da alternativa A.
e) p∨~(q∨~r).
p∨~(q∨~r)
~(q∨~r) é a negação de uma disjunção inclusiva que, por De Morgan, corresponde a (~q∧r). Ficamos com:
p∨(~q∧r)
Note que obtivemos a mesma expressão das alternativas B, C e D, que difere da alternativa A. Logo, a
alternativa A apresenta uma sentença que não é equivalente às demais.
Gabarito: Letra A.
Equivalências lógicas
• Equivalências fundamentais
• Negações lógicas
• Questões com mais de uma equivalência
• Outras equivalências e negações
Equivalências fundamentais
(CESGRANRIO/TRANSPETRO/2011)
(CESGRANRIO/TRANSPETRO/2011)
I) Se beber, então não dirija.
II) Se dirigir, então não beba.
III) Se não beber, então dirija.
IV) Se não dirigir, então beba.
V) Dirija se e somente se não beber.
Analisando-se as afirmações acima, quanto à equivalência lógica entre elas, NÃO se pode afirmar que
a) (I) e (II) são equivalentes e (III) e (IV) são equivalentes.
b) (III), (IV) e (V) são equivalentes ou (I) e (II) são equivalentes.
c) Se (I) e (III) forem equivalentes, então (IV) e (V) são equivalentes.
d) Se (I) e (IV) são equivalentes, então (II) e (III) são equivalentes.
e) Se (I) e (II) são equivalentes, então (III), (IV) e (V) são equivalentes.
(CESGRANRIO/PETROBRAS/2010) Dos slogans abaixo, o que é equivalente a “Se beber, então não
dirija” é
a) “Se não dirigir, então beba”.
b) “Não beba nem dirija”.
Negações Lógicas
(CESGRANRIO/LIQUIGÁS/2018) João disse que, se chovesse, então o show não seria cancelado.
Infelizmente, os acontecimentos revelaram que aquilo que João falou não era verdade.
Portanto,
a) o show não foi cancelado porque choveu.
b) o show foi cancelado porque não choveu.
c) não choveu, e o show não foi cancelado.
d) não choveu, e o show foi cancelado.
e) choveu, e o show foi cancelado.
GABARITO – CESGRANRIO
Equivalências lógicas
LETRA E
LETRA C
LETRA E
LETRA C
LETRA D
LETRA A
LETRA D
LETRA C
LETRA E
LETRA C
LETRA C
LETRA B
LETRA A
LETRA A
LETRA E
LETRA A
LETRA C
LETRA E
LETRA E
LETRA B
LETRA C
LETRA B
LETRA A
LETRA B
Álgebra de proposições
(CESGRANRIO/BASA/2014) Dadas duas proposições simples, p e q, uma das leis de De Morgan perpassa
a tautologia
[∼(p∧q)][(∼p)∨(∼q)]
==3e01da==
(CESGRANRIO/PETROBRAS/2012) Afirmar que duas fórmulas bem formadas p e q, que são compostas
pelas mesmas proposições simples t1, t2, ... , tn, são equivalentes é o mesmo que afirmar que é uma
tautologia a proposição
a) pq
b) p∧q
c) p∨q
d) p→¬q
e) ¬p∨¬q
(CESGRANRIO/BR/2012) A tabela abaixo mostra cinco processos A, B, C, D e E que devem ser executados
em uma máquina. Cada processo necessita de um conjunto de recursos para ser executado e, uma vez que
o processo é executado, estes recursos são consumidos e se tornam indisponíveis. A política de
escalonamento de processos considera que um processo está pronto para ser executado quando todos os
recursos de que ele necessita estão disponíveis e que no máximo dois processos podem ser executados
em paralelo. Apenas duas ordenações de execução dos processos A, B, C, D e E são possíveis de acordo
com esta política, sem que haja tempo desnecessário sendo gasto em espera por recursos.
A fórmula da lógica proposicional que representa a disponibilidade de recursos depois do passo 1 e antes
do passo 2, independente da ordenação escolhida, é
a) p∧((q∨¬r)∧(¬q∨r))∧s∧¬t
b) ¬p∧((q∧¬r)∨(¬q∧r))∧s∧¬t
c) p∧(q∨r)∧¬s∧¬t
d) p∧(q∨r∨¬s)∧t
e) ¬p∧((q∧r)∨s)∧t
GABARITO – CESGRANRIO
Álgebra de proposições
LETRA A
LETRA C
LETRA E
LETRA C
LETRA A
LETRA E
LETRA A
LETRA E
LETRA B
LETRA A
LETRA B
LETRA E
LETRA A