Discursivas da primeira semana COM Gabarito

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TEMA I- ASMA Brônquica

1) Uma menina com 7 anos de idade é trazida pela mãe à Unidade Básica de Saúde, com
queixa de “chiado no peito” frequente desde os 2 anos de idade. A mãe informa que há vários
dias o quadro vem piorando, depois de uma mudança climática abrupta. Informa também que
a criança teve várias crises no último ano, e que apresenta falta de ar de 2 a 3 vezes por
semana, além ocasionalmente, despertar noturno 2 vezes ao mês, inclusive com uma
internação hospitalar. Ao exame físico apresenta: frequência respiratória = 40 irpm,
frequência cardíaca = 102 bpm, sibilância expiratória difusa, ausência de tiragem intercostal.
Apresenta hipertrofia e palidez de cornetos nasais à rinoscopia.

A) Diante do caso exposto, indique a principal hipótese diagnóstica e a classificação


apresentada pela criança.

Asma brônquica; Classificação: Asma parcialmente controlada.

B) Indique a conduta terapêutica para o caso.

Corticóide inalatório + Formoterol ( Broncodilatador de ação prolongada) diariamente

Para um alívio rápido dos sintomas pode ser feito broncodilatador de ação curta isolado
ou dose adicional de corticóide + Formoterol.
Corticóides inalatórios: Budesonida, Fluticasona, Beclometasona;
Beta agonistas de ação curta: Salbutamol;
Beta agonista de ação prolongada : Formoterol (Inicia a ação em até 5 minutos e dura
até 12 horas), Salmeterol , Vilanterol

C) Indique detalhadamente o passo a passo do uso do dispositivo.


1. Agitar o dispositivo;
2. Abrir o dispositivo;
3. Expirar completamente ou esvaziar o pulmão;
4. Posicionar o dispositivo diretamente na boca entre os dentes/ lábios;
5. Disparar o dispositivo e inalar lenta e profunda;
6. Prender a respiração durante 5- 10 segundos;
7. Orientar a lavar a boca após o uso do dispositivo.

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Níveis de Controle da Asma
Avaliar últimas 4 semanas. A doença pode ser considerada controlada se:
 Sintomas diurnos: Aceitável até 2x por semana.
 Uso de broncodilatador para alívio: Aceitável até 2x por semana.
 Despertares noturnos por sintomas: Nenhum no período.
 Limitação de atividades. Nenhuma no período.

Asma parcialmente controlada. Presença de 1 ou 2 dos fatores acima.

Asma não-controlada. Presença de 3 ou 4 dos acima.

Espirometria: Classicamente padrão obstrutivo (VEF1/CVF <0,7) com resposta ao


broncodilatador (variação no VEF1 >200ml E 7% em relação ao previsto ou 12% em relação ao
valor basal).

Atenção com crianças até 5 anos!!!

Não se usa Broncodilatador de ação prolongada!!!


Geralmente o corticóide é a primeira escolha ou
No cenário da Pediatria em crianças menores de 5 anos, casos extremos, aonde não há melhora
do quadro clínico, ou é necessário aumentar com frequência o uso do corticóide inalatório, as vezes
é necessário lançar mão do uso de Antileucotrienos

Pacientes adultos: Atenção com o uso de betabloqueadores!!!

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TEMA Ii- Obstrução Intestinal baixa


2) Paciente, com 60 anos de idade, do sexo masculino, residente da zona da mata de
Pernambuco, procura serviço médico de urgência porque iniciou há 48 horas dor abdominal
em cólica, agora difusa, vômitos de cor acastanhada escura e odor fétido. Relata ter “intestino
preso”, há muitos anos, mas nunca se preocupou, pois sempre foi assim. Não faz uso de
qualquer medicação e nunca foi submetido a procedimento cirúrgico. Não é tabagista e nem
etilista. Ao exame, está desidratado, hipocorado 1+/++++, Frequência cardíaca = 110 bpm,
Pressão arterial = 90/40 mmHg, sem alteração do aparelho respiratório. Apresenta abdome
muito distendido, com ruídos hidroaéreos presentes, com timbre metálico, timpânico e
doloroso à percussão difusa e à palpação superficial em todo o abdome.

A) Mencione a principal hipótese diagnóstica.


Obstrução intestinal baixa
Diagnóstico sindrômico: Abdomen Agudo obstrutivo

B) Indique classificação desta condição mencionando o ponto de referência anatômico.


Se classifica em obstrução intestinal alta e obstrução intestinal baixa, tendo como ponto
anatômico a Válvula ileocecal.

C) Caracterize a clínica desta patologia de acordo com a classificação indicada na questão


anterior.
Obstrução intestinal Alta: Vômitos precoces, parada de eliminação de gases e fezes
tardia, menos distensão abdominal, pode haver alcalose metabólica (pelos vômitos).

Obstrução intestinal Baixa: Parada de eliminação de gases e fezes precoces, vômitos


tardios (pode haver vômitos fecaloides), mais distensão abdominal, pode haver também
acidose metabólica.

D) Cite qual ou quais exames diagnósticos você solicitaria para o paciente do caso, e quais
achados você esperaria encontrar?
Radiografia de abdomen: Grande distenção na moldura do cólon, sinal do grão de café,
ou sinal do U invertido, sinal de ferradura- Sinal de Frimann- Dahl.

Radiografia de Obstrução Intestinal alta: Sinal de Pilha de Moedas, Níveis hidroaéreos


escalonados (líquido e ar alternado)

E) Dê a conduta mais adequada para o caso.


Rotina de Internação:
1. Internação para intervenção cirurgica de urgência (LAPAROTOMIA)
2. Dieta Zero; (Jejum Absoluto)

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3. Canalização de via periférica de grosso calibre com hidratação venosa com SF 0,9 %
500 ml cada 8 horas;
4. Passagem de sonda nasogástrica aberta;
5. Antibioticoterapia endovenosa (Ceftriaxone + Metronidazol EV)
6. Passagem de sonda vesical de Demora;
7. Quantificação do débito urinário;
8. Balanço hidroeletrolítico;
9. Solicito Radiografia de abdomen em pé e deitado com urgência;

Atenção com Síndrome de Ogilvie ou Pseudobstrução intestinal : Que é a para lisação do


movimento do cólon, comum em pacientes graves, politraumatizados, com fraturas de coluna, de
quadril, pacientes imobilizados, com uso de opióides, pacientes de UTI em uso de drogas
vasoativas. Risco de ruptura por distenção, por acúmulo de gases.

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TEMA III- Doenças de mama


3) Uma mulher de 52 anos é encaminhada à atenção secundária com um resultado de
mamografia BI-RADS 0. A paciente relata dor e sensibilidade na mama direita e menciona
que sua mãe teve câncer de mama. Ao examiná-la, o médico identifica uma massa palpável
de cerca de 3 cm, localizada na parte superior da mama.

A) Considerando as orientações definidas pelo Ministério da Saúde e que são abordadas no


Sistema Único de Saúde, qual deve ser a primeira conduta tomada pelo médico?
Solicitar outro exame de imagem para corroborar e auxiliar no diagnóstico da paciente
como por exemplo uma ultrassonografia de mamas e axilas.

B) Explique detalhadamente o que é para que serve a escala de BI- RADS.


A escala de BI-RADS é uma classificação sistematizada internacional para auxiliar na
avaliação e interpretação de exames de imagem mamários.

C) Explique como e quando deve ser feito o rastreamento para Câncer de mama segundo o
Ministério da Saúde.
Mamografia de rotina para mulheres entre 50- 69 anos de idade 1 vez a cada dois anos.
Incluem-se também nessa recomendação, os homens trans e pessoas não- binárias
assignadas no feminino ao nascer, que mantêm as suas mamas.

Mulheres com 40 anos que apresentam alto risco para Câncer de mama a conduta é
individualizada de acordo com risco e benefício dos exames. Podendo ser solicitado
Mamografia ou ultrassonografia de mamas e axilas.

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TEMA IV- Deliriumo ou Estado confusional agudo


agudo
4) Um homem de 75 anos de idade é trazido pela filha com história de comportamento anormal
há sete dias. Havia chegado da fazenda, onde administra suas propriedades; dormiu e
acordou desorientado. Passou a perambular pela casa sem reconhecer pessoas, dirigindo-
se à porta da rua para sair. Apresentou evacuações e diurese sem ir ao banheiro e dificuldade
para despir-se, necessitando ser higienizado pela filha. Morando no andar superior da casa,
passou a apresentar algum grau de dificuldade ao descer as escadas, tendo de ser ajudado.
Come com lentidão, necessitando que o alimento lhe seja dado. É hipertenso e toma
medicações há 13 anos. Teve retenção urinária há 10 dias, por hipertrofia prostática,
necessitando de sondagem de alívio. Não refere febre. Ao exame físico: paciente vígil, porém
desatento, sem alterações aparentes de humor, responde com lentidão às perguntas, o hesita
ao deambular e sentar. Temperatura = 37,5 C, pulso radial = 110 bpm, pressão arterial = 140
x 80 mmHg. Exame neurológico: hesitação aos movimentos e tremores finos, ausentes em
repouso e desencadeados pelo movimento. Sem rigidez. Marcha hesitante. Reflexos
osteotendíneos sem alterações. Demais aspectos do exame físico inalterados.

A) De acordo com a clínica apresentada pelo paciente, indique o diagnóstico mais compatível
com o quadro.
Delirium ou Estado confusional Agudo

B) Quais são os fatores de risco para esta condição?

Internação hospitalar;
Infecções;

Distúrbio hidroeletrolíticos;
Uremia;

Insuficiência hepática;
Doença cerebrovascular;

Uso de fármacos (Benzodiazepínicos, Opióides, antibióticos etc...)


Abstinência
C) Como se realiza o diagnóstico?
Clínico, pode ser utilizada a escala de CAM (Confusion Assesment Method) para auxiliar no
diagnóstico.
É obrigatório que o paciente apresente: Flutuação do estado mental de início agudo e déficit
de atenção. Associado a 1 dos seguintes: Alteração de consciência e/ou pensamento
desorganizado

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Exames estarão indicados na busca de fatores precipitantes suspeitos e a causa do


delirium, dependendo de cada cenário clínico.

D) Como deve ser instituido o tratamento?


O tratamento deve ser instituído de acordo com a causa do Delirium.
Restabelecer as ordem e rotina do paciente;
Se houver quadro hiperativo, pode ser utilizado Risperidona e Haloperidol, Quetiapina
(Neurolépticos),

Benzodiazepínicos não devem ser utilizados- Induzem ao delirium;


Se o Delirium for hipoativo o tratamento é de suporte.

E) Cite 3 diagnósticos diferenciais.

Quadros demenciais: Alzheimer, Demência fronto temporal, demência por


corpúsculos de Levy;
Meningite;
Encefalite;
Esquizofrenia;
Acidente cerebrovascular

O Primeiro passo exige coragem. Os demais exigem disciplina!

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TEMA V- Apendicite Aguda


5) Mulher, com 17 anos de idade, procura atendimento médico de urgência porque está com “dor
de barriga forte” e atribui o episódio ao fato de ter comido, há cerca de 12 horas, manga com leite.
Comenta que a dor teve início há aproximadamente nove horas, com localização epigástrica,
acompanhada de náuseas e um episódio de vômito, contendo os restos alimentares dessa refeição.
Informa ainda que agora a dor está mais do lado direito, perto da “virilha”. Informa vida sexual ativa,
sem uso de contraceptivos e não sabe informar quando foi a última menstruação. Nega outros
sintomas e doenças prévias. Ao exame físico apresenta: Frequência cardíaca = 96 bpm, Pressão
arterial = 110x70 mmHg, Frequência respiratória = 20 ipm. Está corada e hidratada. Temperatura
axilar = 37,6°C. Não há alterações ao exame cardiovascular e respiratório. Exame abdominal:
abdome plano com dor à percussão e à palpação do abdome inferior, principalmente na fossa ilíaca
direita e região hipogástrica. Com base nesse quadro clínico e na principal hipótese diagnóstica,
descreva:

A) Complementação do exame físico da paciente que contribua para a confirmação da hipótese


diagnóstica principal.

O exame físico deverá ser complementado por meio de:


1) exame pélvico (toque vaginal e/ou toque retal e/ou toque bigital);
2) descompressão brusca em FID (considerar também o teste em todos os quadrantes do
abdômen);
3) outras manobras semiotécnicas empregadas na investigação de abdômen agudo
(Rovsing, teste de Lennander, manobra do obturador interno, Giordano, manobra do
iliopsoas, Murphy).

B) Cite a principal hipótese diagnóstica e justifique.


A principal hipótese diagnóstica é de Apendicite Aguda. Justificada, devido a característica da
dor, que inicialmente está localizada no epigástrio e com localização na fossa ilíaca direita e no
hipogástrio.(CRONOLOGIA DE MURPHY) O tempo de evolução justifica o sinal de presença
de irritação peritoneal, caracterizada pela percussão dolorosa nesse local, o que é comum na
apendicite aguda.

C) Cite dois diagnósticos diferenciais que devem ser considerados para o caso e justifique-os.
1) Gravidez tópica ou ectópica visto que não é possível definir um atraso menstrual ou não
em uma paciente com vida sexual ativa e sem anticoncepção;
2) Doenças tubo ovarianas que podem se apresentar com abdômen agudo (cisto de ovário
com sangramento ou torção e doença inflamatória pélvica);
3) Litíase renal/ureteral visto que pode ter náuseas, vômitos, dorepigástrica, dor forte em
fossa ilíaca direita às vezes com alguma defesa abdominal.

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D) Cite os exames de imagem a serem solicitados e os achados esperados para a principal


hipótese diagnóstica e para os diagnósticos diferenciais.
Exame (s) Solicitado (s) Achado (s)
Hipótese diagnóstica principal ULTRASSONOGRAFIA DE abscesso periapendicular ou
Apendicite Aguda ABDÔMEN E PELVE: Não aumento do apêndice ou
possui emissão de Raio x. bloqueio em fossa ilíaca
Permite direita.
estabelecer com sensibilidade
e especificidade relevantes o
diagnóstico diferencial das
condições envolvidas.
fecalito ou apagamento do
RADIOGRAFIA SIMPLES psoas ou escoliose antálgica
ou alça sentinela

achados possíveis: fecalito em


TOMOGRAFIA DE ABDOMEN FID,
liquido periapaendicular,
espessamento do apêndice

Diagnóstico Diferencial 1 Ultrasson sangue na cavidade ou


Gestação ectópica ou tópica transvaginal ou de implante do embrião fora da
pelvetransabdominal. cavidade uterina, ou prenhez
tópica

Diagnóstico Diferencial 2 ultrassonografia pélvica liquido livre na pelve,


Doenças tubo ovariana transvaginal ou abscesso pélvico, edema
transabdominal tubário ou abscesso tubo-
ovariano.

Sinais que devem ser investigados em um Abdome Agudo Inflamatório:


Aaron: Compressão de FID com dor referida em epigástrio.
Blumberg: Dor à descompressão brusca no ponto de McBurney.
Dunphy: Dor à tosse durante compressão da FID, ou dor à percussão da FID.
Lapinsky: Dor à compressão da FID com paciente elevando o membro inferior direito estendido.
Psoas: Paciente em decúbito lateral esquerdo, realizamos a extensão da coxa sobre o quadril
levando a dor abdominal.
Obturador: Dor à rotação interna do quadril direito flexionado.

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TEMA VI- Doença Inflamatória pélvica


6) Uma mulher com 26 anos de idade, profissional do sexo, é usuária de DIU de cobre há um
ano. Ela procura uma Unidade Básica de Saúde com queixa de dor abdominal em hipogástrio
associada a corrimento de odor fétido; nega febre. Relata que sua última menstruação
ocorreu há sete dias. Ao exame físico, verifica-se abdome doloroso à palpação profunda em
hipogástrio e ruídos hidroaéreos preservados; observa-se presença de conteúdo vaginal
bolhoso, amarelado, com odor fétido, útero de tamanho normal e anexos de tamanho normal,
dolorosos à palpação bilateralmente.

A) Indique a principal hipótese diagnóstica?


Doença Inflamatória Pélvica

B) Como deve ser feito o diagnóstico?


O diagnóstico é feito mediante Critérios e existem 3 tipos de critérios:
Critérios Maiores: Dor no abdome inferior; dor à mobilização do colo uterino; dor à
palpação dos anexos.

Critérios Menores: Temperatura axilar >37,5 °C; conteúdo vaginal ou secreção


endocervical anormal; massa pélvica; >5 leucócitos por campo de imersão em secreção
endocervical; leucocitose; proteína C reativa ou VHS elevada; comprovação laboratorial de
infecção pelo gonococo, clamídia ou micoplasma.

Critérios elaborados ou certeza: Histopatologia com evidência de endometrite;


ultrassonografia pélvica com presença de abscesso tubo-ovariano ou no fundo-de-saco de
Douglas; laparoscopia com evidências de DIP.

Confirmação. 3 maiores e 1 menor ou 1 elaborado.

C) Indique 3 possíveis etiologias desta condição.


Chlamydia trachomatis;
Neisseria gonorrhoeae;
Micoplasmas (Mycoplasma hominis, Mycoplasma genitalium)

Agentes secundários: Gardnerella vaginalis, Haemophilus influenzae

D) Mencione 3 diagnósticos diferenciais.


ITU;
Apendicite Aguda;
Gestação Ectópica;

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E) Explique detalhadamente como deve ser feito o tratamento da paciente em questão.

Manter o DIU da paciente;


Antibioticoterapia a nível ambulatorial com: doxiciclina 100 mg cada 12 horas V.O por 14
dias + Ceftriaxone 500 mg IM em dose única + Metronidazol 500 mg cada 12 horas por 14
dias.

Realizar orientações sobre a profissão da mesma ser de alto risco, indicando sempre o uso
de preservativos na relações;
Orientar a paciente quanto a possibilidade de adesão ao PrEP;

Tratar os parceiros dos últimos 2 meses: Sintomáticos ou não, devem ser tratados
empiricamente contra Neisseria gonohrroeae e Chlamydia trachomatis, com ceftriaxone
500mg IM + azitromicina 1g VO.

Realizar testes rápidos para IST’s

Solicitar Exames sorológicos para esta paciente, HIV, Sífilis e Hepatite.

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TEMA VII- Coqueluche


7) Você está em um pronto-socorro e realiza o atendimento de uma criança com 8 meses de
idade. A mãe refere que, há 20 dias, seu filho iniciou quadro de febre e tosse. A febre
melhorou depois de 2 dias, mas a tosse piorou. Ontem, ela levou o filho à Unidade de Saúde
da Família perto de sua casa. A médica solicitou exame de sangue e radiografia de tórax e
pediu que retornassem hoje para reavaliar a criança, junto com os exames. Mas a mãe
decidiu levar a criança ao pronto-socorro, pois seu filho apresenta dificuldade para respirar
por causa da tosse. Ao Exame físico: Sinais vitais: FC: 110 bpm; FR: 35 irpm; SatO2: 98%
(ar ambiente). Aparelho cardiovascular: RCR 2T, com bulhas normofonéticas, sem sopro.
Aparelho respiratório: sem esforço respiratório. Murmúrio vesicular fisiológico, sem ruídos
adventícios. Abdome: plano, normotenso, sem visceromegalias, não doloroso à palpação,
sem sinais de irritação peritoneal, ruídos hidroaéreos presentes e normais. Resultados do
Hemograma: Hemoglobina: 12 g/dL (valor de referência = 11 a 13 g/dL) Hematócrito: 38%
(valor de referência = 37% a 41%) Leucócitos: 40 mil/mm3 (valor de referência = 7 a 9
mil/mm3 ) Linfócitos: 80% (valor de referência = 10% a 20%)

A ausculta pulmonar nesse caso, pode ser normal, bem como a radiografia. Contudo existe um achado radiológico
que é típico nesses casos que o Infiltrado peri-hilar bilateral, chamado classicamente de “coração felpudo”,
“coração borrado” ou “coração franjado”

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A) Indique a principal hipótese diagnóstica e o agente causal.
Coqueluche; Bordetella Pertussis

B) Explique a forma de transmissão.


A transmissão é por gotículas e se inicia ainda fase inicial da doença (Fase Catarral) e
permanece por até 3 semanas da fase seguinte.

O isolamento do paciente deve ser feito até 5 dias de início do tratamento.

C) Indique o tratamento para essa patologia.


MACROLÍDEOS: Azitromicina, Claritromicina, Eritromicina;
Suporte de oxigenioterapia se apresentar Cianose

D) Indique como deve ser feita a profilaxia desta patologia e 1 ação de vigilância
epidemiológica.
Vacinação aos 2, 4 e 6 meses com a PENTAVALENTE
Reforço aos 15 meses e aos 4 anos com a DTP

Notificar o caso (SINAN)


Realizar busca ativa na região aonde está domiciliado o paciente;
Profilaxia para os contactantes; (Azitromicina ou Claritromicina)

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TEMA VIII- Sarampo


8) Um lactente com 9 meses de idade vem à consulta na Unidade Básica de Saúde (UBS) com
febre há seis dias, acompanhada de tosse, secreção seromucosa nasal, hiperemia e
secreção conjuntival intensa. Procurou a UBS no início dos sintomas, sendo diagnosticado
um quadro gripal. A mãe retorna para reavaliação, pois a febre não cessou e os sintomas
pioraram com o surgimento de manchas avermelhadas no rosto, que progrediram para o
tronco há um dia. Ao exame físico: bom estado geral, ativo, afebril, frequência cardíaca = 120
bpm, frequência respiratória = 40 irpm, auscultas pulmonar e cardíaca sem alterações. Boa
perfusão periférica. Otoscopia normal. Oroscopia com mucosa hiperemiada e pequenas
manchas brancas com halo eritematoso próximo aos pré-molares. Pele: exantema
maculopapular em tronco e face.

A) Indique a principal hipótese diagnóstica.


Sarampo

B) Explique como se dá a clínica clássica desta patologia e a qual ou quais são os sinais
patognomônicos.
A clínica clássica do Sarampo se baseia em: Febre alta, tosse, conjuntivite, coriza
abundante e fotofobia.
O exantema é do tipo maculopapular, inicia-se na região retroauricular e na linha
do cabelo, espalha para tronco e membros (progressão crânio-caudal) e, geralmente afeta
região região palmo-plantar.
Sinal Patognomônico: São as manchas de Koplik (Manchas esbranquiçadas na mucosa
oral, região oposta aos molares e geralmente antes do exantema)

C) Como deve ser feito o tratamento?


O tratamento é feito apenas com medidas de suporte e sintomáticos:
Paracetamol em gotas se febre
Vitamina A no dia do diagnóstico e 24 horas após, nas seguintes doses:
Menores de 6 meses – 50.000UI;
Entre 6 e 12 meses – 100.000 UI;
Maiores de 12 meses – 200.000UI.

Agente Causal: Paramixovírus- é um vírus RNA


Isolamento: Até 5 dias de início do exantema;
Transmissão: Contato direto, gotículas, secreções nasais, orais;
O vírus permanece no ar por até 2 horas após a pessoa infectada ter saído do local.
Complicações: A principal e mais comum são as Otites,
Pode ocorre Pneumonia; (Principal causa de óbito)
Panencefalite esclerosante subaguda

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“O propósito cura o processo”

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