RELATÓRIO DIABETES MELLITUS E EXERCÍCIO FÍSICO

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO

CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE

EDUCAÇÃO FÍSICA – ÊNFASE EM EDUCAÇÃO FÍSICA E SAÚDE

RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA


DEEF0426 - DIABETES MELLITUS E EXERCÍCIO FÍSICO

Prof°. Dr° DANIELLE DA SILVA DIAS

São Luís - MA

2024
1. INTRODUÇÃO

A incidência do diabetes tem crescido progressivamente ao longo das décadas,


conforme evidenciado por um aumento significativo no número de casos relatados
desde 1980, saltando de 108 milhões para 422 milhões até o ano de 2014. Esse
fenômeno é observado tanto em países de alta renda quanto em países de baixa
renda, conforme relatado pela International Diabetes Federation (2019).
A prevenção desempenha um papel crucial no manejo do diabetes tipo 2.
Estratégias preventivas fundamentadas em um estilo de vida saudável, que engloba
uma dieta equilibrada, atividade física regular, manutenção do peso corporal
adequado e abstenção do tabagismo, são reconhecidas por sua eficácia na
prevenção ou retardamento do desenvolvimento dessa condição. Além disso, o
diagnóstico precoce e o tratamento adequado são elementos essenciais no
enfrentamento do diabetes e suas complicações.
O diabetes é uma condição crônica que impacta o metabolismo da glicose no
organismo. A hiperglicemia, caracterizada pelo aumento dos níveis de glicose no
sangue, resulta da insuficiente produção de insulina pelo pâncreas ou da
incapacidade do corpo em utilizá-la de maneira eficiente. Essa condição pode
acarretar danos irreversíveis aos nervos e vasos sanguíneos ao longo do tempo,
culminando em complicações graves. Embora os sintomas do diabetes possam
variar, a polidipsia, poliúria, visão comprometida, fadiga e perda de peso inexplicada
são frequentemente relatados. A persistência desses sinais demanda vigilância e
busca por assistência médica.
Os tipos mais comuns de diabetes incluem o tipo 1 e o tipo 2. O diabetes tipo 1 é
caracterizado pela deficiente produção de insulina, demandando a administração
diária deste hormônio. Por outro lado, o diabetes tipo 2 está associado a fatores
como sobrepeso, inatividade física e predisposição genética, afetando a utilização
da glicose pelo organismo para a produção de energia. Ademais, o diabetes
gestacional é uma condição que surge durante a gestação, aumentando os riscos de
complicações tanto para a mãe quanto para o feto. A detecção imediata é imperativa
para a prevenção e tratamento eficazes dessa condição. O manejo do diabetes
compreende a administração de medicamentos, prática regular de atividade física,
adoção de uma dieta saudável e monitoramento periódico dos níveis de glicose
sanguínea, sendo essencial aderir às orientações médicas e manter um estilo de
vida saudável.
2. RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA

Data: 08/04/2024
Local: Universidade Federal do Maranhão (UFMA)
Participantes: DANYELLA SILVA DIAS; ELLEN CAROLINE OLIVEIRA SILVA; JEAN
LUIZ SOUZA MACIEL GOMES; MURILO SERGIO SOUZA ARAUJO; RUTH SOUZA
DOS SANTOS; HILDAYANE SILVA PINTO.

Objetivo: O presente relatório descreve a execução e os resultados de uma aula


prática conduzida para instruir os participantes sobre o procedimento de aferição da
glicose no sangue, ressaltando sua relevância no controle do diabetes e enfatizando
as boas práticas de manuseio dos materiais e equipamentos pertinentes.

Atividades Desenvolvidas: A aula prática foi conduzida em várias etapas:


Demonstração do Procedimento: Inicialmente, houve uma exposição teórica breve
sobre a importância da medição da glicose sanguínea para o diagnóstico e
monitoramento do diabetes. Em seguida, um dos participantes procedeu à
demonstração prática do método de aferição da glicose utilizando o kit de medição
disponibilizado.

Divisão em Grupos: Os participantes foram distribuídos em grupos, com um membro


designado para executar a aferição da glicose e outro atuando como voluntário para
o teste.

Aferição da Glicose: Os participantes seguiram as instruções fornecidas, utilizando


luvas descartáveis durante todo o procedimento. Realizaram a coleta de uma
pequena amostra de sangue da ponta do dedo do voluntário e aplicaram-na na tira
reagente, a qual foi inserida no medidor de glicose para a leitura do nível glicêmico.

Cálculo da Glicemia Média Estimada: Com base nos resultados obtidos, os


participantes procederam ao cálculo da média estimada da glicemia do voluntário,
considerando todas as medições realizadas.
Pontos Positivos:
Os participantes demonstraram engajamento e interesse ao longo de toda a
atividade.
A aferição da glicose foi conduzida adequadamente, observando-se as medidas de
segurança e assepsia recomendadas.
Adquiriu-se proficiência no manuseio do kit de medição de glicose, permitindo a
realização de monitoramentos regulares do nível glicêmico.

Pontos Negativos:
Alguns participantes apresentaram nervosismo e preocupação durante a realização
da punção no dedo para coleta da amostra de sangue.
Houve certa ansiedade em relação aos resultados da medição, especialmente por
parte do voluntário.

Conclusão: A aula prática atingiu seu propósito ao familiarizar os participantes com o


procedimento de aferição da glicose no sangue e ressaltar a importância dessa
prática para o controle do diabetes. Apesar dos desafios relacionados ao nervosismo
e à ansiedade durante a execução do teste, os participantes adquiriram habilidades
práticas relevantes e compreenderam a importância do monitoramento regular da
glicemia para a promoção da saúde.
ATIVIDADE 2

Os medicamentos disponíveis para o tratamento do Diabetes Mellitus tipo 2 (DM2)


no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) compreendem uma variedade de
opções, incluindo insulinas e fármacos hipoglicemiantes orais. No contexto do SUS,
os medicamentos atualmente disponíveis para o tratamento do DM2 incluem:

Insulinas:
Insulina Humana NPH (100 UI/mL suspensão injetável)
Insulina Humana Regular (100 UI/mL solução injetável)

Fármacos Hipoglicemiantes Orais:


Cloridrato de Metformina (nas concentrações de 500 mg e 850 mg, em comprimidos)
Glibenclamida (5 mg comprimido)
Gliclazida (nas formas de liberação prolongada de 30 mg e 60 mg, em comprimidos,
e 80 mg comprimido)

Além desses medicamentos, a dapagliflozina, que pertence a uma classe de


medicamentos diferente dos já oferecidos pelo SUS, foi incorporada ao sistema em
abril de 2020 para o tratamento do DM2.

Para obter esses medicamentos no âmbito do SUS, é necessário seguir o protocolo


estabelecido pelas autoridades de saúde pública. O acesso aos medicamentos é
regulamentado pelas relações de medicamentos instituídas pelo gestor federal do
SUS, em conformidade com os protocolos clínicos e diretrizes terapêuticas. A
responsabilidade pelo fornecimento dos medicamentos é pactuada em diferentes
instâncias, como a Comissão Intergestores Tripartite (CIT), Comissão Intergestores
Bipartite (CIB) em cada estado e Conselho Municipal de Saúde em cada município.

Os pacientes com diabetes que necessitam de insulina também têm direito a receber
seringas de insulina com agulha acoplada, tiras de glicemia capilar e lancetas para
automonitorização da glicemia, conforme estabelecido pela Portaria nº 2583. Além
disso, o acesso aos medicamentos do Componente Básico da Assistência
Farmacêutica (CBAF) se dá nas farmácias públicas localizadas nas Unidades
Básicas de Saúde, Estratégias Saúde da Família ou Clínicas da Família nos
municípios, ou em polos de dispensação de insumos para diabetes.

No caso do Programa Farmácia Popular do Brasil, os medicamentos podem ser


adquiridos nas farmácias e drogarias credenciadas, mediante apresentação de CPF,
receita médica indicando o princípio ativo da medicação e dosagem, e documento
com foto.

Para medicamentos disponíveis no componente especializado para diabetes, o


acesso ocorre mediante solicitação nas farmácias de alto custo do Estado,
Departamento Regional de Saúde, ou pólo de recebimento municipal, com
documentação específica, incluindo laudo para solicitação de medicamentos do
componente especializado (LME), exames médicos e prescrição médica adequada.

REFERÊNCIAS

Nilce Botto, Débora Aligieri, Bianca de Almeida Pititto e Karla F S de Mello.


Procedimentos de dispensação de medicamentos e insumos para diabetes pelo
SUS. Diretriz Oficial da Sociedade Brasileira de Diabetes (2023). DOI:
10.29327/5238993.2023-10, ISBN: 978-85-5722-906-8.

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