Atividade Enem - Ditadura

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QUESTÕES DE PROVAS DO ENEM COM A TÉMATICA DITADURA MILITAR

01.(ENEM 2012) Diante dessas inconsistências e de outras que ainda


preocupam a opinião pública, nós, jornalistas, estamos encaminhando
este documento ao Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de
São Paulo, para que o entregue à Justiça; e da Justiça esperamos a
realização de novas diligências capazes de leva à completa elucidação
desses fatos e de outros que porventura vierem a ser levantados.

Em nome da verdade. In: O Estado de São Paulo, 3 fev. 1976. Apud. FILHO, I. A. Brasil,
500 anos em documentos. Rio de Janeiro: Mauad, 1999.
A morte do jornalista Vladimir Herzog, ocorrida durante o regime militar, em 1975,
levou a medidas como o abaixo-assinado feito por profissionais da imprensa de São
Paulo. A análise dessa medida tomada indica a DANIEL – TURMA A
(A) certeza do cumprimento das leis.
(B) superação do governo de exceção.
(C) violência dos terroristas de esquerda.
(D) punição dos torturadores da polícia.
(E) expectativa da investigação dos culpados

02.(ENEM 2011) Embora o Brasil seja signatário de convenções e tratados


internacionais contra a tortura e tenha incorporado em seu
ordenamento jurídico uma lei tipificando o crime, ele continua a ocorrer
em larga escala. Mesmo que a lei que tipifica a tortura esteja vigente
desde 1997, até o ano 2000 não se conhece nenhum caso de
condenação de torturadores julgado em última instância, embora
tenham sido registrados nesse período centenas de casos, além de
numerosos outros presumíveis, mas não registrados.

Disponível em: http://www.dhnet.org.br. Acesso em: 16 jun. 2010 (adaptado). DANIELE –


TURMA A
O texto destaca a questão da tortura no país, apontando que
(A) a justiça brasileira, por meio de tratados e leis, tem conseguido inibir e,
inclusive, extinguir a prática da tortura.
(B) a existência da lei não basta como garantia de justiça para as vítimas e
testemunhas dos casos de tortura.
(C) as denúncias anônimas dificultam a ação da justiça, impedindo que
torturadores sejam reconhecidos e identificados pelo crime cometido.
(D) a falta de registro da tortura por parte das autoridades policiais, em razão
do desconhecimento da tortura como crime, legitima a impunidade.
(E) a justiça tem esbarrado na precária existência de jurisprudência a respeito
da tortura, o que a impede de atuar nesses casos.
(F)
03.(ENEM 2011) TEXTO I FELIPE – TURMA A

A ação democrática consiste em todos tomarem parte do processo decisório sobre aquilo
que terá consequência na vida de toda coletividade.
GALLO, S. etal. Ética e Cidadania. Caminhos da Filosofia.
Campinas: Papirus, 1997 (adaptado).
TEXTO II
É necessário que haja liberdade de expressão, fiscalização sobre órgãos governamentais
e acesso por parte da população às informações trazidas a público pela imprensa.
Disponível em: http://www.observatoriodaimprensa.com.br.
Acesso em: 24 abr. 2010.
Partindo da perspectiva de democracia apresentada no Texto I, os meios de
comunicação, de acordo com o Texto II, assumem um papel relevante na sociedade por
(A) orientarem os cidadãos na compra dos bens necessários à sua
sobrevivência e bem-estar.
(B) fornecerem informações que fomentam o debate político na esfera pública.
(C) apresentarem aos cidadãos a versão oficial dos fatos.
(D) propiciarem o entretenimento, aspecto relevante para conscientização
política.
(E) promoverem a unidade cultural, por meio das transmissões esportivas.

04. (ENEM 2011) A consolidação do regime democrático no Brasil contra


os extremismos da esquerda e da direita exige ação enérgica e
permanente no sentido do aprimoramento das instituições políticas e
da realização de reformas corajosas no terreno econômico, financeiro e
social. ANA CLARA – TURMA A

Mensagem programática da União Democrática Nacional (UDN) — 1957.


Os trabalhadores deverão exigir a constituição de um governo nacionalista e
democrático, com participação dos trabalhadores para a realização das seguintes
medidas:
a) Reforma bancária progressista; b)Reforma agrária que extinga o latifúndio; c)
Regulamentação da Lei de Remessas de Lucros.

Manifesto do Comando Geral dos Trabalhadores (CGT) — 1962.


BONAVIDES, P; AMARAL, R. Textos políticos da história do Brasil. Brasília: Senado Federal,
2002.

Nos anos 1960 eram comuns as disputas pelo significado de termos usados no debate
político, como democracia e reforma. Se, para os setores aglutinados em torno da UDN,
as reformas deveriam assegurar o livre mercado, para aqueles organizados no CGT, elas
deveriam resultar em
(A) fim da intervenção estatal na economia.
(B) crescimento do setor de bens de consumo.
(C) controle do desenvolvimento industrial.
(D) atração de investimentos estrangeiros.
(E) limitação da propriedade privada.
(ENEM 2011) EDSON – TURMA A
05.Em meio às turbulências vividas na primeira metade dos anos 1960,
tinha-se a impressão de que as tendências de esquerda estavam se
fortalecendo na área cultural. O Centro Popular de Cultura (CPC) da
União Nacional dos Estudantes (UNE) encenava peças de teatro que
faziam agitação e propaganda em favor da luta pelas reformas de base
e satirizavam o “imperialismo” e seus “aliados internos”.

KONDER, L. História das Ideias Socialistas no Brasil. São Paulo: Expressão Popular, 2003.
No início da década de 1960, enquanto vários setores da esquerda brasileira
consideravam que o CPC da UNE era uma importante forma de conscientização das
classes trabalhadoras, os setores conservadores e de direita (políticos vinculados à União
Democrática Nacional — UDN —, Igreja Católica, grandes empresários etc.) entendiam
que esta organização

(A) constituía mais uma ameaça para a democracia brasileira, ao difundir a


ideologia comunista.
(B) contribuía com a valorização da genuína cultura nacional, ao encenar
peças de cunho popular.
(C) realizava uma tarefa que deveria ser exclusiva do Estado, ao pretender
educar o povo por meio da cultura.
(D) prestava um serviço importante à sociedade brasileira, ao incentivar a
participação política dos mais pobres.
(E) diminuía a força dos operários urbanos, ao substituir os sindicatos como
instituição de pressão política sobre o governo.

06.(ENEM 2010) JOAO PAULO – TURMA A


A gente não sabemos escolher presidente
A gente não sabemos tomar conta da gente
A gente não sabemos nem escovar os dentes
Tem gringo pensando que nóis é indigente
Inútil
A gente somos A gente somos inútil
MOREIRA, R. Inútil, 1983 (fragmento)

O fragmento integra a letra de uma canção gravada em momento de intensa mobilização


política. A canção foi censurada por estar associada

(A) ao rock nacional, que sofreu limitações desde o início da ditadura militar.
(B) a uma crítica ao regime ditatorial que, mesmo em sua fase final impedia a
escolha popular do presidente
(C) a falta de conteúdo relevante, pois o Estado buscava, naquele contexto, a
conscientização da sociedade por meio da música.
(D) à dominação cultural dos Estados Unidos da América sobre a sociedade
brasileira, que o regime militar pretendia esconder.
(E) à alusão à baixa escolaridade e à falta de consciência política do povo
brasileiro.

07.(ENEM-2010) A charge remete ao contexto do movimento que ficou


conhecido como Diretas Já, ocorrido entre os anos de 1983 e 1984. O
elemento histórico evidenciado na imagem é JOSÉ GABRIEL – TURMA
A

(A) a insistência dos grupos políticos de esquerda em realizar atos políticos


ilegais e com poucas chances de serem vitoriosos.
(B) a mobilização em torno da luta pela democracia frente ao regime militar,
cada vez mais desacreditado.
(C) o diálogo dos movimentos sociais e dos partidos, então existentes, com os
setores do governo interessados em negociar a abertura.
(D) a insatisfação popular diante da atuação dos partidos políticos de oposição
ao regime militar criados no início dos anos 80.
(E) a capacidade do regime militar em impedir que as manifestações políticas
acontecessem.

08.(ENEM, 2009) MARYANNE – TURMA A


Texto I

[...] já foi o tempo em que via a convivência como viável, só exigindo deste bem comum,
piedosamente, o meu quinhão, já foi o tempo em que consentia num contrato, deixando
muitas coisas de fora sem ceder contudo no que me era vital, já foi o tempo em que
reconhecia a existência escandalosa de imaginados valores, coluna vertebral de toda
‘ordem’; mas não tive sequer o sopro necessário, e, negado o respiro, me foi imposto o
sufoco; é esta consciência que me libera, é ela hoje que me empurra, são outras agora
minhas preocupações, é hoje outro o meu universo de problemas; num mundo
estapafúrdio — definitivamente fora de foco — cedo ou tarde tudo acaba se reduzindo a
um ponto de vista, e você que vive paparicando as ciências humanas, nem suspeita que
paparica uma piada: impossível ordenar o mundo dos valores, ninguém arruma a casa do
capeta; me recuso pois a pensar naquilo em que não mais
acredito, seja o amor, a amizade, a família, a igreja, a humanidade; me lixo com tudo
isso! me apavora ainda a existência, mas não tenho medo de ficar sozinho, foi
conscientemente que escolhi o exílio, me bastando hoje o cinismo dos grandes
indiferentes [...].
NASSAR, R. Um copo de cólera. São Paulo: Companhia das Letras, 1992.

Texto II

Raduan Nassar lançou a novela Um Copo de Cólera em 1978, fervilhante narrativa de um


confronto verbal entre amantes, em que a fúria das palavras cortantes se estilhaçava no
ar. O embate conjugal ecoava o autoritário discurso do poder e da submissão de um
Brasil que vivia sob o jugo da ditadura militar.
COMODO, R. Um silêncio inquietante. IstoÉ. Disponível em: http://www.terra.com.br.
Acesso em: 15 jul. 2009.
Na novela Um Copo de Cólera, o autor lança mão de recursos estilísticos e expressivos
típicos da literatura produzida na década de 70 do século passado no Brasil, que, nas
palavras do crítico Antonio Candido, aliam “vanguarda estética e amargura política”. Com
relação à temática abordada e à concepção narrativa da novela, o texto I

(A) é escrito em terceira pessoa, com narrador onisciente, apresentando a


disputa entre um homem e uma mulher em linguagem sóbria, condizente
com a seriedade da temática político-social do período da ditadura militar.
(B) articula o discurso dos interlocutores em torno de uma luta verbal,
veiculada por meio de linguagem simples e objetiva, que busca traduzir a
situação de exclusão social do narrador.
(C) representa a literatura dos anos 70 do século XX e aborda, por meio de
expressão clara e objetiva e de ponto de vista distanciado, os problemas
da urbanização das grandes metrópoles brasileiras.
(D) evidencia uma crítica à sociedade em que vivem os personagens, por meio
de fluxo verbal contínuo de tom agressivo.
(E) traduz, em linguagem subjetiva e intimista, a partir do ponto de vista
interno, os dramas psicológicos da mulher moderna, às voltas com a
questão da priorização do trabalho em detrimento da vida familiar e
amorosa.

09.(ENEM, 2008) Não é difícil entender o que ocorreu no Brasil nos anos
imediatamente anteriores ao golpe militar de 1964. A diminuição da
oferta de empregos e a desvalorização dos salários, provocadas pela
inflação, levaram a uma intensa mobilização política popular, marcada
por sucessivas ondas grevistas de várias categorias profissionais, o que
aprofundou as tensões sociais. Dessa vez, as classes trabalhadoras se
recusaram a pagar o pato pelas “sobras” do modelo econômico
juscelinista. MARIA EDUARDA – TURMA A

MENDONÇA, S. R . A Industrialização Brasileira. São Paulo: Moderna, 2002 (adaptado).


Segundo o texto, os conflitos sociais ocorridos no início dos anos 1960 decorreram
proncipalmente
(A) da manipulação política empreendida pelo governo João Goulart.
(B) das contradições econômicas do modelo desenvolvimentista.
(C) do poder político adquirido pelos sindicatos populistas.
(D) da desmobilização das classes dominantes frente ao avanço das greves
(E) da recusa dos sindicatos em aceitar as mudanças na legislação trabalhista.

10.(ENEM, 2006) A moderna democracia brasileira foi construída entre


saltos e sobressaltos. Em 1954, a crise culminou no suicídio do
presidente Vargas. No ano seguinte, outra crise quase impediu a posse
do presidente eleito, Juscelino Kubitschek. Em 1961, o Brasil quase
chegou à guerra civil depois da inesperada renuncia do presidente Janio
Quadros. Três anos mais tarde, um golpe militar depôs o presidente
João Goulart, e o pais viveu durante vinte anos em regime autoritário.
KAMILLY – TURMA A

A partir dessas informações, relativas a historia republicana brasileira, assinale a opção


correta.
(A) Ao termino do governo João Goulart, Juscelino Kubitschek foi eleito
presidente da Republica.
(B) A renuncia de Janio Quadros representou a primeira grande crise do
regime republicano brasileiro.
(C) Apos duas décadas de governos militares, Getulio Vargas foi eleito
presidente em eleições diretas.
(D) A trágica morte de Vargas determinou o fim da carreira política de
João Goulart.
(E)No período republicano citado, sucessivamente, um presidente morreu, um
teve sua posse contestada, um renunciou e outro foi deposto.

11.(ENEM, 2006) Os textos a seguir foram extraídos de duas crônicas


publicadas no ano em que a seleção brasileira conquistou o
tricampeonato mundial de futebol. MARIA LORENA – TURMA A

O General Médici falou em consistência moral. Sem isso,


talvez a vitoria nos escapasse, pois a disciplina
consciente, livremente aceita, e vital na preparação
espartana para o rude teste do campeonato. Os
brasileiros portaram-se não apenas como técnicos ou
profissionais, mas como brasileiros, como cidadãos deste
grande pais, cônscios de seu papel de representantes de
seu povo. Foi a própria afirmação do valor do homem
brasileiro, como salientou bem o presidente da
Republica. Que o chefe do governo aproveite essa pausa,
esse minuto de euforia e de efusão patriótica, para
meditar sobre a situação do pais. (...) A realidade do
Brasil e a explosão patriótica do povo ante a vitoria na
Copa.
Danton Jobim. Última Hora, 23/6/1970 (com adaptações).
O que explodiu mesmo foi a alma, foi a paixão do povo:
uma explosão incomparável de alegria, de entusiasmo,
de orgulho. (...) Debruçado em minha varanda de
Ipanema, [um velho amigo] perguntava: — Será que
algum terrorista se aproveitou do delírio coletivo para
adiantar um plano seu qualquer, agindo com frieza e
precisão? Será que, de outro lado, algum carrasco
policial teve animo para voltar a torturar sua vitima logo
que o alemão apitou o fim do jogo?
Rubem Braga. Última Hora, 25/6/1970 (com adaptações).
Avalie as seguintes afirmações a respeito dos dois textos e do período histórico em que
foram escritos.

I) Para os dois autores, a conquista do tricampeonato mundial de futebol provocou uma


explosão de alegria popular.
II) Os dois textos salientam o momento político que o pais atravessava ao mesmo tempo
em que conquistava o tricampeonato.
III) A época da conquista do tricampeonato mundial de futebol, o Brasil vivia sob regime
militar, que, embora politicamente autoritário, não chegou a fazer uso de métodos
violentos contra seus opositores.

E correto apenas o que se afirma em


(A) I. (B) II. (C) III. (D) I e II. (E) II e III.

12.(ENEM, 2005) Zuenir Ventura, em seu livro “Minhas memórias dos


outros” (São Paulo: Planeta do Brasil, 2005), referindo-se ao fim da “Era
Vargas” e ao suicídio do presidente em 1954, comenta: Quase como
castigo do destino, dois anos depois eu iria trabalhar no jornal de Carlos
Lacerda, o inimigo mortal de Vargas (e nunca esse adjetivo foi tão
próprio). MARIA CLARA – TURMA A

Diante daquele contexto histórico, muitos estudiosos acreditam que, com o suicídio,
Getúlio Vargas atingiu não apenas a si mesmo, mas o coração de seus aliados e a mente
de seus inimigos.
A afirmação que aparece “entre parênteses” no comentário e uma consequência política
que atingiu os inimigos de Vargas aparecem, respectivamente, em:
(A) a conspiração envolvendo o jornalista Carlos Lacerda é um dos
elementos do desfecho trágico e o recuo da ação de políticos
conservadores devido ao impacto da reação popular.
(B) a tentativa de assassinato sofrida pelo jornalista Carlos Lacerda por
apoiar os assessores do presidente que discordavam de suas idéias e o
avanço dos conservadores foi intensificado pela ação dos militares.
(C) o presidente sentiu-se impotente para atender a seus inimigos,
como Carlos Lacerda, que o pressionavam contra a ditadura e os aliados
do presidente teriam que aguardar mais uma década para concretizar a
democracia progressista.
(D) o jornalista Carlos Lacerda foi responsável direto pela morte do
presidente e este fato veio impedir definitivamente a ação de grupos
conservadores.
(E)o presidente cometeu o suicídio para garantir uma definitiva e dramática
vitória contra seus acusadores e oferecendo a própria vida Vargas facilitou
as estratégias de regimes autoritários no país.

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