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UNIDADE CURRICULAR: Introdução à Ciência Política
E-Folio A Nome: Marco César Quaresma Pereira Número: 2301567 Turma: 07 Palavras utilizadas: 702
QUESTÃO 1 - O que estuda a Ciência Política?
O objeto de estudo das ciências políticas é o estudo dos factos políticos. Abrangendo os domínios que tangenciam diretamente ou indiretamente o Estado e os fenômenos de poder dentro e fora dele, as Ciências Políticas investigam os desafios contemporâneos do Estado e do poder político, observando e a explicando os factos. Isolado dos fenómenos sociais, tenta ocupar-se dos factos políticos e estudar a realidade política e o presente de um angulo diferente da Ciência do Direito e da Filosofia. A Ciência Política estuda a Teoria Política, tratando de diferenciar-se da filosofia política por não ser normativa, propõe e formula hipóteses e recusa juízo de valores, Mas também se baseia e apoia noutras ciências sociais, tal como a Sociologia no estudo dos fenómenos sociais, Direito, ou a Psicologia, como auxilio. Destacam-se, adicionalmente, como um conjunto das ciências políticas: O estudo da História Política, dedicado à descoberta e conhecimento das lições do Passado. A Antropologia Cultural, dedica-se ao estudo do Homem como portador e criador de cultura, explorando o ser humano e a sua herança social A Geopolítica, por estudar factos políticos num espaço geográfico e social. No entanto, apesar de ser uma disciplina necessariamente multidimensional, para encontrar a ótica própria da Ciência Política é necessário diferenciá-la das abordagens normativas, jurídicas, éticas ou instrumentais. A Ciência Política deve sempre englobar três dimensões de análise no estudo do poder ou sistema político: forma, sede e ideologia. QUESTÃO 2 - Diga o que entende por “estratificação social” e desenvolva detalhadamente quais os “sistemas de estratificação social” associados a este conceito, presentes no Manual. A estratificação social é um fenômeno político importante. As desigualdades sociais, tanto individuais quanto coletivas, resultam de uma variedade de fatores, como género, acesso desigual a recursos materiais e académicos, estética, habilidades e até mesmo características pessoais. Essas disparidades manifestam-se entre povos, indivíduos, entre homens e mulheres, adultos e crianças, jovens e idosos, e grupos significativos ou minoritários dentro de uma sociedade. Para descrever essas desigualdades entre esses grupos, utiliza-se a estratificação social, que consiste em estratos ou camadas horizontais organizadas hierarquicamente dentro do sistema, com os mais privilegiados e os menos privilegiados. Existem quatro principais sistemas de estratificação social: escravatura, castas, ordens e classes.
Na escravatura, o sistema mais desigual, diferentes estatutos existem / existiam dentro da
categoria social, como os escravos domésticos, que tinham um estatuto superior aos escravos de trabalho agrícola ou artificial. Os escravos eram privados de direitos, liberdades e garantias, sendo tratados como propriedades social e juridicamente. Infelizmente, apesar de o conceito de sistema de escravatura ser diferente, ainda existe nos dias de hoje, ainda que com outras características. As castas formam um sistema extremamente complexo, variando em estrutura de região para região. No subcontinente indiano, por exemplo, as castas são divididas em varnas e jatis, com os intocáveis excluídos da sociedade tradicional. A mobilidade social ascendente é difícil, enquanto a descendente é possível, geralmente devido à perda de casta. Outros exemplos notórios passam pela Alemanha Nazista, e pelo regime de apartheid na Africa do Sul, através do conceito de ‘pureza racial’. Nas ordens, grupos diferentes têm direitos, obrigações e relações com o poder distintos. A base da pirâmide consiste nos trabalhadores, seguidos pelo clero e, no topo, a nobreza. O estatuto é principalmente genético, mas há alguma mobilidade social vertical reconhecida pela meritocracia e pelo serviço ao conceito do Estado. Este sistema não impede o outro, sendo contemporâneo e coexistindo com a escravatura. Nas classes, o pertencimento não é determinado por orientação legal ou religiosa, mas pelo desempenho individual. Este é um sistema mais fluido, sem restrições ao casamento entre classes diferentes. Nas sociedades ocidentais, o sentimento de pertencimento tem fortes componentes hereditários e de prestígio pessoal. Atualmente, há um crescente foco nas mudanças que afetam o sistema de estratificação social, especialmente em relação a questões de género e desagregação ocupacional. Essas mudanças afetam cada vez mais a classe trabalhadora para seu detrimento. Bibliografia: LARA, António de Sousa. (2021) Ciência Política: Estudo da Ordem e da Subversão - Lisboa: ISCSP Material disponível na plataforma UC– Introdução à Ciência Política