As alterações na LINDBB e a contenção do ativismo

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TEORIA DO ESTADO E DO

DIREITO

Material didático
de autoria intelectual do
Prof. Maurício Gentil
AS ALTERAÇÕES NA LINDB
ea
CONTENÇÃO DO ATIVISMO JUDICIAL
e
DOS ÓRGÃOS DE CONTROLE
Lei nº 13.655, de 25 de abril de 2018

Inclui no Decreto-Lei nº 4.657, de 4 de setembro de


1942 (Lei de Introdução às Normas do Direito
Brasileiro), disposições sobre segurança jurídica e
eficiência na criação e na aplicação do direito
público.
Art. 20. Nas esferas administrativa, controladora e
judicial, não se decidirá com base em valores
jurídicos abstratos sem que sejam consideradas as
consequências práticas da decisão.
(Incluído pela Lei nº 13.655, de 2018)

Parágrafo único. A motivação demonstrará a


necessidade e a adequação da medida imposta ou
da invalidação de ato, contrato, ajuste, processo ou
norma administrativa, inclusive em face das
possíveis alternativas. (Incluído pela Lei nº
13.655, de 2018)
DECRETO Nº 9.830, DE 10 DE JUNHO DE 2019

Motivação e decisão baseadas em valores jurídicos abstratos

Art. 3º A decisão que se basear exclusivamente em valores jurídicos


abstratos observará o disposto no art. 2º e as consequências práticas da
decisão.

§ 1º Para fins do disposto neste Decreto, consideram-se valores


jurídicos abstratos aqueles previstos em normas jurídicas com alto
grau de indeterminação e abstração.

§ 2º Na indicação das consequências práticas da decisão, o decisor


apresentará apenas aquelas consequências práticas que, no exercício
diligente de sua atuação, consiga vislumbrar diante dos fatos e fundamentos
de mérito e jurídicos.

§ 3º A motivação demonstrará a necessidade e a adequação da medida


imposta, inclusive consideradas as possíveis alternativas e observados os
critérios de adequação, proporcionalidade e de razoabilidade.
Art. 21. A decisão que, nas esferas administrativa,
controladora ou judicial, decretar a invalidação de ato,
contrato, ajuste, processo ou norma administrativa
deverá indicar de modo expresso suas consequências
jurídicas e administrativas. (Incluído pela
Lei nº 13.655, de 2018)

Parágrafo único. A decisão a que se refere o caput deste


artigo deverá, quando for o caso, indicar as condições
para que a regularização ocorra de modo proporcional e
equânime e sem prejuízo aos interesses gerais, não se
podendo impor aos sujeitos atingidos ônus ou perdas
que, em função das peculiaridades do caso, sejam
anormais ou excessivos. (Incluído pela Lei
nº 13.655, de 2018)
Art. 22. Na interpretação de normas sobre gestão pública,
serão considerados os obstáculos e as dificuldades reais
do gestor e as exigências das políticas públicas a seu
cargo, sem prejuízo dos direitos dos administrados.

§ 1º Em decisão sobre regularidade de conduta ou validade de


ato, contrato, ajuste, processo ou norma administrativa, serão
consideradas as circunstâncias práticas que houverem imposto,
limitado ou condicionado a ação do agente.
(Incluído pela Lei nº 13.655, de 2018)

§ 2º Na aplicação de sanções, serão consideradas a natureza e a


gravidade da infração cometida, os danos que dela provierem
para a administração pública, as circunstâncias agravantes ou
atenuantes e os antecedentes do agente. (Incluído
pela Lei nº 13.655, de 2018)

§ 3º As sanções aplicadas ao agente serão levadas em conta na


dosimetria das demais sanções de mesma natureza e relativas ao
mesmo fato. (Incluído pela Lei nº 13.655, de 2018)
Art. 23. A decisão administrativa, controladora ou judicial que
estabelecer interpretação ou orientação nova sobre norma de
conteúdo indeterminado, impondo novo dever ou novo
condicionamento de direito, deverá prever regime de transição
quando indispensável para que o novo dever ou
condicionamento de direito seja cumprido de modo
proporcional, equânime e eficiente e sem prejuízo aos
interesses gerais.

Parágrafo único. (VETADO). (Incluído pela Lei nº


13.655, de 2018)
Art. 24. A revisão, nas esferas administrativa, controladora
ou judicial, quanto à validade de ato, contrato, ajuste,
processo ou norma administrativa cuja produção já se houver
completado levará em conta as orientações gerais da época,
sendo vedado que, com base em mudança posterior de
orientação geral, se declarem inválidas situações
plenamente constituídas. (Incluído pela Lei nº
13.655, de 2018)

Parágrafo único. Consideram-se orientações gerais as


interpretações e especificações contidas em atos públicos de
caráter geral ou em jurisprudência judicial ou administrativa
majoritária, e ainda as adotadas por prática administrativa
reiterada e de amplo conhecimento público.
(Incluído pela Lei nº 13.655, de 2018)
Art. 26. Para eliminar irregularidade, incerteza jurídica ou situação
contenciosa na aplicação do direito público, inclusive no caso de expedição
de licença, a autoridade administrativa poderá, após oitiva do órgão jurídico
e, quando for o caso, após realização de consulta pública, e presentes
razões de relevante interesse geral, celebrar compromisso com os
interessados, observada a legislação aplicável, o qual só produzirá efeitos a
partir de sua publicação oficial. (Incluído pela Lei nº 13.655, de
2018)
§ 1º O compromisso referido no caput deste artigo: (Incluído
pela Lei nº 13.655, de 2018)
I - buscará solução jurídica proporcional, equânime, eficiente e compatível
com os interesses gerais; (Incluído pela Lei nº 13.655, de
2018)
II – (VETADO);
III - não poderá conferir desoneração permanente de dever ou
condicionamento de direito reconhecidos por orientação geral; (Incluído
pela Lei nº 13.655, de 2018)
IV - deverá prever com clareza as obrigações das partes, o prazo para seu
cumprimento e as sanções aplicáveis em caso de descumprimento.
(Incluído pela Lei nº 13.655, de 2018)
§ 2º (VETADO).
A Lei nº 13.655, de 25 de abril de 2018
na
JURISPRUDÊNCIA
do STF
CONCESSÃO DE EFEITO SUSPENSIVO A RECURSO
EXTRAORDINÁRIO. “AUXÍLIO-ACOMPANHANTE”. ART. 45 DA LEI N.º
8.213/1991. APLICAÇÃO DIRETA DE NORMAS CONSTITUCIONAIS.
FUMUS BONI IURIS QUANTO À ADMISSÃO DO RECURSO
EXTRAORDINÁRIO. PERICULUM IN MORA CONFIGURADO. RISCO DE
IMPACTO BILIONÁRIO SOBRE AS CONTAS PÚBLICAS. SUSPENSÃO DE
TODOS OS PROCESSOS QUE VERSEM SOBRE O TEMA EM
TERRITÓRIO NACIONAL. POSSIBILIDADE. ARTS. 1.029, § 5º, I,
1.035, § 5º, 301 e 932, II, DO CPC/2015. AGRAVO REGIMENTAL
PROVIDO.
1. O Art. 20 da Lei de Introdução às Normas do Direito
Brasileiro (incluído pela Lei n.º 13.655/2018) dispõe,
verbis: “Nas esferas administrativa, controladora e
judicial, não se decidirá com base em valores jurídicos
abstratos sem que sejam consideradas as consequências
práticas da decisão”.
2. 2. O Magistrado tem o dever de examinar as
consequências imediatas e sistêmicas que o seu
pronunciamento irá produzir na realidade social,
porquanto, ao exercer seu poder de decisão nos casos
concretos com os quais se depara, os Juízes alocam
recursos escassos. Doutrina: POSNER, Richard. Law,
Pragmatism and Democracy. Cambridge: Harvard
University Press, 2003, p. 60-64
3. A segurança jurídica prevista no Código de Processo Civil de
2015, representa o cânone que consagra diversos mecanismos
para o sobrestamento de causas similares com vistas à
aplicação de orientação uniforme em todos eles (art. 1.035, §
5º; art. 1.036, § 1º; art. 1.037, II; art. 982, § 3º), juntamente
com a estabilização da jurisprudência, a isonomia e a
economia processual.

4. A doutrina sobre o tema assevera que, verbis: “trata-se de


uma preocupação central do Código, cujo art. 926 impõe aos
Tribunais a uniformização de sua jurisprudência para mantê-la
estável, íntegra e coerente. Repise-se que a segurança jurídica
quanto ao entendimento dos Tribunais pauta não apenas a
atuação dos órgãos hierarquicamente inferiores, mas também
o comportamento extraprocessual de pessoas envolvidas em
controvérsias cuja solução já foi pacificada pela
jurisprudência.” (FUX, Luiz; BODART, Bruno. Notas sobre o
princípio da motivação e a uniformização da jurisprudência no
novo Código de Processo Civil à luz da análise econômica do
Direito. In: Revista de Processo, v. 269, jun. 2017, pp. 421-
432).
5. O julgamento dos embargos de declaração opostos em
face de acórdão do Superior Tribunal de Justiça no bojo
de Recurso autoriza a remessa dos autos ao Supremo
Tribunal Federal para apreciação do Recurso
Extraordinário, na forma do art. 1.031, § 1º, do
CPC/2015.

6. O efeito suspensivo conferível ao Recurso


Extraordinário pode envolver a antecipação da eficácia de
todos os consectários processuais de seu processamento,
inclusive a suspensão do processamento de todos os
processos pendentes, individuais ou coletivos, que
versem sobre a questão e tramitem no território nacional
(art. 1.035, § 5º, do CPC/2015), no exercício judicial do
poder geral de cautela (arts. 301, in fine, e 932, II, do
CPC/2015).
7. In casu: (i) os acórdãos do Superior Tribunal de Justiça e do
Tribunal Regional Federal da 4ª Região invocaram os princípios
constitucionais da dignidade da pessoa humana (art. 1º, III,
CRFB) e da isonomia (art. 5º, caput, CRFB), bem como os
direitos sociais (art. 6º CRFB), para estender o adicional de
assistência permanente previsto no art. 45 da Lei nº 8.213/91
a beneficiários diversos dos aposentados por invalidez,
indicando o fumus boni iuris quanto à admissão do Recurso
Extraordinário; (ii) o risco de lesão grave a ser afastado com a
suspensão dos processos que versem sobre a controvérsia
debatida nos autos consiste no impacto bilionário causado aos
já combalidos cofres públicos.

8. Agravo Regimental a que se dá provimento, na forma do


art. 1.021, § 2º, do CPC/2015, para suspender todos os
processos, individuais ou coletivos, em qualquer fase e em
todo o território nacional, que versem sobre a extensão do
"auxílio-acompanhante", previsto no art. 45 da Lei n.º
8.213/1991 para os segurados aposentados por invalidez, às
demais espécies de aposentadoria do Regime Geral da
Previdência Social.
Decisão

A Turma, por unanimidade, deu provimento ao agravo


regimental, na forma art. 1.021, § 2º, do CPC/2015, para
suspender todos os processos, individuais ou coletivos, em
qualquer fase e em todo o território nacional, que versem
sobre a extensão do auxílio acompanhante, previsto no art. 45
da Lei nº. 8.213/1991 para os segurados aposentados por
invalidez, às demais espécies de aposentadoria do Regime
Geral da Previdência Social, nos termos do voto do Relator.
Falou o Dr. Vitor Fernando Gonçalves Córdola, Procurador do
Instituto Nacional do Seguro Social, pelo Agravante.
Presidência do Ministro Luiz

(Pet 8002 AgR - Órgão julgador: Primeira Turma - Relator(a):


Min. LUIZ FUX - Julgamento: 12/03/2019 - Publicação:
01/08/2019)
AÇÃO CÍVEL ORIGINÁRIA. FLUXO MIGRATÓRIO MASSIVO DE
REFUGIADOS DA VENEZUELA. CONFLITO FEDERATIVO.
PRETENSÃO DE REFORÇO NAS MEDIDAS ADMINISTRATIVAS.
NAS ÁREAS DE CONTROLE POLICIAL, SAÚDE E VIGILÂNCIA
SANITÁRIA NA FRONTEIRA. ACORDO REALIZADO E
HOMOLOGADO. PEDIDO DE FECHAMENTO DA FRONTEIRA OU
LIMITAÇÃO DE INGRESSO DOS VENEZUELANOS.
INDEFERIMENTO. PEDIDO INCIDENTAL DA UNIÃO PARA
SUSPENSÃO DE DECRETO ESTADUAL RESTRITIVO AOS
IMIGRANTES. SUPERVENIENTE REVOGAÇÃO. PREJUDICADO.
PEDIDO DE CONDENAÇÃO DA UNIÃO A APORTAR RECURSOS
ADICIONAIS PARA SUPRIR CUSTOS DO ESTADO COM
SERVIÇOS PÚBLICOS AOS IMIGRANTES. POLÍTICA
MIGRATÓRIA. COMPETÊNCIA DA UNIÃO. ÔNUS
DESPROPORCIONAL DO ESTADO DE RORAIMA DECORRENTE
DO AUMENTO POPULACIONAL PARA PRESTAÇÃO DOS
SERVIÇOS PÚBLICOS. FEDERALISMO COOPERATIVO.
COOPERAÇÃO OBRIGATÓRIA. SOLIDARIEDADE.
ARBITRAMENTO PROPORCIONAL EM METADE DA QUANTIA
VINDICADA. AÇÃO JULGADA PARCIALMENTE PROCEDENTE.
[...]
II. Pedido de fechamento temporário da fronteira entre
Brasil e Venezuela ou limitação do ingresso de
venezuelanos no Brasil. Indeferimento. No marco do
Estado democrático de direito, as opções disponíveis à
solução de crises restringem-se àquelas compatíveis com
os padrões constitucionais e internacionais de garantia da
prevalência dos direitos humanos fundamentais.
Pretensão que contraria o disposto nos arts. 4º, II e IX, e
5º, LIV, da Constituição da República, no art. 45,
parágrafo único, da Lei nº 13.445/2017 e no artigo XVIII
do Acordo sobre Cooperação Sanitária Fronteiriça entre o
Governo da República Federativa do Brasil e o Governo da
República da Venezuela. Pedido rejeitado.
IV. Pedido de aportes adicionais da União para suprir o aumento de
gastos do Estado com os imigrantes.
1. Na hipótese, o Estado de Roraima teve gastos extraordinários com
saúde, educação, segurança pública e assistência social em
decorrência do fluxo de imigrantes venezuelanos e há prova
suficiente nos autos.
2. O fluxo da imigração massiva é evento extraordinário,
imprevisível, excepcional, e seu impacto no Estado-autor decorre do
fato da posição geográfica de Roraima se mostrar atraente a facilitar
a entrada dos imigrantes ao Brasil.
3. O gasto extraordinário não resultou de qualquer fato imputável ao
Estado de Roraima, mas sim da necessária – decorrência do
cumprimento de tratados internacionais – abertura da fronteira, pelo
Estado brasileiro, para recepcionar refugiados venezuelanos.
4. O federalismo brasileiro é de base cooperativa, o que encontra
fundamento constitucional.
5. Nas matérias de que trata o art. 23 da CF o cooperativismo é
obrigatório, e não facultativo.
6. O princípio da solidariedade é constitucional e aplica-se nas
relações entre os entes federados.
7. O Estado de Roraima é pequeno em dimensão territorial e,
atualmente, também em renda, se comparado aos demais Estados
brasileiros, e menor ainda à luz da União, que tem mecanismos para
socorrer os entes federados em casos de anormalidade.
8. Há precedentes internacionais no sentido de o Estado Federal arcar
com parcela dos gastos com os refugiados.
9. Necessária a contribuição financeira da União nos gastos do
Estado de Roraima ante o incremento com os serviços públicos
prestados a refugiados.
10. Tal se justifica pelos princípios da razoabilidade, da
proporcionalidade e da solidariedade, e encontra fundamento na
Constituição da República desde seu preâmbulo e no conceito de
“união indissolúvel”, bem como no disposto no art. 3º, I e III, e,
especificamente, no obrigatório auxílio que decorre do federalismo
cooperativo e competências de que trata o art. 23, além dos arts. 30,
144, 196, 205, e seus incisos, todos da Constituição Federal.
11. A ausência de previsão normativa específica quanto ao grau de
comprometimento de cada ente federativo no que diz com as
matérias de competência comum no âmbito do federalismo
cooperativo, especialmente ante a falta da regulamentação de que
trata do parágrafo único do art. 23 da Constituição Federal, não
pode implicar ônus desproporcional ao Estado de Roraima.
12. Da Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro
(Decreto Lei nº 4.657/42), especialmente de seus artigos 4º,
21 e parágrafo único, 23 e 26, § 1º, I, extraem-se os vetores
voltados aos princípios da proporcionalidade e da equidade
como parâmetros para balizar uma solução que possa mais
aproximar a Justiça à hipótese.
13. A solução, considerando tratar-se de litígio em que se conclui
necessário um aumento do grau de participação contributiva por
parte da ré, à luz inclusive do exemplo internacional e também da
interpretação razoável e proporcional da cláusula da cooperação, é a
divisão destes custos adicionais em metade para cada parte. Pedido
acolhido em parte.
V. Ação Cível Originária julgada procedente em parte para
determinar à União a transferência de recursos adicionais
ao Estado de Roraima em quantia correspondente à
metade do vindicado pelo autor, conforme se apurar em
liquidação, observados como parâmetros máximos os
valores documentados nos autos, para assim suprir a
metade dos custos que vem suportando com a prestação
de serviços públicos aos imigrantes oriundos da
Venezuela, ou autorizar a compensação do débito.
Decisão: [...] julgar parcialmente procedente a ação para
determinar à União a imediata transferência de recursos
adicionais ao Estado de Roraima em quantia correspondente à
metade (cinquenta por cento) dos gastos cujo ressarcimento é
vindicado pelo autor, conforme se apurar em liquidação,
observados como parâmetros máximos os valores
documentados nos autos, para assim suprir a metade dos
custos que vem suportando com a prestação de serviços
públicos aos imigrantes oriundos da Venezuela, ou autorizar a
compensação do débito, nos termos do voto da Relatora,
vencidos os Ministros Alexandre de Moraes, Luiz Fux, Gilmar
Mendes e Dias Toffoli, que julgavam improcedente a ação, em
sessão virtual do Pleno de 2 a 9 de outubro de 2020, na
conformidade da ata do julgamento [ACO 3121 - Órgão
julgador: Tribunal Pleno - Relator(a): Min. ROSA WEBER -
Julgamento: 13/10/2020 - Publicação: 27/10/2020]

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