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Aula 01

Banco do Brasil - Matemática

Autor:
Equipe Exatas Estratégia
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04 de Junho de 2024

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Índice
1) Equivalências Lógicas
..............................................................................................................................................................................................3

2) Álgebra de Proposições
..............................................................................................................................................................................................
43

3) Questões Comentadas - Equivalências Lógicas - Cesgranrio


..............................................................................................................................................................................................
59

4) Questões Comentadas - Introdução à Álgebra de Proposições - Cesgranrio


..............................................................................................................................................................................................
90

5) Lista de Questões - Equivalências Lógicas - Cesgranrio


..............................................................................................................................................................................................
109

6) Lista de Questões - Introdução à Álgebra de Proposições - Cesgranrio


..............................................................................................................................................................................................
119

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APRESENTAÇÃO DA AULA
Fala, pessoal!

O principal assunto da aula de hoje é equivalências lógicas.

O entendimento da aula é muito importante, porém igualmente importante é que você DECORE as
principais equivalências lógicas. Equivalências lógicas existem para serem usadas, e o uso delas requer que
você tenha as principais fórmulas "no sangue".

Em seguida, será abordado álgebra de proposições. Nesse assunto, você deve focar especialmente nas
propriedades comutativa, associativa e distributiva. Além disso, nesse tópico, trataremos do uso de
equivalências lógicas para a resolução de problemas de tautologia, contradição e contingência.

Como de costume, vamos exibir um resumo logo no início de cada tópico para que você tenha uma visão
geral do conteúdo antes mesmo de iniciar o assunto.

Conte comigo nessa caminhada =)

Prof. Eduardo Mocellin.

@edu.mocellin

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EQUIVALÊNCIAS LÓGICAS

Equivalências lógicas
Duas proposições A e B são equivalentes quando todos os valores lógicos (V ou F) assumidos por elas são
iguais para todas as combinações de valores lógicos atribuídos às proposições simples que as compõem.
Equivalências fundamentais

Equivalência contrapositiva
p→q ≡ ~q→~p

Transformação da condicional (se...então) em disjunção inclusiva (ou)


p→q ≡ ~p∨q

Transformação disjunção inclusiva (ou) em condicional (se...então)


p∨q ≡ ~p→q
Negações lógicas

Dupla negação da proposição simples

~(~p) ≡ p

Negação da conjunção e da disjunção inclusiva (Leis de De Morgan)


Para negar "e": negar ambas as proposições e trocar o "e" pelo "ou".

~(p∧q) ≡ ~p∨~q

Para negar "ou": negar ambas as proposições e trocar o "ou" pelo "e".

~(p∨q) ≡ ~p∧~q

Negação da condicional (se...então)


~(p→q) ≡ p∧~q
Outras equivalências e negações
Negação da conjunção (e) para a forma condicional (se...então)

~(p∧q) ≡ p→~q

~(p∧q) ≡ q →~p
Conjunção de condicionais

Quando o termo comum é o consequente, a equivalência apresenta uma disjunção inclusiva no


antecedente.
(p→r)∧(q→r) ≡ (p∨q)→r

Quanto o termo comum é o antecedente, a equivalência apresenta uma conjunção no consequente.

(p→q)∧(p→r) ≡ p→(q∧r)

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Equivalências da disjunção exclusiva (ou...ou)

p∨q ≡ (~p)∨(~q)

p∨q ≡ (~p)q

p∨q ≡ p(~q)

Negações da disjunção exclusiva (ou...ou)


~(p∨q) ≡ pq

~(p∨q) ≡ (~p)∨q

~(p∨q) ≡ p∨(~q)

Equivalências da bicondicional (se e somente se)

pq ≡ (p→q)∧(q→p)

pq ≡ (~p)(~q)

pq ≡ (~p)∨q

pq ≡ p∨(~q)

Negações da bicondicional (se e somente se)


~(pq) ≡ p∨q

~(pq) ≡ (~p)q

~(pq) ≡ p(~ q)

~(pq) ≡ (p∧~q)∨(q∧~p)

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O que é uma equivalência lógica

Quando duas proposições apresentam a mesma tabela-verdade, dizemos que as proposições são
equivalentes.

A representação da equivalência lógica é dada pelo o símbolo ⇔ ou ≡. Se A é equivalente a B, podemos


escrever de duas maneiras:

A⇔B

A≡B

Observação: o símbolo de equivalência ⇔ é diferente do conectivo bicondicional 

Informalmente, podemos dizer que duas proposições são equivalentes quando elas têm o mesmo
significado. Exemplo:

a: "Eu moro em Taubaté."

b: "Não é verdade que eu não moro em Taubaté."

O conceito de equivalência lógica pode ser melhor detalhado assim:

Duas proposições A e B são equivalentes quando todos os valores lógicos (V ou F)


assumidos por elas são iguais para todas as combinações de valores lógicos atribuídos às
proposições simples que as compõem.

Vejamos um exemplo:

Mostre que as proposições (p→q)∧(q→p) e pq são equivalentes.


Para resolver esse problema, basta construirmos a tabela-verdade de ambas proposições. Como a
bicondicional já é conhecida por nós, precisamos simplesmente confeccionar a tabela-verdade de
(p→q)∧(q→p) e comparar com a bicondicional pq.

Passo 1: determinar o número de linhas da tabela-verdade.


Temos duas proposições simples distintas, p e q. Logo, o número de linhas é 2𝑛 = 22 = 4.

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Passo 2: desenhar o esquema da tabela-verdade.


Para determinar (p→q)∧(q→p), precisamos obter (p→q) e (q→p).
Para determinar (p→q), precisamos obter p e q.
Para determinar (q→p), precisamos obter p e q.

Podemos também incluir, de imediato, na nossa tabela a condicional pq, pois vamos compará-la com a
expressão que estamos querendo obter.

Passo 3: atribuir V ou F às proposições simples de maneira alternada.

Passo 4: obter o valor das demais proposições.


A condicional p→q é falsa somente quando o antecedente p for verdadeiro e o consequente q for falso.

A condicional q→p é falsa somente quando o antecedente q for verdadeiro e o consequente p for falso.

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A conjunção (p→q)∧(q→p) só será verdadeira quando p→q e q→p forem ambos verdadeiros.

Para a bicondicional, já sabemos que ela será verdadeira quando p e q tiverem o mesmo valor lógico.

Podemos perceber da análise da tabela-verdade acima que (p→q)∧(q→p) e pq assumem os exatos
mesmos valores lógicos para todas as possibilidades de valores lógicos de p e q. Logo, as proposições são
equivalentes. Veja:

Podemos escrever:
pq ⇔ (p→q)∧(q→p)
ou
pq ≡ (p→q)∧(q→p)

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Equivalências fundamentais

Existem três equivalências fundamentais que despencam em provas de concurso público:

• Equivalência contrapositiva;
• Transformação da condicional (se...então) em disjunção inclusiva (ou); e
• Transformação da disjunção inclusiva (ou) em condicional (se...então).

Equivalência contrapositiva

A primeira equivalência fundamental é conhecida como contrapositiva da condicional:

p→q ≡ ~q→~p

A equivalência é realizada do seguinte modo:

1. Invertem-se as posições do antecedente e do consequente; e


2. Negam-se ambos os termos da condicional.

Como exemplo, sejam as proposições:

p: “Hoje choveu.”

q: “João fez a barba.”

Considere a seguinte condicional p→q:

p→q: "Se [hoje choveu], então [João fez a barba]."

A condicional a seguir é equivalente à condicional original:

~q→~p: "Se [João não fez a barba], então [hoje não choveu]."

Um erro muito explorado pelas bancas é dizer que p→q seria equivalente a ~p→~q. Isso
porque é muito comum no dia a dia as pessoas cometerem esse erro.

Observe o exemplo acima: "Se hoje choveu, então João fez a barba". Vamos supor que não
choveu. O que podemos afirmar sobre a barba de João? Absolutamente nada, ele pode
tanto ter feito quanto não ter feito a barba. Logo, não podemos dizer que "Se hoje não
choveu, então João não fez a barba" é equivalente à condicional original. Em outras
palavras, não podemos dizer que ~p→~q é equivalente a p→q.

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Por outro lado, podemos afirmar sem dúvida que ~q→~p. Em outras palavras,
considerando a proposição original, podemos dizer que "Se João não fez a barba, então
hoje não choveu".

Em resumo:

p→q é equivalente a ~q→~p

p→q não é equivalente a ~p→~q

Vamos resolver um exercício envolvendo essa equivalência que acabamos de aprender.

(EPC/2023) Considere a seguinte afirmação:


Se subir a montanha é difícil, então a paisagem compensa.
Assinale a alternativa que contém uma equivalente lógica à afirmação apresentada.
a) Subir a montanha é difícil e a paisagem compensa.
b) Subir a montanha não é difícil e a paisagem não compensa.
c) Se a paisagem não compensa, então subir a montanha não é difícil.
d) Se subir a montanha é difícil, então a paisagem não compensa.
e) Subir a montanha não é difícil ou a paisagem não compensa.
Comentários:
Sejam as proposições simples:
m: "Subir a montanha é difícil."
p: "A paisagem compensa."
A sentença original pode ser descrita por m→p:
m→p: “Se [subir a montanha é difícil], então [a paisagem compensa].”

Uma equivalência fundamental envolvendo o conectivo condicional é a contrapositiva: p→q ≡ ~q→~p. Para
aplicar essa equivalência, devemos realizar o seguinte procedimento:
• Invertem-se as posições do antecedente e do consequente; e
• Negam-se ambos os termos da condicional.
Para o caso em questão, temos:
m→p ≡ ~p→~m
A proposição equivalente pode ser descrita por:
~p→~m: “Se [a paisagem não compensa], então [subir a montanha não é difícil]”.
Gabarito: Letra C.

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Transformação da condicional (se...então) em disjunção inclusiva (ou)

A segunda equivalência fundamental é a transformação da condicional (se...então; →) em disjunção


inclusiva (ou; ∨):

p→q ≡ ~p∨q

A equivalência é realizada do seguinte modo:

1. Nega-se o primeiro termo;


2. Troca-se a condicional (se...então; →) pela disjunção inclusiva (ou; ∨); e
3. Mantém-se o segundo termo.

Como exemplo, considere novamente a seguinte condicional:

p→q: "Se [hoje choveu], então [João fez a barba]."

Observe que a frase seguinte é equivalente:

~p∨q: "[Hoje não choveu] ou [João fez a barba]."

Antes de realizar alguns exercícios sobre essa equivalência, é importante que você saiba que a condicional
p→q apresenta somente duas possíveis equivalências: ~q→~p e ~p∨q:

A condicional p→q apresenta somente duas possíveis equivalências:

p→q ≡ ~q→~p
p→q ≡ ~p∨q

Portanto, uma condicional só pode ser equivalente a outra condicional ou a uma disjunção
inclusiva.

Vamos resolver exercícios envolvendo essa equivalência que acabamos de aprender.

(PROCON-DF/2023) A respeito de raciocínio lógico, julgue o item.


As proposições “Se Alice é uma estudante de medicina, então ela é inteligente” e “Alice não é uma estudante
de medicina ou é inteligente” são equivalentes.
Comentários:

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Sejam as proposições simples:


e: "Alice é uma estudante de medicina."
i: "Alice é inteligente."

A proposição original pode ser descrita por e→i:


e→i: "Se [Alice é uma estudante de medicina], então [ela (Alice) é inteligente]."

Note que a questão sugere que a proposição original é equivalente a uma disjunção inclusiva (ou; ∨).
Devemos, portanto, usar a equivalência da transformação da condicional (se...então; →) em disjunção
inclusiva (ou; ∨).
p→q ≡ ~p∨q

Para aplicar essa equivalência, devemos realizar o seguinte procedimento:


• Nega-se o primeiro termo;
• Troca-se a condicional (se...então; →) pela disjunção inclusiva (ou; ∨); e
• Mantém-se o segundo termo.

Para o caso em questão, temos:


e→i ≡ ~e∨i

A proposição equivalente pode ser descrita por:


~e∨i: "[Alice não é uma estudante de medicina] ou [(Alice) é inteligente]."
Gabarito: CERTO.

(Pref. S Parnaíba/2023) Considerando como verdadeira a sentença “Se Marcos cozinha, então ele não lava
a louça”, assinale a alternativa que apresenta uma sentença equivalente a esta.
a) Marcos não cozinha ou não lava a louça.
b) Marcos não cozinha ou lava a louça.
c) Se Marcos não lava a louça, então ele cozinha.
d) Se Marcos lava a louça, então ele cozinha.
Comentários:
Sejam as proposições simples:
c: "Marcos cozinha."
l: "Marcos lava a louça."

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A proposição original pode ser descrita por c→~l:


c→~l: “Se [Marcos cozinha], então [ele não lava a louça].”

As alternativas apresentam tanto condicionais (se...então; →) quanto disjunções inclusivas (ou; ∨) como
equivalentes. Devemos, portanto, testar as duas equivalências fundamentais que envolvem a condicional:
• p→q ≡ ~q→~p (contrapositiva)
• p→q ≡ ~p∨q (transformação da condicional em disjunção inclusiva)

Para aplicar a primeira equivalência, devemos realizar o seguinte procedimento:


• Invertem-se as posições do antecedente e do consequente; e
• Negam-se ambos os termos da condicional.

Para o caso em questão, temos:


c→~l ≡ ~(~l)→~c

A dupla negação de l corresponde à proposição original l. Ficamos com:


c→~l ≡ l→~c

A proposição equivalente pode ser descrita por:


l→~c: "Se [Marcos lava a louça], então [ele (Marcos) não cozinha]."

Veja que essa equivalência não está nas alternativas apresentadas.


Vamos agora utilizar a segunda equivalência. Para aplicar essa equivalência, devemos realizar o seguinte
procedimento:
• Nega-se o primeiro termo;
• Troca-se a condicional (se...então; →) pela disjunção inclusiva (ou; ∨); e
• Mantém-se o segundo termo.
Para o caso em questão, temos:
c→~l ≡ ~c∨~l

A proposição equivalente pode ser descrita por:


~c∨~l: " [Marcos não cozinha] ou [não lava a louça]."
Gabarito: Letra A.

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Transformação disjunção inclusiva (ou) em condicional (se...então)

A terceira equivalência fundamental para sua prova é a transformação da disjunção inclusiva (ou; ∨) em
condicional (se...então; →):

p∨q ≡ ~p→q

A equivalência é realizada do seguinte modo:

1. Nega-se o primeiro termo;


2. Troca-se a disjunção inclusiva (ou; ∨) pela condicional (se...então; →); e
3. Mantém-se o segundo termo.

Como exemplo, considere a seguinte disjunção inclusiva:

p∨q: "[Pedro estuda] ou [Maria trabalha]."

Observe que a frase seguinte é equivalente:

~p→q: "Se [Pedro não estuda], então [Maria trabalha]."

Vamos resolver um exercício envolvendo essa equivalência que acabamos de aprender.

(EPC/2023) Posso contar com os amigos ou ficarei sozinho. Uma afirmação que é logicamente equivalente a
afirmação anterior é:
a) Se não posso contar com os amigos, então ficarei sozinho.
b) Se posso contar com os amigos, então ficarei sozinho.
c) Se não posso contar com os amigos, então não ficarei sozinho.
d) Se ficarei sozinho, então não posso contar com os amigos.
e) Posso contar com os amigos e ficarei sozinho.
Comentários:
Sejam as proposições simples:
a: "Posso contar com os amigos."
s: "Ficarei sozinho."

A proposição original pode ser descrita por a∨s:


a∨s: "[Posso contar com os amigos] ou [ficarei sozinho]."

Sabemos que a disjunção inclusiva (ou; ∨) apresenta uma equivalência fundamental dada por p∨q ≡ ~p→q.
Para aplicar essa equivalência, devemos realizar o seguinte procedimento:

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• Nega-se o primeiro termo;


• Troca-se a disjunção inclusiva (ou; ∨) pela condicional (se...então; →); e
• Mantém-se o segundo termo.

Aplicando essa equivalência para proposição em questão, ficamos com:


a∨s ≡ ~a→s
A equivalência obtida é descrita por:
~a→s: "Se [não posso contar com os amigos], então [ficarei sozinho]."
Gabarito: Letra A.

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Negações Lógicas

Nesse tópico iremos estudar as principais negações lógicas. Antes de apresentarmos as negações, é
importante que você entenda que uma negação lógica acaba sendo uma equivalência proveniente da
negação de uma proposição.

Veremos mais adiante, por exemplo, que a negação de p∧q, que pode ser representada por ~(p∧q),
corresponde a ~p∨~q. Nesse caso:

• Podemos dizer que a negação de p∧q é ~p∨~q;


• Podemos dizer que ~(p∧q) é equivalente a ~p∨~q.

Ao se construir negação de uma proposição, constrói-se uma nova proposição com valores lógicos sempre
opostos aos da proposição original. Para o exemplo apresentado, ~p∨~q sempre terá o valor contrário da
proposição p∧q para todas as linhas da tabela-verdade, conforme pode ser observado a seguir:

Em outras palavras, ~p∨~q terá o valor lógico da negação de p∧q, dada por ~(p∧q), para todas as linhas da
tabela-verdade:

Veremos a seguir as principais negações que você precisa saber.

Dupla negação da proposição simples

Um resultado importante que pode ser obtido da tabela verdade é que a negação da negação de p sempre
tem valor lógico igual a proposição p, ou seja, é equivalente a p.

~(~p) ≡ p

A prova dessa equivalência corresponde à tabela-verdade abaixo.

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Como exemplo, temos que a dupla negação "Não é verdade que [Joãozinho não comeu o chocolate]" é
equivalente a "Joãozinho comeu o chocolate".

A negação da negação de p é equivalente a p.

~ (~p) ≡ p

Negação da conjunção e da disjunção inclusiva (Leis de De Morgan)

Nesse tópico, veremos como se nega a conjunção (e; ∧) e a disjunção inclusiva (ou; ∨). Essas negações são
conhecidas como Leis de De Morgan.

Negação da conjunção (e; ∧)

Para realizar a negação conjunção p∧q, deve-se seguir o seguinte procedimento:

1. Negam-se ambas as parcelas da conjunção (e; ∧); e


2. Troca-se a conjunção (e; ∧) pela disjunção inclusiva (ou; ∨).

Como resultado, podemos dizer que a negação de p∧q, também conhecida por ~(p∧q), é equivalente a
~p∨~q:

~(p∧q) ≡ ~p∨~q

Como exemplo, considere as seguintes proposições simples:

p: "Comi lasanha."

q: "Bebi refrigerante."

A conjunção entre dessas duas proposições pode ser descrita por:

p∧q: "[Comi lasanha] e [bebi refrigerante]."

A negação dessa proposição composta é:

~(p∧q) ≡ ~p∨~q: "[Não comi lasanha] ou [não bebi refrigerante]."

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Negação da disjunção inclusiva (ou; ∨)

De modo semelhante à negação da conjunção, para negarmos a disjunção inclusiva p∨q, devemos seguir o
seguinte procedimento:

1. Negam-se ambas as parcelas da disjunção inclusiva (ou; ∨); e


2. Troca-se a disjunção inclusiva (ou; ∨) pela conjunção (e; ∧).

Como resultado disso, podemos escrever que a negação de p∨q, também conhecida por ~(p∨q), é
equivalente a ~p∧~q:

~ (p∨q) ≡ ~p∧~q

Vejamos um exemplo:

p∨q: "[Comi lasanha] ou [bebi refrigerante]."

A negação dessa proposição composta é:

~(p∨q) ≡ ~p∧~q: "[Não comi lasanha] e [não bebi refrigerante]."

A seguir temos um mnemônico que resume as duas Leis de De Morgan:

Leis de De Morgan

Para negar o "e": negar ambas as proposições e trocar o "e" pelo "ou".
~(p∧q) ≡ ~p∨~q

Para negar o "ou": negar ambas as proposições e trocar o "ou" pelo "e".
~(p∨q) ≡ ~p∧~q

Vamos agora resolver exercícios envolvendo as Leis de De Morgan.

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(AGENERSA/2023) Considere a afirmação:


“Caminho ou não saio do lugar.”
Assinale a opção que apresenta sua negação lógica.
a) Não caminho ou não saio do lugar.
b) Caminho ou saio do lugar.
c) Não caminho ou saio do lugar.
d) Caminho e não saio do lugar.
e) Não caminho e saio do lugar.
Comentários:
Sejam as proposições simples:
c: "Caminho."
s: "Saio do lugar."

A proposição original pode ser escrita pela disjunção inclusiva c∨~s:


c∨~s: "[Caminho] ou [não saio do lugar]."

Para realizar a negação de uma disjunção inclusiva, usa-se a equivalência ~(p∨q) ≡ ~p∧~q. Para aplicar essa
equivalência, devemos seguir o seguinte procedimento:
• Negam-se ambas as parcelas da disjunção inclusiva (ou; ∨); e
• Troca-se a disjunção inclusiva (ou; ∨) pela conjunção (e; ∧).

Em outras palavras, negam-se as duas proposições e troca-se o "ou" pelo "e". Para o caso em questão,
temos:
~(c∨~s) ≡ ~c∨~(~s)

A dupla negação da proposição simples s corresponde à proposição original. Ficamos com:


~(c∨~s) ≡ ~c∨s

Logo, a negação requerida pode ser descrita por:


~c∨s: “[Não caminho] e [saio do lugar].”
Gabarito: Letra E.

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(PM CE/2023) Sabendo-se que não é verdade que o policial militar de serviço pode dormir e pode usar a
viatura para fins pessoais, é correto afirmar que:
a) O policial militar de serviço pode dormir ou pode usar a viatura para fins pessoais.
b) O policial militar de serviço não pode dormir ou não pode usar a viatura para fins pessoais.
c) O policial militar de serviço pode dormir ou não pode usar a viatura para fins pessoais.
d) O policial militar de serviço não pode dormir ou pode usar a viatura para fins pessoais.
e) O policial militar de serviço não pode dormir e não pode usar a viatura para fins pessoais.
Comentários:
Sejam as proposições simples:
d: "O policial militar de serviço pode dormir."
v: "O policial militar de serviço pode usar a viatura para fins pessoais."

Note que a proposição original pode ser descrita por ~(d∧v):


~(d∧v): "Não é verdade que [(o policial militar de serviço pode dormir) e ((o policial militar de serviço)
pode usar a viatura para fins pessoais)]."

Observe que a proposição original, ~(d∧v), é a negação da conjunção (d∧v). Como a questão pergunta por
algo que é correto de se afirmar, devemos encontrar algo que é equivalente a ~(d∧v), ou seja, devemos
negar (d∧v).
Para realizar a negação de uma conjunção, usa-se a equivalência ~(p∧q) ≡ ~p∨~q. Para aplicar essa
equivalência, devemos seguir o seguinte procedimento:
• Negam-se ambas as parcelas da conjunção (e; ∧); e
• Troca-se a conjunção (e; ∧) pela disjunção inclusiva (ou; ∨).

Em outras palavras, negam-se as duas proposições e troca-se o "ou" pelo "e". Para o caso em questão,
temos:
~(d∧v) ≡ ~d∨~v

Logo, a negação requerida pode ser descrita por:


~d∨~v: "[O policial militar de serviço não pode dormir] ou [(o policial militar de serviço) não pode usar a
viatura para fins pessoais]."
Gabarito: Letra B.

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Negação da condicional (se...então)

A negação de p→q é realizada por meio da seguinte equivalência:

~(p→q) ≡ p∧~q

A negação da condicional é realizada do seguinte modo:

1. Mantém-se o primeiro termo;


2. Troca-se a condicional (se...então; →) pela conjunção (e; ∧); e
3. Nega-se o segundo termo.

Como exemplo, considere a seguinte condicional:

p→q: "Se [eu comi lasanha], então [eu bebi refrigerante]."

A negação dessa expressão pode ser escrita como:

~ (p→q) ≡ p∧~q: "[Eu comi lasanha] e [eu não bebi refrigerante]."

(DPE SP/2023) Uma afirmação que corresponde a uma negação da lógica da afirmação:
'Se cada escultura é uma obra de arte, então a chuva é uma grande artista”, é
a) Se a chuva não é uma grande artista, então cada escultura não é uma obra de arte.
b) Cada escultura é uma obra de arte ou a chuva é uma grande artista.
c) Cada escultura não é uma obra de arte ou a chuva não é uma grande artista.
d) Cada escultura é uma obra de arte, e a chuva não é uma grande artista.
e) Se cada escultura não é uma obra de arte, então a chuva não é uma grande artista.
Comentários:
Sejam as proposições simples:
o: "Cada escultura é uma obra de arte."
a: "A chuva é uma grande artista."

A sentença original pode ser descrita por o→a:


o→a: “Se [cada escultura é uma obra de arte], então [a chuva é uma grande artista]”.

Para realizar a negação de uma condicional, usa-se a equivalência ~(p→q) ≡ p∧~q. Para aplicar essa
equivalência, devemos seguir o seguinte procedimento:
• Mantém-se o primeiro termo;
• Troca-se a condicional (se...então; →) pela conjunção (e; ∧); e
• Nega-se o segundo termo.

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Para o caso em questão, temos:


~(o→a) ≡ o∧~a
Logo, a negação pode ser descrita por:
o∧~a: "[Cada escultura é uma obra de arte] e [a chuva não é uma grande artista]."
Gabarito: Letra D.

(MPE SP/2023) Considere a proposição:


“Se Maria não sabe Matemática, então ela erra problemas de porcentagem”.
Assinale a opção que apresenta a negação dessa proposição.
a) Se Maria sabe Matemática, então ela não erra problemas de porcentagem.
b) Se Maria não sabe Matemática, então ela não erra problemas de porcentagem.
c) Se Maria não erra problemas de porcentagem, então ela sabe Matemática.
d) Maria não sabe Matemática e não erra problemas de porcentagem.
e) Maria sabe Matemática e erra problemas de porcentagem.
Comentários:
Sejam as proposições simples:
m: "Maria sabe Matemática."
p: "Maria erra problemas de porcentagem."

A sentença original pode ser descrita por ~m→p:


~m→p: “Se [Maria não sabe Matemática], então [ela (Maria) erra problemas de porcentagem]”.

Para realizar a negação de uma condicional, usa-se a equivalência ~(p→q) ≡ p∧~q. Para aplicar essa
equivalência, devemos seguir o seguinte procedimento:
• Mantém-se o primeiro termo;
• Troca-se a condicional (se...então; →) pela conjunção (e; ∧); e
• Nega-se o segundo termo.

Para o caso em questão, temos:


~(~m→p) ≡ ~m∧~p
Logo, a negação pode ser descrita por:
~m∧~p: "[Maria não sabe Matemática] e [(Maria) não erra problemas de porcentagem]."
Gabarito: Letra D.

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Questões com mais de uma equivalência

Para fins de resolução de questões de concurso público, é importante que você se familiarize com a utilização
de mais de uma equivalência em um mesmo problema.

Vamos praticar com algumas questões.

(SEPLAN RR/2023) Considerando os conectivos lógicos usuais, que as letras maiúsculas representam
proposições lógicas e que o símbolo ~ representa a negação de uma proposição, julgue o item subsecutivo.
A expressão (A∨B)→C é equivalente à expressão (~A∧~B)∨C.
Comentários:
Note que originalmente temos uma condicional cujo antecedente é (A∨B) e cujo consequente é C. Sabemos
que a condicional apresenta somente duas equivalências:
• p→q ≡ ~q→~p (contrapositiva)
• p→q ≡ ~p∨q (transformação da condicional em disjunção inclusiva)

Como a proposição composta sugerida como equivalente não é uma condicional, vamos utilizar a segunda
equivalência.
Para aplicar essa equivalência, devemos realizar o seguinte procedimento:
• Nega-se o primeiro termo;
• Troca-se a condicional (se...então; →) pela disjunção inclusiva (ou; ∨); e
• Mantém-se o segundo termo.

Para o caso em questão, temos:


(A∨B)→C ≡ ~(A∨B)∨C

Note que ~(A∨B) é a negação de (A∨B), podendo ser desenvolvida por De Morgan. Para negar a disjunção
inclusiva "ou" negam-se as duas proposições e troca-se o "ou" pelo "e". Ficamos com:
(A∨B)→C ≡ (~A∧~B)∨C
Gabarito: CERTO.

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(TJ SP/2023) Em uma reunião, com seus colaboradores, o chefe do atendimento diz: “Se o atendimento é
bom, então o cliente fica satisfeito e volta”. A alternativa que contém uma afirmação equivalente à afirmação
do chefe é:
a) Se o cliente fica satisfeito e volta, então o atendimento é bom.
b) Se o cliente não fica satisfeito ou não volta, então o atendimento não é bom.
c) O cliente fica satisfeito ou volta e o atendimento é bom.
d) Se o cliente não fica satisfeito ou volta, então o atendimento não é bom.
e) O atendimento é bom e o cliente fica satisfeito e volta.
Comentários:
Sejam as proposições simples:
b: "O atendimento é bom."
s: "O cliente fica satisfeito."
v: "O cliente volta."

A sentença original pode ser descrita por b→(s∧v):


b→(s∧v): “Se [o atendimento é bom], então [(o cliente fica satisfeito) e ((o cliente) volta)].”

Note que originalmente temos uma condicional cujo antecedente é b e cujo consequente é (s∧v). Sabemos
que a condicional apresenta somente duas equivalências:
• p→q ≡ ~q→~p (contrapositiva)
• p→q ≡ ~p∨q (transformação da condicional em disjunção inclusiva)

Vamos começar utilizando a equivalência contrapositiva: p→q ≡ ~q→~p. Para aplicar essa equivalência,
devemos realizar o seguinte procedimento:
• Invertem-se as posições do antecedente e do consequente; e
• Negam-se ambos os termos da condicional.

Para o caso em questão, temos:


b→(s∧v) ≡ ~(s∧v)→~b:

Note que ~(s∧v) é a negação de (s∧v), podendo ser desenvolvida por De Morgan. Para negar a conjunção
"e" negam-se as duas proposições e troca-se o "e" pelo "ou". Ficamos com:
b→(s∧v) ≡ (~s∨~v)→~b:

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Note que a proposição obtida como equivalente corresponde à alternativa B, que é o gabarito da questão:
(~s∨~v)→~b: "Se [(o cliente não fica satisfeito) ou ((o cliente) não volta)], então [o atendimento não é
bom]."

Para fins didáticos, vamos aplicar a segunda equivalência da condicional, dada por p∨q ≡ ~p→q. Para aplicar
essa equivalência, devemos realizar o seguinte procedimento:
• Nega-se o primeiro termo;
• Troca-se a disjunção inclusiva (ou; ∨) pela condicional (se...então; →); e
• Mantém-se o segundo termo.

Para o caso em questão, temos:


b→(s∧v) ≡ ~b∨(s∧v)

Ficamos com a seguinte equivalência:


~b∨(s∧v): "[O atendimento não é bom] ou [(o cliente fica satisfeito) e ((o cliente) volta)]."

Veja que não temos essa opção nas alternativas.


Gabarito: Letra B.

(CBM SC/2023) Dentre as alternativas a seguir, aquela que contém a negação lógica da proposição composta
“Estou doente e, se o médico permite, então viajo” é:
a) Estou doente e o médico permite e não viajo.
b) Não estou doente e o médico permite e viajo.
c) Estou doente ou o médico permite e não viajo.
d) Não estou doente e o médico permite e não viajo.
e) Não estou doente ou o médico permite e não viajo.
Comentários:
Sejam as proposições simples:
d: "Estou doente."
m: "O médico permite."
v: "Eu viajo."

A sentença original pode ser descrita por d∧(m→v):


d∧(m→v): “[Estou doente] e, [se (o médico permite), então ((eu) viajo)]”

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Devemos negar a sentença original. Note que temos uma conjunção (e; ∧) entre a proposição simples d e a
condicional (m→v).
Para realizar a negação de uma conjunção, usa-se a equivalência ~(p∧q) ≡ ~p∨~q. Para aplicar essa
equivalência, devemos seguir o seguinte procedimento:
• Negam-se ambas as parcelas da conjunção (e; ∧);
• Troca-se a conjunção (e; ∧) pela disjunção inclusiva (ou; ∨).

Em outras palavras, negam-se as duas proposições e troca-se o "e" pelo "ou". Para o caso em questão,
temos:
~[d∧(m→v)] ≡ ~d∨~(m→v)

Note que uma das parcelas obtidas, ~(m→v), é a negação da condicional (m→v).
Para realizar a negação de uma condicional, usa-se a equivalência ~(p→q) ≡ p∧~q. Para aplicar essa
equivalência, devemos seguir o seguinte procedimento:
• Mantém-se o primeiro termo;
• Troca-se a condicional (se...então; →) pela conjunção (e; ∧); e
• Nega-se o segundo termo.
Logo, ficamos com:
~[d∧(m→v)] ≡ ~d∨(m∧~v)

Logo, a negação requerida corresponde a:


~d∨(m∧~v): "[Não estou doente] ou [(o médico permite) e (não viajo)]."
Gabarito: Letra E.

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Outras equivalências e negações

Neste tópico, serão apresentadas outras equivalências e negações que, apesar de apresentarem baixa
incidência, podem aparecer na sua prova.

Negações da conjunção (e) para a forma condicional (se...então)

Existem duas maneiras de se negar a conjunção de modo que ela adquira a forma condicional:
~(p∧q) ≡ p→~q
~(p∧q) ≡ q→~p
Considere, por exemplo, a seguinte conjunção:

p∧q: "[Comi lasanha] e [bebi refrigerante]."

Além de negar por De Morgan, temos as seguintes possíveis negações de p∧q:


~(p∧q) ≡ p→~q: "Se [comi lasanha], então [não bebi refrigerante]."
~(p∧q) ≡ q→~p: "Se [bebi refrigerante], então [não comi lasanha]."
(MRE/2016) Considere a sentença "Corro e não fico cansado". Uma sentença logicamente equivalente à
negação da sentença dada é:
a) Se corro então fico cansado.
b) Se não corro então não fico cansado.
c) Não corro e fico cansado.
d) Corro e fico cansado.
e) Não corro ou não fico cansado.
Comentários:
Sejam as proposições simples:
c: "Corro."
f: "Fico cansado."

A proposição original pode ser escrita pela conjunção c∧~f:


c∧~f: "[Corro] e [não fico cansado]."
A questão pede pela negação da conjunção (e; ∧) considerada. Em regra, devemos utilizar De Morgan para
negar uma conjunção. Logo, vamos testar essa possibilidade primeiro.

Para realizar a negação de uma conjunção, usa-se a equivalência ~(p∧q) ≡ ~p∨~q. Para aplicar essa
equivalência, devemos seguir o seguinte procedimento:

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• Negam-se ambas as parcelas da conjunção (e; ∧); e


• Troca-se a conjunção (e; ∧) pela disjunção inclusiva (ou; ∨).

Em outras palavras, negam-se as duas proposições e troca-se o "e" pelo "ou". Para o caso em questão,
temos:
~(c∧~f) ≡ ~c∨~(~f)

A dupla negação da proposição simples f corresponde à proposição original. Ficamos com:


~(c∧~f) ≡ ~c∨f

Logo, a negação requerida pode ser descrita por:


~c∨f: “[Não corro] ou [fico cansado].”

Note que essa possível negação não está presente nas alternativas. Observe, porém, que as alternativas A
e B apresentam condicionais como a negação da conjunção original. Logo, vamos utilizar as seguintes
negações da conjunção:
~(p∧q) ≡ p→~q
ou
~(p∧q) ≡ q→~p

Aplicando essas equivalências para o caso em questão, ficamos com:


~(c∧~f) ≡ c→~(~f)
ou
~(c∧~f) ≡ ~f→~c

A dupla negação de f corresponde à proposição original. Ficamos com:


~(c∧~f) ≡ c→f
ou
~(c∧~f) ≡ ~f→~c

Logo, podemos escrever a negação da conjunção c∧~f das seguintes formas:


~(c∧~f) ≡ c→f: "Se [corro], então [fico cansado]."
ou
~(c∧~f) ≡ ~f→~c: "Se [não fico cansado], então [não corro]."

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Veja que a primeira possibilidade de se negar a conjunção está presente na alternativa A, que é o gabarito
da questão.
Gabarito: Letra A.

Conjunção de condicionais

Existem duas equivalências envolvendo conjunção de condicionais que de vez em quando aparecem nas
provas:

(p→r)∧(q→r) ≡ (p∨q)→r

(p→q)∧(p→r) ≡ p→(q∧r)

Quando o termo comum é o consequente, a equivalência apresenta uma disjunção


inclusiva no antecedente.
(p→r)∧(q→r) ≡ (p∨q)→r
Quanto o termo comum é o antecedente, a equivalência apresenta uma conjunção no
consequente.
(p→q)∧(p→r) ≡ p→(q∧r)

(SEFAZ-AL/2020) Considere as proposições:


• P1: “Se há carência de recursos tecnológicos no setor Alfa, então o trabalho dos servidores públicos que
atuam nesse setor pode ficar prejudicado.”.
• P2: “Se há carência de recursos tecnológicos no setor Alfa, então os beneficiários dos serviços prestados
por esse setor podem ser mal atendidos.”.
A proposição P1∧P2 é equivalente à proposição “Se há carência de recursos tecnológicos no setor Alfa, então
o trabalho dos servidores públicos que atuam nesse setor pode ficar prejudicado e os beneficiários dos
serviços prestados por esse setor podem ser mal atendidos.”.
Comentários:
Considere as proposições simples:
c: "Há carência de recursos tecnológicos no setor Alfa."
t: "O trabalho dos servidores públicos que atuam nesse setor pode ficar prejudicado."
b: "Os beneficiários dos serviços prestados por esse setor podem ser mal atendidos."

A proposição P1 pode ser descrita por c→t e a proposição P2 pode ser descrita por c→b. Logo, a proposição
P1∧P2 pode ser descrita por:

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(c→t)∧(c→b)
Devemos, portanto, avaliar se (c→t)∧(c→b) é equivalente a:

“Se [há carência de recursos tecnológicos no setor Alfa], então [(o trabalho dos servidores públicos que
atuam nesse setor pode ficar prejudicado) e (os beneficiários dos serviços prestados por esse setor podem
ser mal atendidos)].”

Isto é, devemos avaliar se (c→t)∧(c→b) é equivalente a c→(t∧b).


Sabemos que essas duas proposições compostas são equivalentes, pois correspondem à seguinte
equivalência estudada:
(p→q)∧(p→r) ≡ p→(q∧r)
O gabarito, portanto, é CERTO.
Gabarito: CERTO.

(PF/2004) As proposições (P∨Q)→S e (P→S)∨(Q→S) possuem tabelas de valorações iguais.


Comentários:
A assertiva está ERRADA. A equivalência correta seria (P→S)∧(Q→S) ≡ (P∨Q)→S.
Lembre-se que as equivalências mostradas nesse tópico são conjunções (e; ∧) de condicionais. Veja:
(p→r)∧(q→r) ≡ (p∨q)→r
(p→q)∧(p→r) ≡ p→(q∧r)

Para mostrar formalmente que (P∨Q)→S e (P→S)∨(Q→S) não possuem tabelas de valorações iguais, isto é,
para mostrar que essas proposições não são equivalentes, podemos montar a seguinte tabela-verdade:

Gabarito: ERRADO.

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Equivalências da disjunção exclusiva (ou...ou)

Uma forma equivalente de se escrever a disjunção exclusiva (ou...ou; ∨) consiste em negar ambos os
termos:

p∨q ≡ (~p)∨(~q)

Como exemplo, considere a disjunção exclusiva:

p∨q: "Ou [jogo bola], ou [jogo sinuca]."

Essa disjunção exclusiva é equivalente a:

(~p)∨(~q): "Ou [não jogo bola], ou [não jogo sinuca]."

Uma possível equivalência da disjunção exclusiva p∨q consiste em negar tanto p quanto q:

p∨q ≡ (~p)∨(~q)

Além disso, outras duas possibilidades de se obter equivalências da disjunção exclusiva consiste em
transformá-la em uma bicondicional (se e somente se; ) negando-se apenas um dos termos:

p∨q ≡ (~p)q

p∨q ≡ p(~q)

Para fins de exemplo, considere novamente a seguinte disjunção exclusiva:

p∨q: "Ou [jogo bola], ou [jogo sinuca]."

Essa disjunção exclusiva também é equivalente às seguintes proposições:

(~p)q: "[Não jogo bola] se e somente se [jogo sinuca]."

p(~q): "[Jogo bola] se e somente se [não jogo sinuca]."

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p∨q ≡ (~p)∨(~q)

p∨q ≡ (~p)q

p∨q ≡ p(~q)

(TCE SP/2017) Se a afirmação “Ou Renato é o gerente da loja ou Rodrigo é o dono da loja” é verdadeira,
então uma afirmação necessariamente verdadeira é:
a) Renato é o gerente da loja e Rodrigo é o dono da loja.
b) Renato é o gerente da loja se, e somente se, Rodrigo não é o dono da loja.
c) Se Renato não é o gerente da loja, então Rodrigo não é o dono da loja.
d) Se Renato é o gerente da loja, então Rodrigo é o dono da loja.
e) Renato é o gerente da loja.
Comentários:
Sejam as proposições simples:
g: "Renato é o gerente da loja."
d: "Rodrigo é o dono da loja."

A proposição original pode ser descrita por g∨d:


g∨d: "Ou [Renato é o gerente da loja] ou [Rodrigo é o dono da loja]."

Temos que procurar nas alternativas uma resposta equivalente a uma disjunção exclusiva. Sabemos que
existem as seguintes equivalências:
p∨q ≡ (~p)∨(~q)
p∨q ≡ (~p)q
p∨q ≡ p(~q)

Como não há uma disjunção exclusiva nas respostas, devemos testar as últimas duas equivalências. Para o
caso em questão, temos as seguintes equivalências:
g∨d ≡ (~g)d
g∨d ≡ g(~d)

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Essas equivalências podem ser descritas por:


(~g)d: "[Renato não é o gerente da loja] se, e somente se, [Rodrigo é o dono da loja]."
g(~d): "[Renato é o gerente da loja] se, e somente se, [Rodrigo não é o dono da loja]."

Veja que g(~d) corresponde à proposição composta que está na letra B, que é o gabarito da questão.
Gabarito: Letra B.

Negação da disjunção exclusiva (ou...ou)

A principal negação da disjunção exclusiva é a bicondicional:

~(p∨q) ≡ pq
==3e01da==

Como exemplo, considere a seguinte disjunção exclusiva:

p∨q: "Ou [jogo bola], ou [jogo sinuca]."

A negação dessa disjunção exclusiva pode ser escrita da seguinte forma:

~(p∨q) ≡ pq: "[Jogo bola] se e somente se [jogo sinuca]."

Podemos ainda negar a disjunção exclusiva negando apenas uma das suas parcelas. Veja:

~(p∨q) ≡ (~p)∨q
~(p∨q) ≡ p∨(~q)

Como exemplo, considere novamente a seguinte disjunção exclusiva:

p∨q: "Ou [jogo bola], ou [jogo sinuca]."

A negação dessa disjunção exclusiva também pode ser escrita das seguintes formas:

~(p∨q) ≡ (~p)∨q: "Ou [não jogo bola], ou [jogo sinuca]."

~(p∨q) ≡ p∨(~q): "Ou [jogo bola], ou [não jogo sinuca]."

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~(p∨q) ≡ pq

~(p∨q) ≡ (~p)∨q

~(p∨q) ≡ p∨(~q)

Vamos resolver alguns exercícios relativos à negação da disjunção exclusiva.

(DPE SP/2023) Considere a seguinte afirmação:


Ou Flávio é funcionário público ou Flávio é funcionário de empresa privada.
Assinale a alternativa que contém uma negação lógica para a afirmação apresentada.
a) Ou Flávio não é funcionário público ou Flávio não é funcionário de empresa privada.
b) Flávio é funcionário de empresa privada se, e somente se, ele é funcionário público.
c) Se Flávio é funcionário público, então ele é funcionário de empresa privada.
d) Flávio é funcionário de empresa privada e é funcionário público.
e) Flávio é funcionário público ou é funcionário de empresa privada.
Comentários:
Sejam as proposições simples:
p: "Flávio é funcionário público."
e: "Flávio é funcionário de empresa privada."

A afirmação original é uma disjunção exclusiva (ou...ou) representada por p∨e:


p∨e: " Ou [Flávio é funcionário público] ou [Flávio é funcionário de empresa privada]."

Conhecemos as seguintes negações da disjunção exclusiva:


~(p∨q) ≡ pq
~(p∨q) ≡ (~p)∨q
~(p∨q) ≡ p∨(~q)

Veja que as alternativas C, D e E podem ser eliminadas, pois a negação da disjunção exclusiva não pode ser
uma condicional, uma conjunção ou uma disjunção inclusiva. Restam apenas as alternativas A e B.
Aplicando negações aprendidas para o caso em questão, temos:

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~(p∨e) ≡ pe
~(p∨e) ≡ (~p)∨e
~(p∨e) ≡ p∨(~e)

Veja que a alternativa A está errada, pois ela nega ambas as parcelas da disjunção exclusiva, apresentando
a proposição (~p)∨(~e). Essa proposição é uma equivalência de p∨e, não uma negação de p∨e.
Logo, a alternativa correta é a letra B, que apresenta uma possibilidade para a negação ~(p∨e), dada por
pe:
~(p∨e) ≡ pe: "[Flávio é funcionário de empresa privada] se, e somente se, [ele é funcionário público]."
Gabarito: Letra B.

(CMSJC/2022) Considere a afirmação: "Ou arranjo emprego ou não me caso". A negação dessa afirmação é:
a) Se eu arranjo emprego, então eu me caso.
b) Se eu não arranjo emprego, então eu me caso.
c) Ou não arranjo emprego ou me caso.
d) Ou não arranjo emprego ou não me caso.
e) Arranjo emprego e não me caso.
Comentários:
Considere as proposições simples:
a: "Arranjo emprego."
c: "Me caso."

A afirmação original é uma disjunção exclusiva (ou...ou) representada por a∨~c:


a∨~c: " Ou [arranjo emprego] ou [não me caso]."

Conhecemos as seguintes negações da disjunção exclusiva:


~(p∨q) ≡ pq
~(p∨q) ≡ (~p)∨q
~(p∨q) ≡ p∨(~q)

Note que nas alternativas não temos nenhuma bicondicional. Portanto, não devemos utilizar essa forma
de se negar a disjunção exclusiva.
Utilizando a negação ~(p∨q) ≡ (~p)∨q para o caso em questão, ficamos com:
~(a∨~c) ≡ ~a∨~c: "Ou [não arranjo emprego] ou [não me caso]."

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Veja que a primeira negação está presente na alternativa D, que é o gabarito da questão.
Note que o uso da equivalência ~(p∨q) ≡ p∨(~q) também seria possível. Ocorre que, nesse caso, não
encontramos resposta. Vejamos:
~(a∨~c) ≡ a∨~(~c)

A dupla negação de c corresponde à proposição original. Ficamos com:


~(a∨~c) ≡ a∨c

Logo, a negação poderia ser descrita por:


~(a∨~c) ≡ a∨c: "Ou [arranjo emprego] ou [me caso]."

Note que essa possibilidade não aparece nas possíveis alternativas.


Gabarito: Letra D.

Equivalências da bicondicional (se e somente se)

Inicialmente, é importante que você saiba que a bicondicional apresenta a seguinte equivalência:

pq ≡ (p→q)∧(q→p)

Considere, por exemplo, a seguinte bicondicional pq:

pq: "[Durmo] se e somente se [estou cansado]"

Essa bicondicional é equivalente a (p→q)∧(q→p):

(p→q)∧(q→p): "[Se (estou cansado), então (durmo)] e [se (durmo), então (estou cansado)]".

Os alunos costumam decorar essa equivalência do seguinte modo: uma forma equivalente à bicondicional é
ir (p→q) e (∧) voltar (q→p) com a condicional.

pq ≡ (p→q)∧(q→p)

Mnemônico: uma forma equivalente à bicondicional é ir e voltar com a condicional

Outra forma equivalente de se escrever a bicondicional consiste em negar ambos os termos:

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pq ≡ (~p)(~q)

Considere novamente a seguinte bicondicional pq:

pq: "[Durmo] se e somente se [estou cansado]"

Essa bicondicional é equivalente a (~p)(~q):

(~p)(~q): "[Não durmo] se e somente se [não estou cansado]."

Além disso, outras duas possibilidades de se obter uma equivalência da bicondicional consiste em
transformá-la em uma disjunção exclusiva (ou...ou; ∨) negando-se apenas um dos termos:

pq ≡ (~p)∨q

pq ≡ p∨(~q)

Para fins de exemplo, considere novamente a seguinte bicondicional:

pq: "[Durmo] se e somente se [estou cansado]"

Essa bicondicional também é equivalente às seguintes proposições:

(~p)∨q: "Ou [não durmo], ou [estou cansado]."

p∨(~q): " Ou [durmo], ou [não estou cansado]."

pq ≡ (p→q)∧(q→p)

pq ≡ (~p)(~q)

pq ≡ (~p)∨q

pq ≡ p∨(~q)

Vejamos algumas questões sobre equivalências da bicondicional.

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Aula 01

(APPGG Pref. SP/2023) Uma proposição lógica equivalente à proposição “Adriano é pai se, e somente se,
Giuliano é filho” está contida na alternativa:
a) Se Giuliano não é filho, então Adriano não é pai.
b) Adriano é pai, e Giuliano não é filho.
c) Ou Adriano é pai, ou Giuliano é filho.
d) Se Adriano é pai, então Giuliano é filho.
e) Ou Giuliano é filho, ou Adriano não é pai.
Comentários:
Sejam as seguintes proposições simples:
a: "Adriano é pai."
g: "Giuliano é filho."

A proposição original pode ser escrita pela bicondicional ag:


“[Adriano é pai] se, e somente se, [Giuliano é filho].”

Conhecemos as seguintes equivalências para a bicondicional:


pq ≡ (p→q)∧(q→p)
pq ≡ (~p)(~q)
pq ≡ (~p)∨q
pq ≡ p∨(~q)

Note que as alternativas A e D podem ser eliminadas, pois são condicionais em que há apenas duas
proposições simples sem uma conjunção.
A alternativa B também pode ser eliminada, pois a bicondicional não pode ser equivalente a uma conjunção.
Logo, restam as alternativas C e E, que são disjunções exclusivas (ou...ou; ∨). Devemos, portanto, aplicar as
duas últimas equivalências:
ag ≡ (~a)∨g: "Ou [Adriano não é pai], ou [Giuliano é filho]."
ag ≡ a∨(~g): " Ou [Adriano é pai], ou [Giuliano não é filho]."

Note que a alternativa C deve ser eliminada, pois ela não negou nenhuma parcela. Essa alternativa
corresponde a a∨g:
a∨g: "Ou [Adriano é pai], ou [Giuliano é filho]."

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Aula 01

A alternativa correta é a letra E, que apresenta a proposição g∨(~a).


Ainda nessa aula, em álgebra de proposições, veremos que na disjunção exclusiva podemos trocar
livremente de posição ambas as parcelas, de modo que a equivalência dada por (~a)∨g corresponde a
g∨(~a):
g∨(~a): Ou [Giuliano é filho], ou [Adriano não é pai].
Gabarito: Letra E.

(ISS RJ/2010) A proposição "um número inteiro é par se e somente se o seu quadrado for par" equivale
logicamente à proposição:
a) se um número inteiro for par, então o seu quadrado é par, e se um número inteiro não for par, então o
seu quadrado não é par.
b) se um número inteiro for ímpar, então o seu quadrado é ímpar.
c) se o quadrado de um número inteiro for ímpar, então o número é ímpar.
d) se um número inteiro for par, então o seu quadrado é par, e se o quadrado de um número inteiro não for
par, então o número não é par.
e) se um número inteiro for par, então o seu quadrado é par.
Comentários:
Sejam as proposições:
p: "Um número inteiro é par."
q: "O quadrado de um número inteiro é par."

A proposição composta pode ser assim representada:


pq: "[Um número inteiro é par] se e somente se [o seu quadrado for par]."

Sabemos que uma possível equivalência para a bicondicional é:


pq ≡ (p→q)∧(q→p)

Não temos alternativa que corresponda a essa última equivalência. Note, porém, que se realizarmos a
contrapositiva de (q→p), encontramos:
pq ≡ (p→q)∧(~p→~q)
Esse resultado pode ser lido como:
(p→q)∧(~p→~q): "[Se (um número inteiro for par), então (o seu quadrado é par)], e [se (um número
inteiro não for par), então (o seu quadrado não é par)]."
Gabarito: Letra A.

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Aula 01

Negações da bicondicional (se e somente se)

São quatro as maneiras mais comuns de se negar a bicondicional. A primeira que vamos apresentar é que a
negação da bicondicional é equivalente à disjunção exclusiva.

~(pq) ≡ p∨q

Considere novamente a seguinte bicondicional pq:

pq: "[Durmo] se e somente se [estou cansado]"

A negação dessa bicondicional pode ser escrita da seguinte forma:

~(pq) ≡ p∨q: "Ou [Durmo], ou [estou cansado]"

Podemos ainda negar a proposição bicondicional negando apenas uma das suas parcelas. Veja:

~(pq) ≡ (~p)q
~(pq) ≡ p(~q)

Como exemplo, considere novamente a seguinte bicondicional:

pq: "[Durmo] se e somente se [estou cansado]"

A negação dessa bicondicional também pode ser escrita das seguintes formas:

~(pq) ≡ (~p)q: "[Não durmo] se e somente se [estou cansado]"


~(pq) ≡ p(~q): "[Durmo] se e somente se [não estou cansado]"

Cabe salientar que existe uma outra forma de negação da bicondicional utilizando apenas operadores de
conjunção e de disjunção inclusiva:

~ (pq) ≡ (p∧~q)∨(q∧~p)

~ (pq) ≡ p∨q
~ (pq) ≡ (~p)q
~ (pq) ≡ p(~q)
~ (pq) ≡ (p∧~q)∨(q∧~p)

Vamos resolver alguns exercícios relativos à negação da bicondicional.

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Aula 01

(CAU TO/2023) Com relação a estruturas lógicas, julgue o item.


A negação de “A Fênix é imortal se, e somente se, renasce das cinzas” é “Ou a Fênix é imortal ou renasce das
cinzas”.
Comentários:
Sejam as proposições simples:
i: "A Fênix é imortal."
r: "A Fênix renasce das cinzas."

A afirmação original é a bicondicional ir:


ir: "[A Fênix é imortal] se, e somente se, [renasce das cinzas]."

A questão sugere que a negação da bicondicional é uma disjunção exclusiva. Devemos, portanto, utilizar a
negação ~(pq) ≡ p∨q. Para o caso em questão, temos:
~(ir) ≡ i∨r
Ficamos com a seguinte negação:
~(ir) ≡ i∨r: “Ou [a Fênix é imortal] ou [renasce das cinzas].”
Gabarito: CERTO.

(Pref. Vila Lângaro/2019) A negação da proposição “João passa no concurso público se e somente se João
estuda” é:
a) João não passa no concurso público se e somente se João não estudou.
b) João não passa no concurso público e João não estudou.
c) João passa no concurso público e João estuda.
d) Ou João passa no concurso público ou João estuda.
e) Se João passa no concurso público, então João estuda.
Comentários:
Sejam as proposições simples:
p: " João passa no concurso público."
e: " João estuda."

A afirmação original é a bicondicional pe:


pe: "[João passa no concurso público] se, e somente se, [João estuda]."

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Aula 01

As principais formas de se negar a bicondicional são:


~ (pq) ≡ p∨q
~ (pq) ≡ (~p)q
~ (pq) ≡ p(~q)
~ (pq) ≡ (p∧~q)∨(q∧~p)

Note que a primeira forma de se negar a bicondicional apresentada, quando aplicada para a bicondicional
pe, corresponde à alternativa D, que é o gabarito da questão:
~(pe) ≡ p∨e: " Ou [João passa no concurso público] ou [João estuda]."

As demais formas apresentadas nas alternativas não correspondem à negação da bicondicional. Especial
atenção deve ser dada à alternativa A, que apresenta uma equivalência da bicondicional, não uma negação:
pe ≡ (~p)(~e)
Gabarito: Letra D.

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Aula 01

ÁLGEBRA DE PROPOSIÇÕES
Álgebra de proposições
Propriedade comutativa

Todos os conectivos, exceto o condicional (se...então; →), gozam da propriedade comutativa.

p∧q ≡ q∧p
p∨q ≡ q∨p
p∨q ≡ q∨p
pq ≡ qp

Propriedade associativa
(p∧q)∧r ≡ p∧(q∧r)
(p∨q)∨r ≡ p∨(q∨r)
Propriedade distributiva
p∧(q∨r) ≡ (p∧q) ∨ (p∧r)
p∨(q∧r) ≡ (p∨q) ∧ (p∨r)

Propriedade da identidade
p∧t ≡ p
p∧c ≡ c

p∨t ≡ t
p∨c ≡ p

Propriedade da absorção
p∨(p∧q) ≡ p
p∧(p∨q) ≡ p

Propriedade da idempotência
p∧p ≡ p
p∨p ≡ p

Álgebra de proposições × tautologia, contradição e contingência


Desenvolver a proposição composta original até se chegar:
• Em uma tautologia t; ou
• Em uma contradição c; ou
• Em uma contingência, que pode ser uma proposição simples p, uma conjunção p∧q, etc.

Bicondicional em problemas de tautologia, contradição e contingência


XY
• Se X e Y forem proposições equivalentes, a bicondicional será uma tautologia.
• Se X e Y forem proposições em que uma é a negação da outra, a bicondicional será uma contradição.

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Aula 01

Introdução

A álgebra de proposições trata do uso sequencial de equivalências lógicas e de outras propriedades para
simplificar expressões.

O uso dessa ferramenta é interessante para resolver questões de um modo mais rápido. Além disso, pode
ser muito útil em questões mais diretas de equivalências lógicas, quando a banca tenta "esconder" a
equivalência nas alternativas.
O mais importante é você conhecer as propriedades comutativa, associativa e distributiva e suas aplicações
mais imediatas nas questões. Isso porque, via de regra, o conhecimento das demais propriedades não
costuma ser cobrado e, além disso, é comum que as questões mais complexas de álgebra de proposições
possam ser resolvidas por tabela-verdade.

Propriedade comutativa

Todos os conectivos, exceto o condicional (se...então; →), gozam da propriedade comutativa. Isso quer dizer
que é possível trocar a ordem dos componentes em uma proposição composta sem afetar o resultado da
tabela-verdade:

p∧q ≡ q∧p

p∨q ≡ q∨p

p∨q ≡ q∨p

pq ≡ qp

A seguir temos um exemplo da utilidade da propriedade comutativa em questões de concursos públicos.

Suponha que uma questão peça para você a negação da seguinte condicional:
p→q: "Se [eu correr], então [chego a tempo]."

Sabemos que essa condicional não goza da propriedade comutativa. A negação dessa condicional, pedida
pela questão, pode ser encontrada pela seguinte equivalência:
~ (p→q) ≡ p∧~q: "Corro e não chego a tempo."

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Aula 01

Suponha agora que, dentre as alternativas da questão, você não encontre a proposição composta "Corro e
não chego a tempo", porém encontre "Não chego a tempo e corro". Pode marcar essa alternativa sem medo!
Isso porque, usando a propriedade comutativa, a conjunção obtida p∧~q pode ser escrita como ~q∧p:
~ (p→q) ≡ p∧~q ≡ ~q∧p: "Não chego a tempo e corro."

Todos os conectivos, exceto o condicional, comutam:

p∧q ≡ q∧p
p∨q ≡ q∨p
p∨q ≡ q∨p
pq ≡ qp

A condicional p→q não goza da propriedade comutativa.


p→q e q→p não são equivalentes.

A equivalência correta para a condicional é a contrapositiva:

p→q ≡ ~q→~p

Propriedade associativa

Na álgebra elementar, quando realizamos uma multiplicação, é comum ouvirmos a frase "a ordem dos
fatores não altera o produto". Essa frase resume a propriedade associativa para a multiplicação.
Vamos supor que queremos realizar a multiplicação 3×5×7. Ela pode ser feita de duas formas:

• Multiplicamos 3×5 e depois multiplicamos esse resultado por 7, obtendo (3×5)×7; ou


• Multiplicamos 3 pelo resultado da multiplicação de 5×7, obtendo 3×(5×7).
Ou seja, na álgebra elementar, a propriedade associativa nos diz que em uma multiplicação de diversos
termos, podemos realizar as operações de multiplicação na ordem que bem entendermos que o resultado
será o mesmo:
(𝟑 × 𝟓) × 𝟕 = 𝟑 × (𝟓 × 𝟕)
O mesmo vale para a adição de termos:
(𝟑 + 𝟓) + 𝟕 = 𝟑 + (𝟓 + 𝟕)

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Aula 01

Na álgebra de proposições temos algo muito semelhante. Dizemos que a conjunção (e; ∧) e a disjunção
inclusiva (ou; ∨) gozam da propriedade associativa, sendo válidas as equivalências:

(p∧q)∧r ≡ p∧(q∧r)

(p∨q)∨r ≡ p∨(q∨r)

Observe que a propriedade associativa não mistura em uma mesma expressão o conectivo
"e" e o conectivo "ou"

Vamos a um exemplo que mostra uma utilidade para a propriedade associativa.

(Inédita) Julgue o item a seguir.


A proposição p∨(q∨~p) é uma tautologia.
Comentários:
Nesse tipo de problema, é interessante tentarmos chegar em uma proposição do tipo (p∨~p). Isso porque,
de acordo com a aula anterior, sabemos que essa proposição é uma tautologia. Originalmente, temos:
p∨(q∨~p)

Utilizando a propriedade comutativa em (q∨~p), temos:


p∨(~p∨q)

Utilizando a propriedade associativa na expressão anterior, temos:


(p∨~p)∨q

De acordo com a aula anterior, sabemos que (p∨~p) é uma tautologia clássica. Representando a tautologia
pela letra t, ficamos com:
t∨q

Observe que a t∨q é a disjunção inclusiva entre um termo que é sempre verdade com a proposição q.
Sabemos que, para a disjunção inclusiva ser falsa, ambos os termos precisam ser falsos. Logo, como um dos
termos é sempre verdadeiro, essa disjunção inclusiva é sempre verdadeira. Consequentemente, a
expressão original é uma tautologia. Podemos escrever:
p∨(q∨~p) ≡ t
Gabarito: CERTO.

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Aula 01

Outra forma de se entender a propriedade associativa é perceber que, quando temos uma sequência só de
conjunções (e; ∧) ou só de disjunções inclusivas (ou; ∨), podemos remover os parênteses/colchetes.

(TRT 1/2008) Proposições compostas são denominadas equivalentes quando possuem os mesmos valores
lógicos V ou F, para todas as possíveis valorações V ou F atribuídas às proposições simples que as compõem.
Assinale a opção correspondente à proposição equivalente a “~[[A∧(¬B)]→C]”.
a) A∧(~B)∧(~C)
b) (~A)∨(~B)∨C
c) C→[A∧(~B)]
d) (~A)∨B∨C
e) [(~A)∧B]→(~C)
Comentários:
A proposição original, dada por ~[[A∧(~B)]→C], corresponde à negação de um condicional cujo o
antecedente é [A∧(~B)] e cujo o consequente é C.
Para negar uma condicional, utilizamos a equivalência ~(p→q) ≡ p∧~q. Aplicando ao caso em questão,
devemos manter [A∧(~B)], trocar a condicional pela conjunção e negar C:
~[[A∧(~B)]→C] ≡ [A∧(~B)]∧(~C)
Observe que, pela propriedade associativa, a ordem em que é executada a conjunção não importa. Nesse
caso, podemos remover os colchetes da proposição obtida. Consequentemente, podemos escrever:
~[[A∧(~B)]→C] ≡ A∧(~B)∧(~C)
Gabarito: Letra A.

Propriedade distributiva

Na álgebra elementar, a propriedade distributiva da multiplicação com relação à adição consiste em realizar
a seguinte operação:
3×(5 + 7) = 3 × 5 + 3 × 7
Da mesma forma, podemos partir do lado direito da equação acima chegar ao lado esquerdo "colocando o
número 3 em evidência":
3 × 5 + 3 × 7 = 3 × (5 + 7)

Na álgebra de proposições temos as seguintes propriedades distributivas:

• Da conjunção (e; ∧) com relação à disjunção inclusiva (ou; ∨); e


• Da disjunção inclusiva (ou; ∨) com relação à conjunção (e; ∧);

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Propriedade distributiva da conjunção com relação à disjunção inclusiva

A propriedade distributiva do conectivo "e" em relação ao "ou" é dada pela equivalência abaixo. Perceba
que nela "p∧" é distribuído.

p∧(q∨r) ≡ (p∧q) ∨ (p∧r)

É importante também reconhecer a propriedade "de trás para frente". Isso significa que podemos colocar o
termo "p∧" em evidência.

(p∧q)∨(p∧r) ≡ p∧(q∨r)

Propriedade distributiva da disjunção inclusiva com relação à conjunção

A propriedade distributiva do conectivo "ou" em relação ao "e" é dada pela equivalência abaixo. Perceba
que nela "p∨" é distribuído.

p∨(q∧r) ≡ (p∨q)∧(p∨r)

É importante também reconhecer a propriedade "de trás para frente". Isso significa que podemos colocar o
termo " p∨" em evidência.

(p∨q)∧(p∨r) ≡ p∨(q∧r)

(ISS Fortaleza/2023) P: "Se a pessoa trabalha com o que gosta e está de férias, então é feliz ou está de férias."
Considerando a proposição P precedente, julgue o item seguinte.
A proposição P pode ser obtida pela aplicação da propriedade distributiva da conjunção sobre a condicional,
utilizando-se as proposições "A pessoa está de férias." e "Se a pessoa trabalha com o que gosta, é feliz.".
Comentários:
Em lógica de proposições, temos as seguintes propriedades distributivas:
Propriedade distributiva da conjunção com relação à disjunção inclusiva
p∧(q∨r) ≡ (p∧q) ∨ (p∧r)
Propriedade distributiva da disjunção inclusiva com relação à conjunção
p∨(q∧r) ≡ (p∨q)∧(p∨r)

Não há que se falar em "propriedade distributiva da conjunção sobre a condicional".


Gabarito: ERRADO.

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(Pref. Alumínio/2016) Considere a afirmação: Sueli é professora e, pratica ginástica ou pratica corrida. Uma
afirmação equivalente é
A) Sueli é professora e pratica ginástica e pratica corrida.
B) Se Sueli é professora, então ela não pratica ginástica e não pratica corrida.
C) Sueli é professora e pratica ginástica, ou é professora e pratica corrida.
D) Se Sueli não pratica ginástica ou não pratica corrida, então ela é professora.
E) Sueli pratica ginástica e pratica corrida, ou é professora.
Comentários:
Sejam as proposições simples:
s: "Sueli é professora."
g: "Sueli pratica ginástica."
k: "Sueli pratica corrida."

Na afirmação do enunciado, a vírgula após o "e" indica parênteses na proposição composta:

,
"[Sueli é professora] e [(pratica ginástica) ou (pratica corrida)]."

Logo, temos a seguinte representação:


s∧(g∨k)

Por meio da propriedade distributiva, podemos distribuir "s∧”:


s∧(g∨k) ≡ (s∧g)∨(s∧k)

Temos, portanto, a seguinte equivalência:


(s∧g)∨(s∧k): "([Sueli é professora] e [pratica ginástica]), ou ([Sueli é professora] e [pratica corrida])"

Essa equivalência corresponde à alternativa C.


Gabarito: Letra C.

Cumpre destacar que quando temos um condicional e queremos utilizar a álgebra de proposições para
resolver alguma questão, é necessário transformar a condicional em disjunção inclusiva por meio da
seguinte equivalência já conhecida:

p→q ≡ ~p∨q

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Lembre-se, também, que temos como transformar a negação da condicional em uma conjunção:

~(p→q) ≡ p∧~q

A seguir, apresentaremos uma questão que pode ser resolvida mais rapidamente utilizando as propriedades
que vimos até agora.

(MPE RO/2023) Assinale a opção em que é apresentada a proposição lógica equivalente à proposição lógica
(P→Q)∧(R∨Q).
a) Q∨(~P∧R)
b) (P∧R)∨(~Q∨~P)
c) P→(R∧Q)
d) ~P→(~Q∧R)
e) (P→R)∨(~Q→~P)
Comentários:
Para resolver essa questão, faz-se necessário utilizar as propriedades que aprendemos até agora de modo a
desenvolver a proposição composta (P→Q)∧(R∨Q) até se chegar em outra mais simples.
Veja que, caso não resolvêssemos essa questão por álgebra de proposições, seria necessário construir a
tabela-verdade de (P→Q)∧(R∨Q) e comparar essa tabela-verdade com as tabelas das outras cinco
alternativas.
Feitas essas observações, vamos ao problema.
Note que temos uma condicional na proposição composta original: (P→Q). Para desenvolver a expressão
por álgebra de proposições, devemos transformá-la em disjunção inclusiva: ~P∨Q. Logo, a proposição
original pode ser descrita por:
(~P∨Q)∧(R∨Q)

Observando o que acabamos de obter, note que, após algumas operações, poderemos colocar "Q∨" em
evidência, por meio da propriedade distributiva. Antes disso, note que:
• Aplicando a propriedade comutativa em (~P∨Q), ficamos com (Q∨~P); e
• Aplicando a propriedade comutativa em (R∨Q), ficamos com (Q∨R).
Logo, a proposição (~P∨Q)∧(R∨Q) pode ser descrita por:
(Q∨~P)∧(Q∨R)

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Por meio da propriedade distributiva, podemos colocar "Q∨" em evidência:


Q∨(~P∧R)

Note, portanto, que a proposição original corresponde à proposição apresentada na alternativa A.


Gabarito: Letra A.

Propriedade da identidade, da absorção e da idempotência

Trate as propriedades da identidade, da absorção e da idempotência como um "bônus"


que pode te ajudar em algumas questões mais difíceis. Não se apegue muito a essas
propriedades, pois elas não costumam aparecer em prova.

Propriedade da identidade

Propriedade da identidade para a conjunção

Sendo t uma tautologia e c uma contradição, temos as seguintes equivalências:

p∧t ≡ p

p∧c ≡ c

Note que p∧t é equivalente a p porque se trata de uma conjunção em que um termo é sempre verdadeiro.
Isso significa que o valor de p∧t depende somente do valor de p:

• Se p for verdadeiro, teremos V∧V, que é uma conjunção verdadeira; e


• Se p for falso, teremos F∧V, que é uma conjunção falsa.

Além disso, p∧c é equivalente a c porque se trata de uma conjunção em que temos um termo sempre falso.

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Propriedade da identidade para a disjunção inclusiva

Sendo t uma tautologia e c uma contradição, temos as seguintes equivalências:

p∨t ≡ t

p∨c ≡ p

Note que p∨t é uma tautologia t porque se trata de uma disjunção inclusiva em que temos um termo sempre
verdadeiro:

Além disso, p∨c é equivalente a p porque se trata de uma disjunção inclusiva em que um termo é sempre
falso. Isso significa que o valor de p∨c depende somente do valor de p:

• Se p for verdadeiro, teremos V∨F, que é uma disjunção inclusiva verdadeira; e


• Se p for falso, teremos F∨F, que é uma disjunção inclusiva falsa.

(ANPAD/2014) A proposição composta p∧(q∨(~p)) é logicamente equivalente à proposição


a) q
b) p∧q
c) p∨q
d) p∧(~q)
e) p∨(~q)
Comentários:

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Aplicado a propriedade distributiva em "p∧", temos:


p∧(q∨~p) ≡ (p∧q)∨(p∧~p)

Conforme visto na aula anterior, (p∧~p) é uma contradição. Logo, ficamos com:
(p∧q)∨c

Veja que temos uma disjunção inclusiva entre (p∧q) e uma contradição c. Essa disjunção inclusiva é
equivalente a (p∧q), pois se trata de uma disjunção inclusiva em que um termo é sempre falso (propriedade
da identidade para a disjunção inclusiva). Logo, ficamos com:
(p∧q)
Gabarito: Letra B.

Propriedade da absorção

A propriedade da absorção é representada por duas equivalências:

p∨(p∧q) ≡ p

p∧(p∨q) ≡ p

Essas equivalências são demonstráveis por tabela-verdade:

(SEFAZ-MS/2006) Representando por ~r a negação de uma proposição r, a negação de p∧(p∨q) é


equivalente a:
a) ~p.
b) ~q.
c) ~(p∨q).
d) ~(p∧q).
e) uma contradição.
Comentários:
Pela propriedade da absorção, sabemos que p∧(p∨q) ≡ p. Logo, a negação pedida é ~p.
Gabarito: Letra A.

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Propriedade da idempotência

A propriedade da idempotência é representada por duas equivalências:

p∧p ≡ p

p∨p ≡ p

Note que o valor lógico da conjunção p∧p depende exclusivamente da proposição p, pois:

• Se p for verdadeiro, p∧p será verdadeiro, pois será uma conjunção entre dois termos verdadeiros; e
• Se p for falso, p∧p será falso, pois será uma conjunção entre dois termos falsos

Além disso, o valor lógico da disjunção inclusiva p∨p também depende exclusivamente da proposição p, pois:

• Se p for verdadeiro, p∨p será verdadeiro, pois será uma disjunção inclusiva entre dois termos
verdadeiros; e
• Se p for falso, p∨p será falso, pois será uma disjunção inclusiva entre dois termos falsos.

Para que não reste dúvidas, as equivalências são demonstráveis por tabela-verdade:

(DPEN/2013) Considerando que, P, Q e R são proposições conhecidas, julgue o próximo item.


A proposição ¬[(P → Q)∨Q] é equivalente à proposição P∧(¬Q), em que ¬P é a negação de P.
Comentários:
Primeiramente, vale perceber que essa questão pode ser resolvida por tabela-verdade. Isso porque, para
duas proposições serem equivalentes, basta que elas apresentem a mesma tabela-verdade.
Dito isso, vamos resolver a questão por álgebra de proposições. A nossa estratégia será partir de
~[(P→Q)∨Q] para chegar em P∧(~Q).

Veja que ~[(P→Q)∨Q] é a negação da disjunção inclusiva entre (P→Q) e Q. Vamos desenvolver essa negação
por De Morgan, negando ambas as parcelas e trocando "ou" por "e". Ficamos com:
~(P→Q)∧~Q

Para negar uma condicional, utilizamos a seguinte equivalência: ~(p→ q) ≡ p∧~ q. Ficamos com:
[P∧~Q]∧~Q

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Pela propriedade associativa, podemos escrever:


P∧[~Q∧~Q]

Observe que, pela propriedade idempotente, [~Q∧~Q] apresenta sempre o valor lógico de ~Q. Isso porque
quando ~Q é V, [~Q∧~Q] é V, e quando ~Q é F, [~Q∧~Q] é F. Logo, nossa conjunção fica assim:
P∧(~Q)
Gabarito: CERTO.

Álgebra de proposições × tautologia, contradição e contingência

Você se lembra que um dos métodos para descobrirmos se uma proposição composta é uma tautologia,
uma contradição ou uma contingência é utilizar equivalências lógicas ou álgebra de proposições?

Esse método costuma ser o mais rápido, porém requer o domínio das equivalências lógicas e das
propriedades da álgebra de proposições.

A ideia consiste basicamente em desenvolver a proposição composta original até se chegar:

• Em uma tautologia t; ou
• Em uma contradição c; ou
• Em uma contingência, que pode ser uma proposição simples p, uma conjunção p∧q, etc.

(STJ/2018) A proposição ¬P→(P→Q), em que ¬P denota a negação da proposição P, é uma tautologia, isto é,
todos os elementos de sua tabela-verdade são V (verdadeiro).
Comentários:
Note que originalmente temos a condicional ~P→ (P→Q), cujo antecedente é ~P e cujo consequente é outra
condicional, dada por (P→Q).
Utilizando a equivalência p→q ≡ ~p∨q, ficamos com:
~(~P)∨(P→Q)

A dupla negação de P corresponde à proposição simples P. Ficamos com:


P∨(P→Q)

Utilizando novamente a equivalência p→q ≡ ~p∨q para a condicional (P→Q), ficamos com:
P∨(~P∨Q)

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Utilizando a propriedade associativa, temos:


(P∨~P)∨Q

P∨~P é uma tautologia. Ficamos com:


t∨Q

Veja que temos uma disjunção inclusiva entre uma tautologia t e uma proposição simples Q. Essa disjunção
inclusiva é sempre verdadeira, pois um dos termos dela (tautologia t) sempre será verdadeiro (propriedade
da identidade para a disjunção inclusiva). Logo, a proposição original corresponde a uma tautologia:
t
Gabarito: CERTO.

(CBM AL/2017) A respeito de proposições lógicas, julgue o item a seguir.


Se P e Q forem proposições simples, então a proposição composta Q∨(Q→P) é uma tautologia.
Comentários:
Temos a seguinte proposição composta:
Q∨(Q → P)

Utilizando a equivalência p→q ≡ ~p∨q para a condicional (Q→P), ficamos com:


Q∨(~Q∨P)

Utilizando a propriedade associativa, temos:


(Q∨~Q)∨P

Q∨~Q é uma tautologia. Ficamos com:


t∨P

Veja que temos uma disjunção inclusiva entre uma tautologia t e uma proposição simples P. Essa disjunção
inclusiva é sempre verdadeira, pois um dos termos dela (tautologia t) sempre será verdadeiro (propriedade
da identidade para a disjunção inclusiva). Logo, a proposição original corresponde a uma tautologia:
t
Gabarito: CERTO.

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Bicondicional em problemas de tautologia, contradição e contingência

Um problema muito explorado pelas bancas de concurso público consiste em perguntar se uma determinada
bicondicional é uma tautologia ou uma contradição.
Quanto ao conectivo bicondicional, sabemos que:

• A bicondicional é verdadeira quando ambas as parcelas tiverem o mesmo valor lógico; e


• A bicondicional é falsa quando ambas as parcelas tiverem valores lógicos contrários.

Considere a seguinte bicondicional cujas parcelas são duas proposições compostas X e Y:

XY

Note que: ==3e01da==

• Se X e Y forem proposições equivalentes, ambas as parcelas terão sempre o mesmo valor lógico.
Nesse caso, a bicondicional será sempre verdadeira, ou seja, a bicondicional será uma tautologia.
• Se X e Y forem proposições em que uma é a negação da outra, ambas as parcelas terão sempre
valores lógicos contrários. Nesse caso, a bicondicional será sempre falsa, ou seja, a bicondicional será
uma contradição.

(POLC AL/2023) Considere os conectivos lógicos usuais e assuma que as letras maiúsculas representam
proposições lógicas simples. Com base nessas informações, julgue o item seguinte relativo à lógica
proposicional.
A proposição lógica (P→Q)((~P)∨Q) é uma tautologia.
Comentários:
Originalmente, temos a seguinte bicondicional:
(P→Q)((~P)∨Q)

Utilizando a equivalência p→q ≡ ~p∨q para a condicional (P→Q), obtemos ((~P)∨Q). Logo, a bicondicional
original pode ser descrita por:
((~P)∨Q)((~P)∨Q)

Veja que a bicondicional original corresponde a uma bicondicional em que as duas parcelas são iguais. Logo,
ambas as parcelas da bicondicional sempre vão apresentar o mesmo valor lógico. Consequentemente, a
bicondicional sempre será verdadeira. Trata-se, portanto, de uma tautologia.
Gabarito: CERTO

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(Pref Acrelândia/2022) A proposição (P∧Q)(∼P∨∼Q) representa uma afirmativa que podemos chamar de:
a) contingência.
b) tautologia.
c) implicação lógica.
d) contradição.
e) paradoxo.
Comentários:
Originalmente, temos a seguinte bicondicional:
(P∧Q)(∼P∨∼Q)

Note que o segundo termo da bicondicional, (~P∨~Q), é a negação do primeiro termo (P∧Q). Isso porque,
por De Morgan, temos:
(P∧Q) ≡ (~P∨~Q)

Logo, a bicondicional em questão pode ser escrita do seguinte modo:


(P∧Q)~(P∧Q)

Veja que a bicondicional original corresponde a uma bicondicional em que as duas parcelas são uma a
negação da outra. Logo, ambas as parcelas da bicondicional sempre vão apresentar valores lógicos distintos.
Consequentemente, a bicondicional sempre será falsa. Trata-se, portanto, de uma contradição.
Gabarito: Letra D.

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QUESTÕES COMENTADAS – CESGRANRIO

Equivalências lógicas

As questões estão divididas em quatro tópicos:

• Equivalências fundamentais
• Negações lógicas
• Questões com mais de uma equivalência
• Outras equivalências e negações

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Equivalências fundamentais

(CESGRANRIO/LIQUIGÁS/2018) No dia 15 de janeiro, Carlos disse:


— Se a data de entrega do trabalho fosse amanhã, em vez de ter sido ontem, então eu conseguiria concluí-
lo.
De forma logicamente equivalente, no dia seguinte, dia 16 de janeiro, Carlos poderia substituir sua fala
original por:
a) Se a data de entrega do trabalho tivesse sido hoje, em vez de ontem, então eu conseguiria concluí-lo.
b) Se a data de entrega do trabalho tivesse sido anteontem, em vez de hoje, então eu conseguiria concluí-lo.
c) Se eu não consegui concluir o trabalho, então é porque a data de entrega não foi anteontem, foi hoje.
d) Se eu não consegui concluir o trabalho, então é porque a data de entrega não foi amanhã, foi ontem.
e) Se eu não consegui concluir o trabalho, então é porque a data de entrega não foi hoje, foi anteontem.

Comentários:

Observe que a fala original de Carlos, que ocorreu no dia 15 de janeiro, pode ser descrita do seguinte modo
no dia 16 de janeiro:

"Se [a data de entrega do trabalho é hoje, em vez de ter sido anteontem], então [eu conseguirei concluí-
lo]."

Veja que estamos partindo de uma condicional e a questão apresenta apenas condicionais como possíveis
equivalências. Logo, devemos utilizar somente a equivalência contrapositiva, pois ela é a única que
transforma uma condicional em outra condicional.

Sabemos equivalência fundamental envolvendo o conectivo condicional é a contrapositiva: p→q ≡ ~q→~p.


Para aplicar essa equivalência, devemos realizar o seguinte procedimento:

• Invertem-se as posições do antecedente e do consequente; e


• Negam-se ambos os termos da condicional.

Para o caso em questão, a fala original, aplicada ao dia 16 de janeiro, é equivalente a:

"Se [eu não consegui concluir o trabalho], então [a data de entrega do trabalho não foi hoje, foi
anteontem]."

Gabarito: Letra E.

(CESGRANRIO/PETROBRAS/2018) Dado um número inteiro qualquer, então, ou ele é par, ou é ímpar.


Diante dessa premissa, considere a seguinte sentença:
Se dois números inteiros são pares, então a soma desses números é um número inteiro par.
Essa sentença é logicamente equivalente à sentença

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a) Se dois números inteiros são ímpares, então, a soma desses números é um número inteiro ímpar.
b) Se algum entre dois números é ímpar, então, a soma desses números é ímpar.
c) Se a soma de dois números inteiros é ímpar, então, algum desses números é ímpar.
d) Se a soma de dois números é ímpar, então, esses dois números são ímpares.
e) Se a soma de dois números é par, então, esses dois números são pares.

Comentários:

Sejam as proposições simples:

d: "Dois números inteiros são pares."

s: "A soma dos números é um número inteiro par."

Em regra, poderíamos negar essas duas proposições simples inserindo um "não" antes do verbo. Ficaríamos
com:

~d: "Dois números inteiros não são pares."

~s: "A soma dos números não é um número inteiro par."

Veja que, segundo o enunciado (e segundo a própria Matemática), um número inteiro ou é par ou é ímpar.
Nesse caso, note que ~d e ~s também podem ser descritos por:

~d: "Algum dos dois números inteiros é ímpar."

~s: "A soma dos números é um número inteiro ímpar."

Observação: uma vez que d corresponde a "Dois números inteiros são pares", não é correto dizer que ~d
pode ser escrito como "Dois números inteiros são ímpares". Isso porque, para que d seja falso, basta que
um dos números inteiros seja ímpar, incluindo também a possibilidade de os dois serem ímpares. Portanto,
~d pode ser escrito como "Algum dos dois números inteiros é ímpar."

Feitas essas observações, note que a condicional original pode ser descrita por d→s:

d→s: "Se [dois números inteiros são pares], então [a soma desses números é um número inteiro par]."

Veja que estamos partindo de uma condicional e a questão apresenta apenas condicionais como possíveis
equivalências. Logo, devemos utilizar somente a equivalência contrapositiva, pois ela é a única que
transforma uma condicional em outra condicional.

A equivalência contrapositiva é dada por p→q ≡ ~q→~p. Para aplicar essa equivalência, devemos realizar o
seguinte procedimento:

• Invertem-se as posições do antecedente e do consequente; e


• Negam-se ambos os termos da condicional.

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Para o caso em questão, temos:

d→s ≡ ~s→~d

Logo, temos a seguinte equivalência:

~s→~d: "Se [a soma de dois números inteiros é ímpar], então [algum desses números é ímpar]."

Gabarito: Letra C.

(CESGRANRIO/IBGE/2014) Se filho de pai estatístico sempre é estatístico, então


a) pai de estatístico sempre é estatístico.
b) pai de estatístico nunca é estatístico.
c) pai de estatístico quase sempre é estatístico.
d) pai de não estatístico sempre é estatístico.
e) pai de não estatístico nunca é estatístico.

Comentários:

Observe que a proposição "filho de pai estatístico sempre é estatístico" pode ser entendida como:

p→q: "Se [o pai é estatístico], então [o filho é estatístico]."

Sabemos equivalência fundamental envolvendo o conectivo condicional é a contrapositiva: p→q ≡ ~q→~p.


Para aplicar essa equivalência, devemos realizar o seguinte procedimento:

• Invertem-se as posições do antecedente e do consequente; e


• Negam-se ambos os termos da condicional.

Para o caso em questão, temos:

~q→~p: "Se [o filho não é estatístico], então [o pai não é estatístico]."

Essa proposição equivalente corresponde a "pai de não estatístico nunca é estatístico". O gabarito, portanto,
é letra E.

Gabarito: Letra E.

(CESGRANRIO/BASA/2014) Considere a seguinte afirmação:


Jorge se mudará ou Maria não será aprovada no concurso.
Tal afirmação é logicamente equivalente à afirmação:

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a) Se Maria não for aprovada no concurso, então Jorge se mudará.


b) Se Maria for aprovada no concurso, então Jorge não se mudará.
c) Se Maria for aprovada no concurso, então Jorge se mudará.
d) Jorge não se mudará ou Maria será aprovada no concurso.
e) Jorge se mudará se, e somente se, Maria não for aprovada no concurso.

Comentários:

Sejam as proposições simples:

j: "Jorge se mudará."

m: "Maria será aprovada no concurso."

A afirmação do enunciado pode ser descrita por j∨~m:

j∨~m: "[Jorge se mudará] ou [Maria não será aprovada no concurso]."

Para transformar a disjunção inclusiva em uma condicional, podemos usar a equivalência p∨q ≡~p→q. Para
aplicar essa equivalência, devemos realizar o seguinte procedimento:

• Nega-se o primeiro termo;


• Troca-se a disjunção inclusiva (∨) pela condicional (→); e
• Mantém-se o segundo termo.

Para o caso em questão, temos:

j∨~m ≡ ~j→~m

A condicional obtida pode ser descrita por:

~j→~m: "Se [João não se mudar], então [Maria não será aprovada no concurso]."

Note que não temos essa condicional nas alternativas. Observe, porém, que uma equivalência fundamental
envolvendo o conectivo condicional é a contrapositiva: p→q ≡ ~q→~p. Para aplicar essa equivalência,
devemos realizar o seguinte procedimento:

• Invertem-se as posições do antecedente e do consequente; e


• Negam-se ambos os termos da condicional.

Para o caso em questão, temos:

~j→~m ≡ ~(~m)→~(~j)

A dupla negação corresponde à proposição original. Ficamos com:

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~j→~m ≡ m→j

Portanto, temos que j∨~m é equivalente a ~j→~m que, por sua vez, é equivalente a m→j. Isso significa que
a proposição original é equivalente a m→j:

m→j: "Se [Maria for aprovada no concurso], então [Jorge se mudará]."

Gabarito: Letra C.

(CESGRANRIO/IBGE/2013) Certo dia, João afirmou:


Se eu tivesse ido ao banco ontem, eu não precisaria ir ao banco amanhã.
No dia seguinte, não tendo ido ao banco ainda, João diria algo logicamente equivalente ao que dissera no
dia anterior, se tivesse dito:
a) Como não fui ao banco hoje, fui ao banco anteontem.
b) Como não fui ao banco ontem, irei ao banco hoje.
c) Como não fui ao banco hoje, fui ao banco ontem.
d) Como preciso ir ao banco hoje, não fui ao banco anteontem.
e) Como preciso ir ao banco hoje, eu fui ao banco ontem.

Comentários:

A fala de João original é a seguinte:

"Se [eu tivesse ido ao banco ontem], [eu não precisaria ir ao banco amanhã]."

No dia seguinte, essa frase corresponde a:

"Se [eu tivesse ido ao banco anteontem], [eu não precisaria ir ao banco hoje]."

Considere as seguintes proposições simples:

a: "Fui ao banco anteontem"

h: "Preciso ir ao banco hoje."

A frase correspondente ao dia seguinte é dada pela condicional a→~h escrita na forma em que se omite o
"então":

a→~h: "Se [eu tivesse ido ao banco anteontem], [eu não precisaria ir ao banco hoje]."

Sabemos equivalência fundamental envolvendo o conectivo condicional é a contrapositiva: p→q ≡ ~q→~p.


Para aplicar essa equivalência, devemos realizar o seguinte procedimento:

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• Invertem-se as posições do antecedente e do consequente; e


• Negam-se ambos os termos da condicional.

Para caso em questão, a frase correspondente ao dia seguinte apresenta a seguinte equivalência:

a→~h ≡ ~(~h)→~a

A dupla negação corresponde à proposição original. Logo, ficamos com:

a→~h ≡ h→~a

Portanto, no dia seguinte, João diria algo logicamente equivalente ao que dissera no dia anterior, se tivesse
dito:

h→~a: "Se [preciso ir ao banco hoje], então [não fui ao banco anteontem]."

A alternativa D apresenta a mesma condicional da forma "Como p, q":

h→~a: "Como [preciso ir ao banco hoje], [não fui ao banco anteontem]."

Gabarito: Letra D.

(CESGRANRIO/PQS/2012) Se p e q são proposições lógicas, então uma expressão lógica que é


equivalente à expressão p→(~q) é a expressão
a) q→(~p)
b) (~p)→q
c) q→p
d) p∨(~q)
e) p∨q

Comentários:

Note que as alternativas da questão apresentam tanto a condicional (se...então; →) como disjunção
inclusiva (ou; ∨) como possíveis equivalências. Devemos, portanto, testar as duas equivalências
fundamentais que envolvem a condicional:

• p→q ≡ ~q→~p (contrapositiva)


• p→q ≡ ~p ∨ q (transformação da condicional em disjunção inclusiva)

Para aplicar a primeira equivalência, devemos realizar o seguinte procedimento:

• Invertem-se as posições do antecedente e do consequente; e


• Negam-se ambos os termos da condicional.

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Para o caso em questão, temos:

p→(~q) ≡ ~(~q)→(~p)

A dupla negação da proposição simples q corresponde à proposição original. Ficamos com:

p→(~q) ≡ q→(~p)

O gabarito, portanto, é letra A.

Para fins didáticos, vamos utilizar a segunda equivalência. Para aplicar essa equivalência, devemos realizar o
seguinte procedimento:

• Nega-se o primeiro termo;


• Troca-se a condicional (→) pela disjunção inclusiva (∨); e
• Mantém-se o segundo termo.

Para o caso em questão, temos:

p→(~q) ≡ (~p)∨(~q)

Veja que essa equivalência não aparece nas alternativas.

Gabarito: Letra A.

(CESGRANRIO/TRANSPETRO/2011)

A contrapositiva de uma proposição condicional é uma tautologia.


PORQUE
A tabela verdade de uma proposição condicional é idêntica à de sua contrapositiva.
Analisando-se as afirmações acima, conclui-se que
a) as duas afirmações são verdadeiras, e a segunda justifica a primeira.
b) as duas afirmações são verdadeiras, e a segunda não justifica a primeira.
c) a primeira afirmação é verdadeira, e a segunda é falsa.
d) a primeira afirmação é falsa, e a segunda é verdadeira.
e) as duas afirmações são falsas.

Comentários:

Se tivermos uma condicional p→q, a contrapositiva é equivalente a essa condicional e é dada por ~q→~p:

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𝐩
⏟→ 𝐪 ≡ ~𝐪 → ~𝐩

𝐂𝐨𝐧𝐝𝐢𝐜𝐢𝐨𝐧𝐚𝐥 Contrapositiva
da condicional
anterior

Observe que é falso dizer que "a contrapositiva de uma proposição condicional é uma tautologia". Isso
porque, pela definição de equivalência lógica, dizer que ~q→~p e p→q são equivalentes significa dizer que
~q→~p apresenta a mesma tabela-verdade da condicional p→q, que não é uma tautologia.

Por outro lado, é correto dizer que "a tabela verdade de uma proposição condicional é idêntica à de sua
contrapositiva". Isso porque a condicional e a sua contrapositiva são equivalentes.

Portanto, o gabarito é letra D, pois a primeira afirmação é falsa e a segunda é verdadeira.

Gabarito: Letra D.

(CESGRANRIO/PETROBRAS/2011) A proposição “se o freio da bicicleta falhou, então não houve


manutenção” é equivalente à proposição
a) o freio da bicicleta falhou e não houve manutenção.
b) o freio da bicicleta falhou ou não houve manutenção.
c) o freio da bicicleta não falhou ou não houve manutenção.
d) se não houve manutenção, então o freio da bicicleta falhou.
e) se não houve manutenção, então o freio da bicicleta não falhou.

Comentários:

Considere as proposições simples:

f: "O freio da bicicleta falhou."


m: "Houve manutenção."

A proposição composta original pode ser descrita por f→~m:

f→~m: “Se [o freio da bicicleta falhou], então [não houve manutenção].”

Uma equivalência fundamental envolvendo o conectivo condicional é a contrapositiva: p→q ≡ ~q→~p. Para
aplicar essa equivalência, devemos realizar o seguinte procedimento:

• Invertem-se as posições do antecedente e do consequente; e


• Negam-se ambos os termos da condicional.

Para o caso em questão, temos:

f→~m ≡ ~(~m)→~f

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A dupla negação corresponde à proposição original. Ficamos com:

f→~m ≡ m→~f

Essa proposição pode ser descrita por:

m→~f: "Se [houve manutenção], então [o freio da bicicleta não falhou]."

Veja que não encontramos essa equivalência nas alternativas.

Uma outra equivalência fundamental que se pode utilizar com o conectivo condicional é a seguinte:
p→q ≡ ~p∨q. Para aplicar essa equivalência, devemos realizar o seguinte procedimento:

• Nega-se o primeiro termo;


• Troca-se a condicional (→) pela disjunção inclusiva (∨); e
• Mantém-se o segundo termo.

Para o caso em questão, temos:

f→~m ≡ ~f ∨~m

Essa proposição pode ser descrita por:

~f ∨~m: “[O freio da bicicleta não falhou] ou [não houve manutenção].”

Gabarito: Letra C.

(CESGRANRIO/TRANSPETRO/2011)
I) Se beber, então não dirija.
II) Se dirigir, então não beba.
III) Se não beber, então dirija.
IV) Se não dirigir, então beba.
V) Dirija se e somente se não beber.
Analisando-se as afirmações acima, quanto à equivalência lógica entre elas, NÃO se pode afirmar que
a) (I) e (II) são equivalentes e (III) e (IV) são equivalentes.
b) (III), (IV) e (V) são equivalentes ou (I) e (II) são equivalentes.
c) Se (I) e (III) forem equivalentes, então (IV) e (V) são equivalentes.
d) Se (I) e (IV) são equivalentes, então (II) e (III) são equivalentes.
e) Se (I) e (II) são equivalentes, então (III), (IV) e (V) são equivalentes.

Comentários:

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Sejam as proposições simples:

b: "Beba."

d: "Dirija."

Nesse caso, as afirmações em questão são dadas por:

I) Se beber, então não dirija. − b→~d

II) Se dirigir, então não beba. − d→~b

III) Se não beber, então dirija. − ~b→d

IV) Se não dirigir, então beba. − ~d→b

V) Dirija se e somente se não beber. − d~b

Ao aplicar a equivalência contrapositiva na condicional (I), obtém-se a condicional (II):

b→~d ≡ d→~b

Portanto, (I) e (II) são equivalentes.

Ao aplicar a equivalência contrapositiva na condicional (III), obtém-se a condicional (IV):

~b→d ≡ ~d→b

Portanto, (III) e (IV) são equivalentes.

Observe que a bicondicional descrita em (V) não é equivalente a nenhuma condicional descrita em (I), (II),
(III) e (IV). Isso porque não há equivalência entre uma bicondicional e uma condicional.

Observe, portanto, que NÃO se pode afirmar o que está descrito na alternativa E:

[(I) e (II)são equivalentes] , então ⏟


Se ⏟ [(III), (IV) e (V) são equivalentes].
𝐕𝐄𝐑𝐃𝐀𝐃𝐄𝐈𝐑𝐎 𝐅𝐀𝐋𝐒𝐎

Isso porque a alternativa E apresenta uma condicional da forma V→F, ou seja, apresenta uma condicional
falsa.

Gabarito: Letra E.

(CESGRANRIO/IBGE/2010) Sempre que faz sol, Isabel passeia no parque.


Com base nessa informação, é possível concluir que, se

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a) Isabel passeia no parque, então é um dia de sol.


b) Isabel passeia no parque, então não é um dia de sol.
c) Isabel não passeia no parque, então não está fazendo sol.
d) não está fazendo sol, Isabel passeia no parque.
e) não está fazendo sol, Isabel não está passeando no parque.

Comentários:

Considere as proposições simples:

f: "Está fazendo sol."

i: "Isabel passeia no parque."

A proposição composta "sempre que faz sol, Isabel passeia no parque" pode ser entendida pela condicional
f→i.

f→i: "Se [está fazendo sol], então [Isabel passeia no parque]."

Uma equivalência fundamental envolvendo o conectivo condicional é a contrapositiva: p→q ≡ ~q→~p. Para
aplicar essa equivalência, devemos realizar o seguinte procedimento:

• Invertem-se as posições do antecedente e do consequente; e


• Negam-se ambos os termos da condicional.

Para o caso em questão, temos:

f→i ≡ ~i→~f

A proposição equivalente pode ser descrita por:

~i→~f: "Se [Isabel não passeia no parque], então [não está fazendo sol]."

Gabarito: Letra C.

(CESGRANRIO/PETROBRAS/2010) Dos slogans abaixo, o que é equivalente a “Se beber, então não
dirija” é
a) “Se não dirigir, então beba”.
b) “Não beba nem dirija”.
c) “Não beba ou não dirija”.
d) “Se não beber, então dirija”.
e) “Beba e não dirija”

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Aula 01

Comentários:

Sejam as proposições simples:

b: "Beba."

d: "Dirija."

A proposição original é descrita por b→~d.

b→~d: "Se [beber], então [não dirija]."

Uma equivalência fundamental envolvendo o conectivo condicional é a contrapositiva: p→q ≡ ~q→~p. Para
aplicar essa equivalência, devemos realizar o seguinte procedimento:

• Invertem-se as posições do antecedente e do consequente; e


• Negam-se ambos os termos da condicional.

Para o caso em questão, temos:

b→~d ≡ ~(~d)→~b

A dupla negação corresponde à proposição original. Ficamos com:

b→~d ≡ d→~b

Essa proposição pode ser descrita por:

d→~b: "Se [dirigir], então [não beba]."

Veja que não encontramos essa equivalência nas alternativas.

Uma outra equivalência fundamental que se pode utilizar com o conectivo condicional é a seguinte:
p→q ≡ ~p∨q. Para aplicar essa equivalência, devemos realizar o seguinte procedimento:

• Nega-se o primeiro termo;


• Troca-se a condicional (→) pela disjunção inclusiva (∨); e
• Mantém-se o segundo termo.

Para o caso em questão, temos:

b→~d ≡ ~b∨~d

Essa proposição pode ser descrita por:

~b∨~d: “[Não beba] ou [não dirija].”

Gabarito: Letra C.

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(CESGRANRIO/DETRAN AC/2009) Considere verdadeira a seguinte proposição:


“Se x = 3, então x é primo”.
Pode-se concluir que
a) se x é primo, então x = 3
b) se x não é primo, então x ≠ 3
c) se x não é primo, então x = 3
d) se x ≠ 3, então x é primo
e) se x ≠ 3, então x não é primo

Comentários:

Considere as proposições simples:

p: "x = 3." ("x é igual a 3.")

q: "x é primo."

Observação: sabemos que p e q apresentam uma variável x e, portanto, são sentenças abertas, não
proposições. Apesar disso, vamos tratar essas duas sentenças abertas como proposições para fins de
resolução desse exercício.

A proposição composta sugerida no enunciado é:

“Se [x = 3], então [x é primo].”

Uma equivalência fundamental envolvendo o conectivo condicional é a contrapositiva: p→q ≡ ~q→~p. Para
aplicar essa equivalência, devemos realizar o seguinte procedimento:

• Invertem-se as posições do antecedente e do consequente; e


• Negam-se ambos os termos da condicional.

Para o caso em questão, temos:

p→q ≡ ~q→~p

Essa proposição pode ser descrita por:

~q→~p: “Se [x não é primo], então [x é diferente de 3].”

O gabarito, portanto, é letra B.

Gabarito: Letra B.

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(CESGRANRIO/INEP/2008) Admita verdadeira a declaração: “se A é C, então B não é C”.


Conclui-se corretamente que
a) se B é C, então A não é C.
b) se B é C, então A é C.
c) se B não é C, então A não é C.
d) se B não é C, então A é C.
e) se A não é C, então B é C.

Comentários:

Sejam as proposições simples:

a: "A é C."

b: "B é C."

Note que a declaração original pode ser descrita por a→~b:

a→~b: “Se [A é C], então [B não é C].”

Veja que estamos partindo de uma condicional e a questão apresenta apenas condicionais como possíveis
equivalências. Logo, devemos utilizar somente a equivalência contrapositiva, pois ela é a única que
transforma uma condicional em outra condicional.

A equivalência contrapositiva é dada por p→q ≡ ~q→~p. Para aplicar essa equivalência, devemos realizar o
seguinte procedimento:

• Invertem-se as posições do antecedente e do consequente; e


• Negam-se ambos os termos da condicional.

Para o caso em questão, temos:

a→~b ≡ ~(~b)→~a

A dupla negação da proposição simples b corresponde à proposição original. Ficamos com:

a→~b ≡ b→~a

Logo, a proposição equivalente pode ser descrita por:

b→~a: "Se [B é C], então [A não é C]."

Gabarito: Letra A.

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Negações Lógicas

(CESGRANRIO/LIQUIGÁS/2018) É dada a seguinte proposição:


João não foi trabalhar, mas saiu com amigos.
A negação dessa proposição é logicamente equivalente a
a) João foi trabalhar ou não saiu com amigos.
b) João foi trabalhar e não saiu com amigos.
c) João foi trabalhar e não saiu com inimigos.
d) João não foi trabalhar ou não saiu com inimigos.
e) João não foi trabalhar e não saiu com amigos.

Comentários:

Considere as proposições simples:

f: "João foi trabalhar."


s: "João saiu com amigos."

Sabemos que "mas" corresponde ao conectivo "e". Logo, a proposição original é dada por:

~f ∧ s: "[João não foi trabalhar], mas [saiu com amigos]."

A questão pergunta pela equivalência da negação de ~f ∧ s, ou seja, quer uma forma equivalente a
~(~f∧ s).

Para realizar a negação de uma conjunção, usa-se a equivalência ~(p∧q) ≡ ~p∨~q. Para aplicar essa
equivalência, devemos seguir o seguinte procedimento:

• Negam-se ambas as parcelas da conjunção;


• Troca-se a conjunção (∧) pela disjunção inclusiva (∨).

Em outras palavras, negam-se as duas proposições e troca-se o "e" pelo "ou". Para o caso em questão,
temos:
~(~f∧ s) ≡ ~(~f)∨~s

A dupla negação corresponde à proposição original. Ficamos com:

~(~f∧ s) ≡ f ∨~s

Logo, a negação requerida pode ser descrita por:

f ∨~s: "[João foi trabalhar] ou [não saiu com amigos]."

Gabarito: Letra A.

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(CESGRANRIO/LIQUIGÁS/2018) João disse que, se chovesse, então o show não seria cancelado.
Infelizmente, os acontecimentos revelaram que aquilo que João falou não era verdade.

Portanto,
a) o show não foi cancelado porque choveu.
b) o show foi cancelado porque não choveu.
c) não choveu, e o show não foi cancelado.
d) não choveu, e o show foi cancelado.
e) choveu, e o show foi cancelado.

Comentários:

Observe que a questão diz que "aquilo que João falou não era verdade". Isso significa que se pode concluir
==3e01da==

como verdadeiro a negação daquilo que João disse. Em outras palavras, devemos assinalar a alternativa que
apresenta a negação da fala de João.

Sejam as proposições simples:


c: "Choveu."
s: "O show foi cancelado."
A fala de João pode ser descrita por:

c → ~s: "Se [chovesse], então [o show não seria cancelado]"

Para realizar a negação de uma condicional, usa-se a equivalência ~(p→q) ≡ p∧~q. Para aplicar essa
equivalência, devemos seguir o seguinte procedimento:

• Mantém-se o primeiro termo;


• Troca-se a condicional (→) pela conjunção (∧); e
• Nega-se o segundo termo.

Para o caso em questão, temos:

~(c →~s) ≡ c∧~(~s)

A dupla negação corresponde à proposição original. Logo:

~(c →~s) ≡ c∧s


Logo, a negação pode ser descrita por:

c∧s: "[Choveu] e [o show foi cancelado]."

Gabarito: Letra E.

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(CESGRANRIO/DETRAN AC/2009) A negação da proposição “Mário é brasileiro ou Maria não é


boliviana” é
a) Mário não é brasileiro e Maria é boliviana.
b) Mário não é brasileiro ou Maria é boliviana.
c) Mário não é brasileiro e Maria não é boliviana.
d) Mário é brasileiro e Maria não é boliviana.
e) Mário é brasileiro ou Maria é boliviana.

Comentários:

Sejam as proposições simples:

o: "Mário é brasileiro."
a: " Maria é boliviana."

A proposição original pode ser descrita por o∨~a:

o∨~a: "[Mário é brasileiro] ou [Maria não é boliviana]."

Para realizar a negação de uma disjunção inclusiva, usa-se a equivalência ~(p∨q) ≡ ~p∧~q. Para aplicar essa
equivalência, devemos seguir o seguinte procedimento:

• Negam-se ambas as parcelas da disjunção inclusiva;


• Troca-se a disjunção inclusiva (∨) pela conjunção (∧).

Em outras palavras, negam-se as duas proposições e troca-se o "ou" pelo "e". Para o caso em questão,
temos:

~(o∨~a) ≡ ~o∧~(~a)

A dupla negação corresponde à proposição original. Ficamos com:

~(o∨~a) ≡ ~o∧a

Logo, a negação requerida pode ser descrita por:

~o∧a: "[Mário não é brasileiro] e [Maria é boliviana]."

Gabarito: Letra A.

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(CESGRANRIO/DETRAN AC/2009) Qual é a negação da proposição “Se Lino se esforça, então


consegue”?
a) Se Lino não se esforça, então não consegue.
b) Se Lino consegue, então se esforça.
c) Lino se esforça e não consegue.
d) Lino não se esforça e não consegue.
e) Lino não se esforça e consegue.

Comentários:

Sejam as proposições simples:

e: "Lino se esforça."

c: "Lino consegue."

Note que a proposição composta original pode ser descrita por e→c:

e→c: "Se [Lino se esforça], então [(Lino) consegue]."

Para realizar a negação de uma condicional, usa-se a equivalência ~(p→q) ≡ p∧~q. Para aplicar essa
equivalência, devemos seguir o seguinte procedimento:

• Mantém-se o primeiro termo;


• Troca-se a condicional (→) pela conjunção (∧); e
• Nega-se o segundo termo.

Para o caso em questão, temos:

~(e→c) ≡ e∧~c

Logo, a negação pode ser descrita por:

e∧~c: "[Lino se esforça] e [(Lino) não consegue]."

Gabarito: Letra C.

(CESGRANRIO/TCE RO/2007) A negação de “2 é par e 3 é ímpar” é:


a) 2 é par e 3 é par.
b) 2 é par ou 3 é ímpar.
c) 2 é ímpar e 3 é par.

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d) 2 é ímpar e 3 é ímpar.
e) 2 é ímpar ou 3 é par.

Comentários:

Sejam as proposições simples:

d: "2 é par."
t: "3 é par."

Em regra, poderíamos negar essas duas proposições simples inserindo um "não" antes do verbo. Ficaríamos
com:

~d: "2 não é par."


~t: "3 não é par."

Sabemos que, na Matemática, um número inteiro ou é par ou é ímpar. Nesse caso, note que ~d e ~t também
podem ser descritos por:

~d: "2 é ímpar."


~t: "3 é ímpar."

Note que a proposição original pode ser descrita por d∧~t:

d∧~t: "[2 é par] e [3 é ímpar]."

Para realizar a negação de uma conjunção, usa-se a equivalência ~(p∧q) ≡ ~p∨~q. Para aplicar essa
equivalência, devemos seguir o seguinte procedimento:

• Negam-se ambas as parcelas da conjunção;


• Troca-se a conjunção (∧) pela disjunção inclusiva (∨).

Em outras palavras, negam-se as duas proposições e troca-se o "e" pelo "ou". Para o caso em questão,
temos:

~(d∧~t) ≡ ~d∨~(~t)

A dupla negação da proposição simples t corresponde à proposição original. Ficamos com:

~(d∧~t) ≡ ~d∨t

Logo, a negação procurada pode ser descrita por:

~d∨t: "[2 é ímpar] ou [3 é par]."

Gabarito: Letra E.

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(CESGRANRIO/TCE-RO/2007) A negação de “Se A é par e B é ímpar, então A + B é ímpar” é:


a) Se A é ímpar e B é par, então A + B é par.
b) Se A é par e B é ímpar, então A + B é par.
c) Se A + B é par, então A é ímpar ou B é par.
d) A é ímpar, B é par e A + B é par.
e) A é par, B é ímpar e A + B é par.

Comentários:

Sejam as proposições simples:

a: "A é par."
b: "B é par."
s: "A+B é par."

Em regra, poderíamos negar essas proposições simples inserindo um "não" antes do verbo. Ficaríamos com:

~a: "A não é par."


~b: "B não é par."
~s: "A+B não é par."

Sabemos que, na Matemática, um número inteiro ou é par ou é ímpar. Nesse caso, note que ~a, ~b e ~s
também podem ser descritos por:

a: "A é ímpar."
b: "B é ímpar."
s: "A+B é ímpar."

Note que a proposição original pode ser descrita por (a∧~b)→~s:

(a∧~b)→~s: “Se [(A é par) e (B é ímpar)], então [A + B é ímpar].”

Para realizar a negação de uma condicional, usa-se a equivalência ~(p→q) ≡ p∧~q. Para aplicar essa
equivalência, devemos seguir o seguinte procedimento:

• Mantém-se o primeiro termo;


• Troca-se a condicional (→) pela conjunção (∧); e
• Nega-se o segundo termo.

Para o caso em questão, temos:

~[(a∧~b)→~s] ≡ (a∧~b)∧~(~s)

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A dupla negação da proposição simples s corresponde à proposição original. Ficamos com:

~[(a∧~b)→~s] ≡ (a∧~b)∧s

Logo, a negação da proposição composta original pode ser descrita por:

(a∧~b)∧s: "[A é par] e [B é ímpar] e [A + B é par]."

Para evitar a repetição da conjunção "e", podemos omiti-la inserindo uma vírgula no lugar:

(a∧~b)∧s: "[A é par], [B é ímpar] e [A + B é par]."

Gabarito: Letra E.

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Questões com mais de uma equivalência

(CESGRANRIO/AgeRIO/2023) Considere a seguinte implicação:


Se um carro é da cor azul, então ele não é pequeno, nem é caro.
Essa implicação situa logicamente a condição de não ser pequeno e não ser caro como necessária para que
um carro seja da cor azul.
A implicação também situa logicamente a
a) condição de não ser pequeno e não ser caro como suficiente para que o carro seja da cor azul.
b) condição de ser pequeno ou caro como suficiente para que o carro não seja da cor azul.
c) condição de ser pequeno como necessária para um carro ser azul.
d) condição de ser caro como necessária para um carro ser azul.
e) condição de ser da cor azul como necessária para que um carro não seja pequeno, nem caro.

Comentários:

Conforme visto na teoria da aula de Estruturas Lógicas:

A palavra “Se” aponta para a condição Suficiente


“Se p, então q”
p é a condição Suficiente
q é a condição necessária

Para o caso em questão, considere as seguintes proposições simples:

a: "O carro é da cor azul."

p: "O carro é pequeno."

c: "O carro é caro."

Vale lembrar que a palavra "nem" corresponde à conjunção "e" seguida da negação "não". Logo, a
condicional original corresponde a a→(~p∧~c):

a→(~p∧~c): "Se [um carro é da cor azul], então [(ele não é pequeno), e (não é caro)]."

Veja que, na condicional a→(~p∧~c):

• a é a condição suficiente; e
• (~p∧~c) é a condição necessária.

Logo, o enunciado está certo em dizer que (~p∧~c) é a condição necessária para a: "Essa implicação situa
logicamente a condição de não ser pequeno e não ser caro (~p∧~c) como necessária para que um carro
seja da cor azul (a)".

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Além disso, na condicional original a→(~p∧~c), temos que a é a condição suficiente para (~p∧~c). Logo,
nos termos expressos pela questão, poderíamos dizer:

"A implicação também situa logicamente a condição de ser da cor azul (a) como suficiente para que um
carro não seja pequeno, nem caro (~p∧~c)."

Veja que não temos essa possibilidade como alternativa. Nesse caso, resta-nos escrever a condicional original
na sua forma equivalente por meio da equivalência contrapositiva p→q ≡ ~q→~p. Para aplicar essa
equivalência, devemos realizar o seguinte procedimento:

• Invertem-se as posições do antecedente e do consequente; e


• Negam-se ambos os termos da condicional.

Para o caso em questão, temos:

a→(~p∧~c) ≡ ~(~p∧~c)→~a

Veja que ~(~p∧~c) é a negação de uma conjunção, que pode ser desenvolvida por De Morgan. Essa negação
corresponde a ~(~p)∨~(~c), ou seja, corresponde a p∨c. Ficamos com:

a→(~p∧~c) ≡ (p∨c)→~a

A partir da forma equivalente (p∨c)→~a, podemos dizer que:

• (p∨c) é a condição suficiente; e


• ~a é a condição necessária.

Logo, nos termos do enunciado podemos dizer:

"A implicação também situa logicamente a condição de ser pequeno ou caro (p∨c) como suficiente para
que o carro não seja da cor azul (~a)."

O gabarito, portanto, é a alternativa B.

Gabarito: Letra B.

(CESGRANRIO/ELETRONUCLEAR/2022) Considere a seguinte proposição:


Se Maria é advogada, então Joana é engenheira ou médica.
A proposição acima se equivale logicamente à proposição
a) Se Maria não é advogada, então Joana não é engenheira, ou não é médica.
b) Se Maria não é advogada, então Joana não é engenheira, nem médica.
c) Se Joana não é engenheira, nem médica, então Maria não é advogada.

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d) Se Joana é engenheira ou médica, então Maria é advogada.


e) Maria é advogada, mas Joana não é engenheira e médica.

Comentários:

Considere as seguintes proposições simples:

a: "Maria é advogada."

e: "Joana é engenheira."

m: "Joana é médica."

Note que a proposição composta em questão pode ser descrita por a→(e∨m):

a→(e∨m): "Se [Maria é advogada], então [(Joana é engenheira) ou ((Joana é) médica)]."

Veja que estamos partindo de uma condicional e a questão apresenta apenas condicionais como possíveis
equivalências. Logo, devemos utilizar somente a equivalência contrapositiva, pois ela é a única que
transforma uma condicional em outra condicional.

A equivalência contrapositiva é dada por p→q ≡ ~q→~p. Para aplicar essa equivalência, devemos realizar o
seguinte procedimento:

• Invertem-se as posições do antecedente e do consequente; e


• Negam-se ambos os termos da condicional.

Para o caso em questão, temos:

a→(e∨m) ≡ ~(e∨m)→~a

Veja que ~(e∨m) é a negação de uma disjunção inclusiva, que pode ser desenvolvida por De Morgan. Essa
negação corresponde a ~e∧~m. Ficamos com:

a→(e∨m) ≡ (~e∧~m)→~a

Logo, a equivalência procurada pode ser descrita por:

(~e∧~m)→~a: "Se [(Joana não é engenheira) e (não é médica)], então [Maria não é advogada]."

Note que a alternativa C apresenta essa equivalência substituindo "e não" por "nem":

(~e∧~m)→~a: "Se [(Joana não é engenheira), (nem (é) médica)], então [Maria não é advogada]."

Gabarito: Letra C.

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(CESGRANRIO/FINEP/2014) No contexto do Cálculo Proposicional, é verdadeira a afirmação


a) (~p∧q) é equivalente a ~(p∨q)
b) ~(p∧q) é equivalente a (p→~q)
c) (p∨q) é equivalente a ~(p∧q)
d) (p→q) é equivalente a (p∧~q)
e) ~(p→q) é equivalente a (~p∨q)

Comentários:

Vamos comentar as alternativas.

a) (~p∧q) é equivalente a ~(p∨q). ERRADO.

Ao utilizar De Morgan na negação de p∨q, obtemos:

~(p∨q) ≡ ~p∧~q

Note, portanto, que ~p∧q não é equivalente a ~(p∨q).

b) ~(p ∧ q) é equivalente a (p→~q). CERTO. Este é o gabarito.

Da teoria apresentada, são conhecidas as seguintes negações da conjunção p∧q:

• ~(p ∧ q) ≡ ~p ∨ ~q
• ~(p ∧ q) ≡ p→~q
• ~(p ∧ q) ≡ q→~p

Note que a segunda equivalência corresponde à letra B.

c) (p∨q) é equivalente a ~(p∧q). ERRADO.

Ao utilizar De Morgan na negação de p ∧ q, obtemos:

~(p∧q) ≡ ~p∨~q

Note, portanto, que p∨q não é equivalente a ~(p∧q).

d) (p→q) é equivalente a (p∧~q). ERRADO.

Temos que a negação de p→q é equivalente a p ∧ ~q:

~(p→q) ≡ p∧~q

e) ~(p→q) é equivalente a (~p∨q). ERRADO.

Temos que a própria condicional p→q é equivalente a ~p∨q:

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p→q ≡ ~p ∨ q

Gabarito: Letra B.

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Outras equivalências e negações

(CESGRANRIO/TRANSPETRO/2011) Negar a afirmação “o leão não é feroz e a girafa não gorjeia”


equivale a afirmar que
a) se o leão não é feroz, então a girafa gorjeia.
b) se a girafa não gorjeia, então o leão não é feroz.
c) o leão é feroz, e a girafa gorjeia.
d) o leão não é feroz ou a girafa gorjeia.
e) o leão é feroz ou a girafa não gorjeia.

Comentários:

Sejam as proposições simples:

l: "O leão é feroz."

g: "A girafa gorjeia."

A proposição em questão corresponde a ~l∧~g:

~l∧~g: "[O leão não é feroz] e [a girafa não gorjeia]."

A primeira equivalência a ser utilizada diante a negação de uma conjunção é a equivalência de De Morgan.

Para realizar a negação de uma conjunção, usa-se a equivalência ~(p∧q) ≡ ~p∨~q. Para aplicar essa
equivalência, devemos seguir o seguinte procedimento:

• Negam-se ambas as parcelas da conjunção;


• Troca-se a conjunção (∧) pela disjunção inclusiva (∨).

Em outras palavras, negam-se as duas proposições e troca-se o "e" pelo "ou". Para o caso em questão,
temos:

~(~l∧~g) ≡ ~(~l)∨~(~g)

A dupla negação corresponde à proposição original. Ficamos com:

~(~l∧~g) ≡ l∨g

Logo, a negação requerida pode ser descrita por:

l∨g: "[O leão é feroz] ou [a girafa gorjeia]."

Note que não temos essa negação como resposta.

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"E agora, professor? Será que erramos em alguma coisa?"

Não, caro aluno! Primeiro, perceba que já podemos eliminar as alternativas D e E, pois elas apresentam
disjunções inclusivas diferentes da que obtemos. Além disso, a alternativa C pode ser eliminada, pois a
negação de uma conjunção nunca será outra conjunção. Resta-nos as alternativas A e B, que são
condicionais. Logo, temos que dar um jeito de transformar l∨g em uma condicional.

Para transformar l∨g em uma condicional, devemos utilizar a equivalência transformação da disjunção
inclusiva em condicional: p∨q ≡ ~p→q. A equivalência é realizada do seguinte modo:

• Nega-se o primeiro termo;


• Troca-se a disjunção inclusiva (∨) pela condicional (→); e
• Mantém-se o segundo termo.

Para o caso em questão, temos:

l∨g ≡ ~l→g

Ficamos com:

~l→g: "Se [o leão não é feroz], então [a girafa gorjeia]."

Agora sim chegamos no gabarito! Alternativa A.

Uma forma mais simples de se resolver a questão requer que o aluno se lembre de duas equivalências que
são mais raras: as negações da conjunção para a forma condicional. Lembre-se das seguintes equivalências:

• ~(p∧q) ≡ p→~q
• ~(p∧q) ≡ q→~p

Para essa questão, devemos negar ~l∧~g, isto é, devemos obter ~(~l∧~g). Utilizando essas duas
equivalências, temos:

• ~(~l∧~g) ≡ ~l→~(~g), isto é, ~(~l∧~g) ≡ ~l→g.


• ~(~l∧~g) ≡ ~g→~(~l), isto é, ~(~l∧~g) ≡ ~g→l.

Note que, na primeira equivalência, obtemos que a negação da conjunção em questão é ~l→g:

~l→g: "Se [o leão não é feroz], então [a girafa gorjeia]."

Novamente, a alternativa A corresponde à negação requerida.

Gabarito: Letra A.

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Aula 01

(CESGRANRIO/PETROBRAS/2011) No cálculo proposicional, os operadores lógicos {¬,∧,∨,→,} podem


ser deduzidos a partir dos operadores
a) {∧,∨}
b) {¬,∧}
c) {,∨}
d) {,→}
e) {→,∧}

Comentários:

Para obter todos os operadores lógicos, precisamos somente da negação (~) e da conjunção (∧).

Veremos que, a partir desses operadores, podemos obter a disjunção inclusiva (∨), a condicional (→) e a
bicondicional ().

Negando a conjunção, podemos obter a disjunção inclusiva por De Morgan:

~(p∧q) ≡ ~p∨~q

Além disso, negando a conjunção, podemos obter a condicional por meio das seguintes equivalências:

~(p∧q) ≡ p→~q (1)

~(p∧q) ≡ q→~p (2)

Por fim, a bicondicional pode ser obtida por meio de condicionais:

pq ≡ (p→q)∧(q→p)

Como as condicionais podem ser obtidas a partir da negação da conjunção, segue que a bicondicional pode
ser deduzida a partir de conjunções e negações.

Substituindo q por ~q em (1), temos:

~(p∧~q) ≡ p→~(~q)

~(p∧~q) ≡ p→q

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Substituindo p por ~p em (2), temos:

~(~p∧q) ≡ q→~(~p)

~(~p∧q) ≡ q→p

Logo, a bicondicional pq, que pode ser escrita como (p→q)∧(q→p), também pode ser escrita assim:

pq ≡ ~(p∧~q)∧ ~(~p∧q)

Consequentemente, os operadores lógicos {¬,∧,∨,→,} podem ser deduzidos a partir dos operadores
{¬,∧}.

Gabarito: Letra B.

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QUESTÕES COMENTADAS – CESGRANRIO

Álgebra de proposições

(CESGRANRIO/LIQUIGÁS/2018) João disse:


— Das duas, pelo menos uma: o depósito é amplo e claro, ou ele não se localiza em Albuquerque.
O que João disse é falso se, e somente se, o depósito
a) fica em Albuquerque e não é amplo ou não é claro.
b) fica em Albuquerque, não é amplo, nem é claro.
c) não é amplo, não é claro e não fica em Albuquerque.
d) é amplo ou é claro e fica em Albuquerque.
e) é amplo e claro e fica em Albuquerque.

Comentários:

Considere as proposições simples:


a: "O depósito é amplo."
c: "O depósito é claro."
l: "O depósito se localiza em Albuquerque."

A frase dita por João corresponde a:

(a∧c)∨ ~l: "[(O depósito é amplo) e (claro)], ou [ele não se localiza em Albuquerque]."

Observe que a frase dita por João dá a ideia de "ou inclusivo", ou seja, trata-se de uma disjunção inclusiva
da proposição composta "o depósito é amplo e claro" com a proposição simples "ele não se localiza em
Albuquerque".
Isso porque, no enunciado, foi dito que "das duas, pelo menos uma". Essa expressão passa a ideia de que ao
menos um dos dois termos deve ser verdadeiro para que o "ou" seja verdadeiro.
Diferente seria se a expressão fosse "das duas, somente uma". Nesse caso, teríamos uma disjunção
exclusiva (ou exclusivo).

Como o que João disse é falso, a negação do que ele disse é verdadeira. Portanto, devemos negar a
proposição composta (a∧c)∨ ~l.

Para realizar a negação de uma disjunção inclusiva, negam-se as duas proposições e troca-se o "ou" pelo
"e". Para o caso em questão, temos:

~[(a∧c)∨ l] ≡ ~(a∧c)∧~(~l)

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A dupla negação corresponde à proposição original. Ficamos com:

~[(a∧c)∨ l] ≡ ~(a∧c)∧ l

Note que ~(a∧c) é a negação de uma conjunção. Para desenvolvê-la, podemos utilizar a outra equivalência
de De Morgan. Em resumo, negam-se as duas proposições e troca-se o "e" pelo "ou". Ficamos com:

~[(a∧c)∨ l] ≡ (~a∨~c)∧ l

Ficamos com:

(~a∨~c)∧l: "[(O depósito não é amplo) ou (o depósito não é claro)] e [o depósito se localiza em
Albuquerque]."

Note que não encontramos resposta. Observe, porém, que pela propriedade comutativa podemos trocar de
posição os termos que compõem a conjunção "e". Ficamos com:

l∧(~a∨~c)

l∧(~a∨~c): "[O depósito se localiza em Albuquerque] e [(o depósito não é amplo) ou (o depósito não é
claro)]."

Note que a proposição encontrada corresponde à alternativa A.

Gabarito: Letra A.

(CESGRANRIO/TRANSPETRO/2018) A proposição p∧¬(q∧r) é equivalente a:


a) (p∧¬q)∧(p∧¬r)
b) (p∨¬q)∧(p∨¬r)
c) (p∧¬q)∨(p∧¬r)
d) (¬p∨q)∧(¬p∨r)
e) (¬p∧q)∨(¬p∧r)

Comentários:

Veja que, para essa questão, é muito importante resolvermos por álgebra de proposições. Isso porque, caso
resolvêssemos por tabela-verdade, teríamos que realizar várias tabelas para testar as alternativas.

Inicialmente, temos:

p∧~(q∧r)

Utilizando a equivalência de De Morgan em ~(q∧r), temos:

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p∧(~q∨~r)

Aplicando a propriedade distributiva em "p∧", ficamos com:

p∧(~q∨~r) ≡ (p∧~q)∨(p∧~r)

Veja que (p∧~q)∨(p∧~r) corresponde à alternativa C.

Gabarito: Letra C.

(CESGRANRIO/IBGE/2014) Sejam p e q duas proposições lógicas simples e E uma expressão composta a


partir de p e q, exclusivamente. Sabe-se que a expressão E é logicamente equivalente à expressão
[(p∧q)∨((~p)∨(~q))].
A expressão lógica E é um(a)
a) absurdo
b) contradição
c) contigência
d) demonstração
e) tautologia

Comentários:

Sabemos que a proposição composta E é equivalente a [(p∧q)∨((~p)∨(~q))]. Logo, para analisar a expressão
lógica E, basta avaliar a expressão equivalente:

[(p∧q)∨((~p)∨(~q))]

Pela equivalência de De Morgan, sabemos que ~(p∧q) ≡ (~p)∨(~q). Logo, ficamos com:

[(p∧q)∨~(p∧q)]

Note que a proposição original E é equivalente à disjunção inclusiva do termo (p∧q) com a sua negação. Veja
que essa disjunção inclusiva será sempre verdadeira, pois:

• Quando (p∧q) for verdadeiro, teremos a disjunção inclusiva V∨F, que é uma disjunção inclusiva
verdadeira;
• Quando (p∧q) for falso, teremos a disjunção inclusiva F∨V, que também é uma disjunção inclusiva
verdadeira.

Como sempre teremos uma disjunção inclusiva verdadeira, a expressão lógica E é uma tautologia.

Gabarito: Letra E.

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(CESGRANRIO/IBGE/2014) Dadas três proposições lógicas p, q e r, tem-se que r → [(~p)∧(~q)] se, e


somente se,
a) [(~p)∧(~q)]→r
b) (~r)→(p ∧ q)
c) (p∨q)→(~r)
d) (p∧q)→(~r)
e) (p∨q)→r

Comentários:

Antes de resolver a questão, é necessário entender o enunciado. Veja que foram apresentadas três
proposições lógicas quaisquer, p, q e r. O enunciado apresenta o seguinte:

r → [(~p) ∧ (~q)] 
⏟ X
Se,e somente se

Sendo X uma proposição composta que devemos determinar.

Devemos entender que o enunciado pergunta por uma proposição para ser colocada no lugar de X de modo
que a bicondicional seja verdadeira.

Como não foram atribuídos valores lógicos a p, q e r, entende-se que a bicondicional deve ser verdadeira
para quaisquer valores de p, q e r. Em outras palavras, a questão quer que a bicondicional seja sempre
verdadeira, isto é, uma tautologia.

Lembre-se que uma bicondicional é verdadeira quando ambos os termos apresentam o mesmo valor lógico.
Nesse caso, r → [(~p) ∧ (~q)] e X devem apresentar sempre o mesmo valor lógico. Em outras palavras, X
deve ser uma equivalência lógica de r→[(~p) ∧ (~q)].

Devemos, portanto, assinalar a alternativa que apresenta uma equivalência de r → [(~p) ∧ (~q)].

Uma equivalência fundamental envolvendo o conectivo condicional é a contrapositiva: p→q ≡ ~q→~p. Para
aplicar essa equivalência, devemos realizar o seguinte procedimento:

• Invertem-se as posições do antecedente e do consequente; e


• Negam-se ambos os termos da condicional.

Para o caso em questão, temos:

r → [(~p) ∧ (~q)] ≡ ~[(~p) ∧ (~q)] → ~r

Podemos desenvolver ~[(~p) ∧ (~q)] por De Morgan. Para negar a conjunção, negam-se as duas
proposições e troca-se o "e" pelo "ou". Ficamos com:

r → [(~p) ∧ (~q)] ≡ ~(~p) ∨ ~(~q) → ~r

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A dupla negação corresponde à proposição original. Logo:

r → [(~p) ∧ (~q)] ≡ p ∨ q → ~r

Note, portanto, que (p ∨ q) → (~r) é equivalente à proposição original.

Gabarito: Letra C.

(CESGRANRIO/BASA/2014) Dadas duas proposições simples, p e q, uma das leis de De Morgan perpassa
a tautologia
[∼(p∧q)][(∼p)∨(∼q)]
Essa tautologia é logicamente equivalente à expressão
a) [∼((∼p)∧(∼q))][p∨q]
b) [∼((∼p)∨(∼q))][p∨q]
c) [∼((∼p)∧(∼q))][p∧q]
d) [(∼p)∧(∼q)][∼(p∧q)]
e) [(∼p)∨(∼q)][∼(p∨q)]

Comentários:

Primeiramente, vamos compreender o enunciado. Perceba que, pela equivalência de De Morgan, temos:

∼(p∧q) ≡ ∼p∨∼q

Note que a bicondicional apresentada no enunciado, dada por [∼(p∧q)][(∼p)∨(∼q)], apresenta dois
termos equivalentes. Nesse caso, os dois termos que compõem a bicondicional, [∼(p∧q)] e [(∼p)∨(∼q)],
sempre apresentarão o mesmo valor lógico.

Logo, a bicondicional em questão será sempre verdadeira, isto é, estamos diante de uma tautologia. Isso
porque essa bicondicional será sempre das formas VV ou FF.

Por definição, sabemos que uma equivalência lógica entre duas proposições compostas ocorre quando elas
apresentam a mesma tabela-verdade.

Ao dizer "essa tautologia é logicamente equivalente à expressão...", a questão simplesmente quer saber
qual das alternativas é uma tautologia. Todo o enunciado poderia ter sido substituído por:

"Assinale a alternativa que apresenta uma tautologia"

Entendido o enunciado, vamos analisar cada alternativa.

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a) [∼((∼p)∧(∼q))][p∨q]. CERTO. Este é o gabarito.

Note que o termo ∼((∼p)∧(∼q)) pode ser desenvolvido por De Morgan:

∼((∼p)∧(∼q)) ≡ ~(~p)∨~(~q)

A dupla negação corresponde à proposição original. Logo, ficamos com:

∼((∼p)∧(∼q)) ≡ p∨q

Observe, portanto, que a bicondicional em questão, [∼((∼p)∧(∼q))][p∨q], corresponde a:

[p∨q][p∨q]

Trata-se de uma bicondicional sempre verdadeira, pois será sempre VV ou FF. Logo, estamos diante de
uma tautologia.

b) [∼((∼p)∨(∼q))][p∨q]. ERRADO.

Note que o termo ∼((∼p)∨(∼q)) pode ser desenvolvido por De Morgan:

∼((∼p)∨(∼q)) ≡ ~(~p)∧~(~q)

A dupla negação corresponde à proposição original. Logo, ficamos com:

∼((∼p)∨(∼q)) ≡ p∧q

Observe, portanto, que a bicondicional em questão, [∼((∼p)∨(∼q))][p∨q], corresponde a:

[p∧q][p∨q]

Note que [p∧q][p∨q] não é uma tautologia. Para mostrar esse fato, note que se p for V e q for F, teremos
FV, que é uma bicondicional falsa.

c) [∼((∼p)∧(∼q))][p∧q]. ERRADO.

Vimos no item A que:

∼((∼p)∧(∼q)) ≡ p∧q

Observe, portanto, que a bicondicional em questão, [∼((∼p)∧(∼q))][p∧q], corresponde a:

[p∧q][p∧q]

Note que [p∧q][p∧q] não é uma tautologia. Para mostrar esse fato, veja que se p for V e q for F, teremos
VF, que é uma bicondicional falsa.

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d) [(∼p)∧(∼q)][∼(p∧q)]. ERRADO.

Note que, pela equivalência de De Morgan, temos:

∼(p∧q) ≡ ~p∨~q

Observe, portanto, que a bicondicional em questão, [(∼p)∧(∼q)][∼(p∧q)], corresponde a:

[∼p∧∼q][~p∨~q]

Note que [∼p∧∼q][~p∨~q] não é uma tautologia. Para mostrar esse fato, veja que se p for V e q for F,
teremos FV, que é uma bicondicional falsa.

e) [(∼p)∨(∼q)][∼(p∨q)]. ERRADO.

Note que, pela equivalência de De Morgan, temos:

∼(p∨q) ≡ ~p∧~q

Observe, portanto, que a bicondicional em questão[(∼p)∨(∼q)][∼(p∨q)], corresponde a:

[∼p∨∼q][~p∧~q]

Note que [∼p∨∼q][~p∧~q] não é uma tautologia. Para mostrar esse fato, veja que se p for V e q for F,
teremos VF, que é uma bicondicional falsa.

Gabarito: Letra A.

(CESGRANRIO/PETROBRAS/2012/Adaptada) A disjunção exclusiva, denotada por ∨, é uma operação


lógica que assume valor verdadeiro quando, e somente quando, apenas uma das proposições envolvidas
assumir valor lógico verdadeiro.
Considere as proposições:
p: A equipe x participa do campeonato.
q: A equipe y fica na 2a colocação do campeonato.
Por qual proposição a negação de p∨q pode ser expressa?
a) Se a equipe x participa do campeonato, então a equipe y fica na 2a colocação do campeonato.
b) A equipe x participa do campeonato ou a equipe y fica na 2a colocação do campeonato.
c) A equipe x participa do campeonato e a equipe y fica na segunda colocação do campeonato.
d) A equipe x não participa do campeonato e a equipe y não fica na 2a colocação do campeonato.
e) A equipe y fica na segunda colocação do campeonato se e somente se a equipe x participa do campeonato.

Comentários:

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Sabemos que a negação da disjunção exclusiva corresponde à bicondicional:

~(p∨q) ≡ pq

Portanto, a negação de p∨q pode ser descrita como pq:

pq: "[A equipe x participa do campeonato] se e somente se [a equipe y fica na 2a colocação do


campeonato]."

Veja que não temos essa proposição nas alternativas. Observe, porém, que a bicondicional goza da
propriedade comutativa:
pq ≡ qp

Portanto, a negação de p∨q também pode ser descrita por qp:


==3e01da==

qp: "[A equipe y fica na 2a colocação do campeonato] se e somente se [a equipe x participa do


campeonato]."

Gabarito: Letra E.

(CESGRANRIO/PETROBRAS/2012) Afirmar que duas fórmulas bem formadas p e q, que são compostas
pelas mesmas proposições simples t1, t2, ... , tn, são equivalentes é o mesmo que afirmar que é uma
tautologia a proposição
a) pq
b) p∧q
c) p∨q
d) p→¬q
e) ¬p∨¬q

Comentários:

Considerando-se que p e q são proposições compostas equivalentes, isso significa que as proposições
compostas p e q sempre terão o mesmo valor lógico para todas as combinações de valores lógicos que t1,
t2, ... , tn podem assumir.

Observe que, nesse caso, a bicondicional pq é sempre verdadeira, pois essa bicondicional apresenta duas
parcelas que sempre apresentarão o mesmo valor lógico. Consequentemente, a bicondicional pq é uma
tautologia.

Logo, afirmar que as proposições compostas p e q são equivalentes é o mesmo que afirmar que é uma
tautologia a proposição pq.

Gabarito: Letra A.

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(CESGRANRIO/TRANSPETRO/2012) Dados os conectivos ¬, ∧ e ∨, que representam, respectivamente,


as operações de negação, conjunção e disjunção da lógica clássica, a operação de ou exclusivo (xor) entre
duas fórmulas a e b pode ser definida pela seguinte fórmula:
a) ¬a∨b
b) ¬a∧b
c) (¬a∧b)∧(¬a∨b)
d) (¬a∧b)∨(¬a∨b)
e) (¬a∧b)∨(a∧¬b)

Comentários:

Queremos obter uma expressão para a disjunção exclusiva (ou...ou; ∨) em termos da conjunção (e; ∧) e da
disjunção inclusiva (ou; ∨).

Sabemos que a disjunção exclusiva pode ser escrita como a negação da bicondicional. Utilizando as
proposições a e b, temos:

a∨b ≡ ~(ab)

Além disso, a bicondicional apresenta a seguinte equivalência: pq ≡ (p→q)∧(q→p). Aplicando essa
equivalência para ab, temos:

a∨b ≡ ~((a→b)∧(b→a))

Note que temos a negação de uma conjunção entre os termos (a→b) e (b→a). Para negar uma conjunção,
podemos utilizar De Morgan: negam-se ambas as parcelas e troca-se o "e" pelo "ou". Ficamos com:

a∨b ≡ ~(a→b)∨~(b→a)

Para negar uma condicional, temos a seguinte equivalência: ~(p→q) ≡ p∧~q. Aplicando essa equivalência
para ~(a→b) e para ~(b→a), ficamos com:

a∨b ≡ (a∧~b)∨(b∧~a)

Nesse momento, podemos perceber que estamos próximos de chegar na alternativa E.

Aplicando a propriedade comutativa na disjunção inclusiva entre (a∧~b) e (b∧~a), temos:

a∨b ≡ (b∧~a)∨(a∧~b)

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Aplicando a propriedade comutativa a conjunção (b∧~a), podemos escrevê-la como (~a∧b). Ficamos com:

a∨b ≡ (~a∧b)∨(a∧~b)

Note, portanto, que a operação de ou exclusivo entre a e b pode ser definida por (~a∧b)∨(a∧~b).

Gabarito: Letra E.

(CESGRANRIO/BR/2012) A tabela abaixo mostra cinco processos A, B, C, D e E que devem ser executados
em uma máquina. Cada processo necessita de um conjunto de recursos para ser executado e, uma vez que
o processo é executado, estes recursos são consumidos e se tornam indisponíveis. A política de
escalonamento de processos considera que um processo está pronto para ser executado quando todos os
recursos de que ele necessita estão disponíveis e que no máximo dois processos podem ser executados
em paralelo. Apenas duas ordenações de execução dos processos A, B, C, D e E são possíveis de acordo
com esta política, sem que haja tempo desnecessário sendo gasto em espera por recursos.

Considere que as proposições p, q, r, s e t representam os seguintes fatos:


p: os recursos para a tarefa A estão disponíveis.
q: os recursos para a tarefa B estão disponíveis.
r: os recursos para a tarefa C estão disponíveis.
s: os recursos para a tarefa D estão disponíveis.
t: os recursos para a tarefa E estão disponíveis.
A fórmula da lógica proposicional que representa a disponibilidade de recursos depois do passo 1 e antes
do passo 2, independente da ordenação escolhida, é
a) p∧((q∨¬r)∧(¬q∨r))∧s∧¬t
b) ¬p∧((q∧¬r)∨(¬q∧r))∧s∧¬t
c) p∧(q∨r)∧¬s∧¬t
d) p∧(q∨r∨¬s)∧t
e) ¬p∧((q∧r)∨s)∧t

Comentários:

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Aula 01

Para resolver o problema, é importante notar as seguintes informações que podem ser extraídas enunciado:

• Antes da execução de um passo, os recursos a serem utilizados naquele passo estão disponíveis.
• Após a execução de um passo, os recursos utilizados naquele passo se tornam indisponíveis;
• As duas possíveis opções de ordenação apresentam o processo E no passo 3. Isso significa que não
é possível que o processo E esteja no passo 2. Em outras palavras, antes de iniciar o passo 2, os
recursos para a tarefa E estão indisponíveis, independentemente da ordenação escolhida.

Com base nessas informações, vamos analisar as ordenações 1 e 2 individualmente no momento depois do
passo 1 e antes do passo 2.

Ordenação 1

Depois do passo 1, note que os recursos para as tarefas A e B não estarão disponíveis. Em termos de lógica
proposicional, temos ~p e ~q.

Além disso, como estamos antes do passo 2, os recursos para as tarefas C e D estão disponíveis. Em termos
de lógica proposicional, temos r e s.

Por fim, conforme já observado, os recursos para a tarefa E não estão disponíveis. Em termos de lógica
proposicional, temos ~t.

Portanto, para a ordenação 1, temos:

~p∧~q∧r∧s∧~t

Ordenação 2

Depois do passo 1, note que os recursos para as tarefas A e C não estarão disponíveis. Em termos de lógica
proposicional, temos ~p e ~r.

Além disso, como estamos antes do passo 2, os recursos para as tarefas B e D estão disponíveis. Em termos
de lógica proposicional, temos q e s.

Por fim, conforme já observado, os recursos para a tarefa E não estão disponíveis. Em termos de lógica
proposicional, temos ~t.

Portanto, para a ordenação 2, temos:

~p∧~r∧q∧s∧~t

Resposta ao problema

Como as duas ordenações são alternativas (podemos escolher uma ou outra), devemos ligar as duas
proposições compostas pelo conectivo ou. Ficamos com:

(~p∧~q∧r∧s∧~t)∨(~p∧~r∧q∧s∧~t)

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Pela propriedade distributiva, podemos colocar “~p∧" em evidência. Ficamos com:

~p∧((~q∧r∧s∧~t)∨(~r∧q∧s∧~t))

Veja que as parcelas (~q∧r∧s∧~t) e (~r∧q∧s∧~t) apresentam s e ~t em comum. Podemos também colocá-
los em evidência após realizarmos algumas reordenações.

Aplicando a propriedade comutativa em cada uma das duas parcelas, podemos colocar s∧~t no início delas:

~p∧((s∧~t∧~q∧r)∨(s∧~t∧~r∧q))

Pela propriedade distributiva, podemos colocar “s∧" em evidência. Ficamos com:

~p∧(s∧((~t∧~q∧r)∨(~t∧~r∧q)))

Temos uma conjunção entre termos: ~p, s e ((~t∧~q∧r)∨(~t∧~r∧q)). Pela propriedade associativa,
podemos remover dois parênteses:

~p∧s∧((~t∧~q∧r)∨(~t∧~r∧q))

Pela propriedade distributiva, podemos colocar “~t∧" em evidência. Ficamos com:

~p∧s∧(~t∧((~q∧r)∨( ~r∧q)))

Temos uma conjunção entre quatro: ~p, s, ~t e ((~q∧r)∨( ~r∧q)). Pela propriedade associativa, podemos
remover dois parênteses:

~p∧s∧~t∧((~q∧r)∨( ~r∧q))

Pela propriedade comutativa podemos reordenar a conjunção de quatro termos da seguinte forma:

~p∧((~q∧r)∨(~r∧q))∧s∧~t

Veja que estamos próximos do que está presente na alternativa B. Na disjunção inclusiva (~q∧r)∨(~r∧q),
podemos, pela propriedade comutativa, alterar os termos (~q∧r) e (~r∧q) de posição:

~p∧((~r∧q)∨(~q∧r))∧s∧~t

Além disso, ainda pela propriedade comutativa, podemos trocar os termos de posição na conjunção (~r∧q),
obtendo-se a alternativa B como resposta:

~p∧((q∧~r)∨(~q∧r))∧s∧~t

Gabarito: Letra B.

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(CESGRANRIO/PETROBRAS/2011) Uma proposição lógica pode ser classificada como tautologia,


contradição ou contingência.
Analise as proposições a seguir.
I) p∨¬(p∧q)
II) p→(p∨q)
III) ¬p∧(p∧¬q)
IV) (p∨¬q)→(q∧¬p)
São tautologias APENAS as que se apresentam em
a) I e II
b) I e III
c) II e III
d) II e IV
e) III e IV

Comentários:

Vamos analisar cada proposição por meio de álgebra de proposições. Lembre-se que a questão também
poderia ser resolvida construindo a tabela-verdade das proposições.

I) p∨~(p∧q)

Note que ~(p∧q) pode ser desenvolvido por De Morgan: ~(p∧q) ≡ ~p∨~q. Ficamos com:

p∨~p∨~q

Veja que p∨~p é uma tautologia (t). Logo, temos:

t∨~q

Trata-se de uma disjunção inclusiva com um termo que sempre é verdadeiro. Logo, estamos diante de uma
tautologia.

II) p→(p∨q)

Podemos transformar uma condicional em uma disjunção inclusiva por meio da equivalência p→q ≡ ~p∨q.
Aplicando para o caso em questão, temos:

~p∨p∨q

Note que ~p∨p é uma tautologia (t). Ficamos com:

t∨q

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Trata-se de uma disjunção inclusiva em que um dos termos é sempre verdadeiro. Logo, estamos diante de
uma tautologia.

III) ~p∧(p∧~q)

Pela propriedade associativa, a proposição em questão corresponde a:


(~p∧p)∧~q
~p∧p é uma contradição (c). Ficamos com:
c∧~q

Note que estamos diante de uma conjunção em que um termo é sempre falso. Logo, estamos diante de uma
conjunção que é sempre falsa, isto é, trata-se de uma contradição.

IV) (p∨~q)→(q∧~p)

Podemos transformar uma condicional em uma disjunção inclusiva por meio da equivalência p→q ≡ ~p∨q.
Aplicando para o caso em questão, temos:

~(p∨~q)∨(q∧~p)

Podemos desenvolver ~(p∨~q) por De Morgan. Ficamos com:

(~p∧q)∨(q∧~p)

Aplicando a propriedade comutativa em (q∧~p), ficamos com:

(~p∧q)∨(~p∧q)

Trata-se da disjunção inclusiva entre dois termos iguais. Logo, pela propriedade da idempotência, a
proposição em questão é equivalente a:
(~p∧q)
Trata-se de uma contingência.

Gabarito: Letra A.

(CESGRANRIO/PETROBRAS/2010) Analisando as afirmações abaixo no contexto do Cálculo


Proposicional, tem-se que a proposição
a) p → q  p ∧ q é uma tautologia.
b) p → q  ~p ∨ q é uma tautologia.
c) p → q  p ∨ q é uma contradição.
d) p → q  ~p ∨ q é uma contradição.
e) p → q  ~p ∧ q é uma contradição.

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Comentários:

Antes de analisar as alternativas da questão, lembre-se que a bicondicional é verdadeira quando os dois
termos apresentam o mesmo valor lógico, e é falsa quando os dois termos apresentam valores lógicos
opostos. Isso significa que:

• Quando os dois termos da bicondicional forem equivalentes, os dois termos apresentarão sempre
o mesmo valor lógico. Nesse caso, a bicondicional é uma tautologia
• Quando os dois termos da bicondicional forem um a negação do outro, os dois termos apresentarão
sempre valores lógicos opostos. Nesse caso, a bicondicional é uma contradição.

Feita essa observação, vamos avaliar as alternativas.

a) p → q  p ∧ q é uma tautologia. ERRADO.

p→q não é equivalente a p∧q. Portanto, a bicondicional não é uma tautologia.

b) p → q  ~p ∨ q é uma tautologia. CERTO. Este é o gabarito.

p→q é equivalente a p∧q. Portanto, a bicondicional é uma tautologia.

c) p → q  p ∨ q é uma contradição. ERRADO.

p∨q não é a negação de p→q. Portanto, a bicondicional não é uma contradição.

d) p → q  ~p ∨ q é uma contradição. ERRADO.

~p∨q não é a negação de p→q. Portanto, a bicondicional não é uma contradição.

e) p → q  ~p ∧ q é uma contradição. ERRADO.

~p∧q não é a negação de p→q. Portanto, a bicondicional não é uma contradição.

Gabarito: Letra B.

(CESGRANRIO/BR/2010) Dentre as expressões lógicas abaixo, qual apresenta, após simplificação,


tautologia como resultado?
a) (Q ∨ Q) ∧ ~P
b) (P ∧ P) ∨ (Q ∨ ~Q) ∧ Q
c) (P ∧ Q) ∨ (Q ∨~Q) ∧ P
d) (P ∧ ~P) ∨ (Q ∧~Q)
e) (P ∨~P) ∧ (Q ∨ ~Q)

Comentários:

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Vamos analisar cada alternativa.

a) (Q ∨ Q) ∧ ~P. ERRADO.

Sabemos, pela propriedade da idempotência, que (Q ∨ Q) ≡ Q. Logo, a proposição em questão é:

Q ∧ ~P

Trata-se de uma contingência.

b) (P ∧ P) ∨ (Q ∨ ~Q) ∧ Q. ERRADO.

Sabemos, pela propriedade da idempotência, que (P ∧ P) ≡ P. Além disso, (Q ∨ ~Q) é uma tautologia. Logo,
a proposição em questão é:

P∨t∧Q

Pela propriedade da identidade para a disjunção inclusiva, sabemos que P ∨ t ≡ t. Ficamos com:

t∧Q

Pela propriedade da identidade para a conjunção, sabemos que t ∧ Q ≡ Q. Logo, a proposição composta em
questão corresponde a Q, que é uma contingência.

c) (P ∧ Q) ∨ (Q ∨~Q) ∧ P. ERRADO.

Sabemos que (Q ∨~Q) é uma tautologia. Logo, a proposição em questão é:

(P ∧ Q) ∨ t ∧ P

(P ∧ Q) ∨ t é a disjunção inclusiva do termo (P ∧ Q) com uma tautologia t. Trata-se de uma tautologia, isto
é, (P ∧ Q) ∨ t ≡ t. Ficamos com:

t∧P

Pela propriedade da identidade para a conjunção, sabemos que t ∧ P ≡ P. Logo, a proposição composta em
questão corresponde a P, que é uma contingência.

d) (P ∧ ~P) ∨ (Q ∧~Q). ERRADO.

Sabemos que (P ∧ ~P) é uma contradição, assim como (Q ∧~Q). Logo, a proposição em questão é:

c∨c

Trata-se de uma disjunção inclusiva de dois termos que são sempre falsos. Logo, a proposição composta em
questão é sempre falsa, isto é, trata-se de uma contradição.

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e) (P ∨~P) ∧ (Q ∨ ~Q). CERTO. Este é o gabarito.

(P ∨~P) é uma tautologia, assim como (Q ∨ ~Q). Logo, a proposição em questão é:

t∧t

Trata-se de uma conjunção cujos termos são sempre verdadeiros. Logo, a proposição composta em questão
é sempre verdadeira, isto é, trata-se de uma tautologia.

Gabarito: Letra E.

(CESGRANRIO/PETROBRAS/2010) Qual das seguintes sentenças NÃO é equivalente às demais?


a) p∨(¬q∧¬r);
b) (p∨¬q)∧(p∨r);
c) p∨(¬p∧¬q∧r);
d) (p∧¬r)∨(p∧r)∨(¬p∧¬q∧r);
e) p∨¬(q∨¬r);

Comentários:

Vamos desenvolver as expressões presentes nas alternativas por meio de álgebra de proposições. Note que
a alternativa A, dada por p∨(~q∧~r), já está representada na forma mais simples possível, sem repetição
de proposições simples e sem negações de proposições compostas. Logo, começaremos a nossa análise a
partir da alternativa B.

b) (p∨~q)∧(p∨r).

Temos a seguinte proposição composta:

(p∨~q)∧(p∨r)

Por meio da propriedade distributiva, podemos colocar "p∨" em evidência. Ficamos com:

p∨(~q∧r)

Veja que a alternativa B já difere da alternativa A.

c) p∨(~p∧~q∧r).

Temos a seguinte proposição composta:

p∨(~p∧~q∧r)

Aplicando a propriedade associativa, podemos colocar ~q∧r entre parênteses:

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p∨(~p∧(~q∧r))

Aplicando a propriedade distributiva em "p∨", temos:

(p∨~p)∧(p∨ (~q∧r))

p∨~p é uma tautologia (t). Ficamos com:

t∧(p∨ (~q∧r))

Pela propriedade da identidade para a conjunção, sabemos que t∧(p∨(~q∧r)) ≡ (p∨(~q∧r)). Ficamos com:

p∨(~q∧r)

Note que obtivemos a mesma expressão da alternativa B, que difere da alternativa A.

d) (p∧~r)∨(p∧r)∨(~p∧~q∧r).

Temos a seguinte proposição composta:

(p∧~r)∨(p∧r)∨(~p∧~q∧r)

Por meio da propriedade distributiva, podemos colocar "p∧" em evidência. Ficamos com:

[p∧(~r∨r)]∨(~p∧~q∧r)

~r∨r é uma tautologia (t). Ficamos com:

[p∧t]∨(~p∧~q∧r)

Pela propriedade da identidade para a conjunção, sabemos que p∧t ≡ p. Ficamos com:

p∨(~p∧~q∧r)

Aplicando a propriedade associativa, podemos colocar ~q∧r entre parênteses:

p∨(~p∧(~q∧r))

Aplicando a propriedade distributiva em "p∨", temos:

(p∨~p)∧(p∨(~q∧r))

p∨~p é uma tautologia (t). Ficamos com:

t∧(p∨(~q∧r))

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Pela propriedade da identidade para a conjunção, sabemos que t∧(p∨(~q∧r)) ≡ (p∨(~q∧r)). Ficamos com:

p∨(~q∧r)

Note que obtivemos a mesma expressão das alternativas B e C, que difere da alternativa A.

e) p∨~(q∨~r).

Temos a seguinte proposição composta:

p∨~(q∨~r)

~(q∨~r) é a negação de uma disjunção inclusiva que, por De Morgan, corresponde a (~q∧r). Ficamos com:

p∨(~q∧r)

Note que obtivemos a mesma expressão das alternativas B, C e D, que difere da alternativa A. Logo, a
alternativa A apresenta uma sentença que não é equivalente às demais.

Gabarito: Letra A.

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LISTA DE QUESTÕES – CESGRANRIO

Equivalências lógicas

As questões estão divididas em quatro tópicos:

• Equivalências fundamentais
• Negações lógicas
• Questões com mais de uma equivalência
• Outras equivalências e negações

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Equivalências fundamentais

(CESGRANRIO/LIQUIGÁS/2018) No dia 15 de janeiro, Carlos disse:


— Se a data de entrega do trabalho fosse amanhã, em vez de ter sido ontem, então eu conseguiria concluí-
lo.
De forma logicamente equivalente, no dia seguinte, dia 16 de janeiro, Carlos poderia substituir sua fala
original por:
a) Se a data de entrega do trabalho tivesse sido hoje, em vez de ontem, então eu conseguiria concluí-lo.
b) Se a data de entrega do trabalho tivesse sido anteontem, em vez de hoje, então eu conseguiria concluí-lo.
c) Se eu não consegui concluir o trabalho, então é porque a data de entrega não foi anteontem, foi hoje.
d) Se eu não consegui concluir o trabalho, então é porque a data de entrega não foi amanhã, foi ontem.
e) Se eu não consegui concluir o trabalho, então é porque a data de entrega não foi hoje, foi anteontem.

(CESGRANRIO/PETROBRAS/2018) Dado um número inteiro qualquer, então, ou ele é par, ou é ímpar.


Diante dessa premissa, considere a seguinte sentença:
Se dois números inteiros são pares, então a soma desses números é um número inteiro par.
Essa sentença é logicamente equivalente à sentença
a) Se dois números inteiros são ímpares, então, a soma desses números é um número inteiro ímpar.
b) Se algum entre dois números é ímpar, então, a soma desses números é ímpar.
c) Se a soma de dois números inteiros é ímpar, então, algum desses números é ímpar.
d) Se a soma de dois números é ímpar, então, esses dois números são ímpares.
e) Se a soma de dois números é par, então, esses dois números são pares.

(CESGRANRIO/IBGE/2014) Se filho de pai estatístico sempre é estatístico, então


a) pai de estatístico sempre é estatístico.
b) pai de estatístico nunca é estatístico.
c) pai de estatístico quase sempre é estatístico.
d) pai de não estatístico sempre é estatístico.
e) pai de não estatístico nunca é estatístico.

(CESGRANRIO/BASA/2014) Considere a seguinte afirmação:


Jorge se mudará ou Maria não será aprovada no concurso.
Tal afirmação é logicamente equivalente à afirmação:
a) Se Maria não for aprovada no concurso, então Jorge se mudará.

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b) Se Maria for aprovada no concurso, então Jorge não se mudará.


c) Se Maria for aprovada no concurso, então Jorge se mudará.
d) Jorge não se mudará ou Maria será aprovada no concurso.
e) Jorge se mudará se, e somente se, Maria não for aprovada no concurso.

(CESGRANRIO/IBGE/2013) Certo dia, João afirmou:


Se eu tivesse ido ao banco ontem, eu não precisaria ir ao banco amanhã.
No dia seguinte, não tendo ido ao banco ainda, João diria algo logicamente equivalente ao que dissera no
dia anterior, se tivesse dito:
a) Como não fui ao banco hoje, fui ao banco anteontem.
b) Como não fui ao banco ontem, irei ao banco hoje.
c) Como não fui ao banco hoje, fui ao banco ontem.
d) Como preciso ir ao banco hoje, não fui ao banco anteontem.
e) Como preciso ir ao banco hoje, eu fui ao banco ontem.

(CESGRANRIO/PQS/2012) Se p e q são proposições lógicas, então uma expressão lógica que é


equivalente à expressão p→(~q) é a expressão
a) q→(~p)
b) (~p)→q
c) q→p
d) p∨(~q)
e) p∨q

(CESGRANRIO/TRANSPETRO/2011)

A contrapositiva de uma proposição condicional é uma tautologia.


PORQUE
A tabela verdade de uma proposição condicional é idêntica à de sua contrapositiva.
Analisando-se as afirmações acima, conclui-se que
a) as duas afirmações são verdadeiras, e a segunda justifica a primeira.
b) as duas afirmações são verdadeiras, e a segunda não justifica a primeira.
c) a primeira afirmação é verdadeira, e a segunda é falsa.
d) a primeira afirmação é falsa, e a segunda é verdadeira.
e) as duas afirmações são falsas.

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(CESGRANRIO/PETROBRAS/2011) A proposição “se o freio da bicicleta falhou, então não houve


manutenção” é equivalente à proposição
a) o freio da bicicleta falhou e não houve manutenção.
b) o freio da bicicleta falhou ou não houve manutenção.
c) o freio da bicicleta não falhou ou não houve manutenção.
d) se não houve manutenção, então o freio da bicicleta falhou.
e) se não houve manutenção, então o freio da bicicleta não falhou.

(CESGRANRIO/TRANSPETRO/2011)
I) Se beber, então não dirija.
II) Se dirigir, então não beba.
III) Se não beber, então dirija.
IV) Se não dirigir, então beba.
V) Dirija se e somente se não beber.
Analisando-se as afirmações acima, quanto à equivalência lógica entre elas, NÃO se pode afirmar que
a) (I) e (II) são equivalentes e (III) e (IV) são equivalentes.
b) (III), (IV) e (V) são equivalentes ou (I) e (II) são equivalentes.
c) Se (I) e (III) forem equivalentes, então (IV) e (V) são equivalentes.
d) Se (I) e (IV) são equivalentes, então (II) e (III) são equivalentes.
e) Se (I) e (II) são equivalentes, então (III), (IV) e (V) são equivalentes.

(CESGRANRIO/IBGE/2010) Sempre que faz sol, Isabel passeia no parque.


Com base nessa informação, é possível concluir que, se
a) Isabel passeia no parque, então é um dia de sol.
b) Isabel passeia no parque, então não é um dia de sol.
c) Isabel não passeia no parque, então não está fazendo sol.
d) não está fazendo sol, Isabel passeia no parque.
e) não está fazendo sol, Isabel não está passeando no parque.

(CESGRANRIO/PETROBRAS/2010) Dos slogans abaixo, o que é equivalente a “Se beber, então não
dirija” é
a) “Se não dirigir, então beba”.
b) “Não beba nem dirija”.

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c) “Não beba ou não dirija”.


d) “Se não beber, então dirija”.
e) “Beba e não dirija”.

(CESGRANRIO/DETRAN AC/2009) Considere verdadeira a seguinte proposição:


“Se x = 3, então x é primo”.
Pode-se concluir que
a) se x é primo, então x = 3
b) se x não é primo, então x ≠ 3
c) se x não é primo, então x = 3
d) se x ≠ 3, então x é primo
==3e01da==

e) se x ≠ 3, então x não é primo

(CESGRANRIO/INEP/2008) Admita verdadeira a declaração: “se A é C, então B não é C”.


Conclui-se corretamente que
a) se B é C, então A não é C.
b) se B é C, então A é C.
c) se B não é C, então A não é C.
d) se B não é C, então A é C.
e) se A não é C, então B é C.

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Negações Lógicas

(CESGRANRIO/LIQUIGÁS/2018) É dada a seguinte proposição:


João não foi trabalhar, mas saiu com amigos.
A negação dessa proposição é logicamente equivalente a
a) João foi trabalhar ou não saiu com amigos.
b) João foi trabalhar e não saiu com amigos.
c) João foi trabalhar e não saiu com inimigos.
d) João não foi trabalhar ou não saiu com inimigos.
e) João não foi trabalhar e não saiu com amigos.

(CESGRANRIO/LIQUIGÁS/2018) João disse que, se chovesse, então o show não seria cancelado.
Infelizmente, os acontecimentos revelaram que aquilo que João falou não era verdade.

Portanto,
a) o show não foi cancelado porque choveu.
b) o show foi cancelado porque não choveu.
c) não choveu, e o show não foi cancelado.
d) não choveu, e o show foi cancelado.
e) choveu, e o show foi cancelado.

(CESGRANRIO/DETRAN AC/2009) A negação da proposição “Mário é brasileiro ou Maria não é


boliviana” é
a) Mário não é brasileiro e Maria é boliviana.
b) Mário não é brasileiro ou Maria é boliviana.
c) Mário não é brasileiro e Maria não é boliviana.
d) Mário é brasileiro e Maria não é boliviana.
e) Mário é brasileiro ou Maria é boliviana.

(CESGRANRIO/DETRAN AC/2009) Qual é a negação da proposição “Se Lino se esforça, então


consegue”?
a) Se Lino não se esforça, então não consegue.
b) Se Lino consegue, então se esforça.
c) Lino se esforça e não consegue.

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d) Lino não se esforça e não consegue.


e) Lino não se esforça e consegue.

(CESGRANRIO/TCE RO/2007) A negação de “2 é par e 3 é ímpar” é:


a) 2 é par e 3 é par.
b) 2 é par ou 3 é ímpar.
c) 2 é ímpar e 3 é par.
d) 2 é ímpar e 3 é ímpar.
e) 2 é ímpar ou 3 é par.

(CESGRANRIO/TCE-RO/2007) A negação de “Se A é par e B é ímpar, então A + B é ímpar” é:


a) Se A é ímpar e B é par, então A + B é par.
b) Se A é par e B é ímpar, então A + B é par.
c) Se A + B é par, então A é ímpar ou B é par.
d) A é ímpar, B é par e A + B é par.
e) A é par, B é ímpar e A + B é par.

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Questões com mais de uma equivalência

(CESGRANRIO/AgeRIO/2023) Considere a seguinte implicação:


Se um carro é da cor azul, então ele não é pequeno, nem é caro.
Essa implicação situa logicamente a condição de não ser pequeno e não ser caro como necessária para que
um carro seja da cor azul.
A implicação também situa logicamente a
a) condição de não ser pequeno e não ser caro como suficiente para que o carro seja da cor azul.
b) condição de ser pequeno ou caro como suficiente para que o carro não seja da cor azul.
c) condição de ser pequeno como necessária para um carro ser azul.
d) condição de ser caro como necessária para um carro ser azul.
e) condição de ser da cor azul como necessária para que um carro não seja pequeno, nem caro.

(CESGRANRIO/ELETRONUCLEAR/2022) Considere a seguinte proposição:


Se Maria é advogada, então Joana é engenheira ou médica.
A proposição acima se equivale logicamente à proposição
a) Se Maria não é advogada, então Joana não é engenheira, ou não é médica.
b) Se Maria não é advogada, então Joana não é engenheira, nem médica.
c) Se Joana não é engenheira, nem médica, então Maria não é advogada.
d) Se Joana é engenheira ou médica, então Maria é advogada.
e) Maria é advogada, mas Joana não é engenheira e médica.

(CESGRANRIO/FINEP/2014) No contexto do Cálculo Proposicional, é verdadeira a afirmação


a) (~p∧q) é equivalente a ~(p∨q)
b) ~(p∧q) é equivalente a (p→~q)
c) (p∨q) é equivalente a ~(p∧q)
d) (p→q) é equivalente a (p∧~q)
e) ~(p→q) é equivalente a (~p∨q)

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Outras equivalências e negações

(CESGRANRIO/TRANSPETRO/2011) Negar a afirmação “o leão não é feroz e a girafa não gorjeia”


equivale a afirmar que
a) se o leão não é feroz, então a girafa gorjeia.
b) se a girafa não gorjeia, então o leão não é feroz.
c) o leão é feroz, e a girafa gorjeia.
d) o leão não é feroz ou a girafa gorjeia.
e) o leão é feroz ou a girafa não gorjeia.

(CESGRANRIO/PETROBRAS/2011) No cálculo proposicional, os operadores lógicos {¬,∧,∨,→,} podem


ser deduzidos a partir dos operadores
a) {∧,∨}
b) {¬,∧}
c) {,∨}
d) {,→}
e) {→,∧}

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GABARITO – CESGRANRIO

Equivalências lógicas

LETRA E
LETRA C
LETRA E
LETRA C
LETRA D
LETRA A
LETRA D
LETRA C
LETRA E
LETRA C
LETRA C
LETRA B
LETRA A
LETRA A
LETRA E
LETRA A
LETRA C
LETRA E
LETRA E
LETRA B
LETRA C
LETRA B
LETRA A
LETRA B

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LISTA DE QUESTÕES – CESGRANRIO

Álgebra de proposições

(CESGRANRIO/LIQUIGÁS/2018) João disse:


— Das duas, pelo menos uma: o depósito é amplo e claro, ou ele não se localiza em Albuquerque.
O que João disse é falso se, e somente se, o depósito
a) fica em Albuquerque e não é amplo ou não é claro.
b) fica em Albuquerque, não é amplo, nem é claro.
c) não é amplo, não é claro e não fica em Albuquerque.
d) é amplo ou é claro e fica em Albuquerque.
e) é amplo e claro e fica em Albuquerque.

(CESGRANRIO/TRANSPETRO/2018) A proposição p∧¬(q∧r) é equivalente a:


a) (p∧¬q)∧(p∧¬r)
b) (p∨¬q)∧(p∨¬r)
c) (p∧¬q)∨(p∧¬r)
d) (¬p∨q)∧(¬p∨r)
e) (¬p∧q)∨(¬p∧r)

(CESGRANRIO/IBGE/2014) Sejam p e q duas proposições lógicas simples e E uma expressão composta a


partir de p e q, exclusivamente. Sabe-se que a expressão E é logicamente equivalente à expressão
[(p∧q)∨((~p)∨(~q))].
A expressão lógica E é um(a)
a) absurdo
b) contradição
c) contigência
d) demonstração
e) tautologia

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(CESGRANRIO/IBGE/2014) Dadas três proposições lógicas p, q e r, tem-se que r → [(~p)∧(~q)] se, e


somente se,
a) [(~p)∧(~q)]→r
b) (~r)→(p ∧ q)
c) (p∨q)→(~r)
d) (p∧q)→(~r)
e) (p∨q)→r

(CESGRANRIO/BASA/2014) Dadas duas proposições simples, p e q, uma das leis de De Morgan perpassa
a tautologia
[∼(p∧q)][(∼p)∨(∼q)]
==3e01da==

Essa tautologia é logicamente equivalente à expressão


a) [∼((∼p)∧(∼q))][p∨q]
b) [∼((∼p)∨(∼q))][p∨q]
c) [∼((∼p)∧(∼q))][p∧q]
d) [(∼p)∧(∼q)][∼(p∧q)]
e) [(∼p)∨(∼q)][∼(p∨q)]

(CESGRANRIO/PETROBRAS/2012/Adaptada) A disjunção exclusiva, denotada por ∨, é uma operação


lógica que assume valor verdadeiro quando, e somente quando, apenas uma das proposições envolvidas
assumir valor lógico verdadeiro.
Considere as proposições:
p: A equipe x participa do campeonato.
q: A equipe y fica na 2a colocação do campeonato.
Por qual proposição a negação de p∨q pode ser expressa?
a) Se a equipe x participa do campeonato, então a equipe y fica na 2a colocação do campeonato.
b) A equipe x participa do campeonato ou a equipe y fica na 2a colocação do campeonato.
c) A equipe x participa do campeonato e a equipe y fica na segunda colocação do campeonato.
d) A equipe x não participa do campeonato e a equipe y não fica na 2a colocação do campeonato.
e) A equipe y fica na segunda colocação do campeonato se e somente se a equipe x participa do campeonato.

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(CESGRANRIO/PETROBRAS/2012) Afirmar que duas fórmulas bem formadas p e q, que são compostas
pelas mesmas proposições simples t1, t2, ... , tn, são equivalentes é o mesmo que afirmar que é uma
tautologia a proposição
a) pq
b) p∧q
c) p∨q
d) p→¬q
e) ¬p∨¬q

(CESGRANRIO/TRANSPETRO/2012) Dados os conectivos ¬, ∧ e ∨, que representam, respectivamente,


as operações de negação, conjunção e disjunção da lógica clássica, a operação de ou exclusivo (xor) entre
duas fórmulas a e b pode ser definida pela seguinte fórmula:
a) ¬a∨b
b) ¬a∧b
c) (¬a∧b)∧(¬a∨b)
d) (¬a∧b)∨(¬a∨b)
e) (¬a∧b)∨(a∧¬b)

(CESGRANRIO/BR/2012) A tabela abaixo mostra cinco processos A, B, C, D e E que devem ser executados
em uma máquina. Cada processo necessita de um conjunto de recursos para ser executado e, uma vez que
o processo é executado, estes recursos são consumidos e se tornam indisponíveis. A política de
escalonamento de processos considera que um processo está pronto para ser executado quando todos os
recursos de que ele necessita estão disponíveis e que no máximo dois processos podem ser executados
em paralelo. Apenas duas ordenações de execução dos processos A, B, C, D e E são possíveis de acordo
com esta política, sem que haja tempo desnecessário sendo gasto em espera por recursos.

Considere que as proposições p, q, r, s e t representam os seguintes fatos:


p: os recursos para a tarefa A estão disponíveis.
q: os recursos para a tarefa B estão disponíveis.
r: os recursos para a tarefa C estão disponíveis.
s: os recursos para a tarefa D estão disponíveis.
t: os recursos para a tarefa E estão disponíveis.

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A fórmula da lógica proposicional que representa a disponibilidade de recursos depois do passo 1 e antes
do passo 2, independente da ordenação escolhida, é
a) p∧((q∨¬r)∧(¬q∨r))∧s∧¬t
b) ¬p∧((q∧¬r)∨(¬q∧r))∧s∧¬t
c) p∧(q∨r)∧¬s∧¬t
d) p∧(q∨r∨¬s)∧t
e) ¬p∧((q∧r)∨s)∧t

(CESGRANRIO/PETROBRAS/2011) Uma proposição lógica pode ser classificada como tautologia,


contradição ou contingência.
Analise as proposições a seguir.
I) p∨¬(p∧q)
II) p→(p∨q)
III) ¬p∧(p∧¬q)
IV) (p∨¬q)→(q∧¬p)
São tautologias APENAS as que se apresentam em
a) I e II
b) I e III
c) II e III
d) II e IV
e) III e IV

(CESGRANRIO/PETROBRAS/2010) Analisando as afirmações abaixo no contexto do Cálculo


Proposicional, tem-se que a proposição
a) p → q  p ∧ q é uma tautologia.
b) p → q  ~p ∨ q é uma tautologia.
c) p → q  p ∨ q é uma contradição.
d) p → q  ~p ∨ q é uma contradição.
e) p → q  ~p ∧ q é uma contradição.

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(CESGRANRIO/BR/2010) Dentre as expressões lógicas abaixo, qual apresenta, após simplificação,


tautologia como resultado?
a) (Q ∨ Q) ∧ ~P
b) (P ∧ P) ∨ (Q ∨ ~Q) ∧ Q
c) (P ∧ Q) ∨ (Q ∨~Q) ∧ P
d) (P ∧ ~P) ∨ (Q ∧~Q)
e) (P ∨~P) ∧ (Q ∨ ~Q)

(CESGRANRIO/PETROBRAS/2010) Qual das seguintes sentenças NÃO é equivalente às demais?


a) p∨(¬q∧¬r);
b) (p∨¬q)∧(p∨r);
c) p∨(¬p∧¬q∧r);
d) (p∧¬r)∨(p∧r)∨(¬p∧¬q∧r);
e) p∨¬(q∨¬r);

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GABARITO – CESGRANRIO

Álgebra de proposições

LETRA A
LETRA C
LETRA E
LETRA C
LETRA A
LETRA E
LETRA A
LETRA E
LETRA B
LETRA A
LETRA B
LETRA E
LETRA A

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