Resumo PL Bioquímica I (1)
Resumo PL Bioquímica I (1)
Resumo PL Bioquímica I (1)
Lei de Lambert-Beer: A dC ,
A-absorvância da solução a um determinado comprimento de onda
-coeficiente de extinção molar (parâmetro característico da
substância a um comprimento de onda definido) M-1.cm-1
d-percurso ótico (distância percorrida pela luz quando atravessa a
amostra, normalmente 1 cm (largura da cuvette)) cm
I C-concentração da substância M
Transmitância=
I0
1
Absorvância= log
T A lei não é aplicável quando:
I0-radiação incidente Se aumenta a concentração da substância (as moléculas começam
I-radiação a reagir entre si) desvios à linearidade
transmitida O valor da absorvância são muito grandes, a radiação emitida é
muito pequena os valores de A registados são inferiores aos previstos
a essas concentrações.
A molécula que está a absorver sofre alterações das suas
propriedades (pode sofrer agregação, degradação ou alterar o seu estado
de ionização) há uma alteração do
Nota: O comprimento de onda utilizado foi de 590 nm pois é onde ocorre o pico de
absorvância do azul de bromofenol (absorve no vermelho surge como azul)
Resultados:
4,5
4 y = 16740x + 0,4809
3,5 R² = 0,7908
3
2,5
Abs
2
1,5
1
0,5
0
0 0,00005 0,0001 0,00015 0,0002 0,00025
[Brom]/M
Conclusão:
Sendo que A=εdC e A=16740 C + 0,4809, tem-se que declive=εd, logo ε=16740 M-1.cm-1
Quanto ao ponto 4 do procedimento (adição de HCl), verifica-se que a absorvância da
solução diminui (A=0,016) e o pH diminui (torna-se ácido). Além disso, passa a absorver
comprimentos de onda mais curtos, o que se verificou pela mudança da cor da solução (passa a
ser amarela).
2. Quantificação de proteína pelo método do Biureto
Procedimento:
1. Preparar 9 tubos de ensaio com as seguintes composições:
Solução de albumina
Tubo de ensaio Solução A (ml) Água desionizada (ml)
10mg/ml (ml)
1 - - 1,0
2 0,2 - 0,8
3 0,4 - 0,6
4 0,6 - 0,4
5 0,8 - 0,2
6 1,0 - -
7 - 1,0 -
8 - 0,5 0,5
9 - 0,1 0,9
Abs
4 6 0,234 0,2
5 8 0,312 0,15
0,1
6 10 0,402 0,05
7 0 0,126 0
8 0 0,063 0 2 4 6 8 10 12
9 0 0,01 [BSA]/M
Conclusão:
A concentração de proteína na solução A será a média dos valores viáveis encontrados.
Neste caso, [proteína]=2,5mg/ml. Na realidade, a concentração de proteína na solução A era de
3mg/ml.
Nota: Deve-se ter em conta que a lei de Lambert-Beer nem sempre é válida, por exemplo,
se a concentração de proteína fosse muito elevada, a absorvância seria muito grande e,
provavelmente, não estaria incluída no intervalo de valores utilizados para a obtenção da
equação da reta, sendo que assim não seria válida a sua utilização.
3. Determinação dos parâmetros cinéticos de um enzima – fosfatase ácida
Equação de Lineweaver-Burk:
1 Km 1 1
v vmáx S vmáx
Fosfatase ácida (atividade ótima em meio acídico): possui uma especificidade alargada para
monoésteres de fosfato, hidrolisando a sua ligação éster:
2. Adicionar 0,1ml da solução de fosfatase ácida aos tubos EC, 0,25, 0,5, 1, 1,5, 2 e 2,5.
Após cada adição, agitar e colocar o tubo num banho de gelo para impedir a atividade do enzima.
3. Colocar todos os tubos num banho a 30ºC durante 10 minutos. Retirar os tubos e
colocá-los imediatamente num banho de gelo.
4. Adicionar 5ml de NaOH 0,2M a cada tubo. Manter os tubos à temperatura ambiente.
5. Ler as absorvâncias a 405nm, usando como branco o tubo 0.
6. Subtrair às leituras dos tubos 0,25, 0,5, 1, 1,5, 2 e 2,5 a leitura obtida para o tubo EC
e a leitura obtida no tubo A de igual numeração.
Nota: O tubo EC, que contém enzima sem substrato, permite descontar a absorvância devida
à presença de enzima e o tubo A (sem enzima) desconta a absorvância devida à libertação
de p-nitrofenol que não resulta da ação catalítica do enzima (hidrólise espontânea do
substrato). O valor de absorvância obtido após estas deduções corresponde à libertação de
p-nitrofenol devida exclusivamente à catálise enzimática.
Abs 1
Pi / min 1000 6
10 min
Resultados:
Abs
V=
10 min
0,01
1/v (min.mM-1)
1 1
b 23,18 vmáx 0, 043141mM / min
vmáx vmáx
Km Km
m 7, 0691 K m 0,305mM
vmáx 0, 043141
Nota: Não é possível calcular a constante catalítica (kcat) pois não é conhecida a concentração
total do substrato.
4. Deteção e quantificação de açúcares redutores com o reagente de DNS
Procedimento:
1. Preparar 12 tubos de ensaio com as seguintes composições:
Solução de tampão fosfato Solução de α-amilase
Solução (0,5mL)
20mM, pH=7,0 (ml) 0,05mg/mL
Glucose 1g/L 0,5
Frutose 1g/L 0,5
Sacarose 1g/L 0,5
Sacarose 1g/L 0,5
Lactose 1g/L 0,5
Lactose 1g/L 0,5
Maltose 1g/L 0,5
Maltose 1g/L 0,5
Galactose 1g/L 0,5
Amido 1g/L 0,5
Amido 1g/L 0,5
Água 0,5
2. Incubar todos os tubos num banho de água a 37 ºC durante 15 minutos.
3. Preparar uma segunda série de tubos com 1,0mL de cada solução de glucose (g/L): 0,
0,1, 0,2, 0,4, 0,6, 0,8, 1,0, 1,2.
4. Adicionar 1mL do reagente de DNS a todos os tubos (20 no total) e colocá-los num
banho de água a 100 ºC durante 15 minutos.
5. Retirar os tubos do banho e aguardar alguns minutos para baixar a temperatura.
Adicionar 10mL de água destilada a cada tubo. Misturar bem.
6. Ordenar os tubos por cor e ler as absorvâncias a 540 nm, usando como “branco” o
tubo da série dos padrões que não contém glucose (0).
Resultados:
0,3
0,15
0,1
0,05
0
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 1,2 1,4
[Glc](g/L)
Ponto importante:
Os tubos são ordenados por cor (mais claro mais escuro) pois quanto mais
forte for o castanho da solução (Nota: O DNS muda de amarelo para castanho.) maior era a
concentração de açúcar redutor na solução, e assim não vai haver contaminação das
soluções mais concentradas.
Utiliza uma fase estacionária de sílica gel, distribuída uniformemente sobre um suporte
plano, formando uma película de espessura com cerca de algumas décimas de milímetro, e
uma fase móvel (eluente) constituída por um solvente ou mistura de solventes orgânicos,
que, ao difundir-se através da fina camada sólida, arrasta consigo os compostos
adsorvidos à fase estacionária consoante as suas solubilidades relativas no eluente e a
afinidade para a fase estacionária.
Objetivo: Separar as várias classes de lípidos existentes numa gordura vegetal e numa
gordura animal por cromatografia de adsorção em camada fina de sílica gel.
Procedimento:
1. Preparar uma tina para cromatografia: papel de filtro numa das paredes da tina e
100mL de eluente (Éter de petróleo-éter dietílico-ácido acético em 80:20:1). Aguardar 30
minutos.
2. Traçar a lápis uma linha horizontal na placa de sílica a 1,5cm da extremidade inferior.
3. Aplicar as seguintes amostras a 1,5cm de distância entre cada uma: 15μl de ácido
esteárico, ácido oleico, colesterol, oleato de colesterol e trioleína; 10μl de banha; 5μl de azeite.
4. Colocar a placa na tina e tapar. Esperar cerca de 30 minutos.
5. Retirar a placa da tina e traçar a lápis a linha da frente do solvente. Seca a placa com
o secador.
6. Colocar a placa numa tina saturada com vapores de iodo e aguardar alguns segundos
até estar revelada – os lípidos surgirão como manchas castanhas.
7. Retirar a placa e delinear a lápis cada uma das manchas
Resultados:
2,3
Rf (ácido oleico)= 0,16
14
0, 7
Rf (colesterol)= 0, 05
14
14cm 9, 2
Rf (oleato de colesterol)= 0, 66
14
6, 7
Rf (trioleína)= 0, 48
14
0,8
Rf (azeite1)= 0, 06
14
5,9
Rf (azeite2)= 0, 42
14
6, 7
Rf (banha)= 0, 48
Ácido
esteárico
Ácido Colesterol Oleato de
oleico colesterol
Trioleína Azeite Banha 14
𝑑𝑖𝑠𝑡â𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑝𝑒𝑟𝑐𝑜𝑟𝑟𝑖𝑑𝑎 𝑝𝑒𝑙𝑜 𝑐𝑜𝑚𝑝𝑜𝑠𝑡𝑜
Nota: Fator de retenção: 𝑅𝑓 = 𝑑𝑖𝑠𝑡â𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑝𝑒𝑟𝑐𝑜𝑟𝑟𝑖𝑑𝑎 𝑝𝑒𝑙𝑜 𝑒𝑙𝑢𝑒𝑛𝑡𝑒
Quanto mais apolar/hidrofóbico for o lípido, mais migra na sílica, tendo maior afinidade ao
eluente (que é hidrofóbico e sobe por capilaridade). Quanto mais hidrofílico menos migra.
Conclusão: O oleato de colesterol é o que migra mais, sendo o mais hidrofóbico, seguido
da trioleína e do ácido oleico. O colesterol é o que migra menos, sendo o mais hidrofílico, pois
possui um grupo hidroxilo que lhe confere um caráter polar.
Quanto aos componentes do azeite, verifica-se pela cromatografia que é a trioleína.
(Nota: O azeite não contém colesterol, pelo que a semelhança nas migrações é coincidência e a
do azeite neste ponto corresponderá a um outro lípido não testado. O mesmo acontece com a
banha e a trioleína, não sendo este lípido um componente da banha.)
Nota: A função do iodo é interagir com as ligações duplas dos lípidos, formando as manchas
castanhas observadas. Não foi possível observar nenhuma mancha no ácido esteárico pois
este lípido não possui nenhuma ligação dupla.