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André Rocha, Equipe Jonas Vale, Jonas Vale Lara, Mara Queiroga Camisassa de Assis, Antonio Daud

Aula 21 - Profa. Mara Camisassa

Representação dos empregados: 4 titulares


2 suplentes

Representação do empregador: 4 titulares


2 suplentes

Total de membros: 8 titulares


4 suplentes

A tabela resumo a seguir apresenta, para cada grau de risco, a quantidade mínima de empregados a partir
da qual a CIPA deve ser constituída: (ótima dica para a prova!)

Quantidade de empregados no
Grau de risco estabelecimento a partir da qual a
CIPA deve ser constituída
1 81
2 51
3 20
4 20

A CIPA deve ser constituída por estabelecimento. Mas o que é estabelecimento?

Vamos buscar no Glossário da NR1 - Disposições Gerais e Gerenciamento de Riscos


Ocupacionais, o conceito de estabelecimento para fins de aplicação das normas
regulamentadoras:

Estabelecimento: local privado ou público, edificado ou não, móvel ou imóvel, próprio ou


de terceiros, onde a empresa ou a organização exerce suas atividades em caráter
temporário ou permanente.

A CIPA não poderá ter seu número de representantes reduzido nem poderá ser desativada pela
organização, antes do término do mandato de seus membros, ainda que haja redução do número de
empregados. A única exceção a esta regra é o caso de encerramento das atividades do estabelecimento.

6 – Nomeado da CIPA

Quando o estabelecimento não se enquadrar no Quadro I (ou seja, não há obrigatoriedade de constituir
a CIPA) e não for atendido por SESMT (conforme NR4), o empregador deverá nomear (atenção para o

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verbo nomear!) um dos seus empregados que será o responsável pelo cumprimento dos objetivos da
NR5. No caso de atendimento pelo SESMT, este deverá desempenhar as atribuições da CIPA.

Temos agora então, o nomeado da CIPA, chamado na redação anterior de designado da CIPA.

Vejam a redação do item 5.4.13:

5.4.13 Quando o estabelecimento não se enquadrar no disposto no Quadro I e não


for atendido por SESMT, nos termos da Norma Regulamentadora nº 4 (NR-4), a
organização nomeará um representante da organização entre seus empregados
para auxiliar na execução das ações de prevenção em segurança e saúde no
trabalho, podendo ser adotados mecanismos de participação dos empregados, por
meio de negociação coletiva.

A redação deste item 5.4.13 trouxe muitas novidades!! Vejamos:

✓ O nomeado deve ser um dos empregados do estabelecimento. Logo estagiários, prestadores de


serviço ou qualquer outra pessoa que não pertença ao quadro de empregados do
estabelecimento, não poderá ser nomeado como representante da organização.
✓ A organização estará obrigada a nomear seu representante caso as duas condições a seguir sejam
atendidas:
• O estabelecimento está desobrigado de constituir a CIPA; e
• O estabelecimento não é atendido por SESMT 6.

✓ O objetivo do representante é colaborar nas ações de prevenção em SST;


✓ Também é possível a participação dos empregados nestas ações, cujos mecanismos devem ser
definidos por meio de negociação coletiva;
✓ A NR5 não exige que o empregado designado tenha qualquer formação na área de Segurança e
Saúde no Trabalho.

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Porém, caso o estabelecimento seja atendido por SESMT centralizado (aquele que atende a vários estabelecimentos de uma
mesma organização) e não se enquadre no Quadro I da NR5 (ou seja, não é obrigado a constituir a CIPA), então neste caso, o
empregador não será obrigado a nomear representante para este estabelecimento, pois já é atendido pelo SESMT, ainda que
centralizado. E neste caso, o SESMT deverá desempenhar as atribuições da CIPA.

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A nomeação do empregado como representante da organização e


sua forma de atuação devem ser formalizadas anualmente pela
organização. Esta nomeação não impede o seu ingresso na CIPA,
quando da sua constituição, seja como representante do
empregador ou como dos empregados.

Veremos que a norma determina que também este empregado, para exercer tal função, deverá ser
submetido ao mesmo treinamento dos membros da CIPA.

Outro ponto a destacar é que o empregado nomeado não tem estabilidade, como têm os membros
eleitos, representantes dos empregados. Estudaremos a estabilidade mais adiante.

O período de duração da nomeação fica a critério do empregador.

7 – Atribuições dos membros

A CIPA tem as seguintes atribuições (atenção para os verbos em destaque!)

a) acompanhar o processo de identificação de perigos e avaliação de riscos, bem como a adoção de


medidas de prevenção implementadas pela organização;

O processo de identificação de perigos, avaliação de riscos e respectiva adoção das medidas


de prevenção é parte integrante da elaboração e implementação do PGR - Programa de
Gerenciamento de Riscos. Cabe á CIPA o acompanhamento destas ações, podendo, claro dar
sugestões de forma a ter uma participação ativa neste processo.

b) registrar a percepção dos riscos dos trabalhadores, em conformidade com o subitem 1.5.3.3 da NR-1,
por meio do mapa de risco ou outra técnica ou ferramenta apropriada à sua escolha, sem ordem de
preferência, com assessoria do Serviço Especializado em Segurança e em Medicina do Trabalho - SESMT,
onde houver;

Segundo o item 1.5.3.3 da NR1, a organização deve adotar mecanismos para consultar os
trabalhadores quanto à percepção de riscos ocupacionais, podendo para este fim ser adotadas
as manifestações da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA, quando houver; [...].
E agora a nova redação da NR5 vem complementar o item 1.5.3.3 da NR1, determinando como
uma das atribuições da CIPA o registro desta percepção por meio de ferramentas que a própria

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Comissão escolher. Dentre estas ferramentas está o Mapa de Riscos 7, que é um registro
qualitativo (e coletivo) da percepção dos trabalhadores com relação aos riscos ocupacionais.
Outras ferramentas poderão ser utilizadas, a critério da comissão.

d) elaborar e acompanhar plano de trabalho que possibilite a ação preventiva em segurança e saúde no
trabalho;

Os trabalhos da CIPA devem ser baseados em um Plano de Trabalho no qual conste as ações
que a comissão pretende realizar durante o mandato. Vejam que a norma exige não somente
a elaboração, mas também o acompanhamento das ações deste plano. O acompanhamento
pode ocorrer pela avaliação do cumprimento das ações e/ou metas fixadas em seu plano de
trabalho.

e) participar no desenvolvimento e implementação de programas relacionados à segurança e saúde no


trabalho;

Sabemos que não é exigido que os membros da CIPA tenham capacitação na área de SST. Mas
claro que é importante sua participação no desenvolvimento e implementação dos programas
relacionados a SST, como o PGR, o PCSMO e outros que venham a ser elaborados e
implementados na organização como o PPR - Programa de Proteção Respiratória, o PCA -
Programa de Conservação Auditiva e outros aplicáveis à atividade da organização.

f) acompanhar a análise dos acidentes e doenças relacionadas ao trabalho, nos termos da NR-1, e propor,
quando for o caso, medidas para a solução dos problemas identificados;

A análise de acidentes e respectivas causas é responsabilidade da organização. Esta é uma


análise técnica que busca identificar os fatores causais, inclusive organizacionais, que levaram
à ocorrência do acidente. O acompanhamento desta análise pelos membros da CIPA é muito
importante, pois os membros podem inclusive ajudar na elucidação das causas do evento.

g) requisitar à organização as informações sobre questões relacionadas à segurança e saúde dos


trabalhadores, incluindo as Comunicações de Acidente de Trabalho - CAT emitidas pela organização,
resguardados o sigilo médico e as informações pessoais;

7
O art. 4 da Portaria 422/21 (Portaria que aprovou a redação da nova NR5) revogou o art. 2º da Portaria SSST nº 25, de 29 de
dezembro de 1994. E esta portaria nº 25/94 é que obrigava a elaboração do Mapa de Riscos! Então, a partir da vigência da
nova NR5, em 03 de janeiro de 2022, a elaboração do Mapa de Riscos não será mais obrigatória. Passará a ser uma opção. E
assim também fica revogada a fatídica tabela onde constava (erroneamente) umidade como risco físico!!

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h) propor ao SESMT, quando houver, ou à organização, a análise das condições ou situações de trabalho
nas quais considere haver risco grave e iminente à segurança e saúde dos trabalhadores e, se for o caso,
a interrupção das atividades até a adoção das medidas corretivas e de controle; e

Muito importante que sejam atendidas as solicitações da CIPA para análise das condições ou
situações de trabalho nas quais considere haver risco grave e iminente, incluindo a solicitação
de interrupção das atividades, pois os trabalhadores do "chão de fábrica" é que vivenciam de
perto os riscos nas atividades.

i) promover, anualmente, em conjunto com o SESMT, onde houver, a Semana Interna de Prevenção de
Acidentes do Trabalho - SIPAT, conforme programação definida pela CIPA.

A SIPAT é um evento temático anual, cuja programação deve abordar conteúdos na área de
SST. A programação deve ser definida pela Comissão. Se houver SESMT constituído no
estabelecimento, poderá ajudar na realização do evento.

Semana Interna de
CIPA promove Em conjunto com o
Prevenção de
anualmente SESMT, onde houver
Acidentes – SIPAT

j) incluir temas referentes à prevenção e ao combate ao assédio sexual e a outras formas de violência no
trabalho nas suas atividades e práticas.

8 – Responsabilidades da Organização

A organização deve proporcionar aos membros da CIPA os meios necessários ao desempenho de suas
atribuições, garantindo tempo suficiente para a realização das tarefas constantes no plano de trabalho.
Por exemplo, garantindo que nos dias das reuniões ordinárias não seja atribuído aos membros da
comissão nenhuma atividade que impeça sua participação.

Uma das novidades da redação é que a organização também deve permitir a colaboração dos
trabalhadores nas ações da CIPA. Ou seja, a atuação da Comissão deve estar em parceria com os
empregados do estabelecimento.

O empregador também deve fornecer à CIPA, quando requisitadas, as informações relacionadas às suas
atribuições.

É vedada à organização, em relação ao integrante eleito da CIPA:

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