FITOTECNIA

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FITOTECNIA

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NOSSA HISTÓRIA

A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de empre-


sários, em atender à crescente demanda de alunos para cursos de Graduação
e Pós-Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como entidade ofere-
cendo serviços educacionais em nível superior.

A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de


conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a partici-
pação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação
contínua. Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos
e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber atra-
vés do ensino, de publicação ou outras normas de comunicação.

A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma


confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base
profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições
modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica,
excelência no atendimento e valor do serviço oferecido.

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Sumário
NOSSA HISTÓRIA ......................................................................................................... 2

SUMÁRIO…………………………………………………………………………….....3
INTRODUÇÃO……………………………………………………………………….....5
A ORGANIZAÇÃO DO CORPO DAS PLANTAS.........................................................6
Orgãos Principais..........................................................................................................7
Ações Desenvolvidas dentro da Área...........................................................................8
FITOTECNIA COMO ÁREA DA CIÊNCIA..................................................................9
Significado de Fitotecnia............................................................................................10
Fatores para o sucesso da lavoura: Fitotecnia............................................................11
Fertilidade do Solo.....................................................................................................13
FITOSSANIDADE.........................................................................................................15
Preparo Inicial do Solo..............................................................................................17
Preparo Periódico do Solo.........................................................................................19
Preparo Convencional...............................................................................................20
PLANTIO DIRETO.......................................................................................................22
CONSERVAÇÃO DO SOLO........................................................................................25
EROSÃO........................................................................................................................26
COMPACTAÇÃO.........................................................................................................27
PRÁTICAS CONSERVACIONISTAS.........................................................................28
PLANTIO E SEMEADURA.........................................................................................30
ÉPOCA DE CONVENCIONAL DE PLANTIO OU SEMEADURA..........................31
ZONEAMENTO AGRÍCOLA......................................................................................32
Características Importantes de Epóca de Semeadura...............................................33
Características da Cultura.........................................................................................33
ARMAZENAMENTO DE SEMENTES......................................................................35
TRATAMENTO DE SEMENTES...............................................................................36
TRATAMENTO DE MUDAS/TOLETES...................................................................37
BIBLIOGRAFIA..........................................................................................................38

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INTRODUÇÃO

A Fitotecnia trabalha para o desenvolvimento e aprimoramento dos sis-


temas de produção das culturas. O fitotecnista desenvolve sua função de forma
análoga ao clínico-geral na medicina, e dessa forma precisa deter conhecimen-
tos que vão desde a produção de sementes, passando por semeadura, espaça-
mento de plantio, tratos culturais, irrigação, adubação, colheita e até mesmo pós-
colheita e armazenamento. Na Embrapa Hortaliças, os programas de pesquisa
em Fitotecnia estão voltados para temas e culturas que ainda carecem de co-
nhecimentos básicos para o seu cultivo, como a agricultura orgânica e hortaliças
tradicionais e, ainda, em culturas de hortícolas consideradas de menor importân-
cia econômica como a batata-doce, alho, mandioquinha-salsa, por exemplo.

Trata-se também da técnica do estudo das plantas, é uma matéria minis-


trada principalmente na grade de engenharia agronômica. Dentro dessa matéria
alguns professores também englobam a taxonomia. Como exemplo disso, toda
planta tem seu nome em latim e uma classificação. A anatomia vegetal se preo-
cupa em estudar a forma e estrutura dos vegetais, com as técnicas de microhis-
tologia que permite identificar a composição botânica.

A produção vegetal está relacionada com as técnicas de estudo e a pro-


pagação vegetativa. Por isso, faz-se necessário os conhecimentos de anatomia
vegetal, quando se trata da propagação vegetativa, pois a identificação dos as-
pectos estruturais é importante para o sucesso da propagação, a qual depende
da regeneração de tecidos vegetais.

Estuda as possibilidades de produção de cada cultivar. Ou seja, o pro-


cesso de plantio é analisado e pensado sob um olhar geral. O objetivo é aperfei-
çoar as culturas, aumentando a produção e o rendimento dos vegetais.

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A fitotecnia é uma subárea encontrada principalmente dentro da Botâ-
nica e da Agronomia. Assim, profissionais dedicam suas carreiras no desenvol-
vimento e aperfeiçoamento das plantas.
Portanto, ela pode fazer parte principalmente de cursos como a agrono-
mia. Dentre os ramos da fitotecnia, um de seus objetivos é trabalhar com o
desenvolvimento e aprimoramento das culturas.
O trabalho do fitotecnista, então, consiste em pesquisar e compreender os di-
ferentes aspectos da planta. Das sementes, momento do plantio, irrigação e até
a colheita, o trabalho desenvolvido por este profissional abrange todas as formas
de conhecimento sobre a espécie analisada. Um dos objetivos é aumentar a
produtividade dos cultivares. Contudo, este melhoramento não deve ser reali-
zado de forma discriminada, e sim pensado juntamente com as preocupações
ambientais.

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A ORGANIZAÇÃO DO CORPO DAS PLANTAS

A unidade básica das plantas (assim como a dos outros seres vivos) é
a célula, sendo a célula vegetal diferenciada dos animais. Tais células encon-
tram-se agrupadas por uma substância cimentante, e interligadas por canais que
transportam água e alimento de uma célula para outra.

Alguns grupos de células são diferentes dos outros, seja na aparência ou


na função. Estes agrupamentos são chamados de tecidos, e podem correspon-
der a um conjunto de células semelhantes (tecidos simples) ou a células diferen-
tes que, juntas, possuem uma função definida (tecidos complexos).

Finalmente, os tecidos formam os órgãos, que juntos realizam as diferen-


tes funções necessárias para que a planta realize todo o seu ciclo de vida.

Figura 1

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Órgãos principais

 Raiz:

Parte: Coifa

Variação: Rizoide

Simbiose: Micorriza Tecidos: ver caule

 Caule;

Variações: Tronco, Tubérculo, Estolho, Rizoma

Tecidos: Medula, Xilema ou Lenho Câmbio vascular, Floema, Câmbio corti-


cal, Córtex ou Súber.

 Folha

Tecidos: Xilema, Floema, Mesófilo, Epiderme, Cutícula

Outras estruturas: Nervuras, Estomas, Tricomas

 Flor

Partes: Pedicelo, Receptáculo, Cálice, Sépalas, Corola, Pétalas, Androceu, Es-


tames, Anteras, Pólen, Gineceu, Pistilo, Carpelo, Ovário, Estilete

Agrupamento de flores: Inflorescência

 Fruto
 Semente

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Ações desenvolvidas dentro da área

O segmento estuda, aprofunda e pesquisa diversos pontos dentro


da produção agrícola. A intenção da disciplina é buscar aumentos no ganho de
produção, e para isso os detalhes do cultivar são analisados.
Portanto, algumas fases do ciclo de vida da planta são analisadas, como:
 Sementes e processo de semeadura
 Espaçamento ideal do plantio
 Trato da cultura e manejo do solo
 Irrigação ideal
 Adubações
 Colheita
 Armazenamento da produção

Figura 2

FITOTECNIA COMO ÁREA DA CIÊNCIA

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Se a fitotecnia faz parte das ciências agrárias, nada mais justo do que
uma especialização voltada só para este ramo de pesquisa. Sendo assim, há
alguns anos universidades pública e privadas têm oferecidos cursos especiali-
zados na área fito técnica.
Portanto, um dos principais objetivos de uma pós-graduação em fito-
tecnia é a formação de profissionais em nível de excelência, compromissados
com a ciência e a pesquisa. A intenção, então, é incentivar este campo de tra-
balho através de pessoas comprometidas com o desenvolvimento dos cultivares.
Outra função de um profissional especializado na área é de transformar o
conhecimento na prática. Assim, o melhor caminho para chegar ao aperfeiçoa-
mento das plantas é através das pesquisas em ciências agrárias.
Vale ressaltar que o desenvolvimento dos cultivares deve sempre levar em con-
sideração a sociedade, os valores éticos assim como o meio ambiente. Um dos
objetivos da fitotecnia, portanto, é desenvolver a prática de uma agricultura sus-
tentável entre a sociedade.

Figura 3

Significado de Fitotecnia

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A palavra é definida como um substantivo feminino, com origem em um
termo grego. Assim, ao pé da letra o significado de fitotecnia é: “phytón” que
traduzido quer dizer planta. Somado a isso vem o prefixo “tékhne”, que significa
arte.
Ou seja, fitotecnia é a arte das plantas, ou a arte de entender as plantas.
Com base nisso, portanto, é uma disciplina que avalia os usos e aplicações dos
vegetais de forma industrial e comercial.

Figura 4

Fatores para o Sucesso da lavoura: Fitotecnia

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Pesquisadores da Fundação MS desenvolveram uma lista de fatores re-
lacionados à fitotecnia na lavoura da soja. São questões que podem influenciar
diretamente na produtividade ou nos custos de produção e devem ser conside-
radas pelo produtor.

Ao escolher cultivares da soja, o produtor deve considerar a acidez do


solo, o nível de fertilidade e a produtividade esperada. O produtor deve se infor-
mar ainda sobre o comportamento do cultivar na região e sua tolerância a perí-
odos de seca.

Quanto à época de plantio, o período que apresenta maior produtivi-


dade e segurança da cultura vai de 20 de outubro a 10 de novembro. Entretanto,
o cultivo pode ser feito em qualquer época entre o início de outubro e o final de
dezembro, desde que a escolha das cultivares seja criteriosa. A Fundação MS
recomenda que o escalonamento do plantio seja feito dentro da melhor época
para cada cultivar. Não é recomendável a plantação antes de 10 de outubro, pois
a lavoura pode se tornar foco da ferrugem da soja.

Figura 5

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O espaçamento é outro fator que merece atenção. Para a maioria das
cultivares, ele varia entre 40 e 50 cm, ficando na média de 45 cm o espaçamento
mais usado. Espaçamentos fora dessa faixa só devem ser usados em casos
específicos.

O número de plantas por metro quadrado, o estande, varia de acordo


com os fatores citados anteriormente e com o nível de infestação de invasoras.
O estande será a base para se definir a densidade da plantação, ou seja, a quan-
tidade de sementes por metro quadrado. A densidade também depende do po-
der germinativo, do vigor da semente, da eficiência do plantio e de possíveis
pragas que reduzem o número de plantas emergidas. Em solos arenosos, a alta
temperatura deve ser compensada, pois pode matar plantas devido à queima do
hipocótilo no nível do solo.

A Fundação MS chama atenção ainda para os fatores que podem definir


a qualidade da semente: alta germinação, bom vigor, ausência de sementes in-
vasoras e fungos fitopatogênicos. A ausência destes fungos é fundamental em
áreas de abertura, quando o tratamento de sementes com fungicida não é reco-
mendado.

Figura 6

Fertilidade do Solo

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A análise de solo é uma importante ferramenta para a tomada de deci-
sões. Devem ser considerados os resultados das análises das últimas três sa-
fras. A amostragem é realizada nas camadas superficial e subsuperficial. Outra
ferramenta que pode auxiliar no diagnóstico de fertilidade do solo é a análise
foliar. Através de uma análise foliar eficiente é possível fazer ajustes na safra
posterior à amostragem.

Quando a análise indicar a necessidade de calagem, a aplicação do cal-


cário deve ser feita com antecedência. Se as condições financeiras do produtor
não permitirem essa operação, uma boa alternativa pode ser o uso de cultivares
que tenham maior tolerância à acidez.

Devem-se corrigir primeiras as deficiências via adubação no solo. Nesse


caso, o gesso agrícola auxilia como fonte de enxofre e contribui para a maior
tolerância das culturas à seca.

A redução de doses de adubo de manutenção, assim como a sua apli-


cação a lanço, só é possível quando os nutrientes estiverem em níveis altos ou
adequados, de acordo com a análise de solo. Se os níveis de nutrientes permi-
tirem o uso de doses menores, a adubação deve ser feita no sulco de semea-
dura.

Figura 7

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No caso de adubação no sulco, devem ser evitadas doses de potássio
acima de 80 quilos por hectare, o que evita problemas de germinação e estabe-
lecimento de plantas. O adubo deve ser afastado em 8-10 cm da semente e a
semeadura deve ser feita, preferencialmente, com sulcador.

A Fundação MS ressalta ainda que a adoção do Sistema Plantio Direto é


fundamental, com atenção redobrada à rotação de culturas e manutenção de
uma boa palhada. Quanto melhor for o nível do Plantio Direto, maior será a efi-
ciência da adubação.

Figura 8

FITOSSANIDADE

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A dessecação da cobertura verde deve ser realizada entre 8 e 20 dias
antes da semeadura, dependendo do tipo de cobertura. No caso de invasores
surgirem após a dessecação, é necessário fazer o controle através de manejo.
Para evitar a emergência de daninhas antes da cultura, o produtor deve progra-
mar a semeadura para o intervalo de tempo mais curto possível após a segunda
aplicação de manejo.

Outro fator importante é a aplicação de herbicidas de pré e pós-emer-


gência. Para isso, deve ser feito o levantamento de plantas daninhas da área
para escolha do produto e da dose. O herbicida pré-emergente é aplicado após
a semeadura, com solo úmido, de preferência evitando a aplicação após chuvas
ou quando plantas daninhas e invasoras estiverem sob condições de estresse.

O tratamento de sementes, quando utilizado, deve ser feito no dia da


semeadura respeitando a seguinte sequencia: fungicida/inseticida/micronutrien-
tes/inoculante. O fungicida deve ser ultilizado nas sementes com ação sistêmica
e de contato. O produtor deve priorizar o uso de máquinas específicas para o
tratamento. No caso do uso de inoculante, o tratamento deve ser feito à sombra.

O controle de pragas é essencial para o sucesso da lavoura. O monito-


ramento de pragas subterrâneas, como corós e percevejo-castanho-da-raiz,
deve preceder a instalação da lavoura, através de trincheiras para identificação
das áreas de ocorrência. No combate às pragas, a primeira aplicação deve ser
feita com produtos mais seletivos, para evitar a aplicação precoce de carbama-
tos, piretróides e fosforados. A decisão do controle químico deve ser baseada
no manejo integrado de pragas. Não é recomendado o uso de controle preven-
tivo, sub-doses ou super-doses.

É importante conhecer os estágios fenológicos da soja (saiba mais sobre


a fenologia da soja), assim como o espectro de controle dos fungicidas sobre
doenças. Assim, ele poderá relacionar a incidência das doenças com o estágio
da cultura e a característica do fungicida mais adequado a cada situação.

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Figura 9

Preparo inicial do solo

São operações iniciais sobre uma condição de vegetação natural ou re-


generada, ou, ainda, necessidade de alguma movimentação de terra para tornar
a sua superfície regular e fácil trabalhável, com a finalidade de dar-lhe condições
de receber sementes ou mudas de plantas cultivadas, incorporando novas áreas
à produção de novas pastagens ou culturas.
O primeiro passo é a obtenção junto aos órgãos oficiais, da autorização
para a derrubada (solicitar junto ao DEPRN/IBAMA). A legislação ambiental tem
por objetivo básico disciplinar o uso dos recursos naturais, por meio de medidas
legais que estabelecem limitações e critérios para a sua utilização. Os dispositi-
vos legais encontram se na Lei nº. 4.771 de 15/09/65 e alterada pela Lei nº. 7.803
de 18/07/89, com as seguintes características:

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- Art. 1º: Estabelece que as florestas existentes no território nacional e as demais
formas de vegetação são bens de interesse comuns a todos os habitantes do
país.
- Art. 2º e 3º: Área de Preservação Permanente - APP: a) ao longo dos rios ou
de qualquer curso de água desde seu nível mais alto em faixa marginal cuja
largura mínima seja:
- De 30 m para cursos d’água com menos de 10 m;
- De 50 m para cursos d’água de 10 a 50 m; - de 100 m para cursos d’água de
50 a 200 m;
- De 200 m para cursos d’água de 200 a 600 m;
- De 500 m para cursos d’água maiores que 600 m;
- De 100 m

Em:
a) Usinas Hidrelétricas.
b) Ao redor de lagoas, lagos ou reservatórios naturais ou artificiais;
c) Nas nascentes, mesmo intermitentes em raio de 50 m;
d) No topo de morros, montanhas, serras chapadas e encostas com declividade
superior a 45º;

e) Em restingas, nas bordas de tabuleiros e em terrenos com altitude superior a


1800 metros;
f) Tanques de piscicultura a faixa é de 15 m;
g) Nas áreas metropolitanas definidas por Lei e, ainda, em áreas declaradas por
ato do poder publico.
- Art. 16: cria a figura da reserva florestal legal (Reserva Legal), deve ser de no
mínimo 20 % da área total da propriedade.
- Art. 44: estabelece que a Reserva Legal, na região Norte e na parte norte da
Região Centro-Oeste, será de no mínimo 50 % da área de cada propriedade.

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Figura 10

Preparo periódico do solo

Desde os mais remotos tempos, essas operações têm sido realizadas


com a finalidade de oferecer às sementes que serão colocadas no solo as con-
dições que teoricamente seriam as melhores para o seu desenvolvimento. Não
se deve esquecer, todavia, que as modernas técnicas de semeadura direta têm
demonstrado que, para determinadas condições de solo, clima e culturas, é pos-
sível se obter uma produtividade tão boa ou, em alguns casos, até melhor que
com os métodos tradicionais de preparo do solo e semeadura.
O preparo periódico do solo diz respeito a diversas operações agrícolas
de mobilização do solo, realizadas antes da implantação periódica de culturas.
Esse tipo de preparo pode ser feito em três sistemas principais: convencional
(aração e grade ações em toda a área a ser cultivada), cultivo mínimo (onde as
operações mecanizadas são reduzidas ao mínimo necessário) e plantio direto
(onde a mobilização do terreno só ocorre localizada mente, ou seja, apenas na
fileira de semeadura).
De qualquer forma, o preparo periódico do solo continuará a ser feito para
as culturas ou condições onde não existe a possibilidade de utilização de técni-
cas de semeadura direta.

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Figura 11

Preparo convencional

Conjunto de operações realizadas no solo com a finalidade de facilitar a


semeadura/plantio, germinação das sementes/ brotação e desenvolvimento das
plantas. Histórico Desde o aparecimento dos primeiros implementos de preparo
do solo, sempre houve preocupação em melhorá-los. Os avanços sempre ocor-
reram no sentido de aumentar a capacidade de trabalho dos equipamentos. As-
sim, dos arados fixos de madeira se evoluiu para os de aivecas fabricados com
materiais mais resistentes, posteriormente para os de disco que permitiam o tra-
balho em solos com presença de pedras e tocos e finalmente para as grades
aradoras com grande capacidade de trabalho.
A evolução não se preocupou com os seguintes aspectos:
- Características químicas e físicas do solo;
- Conservação do solo; - incidência de plantas daninhas;
- Rendimento das culturas. Cada implemento tem sua finalidade, desde que uti-
lizado de forma adequada e ordenada.
No preparo convencional do solo deve objetivar-se:
- Destruição de restos culturais;
- Destruição de camadas compactadas;

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- Incorporação de corretivos e defensivos agrícolas.

Figura 12

O preparo convencional periódico do solo é dividido em:


a) Preparo periódico primário, que tem como objetivo uma movimentação pro-
funda do solo, utilizando implementos conhecidos como arados, grades pesa-
das, subsoladores e escarificadores;
b) Preparo periódico secundário, cuja finalidade é complementar o serviço reali-
zado pelos arados sendo utilizados implementos denominados grades de molas,
dentes e discos (intermédias ou leves), enxada rotativa, encanteradores, rolo-
faca, cultivadores;
c) Preparo periódico corretivo e defensivo, são operações realizadas quando há
necessidade, tais como correção de acidez, aplicação de adubos, de defensivos
agrícolas antes da implantação da cultura.

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PLANTIO DIRETO

Plantio direto é a técnica de colocação da semente em sulco ou cova em


solo não revolvido, com largura e profundidade suficiente para obter uma ade-
quada cobertura e um adequado contato da semente com o solo. Este sistema
elimina, portanto, as operações de aração, gradagens, escarificações e outros
métodos conservacionistas de preparo do solo. As plantas daninhas são contro-
ladas pelo uso de herbicidas. É a semeadura de culturas sem preparo do solo e
com a presença de cobertura morta ou palha, constituída dos restos vegetais
originados de cultura anterior conduzida especificamente para produzir palha e
às vezes também para produção econômica.
Geralmente o plantio direto é aplicado no cultivo de sucessões simples,
tais como: soja/milheto, soja/milho-safrinha (milho semeado de dezembro até o
final de fevereiro), soja/trigo, soja/aveia-preta etc., por vários anos seguidos, não
se utilizando, portanto, um sistema organizado de rotação de culturas. Normal-
mente, são usados implementos de discos para incorporar superficialmente as
sementes da espécie cultivada para formar a palha e incorporar os corretivos, e
implementos de hastes para romper camadas compactadas.
O plantio direto é, neste caso, uma denominação inadequada, pois não
há plantio, mas semeadura, por tratar-se de grãos e não de plantas ou plântulas.
Já Sistema Plantio Direto (SPD) é a forma de manejo conservacionista que en-
volve todas as técnicas recomendadas para aumentar a produtividade, conser-
vando ou melhorando continuamente o ambiente. Fundamenta-se na ausência
de revolvimento do solo, em sua cobertura permanente e na rotação de culturas.
Pressupõe, também, uma mudança na forma de pensar a atividade agropecuária
a partir de um contexto socioeconômico com preocupações ambientais.

Os pontos básicos para a implantação do sistema são:


- O primeiro fator de sucesso consiste em o agricultor estar realmente qualifi-
cado, de forma a entender e dominar o sistema em todas as suas fases;

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- O início do SPD deve ser planejado de tal forma que, em caso de necessidade,
sejam realizadas previamente a descompactação e/ou calagem.
Se essas operações forem realizadas conforme as recomendações, não
provocarão nenhum efeito negativo posterior; - não se pode implantar o sistema
plantio direto em solo compactado, pois pode niveladora.
Para iniciar o SPD, o solo deve estar devidamente descompactado, pois
normalmente, esse sistema induz, nos primeiros anos, pequena compactação
nos primeiros 10 cm superficiais. Entretanto, esse fato não influencia, necessa-
riamente, o rendimento das culturas tendendo a reduzir-se, com o tempo, até
tornar-se desprezível; - os solos aptos para o plantio direto são aqueles que não
apresentam limitações químicas e problemas de fertilidade (Ex: necessidade de
calagem).
Quando o SPD estiver instalado e sendo conduzido conforme as reco-
mendações, se houver necessidade de correção, o calcário pode ser perfeita-
mente aplicado a lanço e sem incorporação;
- Que a área seja a mais livre possível de plantas daninhas. Iniciar o plantio direto
em áreas infestadas de plantas daninhas garante 50% do fracasso;
- Uso de picador e distribuidor de palhas nas colhedoras, antes do plantio;
- Em termos de equipamento para uma área de 100 ha é suficiente um trator de
média potência (75 a 90 HP), uma máquina específica para semeadura em plan-
tio direto e um bom pulverizador de barras, além disso, é fundamental a disponi-
bilidade de uma automotriz equipada com picador e distribuidor de palha.

Funções da palha:
- Reduzir as perdas de solo e água pela erosão;
- Diminuir o impacto da chuva, protegendo o solo contra a compactação e desa-
gregação;
- Aumentar a capacidade de infiltração da água no solo, minimizando os escor-
rimentos superficiais e amenizando as enchentes;
- Estabilizar a temperatura do solo, favorecendo os processos biológicos e a vida
no solo;
- Manter a umidade do solo ao reduzir a evaporação;

- Agir como reciclador de nutrientes, assegurando alta atividade biológica;

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- Aumentar a matéria orgânica no perfil do solo, melhorando a CTC e a estrutura
física do solo;
- Ajudar no controle de plantas invasoras, seja por supressão ou por alelopatia.
Dificultar o desenvolvimento do sistema radicular das plantas, diminuir a aeração
do solo, alterando as condições físicas e químicas para o desenvolvimento de
microrganismos favoráveis às plantas, além de diminuir a taxa de infiltração, a
permeabilidade do solo e o armazenamento de água no seu perfil.

Figura 13

CONSERVAÇÃO DO SOLO

A conservação do solo consiste em dar o uso e o manejo adequado às


suas características químicas, físicas e biológicas, visando à manutenção do
equilíbrio ou recuperação. Através das práticas de conservação, é possível man-
ter a fertilidade do solo e evitar problemas comuns, como a erosão e a compac-
tação. Sistemas conservacionistas de manejo do solo são conjuntos de técnicas
embasadas em práticas vegetativas (cobertura verde, cobertura morta, aduba-
ção verde, rotação de culturas, faixas de retenção, entre outras) e em práticas

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mecânicas tais como revolvimento mínimo ou ausência de revolvimento de solo
e terraceamento.
O preparo convencional do solo aumenta consideravelmente a compac-
tação dos solos e a erosão. Para minimizar os efeitos causados pelas chuvas e
também pelo mau aproveitamento do solo pelo homem, são utilizadas algumas
técnicas de manejo e conservação dos solos.

Figura 14

EROSÃO

Rochas, solos e coberturas vegetais sofrem a ação de agentes erosivos


(água da chuva ou pluvial, água de rios ou fluvial, de vento, de gelo, de correntes
e marés, de embate de ondas), ocorrendo à retirada e o transporte do material
na forma de fragmentos, soluções e colóides para outros locais até atingir o nível
base de erosã o onde se acumulam.
A erosão é um processo que se traduz na desagregação, transporte e
deposição do solo. A erosão depende fundamentalmente da chuva, da infiltração
da água, da topografia (aclive mais acentuado ou não), do tipo de solo e da
quantidade de vegetação existente.

24
Figura 15

Figura 16

COMPACTAÇÃO

A compactação do solo é, ao mesmo tempo, a redução da macro porosi-


dade ou porosidade de aeração e o aumento da micro porosidade, da densidade
do solo e da resistência à penetração das raízes de plantas no solo, e resulta de
atividades do homem. É um processo de dispersão ou rearranja mento dos agre-
gados e aproximação das partículas primárias (areia, silte e argila) do solo, cau-
sada por pisoteio animal, trânsito de máquinas ou impacto das gotas de chuva,
afetando todas as suas propriedades e funções físicas, químicas e biológicas.
A compactação do solo ocorre ainda durante as operações de mobiliza-
ção da superfície, em condições de umidade inadequada, com implementos de
discos. Pode ser também originada, no sistema convencional de manejo do solo,

25
onde pulverizam em excesso a camada arável, causando o encrostamento su-
perficial e formando camadas coesas ou compactadas, abaixo da profundidade
de trabalho dos órgãos ativos das máquinas.
Essa compactação é chamada comumente de “pé-dearado”, “pé-de-
grade” etc. Como alternativa, tem sido adotado o sistemas conservacionistas de
manejo do solo, tal como o Sistema Plantio Direto, possibilitando assim dar sus-
tentabilidade à exploração agrícola. A rotação de culturas, pela inclusão de es-
pécies com sistema radicular agressivo e pelos aportes diferenciados de matéria
seca, pode alterar os atributos físicos do solo.
No SPD, o aparecimento de alguma compactação também pode ser ob-
servado, em virtude do processo de compressão causado por tráfego excessivo
de máquinas e veículos, com solo em condições de umidade acima da ideal.

PRÁTICAS CONSERVACIONISTAS

É um conjunto de medidas que visam minimizar ao máximo as perdas


do solo. Podem ser divididas em:
- Práticas de caráter vegetativo São aquelas onde se utiliza a vegetação para
proteger o solo.
- Classificação do solo quanto a sua capacidade de uso deve ser a primeira prá-
tica conservacionista a ser adotada numa propriedade. Possui como objetivo,
estabelecer para cada gleba da propriedade rural, a cultura que melhor protege
o solo, visando assim, o aumento da produtividade.
Esta classificação divide o solo em oito classes de capacidade de uso,
assim estabelecidas, colocando cores para classificá-la:
A) Terras cultiváveis:
I. Terras cultiváveis aparentemente sem problemas de conservação (verde
claro);

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II. Terras cultiváveis com problemas simples de conservação (amarelo); III.Ter-
ras cultiváveis com problemas complexos de conservação (vermelho); IV.Terras
cultiváveis apenas ocasionalmente, com problemas sérios.
B) Terras cultiváveis apenas em casos especiais de algumas culturas perenes
(pastagens ou reflorestamento)
V. Terras cultiváveis apenas em casos especiais de algumas culturas permanen-
tes e adaptadas em geral para pastagens ou reflorestamento, sem necessidades
de práticas especiais de conservação (verde escuro);
VI. Terras cultiváveis apenas em casos especiais de algumas culturas perma-
nentes e adaptadas em geral para pastagens ou reflorestamento, com proble-
mas simples de conservação (alaranjado);
VII. Terras cultiváveis apenas em casos especiais de algumas culturas perma-
nentes e adaptadas em geral para pastagens ou reflorestamento, com proble-
mas complexos de conservação (marrom).

Figura 17

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PLANTIO E SEMEADURA

Plantio: é o ato de se colocar partes vegetativas ou mudas no solo para


instalação de uma determinada cultura. Ex.: cana-de-açúcar, mandioca, mudas
de arroz inundado, algumas hortaliças, outras culturas com plantio ou trans-
planto.
Semeadura: é o ato de se colocar a semente no solo. Ex: milho, arroz,
soja, trigo, algodão, hortaliças, etc.

Figura 18

Figura 19

28
ÉPOCA DE CONVENCIONAL DE PLANTIO OU
SEMEADURA

A época de semeadura é de extrema importância, uma vez que as cultu-


ras apresentam exigência diferente com relação à temperatura, umidade e foto-
período, sendo assim têm se uma época aproximada para o plantio/semeadura.
Ex: soja: semeadura em outubro e novembro
- Feijão: semeadura em 3 épocas
- Milho: semeadura em outubro
- Trigo: a partir de março e abril.

Figura 20

29
ZONEAMENTO AGRICOLA

Cada cultura agrícola tem suas peculiaridades, como a suscetibilidade


de uma cultura as condições climáticas, foto período e principalmente em relação
à quantidade de calor e de água que chegam até a planta e a quantidade destes
que ela necessita para poder se desenvolver e ainda cabe lembrar que nem to-
das as áreas e tipos de solos são convenientes à utilização econômica de algu-
mas culturas. Portanto os locais e os períodos de semeadura para cada uma das
culturas, em uma agricultura moderna e tecnificada, não poderiam simplesmente
ser arbitrados.
Assim alguns institutos de pesquisas, utilizado as informações e conheci-
mentos que permitem, juntamente com análises de séries de dados meteoroló-
gicos, dados detalhados de altitude e dados das culturas, delimitar com maior
segurança as áreas com características adequadas para cultivo e os períodos
mais favoráveis para semeadura/plantio, formando assim zoneamento agrícola.
A semeadura segundo o zoneamento agrícola visando propiciar condições am-
bientais favoráveis às cultivares para manifestarem seu potencial genético em
termos de produtividade.
Além disso, nos períodos em que as condições climáticas são adequadas
às necessidades da cultura reduz os riscos de perdas por excesso ou déficit de
chuvas nos estádios críticos e contribui para aperfeiçoar o controle das infesta-
ções de pragas e doenças. Podendo ainda auxiliar empresas de financiamento,
seguro agrícola, sementes, dentre outros no direcionamento dos seus investi-
mentos. Como exemplo, temos a cultura do trigo no Estado do Mato Grosso do
Sul e da cana-de-açúcar no Estado de Minas Gerais.

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CARACTERÍSTICAS IMPORTANTES DE
ÉPOCA DE SEMEADURA

Características da Cultura

As culturas são divididas em três categorias quanto ao seu ciclo. Anuais:


também conhecida como temporária, a cultura anual é aquela que completa o
seu ciclo de vida dentro de uma estação, perecendo após a colheita, apresenta
época definida, nesses casos a época de semeadura/plantio é de grande impor-
tância. Exemplo: arroz, feijão, milho, soja, olerícolas, flores, etc. Perenes: conhe-
cida também como permanente, a cultura perene é aquela que cresce de ano
para ano, sendo muitas vezes necessário um período de vários anos para que
se torne produtiva. Esta não perece necessariamente após a colheita.
Caso exista a possibilidade de irrigação, a época de semeadura/plantio
não importa. Exemplo: citrus, café, seringueira, coco, abacate, etc. Semi-pere-
nes: também chamada de bienal, a cultura semi-perene é aquela que normal-
mente completa seu ciclo num período de duas ou mais estações de cresci-
mento. Exemplo: cana-de-açúcar, abacaxi, banana, mamão, etc. Profundidade
de semeadura ou plantio geralmente a profundidade deve ser 2,5 vezes o tama-
nho da semente. Sementes maiores possuem mais reservas para o desenvolvi-
mento inicial.
A profundidade de semeadura depende:
a) Características da semente normalmente as leguminosas são mais exigentes
que as gramíneas, além disso, existem diferenças quanto ao tipo de germinação.

Tipo de germinação: Epígea - é quando os cotilédones se elevam acima


do solo (feijão). Hipógea - é quando os cotilédones permanecem abaixo do solo
(milho).

31
b) Tamanho da semente: As sementes maiores apresentam maior quantidade
de reservas e consequentemente podem ser cobertas com uma maior quanti-
dade de terra.
c) Tipos de solo: Os solos arenosos normalmente apresentam menor retenção
de água na camada superficial ou perdem água mais rapidamente nessa ca-
mada. Portanto a semeadura nos solos mais arenosos deve ser mais profunda
que nos argilosos, entretanto no caso de ocorrer chuvas pesadas, pode haver
assoreamento do sulco como acontece muitas vezes com a cultura do milho e
cana-de-açúcar.
No caso da utilização de mudas, como exemplo café, citrus, seringueira,
etc. deve colocálas no campo à mesma profundidade que se encontravam nas
condições de viveiro. As mudas de citrus, por exemplo, quando colocadas em
profundidades maiores do que aquelas do viveiro, ficam mais sujeitas à ocorrên-
cia de gomose.

Figura 20

ARMAZENAMENTO DE SEMENTES

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As sementes devem ser armazenadas em galpões ventilados, protegidas
do sol, onde a temperatura não ultrapasse os 25°C e a umidade não ultrapasse
40%. Os sacos de sementes não devem ficar em contato com o chão ou com as
paredes do armazém e, sim, sobre estrados de madeira a uma altura de aproxi-
madamente 10 cm do chão. As sementes não devem ser armazenadas junta-
mente com adubos ou produtos químicos. Deve - se tomar especial cuidado com
o controle de roedores. Caso não seja possível manter essas condições na pro-
priedade recomenda - se que o agricultor retire as sementes do seu fornecedor
apenas na véspera do plantio.

Figura 21

TRATAMENTO DE SEMENTES

Tem por objetivo a eliminação de pragas ou doenças que possam ser


levadas através das sementes ou oferecer proteção durante a fase de germina-
ção e desenvolvimento inicial das plântulas. Ex: Cupins, fungos de solo. O trata-
mento de sementes normalmente é econômico e a eficiência pode ser maior ou
menor, dependendo da época do ano. Normalmente as respostas são maiores

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na época das águas, onde a temperatura e a umidade alta propiciam melhor
desenvolvimento de microrganismos. Também na época de inverno onde o nú-
mero de dias para a emergência aumenta maior são as possibilidades de ataque
de microrganismos. Fatores que afetam: temperatura e umidade.
Inseticidas e fungicidas específicos: são utilizados produtos específicos
para cada cultura. Como tratar: O tratamento de sementes com fungicidas, a
aplicação de micronutrientes e a inoculação podem ser feitos com máquinas es-
pecificas de tratar sementes (Figura 19), tambor giratório ou com betoneiras.
Deve-se evitar o uso de lona ou o tratamento direto na semeadora pois há pro-
blema com intoxicação e mistura não é uniforme. Betoneira: uniformidade de
tratamento e grande rendimento de operação. Tambor giratório: barato e propicia
uma mistura uniforme. Maquinas de tratamento de sementes: propicia maior ren-
dimento Encerado: maior cuidado com intoxicação e mistura não é uniforme.

Figura 22

TRATAMENTO DE MUDAS/TOLETES

As mudas destinadas ao plantio devem, sempre que possível, ser obtidas


pelo produtor diretamente no campo, tendo toda sua atenção voltada para a re-
tirada de partes vigorosa, sem nenhum sintoma de doenças e pragas e proveni-
entes de plantas produtoras e sadias. As plantas podem ser atacadas por pragas
e doenças as quais são transmitidas através da muda. Assim, através do trata-
mento da muda é possível um controle fitossanitário parcial das plantas. Por
exemplo, no abacaxizeiro: após a retirada dos filhotes da planta-mãe, as mudas

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devem ficar espalhadas no campo mesmo com a parte do corte para cima, para
a realização da "cura".
Em seguida, é feita uma rigorosa seleção, eliminando-se toda e qual-
quer muda que apresentar sintomas de exsudação (resina), amarelecimento e
outros defeitos. Além disso, devem ser colocadas em caixas plásticas, vazadas,
para o tratamento. As caixas com os mudas serão submersas em solução de
agrotóxicos para tratamento. Deve ser preparado também outro tipo de recipi-
ente, para conter a solução de tratamento, onde a caixa com as mudas serão
submersos. A solução de tratamento devera ser preparada com água limpa, com
volume suficiente para submersão das mudas e preparada com fungicidas e in-
seticidas registrados para a cultura.

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