Questões ENEM - Funções Da Linguagem

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ENEM: LISTA DE EXERCÍCIOS SOBRE FUNÇÕES DA LINGUAGEM


Com esta lista de exercícios, você testa seus conhecimentos sobre as funções da
linguagem, assunto sempre presente na prova de Linguagens do Enem.
Por Maria Beatriz

Questão 1

(Enem 2020 / Aplicação Digital)

CORRIGE CONFIRMA

PARATERUMASOCIEDADEJUSTA,
VOCÊPRECISAAPENASMOVERUMDEDO.
Nessaseleições,anulequalquertipodedúvidasobrecandidatos
oupropostas.Confirmeseusdireitosdecidadãoeinforme-se.
Nomêsdesetembro,vocêacompanharámatériassobre
adisputapelaPrefeituraeCâmaradeVereadores.
Nãodeixenadapassarembrancoevoteconsciente.

Disponível em: www.ricmais.com.br. Acesso em: 10 nov. 2011 (adaptado).

De acordo com as intenções comunicativas e os recursos linguísticos que se


destacam, determinadas funções são atribuídas à linguagem. A função que
predomina nesse texto é a conativa, uma vez que ele

a) atua sobre o interlocutor, procurando convencê-lo a realizar sua escolha de


maneira consciente.

b) coloca em evidência o canal de comunicação pelo uso das palavras “corrige” e


“confirma”.

c) privilegia o texto verbal, de base informativa, em detrimento do texto não


verbal.
d) usa a imagem como único recurso para interagir com o público a que se
destina.

e) evidencia as emoções do enunciador ao usar a imagem de uma criança.

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Questão 2

Aprenda a chamar a polícia

Eu tenho o sono muito leve, e numa noite dessas notei que havia alguém
andando sorrateiramente no quintal de casa. Levantei em silêncio e fiquei
acompanhando os leves ruídos que vinham lá de fora, até ver uma silhueta
passando pela janela do banheiro. Como minha casa era muito segura, com
grades nas janelas e trancas internas nas portas, não fiquei muito preocupado,
mas era claro que eu não ia deixar um ladrão ali, espiando tranquilamente. Liguei
baixinho para a polícia, informei a situação e o meu endereço. Perguntaram-me
se o ladrão estava armado ou se já estava no interior da casa. Esclareci que não e
disseram-me que não havia nenhuma viatura por perto para ajudar, mas que
iriam mandar alguém assim que fosse possível. Um minuto depois liguei de novo
e disse com a voz calma: — Oi, eu liguei há pouco porque tinha alguém no meu
quintal. Não precisa mais ter pressa. Eu já matei o ladrão com um tiro da
escopeta calibre 12, que tenho guardada em casa para estas situações. O tiro fez
um estrago danado no cara! Passados menos de três minutos, estavam na minha
rua cinco carros da polícia, um helicóptero, uma unidade do resgate, uma equipe
de TV e a turma dos direitos humanos, que não perderiam isso por nada neste
mundo. Eles prenderam o ladrão em flagrante, que ficava olhando tudo com cara
de assombrado. Talvez ele estivesse pensando que aquela era a casa do
Comandante da Polícia. No meio do tumulto, um tenente se aproximou de mim e
disse: — Pensei que tivesse dito que tinha matado o ladrão. Eu respondi: —
Pensei que tivesse dito que não havia nenhuma viatura disponível.

Luis Fernando Veríssimo

Disponível em: https://armazemdetexto.blogspot.com/2020/07/cronica-


aprenda-chamar-policia-luis.html. Acesso em: 22 jul. 2021.

Predomina nesse texto a função da linguagem que se constitui

a) na organização da mensagem a partir de critérios estéticos que objetivam


envolver os leitores na narrativa.

b) no retrato das distintas condutas assumidas pelo referente em situações


diversas.

c) no intento de se escrever uma crônica tendo como objeto referenciado a


própria crônica.

d) no uso de interjeições que destacam, no texto, o ato comunicacional.

e) no registro de uma experiência pessoal, sob uma visão parcial dos fatos.

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Questão 3

(Enem 2018)

Deficientes visuais já podem ir a algumas salas de cinema e teatros para curtir,


em maior intensidade, as atrações em cartaz. Quem ajuda na tarefa é o aplicativo
Whatscine, recém-chegado ao Brasil e disponível para os sistemas operacionais
iOS (Apple) ou Android (Google). Ao ser conectado à rede wi-fi de cinemas e
teatros, o app sincroniza um áudio que descreve o que ocorre na tela ou no
palco com o espetáculo em andamento: o usuário, então, pode ouvir a narração
em seu celular.

O programa foi desenvolvido por pesquisadores da Universidade Carlos III, em


Madri. “Na Espanha, 200 salas de cinema já oferecem o recurso e filmes de
grandes estúdios já são exibidos com o recurso do Whatscine!”, diz o brasileiro
Luis Mauch, que trouxe a tecnologia para o país. “No Brasil, já fechamos parceria
com a São Paulo Companhia de Dança para adaptar os espetáculos deles! Isso já
é um avanço. Concorda?”

Disponível em: http//veja.abril.com.br.


Acesso em: 25 jun. 2014 (adaptado).

Por ser múltipla e apresentar peculiaridades de acordo com a intenção do


emissor, a linguagem apresenta funções diferentes. Nesse fragmento,
predomina a função referencial da linguagem, porque há a presença de
elementos que

a) buscam convencer o leitor, incitando o uso do aplicativo.

b) definem o aplicativo, revelando o ponto de vista da autora.

c) evidenciam a subjetividade, explorando a entonação emotiva.

d) expõem dados sobre o aplicativo, usando linguagem denotativa.

e) objetivam manter um diálogo com o leitor, recorrendo a uma indagação.

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Questão 4

“Mesmo quando tudo parece desabar, cabe a mim decidir entre rir ou chorar, ir
ou ficar, desistir ou lutar, porque descobri, no caminho incerto da vida, que o mais
importante é o decidir.”
Cora Coralina

No texto, a função emotiva da linguagem pode ser identificada por meio da


característica indicada em

a) objetividade da informação transmitida, ausentando-se juízo de valor sobre o


tema.

b) emprego de formas verbais no pretérito, mantendo uma relação comparativa


entre o eu passado e o eu presente.

c) evidência do código reproduzido por meio dele próprio, esclarecendo o


assunto principal.

d) mensagem centrada no emissor, deixando claros seus anseios e suas


percepções sobre a própria vida.

e) presença de marcas de interlocução, legitimando o canal de comunicação.

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Questão 5

(Enem 2017)

TEXTO I

Fundamentam-se as regras da Gramática Normativa nas obras dos grandes


escritores, em cuja linguagem as classes ilustradas põem o seu ideal de
perfeição, porque nela é que se espelha o que o uso idiomático estabilizou e
consagrou.

LIMA, C. H. R. Gramática normativa da língua portuguesa, Rio de Janeiro José


Olympio, 1989

TEXTO II

Gosto de dizer. Direi melhor: gosto de palavrar. As palavras são para mim corpos
tocáveis, sereias visíveis, sensualidades incorporadas. Talvez porque a
sensualidade real não tem para mim interesse de nenhuma espécie — nem
sequer mental ou de sonho —, transmudou-se-me o desejo para aquilo que em
mim cria ritmos verbais, ou os escuta de outros. Estremeço se dizem bem. Tal
página de Fialho, tal página de Chateaubriand, fazem formigar toda a minha vida
em todas as veias, fazem-me raivar tremulamente quieto de um prazer
inatingível que estou tendo. Tal página, até, de Vieira, na sua fria perfeição de
engenharia sintáctica, me faz tremer como um ramo ao vento, num delírio
passivo de coisa movida.

PESSOA, F. O livro do desassossego. São Paulo: Brasiliense, 1986.

A linguagem cumpre diferentes funções no processo de comunicação. A função


que predomina nos textos I e II

a) destaca o “como” se elabora a mensagem, considerando-se a seleção,


combinação e sonoridade do texto.

b) coloca o foco no “com o que” se constrói a mensagem, sendo o código


utilizado o seu próprio objeto.

c) focaliza o “quem” produz a mensagem, mostrando seu posicionamento e suas


impressões pessoais.

d) orienta-se no “para quem” se dirige a mensagem, estimulando a mudança de


seu comportamento.

e) enfatiza sobre “o quê” versa a mensagem, apresentada com palavras precisas


e objetivas.

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Questão 6

Diálogo de todo dia

— Alô, quem fala?

— Ninguém. Quem fala é você que está perguntando quem fala.

— Mas eu preciso saber com quem estou falando.

— E eu preciso saber antes a quem estou respondendo.

— Assim não dá. Me faz o obséquio de dizer quem fala?

— Todo mundo fala, meu amigo, desde que não seja mudo.
— Isso eu sei, não precisava me dizer como novidade. Eu queria saber é quem
está no aparelho.

— Ah, sim. No aparelho não está ninguém.

— Como não está, se você está me respondendo?

— Eu estou fora do aparelho. Dentro do aparelho não cabe ninguém.

— Engraçadinho. Então, quem está fora do aparelho?

— Agora melhorou. Estou eu, para servi-lo.

— Não parece. Se fosse para me servir já teria dito quem está falando.

— Bem, nós dois estamos falando. Eu de cá, você de lá. E um não conhece o
outro.

— Se eu conhecesse não estava perguntando.

— Você é muito perguntador. Pois se fui eu que telefonei.

— Não perguntei nem vou perguntar. Não estou interessado em conhecer outras
pessoas.

— Mas podia estar interessado pelo menos em responder a quem telefonou.

— Estou respondendo.

— Pela última vez, cavalheiro, e em nome de Deus: quem fala?

— Pela última vez, e em nome da segurança, por que eu sou obrigado a dar esta
informação a um desconhecido?

— Bolas!

— Bolas digo eu. Bolas e carambolas. Por acaso você não pode dizer com quem
deseja falar, para eu lhe responder se essa pessoa está ou não aqui, mora ou não
mora neste endereço? Vamos, diga de uma vez por todas: com quem deseja
falar?

Silêncio.

— Vamos, diga: com quem deseja falar?

— Desculpe, a confusão é tanta que eu nem sei mais. Esqueci. Tchau.


ANDRADE, Carlos Drummond de. Diálogo de todo dia. In: Para gostar de ler
Júnior. v. 3. São Paulo: Ática, 2001. p. 21–22.

Na crônica de Carlos Drummond de Andrade, a confusão entre os falantes é


desencadeada por um trecho em que predomina a função da linguagem

a) conativa, pois pretende-se saber com quem se fala e, por isso, o emissor se
direciona ao receptor.

b) fática, pois a pergunta sobre quem fala inicia o diálogo ao abrir o canal de
comunicação.

c) poética, pois ressai a intenção de construir uma narrativa humorística a partir


de um jogo de linguagem.

d) fática, pois o autor vale-se de marcas de oralidade ao longo do diálogo, como


“Ah, sim”, “engraçadinho” e “bolas!”.

e) emotiva, pois emprega-se uma linguagem predominantemente figurativa, o


que atribui ao texto um caráter de intimidade.

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Questão 7

(Enem 2015)

Perder a tramontana

A expressão ideal para falar de desorientados e outras palavras de perder a


cabeça

É perder o norte, desorientar-se. Ao pé da letra, “perder a tramontana” significa


deixar de ver a estrela polar, em italiano stella tramontana, situada do outro lado
dos montes, que guiava os marinheiros antigos em suas viagens desbravadoras.

Deixar de ver a tramontana era sinônimo de desorientação. Sim, porque, para


eles, valia mais o céu estrelado que a terra. O Sul era região desconhecida,
imprevista; já o Norte tinha como referência no firmamento um ponto luminoso
conhecido como a estrela Polar, uma espécie de farol para os navegantes do
Mediterrâneo, sobretudo os genoveses e os venezianos. Na linguagem deles, ela
ficava transmontes, para além dos montes, os Alpes. Perdê-la de vista era perder
a tramontana, perder o Norte. No mundo de hoje, sujeito a tantas pressões, muita
gente não resiste a elas e entra em parafuso. Além de perder as estribeiras,
perde a tramontana...

COTRIM, M. Língua Portuguesa, n. 15, jan. 2007.

Nesse texto, o autor remonta às origens da expressão “perder a tramontana”. Ao


tratar do significado dessa expressão, utilizando a função referencial da
linguagem, o autor busca

a) apresentar seus indícios subjetivos.

b) convencer o leitor a utilizá-la.

c) expor dados reais de seu emprego.

d) explorar sua dimensão estética.

e) criticar sua origem conceitual.

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Questão 8

Soneto da fidelidade

Vinícius de Moraes

De tudo, ao meu amor serei atento antes


E com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento

Quero vivê-lo em cada vão momento


E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento

E assim quando mais tarde me procure


Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama

Eu possa lhe dizer do amor (que tive):


Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure

Disponível em: <https://www.letras.mus.br/vinicius-de-moraes/86563/>. Acesso


em: 22 jul. 2021.

No texto de Vinícius de Moraes, o poeta emprega figuras de linguagem como


um recurso de subjetividade da mensagem. Considerando essa característica, a
função da linguagem que predomina nesse poema é

a) emotiva, pois focaliza os sentimentos do emissor da mensagem e não


depende de um planejamento para a construção estrutural do texto.

b) conativa, pois direciona a mensagem ao receptor dela e busca tocá-lo


sentimentalmente.

c) fática, pois são recorrentes marcas de interlocução que revelam o caráter


dialógico do texto.

d) poética, pois a construção da mensagem tem como objetivo valorizar a


estética textual associada ao sentimentalismo do eu-lírico.

e) referencial, pois os verbos articulados na terceira pessoa permitem que o foco


recaia sobre o contexto de comunicação.

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Questão 9

(Enem 2020)

Vou-me embora p’ra Pasárgada foi o poema de mais longa gestação em toda a
minha obra. Vi pela primeira vez esse nome Pasárgada quando tinha os meus
dezesseis anos e foi num autor grego. [...] Esse nome de Pasárgada, que significa
“campo dos persas” ou “tesouro dos persas”, suscitou na minha imaginação uma
paisagem fabulosa, um país de delícias, como o de L’invitation au Voyage, de
Baudelaire. Mais de vinte anos depois, quando eu morava só na minha casa da
Rua do Curvelo, num momento de fundo desânimo, da mais aguda sensação de
tudo o que eu não tinha feito em minha vida por motivo da doença, saltou-me de
súbito do subconsciente este grito estapafúrdio: “Vou-me embora p’ra
Pasárgada!”. Senti na redondilha a primeira célula de um poema, e tentei realizá-
lo, mas fracassei. Alguns anos depois, em idênticas circunstâncias de desalento
e tédio, me ocorreu o mesmo desabafo de evasão da “vida besta”. Desta vez o
poema saiu sem esforço como se já estivesse pronto dentro de mim. Gosto
desse poema porque vejo nele, em escorço, toda a minha vida; [...] Não sou
arquiteto, como meu pai desejava, não fiz nenhuma casa, mas reconstruí e “não
de uma forma imperfeita neste mundo de aparências”, uma cidade ilustre, que
hoje não é mais a Pasárgada de Ciro, e sim a “minha” Pasárgada.

BANDEIRA, M. Itinerário de Pasárgada. Rio de Janeiro: Nova Fronteira; Brasília:


INL, 1984.

Os processos de interação comunicativa preveem a presença ativa de múltiplos


elementos da comunicação, entre os quais se destacam as funções da
linguagem. Nesse fragmento, a função da linguagem predominante é a

a) emotiva, porque o poeta expõe os sentimentos de angústia que o levaram à


criação poética.

b) referencial, porque o texto informa sobre a origem do nome empregado em


um famoso poema de Bandeira.

c) metalinguística, porque o poeta tece comentários sobre a gênese e o


processo de escrita de um de seus poemas.

d) poética, porque o texto aborda os elementos estéticos de um dos poemas


mais conhecidos de Bandeira.

e) apelativa, porque o poeta tenta convencer os leitores sobre sua dificuldade de


compor um poema.

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Questão 10
Disponível em: <https://www.comunique9.com.br/2008/09/coma-este-
anncio_22.html>. Acesso em 22 jul. 2021.

A agência Loducca criou um anúncio comestível para divulgar a pesquisa Dossiê


Universo Jovem da MTV. A proposta é ser um anúncio autossustentável, já que o
tema da pesquisa é sustentabilidade. Considerando suas finalidades
comunicativas, pode-se afirmar que o cartaz

a) alcança os interlocutores a partir de uma estratégia persuasiva centrada no


modo verbal.

b) utiliza o código como uma forma de estimular o consumo do produto


divulgado na publicidade.

c) foca nas intenções do emissor da mensagem para comunicar a importância da


sustentabilidade.

d) emprega a linguagem conotativa para despertar o interesse pelo assunto


divulgado.

e) mantém o compromisso com o caráter informativo da mensagem com


objetividade na apresentação do tema.

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Questão 11
DOEDERLEIN, J. O livro dos ressignificados. São Paulo: Parábola, 2017.

Nessa simulação de verbete de dicionário, não há a predominância da função


metalinguística da linguagem, como seria de se esperar. Identificam-se
elementos que subvertem o gênero por meio da incorporação marcante de
características da função

a) conativa, como em “(valeu, galera)!”.

b) referencial, como em “é festejar o próprio ser.”

c) poética, como em “é a felicidade fazendo visita.”

d) emotiva, como em “é quando eu esqueço o que não importa.”

e) fática, como em “é o dia que recebo o maior número de ligações no meu


celular.”

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Questão 12

TEXTO I

Somos brasileiros ou brasilianos?

Por 500 anos mentiram para nós. Esconderam um dado muito importante sobre
o Brasil. Disseram-nos que éramos brasileiros. Que éramos cidadãos brasileiros,
que deveríamos ajudar os outros, pagando impostos sem reclamar nem esperar
muito em troca. Esconderam todo esse tempo o fato de que o termo brasileiro
não é sinônimo de cidadania, e sim o nome de uma profissão. Brasileiro rima com
padeiro, pedreiro, ferreiro. Brasileiro era a profissão daqueles portugueses que
viajavam para o Brasil, ficavam alguns meses e voltavam com ouro, prata e pau-
brasil, tiravam tudo o que podiam, sem nada deixar em troca. Brasileiros não
veem o Brasil como uma nação, mas uma terra a ser explorada, o mais rápido
possível. Investir no país é considerado uma burrice. Constituir uma família e
mantê-la saudável, um atraso de vida. São esses brasileiros que viraram os
bandidos e salafrários de hoje, que sonham com uma boquinha pública ou
privada, que só querem tirar vantagem em tudo. Só que você, caro leitor, é um

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