Projeto - Mediação e Aprendizagem

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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

CENTRO DE EDUCAÇÃO
BACHARELADO EM PSICOPEDAGOGIA

Daniel Gonzales da Silva

MEDIAÇÃO E APRENDIZAGEM

João Pessoa-PB
Outubro/2010
Daniel Gonzales da Silva

MEDIAÇÃO E APRENDIZAGEM

Trabalho apresentado como requisito de avaliação


do componente curricular “Seminário Temático
I”, ministrado pela Profa. Dra. Mônica Palitot, no
curso de Bacharelado em Psicopedagogia da
UFPB.

João Pessoa-PB
Outubro/2010
SUMÁRIO

1 JUSTIFICATIVA....................................................................................................................3
2 OBJETIVOS............................................................................................................................4
Objetivo geral..........................................................................................................................4
Objetivos específicos..............................................................................................................4
3 MARCO TEÓRICO.................................................................................................................5
4 METODOLOGIA....................................................................................................................7
5 CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO DAS ETAPAS DO PROJETO......................................9
REFERÊNCIAS........................................................................................................................10
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1 JUSTIFICATIVA

A necessidade de estudar e analisar a mediação da aprendizagem no processo de


construção do conhecimento surge da uma concepção histórico cultura, da qual tem o seu
iminente representante o psicólogo por formação e psicopedagogo por prática laborativa, Lev
Vygotsky. Entendendo, este, processo de ensino-aprendizagem como uma relação dialógica
que se constrói ao longo do tempo de acordo com a experiência vivenciada individualmente.
Necessário salientar que além de Vygotsky, outros avatares da história da educação
compartilham desse mesmo pensar, como por exemplo, Paulo Freire, Reaven Feurstein, entre
outros.
Pretendemos constatar nessa pesquisa a influência que o mediador da aprendizagem,
no caso o professor, exerce perante a formação técnica, moral e intelectual do indivíduo em
processo de construção do conhecimento, norteando, muitas vezes de maneira irreversível o
comportamento do aprendente em questão. Com isso, deseja-se estabelecer uma auto-reflexão
do ato de ensinar no indivíduo mediador, buscando o desenvolvimento de uma educação que
efetue, através de atividades práticas, a emancipação/libertação do indivíduo
(FREIRE,XXXX).
Por ser uma ciência charneira e transdisciplinar, a Psicopedagogia, emprestando seu
olhar multidimensional, será base para a análise da problemática da mediação da
aprendizagem. Apresentando soluções e prestando serviços especializados, interferindo com
ações coordenadas, a fim de propiciar transformações metodológicas e adequações
necessárias a uma nova realidade que favoreça a superação das dificuldades de aprendizagem,
interesse no conteúdo, redução significativa da evasão escolar e, o mais importante, a
construção da autonomia através do diálogo crítico para modificar a realidade que o rodeia.
Assim, pretendemos contribuir de forma significativa no sentido de favorecer,
positivamente, a construção de uma prática educativa embasada nos princípios de autonomia
crítica e, assim promover cada vez mais o ser integral, compreendendo-o em sua completude.
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2 OBJETIVOS

Objetivo geral

Analisar as questões éticas frente à educação e suas relações com a psicopedagogia na


busca por uma educação de qualidade e socialmente democrática.

Objetivos específicos

 Refletir a atuação pedagógica do professor frente à ética na educação;

 Levantar informações acerca das posturas não éticas que comprometem a busca por
uma educação de qualidade e socialmente democrática;

 Identificar a importância da atuação do psicopedagogo diante das questões éticas na


busca por uma educação de qualidade.
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3 MARCO TEÓRICO

Compreendendo o homem como um ser que se desenvolve a partir de suas relações


com o outro, em seu convívio social, poderíamos entender a educação como um conjunto de
saberes, normas, instrumentos, ou mesmo um processo, que moldam o homem em suas
relações sociais. Para Kant (1993, p. 69 apud RODRIGUES, 2001, p. 240), “o homem é a
única criatura que precisa ser educada”. Ainda RODRIGUES (2001) diz:

O ato de formar o ser humano se dá em dois planos distintos e


complementares: um de fora para dentro e outro, de dentro para fora. Pelo
primeiro, ele “precisa ser educado” por uma ação que lhe é externa, de modo
similar à ação dos escultores que tomam uma matéria informe qualquer, uma
madeira, uma pedra, ou um pedaço de mármore, e criam a partir dela um
outro ser. Assim como não se deve esperar que um objeto escultural apareça
de modo espontâneo, também não se deve esperar que o ser humano seja
fruto de um processo de auto-criação. (RODRIGUES, 2001, p. 240)

Não se deve, no entanto, entender essa educação como processo de manipulação,


desprezando-se a autonomia do sujeito, mas como um caminho para que esse ser autônomo
viva em harmonia com os outros seres, igualmente autônomos. Aliás, a libertação do homem
enquanto sujeito deve ser o princípio fundamental da educação. Para Freire (2001, p. 51-52):

Uma das grandes, se não a maior, tragédia do homem moderno, está em que
é hoje dominado (…) e por isso vem renunciando cada vez, sem o saber, à
sua capacidade de decidir. Vem sendo expulso da órbita das decisões. As
tarefas de seu tempo não são captadas pelo homem simples, mas a ele
apresentadas por uma “elite” que as interpreta e lhas entrega em forma de
receita, de prescrição a ser seguida. [Assim] afoga-se no anonimato
nivelador da massificação, (…) domesticado e acomodado: já não é sujeito.
Rebaixa-se a puro objeto. Coisifica-se.

Dessa forma, entendendo-se a educação como instrumento de harmonização dos seres


humanos, ao mesmo tempo libertadora, não se pode pensar em educação sem se falar em
mediação do conhecimento, entendida assim:

Quando mediada, a criança (indivíduo aprendente), grifo meu – aprende a


fazer mais coisas do que quando não mediada. A natureza dessa ajuda que
caracteriza a mediação torna-se uma dimensão principal na reflexão
pedagógica. A zona de desenvolvimento proximal define, portanto, a zona de
aprendizagem de um indivíduo, de modo que a aprendizagem torna-se um
momento constitutivo essencial do desenvolvimento.
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A partir desses pressupostos, o processo de mediação da aprendizagem será um liame


que irá locupletar o processo educativo, com o objetivo primordial de emancipar o sujeito
aprendente, tornando-o autônomo, capaz de produzir novos saberes diante o infinito processo
da construção do saber.
Nesse contexto, o psicopedagogo é o profissional que irá auxiliar na elaboração e
implementação de estratégias educacionais que facilitem o processo ensino-aprendizagem a
partir dessa visão ampla do ser humano enquanto ser aprendente socializado e mediatizado,
inserido em contextos mil.
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4 METODOLOGIA

O presente trabalho será realizado através de pesquisa social que possa integrar as
abordagens qualitativas e quantitativa, para que haja compreensão das informações
pesquisadas.
A abordagem qualitativa permitirá melhor compreensão e interpretação dos dados; a
quantitativa favorecerá a confirmação estatística.
Entender a realidade a ser investigada na instituição auxiliará na busca por uma
qualificação e socialização democrática da educação.
A escolha do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba (IFPB),
Campus João Pessoa, como campo de pesquisa deu-se por situar-se em local favorável ao
acesso dos pesquisadores, bem como pela diversidade sociocultural do corpo docente e
discente.
Será feita exposição do processo da coleta, registro e análise dos dados para assim
obter consentimento da instituição, bem como da equipe pedagógica para a realização da
pesquisa.
A partir da concepção sobre a ética, como ela é trabalhada pelo professor em sala de
aula? De posse disso será também avaliada a concepção discente.
Para obtenção dos dados será aplicado formulário entre professores e alunos das
turmas concluintes do Curso Técnico Integrado de Edificações. Com um universo de 160
alunos e 32 professores, será considerada uma amostra de 40 alunos e 10 professores, por
sugestão da equipe pedagógica. O Gráfico 1 apresenta essa amostragem em termos
percentuais.
A pesquisa será por meio de formulário para realização da coleta de dados, visando
obter informações que não constam em registros ou em documentos, mas que podem ser
fornecidas por professores e alunos no contexto da temática do estudo. Assim, o pesquisador
mantém contato direto com o informante e ele próprio, o pesquisador, preenche o roteiro de
perguntas.
Para Lakatos e Marconi (1991, p. 212), “O formulário é um dos instrumentos
essenciais para a investigação social, cujo sistema de coleta de dados consiste em obter
informações diretamente do entrevistado”.
O formulário seguirá um roteiro semi-estruturado visando à compreensão do problema
da pesquisa. A escolha desse tipo de instrumento deu-se por este possibilitar o conhecimento
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direto da realidade, economia, rapidez e quantificação e, ainda, por facilitar o acesso ao


informante.
A análise de dados do presente trabalho se dará de forma comparativa, com análise
aprofundada do referencial teórico selecionado, diretamente consoante ao tema central
proposto.
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5 CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO DAS ETAPAS DO PROJETO

SET. 2009 OUT. 2009 NOV. 2009 DEZ. 2009 JAN. 2010
I ETAPA. PROJETO DE
PESQUISA (Escolha do
tema do Projeto de Pesquisa)
II ETAPA. Levantamento
Bibliográfico
III ETAPA.
Elaboração do Projeto de
Pesquisa
IV ETAPA.
Visita ao IFPB – João
Pessoa, para apresentação e
discriminação do Projeto
V ETAPA.
Aplicação dos formulários.
VI ETAPA.
Análise e armazenamento
dos dados.
VII ETAPA.
Processamento dos dados
(planilhas, artigos)
VIII ETAPA.
Relatório Final
IX ETAPA.
Entrega do Pôster
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REFERÊNCIAS

FREIRE, Paulo. A educação como prática da liberdade. 25. ed. São Paulo: Paz e Terra,
2001.

LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Fundamentos de metodologia


científica. 3. ed. rev. e ampl. São Paulo: Atlas, 1991.

RODRIGUES, Neidson. Educação: da formação humana à construção do sujeito ético.


In. Educação & Sociedade (Revista eletrônica), ano XXII, n. 76, Outubro/2001. Disponível
em: <www.scielo.br>. Acesso em: 16 dez. 2009.

SOUZA, Alexandre Carneiro de. Ética na educação. Disponível em:


<http://www.cnecce.com.br/images/publicacoes/etica%20na%20Educacao.doc>. Acesso em:
16 dez. 2009.

Referências complementares

BEAUCLAIR, João. Mansidão, afabilidade e doçura nas relações humanas: o resgate


necessário a partir das instituições. I CONGRESSO LATINOAMERICANO DE
PSICOLOGIA, 2005, São Paulo. Disponível em: <http://br.monografias.com/trabalhos-
pdf902/mandisao-afabilidade-docura/mandisao-afabilidade-docura.pdf> . Acesso em: 16 dez.
2009.

BOFF, Leonardo. Prefácio. In. ASSMANN, Hugo. Reencantar a educação: rumo à sociedade
aprendente. Petrópolis: Vozes, 2000.

BRASIL. Lei Nº. 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Diário Oficial da União, 23 dez. 1996.
Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9394.htm>. Acesso em: 17 dez.
2009.

DALAI LAMA. Uma ética para o novo milênio. Rio de Janeiro: Sextante, 2000.

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