APELAÇÃO - TRIBUTÁRIO - ELLEN MIRANDA
APELAÇÃO - TRIBUTÁRIO - ELLEN MIRANDA
APELAÇÃO - TRIBUTÁRIO - ELLEN MIRANDA
RECURSO DE APELAÇÃO
SALVADOR
2022
DOUTO JUIZO DA 1ª VARA FEDERAL DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DO MOOT
BRASILEIRO
Autos de n° 15348-89.2020.4.06.0981
Requer, pois, o recebimento e envio ao TRF6 com as cautelas de estilo, bem como
a juntada da guia de custas e comprovante de pagamento anexos.
Nestes termos,
Pede deferimento.
LOCAL/UF, DATA.
ADVOGADO (A)
OAB/UF| 00.000
EGRÉGIO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 6ª REGIÃO
Processo nº 15348-89.2020.4.06.0981
RAZÕES DE APELAÇÃO
Nobres Julgadores,
Colenda turma,
Ora, a Apelante avalia que a decisão prolatada pelo r. Juízo deve ser reformada,
razão pela qual apresenta este recurso, a fim de lhe ser integralmente conferido o
pedido pleiteado na inicial.
II. DO MÉRITO
Para fins de aplicabilidade do imposto de renda, verifica-se que o fato gerador, nas
palavras de Hugo de Brito Machado, é a "aquisição da disponibilidade econômica ou
jurídica de renda, assim entendido o produto do capital, do trabalho ou da
combinação de ambos" (in Curso de Direito Tributário. 14ª ed. p. 226)
Assim, para que haja renda, deve haver um acréscimo patrimonial. Segue a mesma
linha a lição de José Artur Lima Gonçalves:
"A extensão dos termos "renda" e "proventos de qualquer
natureza" dá o contorno do que pode ser tributado e do que não
pode ser tributado a tal título. Na instituição do imposto, o legislador
ordinário não pode extrapolar a amplitude de tais conceitos, sob
pena de inconstitucionalidade. A renda é o acréscimo patrimonial
produto do capital ou do trabalho. Proventos são os acréscimos
patrimoniais decorrentes de uma atividade que já cessou.
"Acréscimo patrimonial", portanto, é o elemento comum e nuclear
dos conceitos de renda e de proventos, ressaltado pelo próprio art.
43 do CTN na definição do fato gerador de tal imposto." (PAULSEN,
Leandro. Curso de Direito Tributário Completo. 9.ed. SaraivaJur,
2018. Versão E-pub, Cap. XXIII/143)
O fato gerador do imposto de Renda das Pessoas Jurídicas (IRPJ) está indicado no
art. 43 do CTN, conforme indicado anteriomente, sendo a sua base de cálculo está
prevista no art. 219 do Decreto nº 3000/1999, sendo composta pelos acréscimos
patrimoniais dos contribuintes a partir da incorporação de riqueza ao patrimônio
existente:
Cabe expor, ainda, que a exigência da inclusão do lançamento IRPJ e da CSLL com
valores que não compreendem o exercício devido, desrespeita os princípios
Constitucionais da legalidade, da capacidade contributiva, e da vedação ao confisco.
Quanto à legalidade, disciplinada pelo art. 150, I da CF, tem-se a sua violação na
medida em que o ato administrativo de lançamento de débitos fiscais além do
exercício na base de cálculo do IRPJ e da CSLL configura aumento injustificado
análogo a uma nova contribuição, violando o art. 195, § 4º da CF, que determina que
o adequado meio seria a partir de lei complementar.
Como qualquer decisão administrativa pode ser revista e modificada pelo Poder
Judiciário, com fundamento no art. 5º, XXXV, da CF/88, ao garantir que a lei não
excluirá da apreciação do Poder Judiciário, no máximo podemos defender a decisão
definitiva como coisa julgada formal administrativa.
Nestes termos,
Local/data
ADVOGADO
OAB/UF XX.XXX