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Estruturas e dinâmicas organizacionais
Em saúde, consideram-se as organizações como sistemas complexos em constante
mudança, cujo foco deixou de ser a doença para passar a ser o utente. Assim, para prestar cuidados focados no indivíduo é imprescindível entendê-lo na sua globalidade, uma vez que a sua resposta à doença é influenciada pelas suas experiências de vida, necessidades e expectativas. O comportamento organizacional tem como objeto de estudo a influência de três determinantes do comportamento - indivíduos, grupos e estrutura organizacional. Estas possuem consequências sobre o comportamento dos indivíduos dentro das organizações, bem como a forma como este comportamento afeta o seu desempenho, visando melhorar a eficácia organizacional. A nível individual, os determinantes do comportamento auxiliam na perceção da adequação do trabalhador às normas e regras da empresa e possibilitam a identificação de características que afetam a produtividade e a qualidade do trabalho com base nos objetivos, interesses, motivações e valores do próprio indivíduo. A nível grupal, o foco do estudo consiste nas relações interpessoais, ou seja, no comportamento dos indivíduos enquanto grupo. Assim, destaca-se a relevância da comunicação, bem como da convivência e da tomada de decisão coletiva. É, ainda, importante notar que, dentro de uma organização, a equipa trabalha de modo a atingir um objetivo de interesse para a empresa, sendo essencial ultrapassar as divergências e os conflitos que possam existir entre os membros dessa equipa. Deste modo, a liderança e a confiança constituem pilares fundamentais ao bom funcionamento do grupo, bem como a existência de um ambiente de trabalho favorável que permite um melhor desempenho e, consequentemente, uma maior motivação para os indivíduos do grupo, elevando a taxa de sucesso do setor em causa e dos trabalhadores. A nível do sistema organizacional pretende-se captar os pontos fortes e fracos dos trabalhadores, com a finalidade de conceber um plano de desenvolvimento que respeite os valores da organização e os interesses do indivíduo. Para que tal seja possível, é imprescindível a existência de um ambiente benéfico para o desenvolvimento de uma conduta adequada. Então, a relação entre os diversos fatores mencionados é o resultado do esforço e dedicação dos trabalhadores, os quais promovem a produtividade da organização e a satisfação do próprio indivíduo e da restante equipa. Verifica-se, também, que trabalhadores satisfeitos revelam uma menor taxa de absenteísmo laboral (esquema circular). Como mencionámos anteriormente, para uma boa prática é imprescindível a existência de um ambiente favorável à mesma. Define-se ambiente da prática como o conjunto de características organizacionais que facilitam ou constrangem a prática profissional de Enfermagem, que engloba a qualidade dos cuidados, os ganhos na saúde e a redução dos custos. Um ambiente favorável à prática de cuidados caracteriza-se pela existência de um espaço de trabalho seguro, equipamentos e materiais suficientes, estratégias de promoção da formação contínua, programas de reconhecimento, compensação adequada dos profissionais de saúde, entre outros. Assim, num ambiente de prática de qualidade são supridas não só as necessidades dos enfermeiros, mas, também, as carências individuais de saúde dos utentes, atendendo às normas de custo e qualidade definidos pela instituição que presta os cuidados. Além das necessidades dos enfermeiros que devem ser cumpridas, os objetivos dos mesmos devem ser também atingidos.