CT PPGEC M Andrade, Ricardo Mauricio de Freitas 2019

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UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL


MESTRADO ACADÊMICO EM ENGENHARIA CIVIL

RICARDO MAURICIO DE FREITAS ANDRADE

ANÁLISE DA RELAÇÃO ENTRE A QUALIDADE DA ÁGUA, O USO E


OCUPAÇÃO DO SOLO E A DENSIDADE DEMOGRÁFICA NA BACIA
HIDROGRÁFICA DO RIO PASSAÚNA

DISSERTAÇÃO

CURITIBA
2019
RICARDO MAURICIO DE FREITAS ANDRADE

ANÁLISE DA RELAÇÃO ENTRE A QUALIDADE DA ÁGUA, O USO E


OCUPAÇÃO DO SOLO E A DENSIDADE DEMOGRÁFICA NA BACIA
HIDROGRÁFICA DO RIO PASSAÚNA

Trabalho de Dissertação apresentado


como requisito parcial à obtenção do título
Mestre em Engenharia Civil, do Programa
de Pós-graduação em Engenharia Civil da
Universidade Tecnológica Federal do
Paraná.

Orientadora: Profª. Drª. Celimar Azambuja


Teixeira

CURITIBA
2019
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação

Andrade, Ricardo Mauricio de Freitas


Análise da relação entre a qualidade da água, o uso e ocupação do solo
e a densidade demográfica na bacia hidrográfica do Rio Passaúna [recurso
eletrônico / Ricardo Mauricio de Freitas Andrade. -- 2019.
1 arquivo texto (186 f.): PDF; 17,7 MB.

Modo de acesso: World Wide Web


Título extraído da tela de título (visualizado em 13 dez. 2019)
Texto em português com resumo em inglês
Dissertação (Mestrado em Engenharia Civil) - Universidade Tecnológica
Federal do Paraná. Programa de Pós-graduação em Engenharia Civil,
Curitiba, 2019
Bibliografia: f. 135-141.

1. Engenharia civil - Dissertações. 2. Passaúna, Rio (PR) - Água -


Qualidade. 3. Bacias hidrográficas - Curitiba, Região Metropolitana de (PR)
- Administração. 4. Recursos hídricos - Administração. 5. Abastecimento de
água. 6. Recuperação ecológica. 7. Rios - Recuperação. 8. Água - Poluição.
I. Teixeira, Celimar Azambuja. II. Universidade Tecnológica Federal do
Paraná. Programa de Pós-graduação em Engenharia Civil. III. Título.

CDD: Ed. 23 – 624


Biblioteca Central da UTFPR, Câmpus Curitiba
Bibliotecário: Adriano Lopes CRB-9/1429
Dedico este trabalho à minha querida avó
Maria das Graças Lima de Andrade
(in memoriam),

com muito amor e saudade.”


AGRADECIMENTOS

Aos meus pais Amâncio e Maria Aparecida e aos irmãos Letícia e Robinson,
que sempre estiveram meu lado, incentivando-me e nunca me deixando desistir, muito
obrigado pelo carinho, apoio, compreensão e amor.
A minha orientadora, Profª Dra. Celimar Azambuja Teixeira, que desde o início
incentivou a realização deste trabalho, oferecendo, ideias e apoio irrestrito,
compreendendo, em diversas ocasiões, questões pessoais que poderiam
comprometer o andamento e conclusão deste estudo.
Ao Professor Dr. Fernando Oliveira de Andrade, membro da banca
qualificação, pelas sugestões, críticas e opiniões que fizeram a diferença para a
finalização deste estudo.
Ao Professor Dr. Rivail Vanin de Andrade, pelas sugestões, análises e
opiniões que contribuíram para a melhoria deste estudo.
Ao Professor Flavio Bentes Freire, pelo apoio, incentivo, confiança, desde a
graduação, como também pelas sugestões, críticas e opiniões, tanto para a
qualificação como para a defesa, que foram muito importantes para a finalização deste
estudo.
Ao amigo Cauan pelo apoio e pela amizade.
Ao amigo Arqº Milton Luiz Brero de Campos por compartilhar seu
conhecimento e suas ideias, que foram essenciais para realização deste estudo.
Aos colegas e amigos da Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba,
pelo apoio e incentivo na realização deste estudo.
Aos colaboradores da Sanepar e do Instituto Ambiental do Paraná, por
compartilharem informações essenciais ao desenvolvimento dessa pesquisa.
Por fim, a todas as pessoas que contribuíram, direta ou indiretamente para
que fosse possível a conclusão dessa dissertação de Mestrado, à minha mais sincera
gratidão.
RESUMO

ANDRADE, Ricardo Mauricio de Freitas. Análise da Relação entre a Qualidade Da


Água, o Uso do Solo e a Densidade Demográfica na Bacia Hidrográfica do Rio
Passaúna. 186 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia Civil) – Programa de Pós-
Graduação em Engenharia Civil – Universidade Tecnológica Federal do Paraná.
Curitiba, 2019.

As Áreas de Proteção Ambientais (APA’s) criadas na Região Metropolitana de Curitiba


visam à proteção das bacias contribuintes das represas de abastecimento público,
atuais e futuras, dentre as quais a APA do Passaúna tem um importante papel. Este
trabalho teve o objetivo avaliar a relação entre o uso e ocupação do solo e a densidade
demográfica na qualidade da água bacia hidrográfica do Rio Passaúna. Para tanto,
utilizaram-se os dados históricos de parâmetros de Qualidade da Água das estações
de amostragem do IAP disponíveis na área de pesquisa, disponíveis entre os anos de
1991 a 2016, no período da Primavera, através do quais se obteve o indicador da
AIQA (Avaliação Integrada da Qualidade da Água). Tendo como referência a
localização dessas Estações de Amostragem, definiram-se as áreas das sub-bacias
que correspondem as suas respectivas áreas de escoamento. Para os anos de 2000,
2010 e 2016 foram definidas para as áreas destas sub-bacias a densidade
demográfica, o uso do solo e do atendimento da rede coletora de esgoto, os quais
foram comparados aos parâmetros de qualidade da água, sendo verificados os seus
respectivos limites de acordo com os limites estabelecidos para as Classes do Corpo
d’agua na Resolução CONAMA 357/2005. De modo geral, observou-se que as
maiores restrições quanto ao uso do solo e ocupação do solo na APA do Passaúna,
contribuíram para manutenção ou melhora da qualidade da água. Na sub-bacia SB
28, onde foi não foi verificada a presença de áreas urbanizadas, a maior cobertura por
áreas de vegetação arbórea e a melhor preservação de vegetação ripária, indicaram
uma relação desses fatores com a melhor condição de qualidade verificada neste
ponto de monitoramento em comparação aos demais. Nas sub-bacias a montante da
captação da represa (SB 30, SB 31, SB 33 e SB 35), a degradação da qualidade da
água esteve associada frequentemente a presença de Coliformes Fecais e
Escherichia Coli. A sub-bacia SB 11, fora do perímetro da APA do Passaúna, em
relação às sub-bacias a montante a jusante da represa, verificou uma pior condição
de qualidade da água, relacionada a maior permissividade de usos e de maior
presença de áreas urbanizadas e industriais. Em algumas sub-bacias, apesar do
aumento da urbanização e da densidade demográfica, observou-se que a ampliação
do atendimento da rede de coleta de esgoto sanitário contribuiu para a melhora ou
manutenção na qualidade das águas nos anos avaliados. Os resultados advertem
sobre a necessidade de implementação de medidas mitigadoras de poluição como a
conscientização da população, aumento dos mecanismos de controle e fiscalização
dessas áreas, assim como a ampliação da rede de coleta e de tratamento de esgoto.

Palavras-chave: Gestão de Recursos Hídricos, Qualidade de água, Mananciais de


Abastecimento Público
ABSTRACT

ANDRADE, Ricardo Mauricio de Freitas. Analysis the relation between water


quality, use and soil occupation, and demographic in the hydrographic basin of
of Passauna. 186 p. Dissertation (Master of Civil Engineer) – Pos Graduation in Civil
Engineer - Universidade Tecnológica Federal do Paraná. Curitiba, 2019.

The designated areas of environment protection (APA) created in the Metropolitan


Region of Curitiba, are intended to protect river basins that feed into the dams providing
water supply now and for future generations. Between those dams are the APA of
Passauna, with a delimited hydrographic of the Passauna basin, it is an important
channel for public water supply. The objective of this work is to evaluate how the use
and occupation of soil and demographic density influence the quality of water in the
hydrographic basin. This study made use of historical data used to determine the water
quality in the sample stations of the IAP available during the spring months between
1991 to 2016. This study is based on samples collected the AIQA (Integrated
evaluation of water quality) located in the water station sample collection and their
respective sewage area. The data was collected over the years of 2000, 2010, 2016,
and the results assessed the demographic density, use of soil and the sewage
collection system near the sub-basins. In addition, the results verified the parameters
to accordance with the limits established by the Class 2 qualification of the water quality
as defined at the resolution CONAMA 357/2005. In general, the restrictions for use and
soil occupation in urban and industrial areas established by the APA of Passauna
contributed to the maintenance of water quality. In the sub-basin SB 28, where it wasn’t
detected urbanized areas, it was identified a huge area of arboreal vegetation and a
better preservation of Riparian Vegetation, therefore a better water quality in relation
to the others. In the sub-basins upstream the dam (SB 30, SB 31, SB 33 e SB 35), the
degradation of water quality is associated to the presence of Fecal Coliforms and
Escherichia Coli. In the sub-basins SB 11, outside the Passaúna APA perimeter,
downstream the dam, there is a significant decrease of water quality, that is related to
an increase of soil use, urbanization and population density. In some sub-basins
despite increased urbanization and population density in these areas, it was observed
that increased sewage collection contributes to improve or maintain the water quality
based on the date provided in the past years. The results indicate the need to
implement mitigating measures to reduce water pollution, increase awareness, and
improve regulation to support through inspection in these areas, as well as increase
the sewage collection system in these areas.

Keywords: Management of water resources, water quality, Public basins maintenance.


LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Pressão Urbana nas Bacias Hidrográficas de Mananciais ........................ 26


Figura 2 - Localização das APA’s e UTP’s da RMC .................................................. 27
Figura 3 - Uso do solo nas APA’s e UTP’s da RMC .................................................. 28
Figura 4 - Diagrama da estrutura de organização das etapas da Metodologia ......... 47
Figura 5 - Localização da APA do Rio Passaúna ...................................................... 48
Figura 6 - Delimitação das Sub-bacias versus divisas municipais ............................ 49
Figura 7 - Delimitação das Sub-bacias a partir das Estações de Amostragem ......... 51
Figura 8 - Delimitação das Sub-bacias a partir das Estações de Amostragem ......... 53
Figura 9 - Campo das soluções possíveis do Indicador de Qualidade Integrada ...... 56
Figura 10 - Representação de um ponto hipotético em relação ao de Qualidade Ideal
.................................................................................................................................. 57
Figura 11 - Interseção entre a áreas das sub-bacias dos Setores Censitários ......... 60
Figura 12 - Densidade Demográfica na APA do Passaúna no Ano de 2010 ............ 61
Figura 13 - Faixa de abrangência estimada da Rede de Coleta de Esgoto .............. 65
Figura 14 – Trecho da Sub-bacia SB 32: Área de Abrangência da RCE .................. 66
Figura 15 - Localização do Aterro da Lamenha Pequena ......................................... 82
LISTA DE QUADROS

Quadro 1 - Limites de Qualidade de acordo com as classes da Resolução CONAMA


357/05 ....................................................................................................................... 37
Quadro 2 - Classificações de Uso e Ocupação do Solo ............................................ 63
Quadro 3 – Estimativa da densidade demográfica nos anos de 1991 e 2000 nas Sub-
bacias ........................................................................................................................ 68
Quadro 4 - – Estimativa da Densidade Demográfica para o ano de 2010 nas Sub-
bacias ........................................................................................................................ 69
Quadro 5 - Estimativa da Densidade Demográfica para o ano de 2016 nas Sub-bacias
.................................................................................................................................. 69
Quadro 6 - Parâmetros e Indicadores de Qualidade da Água na Estação de
Amostragem AI 27 ..................................................................................................... 71
Quadro 7 - Parâmetros e Indicadores de Qualidade da Água na Estação de
Amostragem AI 28. .................................................................................................... 75
Quadro 8 - Variação do Uso do Solo e da Densidade Demográfica na SB 28 .......... 78
Quadro 9 - Parâmetros e Indicadores de Qualidade da Água na Estação de
Amostragem AI 29 ..................................................................................................... 83
Quadro 10 - Parâmetros e Indicadores de Qualidade da Água na Estação de
Amostragem AI 30 ..................................................................................................... 87
Quadro 11 - Variação do Uso do Solo e da Densidade Demográfica na SB 30 ........ 90
Quadro 12 - Parâmetros e Indicadores de Qualidade da Água na Estação de
Amostragem AI 31 ..................................................................................................... 93
Quadro 13 - Variação do Uso do Solo e da Densidade Demográfica na SB 31 ........ 96
Quadro 14 - Parâmetros e Indicadores de Qualidade da Água na Estação de
Amostragem AI 32. .................................................................................................... 99
Quadro 15 - Variação do Uso do Solo e da Densidade Demográfica na SB 32 ...... 102
Quadro 16 - Parâmetros e Indicadores de Qualidade da Água na Estação de
Amostragem AI 33. .................................................................................................. 105
Quadro 17 - Variação do Uso do Solo e da Densidade Demográfica na SB 33 ...... 108
Quadro 18 - Parâmetros e Indicadores de Qualidade da Água na Estação de
Amostragem AI 35 ................................................................................................... 111
Quadro 19 - Variação do uso do Solo e da abrangência da RCE na SB 35 ........... 114
Quadro 20 - Parâmetros e Indicadores de Qualidade da Água na Estação de
Amostragem AI 36. .................................................................................................. 117
Quadro 21 - Parâmetros e Indicadores de Qualidade da Água na Estação de
Amostragem AI 37. .................................................................................................. 123
Quadro 22 - Variação do Uso do Solo e da Densidade Demográfica na Sub-bacia SB
37 ............................................................................................................................ 125
Quadro 23 - Variação do Uso do Solo e da Densidade Demográfica na Sub-bacia SB
11 ............................................................................................................................ 131
Quadro 24 - Parâmetros e Indicadores de qualidade da água na Estação de
Amostragem AI 11 nos anos de 1991 a 2003 ......................................................... 163
Quadro 25 - Parâmetros e Indicadores de Qualidade da Água na Estação de
Amostragem AI 11 entre anos de 2004 a 2016. ...................................................... 164
Quadro 26 - Parâmetros e Indicadores de Qualidade da Água na Estação de
Amostragem AI 27 entre anos de 1991 a 2002 ....................................................... 165
Quadro 27 - Parâmetros e Indicadores de Qualidade da Água na Estação de
Amostragem AI 27 entre anos de 2003 a 2012 ....................................................... 166
Quadro 28 - Parâmetros e Indicadores de Qualidade da Água na Estação de
Amostragem AI 28 entre anos de 1991 a 2002 ....................................................... 167
Quadro 29 - Parâmetros e Indicadores de Qualidade da Água na Estação de
Amostragem AI 28 entre anos de 2003 a 2016 ....................................................... 168
Quadro 30 - Parâmetros e Indicadores de Qualidade da Água na Estação de
Amostragem AI 29 entre anos de 1991 a 2002 ....................................................... 169
Quadro 31 - Parâmetros e Indicadores de Qualidade da Água na Estação de
Amostragem AI 29 entre anos de 2003 a 2012 ....................................................... 170
Quadro 32 - Parâmetros e Indicadores de Qualidade da Água na Estação de
Amostragem AI 30 entre anos de 1991 a 2003 ....................................................... 171
Quadro 33 - Parâmetros e Indicadores de Qualidade da Água na Estação de
Amostragem AI 30 entre anos de 2004 a 2012 ....................................................... 172
Quadro 34 - Parâmetros e Indicadores de Qualidade da Água na Estação de
Amostragem AI 31 entre anos de 1991 a 2003 ....................................................... 173
Quadro 35 - Parâmetros e Indicadores de Qualidade da Água na Estação de
Amostragem AI 31 entre anos de 2004 a 2016 ....................................................... 174
Quadro 36 - Parâmetros e Indicadores de Qualidade da Água na Estação de
Amostragem AI 32 entre anos de 1991 a 2004 ....................................................... 175
Quadro 37 - Parâmetros e Indicadores de Qualidade da Água na Estação de
Amostragem AI 32 entre anos de 2005 a 2016 ....................................................... 176
Quadro 38 - Parâmetros e Indicadores de Qualidade da Água na Estação de
Amostragem AI 33 entre anos de 1991 a 2000 ....................................................... 177
Quadro 39 - Parâmetros e Indicadores de Qualidade da Água na Estação de
Amostragem AI 33 entre anos de 2001 a 2010 ....................................................... 178
Quadro 40 - Parâmetros e Indicadores de Qualidade da Água na Estação de
Amostragem AI 35 entre anos de 1991 a 2000 ....................................................... 179
Quadro 41 - Parâmetros e Indicadores de Qualidade da Água na Estação de
Amostragem AI 35 entre anos de 2001 a 2012 ....................................................... 180
Quadro 42 - Parâmetros e Indicadores de Qualidade da Água na Estação de
Amostragem AI 36 entre anos de 1991 a 2000 ....................................................... 181
Quadro 43 - Parâmetros e Indicadores de Qualidade da Água na Estação de
Amostragem AI 36 entre anos de 2001 a 2012 ....................................................... 182
Quadro 44 - Parâmetros e Indicadores de Qualidade da Água na Estação de
Amostragem AI 37 entre anos de 1991 a 2002 ....................................................... 183
Quadro 45 - Parâmetros e Indicadores de Qualidade da Água na Estação de
Amostragem AI 37 entre anos de 2003 a 2010 ....................................................... 184
LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Instrumentos legais para gestão do uso solo na RMC ............................. 30


Tabela 2 – Dados dos Centro de reservação que estão integrados ao Sistema
Passaúna. ................................................................................................................. 35
Tabela 3 - Faixas de Limites de Qualidade para Nitrogênio Amoniacal de acordo com
as Classes para Águas Doces da Resolução CONAMA 357/05 ............................... 37
Tabela 4 - Impactos Causados nos Recursos Hídricos pelas Atividades Antrópicas 39
Tabela 5 - Localização das Estações de Amostragem do IAP na Bacia do Passaúna
.................................................................................................................................. 52
Tabela 6 - Parâmetros e Indicadores de Qualidade da Água Avaliados ................... 54
LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 - Qualidade da água de 2000 a 2008 na Bacia do Lago Chaohu .............. 45


Gráfico 2 - Evolução da Qualidade da Água na Estação de Amostragem AI 27 ....... 72
Gráfico 3 - Evolução da Qualidade da Água na Estação de Amostragem AI 27 ....... 73
Gráfico 4 - Evolução da Qualidade da Água na Estação de Amostragem AI 28 ....... 76
Gráfico 5 - Evolução da Qualidade da Água na Estação de Amostragem AI 28 ....... 77
Gráfico 6 - Variação do Uso do Solo e da Densidade Demográfica na SB 28 .......... 79
Gráfico 7 - Evolução da Qualidade da Água na Estação de Amostragem AI 29 ....... 84
Gráfico 8 - Evolução da Qualidade da Água na Estação de Amostragem AI 29 ....... 85
Gráfico 9 - Evolução da Qualidade da Água na Estação de Amostragem AI 30 ....... 88
Gráfico 10 - Evolução da Qualidade da Água na Estação de Amostragem AI 30 ..... 89
Gráfico 11 - Variação do Uso do Solo e da Densidade Demográfica na SB 30 ........ 91
Gráfico 12 - Evolução da Qualidade da Água na Estação de Amostragem AI 31 ..... 94
Gráfico 13 - Evolução da Qualidade da Água na Estação de Amostragem AI 31 ..... 95
Gráfico 14 - Variação do Uso do Solo e da Densidade Demográfica na SB 31 ........ 97
Gráfico 15 - Evolução da Qualidade da Água na Estação de Amostragem AI 32 ... 100
Gráfico 16 - Evolução da Qualidade da Água na Estação de Amostragem AI 32 ... 101
Gráfico 17 - Variação do Uso do Solo e da Densidade Demográfica na SB 32 ...... 103
Gráfico 18 - Evolução da Qualidade da Água na Estação de Amostragem AI 33 ... 106
Gráfico 19 - Evolução da Qualidade da Água na Estação de Amostragem AI 33 ... 107
Gráfico 20 - Variação do Uso do Solo e da Densidade Demográfica na SB 33 ...... 109
Gráfico 21 - Evolução da Qualidade da Água na Estação de Amostragem AI 35 ... 112
Gráfico 22 - Evolução da Qualidade da Água na Estação de Amostragem AI 35 ... 113
Gráfico 23 - Variação do Uso do Solo e da Densidade Demográfica na SB 35 ...... 115
Gráfico 24 - Evolução da Qualidade da Água na Estação de Amostragem AI 36 ... 118
Gráfico 25 - Evolução da Qualidade da Água na Estação de Amostragem AI 36 ... 119
Gráfico 26 - Variação do Uso do Solo e da Densidade Demográfica na SB 36 ...... 121
Gráfico 27 - Evolução da Qualidade da Água na Estação de Amostragem AI 37 ... 124
Gráfico 28 - Evolução da Qualidade da Água na Estação de Amostragem AI 37 ... 125
Gráfico 29 - Variação do Uso do Solo e da Densidade Demográfica na SB 37 ...... 126
Gráfico 30 - Evolução da Qualidade da Água na Estação de Amostragem AI 11 ... 129
Gráfico 31 - Evolução da Qualidade da Água na Estação de Amostragem AI 11 ... 130
Gráfico 32 - Variação do Uso do Solo e da Densidade Demográfica na SB 11 ...... 132
LISTA DE FOTOS

Foto 1 - Imagem de satélite do ano de 2010 da área da sub-bacia SB 28.............. 145


Foto 2 - Imagem de satélite do ano de 2016 da área da sub-bacia SB 28.............. 145
Foto 3 - Imagem de satélite do ano de 2010 da área da sub-bacia SB 30.............. 147
Foto 4 - Imagem de satélite do ano de 2010 da área da sub-bacia SB 31.............. 149
Foto 5 - Imagem de satélite do ano de 2016 da área da sub-bacia SB 31.............. 149
Foto 6 - Imagem de satélite do ano de 2010 da área da sub-bacia SB 32.............. 151
Foto 7 - Imagem de satélite do ano de 2016 da área da sub-bacia SB 32.............. 152
Foto 8 - Imagem de satélite do ano de 2010 da área da sub-bacia SB 33.............. 154
Foto 9 - Imagem de satélite do ano de 2010 da área da sub-bacia SB 35.............. 155
Foto 10 - Imagem de satélite do ano de 2010 da área da sub-bacia SB 36 ............ 156
Foto 11 - Imagem de satélite do ano de 2010 da área da sub-bacia SB 36 ............ 157
Foto 12 - Imagem de satélite do ano de 2016 da área da sub-bacia SB 36 ............ 158
Foto 13 - Imagem de satélite do ano de 2010 da área da sub-bacia SB 11 ............ 159
Foto 14 - Imagem de satélite do ano de 2010 da área da sub-bacia SB 11 ............ 160
LISTA DE MAPAS

Mapa 1 - Uso do solo do ano de 2000 da área da sub-bacia SB 28 146


Mapa 2 - Uso do solo do ano de 2010 da área da sub-bacia SB 28 146
Mapa 3 - Uso do solo do ano de 2016 da área da sub-bacia SB 28 147
Mapa 4 - Uso do solo do ano de 2000 da área da sub-bacia SB 30 148
Mapa 5 - Uso do solo do ano de 2010 da área da sub-bacia SB 30 148
Mapa 6 - Uso do solo do ano de 2000 da área da sub-bacia SB 31 150
Mapa 7 - Uso do solo do ano de 2010 da área da sub-bacia SB 31 150
Mapa 8 - Uso do solo do ano de 2016 da área da sub-bacia SB 31 151
Mapa 9 - Uso do solo do ano de 2000 da área da sub-bacia SB 32 152
Mapa 10 - Uso do solo do ano de 2010 da área da sub-bacia SB 32 153
Mapa 11 - Uso do solo do ano de 2016 da área da sub-bacia SB 32 153
Mapa 12 - Uso do solo do ano de 2000 da área da sub-bacia SB 33 154
Mapa 13 - Uso do solo do ano de 2016 da área da sub-bacia SB 33 155
Mapa 14 - Uso do solo do ano de 2000 da área da sub-bacia SB 36 156
Mapa 15 - Uso do solo do ano de 2016 da área da sub-bacia SB 36 157
Mapa 16 - Uso do solo do ano de 2010 da área da sub-bacia SB 37 158
Mapa 17 - Uso do solo do ano de 2016 da área da sub-bacia SB 37 159
Mapa 18 - Uso do solo do ano de 2000 da área da sub-bacia SB 11 160
Mapa 19 - Uso do solo do ano de 2010 da área da sub-bacia SB 11 161
Mapa 20 - Uso do solo do ano de 2016 da área da sub-bacia SB 11 161
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas


ACAI Atividades de Controle Ambiental Intensivo
ACP Análise de Componentes Principais
ANA Agência Nacional de Águas
APA Área de Proteção Ambiental
AIQA Avaliação Integrada da Qualidade da Água
C Celsius
CERH Conselho Estadual de Recursos Hídricos
CETESB Companhia Ambiental do Estado de São Paulo
COALIAR Comitê das Bacias do Alto Iguaçu e Afluentes do
Alto Ribeira
COMEC Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba
CONAMA Conselho Nacional do Meio Ambiente
DBO5 Demanda Bioquímica de Oxigênio, com período de incubação
com de 5 dias
DQO Demanda Química de Oxigênio
EA Estação de Amostragem
E. coli Escherichia coli
ETA Estação de Tratamento de Água
FPA Fundo de Preservação Ambiental da RMC
FPIC Funções Públicas de Interesse Comum
FDd Fator de diluição
FT Fator de toxicidade
GM Gabinete do Ministro.
Hab. Habitantes
IAP Instituto Ambiental do Paraná
IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
INCRA Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária
IPPUC Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba
IQA Índice de Qualidade da Água
IT Índice de Toxicidade
Km Quilômetro
O2/ OD Oxigénio / Oxigénio Dissolvido
ONU Organização das Nações Unidas
pH Potencial Hidrogeniônico
MMA Ministério do Meio Ambiente
MPC Método da Programação de Compromisso
N Nitrogênio
mg.L-¹ Miligramas por litro
mg/L
NBR Norma Técnica da ABNT
NO2 Nitrito
NO3 Nitrato
NMP Número mais provável
P Fósforo
PARANACIDADE Serviço Social Autônomo - Paranacidade
RCE Rede de Coleta de Esgoto
RMC Região Metropolitana de Curitiba
SAIC Sistema de Abastecimento de Água Integrado de Curitiba
SANEPAR Companhia Paranaense de Saneamento
SB Sub-bacia
SEAB Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento
SIGPROM Sistema Integrado de Gestão e Proteção aos Mananciais da
RMC
SIH Sistema de Informações Hidrológicas
SINGREH Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos
SUDERHSA Superintendência de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e
Saneamento Ambiental do Paraná
STF Supremo Tribunal Federal
und Unidade
UNT Unidade Nefelométrica de Turbidez
UTP Unidades Territoriais de Planejamento
ZEE Zoneamento Ecológico Econômico
Zn Zinco
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .............................................................................................20
1.1 OBJETIVOS..................................................................................................22
1.1.1 OBJETIVO GERAL .......................................................................................22
1.1.2 OBJETIVO ESPECÍFICOS ...........................................................................22
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ........................................................................23
2.1 A GESTÃO DE RECURSOS HÍDRICOS NO BRASIL ..................................23
2.2 GESTÃO DE ÁREAS DE MANANCIAL NA REGIÃO METROPOLITANA DE
CURITIBA................................................................................................................25
2.2.1 A ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL DO PASSAÚNA..............................30
2.2.2 SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA INTEGRADO DE CURITIBA
(SAIC) E REGIÃO E O SISTEMA PASSAÚNA .......................................................33
2.3 PADRÕES E CLASSIFICAÇÕES DE QUALIDADE DAS ÁGUAS ...............35
2.3.1 CLASSES DE QUALIDADE DAS ÁGUAS SEGUNDO O CONAMA ............36
2.4 IMPACTOS DA ATIVIDADE ANTRÓPICA NA QUALIDADE DA ÁGUA .......38
2.5 ESTUDOS CORRELATOS ...........................................................................41
3 MATERIAIS E MÉTODOS ............................................................................47
3.1 CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE PESQUISA ...........................................48
3.2 DELIMITAÇÃO DAS ÁREAS DAS SUB-BACIAS .........................................50
3.3 LEVANTAMENTO HISTÓRICO DE DADOS DE PARÂMETROS E
INDICADORES DE QUALIDADE DAS ÁGUAS AVALIADOS .................................54
3.4 AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DAS ÁGUAS E INDICADORES DE
QUALIDADE DA ÁGUA ..........................................................................................56
3.5 ESTIMATIVA DA POPULAÇÃO NA ÁREAS DAS SUB-BACIAS .................59
3.6 USO E DE OCUPAÇÃO DO SOLO NAS SUB-BACIAS ...............................62
3.7 ESTIMATIVA DA ÁREA DE ABRANGÊNCIA DA REDE DE COLETA DE
ESGOTO .................................................................................................................65
4 RESULTADOS .............................................................................................67
4.1 RESULTADOS PARA A SUB-BACIA SB 28 (SB 28) ...................................70
4.1.1 ESTAÇÃO DE AMOSTRAGEM AI 27...........................................................70
4.1.2 ESTAÇÃO DE AMOSTRAGEM AI 28 E SUB-BACIA 28 (SB 28) .................74
4.2 RESULTADOS PARA A SUB-BACIA 30 (SB 30) .........................................81
4.2.1 ESTAÇÃO DE AMOSTRAGEM AI 29...........................................................81
4.2.2 ESTAÇÃO DE AMOSTRAGEM AI 30 E PARA A SUB-BACIA 30 (SB 30) ...86
4.3 RESULTADOS PARA A SUB-BACIA 31(SB 31) ..........................................92
4.4 RESULTADOS PARA A SUB-BACIA 32 (SB 32) .........................................98
4.5 RESULTADOS PARA A SUB-BACIA 33 (SB 33) .........................................104
4.6 RESULTADOS PARA A SUB-BACIA 35 (SB 35) .........................................110
4.7 RESULTADOS PARA A SUB-BACIA 36 (SB 36) .........................................116
4.8 RESULTADOS PARA A SUB-BACIA 37 (SB 37) .........................................122
4.9 RESULTADOS PARA A SUB-BACIA S11 ....................................................127
5 CONCLUSÕES E CONSIDERAÇÕES.........................................................134
REFERÊNCIAS .......................................................................................................138
APÊNDICE A – MAPA: REDE DE COLETA DE ESGOTO NA BACIA DO
PASSAÚNA PARA O ANO DE 2016 .....................................................................143
APÊNDICE B – MAPAS DAS ÁREAS DA SUB-BACIAS :IMAGENS DE SATÉLITE
E USOS E OCUPAÇÃO DO SOLO .......................................................................144
APÊNDICE C – VALORES MÉDIOS DO PARÂMETROS E INDICADORES DE
QUALIDADE DA ÁGUA DAS ESTAÇÕES DE AMOSTRAGEM DO IAP ..............162
ANEXO A – MAPA DO ZONEAMENTO ECOLÓGICO ECONÔMICO DA APA DO
PASSAÚNA ............................................................................................................185
ANEXO B – REDE DE DISTRIBUIÇÃO A PARTIR DO SISTEMA PASSAÚNA ...186
20

1 INTRODUÇÃO

A água é um recurso natural de extrema necessidade para à vida humana,


diversas civilizações da antiguidade se desenvolveram às margens de rios. Nos
oceanos estão 97,5% de toda a água existente no ciclo hidrológico da Terra e os 2,5%
remanescentes são encontrados nas calotas polares congeladas, nas águas
subterrâneas, nos rios, nos lagos, nas lagoas, em pântanos ou na umidade da
atmosfera (CECH, 2013).
As primeiras sociedades costumavam se desenvolver as margens dos rios e
seu progresso estava relacionado a gestão de seus recursos hídricos. Os egípcios,
por exemplo, utilizaram o rio Nilo para suas atividades agrícolas, o mesmo ocorreu
com os povos da Mesopotâmia que se instalaram entre os vales dos rios Tigre e
Eufrates. Uma gestão precária dos recursos hídricos trazia impactos negativos a
saúde e no bem-estar da população, influenciando em casos extremos na extinção de
uma civilização inteira (CECH, 2013; BITTENCOURT, 2014).
Considerando que a história humana na Terra tem pelo menos dois milhões
de anos, os processos ocupação, urbanização, modificação da paisagem, que
consequentemente acarretaram na degradação dos rios, são relativamente recentes
e remontam à 1ª Revolução Industrial, cerca de 150 a 200 anos atrás (ALMEIDA,
2010).
O processo de urbanização ao longo das últimas décadas tem ocasionado um
intenso crescimento da população urbana, enquanto a população rural diminuiu. Entre
1960 e 1980, o crescimento demográfico urbano, deveu-se, em sua maior parte, ao
intenso fluxo migratório rural-urbano, estima-se que nesse período que saíram do
campo para às cidades aproximadamente 43 milhões de pessoas. No período de 2000
a 2010, a população urbana aumentou em 23 milhões de habitantes, enquanto a
população rural diminuiu em 2 milhões. Esse processo de urbanização das últimas
décadas, não foi acompanhado pelo aumento adequado dos serviços de coleta e
tratamento dos esgotos domésticos (ANA, 2012; BRITO, 2013).
O crescimento urbano tem causado um aumento significativo no consumo
hídrico em função da concentração populacional, da necessidade de realização de
infraestruturas, dos serviços urbanos, dos equipamentos domésticos e das atividades
industriais, comerciais e de serviços (TUNDISI, 2011).
21

Para Tundisi (2013), os usos múltiplos e competitivos da água se acentuam e


colocam pressões suplementares sobre a quantidade, qualidade e governança da
água, tornando-se um elemento estratégico de grande importância para o
desenvolvimento territorial e econômico. Conforme a economia se desenvolve e se
diversifica, a necessidade de uma gestão eficiente e participativa maior é, de forma a
contribuir para o gerenciamento da escassez ou do estresse hídrico e de regular a
demanda de água entre seus múltiplos usos.
Nas últimas décadas tem crescido o número de pesquisas sobre os impactos
na qualidade da água, provocados pelas atividades agrossilvopastoris. De modo geral,
essas pesquisas apontam que a poluição difusa acarretada por estas atividades,
frequentemente, tem origem no carreamento da água da chuva dos solos agrícolas,
associado aos sedimentos carreados pela erosão do solo, como por exemplo, de
fertilizantes e defensivos agrícolas. Já em áreas de pecuária é relacionada aos
resíduos da criação animal, matéria orgânica e coliformes (ALVES et. al, 2012;
BARBOSA, 2012; CORNELLI et. al 2016, HUANG et. al, 2013; MONAGHAN et. al,
2007).
Tendo como pressuposto que o desenvolvimento das atividades realizadas
pelo ser humano deve ser conciliado com a proteção do meio ambiente, deve-se
buscar alternativas a políticas mais extremas acerca da proteção dos mananciais,
baseadas no modelo em que áreas de manancial não podem ser utilizadas, o que na
maioria das vezes ignora os conflitos sociais que envolvem as populações dessas
áreas.
Dentre as áreas de mananciais da Região Metropolitana de Curitiba, a escolha
da Bacia Hidrográfica do Passaúna, se deu em função desta possui um dos principais
reservatórios de abastecimento público. Além disso, observa-se nesta área, a
ocorrência de diversos fatores que interagem e interferem nos seus usos e na
proteção ambiental ocasionada pelas ações antrópicas, tais como: a destruição da
mata ciliar, as atividades agrossilvopastoris e a pressão desempenhada pelo processo
de urbanização, aumento das área construída e as ocupações irregulares do território
de margens de arroios e rios.
22

1.1 OBJETIVOS

1.1.1 Objetivo Geral

O presente trabalho tem por objetivo geral avaliar a relação entre os usos do
solo, a densidade demográfica e a qualidade da água, a partir de estimativas
populacionais e dados censitários do IBGE, dos parâmetros de qualidade avaliados
das amostras coletadas pelo IAP na Bacia Hidrográfica do Rio Passaúna e dos dados
de atendimento da Rede de Coleta de Esgoto (SANEPAR, 2018).

1.1.2 Objetivo Específicos

Os objetivos específicos do trabalho, são citados a seguir:

a. Analisar os impactos usos dos solos em decorrência das atividades antrópicas,


(atividades industriais, comerciais, agrossilvopastoris e ocupação
populacional), identificando a variação na qualidade de água nos anos
censitários de 1991, 2000, 2010 e para o ano de 2016;
b. Avaliar se há relação entre a qualidade de água e o uso do solo no ano de
2000, tendo como referência os dados de uso do solo realizado pela
SUDERHSA (2000) na a área da bacia do Alto Iguaçu, com também para os
anos de 2010 e de 2016 a partir de dados obtidos através de fotointerpretação
de imagens de satélite;
c. Verificar, por meio da comparação dos resultados das amostras avaliadas, os
parâmetros analisados que apresentaram violação dos limites estabelecidos
para a classe dos Corpos d’agua;
d. Identificar os conflitos entre as atividades ou elementos que prejudicam a
qualidade da água nas sub-bacia e propor ações para melhoria na qualidade
da água em função dos problemas encontrados;
e. Averiguar se há relação entre o atendimento da Rede de Coleta de Esgoto e a
qualidade da água.
23

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1 A GESTÃO DE RECURSOS HÍDRICOS NO BRASIL

Até o início do século XX, a gestão das águas no Brasil estava direcionada
para o predomínio dos usos privados da água, com autoridade regulatória precária ou
inexistente. O modelo econômico de desenvolvimento e crescimento sem atenção a
gestão dos recursos hídricos, resultou em um padrão insustentável de uso. Deste
modo, a gestão sustentável dos recursos hídricos, constitui como objetivo o debate
sobre o estabelecimento de metas quantitativas de abastecimento de água, esgoto e
controle de efluentes (ANA, 2011).
A Política Nacional do Meio Ambiente, Lei n º 6.938/81, é o instrumento que
define os mecanismos e instrumentos de proteção do meio ambiente no Brasil. Nesta
Política, não se têm como foco o disciplinamento sobre a gestão dos recursos hídricos.
Contudo, foi através dessa lei que foi criado o Conselho Nacional do Meio Ambiente
(CONAMA). O art. 8°, inciso VII, da Lei nº º 6.938/81, dispõe-se que: “Compete ao
CONAMA: ... Estabelecer normas, critérios e padrões relativos ao controle e à
manutenção da qualidade do meio ambiente com vistas ao uso racional dos recursos
ambientais, principalmente os hídricos” (BRASIL, 1981).
O Ministério do Meio Ambiente (MMA) foi criado em 1992 e até então apenas
dois instrumentos eram utilizados no país para regulamentação dos recursos hídricos,
o Código das Águas, de 1934 e a Constituição Federal de 1988. A partir da criação do
MMA algumas ações foram feitas para estruturar o setor de recursos hídricos no país,
entre elas foi instalada a Secretaria de Recursos Hídricos e criada a Agência Nacional
de Águas (ANA), e o Fundo Setorial de Recursos Hídricos.
Com a implantação da Política Nacional de Recursos Hídricos, amparada pela
Lei 9.433 de 1997, criaram-se princípios e normas de gestão dos recursos hídricos, e
definiu-se a bacia hidrográfica como um recorte natural de abrangência desse recurso
(BRASIL, 1997)
O Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos (SINGREH), foi
instituído pela Política Nacional de Recursos Hídricos. O objetivo desse sistema é
coordenar os instrumentos essenciais à gestão integrada das águas, tais como:
planejamento, regulamento e controle do uso, preservação, recuperação e a cobrança
24

dos recursos hídricos. A partir da aprovação dessa lei, o país passou a dispor de
instrumentos legais que visam garantir às gerações futuras a disponibilidade dos
recursos hídricos (BRASIL, 1997; MMA, 2017)
Os instrumentos para viabilizar a implantação da Gestão dos Recursos
Hídricos da Política Nacional de Recursos Hídricos, apresentados em seu art. 5º são:

“ I - os Planos de Recursos Hídricos;


II - o enquadramento dos corpos de água em classes, segundo os usos
preponderantes da água;
III - a outorga dos direitos de uso de recursos hídricos;
IV - a cobrança pelo uso de recursos hídricos;
V - a compensação a municípios;
VI - o Sistema de Informações sobre Recursos Hídricos” (BRASIL, 1997).

O enquadramento dos corpos d’água é o estabelecimento do nível de


qualidade a ser alcançado ou mantido em um segmento de corpo d’água ao longo do
tempo. À luz da Lei nº 9.433/1997, o enquadramento busca “assegurar às águas
qualidade compatível com os usos mais exigentes a que forem destinadas” e a
“diminuir os custos de combate à poluição das águas, mediante ações preventivas
permanentes” (ANA, 2012).
O Estatuto da Metrópole, Lei nº 13.089/2015, estabelece diretrizes gerais para
o planejamento, a gestão e a execução das Funções Públicas de Interesse Comum
(FPIC’s) em regiões metropolitanas e em aglomerações urbanas e também institui
normas sobre o Plano de Desenvolvimento Urbano Integrado e outros instrumentos
de governança interfederativa para o compartilhamento de responsabilidades e ações
entre entes da Federação em termos de organização, planejamento e execução das
FPIC’s.
A gestão dos recursos hídricos tem relação direta com diversas FPIC’s ligadas
ao desenvolvimento socioeconômico sustentável, o uso e ocupação do solo, ao meio
ambiente e a proteção dos mananciais de água, saneamento básico e aos resíduos
sólidos (BRASIL, 2015).
A Constituição Federal de 1988 no inciso IX do art. 23 atribui como competência
comum à União, aos Estados e aos Municípios a promoção de melhoria das condições
de Saneamento Básico (BRASIL, 1988).
Segundo o STF (2013), em Ação Direta de Inconstitucionalidade, a função
pública do saneamento básico normalmente extrapola o interesse local e passa a ter
natureza de interesse comum no caso de instituição de regiões metropolitanas,
25

aglomerações urbanas e microrregiões, nos termos do art. 25, § 3º, da Constituição


Federal (STF, 2013).
Ainda segundo o STF (2013), a instituição de regiões metropolitanas,
aglomerações urbanas ou microrregiões pode vincular a participação de municípios
limítrofes, com o objetivo de executar e planejar a função pública do saneamento
básico, seja para atender adequadamente às exigências de higiene e saúde pública,
seja para dar viabilidade econômica e técnica aos municípios menos favorecidos,
ainda que este caráter compulsório da integração metropolitana não esvazie a
autonomia municipal.
Um aspecto a ser considerado é que uma relação mais equilibrada entre os
recursos hídricos e o ambiente, a sociedade, o desenvolvimento econômico e a
sustentabilidade no uso dos recursos naturais, também se relacionam com gestão e
planejamento no setor público e no privado, bem como nos organismos que
expressam um controle social com diversos e diferentes atores, como os organismos
de gestão de recursos hídricos e saneamento básico: comitês de bacia, consórcios
públicos, e mesmo, dentre os operadores de concessões de serviços de água,
saneamento e energia elétrica, que afetam diretamente os cursos hídricos,
impactando diretamente as bacias hidrográficas (CECH, 2013).

2.2 GESTÃO DE ÁREAS DE MANANCIAL NA REGIÃO METROPOLITANA DE


CURITIBA

As pressões pela expansão da ocupação urbana, existentes nas áreas de


mananciais e de proteção ambiental demandam políticas públicas para regulação e
de uma política ambiental claramente delineada no âmbito regional (COMEC, 2019)
A Lei Estadual nº 12.248/1998 de Proteção aos Mananciais da RMC, criou o
Sistema Integrado de Gestão e Proteção aos Mananciais da RMC (SIGPROM), uma
estrutura criada a fim de estabelecer um instrumento legal, com base em critérios
técnicos, para conciliar as questões ligadas ao crescimento urbano e a proteção aos
mananciais da Região Metropolitana de Curitiba (COMEC, 1998).
A Lei 12.248/1998 possui como características principais a criação de
diversos instrumentos: Conselho Gestor dos Mananciais da RMC; Fundo de
26

Preservação Ambiental da Região Metropolitana de Curitiba (FPA-RMC); Sistema de


informações e a elaboração de um plano de monitoramento permanente; permuta de
potencial construtivo por áreas de preservação e as Unidades Territoriais de
Planejamento (UTP’s). Esta última juntamente com as Áreas de Proteção Ambiental
(APA’s), existentes anteriormente a publicação da citada lei, vem consolidando a
política de uso e ocupação do solo das áreas de mananciais (COMEC, 1998).
A relação entre as pressões pela ocupação urbana e os contornos espaciais
das APA’s e UTP’s, são ilustradas na Figura 1.

Figura 1 - Pressão Urbana nas Bacias Hidrográficas de Mananciais

Fonte: COMEC, 2012.

A Figura 1 ilustra o papel desempenhado pelas APA’s, como áreas de


proteção das bacias contribuintes das represas de abastecimento público, atuais e
futuras, enquanto as UTP’s têm por objetivo estabelecer espaços de transição de
ocupação entre os ambientes urbanos consolidados e as áreas de maior restrição
ambiental (COMEC, 2019)
No mapa da Figura 2, são apresentadas as APA’s e UTP’s da RMC e seu
contexto em relação as áreas urbanas, de parques e de mananciais.
27

Figura 2 - Localização das APA’s e UTP’s da RMC

Fonte: COMEC, 2018.

As UTP’s são territórios urbanos integrantes das áreas de interesse de


proteção de mananciais, delimitados em consequência de sua localização, em regiões
que sofrem pressão por ocupação, nas áreas urbanas dos municípios e por sua
proximidade com a acessibilidade viária (COMEC, 2019).
As APA’s têm seu planejamento fundamentado na capacidade de suporte da
bacia hidrográfica e na manutenção da qualidade da água nas represas de
abastecimento. Na Figura 3, o mapa apresenta, de forma simplificada, o uso do solo
nessas áreas (COMEC, 2019).
28

Figura 3 - Uso do solo nas APA’s e UTP’s da RMC

Fonte: Adaptado de COMEC, 2018.

As UTP’s regulamentadas por legislação estadual, são a de Pinhais, do


Guarituba, do Itaqui, de Quatro Barras e de Campo Magro. Entre as APA’s existentes
estão a do Irai, do Piraquara, do Pequeno, do Passaúna e do Verde, as quais
apresentadas na Figura 2. Dentre estas, somente as APA’s do Irai, do Piraquara e do
Passaúna, apresentadas na Figura 3, possuem seus planos ambientais aprovados,
através de um instrumento denominado Zoneamento Ecológico-Econômico (ZEE).
Para Nagamine et al (2014), a Lei 12.248/98 nasceu a partir do debate da
necessidade de prover as áreas de mananciais de abastecimento público com
instrumentos e diretrizes que fizessem frente aos problemas de uso e ocupação do
solo. Deste modo, buscou-se atuar de forma a instrumentalizar as principais áreas de
mananciais, que conviviam com o problema da grande pressão por ocupação,
intensificada pela condição de ilegalidade da população que ali se instalava em ritmo
crescente.
29

Ainda conforme Nagamine et al (2014), os zoneamentos propostos permitiram


a permanência de ocupações já consolidadas, contanto que não estejam em áreas
frágeis e de preservação permanente, consoante à diretriz de manutenção de baixas
densidades sobre área de mananciais. Não obstante, este mecanismo tem propiciado
diretrizes para tomada de decisão referente aos problemas de ocupação
indiscriminada destas áreas. Os autores concluem que a flexibilização do uso do solo
tem viabilizado a regularização fundiária dos assentamentos informais e uma
ocupação orientada das cidades.
A fim de preservar a qualidade da água nas áreas de mananciais, surge um
desafio que é a busca de densidades compatíveis com a destinada ao abastecimento
público nos municípios integrantes das áreas de proteção Através do disposto na Lei
12.248/1998, foram adotados novos parâmetros de gestão do uso e ocupação do solo
dos mananciais da RMC, a partir de necessidades identificadas como: “tratamento
diferenciado de áreas de manancial sob pressão por ocupação, compartilhamento do
processo de decisão, entre Estado e Municípios, e a necessidade de um efetivo
monitoramento e fiscalização do uso e ocupação do solo (COMEC, 1998; COMEC;
2019)”.
A política de uso e ocupação do solo nas áreas de interesse de proteção é
discutida e compartilhada entre os municípios que possuem seus territórios situados
em áreas de mananciais. A elaboração das políticas públicas voltadas a qualidade
ambiental das áreas de mananciais cabe ao Conselho Gestor dos Mananciais da
RMC, órgão colegiado, com poderes consultivo, deliberativo e normativo. Nesse
sentido, o Conselho Gestor dos Mananciais é considerado como a instância adequada
para a discussão e tomada de decisão, com a competência da aprovação da
delimitação das áreas de mananciais superficiais e subterrâneos da RMC (COMEC,
2019).
Conforme citado anteriormente, o compartilhamento de responsabilidades e
ações entre entes da Federação é realizada através da promoção da governança
interfederativa. Em relação a gestão da ocupação de áreas de manancial na RMC,
conforme apresentado na Tabela 1, a instrumentalização é realizada através da
legislação Municipal, Estadual e Federal, com o objetivo de estabelecer parâmetros e
condicionantes e em função do local de implantação e do tipo de uso.
30

Tabela 1 - Instrumentos legais para gestão do uso solo na RMC


Tipo da Ocupação Instrumento Legal

Áreas sob pressão de Ocupação


UTP’s - Unidades Territoriais de Planejamento (Estadual)
Urbana

Bacias Hidrográficas dos


Reservatórios de Abastecimento APA’s - Áreas de Proteção Ambiental (Estadual)
Público

Legislações Municipais de Uso e Ocupação do Solo – regidas


Áreas Urbanização Consolidada
pelos respectivos Planos Diretores Municipais, com definição
(Perímetros Urbanos Atuais)
Mapa de Zoneamento e Parâmetros de Uso e Ocupação do Solo

Áreas Rurais Legislação Federal - INCRA (Módulo Mínimo - 20.000 m²)


Fonte: Adaptado de COMEC, 2012.

Não obstante, há uma nova visão e um novo entendimento sobre a gestão


das áreas de mananciais, que é compartilhada por diversas instituições públicas e
privadas, apesar de muitas vezes os interesses ligados as questões políticas, sociais
e econômicas, que refletem na pressão pela ocupação dessas áreas, apresentarem-
se conflitantes, o que pode vir a colocar em risco a necessidade de proteção dos
mananciais (COMEC, 2019).
O tratamento dado pela Lei 12.248/98 ao reconhecer a possibilidade de
regularização fundiária em áreas de ocupação irregular, através da criação de áreas
de interesse social de ocupação. Essa nova visão, antecipando-se aos preceitos do
Estatuto da Metrópole, incorpora a realidade da população metropolitana e possibilita
a inclusão social de milhares de habitantes que eram impedidos de ter o direito à
moradia digna e acesso à infraestrutura básica (COMEC, 2019).

2.2.1 A Área de Proteção Ambiental do Passaúna

A APA do Passaúna, foi instituída através do Decreto Estadual n° 458/1991,


tendo sua delimitação alterada através da Lei Estadual 13.027/2000. A APA está
localiza em parte do território dos municípios de Almirante Tamandaré, Araucária,
Campo Largo, Campo Magro e Curitiba, Estado do Paraná e possui uma área de
15.690,00 hectares (COMEC, 1991; COMEC, 2000).
31

O objetivo de sua implantação foi a proteção e a conservação da qualidade


ambiental especialmente em relação a qualidade e quantidade da água para fins de
abastecimento público, através do estabelecimento de medidas e instrumentos para
gerenciar todos os fenômenos e seus conflitos sucedidos pela diversidade do
ordenamento territorial e do uso e ocupação do solo (COMEC,1991; COMEC, 2000).
O Zoneamento Ecológico Econômico (ZEE) da APA do Passaúna, cujo mapa
é apresentado no Anexo A, foi atualizado e alterado através do Decreto Estadual
5063/2001, do Decreto do Município de Curitiba Nº 250/2004 e pelo Decreto Estadual
Nº 8536/2017. O ZEE foi criado tendo em vista a necessidade de regulamentar o uso
das diversas atividades de modo a assegurar a preservação, melhoria e recuperação
da qualidade ambiental da região de manancial do Rio Passaúna (COMEC, 2001;
COMEC, 2017; CURITIBA; 2004)
O ZEE tem por objetivo: compatibilizar o zoneamento da APA com o
SIGPROM da RMC; assegurar as condições essenciais à recuperação e conservação
do manancial destinado ao abastecimento público; promover a recomposição florestal
e a melhoria e recuperação da qualidade ambiental da região de manancial do Rio
Passaúna; incentivar e compatibilizar os instrumentos que propiciem o uso e
ocupação do solo de forma adequada a conservação do manancial; promover o
controle ambiental da área (COMEC, 2001; CURITIBA; 2004)
Para garantir a preservação e recuperação do manancial, os instrumentos
previstos no ZEE da APA do Passaúna são a Recomposição Florestal, o Potencial
Ambiental e o Controle Ambiental. A Recomposição Florestal se refere à proteção,
manejo e busca atenuar o nível crítico da cobertura vegetal através da integração
entre os seus fragmentos existente na APA (COMEC, 2001).
O ZEE da APA do Passaúna instituiu o Plano de Recomposição Florestal, o
qual recomenda a execução de elementos de ordem técnica com a melhoria das
formas dos fragmentos da cobertura vegetal remanescente da APA. O Potencial
Ambiental, é um instrumento de valorização de uma área a ser preservada pelo próprio
proprietário ou pelo poder público, é o potencial construtivo transferível do imóvel que
sofre limitações urbanísticas impostas pelas variáveis ambientais (COMEC, 2001).
A fim de alcançar os objetivos propostos o ZEE da APA do Passaúna vedou
a instalação e funcionamento de qualquer atividade considerada poluidora em relação
a geração de efluentes líquidos; visto que estas atividades mesmo quando dotadas
32

de instalações para tratamento deste tipo de resíduo, geram um efluente final que ao
ser disposto irá atingir direta ou indiretamente os rios componentes da Bacia do
Passaúna (COMEC, 2001).
Contudo, algumas atividades industriais são categoricamente proibidas de
serem implantadas na área da APA, entre elas estão: frigoríficos; matadouros;
curtumes; indústria de refino de açúcar; indústria de extração e refino de óleos
vegetais; indústria de fermento e leveduras, fecularias; lavanderias industriais;
indústrias têxteis; tinturarias industriais; indústria de pilhas, baterias e outros
acumuladores; indústria de preservantes de madeira; indústria de fabricação de
chapas, placas de madeira aglomerada, prensada ou compensada; indústria de papel
e celulose; indústria de borracha; indústria de químicas em geral; atividades de
destinação de resíduos urbanos e industriais; depósitos de agrotóxicos e de produtos
químicos perigosos para o comércio atacadista; e; postos de abastecimento e serviços
(COMEC, 2001).
As atividades consideradas de risco à manutenção da qualidade hídrica
nominadas como Atividades de Controle Ambiental Intensivo (ACAI), sobre as quais
deverá haver um constante monitoramento ambiental e deverão atender às exigências
dos órgãos ambientais e compreendem as atividades de risco à manutenção da
qualidade hídrica. O Controle Ambiental de todas as atividades existentes que já foram
autorizadas pelo município e a serem implantadas através do licenciamento pelo
órgão ambiental competente (COMEC, 2001).
Segundo COMEC (2001), o Zoneamento Ecológico-Econômico da APA
Estadual do Passaúna denominou e classificou os tipos de ocupação em quatro áreas
principais, descritas a seguir, definindo seus parâmetros de uso e ocupação do solo:
a) Áreas de Urbanização Consolidada: são as áreas de interesse de consolidação
da ocupação urbana existente, que devem ser objeto de ações intensivas de
saneamento e recuperação das condições ambientais.
b) Áreas de Ocupação Orientada: são áreas de transição entre as atividades
rurais e urbanas, sujeitas à pressão de ocupação, as quais exigem a intervenção do
poder público para minimizar os efeitos poluidores sobre os mananciais;
c) Áreas de Restrição à Ocupação: são áreas de interesse à preservação, que
tem por objetivo a promoção da recuperação e a conservação do meio ambiente,
assegurando a conservação da biodiversidade e dos ecossistemas;
33

d) Áreas Rurais: são as áreas destinadas à produção agrossilvopastoril, que


compreende os espaços aptos ao manejo florestal, agrícola e pecuário.

Cabe destacar que conforme o Artigo 19 do Decreto Estadual 5063/2001: “É


proibido o uso de agrotóxicos e de outros biocidas que por sua natureza possam
comprometer a qualidade ambiental do solo, da água e do ar”. Ainda é previsto no
referido decreto que o órgão ambiental estadual é órgão de fiscalização e
monitoramento que definirá os produtos proibidos e permissíveis. Ainda define que o
órgão ambiental estadual, como entidade administradora da APA, e que este deverá
comunicar a Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (SEAB) e a
Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Paraná (EMATER) sobre o
prazo de proibição do uso de agrotóxicos e outros biocidas na APA do Passaúna
(COMEC, 2001).

2.2.2 Sistema de Abastecimento de Água Integrado de Curitiba (SAIC) e Região e o


Sistema Passaúna

O Plano Diretor do SAIC - Sistema de Abastecimento de Água Integrado de


Curitiba, contratado pela SANEPAR (2013), apresenta o macrodiagnóstico do sistema
atual e apresentação de um conjunto de propostas para nortear a gestão e
desenvolvimento do sistema até o ano de 2040. Não obstante, um dos desafios do
SAIC é o fornecimento diária de água tratada para as atuais populações futuras com
qualidade e quantidade suficiente.
O SAIC é responsável pelo abastecimento com água tratada dos municípios
de Almirante Tamandaré, Araucária, Campina Grande do Sul, Colombo, Curitiba,
Fazenda Rio Grande, Pinhais, Piraquara, Quatro Barras e São José dos Pinhais.
Neste plano estimou-se que até 2040, população de Curitiba e Região Metropolitana
deve chegar a 4 milhões e 100 mil habitantes (SANEPAR, 2013).
O primeiro plano diretor de saneamento para a Região Metropolitana de
Curitiba foi desenvolvido em 1975, com o título “Plano Diretor de Abastecimento de
Água e Controle de Poluição para a Região Metropolitana de Curitiba”, com horizonte
34

de 30 anos. Em 1980, a população da Região Metropolitana de Curitiba - RMC já


superava a que foi prevista nos estudos, levando a Sanepar a contratar o “Plano Geral
Integrado de Água - Esgoto da Região Metropolitana de Curitiba” Nesta época a
barragem do Piraquara I encontrava-se em pleno funcionamento e as obras do
Passaúna sendo iniciadas (SANEPAR, 2013).
Em 1991 foi contratada a reavaliação do Plano de 1980, através da qual
ofereceu-se novas proposições quanto aos aproveitamentos hídricos. Nesta
oportunidade a barragem do Passaúna já estava concluída, e a reavaliação propôs o
aproveitamento total dos mananciais do Alto Iguaçu com sequência de barramentos
nos rios Iraí, Piraquara II, Pequeno, Miringuava e Cotia – Despique, permanecendo o
Rio da Várzea e Açungui para aproveitamento futuro (SANEPAR, 2013).
No ano 2000, após uma nova reavaliação do Plano Diretor com a
inclusão do Aquífero Karst, localizado nos municípios de Colombo, Almirante
Tamandaré, Bocaiúva do Sul, Campo Largo, Campo Magro, Itaperuçu e Rio
Branco do Sul, cuja utilização não havia sido cogitada em nenhum dos planos
anteriores (SANEPAR, 2013).
O Sistema Passaúna possui uma barragem para a regularização de vazão
nominal de 2.000 l/s e foi construída no Rio Passaúna. Esse manancial abastece a
ETA (Estação de Tratamento de Água) Passaúna. A capacidade de produção de água
tratada é da ordem de 1.800 l/s devendo alcançar 2.000 l/s, após as obras de
melhorias previstas. A ETA é do tipo convencional completa com processos de
floculação, decantação, filtração, fluoretação e desinfecção. A água tratada é
encaminhada, por gravidade ou por recalque, aos centros de reservação: Campo
Comprido, Ceasa, Central (Araucária), Costeira (Araucária), Campo de Santana,
Fazenda Rio Grande, Passaúna/ETA, Pinheirinho, São Braz, Sabiá (Araucária), Santa
Felicidade e Tatuquara (SANEPAR, 2013). No Anexo B é apresentada a ilustração da
distribuição a partir do Sistema Passaúna.
A partir de informações da SANEPAR (2013), foram obtidos os valores
apresentados na Tabela 2, os quais se referem dados dos centros de reservação que
estão integrados ao Sistema Passaúna, desconsiderando as unidades que embora
estejam ligadas a Sistema, não possuem prioridade de abastecimento através da ETA
Passaúna. A partir do Somatório desses centros de obteve-se os valores Total e
Médios apresentados.
35

Tabela 2 – Dados dos Centro de reservação que estão integrados ao Sistema Passaúna.
VP - Demanda Consumo
Centro de Reservação Economias VM - Volume Demanda por
Volume máxima por
(CR) / Booster residenciais micromedido economia
produzido dia economia
Unidade Média 2010 (m³/mês) (m³/mês) (l/s) (l/econ/dia) (l/econ/dia)

Campo Comprido 41.772 6.583.577 11.079.016 422 432 727


Ceasa 12.745 3.091.122 4.907.967 187 664 1.055
Central (Araucária) 5.347 931.392 1.639.534 62 477 840
Costeira (Araucária) 8.229 2.447.939 1.863.702 71 815 620
Campo de Santana 9.407 1.109.213 1.354.230 52 323 394
Fazenda Rio Grande 11.280 1.765.250 2.798.095 106 429 680
Passaúna/ETA 44.742 8.413.092 14.963.190 569 515 916
Pinheirinho 21.780 3.435.987 5.453.048 207 432 686
São Braz 13.384 2.198.523 3.677.935 140 450 753
Sabiá (Araucária) 9.870 1.515.708 2.271.695 86 421 631
Santa Felicidade 15.394 2.386.140 4.051.077 154 425 721
Tatuquara 46.105 6.265.392 9.565.599 364 372 568
202 480 716
Total 240.055 - -
Média Méda Média
Fonte: Adaptado de SANEPAR, 2013.

Na Tabela 2, pode-se verificar que através do Sistema Passaúna, para o ano


de 2010 eram atendidas estimadamente 240.055 economias residenciais. As
economias residências, são a média de domicílios residenciais existentes em 2010,
abastecidos pela rede de água.

2.3 PADRÕES E CLASSIFICAÇÕES DE QUALIDADE DAS ÁGUAS

Segundo Von Sperling (2018), devido aos diferentes constituintes da água,


resultante dos processos químicos e de interação com os ecossistemas aquático e
terrestre, que alteram o seu grau de pureza, se faz necessário estudo das variáveis
físicas, químicas e biológicas, pois, tais características traduzem os parâmetros de
qualidade da água.
Segundo a NBR 9.896/87 (ABNT, 1987), os padrões de qualidade são
constituídos por um conjunto de parâmetros e respectivos limites, como por exemplo,
concentrações de poluentes, em relação aos quais os resultados dos exames de uma
amostra de água são comparados, aprimorando-se a qualidade da água para um
determinado fim.
36

A Política Nacional dos Recursos Hídricos de 1997 em seu Art. 2º, Cap. II,
define, dentre seus objetivos que se deve “assegurar a atual e às futuras gerações a
necessária disponibilidade de água, em padrões de qualidade adequados aos
respectivos usos”. A qualidade de água não se refere, necessariamente, a um estado
de pureza, mas as características químicas, físicas e biológicas que condicionam as
diferentes finalidades de uso. A primeira classificação de águas no Brasil já ocorreu
no de 1976, através da portaria GM/Nº 0013, do Ministério do Interior, na qual foram
definidas quatro classes para as águas interiores no país, fixando as especificações
de uso e teores máximos de impureza (ANA, 2005).

2.3.1 Classes de qualidade das águas segundo o CONAMA

O Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), através Resolução nº


357/2005, determina a atual classificação para as águas doces, salobras e salinas em
esfera Nacional, de acordo com os seus usos preponderantes. Esta resolução,
complementada e alterada pela CONAMA 430/2011, dispõe sobre a classificação dos
corpos de água e diretrizes ambientais para o seu enquadramento, assim como
estabelece condições e padrões de lançamento de efluentes, e dá outras providências
(CONAMA, 2005; CONAMA; 2011).
Através dessa resolução as águas doces, salobras e salinas do Território
Nacional são classificadas em 13 classes de qualidade, conforme a qualidade
requerida para seus principais usos e estabelece limites individuais para cada
substância em cada classe. Ainda, estabelece que efluentes de qualquer fonte
poluidora somente poderão ser lançados, direta ou indiretamente, nos corpos d’água,
depois de tratamento adequado e obedecendo as condições, padrões e exigências
definidos nesta resolução (CONAMA, 2005).
No caso das águas doces, as seguintes classificações são definidas: Classe
especial, 1, 2, 3 e 4. Em relação aos parâmetros avaliados neste trabalho, os limites
de qualidade, de acordo com as classes da Resolução CONAMA 357/2005, são
apresentados no Quadro 1.: Turbidez, pH, Oxigênio Dissolvido, Sólidos, DBO5,
Fósforo Total (Ambiente Lêntico), Nitrato, Nitrito, Coliformes Fecais e Coliformes
totais.
37

Segundo mencionado na resolução, a Escherichia coli poderá ser


determinada em substituição aos parâmetros coliformes termotolerantes, de acordo
com limites estabelecidos pelo órgão ambiental competente (CONAMA, 2005; IAP,
2009).

Quadro 1 - Limites de Qualidade de acordo com as classes da Resolução CONAMA 357/05


Parâmetros de Padrões de Qualidade das águas
Unidade
Qualidade da água Classe 1 Classe 2 Classe 3 Classe 4

Físico-Químico
Turbidez UNT ≤ 40 ≤ 100 ≤ 100
pH - 6-9 6-9 6-9 6–9
Oxigênio Dissolvido mg/L ≥6 ≥5 ≥4 ≥2
Sólidos mg/L ≤ 500 ≤ 500 ≤ 500 -
DBO5 mg/L ≤3 ≤5 ≤ 10 -
Fósforo Total mg/L - P ≤0,25 ≤0,25 ≤0,25 -
Nitrato mg/L - N ≤ 10 < 10 ≤ 10 -
Nitrito mg/L - N ≤1 <1 ≤1 -
Coliformes
E. coli NMP/100 mL
≤ 200 a ≤ 1000 a ≤ 4000 a
Coliformes fecais NMP/100 mL
Fonte: Adaptado de CONAMA, 2005; IAP, 2009.

O enquadramento do corpo hídrico é definido pelos usos preponderantes mais


restritivos da água, atuais ou pretendidos. De acordo com o Quadro 1, é possível
verificar que cada parâmetro apresenta uma concentração limite que pode ser
encontrada para que um corpo d’agua esteja em conformidade com a classe está
enquadrado. Na Tabela 3 são apresentadas as faixas de limites de qualidade para
Nitrogênio Amoniacal de acordo com as Classes para Águas Doces da Resolução
CONAMA 357/05.

Tabela 3 - Faixas de Limites de Qualidade para Nitrogênio Amoniacal de acordo com as


Classes para Águas Doces da Resolução CONAMA 357/05
Limite de Nitrogênio Amoniacal (mg/L N Faixa de pH da Amostra
Classe 1 Classe 3
3,7 13,3 para pH ≤ 7,5
2,0 5,6 7,5 < pH ≤ 8,0
1,0 2,2 8,0 < pH ≤ 8,5
0,5 1,0 pH > 8,5
Fonte: Adaptado de CONAMA, 2005.
38

Para o Nitrogênio Amoniacal, conforme apresentado na Tabela 3, os limites


de qualidade para as Classes, estão vinculados ao valor do pH, os quais são definidos
através de faixas desse parâmetro.

2.4 IMPACTOS DA ATIVIDADE ANTRÓPICA NA QUALIDADE DA ÁGUA

Para Rebouças (2006), a carência no planejamento e na gestão de bacias


hidrográficas é parte proeminente nesta problemática, associada ao uso
indiscriminado da água, desmatamento de áreas de nascentes e poluição de rios e
lagos. Diante dos diferentes modos de ocorrência de poluição da água apontados,
ainda ressalta que é necessária uma reversão urgente nos padrões de consumo,
desperdício e poluição dos corpos d’água, para garantir níveis compatíveis com a
sustentabilidade, considerando respostas em longo prazo. Estas ações são
indispensáveis, tanto nas áreas rurais, como nos grandes centros, onde a disposição
e coleta de resíduos não é realizada de maneira adequada, a ocupação urbana é
caótica, há lançamento de efluentes domésticos e esgoto não tratado diretamente nas
águas.
O conceito de que a poluição difusa, advinda da agricultura é uma das
principais causas da degradação da qualidade da água, tem tido crescente
reconhecimento, conforme descreve Rebouças (2006). O Autor ainda relata que
apesar das atividades de agricultura e pecuária serem indispensáveis para a geração
de alimentos, estas necessitam fundamentalmente de espaço físico e suprimento de
água, o que acaba acarretando na realização destas atividades nas proximidades de
rios, lagos, devido à necessidade de irrigação. Esta demanda por terras traz como
efeito principal, o desmatamento, prejudicando o meio ambiente, uma vez que o solo
desnudo fica exposto à lixiviação superficial, carreamento de matéria orgânica,
promovendo uma lavagem dos nutrientes, o que consequentemente resulta no
empobrecimento do solo.
Sob o aspecto dos usos antrópicos, Straskraba e Tundisi (2000) relacionam,
conforme apresentado na Tabela 4, algumas atividades que exercem amplo impacto
sobre os recursos hídricos.
39

Tabela 4 - Impactos Causados nos Recursos Hídricos pelas Atividades Antrópicas


Atividade Impacto
Desflorestamento  Aumento da carga de particulados, nutrientes e poluentes;
 Redução da recarga dos aquíferos;
 Alteração do ciclo hidrológico.
Mineração  Aumento da carga de particulados e nutrientes associados.
Obras de  Grandes alterações em várzeas, baixadas e cursos de água:
Transporte  Incremento da erosão;
(ferrovias e  Incremento do escoamento superficial
rodovias)
Reservatórios  Interrompe a inundação natural de várzeas e baixadas;
 Afetam consideravelmente quantidade e qualidade das águas
Esgotos/resíduos  Alteração na qualidade físico-química (OD, DBO, nutrientes, etc);
sólidos  Alteração da cadeia alimentar de rios, várzeas e baixios alagadiços
Crescimento  Selamento do solo alterando o ciclo hidrológico das bacias;
urbano  Produção de esgotos e resíduos sólidos;
 Ocupação de fundos de vale;
 Aumento da demanda de água (retirada);
 Erosão urbana: sedimentos, turbidez, nutrientes, etc.
Agricultura  Lixiviação e erosão são responsáveis por grande parte da carga de
nutrientes nos corpos hídricos;
 Dejetos;
 Poluição de solo, água e sedimentos por agrotóxicos;
 Sedimentos, particulados e sólidos em suspensão transportados pela
erosão;
 Redução da capacidade de retenção de água do solo
Irrigação  Retirada de água;
 Aumento da lixiviação de nutrientes;
 Aumento da erosão.
Recreação e  Disposição inadequada do lixo;
Turismo  Degradação ambiental
Hidrovias e  Alteração do regime natural dos corpos hídricos, diminuindo ou
navegação aumentando a velocidade do fluxo, perturbando o leito do fundo é casando
erosão das margens.
Destruição das  Redução da capacidade hídrica local, aumento da carga de poluentes aos
várzeas córregos.
Retiradas de água  Aumenta a concentração dos elementos no meio.
Poluição  Particulados, compostos orgânicos e nutrientes podem ser transferidos da
atmosférica atmosfera para os reservatórios através das precipitações;
 Acidificação.
Indústrias  Efluentes contaminados; Resíduos sólidos.
Fonte: Straskraba e Tundisi, 2000.

Sabe-se que as atividades antrópicas causam interferências nos


ecossistemas aquáticos, a exemplo dos impactos citados na Tabela 4. O
carregamento de nutrientes como, nitrogênio e fósforo, originários das descargas de
esgotos domésticos e industriais e das regiões agrícolas, está entre os principais
fatores causadores de poluição dos corpos d’agua, que é a eutrofização
40

Conforme descrito por Andreoli et al (2005), o rápido crescimento demográfico


observado na RMC ao longo das últimas décadas, derivou em um forte crescimento
das regiões periféricas das principais cidades da Grande Curitiba. Em decorrência
deste processo, houve um aumento da ocupação de áreas de proteção de mananciais
e várzeas. Essas ocupações geram impactos sobre a disponibilidade e qualidade da
água, além da necessidade de ampliação dos sistemas de abastecimento de água,
coleta de esgotos sanitários e coleta de lixo. Em decorrência desse processo,
observa-se a deterioração dos corpos d'água pela ocupação de áreas importantes
para recarga de aquíferos, descargas diretas de esgoto, cargas não-pontuais e
escoamento superficial.

Também é relatado por Andreoli et al (2005), que a dinâmica de crescimento


socioeconômico, tem dificultado o planejamento preciso dos vetores de expansão da
área urbana, prevalecendo na RMC, em muitos casos, a pressão econômica em
detrimento da preservação dos mananciais. As infraestruturas para ampliação dos
sistemas de abastecimento de água exigem planejamento de médio e longo prazo, o
que em muitos casos, tem interesses contraditórios ao desenvolvimento econômico,
que pela sua natureza, na maioria das vezes são de curto prazo. Esta dinâmica leva
ao abandono dos investimentos realizados com o crescimento desordenado das
cidades sobre seus rios, que se transformam em verdadeiros cadáveres hídricos, que
poluem e envergonham as cidades.

Ainda segundo Andreoli et al (2005), nos reservatórios estas interferências


ocasionam a sua eutrofização, os quais passam a apresentar um crescimento de
biomassa, alterando a atividade das comunidades de fitoplanctôns,
predominantemente ocupadas por cianobactérias, com consequências negativas
sobre a eficiência e o custo do tratamento da água. Na região de Curitiba, este é um
problema constante no reservatório do lraí.
Na sequência Andreoli et al (2005), avaliam que desconsiderando a
implementação de programas efetivos de conservação destas áreas, mantendo-se o
cenário atual de expansão da RMC, praticamente todas as obras previstas no sistema
Altíssimo e grande parte do sistema Alto Iguaçu estarão afetadas até 2050, em virtude
das pressões antrópicas, tende-se para a perda de parte significativa dos mananciais
da região.
41

2.5 ESTUDOS CORRELATOS

Na literatura podem ser encontrados alguns estudos que buscaram analisar a


relação entre a qualidade da água e uso e ocupação do solo, entre os quais podem
ser citados os estudos realizados por Cornelli et. al (2016), Barbosa (2012), Monaghan
et al (2007) e Huang et al (2013). Não obstante, apresenta-se na sequência, de forma
sucinta, a descrição e os resultados obtidos nestes estudos. Por conseguinte, nos
resultados apresentados no Capítulo 4, verificou-se as relações entre seus resultados
e os verificados no presente trabalho.
No estudo de Cornelli et. al (2016), avaliou-se a influência do uso e ocupação
dos solos sobre a qualidade da água das bacias hidrográficas dos Rios Piaí e Tega,
em Caxias do Sul, no Estado do Rio Grande do Sul. Para isso utilizou o Índices de
Qualidade da Água (IQA) e o Índice de Toxicidade (IT) em 5 pontos do Rio Piaí e em
12 pontos do Rio Tega no período de setembro de 2012 a julho de 2014.
De forma similar a proposta no presente trabalho, no estudo realizado por
Cornelli et. al (2016), também foram desenvolvidos mapas de uso e ocupação dos
solos, a partir de imagens de satélite, sendo definidas como classes de uso: mata
nativa, campo, silvicultura, agricultura, solo exposto, área urbana e lâmina d’água.
Após a análise dos índices de qualidade da água, IT e IQA, os autores puderam
constatar que a baixa qualidade da água de alguns pontos do Rio Piaí e do Rio Tega
é reflexo do uso e ocupação do solo, lançamento de efluentes de fontes pontuais
(residências e indústrias) sem estação de tratamento de efluentes ou cujo tratamento
não é suficiente para atender os padrões de lançamento previstos pela legislação.
A partir dos resultados obtidos por Cornelli et. al (2016), verificou-se que a
sub-bacia do Rio Piaí, que possui pouca influência da urbanização e características
predominantemente rurais com aproximadamente 70% do uso do solo dividido entre
atividade agropastoril, mata nativa e exótica e estepe, é a que possui a melhor
qualidade da água, se comparado as duas sub-bacias, tendo em vista que na maioria
das campanhas seu IQA foi considerado Boa e o IT baixo.
Enquanto para a sub-bacia do Rio Tega, que possui alta intervenção antrópica
e que as coletas foram realizadas na área urbana, Cornelli et. al (2016) verificaram
valores de IQA ruim e o IT alto, e, consequentemente pior qualidade na maioria dos
pontos devido a presença de despejo de esgotos domésticos e também de efluentes
42

industriais. Os autores, puderam ainda inferir que mesmo com os impactos presentes
nas duas sub-bacias, é perceptível que ainda existam nestes rios processos capazes
de diminuir a carga de poluentes que é lançada. Para tanto, são necessárias a
realização de ações para aprimorar a coleta dos resíduos sólidos nas áreas de
entorno, melhorar a coleta e a eficiência dos tratamentos de efluentes, buscar a
recuperação e preservação das matas ciliares, além disso, a implantação de um
programa de educação ambiental.
Barbosa (2012) buscou verificar a qualidade da água e as formas de uso e
ocupação e identificar as principais fontes de poluição hídrica na bacia do rio Pirarara,
na cidade de Cacoal, no estado de Rondônia. Para isso, realizou coleta de amostras
de água, entrevistas em campo, e para constatar esta influência do uso do solo,
utilizou-se um Sistema de Informação Geográfica e técnicas de sensoriamento
remoto. As amostras de água foram coletadas ao longo do rio, em seis pontos nos
anos de 2010 e 2011, sendo realizadas análises físico-químicas e biológicas nas
amostras de água coletadas. Foram analisados 14 parâmetros de qualidade de água,
com o objetivo de determinar os valores para o Índice de Qualidade da Água (IQA) e
da Avaliação Integrada da Qualidade da Água (AIQA), comparando os parâmetros de
qualidade de suas águas com os estabelecidos pela Resolução nº. 357/2005 do
CONAMA.
Os resultados obtidos por Barbosa (2012), permitiram aferir que a qualidade
da água variou de “poluída” a “extremamente poluída”. A autora constatou que as
concentrações de cargas orgânicas, nutrientes e coliformes sofreram aumentos
gradativos, resultantes do aumento de lançamento de resíduos. No período das
chuvas em função da erosão do solo e consequente aumento da turbidez e coliformes
na água, verificou-se a queda da qualidade nos trechos do médio e baixo curso do rio.
Nesse estudo, Barbosa (2012) ainda inferiu que as áreas ocupadas por
vegetação favorecem a qualidade da água. De modo geral, a conclusão foi de que as
áreas urbanas, agricultadas e com pastagens, reduziram a qualidade da água
contribuindo com o índice de contaminação que comprometem a qualidade da água,
e, ainda que na área urbana do município a ocupação irregular e o lançamento de
esgoto interferiram negativamente na qualidade da água. Assim, verificou-se que as
variáveis estiveram acima dos valores máximos permitidos pela resolução CONAMA
357 de 2005 para os rios de classe 2.
43

O comportamento da água em uma microbacia hidrográfica do riacho Bog


Burn, na Nova Zelândia, foi estudado por um período de 4 anos por Monaghan et al
(2007). A bacia tem uso do solo predominantemente ocupado por diversas atividades
agropecuárias.
Nesse estudo, avaliou-se que a relação das cargas medidas de nutrientes
gerados pelo escoamento na bacia com aqueles estimados com base na
caracterização de práticas agrícolas no interior da bacia, com base em levantamentos
detalhados de práticas agrícolas e qualidade do solo. O Monitoramento mensal de
córregos mostrou que as concentrações médias de nutrientes (Nitrogênio e Fósforo),
sedimentos e bactérias fecais excederam as diretrizes recomendadas para águas
superficiais (MONAGHAN et al, 2007).
Monaghan et al (2007) identificaram através de medições de campo,
pesquisas de manejo agrícola e modelagem de sistemas agrícolas, que algumas
práticas de manejo da terra parecem ser as principais fontes de muitos desses
poluentes. Estas fontes tem origem nos sistemas de drenagem subsuperficiais,
incluindo o fluxo de efluentes irrigados através destes solos, escoamento superficial
dos solos utilizados para a produção leiteira na área de captação e as culturas
forrageiras de inverno destinadas a alimentação animal.
Os autores sugerem que uma melhoria significativa na qualidade da água de
captação, poderia ser alcançada, através da implementação de melhores práticas de
manejo nas fazendas leiteiras da área de contribuição da microbacia. Estas incluem
sistemas de alimentação de inverno cobertos para controlar a dispersão de Nitrogênio,
uso de inibidor de nitrificação nas plataformas de ordenha, irrigação diferida e baixa
taxa de aplicação de efluentes de laticínios agrícolas (MONAGHAN et al ,2007).
Os resultados obtidos por Monaghan et al (2007), demonstraram a relação
mútua entre os ecossistemas terrestres e aquáticos, onde se leve em consideração a
poluição originária de fontes não pontuais e também as características de uso e
cobertura do solo e monitoramento da qualidade da água para possibilitar proprietários
rurais e aos gestores municipais, melhorarias e adequações nos sistemas de
produção agropecuário e o tratamento de seus efluentes sanitários.
A avaliação da influência da proximidade da urbanização e da agricultura na
qualidade da água foi estudada por Tran et al (2010). Para isso foram avaliados
dados biológicos, químicos e de habitat físico de 29 córregos localizados, do estado
de Nova York, nos Estados Unidos, inseridos em diversos tipos de uso do solo. Entre
44

os objetivos do estudo, buscou-se comparar a influência do uso da terra de campos


distantes, abrangendo uma área de drenagem de bacias hidrográficas, em um raio de
200 m de cada lado dos rios, com o intuito de determinar a zona de influência do uso
da terra tem o maior impacto na qualidade da água.
Nesse estudo através da análise de componentes principais (ACP), indicou-
se que as variáveis e uso da terra e qualidade da água estavam associadas a
contaminantes não pontuais, nutrientes e condutância específica. Usando o
coeficiente de correlação de postos de Spearman, foram detectadas relações
significativas entre os três tipos de uso da terra e a qualidade da água do riacho foram
determinadas na zona de influência de 200 m da zona de influência (TRAN et al ,
2010).
Tran et al (2010) verificaram que os valores de Oxigênio Dissolvido, dentro do
raio de 200 m, variaram inversamente proporcionais a cobertura pela ocupação
urbana. Deste modo, a forte correlação entre a cobertura da terra e a qualidade da
água numa extensão de 200 m, pode indicar que a presença de uma zona de proteção
de riachos entre córregos e áreas agrícolas e urbanas é um fator significativo na
redução da contaminação de cargas não pontuais.
O estudo realizado por Huang et al (2013), teve como objetivo analisar a
influência de vários tipos de uso do solo na qualidade da água dentro da bacia do lago
Chaohu. O lago está situado em Hefei, capital da província de Anhui, um dos cinco
maiores lagos de água doce da China, com base nos dados de monitoramento da
qualidade da água entre os anos de 2000 a 2008.
A bacia do lago Chaohu apresentava um bom ambiente ecológico, com boa
qualidade da água e costumava ser conhecida como a terra do peixe e do arroz. No
entanto, as condições hidrológicas e os ecossistemas a jusante deste lago foram
alteradas desde o estabelecimento da represa de Chaohu, no rio Yuxi, além disso,
com o rápido desenvolvimento da economia local e da atividade social, as áreas
úmidas da Bacia do Lago Chaohu foram modificadas ou ocupadas (HUANG et al,
2013).
No estudo realizado por Huang et al (2013), a Bacia do Lago Chaohu foi
dividida em nove sub-bacias hidrográficas, de acordo com os sistemas fluviais locais
e os pontos de monitoramento foram instalados. Entre as variáveis de qualidade de
água disponíveis a partir desses pontos de monitoramento, foram selecionados dados
de Fósforo Total, Nitrogênio Total, OD, Nitrogênio Amonical e DQO, medidos em todos
45

os meses de 2000 a 2008. A concentração média de DQO entre 2000 e 2008 foi de
5,18 mg / L, com a concentração de Nitrogênio Amonical, Fósforo Total, Nitrogênio
Total E OD sendo 0,54 mg / L, 0,19 mg / L, 2,23 mg / L, e 8,22 mg / l, respectivamente.
O desvio padrão dos indicadores de qualidade da água foi geralmente muito pequeno.
A qualidade da água do lago Chaohu deteriorou-se continuamente devido à
grande quantidade de descargas poluentes da indústria, agricultura e atividades
antrópicas desde o final dos anos 70. Aliado a isso, o surto de floração da água,
despertou grande preocupação do governo fazendo com que o lago atingisse o estado
eutrófico, com alta concentração de sais nutrientes e rápido crescimento de algas
(HUANG et al, 2013).
No Gráfico 1 são apresentadas as variações das concentrações de alguns
indicadores de qualidade da água entre os anos de 2000 a 2008.

Gráfico 1 - Qualidade da água de 2000 a 2008 na Bacia do Lago Chaohu

Fonte: Adaptado de Huang et al, 2013.


46

Observa-se no Gráfico 1 que a tendência de mudança de Nitrogênio


Amoniacal e Fósforo Total foi pequena. E a tendência de mudança do OD foi para
cima, conforme Gráfico 1. O restante mudou muito nesse período; no entanto, o valor
inicial estava próximo do valor final (HUANG et al, 2013).
Em geral, na Bacia do Lago Chaohu a qualidade da água melhorou de 2000
a 2008, devido a modificação no uso do solo com o aumento das áreas arborizadas.
O estudo de Huang et al (2013), verificou que o aumento da área florestal e da área
de pastagem contribuíram para a redução das concentrações de Fósforo Total,
Nitrogênio Total e substâncias que consomem oxigênio, desta forma aumentando a
concentração de Oxigênio Dissolvido, e, consequentemente, melhorando a qualidade
da água.
De modo geral, Huang et al (2013) verificaram que o aumento da área
urbanizada, contribuiu para influenciar a qualidade da água, ao passo que, o aumento
da área urbanizada aumentou as concentrações de Fósforo Total, Nitrogênio Total,
Nitrogênio Amonical e DQO e diminui a concentração de OD. Por conseguinte, os
resultados indicaram que o aumento da área construída tende a degradar a qualidade
da água. A densidade populacional e as atividades econômicas densas concentram-
se na área construída, o que leva a uma poluição muito séria. Além disso, há muita
superfície impermeável na área construída, o que contribuirá para o aumento do
escoamento superficial e poderá aumentar a concentração de sais nutrientes no rio e
consequentemente degradar a qualidade da água dentro da bacia.
De acordo com os resultados mencionados anteriormente e as condições da
qualidade da água local na Bacia do Lago Chaohu, os autores concluíram que é
necessário aumentar a área de floresta, pastagem e área de água no planejamento
do uso da terra local. Uma vez que a área florestal está mais relacionada com a
qualidade da água local, é especialmente importante aumentar a área de floresta.
Além disso, a taxa de crescimento das áreas urbanizadas deve ser reduzida, sob a
condição de garantir a área mínima de terra. Além disso, é necessário aumentar a
diversidade da paisagem, pois quanto maior a diversidade da paisagem, mais
uniformemente os fragmentos de cada tipo são distribuídos e mais a poluição da água
será aliviada (HUANG et al, 2013).
47

3 MATERIAIS E MÉTODOS

Para o atingimento dos objetivos propostos neste trabalho, foram adotados os procedimentos que serão descritos neste capítulo. Na Figura 4 é apresentado o diagrama com a sequência das
operações e os processos, utilizados em cada etapa, para o levantamento, preparação e obtenção dos dados consolidados, os quais serão apresentados e analisados no próximo capítulo.

Figura 4 - Diagrama da estrutura de organização das etapas da Metodologia

Tipo de Informação Levantamento de Dados Preparação dos Dados Dados Consolidados Análise dos dados
Qualidade da Água

3.3) Dados Históricos das Estações


Parâmetros de
de Amostragem (EA) entre os Anos Enquadramento dos
Qualidade da Comparação dos valores dos
de 1991 a 2016 Parâmetros de acordo com
Água parâmetros com os limites das
(IAP, 2018) os limites das Classes da
Classes da Res. 357/2005
Res. 357/2005

Classes Preponderantes e Calculo


3.4) AIQA
do AIQA

Pontos de Localização das Estações de


Monitoramento Amostragem (IAP, 2009) 3.2) Delimitação das áreas das
Contribuição das Estações de
Amostragem (EA)
Altimetria Sub-bacias 5.
4. Resultados
Escala 1:20.000 (SUDERSHA, 2000) Conclusões
Físico-Territorial
Hidrografia 3.1) Caracterização da área de
(SUDERSHA, 2000) pesquisa
Geográfica

Setores Censitários Área, Densidade Demográfica e 3.5) Densidade


(IBGE; 1991, 2000; 2010) População Demográfica e População
Censitário
Imagens de Satélite Interpretação de Imagens
(GOOGLE EARTH; 2010, 2016) (Ano 2010 e 2016)
3.6) Uso e Ocupação do Solo
(Anos 2000, 2010 e 2016)
Uso do Solo Dados de Uso e Ocupação do Solo Reclassificação (Ano 2000)
(SUDERSHA, 2000)
Infraestrutura

Definição de Critérios para a 3.7) Área de cobertura da


Rede de Coleta de Mapa da Rede de Coleta de Esgoto
estimativa da área de cobertura da Rede de Coleta Esgoto
Esgoto (SANEPAR, 2018)
Rede de Coleta Esgoto (Área Urbanizada e Industrial)

Fonte: Autoria própria.


48

3.1 CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE PESQUISA

A área de pesquisa do trabalho é a Bacia Hidrográfica do Rio Passaúna, cujo


mapa de situação é apresentado na Figura 5.

Figura 5 - Localização da APA do Rio Passaúna

Fonte: adaptado de IAP, 2005.


49

Esta bacia é caracterizada como uma sub-bacia do Alto do Rio Iguaçu,


conforme demonstrado na Figura 5. O rio Passaúna é afluente pela margem direita do
Rio Iguaçu. Conforme pode ser observado na Figura 6, localizam-se, nesta bacia,
partes dos territórios dos municípios dos seguintes munícios da Região Metropolitana
de Curitiba: Almirante Tamandaré, Campo Magro, Campo Largo, Curitiba e Araucária.

Figura 6 - Delimitação das Sub-bacias versus divisas municipais

Fonte: Autoria própria com base em Google Earth, 2019.


50

O Reservatório do Passaúna foi formado em 1989 e responsável pelo


abastecimento de cerca de 22% da população da Região Metropolitana de Curitiba
produzindo 2.000 litros de água por segundo (XAVIER, 2005).
A bacia do rio Passaúna constitui atualmente um dos mananciais de água
para abastecimento público da RMC. A água é captada pela Sanepar no reservatório
formado pela represa do Passaúna.
Visando assegurar as condições ambientais adequadas à preservação deste
manancial, a área da bacia hidrográfica a montante da represa foi instituída por
Decreto Estadual como a Área de Proteção Ambiental do Passaúna, conforme citado
anteriormente no item 2.2.1
A sua bacia hidrográfica abrange uma extensão territorial de cerca de 217
km². Segundo IAP (2005), ela é formada por um conjunto de rios tributários. Na
margem direita encontram-se os rios Juriqui, Cachoeirinha, Cachoeira, Ferraria, Sem
Nome e Taquarova. Na margem esquerda, o rio Passaúna aproxima-se muito do
divisor de águas e não apresenta afluente significativo.

3.2 DELIMITAÇÃO DAS ÁREAS DAS SUB-BACIAS

Afim de que se pudesse a compreender as variações da qualidade da água,


em função dos usos do solo, a partir da definição de que as Estações de Amostragem
alocadas pelo IAP no interior da Bacia, representam o exutório de suas respectivas
áreas de contribuição de escoamento, a área da bacia hidrográfica foi dividida em
bacias hidrográficas menores. Na Figura 7 é possível identificar que definidas a partir
das Estações de Amostragem do IAP.
51

Figura 7 - Delimitação das Sub-bacias a partir das Estações de Amostragem

Fonte: Autoria própria com base em Google Earth, 2019.


52

Deste modo, buscou-se estabelecer uma relação entre os resultados das


amostras em cada Estação de Amostragem e das características das suas respectivas
sub-bacias. A localização das Estações de Amostragem alocadas pelo IAP na Bacia
do Passaúna está descrita na Tabela 5.

Tabela 5 - Localização das Estações de Amostragem do IAP na Bacia do Passaúna

Estação Rio Localização Município


AI27 Passaúna Nascente Alm. Tamandaré
AI28 Passaúna Montante Aterro Sanitário Alm. Tamandaré
AI29 Passaúna Jusante Aterro Sanitário Alm. Tamandaré
AI30 Passaúna Frigorífico Túlio Curitiba
AI31 Cachoeirinha Colônia Dom Pedro Campo Largo
AI32 Passaúna BR-277 Campo Largo
AI33 Cachoeira Jusante BR-277 Campo Largo
AI35 Ferraria Montante Cruz da Ferraria Campo Largo
AI36 Passaúna Jusante barragem Araucária
AI37 Passaúna Capela Venha Araucária
AI11 Passaúna Campina das Pedras Araucária

Fonte: Adaptado de IAP, 2005.

As Estações de Amostragem do IAP de estão apresentadas na Tabela 5, de


montante para Jusante. sendo que a AI 27 está localizada nas proximidades da
Nascente do Rio Passaúna no munício de Almirante Tamandaré, e, a AI 11 está
localizada nas proximidades da foz do Rio Passaúna junto ao Rio Iguaçu no Município
de Araucária. Na Figura 8 é apresentada a sequência hierárquica de contribuições do
escoamento na Bacia Hidrográfica do Rio Passaúna, das sub-bacias delimitadas partir
das Estações de Amostragem.
53

Figura 8 - Delimitação das Sub-bacias a partir das Estações de Amostragem

Q
Fonte: Autoria própria.

Conforme ilustrado na Figura 8, as sub-bacias não seguem uma linha


sequencial contribuindo diretamente e independentemente ao rio principal, pois
algumas sub-bacias contribuem diretamente a sua respectiva estação e outras
consideram uma parte desta somadas as sub-bacias que se encontram a montante,
Para definição dos limites das sub-bacias, utilizou-se os softwares ArcView
GIS 3.2. (ESRI 1999) e Quantum GIS 3.6.0 (QGIS, 2018), com base na Hidrografia e
na Altimetria, da Bacia do Alto Iguaçu da SUDERSHA (2000 a), gerados a partir da
restituição aerofotogramétrica nas áreas rurais, apresentados nas Ortofotos/Cartas
com escala em escala 1:10.000, e a partir de dados de projetos existentes
(PARANACIDADE e IPPUC) nas áreas urbanas, com escala 1:2.000.
Considerando fatores como a capacidade de depuração dos cursos d’água e
que parte da carga poluidora fica retida no ambiente no curso da bacia hidrográfica,
nas análises das informações, deu-se maior relevância a influência da área de
drenagem da sub-bacia imediatamente vinculada a estação de amostragem.
54

3.3 LEVANTAMENTO HISTÓRICO DE DADOS DE PARÂMETROS E


INDICADORES DE QUALIDADE DAS ÁGUAS AVALIADOS

O monitoramento da qualidade das águas das bacias hidrográficas do alto


Iguaçu, cujo um dos objetivos e verificar alterações nas condições ambientais, é
realizado pelo Instituto Ambiental do Paraná (IAP) desde 1991, que verifica 26
parâmetros físico-químicos, 2 microbiológicos e 1 toxicológico.
Para realização do trabalho foram disponibilizados pelo IAP (2018), em
arquivo digital, os valores dos parâmetros de qualidade das águas das Estações de
Amostragem apresentadas na Tabela 5.
Conforme descrito na Tabela 6, os parâmetros avaliados foram: turbidez,
temperatura, oxigênio dissolvido, saturação de oxigênio, pH, condutividade, DBO5,
DQO, nitrogênio amonical, nitritos, nitratos, N-kjedahl, fosfato total, resíduos
suspensos, E.coli, Coliformes totais e toxicidade para Daphnia magna,

Tabela 6 - Parâmetros e Indicadores de Qualidade da Água Avaliados


Parâmetro Unidade
Qualidade Físico-Química
oxigênio dissolvido mg/L O2
Saturação de O2 %
pH unidades pH
DBO mg/L O2
DQO mg/L
Fósforo total mg/L P
Nitrito mg/L N
Nitrato mg/L N
Nitrogênio amoniacal mg/L N
Nitrogênio kjeldhal mg/L N
Sólidos totais mg/L
Sólidos suspensos mg/L
Turbidez UNT
Qualidade Bacteriológica
Escherichia coli (E. coli) NMP/100 mL
Coliformes fecais NMP/100 mL
Coliiformes totais NMP/100 mL
Qualidade Ecotoxicológica
Toxicidade Aguda com Daphnia magna FDd
Fonte: adaptado de IAP, 2005.
55

Com o objetivo de avaliar a relação entre a população e os parâmetros de


qualidade das águas, avaliaram-se os dados dos anos de censitários de 1991, 2000,
2010 e também para 2016, a fim de obter a comparação com resultados mais
recentes. Dentre os dados históricos, foram selecionadas as amostras coletadas entre
os meses de setembro a dezembro, no período da primavera, sendo aplicada a média
das amostras disponíveis para cada ano nesse período. Os valores médios dos
parâmetros e indicadores de qualidade da água das Estações de Amostragem do IAP
utilizados, são apresentados no Apêndice C.
Visto que não se têm um grande número de amostras nos anos avaliados, as
quais inicialmente tinham recorrência mensal e ao longo dos anos passaram a ter o
número de coletas diminuído, escolheu-se prioritariamente as amostras coletadas na
Primavera, por ser a estação a qual têm-se a continuidade das amostras para todas
as estações de amostragem avaliadas e de forma a representar um comportamento
hidrológico sazonal das vazões dos rios.
Nos gráficos que apresentam a variação dos parâmetros ao longo dos anos
de 1991 a 2016, nos anos entre os períodos avaliados em que não se tem dados
disponíveis para o período da primavera, utilizou-se como critério a escolha das
amostras das estações do ano subsequente, ou seja, na ausência de dados do
período da primavera utilizou-se os dados do verão, na ausência de dados do período
da primavera e do verão utilizou-se os dados do outono. Na maioria dos anos não
haviam disponíveis dados de mais de uma amostra para cada estação do ano, sendo
aplicado nesses casos o único valor disponível para cada parâmetro.
Os dados fluviométricos e pluviométricos disponíveis nos repositórios
HidroWeb (ANA, 2019) e Sistema de Informações Hidrológicas (SIH)
(AGUASPARANA, 2019) na área da bacia do rio Passaúna, não permitem inferir a
vazão em todas as Estações de Amostragem nas datas da coleta amostras. Deste
modo, buscou-se diminuir a influência destes parâmetros sobre as análises em função
da concentração ou diluição de poluentes na amostra em função do regime de chuvas.
Verificou-se que houve descontinuidade da coleta das amostras para diversas
estações de amostragem a partir do ano de 2012. Nesses casos realizou-se a análise
dos dados dos anos de 1991, 2000 e 2010, sendo que os gráficos que apresentam a
variação das concentrações para os parâmetros avaliados, são utilizados todos os
dados disponíveis entre os anos de 1991 a 2012, conforme os critérios descritos no
parágrafo anterior
56

3.4 AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DAS ÁGUAS E INDICADORES DE


QUALIDADE DA ÁGUA

No presente trabalho foi utilizado a Avaliação Integrada da Qualidade da Água


(AIQA) conforme metodologia descrita por IAP (2005), cujo objetivo é fornecer
informações sobre a qualidade das águas através da consideração das diversas
dimensões de elementos de diferentes naturezas. No cálculo do AIQA avaliaram-se
três diferentes classes da qualidade. A avaliação físico-química tem por objetivo a
quantificação da carga orgânica presente nos cursos d’água. A avaliação
bacteriológica complementa esta análise pela indicação do grau de contaminação das
amostras por coliformes. A avaliação ecotoxicológica avalia o efeito nocivo de agentes
físicos ou químicos presentes na amostra ao microcrustáceo aquático Daphnia magna
(bioindicador).
A metodologia utilizada para o cálculo do AIQA está fundamentada na análise
multiobjetivo, através do Método da Programação de Compromisso (MPC), que tem
como base a percepção geométrica, em que a melhor condição é representada função
da proximidade à Ponte E, conforme ilustrado na Figura 9.

Figura 9 - Campo das soluções possíveis do Indicador de Qualidade Integrada

Fonte: Adaptado de IAP, 2005.


57

Conforme representado na Figura 9, são definidas dimensões de qualidade


para diversos indicadores. Assim a medida entre os pontos n e E, é a distância que
separa uma dada solução da ideal, ou seja, dos limites máximos estabelecidos na
Resolução CONAMA 357/2005, para as diferentes classes de enquadramento.
Considerando o Princípio da Normalização, pode-se demonstrar a
estruturação do método através da representação da escala de um indicador entre
dois extremos, conferindo o valor 0 (zero) para a pior condição da grandeza avaliada,
e o valor 1 (um) para a melhor condição possível. Assim no caso da aplicação de duas
grandezas (qualidade físico-química e microbiológica, conforme exemplo da Figura
10, pelo princípio da normalização, pode-se delimitar um espaço cartesiano limitado
pelas retas y=0, y=1, x=0 e x=1).
Deste modo, baseadas na consideração geométrica da equidistância, são
definidas regiões de proximidade ao ponto E.

Figura 10 - Representação de um ponto hipotético em relação ao de Qualidade Ideal

Fonte: Adaptado de IAP, 2005.


58

No exemplo da Figura 10, foram definidas três regiões, a de “Boa Qualidade”,


a de “Qualidade Razoável” e a de “Qualidade Ruim”. Contudo, poderiam ser definidas
ilimitadas classes de qualidade das águas de acordo com seus níveis de
comprometimento. Entretanto, para simplificar os procedimentos de representação
desta qualidade, serão consideradas sete categorias baseadas nas regiões de
equidistância com o ponto E. Quanto mais afastado, maior o grau de poluição
observado. A escala proposta para o indicador é representada na Tabela 7.
Uma vez que o ponto de qualidade ideal das águas é conhecido, pode-se
comparar os resultados de qualidade das águas em dois ou mais pontos amostrais e
indicar sua distância ao ponto E. Após o levantamento dos dados, conforme
apresentado no item 3.2, foram elaboradas planilhas para cada estação de
amostragem.

Tabela 7 - Condição de Qualidade de acordo com faixas numéricas do AIQA


Classe Equivalente Distância Ln ao Ponto E
Condição de Qualidade Cor indicadora
CONAMA 357/2005 (AIQA)

Muito boa Classe 1 Azul Claro 0,00<AIQA≤0,20


Boa Classe 2 Verde Claro 0,20<AIQA≤0,40
Pouco Poluída Classe 3 Amarelo Claro 0,40<AIQA≤0,60
Medianamente Poluída Classe 3 Amarelo Escuro 0,60<AIQA≤0,80
Poluída Classe 4 Laranja Claro 0,80<AIQA≤1,00
Muito Poluída Fora de Classe Vermelho Claro 1,00<AIQA≤1,20
Extremamente Poluída Fora de Classe Roxo AIQA≥1,20
Fonte: de Autoria Próprio com base em IAP, 2009.

Na sequência final de operações com a planilha, foram obtidos os valores


normalizados referenciais do método AIQA, representado pela distância Ln na Figura
10. Para cada faixa de distância L, existe a equivalência às classes da Resolução
CONAMA 357/2005 e as cores indicativas, conforme apresentado na Tabela 7. A
distância L é a representação numérica resultante da integração dos valores
normalizados, determinando o AIQA final
A linha gradual de faixas de AIQA, que representam a Condição de Qualidade
da água, procura estabelecer uma relação com as classes de enquadramento
constantes na Resolução CONAMA 357/2005, a fim de permitir uma avaliação
59

unificada dos parâmetros analisados. Entretanto, notar que esta relação é


aproximativa uma vez que os critérios de enquadramento não são lineares para todas
as variáveis, além de apresentar variabilidade temporal, o que demandou o uso do
conceito de “Classe Preponderante” dentro de cada amostra considerada.
Vale lembrar que a Classe Preponderante utilizada no cálculo do AIQA, não
se refere a classe do corpo hídrico, com vista ao objetivo de uso da água e com base
no enquadramento da cada parâmetro, para os valores das amostras coletas,
segundo os limites da Resolução 357/2005 do Conama para Águas Doces, os quais
são agrupados nas Classes Físico-Química, de Coliformes e de Ecotoxicidade. Esse
agrupamento utilizou o conceito da estatística descritiva de Percentil, sendo utilizado
nos cálculos do AIQA o P80 (80º percentil), o qual indica que há 80% de dados
inferiores.

3.5 ESTIMATIVA DA POPULAÇÃO NA ÁREAS DAS SUB-BACIAS

A estimativa da população de cada uma das sub-bacias descritas no item


anterior foi realizada através de informações dos Setores Censitários do IBGE anos
de 1991, 2000 e 2010. Dentre as informações disponíveis no CENSO foram utilizadas
a população dos polígonos formados pelos Setores Censitárias, conforme
representado na Figura 11 para ano de 2010, a partir da qual foi calculada a
Densidade Demográfica, conforme representado na Figura 12, também para ano de
2010
60

Figura 11 - Interseção entre a áreas das sub-bacias dos Setores Censitários

N
x

xx

Legenda:
Setores Censitários (IBGE 2010)
Sub-Bacias
3000 0 3000 6000 Meters Represa x T hem e4 .s hp
R ep re s a_p as s au na. sh p
Se t_c en s _ibge _20 10 _pa ss a una .s hp
Pa ss a una _s ub bac ias .s h p

Fonte: Autoria própria.


61

Densidade Populacional dos Setores


Figura 12 - Densidade Demográfica na APA do Passaúna no Ano de 2010
na APA do Passauna em 2010

2000 0 2000 Meters

Legenda:
Densidade Demográfica (Hab.
Bac i a_a /Km²)
lto_i gua c u_ su de rhs a .s h p

0 – 015
Th em e 4.s hp
- 1.5
15 – 1.5150 - 15
15 - 54
150 – 54540 - 15 1.55 3

540 – 1511500 .5 53 - 2 66 .6 55

1500 –

Fonte: Autoria própria.

Devido a algumas áreas dos polígonos formadas pelo Setores Censitários


extrapolarem os limites das sub-bacias, conforme ilustrado na Figura 11, sendo que
nestas áreas estão contempladas diversas densidades populacionais, conforme
62

apresentado na Figura 12, para que fossem estimadas as populações dessas áreas,
a partir dos dados de população dos setores censitários do IBGE, calculou-se a
população das sub-bacias com base nos somatórios das densidades populacionais
de cada Setor Censitário dentro dos limites das sub-bacias, e nas áreas em que os
perímetros não são coincidentes utilizou-se o fator de proporcionalidade em função
da área de ocupação do setor censitário no interior da sub-bacia.
Os valores da população e da densidade demográfica apresentados nos
Resultados nos Quadro 3, 4 e 5, foram obtidos computacionalmente com o auxílio do
Software ArcView 3.2 aplicando-se a interseção entre dados de área das sub-bacias
e os dados de população dos setores censitários, totalizando-se para cada ano, a
população por sub-bacia.
Considerando que os valores informados pelo IBGE para a população nos
municípios para o ano de 2016 são estimativos e, por conseguinte, não se tem a
informação da população nos Setores Censitários, para o cálculo da população das
sub-bacias neste ano utilizou-se a Método da Projeção Aritmética.
Este método de projeção foi o que melhor representou a tendência de
crescimento demonstrada nos anos anteriores. Os cálculos da população no ano de
2016, foram realizadas através das Fórmulas 1 e 2, apresentadas abaixo:

𝑃2 −𝑃1
𝑘𝑎 = 𝑡2 −𝑡1
(1)

𝑃𝑡 = 𝑃2 + 𝑘𝑎 (𝑡2 − 𝑡1 ) (2)
Onde:
Ka: Taxa de crescimento aritmética
t: Ano projetado
t2 e t1: Ano final e inicial conhecido
Pt: Projeção da População
P2 e P1 : População Final e Inicial Conhecidas

3.6 USO E DE OCUPAÇÃO DO SOLO NAS SUB-BACIAS

Para a determinação dos usos do solo nas Sub-bacias, nos diversos anos,
adotaram-se as classes que foram definidas pelo levantamento do uso do solo do ano
de 2000 pela SUDERHSA (2000), as quais foram gerados a partir de técnicas de
63

sensoriamento remoto e interpretação das fotografias aéreas digitais ortorretificadas


(ortofotos).
Para a implementação nesse trabalho, as classes de uso do solo da
(SUDERHSA, 2000 b) foram agregadas, gerando uma nova classificação apresentada
no Quadro 2, na qual a exemplo de vegetação não rasteiras, foram adotadas uma
única classe que é Vegetação Arbórea ou Arbustiva.

Quadro 2 - Classificações de Uso e Ocupação do Solo


Classes de Uso Classes de Uso do Solo
Grupo
Bacia do Alto Iguaçu (SUDERHSA, 2000) para os anos de 2010 e 2016
Área Urbana Alta
Área Urbana Baixa
A Área Urbana Media Área urbanizada ou Vila
Loteamentos
Vila (Perímetro Rural)
Campo
Área de Campos ou
B Solo Exposto
Pastagens
Afloramento Rochoso
Cultura Temporária
C Área de Cultivo
Cultura Permanente
Armazéns/Silos
Aterro Sanitário/Industrial
Granja
D Área Industrial Área Industrial
Lixão
Mineração /Areia
Mineração /Outros
Vegetação Arbórea Natural
Vegetação Arbórea (e/ou
E Vegetação Arbórea Plantada
Arbustiva)
Vegetação Arbustiva Natural
Água
F Água e ou Área alagada
Área Alagada
Fonte: Autoria própria com base em SUDERHSA, 2000.

Para o ano de 2000, foram utilizadas as informações da Bacia do Alto Iguaçu,


procedendo com o recorte para as Bacia Hidrográfica do Passaúna e para as sub-
bacias delimitadas para este trabalho, somando as áreas de acordo com a nova
classificação estabelecida, a qual é apresentada no Quadro 2. A partir dessa nova
classificação, com auxílio de imagens de satélite para os anos de 2010 e 2016 do
software Google Earth Pro (GOOGLE, 2019), foram utilizadas para reconhecimento
de uso do solo para esses anos.
64

A análise do uso do solo buscou designar, de forma simplificada, qualquer


forma de uso e ocupação do solo, tanto pela cobertura vegetal natural, quanto pelas
diversas atividades humanas (uso antrópico) nas áreas urbanizadas, nas atividades
agropecuárias e industriais, entre outras.
Foram levantadas para cada sub-bacia, através de conceitos
fotointerpretação simplificados, os padrões de uso descritos no Quadro 2: Área
urbanizada ou; Campo ou Pastagem; Área de Cultivo; Área Industrial; Vegetação
Arbórea ou Arbustiva; e; Área alagada ou Água.
Cabe destacar que as áreas denominadas como “Vilas”, são aglomerações
de habitações nas áreas rurais. Para designar a ocorrência de novas áreas de Vilas
para os anos de 2010 e 2016, em relação as já observadas pela SUDERSHA no ano
de 2000, estabeleceu-se como critério o número de 10 edificações, o qual foi definido
a partir de observação visual das imagens de satélite, tendo sido observado um maior
número de ocorrência pontuais com crescimento superior a esse número de
edificações,
Os polígonos gerados representam o uso e ocupação no solo na Bacia do Rio
Passaúna para os anos de 2010 e 2016, foram convertidos em arquivos do tipo shape
e foram divididos de acordo os limites das sub-bacias delimitadas através do software
Arcview Gis 3.2 (ESRI, 2019), sendo exportados para arquivo do Google Earth
(GOOGLE, 2019). Os Mapas de uso e ocupação do solo nas sub-bacias para os anos
de 2000, 2010 e 2016 são apresentados no capítulo 5 “Resultados”.
Na verificação das somas das áreas dos polígonos das tipologias de uso do
solo das sub-bacias, constatou-se diferenças de até 5% (±), em relação a área total
da sub-bacia. Essas diferenças foram aplicadas nas áreas predominantes em cada
sub-bacia, que em maioria dos casos ocorreu nas tipologias de Campo ou Vegetação
Arbórea ou Arbustiva.
Tais erros foram promovidos em função da melhor resolução para identificar
as feições, contudo na ferramenta do Google Earth Pro não é possível fazer o controle
entre as bordas das feições e podendo ocorrer pequenas sobreposições. No entanto
o fato de permitir ampliar o campo de visão chegando a escalas de 1:2000 e 1:5000
através desta ferramenta permitiram verificar o uso e ocupações do solo com fotos de
menor escala 1: 20000.
65

3.7 ESTIMATIVA DA ÁREA DE ABRANGÊNCIA DA REDE DE COLETA DE


ESGOTO

A partir dos dados espaciais de atendimento da Rede de Coleta de Esgoto


(RCE) disponibilizados pela SANEPAR (2018) em arquivo shape, obtiveram-se as
extensões dessa rede implantadas em cada ano na área da Bacia do Passaúna,
conforme o mapa apresentado no Apêndice A.
Essa informação permite apenas conhecer os locais em que a RCE se
encontrava implantada até o ano de 2016. Nesse sentido, a fim de estimar uma área
de abrangência do atendimento dessa rede, para que se pudesse estabelecer um
parâmetro para representar a relação entre a extensão das linhas que compõe essa
rede e as áreas atendidas em relação as áreas urbanizadas e áreas industriais das
sub-bacias, definiu-se como raio de alcance da RCE a largura padrão de 75 metros,
conforme representado na Figura 13.

Figura 13 - Faixa de abrangência estimada da Rede de Coleta de Esgoto

-
Fonte: Autoria própria.

Conforme ilustrado na Figura 13, para a faixa de abrangência da RCE, com


largura total de 75 metros, foi considerado que a caixa da via pública tem uma largura
de 15 metros e que essa rede pode atender aos lotes dos dois lados da via, para os
quais se estimou uma profundidade de 30 metros. Essa medida teve por base o lote
padrão de 360m², sendo 12 m de testada por 30 metros de profundidade, para as
zonas de predominância residencial de baixa densidade de ocupação, baseado no
que a Lei nº 9.800 de 2000, que dispõe sobre o zoneamento, uso e ocupação do solo
66

no Município de Curitiba, sendo esta medida padrão também utilizada em nas


legislações equivalentes para ocupações semelhantes nos demais munícipios que
integram a área da Bacia do Passaúna.
Na Figura 14, é representada a relação entre essa RCE e a sua respectiva
área de abrangência para parte da Sub-bacia SB 32, no bairro São Braz em Curitiba.
A área de abrangência foi estimada com auxílio dos softwares ArcView GIS 3.2. (ESRI
1999) e Quantum GIS 3.6.0 (QGIS, 2018).

Figura 14 – Trecho da Sub-bacia SB 32: Área de Abrangência da RCE

Fonte: Autoria própria com base em SANEPAR, 2018; e Google Earth, 2019.

Observa-se no exemplo apresentado na Figura 14, que a presença de vazios


entre as áreas de abrangência da Rede de Coleta de Esgoto pode indicar que o critério
utilizado não permite inferir se há atendimento da Rede de coleta de Esgoto de
edificações situadas em grandes lotes ou em glebas urbanas. Também não é possível
concluir se todas as edificações localizadas nestas áreas de abrangência, estão
efetivamente ligadas a RCE.
67

4 RESULTADOS

Para cada umas das estações de amostragem e suas respectivas sub-bacias,


nas análises realizadas para obtenção dos resultados apresentados, foram utilizados
os dados históricos de qualidade da água das Estações de Amostragem do IAP, o
indicador AIQA, entre os anos de 1991 a 2016 e informações da densidade
demográfica e do uso e ocupação do solo nos anos censitários de 2000, 2010 e no
ano de 2016.
Em função da comparação dos dados dos parâmetros de qualidade da água
com os dados demográficos e de uso do solo, foram enfatizados nas análises os
dados dos anos censitários de 1991, 2000, 2010 e do ano de 2016, a fim de se obter
o dado de comparação com resultados mais recentes. Entretanto, nos resultados são
apresentados os Gráficos com a evolução da qualidade da água, elaborados a partir
dos dados históricos disponíveis para cada Estação de Amostragem, entre os anos
de 1991 a 2016. No Apêndice C, são apresentados os valores médios, dos períodos
utilizados nos gráficos, dos parâmetros e indicadores de qualidade da água das
Estações de Amostragem do IAP para cada Estação de Amostragem.
Em relação aos parâmetros de qualidade da água, por se tratarem de dados
históricos do IAP do período de 1991 a 2016, houve para este período dois diferentes
instrumentos normativos que regulamentam os critérios para o enquadramento dos
corpos d’água, as Resoluções nº 357 de 2005 e nº 20 de 1986 do CONAMA. Nesse
sentido, a fim de se obter a comparação dos resultados nos anos avaliados em relação
aos parâmetros que não tiveram atendimento dos limites estabelecidos para a Classe
do Corpo d´agua, e para que fosse possível ser utilizado um único critério para todo o
período estudado, foi utilizada a resolução nº 357 de 2005 do CONAMA.
Devido à ausência do parâmetro Coliforme Total na Resolução nº 357 de 2005
do CONAMA, sendo este o parâmetro utilizado nas amostras entre os anos de 1991
até 2004, excepcionalmente para este período, foram utilizados os limites
estabelecidos para coliformes totais do instrumento vigente até 2004, a Resolução nº
20 de 1986 do CONAMA. Nos Quadros 3, 4 e 5 são apresentadas a estimativa da
População e da Densidade Demográfica nas sub-bacias nos anos de 1991, 2000,
2010 e 2016, calculados através da Metodologia descrita no item 3.5.
68

Segundo a Portaria SUDERHSA n° 004 de 21 de março de 1991, os cursos


d’água da bacia do Iguaçu estão enquadrados na Classe 2, consequentemente o rio
Passaúna e seus afluentes pertencem a esta classe. Após a barragem, para as
estações de Amostragem AI 37 e AI 11, considera-se a Classe 3, conforme disposto
na Resolução nº 4 de 2013 do COALIAR, a qual aprovou a proposição da atualização
do enquadramento dos corpos de água, para as Bacias do Alto Iguaçu e Afluentes do
Alto Ribeira, em classes, de acordo com os usos preponderantes.
No apêndice B são apresentados os mapas com os seus recortes espaciais,
contendo as imagens de satélite para cada sub-bacia para o ano de 2010 e para o
ano de 2016, para as sub-bacias com disponibilidade de dados de qualidade da água.

Quadro 3 – Estimativa da densidade demográfica nos anos de 1991 e 2000 nas Sub-bacias
Ano 1991 Ano 2000
Sub- Área Densidade Densidade Variação da
População População
bacia (km²) Demográfica Demográfica DM em relação
(Habitantes) (Habitantes)
(DM) Hab./ Km² Hab./ Km² ao de 1991 (%)

SB 28 11,67 366 31,37 387 33,17 5,74%

SB 30 27,24 9.366 343,77 11.865 435,50 26,68%

SB 31 23,53 2.867 121,83 4.122 175,17 43,77%

SB 32 20,29 14.586 719,04 18.301 902,18 25,47%

SB 33 10,37 1.355 130,70 1.956 188,67 44,35%

SB 35 3,10 1.711 551,40 2.054 661,93 20,05%

SB 36 48,61 8.113 166,89 13.559 278,91 67,13%

SB 37 25,10 11.344 451,86 19.864 791,24 75,11%

SB 11 9,62 8.436 876,82 8.567 890,44 1,55%

SB 00 37,41 2.504 66,93 3.867 103,36 54,43%

Total 216,95 60.648 279,55 84.542 389,68 39,40%


Fonte: Autoria própria.
69

Quadro 4 - – Estimativa da Densidade Demográfica para o ano de 2010 nas Sub-bacias


Densidade Variação da Variação da DM
Área População
Sub-bacia Demográfica DM relação ao em relação ao de
(km²) (Habitantes)
(DM) Hab./ Km² de 1991 (%) 2000 (%)
SB 28 11,67 473 40,54 29,23% 22,22%

SB 30 27,24 13.839 507,95 47,76% 16,64%

SB 31 23,53 6.156 261,60 114,72% 49,34%

SB 32 20,29 21.045 1.037,44 44,28% 14,99%

SB 33 10,37 2.742 264,49 102,36% 40,18%

SB 35 3,10 2.527 814,36 47,69% 23,03%

SB 36 48,61 18.566 381,90 128,84% 36,93%

SB 37 25,10 27.508 1.095,72 142,49% 38,48%

SB 11 9,62 12.651 1.314,92 49,96% 47,67%

SB 00 37,41 3.953 105,66 57,87% 2,23%

Total 216,95 109.460 504,54 80,48% 29,47%


Fonte: Autoria própria.

Quadro 5 - Estimativa da Densidade Demográfica para o ano de 2016 nas Sub-bacias

Densidade Variação da Variação da Variação da


Sub- Área População Demográfica DM relação DM em DM
bacia (km²) (Habitantes) (DM) Hab./ ao ano de relação ao em relação ao
Km²² 1991 (%) de 2000 (%) de 2010 (%)
SB 28 11,67 525 45,00 43,44% 35,66% 10,99%

SB 30 27,24 15.024 551,45 60,41% 26,62% 8,56%

SB 31 23,53 7.376 313,45 157,27% 78,94% 19,82%

SB 32 20,29 22.691 1.118,59 55,57% 23,99% 7,82%

SB 33 10,37 3.213 309,92 137,12% 64,26% 17,18%

SB 35 3,10 2.810 905,56 64,23% 36,81% 11,20%

SB 36 48,61 21.570 443,70 165,87% 59,08% 16,18%

SB 37 25,10 32.094 1.278,40 182,92% 61,57% 16,67%

SB 11 9,62 15.102 1.569,67 79,02% 76,28% 19,37%

SB 00 37,41 4.004 107,02 59,90% 3,54% 1,29%

Total 216,95 124.409 573,44 105,13% 47,16% 13,66%


Fonte: Autoria própria.
70

Em meio as informações apresentadas nos Quadros 3, 4 e 5, foram utilizadas


as densidades demográficas para cada sub-bacia, nos citados anos, as quais foram
comparadas as informações de uso do solo, atendimento da rede de coleta de esgoto
e ao AIQA. Nos anos de 2002 e 2011, devido à ausência de dados de coliformes, não
foi possível mensurar o valor do indicador da AIQA.
Quanto a análise da Qualidade Bacteriológica, devido as mudanças entre os
parâmetros utilizados ao longo dos anos e a descontinuidade de informações, a
análise quando as concentrações de Escherichia coli, Coliformes Fecais e Coliformes
totais, foi tratada de forma pontual para os anos avaliados.
Em relação à Qualidade Ecotoxicológica Aguda para Daphnia magna, essa
foi tratada de forma pontual, tendo em vista que a variação desse parâmetro foi restrita
a poucas amostras e teve predominantemente Fator de Diluição (FDd) igual a 1. Para
os anos em que houve ausência de dados, optou-se por manter o comportamento
(valor numérico) que já vinha acontecendo. Porém, ressalta-se a que o número de
ausências desse dado não é significativo no intervalo entre os anos de 1991 a 2016.

4.1 RESULTADOS PARA A SUB-BACIA SB 28 (SB 28)

Os resultados apresentados referentes a sub-bacia SB 28, foram analisados


em função dos dados desta sub-bacia de uso do solo, densidade demográfica, e da
área de abrangência da Rede Coleta de Esgoto, bem como dos indicadores e
parâmetros de qualidade da água da Estações de Amostragem AI 27 e da AI 28.

4.1.1 Estação de Amostragem AI 27

A Estação de Amostragem AI 27, conforme descrito na Tabela 5, tem


localização próxima a Nascente do Rio Passaúna, a sua jusante. Para esta estação
têm-se informações dos parâmetros de Qualidade da água entre os anos de 1991 até
2012, sendo descontinuadas as coletas após esse período. Entre os anos avaliados
neste trabalho, têm-se os valores dos Parâmetros de Qualidade da Água para os anos
Censitários de 1991, 2000 e 2010, que são apresentados no Quadro 6.
71

Quadro 6 - Parâmetros e Indicadores de Qualidade da Água na Estação de Amostragem AI 27

Parâmetro Unidade 1991 2000 2010


Estação do Ano - Inverno Primavera Primavera
Número de Amostras und. 1,00 1,00 1,00
Oxigênio dissolvido mg/L O2 7,80 9,00 7,20
Saturação de O2 % 94,00 101,00 85,00
pH unidades pH 8,60 ND 7,30
Temperatura da água ºC ND ND 17,60
Temperatura do ar ºC 22,50 ND 19,00
DBO mg/L 2,00 1,90 2,00
DQO mg/L 13,00 7,20 2,30
Fósforo total mg/L P 0,10 0,12 0,00
Nitrito mg/L N 0,00 0,01 0,00
Nitrato mg/L N ND 0,43 0,50
Nitrogênio amoniacal mg/L N 0,04 0,10 0,02
Nitrogênio kjeldhal mg/L N 0,41 1,25 0,04
Sólidos totais mg/L ND ND 94,00
Sólidos suspensos mg/L 129,00 132,00 2,80
Turbidez UNT 8,30 20,00 0,70
E. coli NMP/100 mL ND ND 20
Coliformes fecais NMP/100 mL 130 ND ND
Coliformes totais NMP/100 mL 2.200 23.000 330
Toxicidade aguda D. magna FDd 6 1 1
Sólidos dissolvidos totais mg/L Zn ND ND 111,20
Classe do Parâmetro 1991 2000 2010
Oxigênio dissolvido 1 1 1
pH 1 ND 1
DBO5 1 1 1
Fósforo total (ambiente lótico e trib. interm) 3 3 1
Nitrito 1 1 1
Nitrato ND 1 1
Nitrogênio amoniacal 1 1 1
Turbidez 1 1 1
E. coli ND ND 1
Coliformes fecais 1 ND ND
Coliformes totais 2 4 1
Classe Preponderante 1991 2000 2010
Classe Físico –Química 1 1 1
Classe Coliformes 2 4 1
(Daphnia magna) Ecotoxicidade 6 1 1
AIQA - Distância L 0,97 0,75 0,00
Medianamente
Condição de Qualidade Poluída
Poluída
Muito boa

Classe Equivalente Fora de classe 4 1


Fonte: Autoria própria com base em IAP, 2018.
72

Em relação aos parâmetros avaliados, os resultados apresentados no Quadro


6 para a Estação de Amostragem AI 27 indicaram valores adequados em relação a
Classe do Corpo d’agua (Classe 2), conforme preconizado na legislação, para
Oxigênio Dissolvido, pH, DBO, Nitrito, Nitrato, Nitrogênio amoniacal, Turbidez e
Coliformes Totais.
No Gráfico 2 é representada a evolução da qualidade da água entre os anos
de 1991 a 2012 para a Estação de Amostragem AI 27, em função do indicador na
AIQA e das concentrações para: Nitrito, Nitrato, Nitrogênio amoniacal e Fósforo Total.

Gráfico 2 - Evolução da Qualidade da Água na Estação de Amostragem AI 27

Fonte: Autoria própria.


73

No Gráfico 3 é representada a evolução da qualidade da água entre os anos


de 1991 a 2012 para a Estação de Amostragem AI 27, em função do indicador na
AIQA e das concentrações para DBO e DQO.

Gráfico 3 - Evolução da Qualidade da Água na Estação de Amostragem AI 27

Fonte: Autoria própria.

Conforme pode ser observado no Quadro 6, o Fósforo total para o ano de


1991 e de 2000 teve concentrações de 0,10 mg.L-¹ e 0,12 mg.L-¹, ou seja, superior
ao limite de 0,25 mg.L-¹, exigido para a classe do corpo d’agua. Por meio da
comparação entre os Gráficos 2 e 3, as alterações das concentrações de Fósforo
Total, Nitrato, Nitrogênio Amoniacal e Nitrito, quase sempre foram acompanhadas
pelas variações da DQO e do OD, no mesmo período ou nos anos subsequentes.
Em relação ao Análise Integrada da Qualidade da Água (AIQA), conforme
apresentado no Quadro 6, esse indicador teve valores que classificaram condição da
74

qualidade no ano de 1991, como “Poluída”, “Medianamente Poluída” para o ano 2000
e “Muito Boa” para o ano de 2010.
Conforme os resultados representados nos Gráficos 2 e 3, no intervalo entre
este o ano de 1991 até o ano de 2000 houve melhoria da qualidade da água. Nos
anos de 1993, 1996, 1997, 1998 a condição da qualidade foi classificada como “Muito
Boa” e nos anos de 1995 e 2005, como “Boa”. Entretanto, nesse período, a condição
da qualidade foi classificada como “Poluída” nos anos de 1991, 1992 e 1994.
Ainda conforme os resultados representados no Gráficos 2 e 3, entre o ano
de 2000 até o ano de 2010, também houve melhoria da qualidade. Nos anos de 2003,
2008, 2009, sendo a condição da qualidade classificada como “Boa”.
Após o ano de 2010, no ano de 2012 a condição da qualidade retornou à
classificação “Muito Boa”.
Visto que para Estação de Amostragem AI 27, não foi definida uma sub-bacia
específica, sendo está um Estação de Amostragem utilizada para comparação com a
qualidade da água próximo a área da nascente, a análise dos dados dos parâmetros
de qualidade da água deste ponto serão apresentador a seguir, no item 4.1.2,
juntamente com os da Estação de Amostragem AI 28.

4.1.2 Estação de Amostragem AI 28 e Sub-bacia 28 (SB 28)

A Estação de Amostragem AI 28, através da qual foi delimitada a Sub-bacia


SB 28 como área sua área de contribuição, está localizada a montante do “Aterro
Controlado da Lamenha Pequena”, conforme apresentado na Tabela 5. Pode-se
concluir que originalmente a localização deste ponto de monitoramento foi escolhida
em função da necessidade de se ter um parâmetro de comparação para a estação AI
29 a jusante do aterro, a qual será analisada no item 4.2
Para este ponto de monitoramento obtiveram-se os dados dos parâmetros de
Qualidade da água entre 1991 a 2016. Entre os anos avaliados neste trabalho, os
valores dos Parâmetros de Qualidade da Água são apresentados no Quadro 7 para
os Anos Censitários de 1991, 2000, 2010 e para o ano de 2016.
75

Quadro 7 - Parâmetros e Indicadores de Qualidade da Água na Estação de Amostragem AI 28.


Parâmetro Unidade 1991 2000 2010 2016

Estação do Ano - Primavera Primavera Primavera Primavera


Número de Amostras und. 1,00 1,00 1,00 1,00
Oxigênio dissolvido mg/L O2 6,80 7,30 7,20 7,80
Saturação de O2 % 97,00 90,00 85,00 96,00
pH unidades pH 8,30 7,30 7,90
Temperatura da água ºC 17,60 20,00
Temperatura do ar ºC 22,00 19,00 19,00 20,50
DBO mg/L 1,00 2,30 2,00 3,00
DQO mg/L 4,00 4,00 2,30 9,60
Fósforo total mg/L P 0,03 0,03 0,00 0,06
Nitrito mg/L N 0,00 0,01 0,00 ND
Nitrato mg/L N 0,32 0,50 0,67
Nitrogênio amoniacal mg/L N 0,04 0,18 0,02 0,04
Nitrogênio kjeldhal mg/L N 0,28 0,33 0,04 0,95
Sólidos totais mg/L 94,00 157,00
Sólidos suspensos mg/L 13,00 2,80 31,00
Turbidez UNT 2,90 11,00 0,70 25,00
E. coli NMP/100 mL 20 3.300
Coliformes fecais NMP/100 mL 500 1.400
Coliformes totais NMP/100 mL 3.000 23.000 330
Toxicidade aguda D.
FDd 2,00 1,00 1,00 1,00
magna
Sólidos dissolvidos totais mg/L Zn 111,20
Classe do Parâmetro de acordo da Resolução
Parâmetro
CONAMA 357/05
Oxigênio dissolvido 1 1 1 1
pH 1 ND 1 1
DBO5 1 1 1 1
Fósforo total 2 2 1 4
Nitrito 1 1 1 ND
Nitrato ND 1 1 1
Nitrogênio amoniacal 1 1 1 4
Turbidez 1 1 1 1
Coliformes fecais 2 3 ND ND
Coliformes totais 2 2 1 ND
Classe Preponderante (P80) de acordo com as
Classe Preponderante
classes da Resolução CONAMA 357/05
Classe Físico -Química 1 1 1 4
Classe Coliformes 2 3 1 3
(Daphnia magna)
2 1 1 1
Ecotoxicidade
AIQA - Distância L 0,74 0,50 0,00 0,00
Medianamente Pouco
Condição de Qualidade Poluída Poluída
Muito boa Muito boa

Classe Equivalente 4 3 1 1
Fonte: Autoria própria com base em IAP, 2018.
76

A área delimitada pela sub-bacia SB 28, está inserida no município de


Almirante Tamandaré, conforme ilustrado na Figura 6.
Em relação aos parâmetros avaliados para a Estação de Amostragem AI 28,
os resultados apresentados no Quadro 7 demonstraram valores adequados em
relação a Classe do Corpo d’agua (Classe 2), conforme indicado na Resolução
CONAMA 357/05, para Oxigênio Dissolvido, pH, DBO, Nitrito, Nitrato, Turbidez e
Coliformes Totais. Já as concentrações foram superiores aos limites exigidos para
pela Resolução, no ano de 2010 para coliformes fecais e no ano de 2016 para o
Fósforo total e o Nitrogênio amoniacal.
No Gráfico 4 é representada a evolução da qualidade da água entre os anos
de 1991 a 2016 para a Estação de Amostragem AI 28, em função do indicar da AIQA
e das as variações nas concentrações para os parâmetros Nitrito, Nitrato e Nitrogênio
Amoniacal e Fósforo total.

Gráfico 4 - Evolução da Qualidade da Água na Estação de Amostragem AI 28

Fonte: Autoria própria.


77

Nos Gráficos 5 é representada a evolução da qualidade da água, em função


do indicar da AIQA e das variações nas concentrações para os parâmetros Oxigênio
Dissolvido, DBO e DQO, entre os anos de 1991 a 2016 para a Estação de
Amostragem AI 28.

Gráfico 5 - Evolução da Qualidade da Água na Estação de Amostragem AI 28

Fonte: Autoria própria.

No Gráfico 5, pode-se observar a DQO, foi o parâmetro que teve as maiores


variações nos valores observados entre anos de 1991 a 2016. Em alguns períodos, a
exemplo dos anos 1993, 1999 e 2005, o comportamento verificado pela DBO seguiu
o verificado para a DQO As alterações desses parâmetros nesses anos ocorreram
frequentemente associadas ao aumento das concentrações de Coliformes fecais ou
E.coli.
78

Através da comparação entre o Gráficos 4 e o Gráfico 5, pode ser observado


que as variações observadas para a DBO e DQO, quase sempre estiveram
acompanhadas pelas as alterações das concentrações de Fósforo Total, Nitrato,
Nitrogênio Amoniacal e Nitrito, no mesmo período ou nos anos subsequentes. Esse
comportamento foi verificado em diversas sub-bacias.
Em relação ao Análise Integrada da Qualidade da Água (AIQA), conforme
apresentado no Quadro 7, esse indicador teve valores que classificaram a condição
da qualidade como “Medianamente Poluída” no ano de 1991, como “Pouco Poluída”
para o ano 2000 e “Muito Boa” para os anos de 2010 e de 2016.
No Quadro 8 são apresentadas as variações do uso do solo da abrangência
da Rede de Coleta de Esgoto (RCE) e da densidade demográfica na Sub-bacia SB
28, para os anos censitários de 2000, 2010 e para o ano de 2016.

Quadro 8 - Variação do Uso do Solo e da Densidade Demográfica na SB 28


2000 2010 2016
Classe de uso do
Grupo Área Área Uso
solo Área (he) Uso (%) Uso (%)
(he) (he) (%)
A Área Urbanizada 3,35 0,29% 3,34 0,29% 14,00 1,20%

B Área Industrial 0,00 0,00% 0,00 0,00% 0,00 0,00%


Área de Campos ou
C 124,76 10,69% 95,60 8,19% 98,81 8,47%
Pastagens
D Área de Cultivo 296,64 25,42% 322,65 27,65% 309,76 26,55%

E Vegetação Arbórea 737,28 63,19% 740,45 63,46% 739,46 63,38%


Água e Áreas
F 4,73 0,41% 4,73 0,41% 4,73 0,41%
Alagadas
Total = A + B + C + D + F 1.166,77 100% 1.166,77 100% 1.166,77 100%

Fonte: Autoria própria.

As informações apresentadas no Quadro 8 são representadas através do


Gráfico 6, no qual também é apresentada a densidade demográfica na Sub-bacia
indicada nos Quadros 3, 4 e 5; e o indicador da AIQA para a estação de amostragem
AI 28 nos anos citados, conforme os valores foram apresentados no Quadro 7.
79

Gráfico 6 - Variação do Uso do Solo e da Densidade Demográfica na SB 28

Fonte: Autoria própria.

Quanto ao uso do solo na sub-bacia SB 28, conforme pode ser observado no


Quadro 8, não houve variação significativa das áreas de vegetação arbórea, que para
o ano de de 2016 representavam a maior percentual de ocupação com 63,38%. A
diminuição das áreas de campos e pastagens foi acompanhada pelo aumento das
áreas de cultivo.
O crescimento da população na área da sub-bacia foi estimado em 35,66%
entre os anos de 2000 a 2016, conforme indicado no Quadro 5 e representado no
Gráfico 6. Esse crescimento está ligado a expansão das aglomerações fora do
perímetro urbano do município denominadas como “Vilas”. Nesses locais, não foi
verificado o atendimento da rede coletora de esgoto, podendo este fator ter
contribuído para a redução da qualidade da água na sub-bacia, principalmente entre
os anos de 2010 a 2016.
80

Quando comparada a qualidade geral da água em relação das Estações de


Amostragem AI 27 e AI 28 verifica-se que a primeira, apesar estar localizada próxima
a nascente do rio Passaúna, apresentou pior condição de qualidade em relação a AI
28 nos anos iniciais.
Essa condição de qualidade na estação AI 27 ocorreu devido ao elevado fator
de diluição (FDd) para Daphnia magna, que conforme apresentado no Quadro 6 teve
valor igual a 6 para o ano de 1991.
Considerando que área foi a APA do Passaúna, foi instituída através do
Decreto Estadual no ano de 1991, conforme descrito no item 2.2, visto que a presença
de Ecotoxicidade diminui após o ano de 1994, assim como a concentração de
Coliformes Fecais. Pode-se ter como hipótese que haviam atividades nas
proximidades da nascente, a qual originavam poluição por elementos tóxicos e
Coliformes. Assim, devido às restrições impostas pela criação da APA essas
atividades provavelmente foram descontinuadas.
A Condição de Qualidade após 1994 foi predominantemente “Boa” ou “Muito
Boa” na Estação de Amostragem AI 27, porém quando foi observado que a condição
de qualidade foi “Medianamente Poluída” ou “Pouco Poluída”, podendo estas
variações estarem vinculadas ao aumento dos valores observados para Coliformes
e/ou Ecotoxicidade.
A ocorrência de valores acimas dos exigidos na legislação em 2010 para
coliformes fecais e no ano de 2016 para o Fósforo total e o Nitrogênio amoniacal,
podem estar relacionadas aos resíduos gerados pelo aumento da área agricultada e
da população.
Visto que para a Sub-bacia SB 28, foi verificado que a o predomínio da área
ocupada por Vegetação arbórea e de Área de cultivo com 26,55%, e ainda que a
qualidade da água na Estação de Amostragem AI 28, em geral, apresentou condição
de qualidade superior as demais; os resultados para esta sub-bacia corroboram os
verificados por Cornelli et. al (2016).
Nesse estudo entre as sub-bacias que foram comparadas, a que havia tido a
melhor qualidade da água foi a que possuía características predominantemente rurais
com aproximadamente 70% do uso do solo dividido entre atividade agropastoril,
(correspondentes as Áreas de campos, pastagens ou cultivo) e mata nativa, exótica
ou estepe (correspondentes as áreas de vegetação arbórea ou Arbustiva).
81

Considerando a Subbacia SB 28 possui uma maior ocupação por Vegetação


Árborea, por conseguinte, pode-se inferir que também possua uma vegetação ripária
melhor preservada que as demais sub-bacia. Esta constatação pode estabelecer uma
relação como o estudo realizado por Tran et al (2010), que indicou que a presença
de uma zona de proteção de riachos entre córregos e áreas agrícolas e urbanas é um
fator significativo na redução da contaminação de cargas não pontuais.
Os resultados para esta sub-bacia, apoiam os verificados Huang et al (2013),
no qual os autores verificaram que as áreas florestadas e de pastagem contribuíram
para a redução das concentrações de Fósforo Total, Nitrogênio Total e substâncias
que consomem oxigênio, desta forma aumentando a concentração de Oxigênio
Dissolvido, e, consequentemente, melhorando a qualidade da água.

4.2 RESULTADOS PARA A SUB-BACIA 30 (SB 30)

A área delimitada pela sub-bacia SB 30, está inserida nos municípios de


Almirante Tamandaré, Campo Magro e Curitiba conforme ilustrado na Figura 6.
Os resultados apresentados para esta sub-bacia, foram analisados em função
dos dados desta sub-bacia de uso do solo, densidade demográfica, e da área de
abrangência da Rede de Coleta de Esgoto, assim como dos indicadores e parâmetros
de qualidade da água da Estações de Amostragem AI 29 e da AI 30.

4.2.1 Estação de Amostragem AI 29

A Estação de Amostragem AI 29, tem localização a Jusante do “Aterro


Controlado da Lamenha Pequena”, no município de Almirante Tamandaré, conforme
apresentado na Tabela 5. Na Figura 15 é ilustrada a sua localização.
A operação do aterro ocorreu entre os anos de 1964 e 1989, sendo que no
início as técnicas utilizadas para a disposição dos resíduos eram a compactação e
cobertura, em duas áreas de deposição de resíduos denominadas de vertente norte e
vertente sul (CURITIBA, 2017).
82

Esse aterro recebeu durante o referido período, todos os tipos de resíduos


(domiciliares, comerciais, serviços de saúde e industriais) provenientes dos
municípios de Curitiba e Almirante Tamandaré. Somente em 1984 foram implantadas
duas lagoas de tratamento de efluentes líquidos, uma anaeróbia e outra facultativa,
iniciando o tratamento do percolado (CURITIBA, 2017).
A partir de 1986 foram realizadas melhorias, como o cobrimento frequente dos
resíduos aterrados, drenagem superficial da área com canaletas de concreto,
regularização da superfície do aterro e implantação de sistema de recirculação do
percolado (CURITIBA, 2017).

Figura 15 - Localização do Aterro da Lamenha Pequena

Fonte: MALP, 2013 apud CURITIBA, 2017.

Conforme ilustrado na Figura 15, este aterro tinha localização próxima ao Rio
Passaúna, entre as divisas municipais de Almirante Tamandaré, Curitiba e Campo
Magro.
Para a Estação da amostragem AI 29, foram obtidas as informações dos
parâmetros de Qualidade da água entre os anos de 1991 até 2012, sendo que as
coletas foram descontinuadas neste ponto após esse período. Entre os anos avaliados
neste trabalho, têm-se os valores dos Parâmetros de Qualidade da Água para os anos
Censitários de 1991, 2000 e 2010, os quais são apresentados no Quadro 9.
83

Quadro 9 - Parâmetros e Indicadores de Qualidade da Água na Estação de Amostragem AI 29

Parâmetro Unidade 1991 2000 2010


Estação do Ano - Primavera Primavera Primavera
Número de Amostras und. 1,00 1,00 1,00
Oxigênio dissolvido mg/L O2 6,40 6,80 9,10
Saturação de O2 % 80,00 84,00 91,00
pH unidades pH 8,00 7,60
Temperatura da água ºC 18,60
Temperatura do ar ºC 22,00 20,00 19,00
DBO mg/L 1,00 3,30 2,30
DQO mg/L 3,00 7,90 7,00
Fósforo total mg/L P 0,11 0,06 0,03
Nitrito mg/L N 0,00 0,01 0,04
Nitrato mg/L N 1,78 0,43 0,79
Nitrogênio amoniacal mg/L N 0,12 0,33 0,14
Nitrogênio kjeldhal mg/L N 1,11 1,06 0,28
Sólidos totais mg/L 101,00
Sólidos suspensos mg/L 20,00 7,60
Turbidez UNT 3,90 11,00 7,50
E. coli NMP/100 mL 11.000
Coliformes fecais NMP/100 mL 220 3.000
Coliformes totais NMP/100 mL 2.200 30.000 11.000
Toxicidade aguda D. magna FDd 2 1 1
Sólidos dissolvidos totais mg/L Zn 93,40
Classe do Parâmetro 1991 2000 2010
Oxigênio dissolvido 1 1 1
pH 1 ND 1
DBO5 1 2 1
Fósforo total (ambiente lótico e trib. interm) 3 1 1
Nitrito 1 1 1
Nitrato 1 1 1
Nitrogênio amoniacal 1 1 1
Turbidez 1 1 1
E. coli ND ND 4
Coliformes fecais 2 3 ND
Coliformes totais 2 4 3
Classe Preponderante 1991 2000 2010
Classe Físico –Química 1 1 1
Classe Coliformes 2 4 4
(Daphnia magna) Ecotoxicidade 2 1 1
AIQA - Distância L 0,74 0,75 0,75
Medianamente Medianamente Medianamente
Condição de Qualidade Poluída Poluída Poluída
Classe Equivalente 4 4 4

Fonte: Autoria própria com base em IAP, 2018.


84

Em relação aos parâmetros avaliados para a Estação de Amostragem AI 29,


os resultados apresentados no Quadro 9, demonstraram que não houve atendimento
em relação a Classe do Corpo d’agua (Classe 2) da legislação para Fósforo total, nos
anos de 1991 e 2000, e, para coliformes fecais no ano de 2000.
No Gráfico 7 é representada a evolução da qualidade da água entre os anos
de 1991 a 2016 para a Estação de Amostragem AI 28, em função do indicar da AIQA
e das as variações nas concentrações para os parâmetros Nitrito, Nitrato e Nitrogênio
Amoniacal e Fósforo total,

Gráfico 7 - Evolução da Qualidade da Água na Estação de Amostragem AI 29

Fonte: Autoria própria.


85

As variações observadas no Gráfico 7 para Fósforo Total, comumente


estiveram associadas ao aumento das concentrações de coliformes Fecais ou E. Coli.
Nos Gráficos 8 é representada a evolução da qualidade da água entre os anos
de 1991 a 2016 para a Estação de Amostragem AI 29, em função do indicar da AIQA
e das variações nas concentrações para os parâmetros Oxigênio Dissolvido, DBO e
DQO.

Gráfico 8 - Evolução da Qualidade da Água na Estação de Amostragem AI 29

Fonte: Autoria própria.

Assim como observados para os gráficos da Estação de Amostragem AI 28,


há uma inter-relação entre as variações dos parâmetros representados no Gráfico 7 e
a DBO e a DQO, representadas no Gráfico 8.
86

Em relação à Análise Integrada da Qualidade da Água (AIQA), conforme


apresentado no Quadro 9, esse indicador teve valores que classificaram condição da
qualidade como “Pouco Poluída” no ano de 2000 e como “Medianamente Poluída” nos
anos de 1991 e 2010.
Conforme apresentado nos Gráficos 7 e 8, no intervalo entre os anos de 1991
até o ano de 2000 a qualidade foi classifica como “Poluída” ou “Muito Poluída até o
ano de 1993. Porém houve melhoria da qualidade em 1994 e 1999, quando a condição
da qualidade foi classificada como “Pouco Poluída. A melhoria da qualidade da água
neste período é um forte indício que a presença de Ecotoxicidade levada ao corpo
d’agua pelos resíduos originados pelo Aterro Controlado diminuiu após alguns anos
do termino de sua operação.
Também conforme os resultados representados nos Gráficos 2 e 3, entre o
ano de 2000 até o ano de 2012, houve uma queda na qualidade da água passando a
maior parte desse período como “Medianamente Poluída”. Essa diminuição na
qualidade ocorreu devido as altas concentrações de coliformes totais neste período,
havendo indicativo de que sua origem esteja relacionada ao lançamento de esgoto
doméstico, provenientes de áreas com presença de ocupações irregulares,
localizadas a montante deste ponto de monitoramento.
Considerando que para Estação de Amostragem AI 29 não foi definida uma
sub-bacia específica, sendo esta uma Estação de Amostragem utilizada para
comparação com a qualidade da água a próximo a área da nascente, a análise dos
dados dos parâmetros de qualidade da água deste ponto serão apresentador a seguir,
no item 4.2.2, juntamente com os da Estação de Amostragem AI 30, levando em
consideração os resultados obtidos para a Estação de Amostragem AI 28 e para a
sub-bacia SB 28.

4.2.2 Estação de Amostragem AI 30 e para a Sub-bacia 30 (SB 30)

Para a estação de Amostragem AI 30 foram obtidos os dados dos parâmetros


de Qualidade da água entre 1991 a 2016. Entre os anos avaliados neste trabalho, os
valores dos Parâmetros de Qualidade e indicadores da Água para os anos de 1991,
2000, 2010 e 2016, são apresentados no Quadro 10.
87

Quadro 10 - Parâmetros e Indicadores de Qualidade da Água na Estação de Amostragem AI 30

Parâmetro Unidade 1991 2000 2010


Estação do Ano - Primavera Primavera Primavera
Número de Amostras und. 1,00 1,00 1,00
Oxigênio dissolvido mg/L O2 7,00 6,50 6,80
Saturação de O2 % 90,00 80,00 81,00
pH unidades pH 7,90 7,60
Temperatura da água ºC 19,00
Temperatura do ar ºC 28,50 21,00 21,00
DBO mg/L 1,00 2,60 2,60
DQO mg/L 5,00 7,90 5,40
Fósforo total mg/L P 0,12 0,14 0,06
Nitrito mg/L N 0,00 0,10 0,04
Nitrato mg/L N 1,21 0,97 0,96
Nitrogênio amoniacal mg/L N 0,20 0,45 0,27
Nitrogênio kjeldhal mg/L N 0,54 1,83 0,53
Sólidos totais mg/L 89,00
Sólidos suspensos mg/L 11,00 12,00
Turbidez UNT 24,00 14,00 9,50
E. coli NMP/100 mL 130.000
Coliformes fecais NMP/100 mL 160.000 30.000
Coliformes totais NMP/100 mL 160.000 80.000 130.000
Toxicidade aguda D. magna FDd 2 1 1
Sólidos dissolvidos totais mg/L Zn 77,00
Classe do Parâmetro 1991 2000 2010
Oxigênio dissolvido 1 1 1
pH 1 ND 1
DBO5 1 1 1
Fósforo total (ambiente lótico e trib. interm) 3 3 1
Nitrito 1 1 1
Nitrato 1 1 1
Nitrogênio amoniacal 1 1 1
Turbidez 1 1 1
E. coli ND ND 4
Coliformes fecais 4 4 ND
Coliformes totais 4 4 4
Classe Preponderante 1991 2000 2010
Classe Físico -Química 1 1 1
Classe Coliformes 4 4 4
(Daphnia magna) Ecotoxicidade 2 1 1
AIQA - Distância L 0,93 0,75 0,75
Poluída Medianamente Medianamente
Condição de Qualidade Poluída Poluída
Classe Equivalente Fora de classe 4 4

Fonte: Autoria própria (2019) com base em IAP, 2018.


88

Em relação aos parâmetros avaliados para a Estação de Amostragem AI 30,


os resultados apresentados no Quadro 10 demonstraram valores inadequados em
relação a Classe do Corpo d’agua conforme indicado na legislação para Fósforo Total
(exceto para o ano de 2010) e para Coliformes Fecais, totais e E. Coli
No Gráfico 9 é representada a evolução da qualidade da água entre os anos
de 1991 a 2012 para a Estação de Amostragem AI 30, em função do indicador da
AIQA e das as variações nas concentrações para os parâmetros Nitrito, Nitrato e
Nitrogênio Amoniacal e Fósforo total.

Gráfico 9 - Evolução da Qualidade da Água na Estação de Amostragem AI 30

Fonte: Autoria própria.

No ano de 1995, observou-se um pico em relação ao parâmetro Nitrogênio


Amonical, com valor igual a 17,8 mg/L. Em função de não ter sido observado a
alteração de demais parâmetro no período que justifiquem essa variação, considerou-
se que variação pode ter sido erro formal do banco de dados utilizado. Desta forma,
89

não houve representação no Gráfico 9 do parâmetro Nitrogênio Amonical para o ano


de 1995.
No Gráfico 10 é representada a evolução da qualidade da água entre os anos
de 1991 a 2016 para a Estação de Amostragem AI 30, em função do indicar da AIQA
e das variações nas concentrações para os parâmetros Oxigênio Dissolvido, DBO e
DQO,

Gráfico 10 - Evolução da Qualidade da Água na Estação de Amostragem AI 30

Fonte: Autoria própria.


.

Quanto a Análise Integrada da Qualidade da Água (AIQA), conforme


apresentado no Quadro 10, esse indicador teve valores que classificaram a condição
da qualidade como “Poluída” nos anos de 1991 e “Medianamente Poluída” para os
anos de 2000 e 2010. Conforme pode ser observado no Gráfico 9 e 10, a condição de
90

qualidade da água na Estação de Amostragem AI 30 se manteve na maior parte do


período avaliado como “Medianamente Poluída”.
Para o ano de 1992, quando a condição de qualidade foi tida como “Muito
Poluída”, conforme indicado nos Gráficos 9 e 10 houve elevada presença de
Ecotoxicidade, com valores próximos aos observados nos mesmos anos para a
Estação de Amostragem a AI 29, a montante, indicado a sua origem através da fonte
de poluição como observada anteriormente.
Na área da Sub-bacia SB 30 as principais ocorrências de áreas urbanizadas
estão nos bairros do Butiatuvinha em Curitiba, e no Jardim Boa Vista e Jardim Santa
Cecília em Campo Magro. No Quadro 11 são apresentadas as variações do uso do
solo da abrangência da Rede de Coleta de Esgoto (RCE) e na Sub-bacia SB 30, para
os anos censitários de 2000 e 2010.

Quadro 11 - Variação do Uso do Solo e da Densidade Demográfica na SB 30

2000 2010
Grupo Classe de uso do solo Área
Área (he) Uso (%) Uso (%)
(he)
A Área Urbanizada / Vila 190,92 7,01% 217,25 7,97%

B Área Industrial 23,54 0,86% 23,60 0,87%

A/B Área de Abrangência da RCE 64,20 29,93% 196,01 81,38%

C Área de Campos ou Pastagens 537,66 19,73% 554,70 20,36%

D Área de Cultivo 283,37 10,40% 296,51 10,88%

E Vegetação Arbórea 1.688,98 61,99% 1.632,41 59,92%

F Água /Áreas Alagadas - - - -

Total = A + B + C + D + F 100% 2.724,47 100%

Fonte: Autoria própria.

As informações apresentadas no Quadro 11 são representadas através do


Gráfico 11, no qual também é apresentada para Sub-bacia SB 30 a densidade
demográfica apontada nos Quadros 3, 4 e 5; e o indicador da AIQA para a estação de
amostragem AI 30 nos anos para citados, conforme os valores foram apresentados
no Quadro 10.
91

Gráfico 11 - Variação do Uso do Solo e da Densidade Demográfica na SB 30

Fonte: Autoria própria.

Conforme pode ser observado no Quadro 11 e no Gráfico 11, não houve


variação significativa das áreas de vegetação arbórea, sendo estas as áreas
predominantes na Sub-bacia SB 30, assim como observado para a sub-bacia SB 28.
A diminuição das áreas de campos e pastagens foi acompanhada pelo aumento das
áreas de cultivo, contudo essas variações não foram significativas em valores
absolutos, as quais representam 91,16% da ocupação, juntamente com áreas de
vegetação arbórea.
Apesar de não ter havido variação significativa da área urbanizada em relação
a área total da sub-bacia, o crescimento da população de 26,62% entre 2000 e 2010,
conforme indicado no Quadro 4, não foi acompanhado pelo crescimento das áreas
Urbanizadas, o que pode indicar que houve aumento da densidade da ocupação e
surgimento de novas edificações na área urbanizada já existentes. Conforme pode
ser observado no Gráfico 11, a condição de qualidade da água se manteve com a
distância L para a AIQA com valor igual a 0,75, o que pode indicar que o aumento do
atendimento da rede de coleta de esgoto contribui para a manutenção da qualidade
da água como “Medianamente Poluída” na maior parte do período avaliado.
92

Ainda que tenham sido verificadas características semelhantes quanto ao uso


solo de maneira geral, da sub-bacia SB 28 em relação a Sub-bacia SB 30, esta difere
do comportamento observado na primeira, onde inferiu-se que a melhor qualidade da
água estava associada a preponderância de áreas de vegetação arbórea. Um fator
que pode explicar a pior qualidade geral na estação de Amostragem AI 30 é a sua
localização mais próxima a áreas urbanizadas. Assim a qualidade da água neste
ponto refletiu, em maior parte, os efeitos dos usos do solo das atividades que geram
poluição em suas áreas lindeiras, e, portanto, não tendo havido aumento de qualidade
em função da autodepuração ao longo do curso do rio.
De maneira simplificada, observa-se nas imagens de satélite do Google Earth
(2019) utilizadas para o levantamento do uso do solo no ano de 2010, que a vegetação
riparia nas proximidades deste ponto de monitoramento e da área urbanizada da sub-
bacia, encontravam-se menos preservadas, por exemplo, quando comparadas as da
sub-bacia SB 28. Em consequência disso, a pior qualidade em relação a estação de
monitoramento AI 28, deve ter sido acentuada também pela falta de uma zona de
proteção entre a área urbanizada e o rio, o que segundo concluíram Tran et al (2010)
é um fator significativo na redução da contaminação de cargas não pontuais.
Outrossim, os resultados verificados para a sub-bacia SB 30, em geral,
corroboram os verificados por Huang et al (2013), que indicam que o aumento da área
construída tende a degradar a qualidade da água.

4.3 RESULTADOS PARA A SUB-BACIA 31(SB 31)

A Estação de Amostragem AI 31, através da qual foi delimitada a Sub-bacia


SB 31 como sua área de contribuição, tem localização no Rio Cachoeirinha conforme
apresentado na Tabela 5, na localidade da Colônia Dom Pedro, no município de
Campo Largo.
Para este ponto de monitoramento obtiveram-se os dados dos parâmetros de
Qualidade da água entre 1991 a 2016. Entre os anos avaliados neste trabalho, os
valores dos Parâmetros e os Indicadores de Qualidade da Água, são apresentados
no Quadro 12 para os Anos Censitários de 1991, 2000, 2010 e também para o ano de
2016.
93

Quadro 12 - Parâmetros e Indicadores de Qualidade da Água na Estação de Amostragem AI 31

Parâmetro Unidade 1991 2000 2010 2016


Estação do Ano Primavera Primavera Primavera Primavera
Número de Amostras und. 1,00 1,00 1,00 1,00
Oxigênio dissolvido mg/L O2 6,70 8,10 8,40 8,00
Saturação de O2 % 84,00 98,00 97,00 95,00
pH unidades pH 8,40 8,00 7,90
Temperatura da água ºC 17,50 20,00
Temperatura do ar ºC 28,50 21,00 19,00 24,00
DBO mg/L 1,00 1,90 2,50 3,00
DQO mg/L 2,00 7,80 5,20 16,00
Fósforo total mg/L P 0,04 0,12 0,08 0,13
Nitrito mg/L N 0,00 0,02 0,04
Nitrato mg/L N 0,15 0,57 0,73 0,93
Nitrogênio amoniacal mg/L N 0,04 0,13 0,08 0,09
Nitrogênio kjeldhal mg/L N 0,15 0,73 0,36 1,20
Sólidos totais mg/L 65,00 125,00
Sólidos suspensos mg/L 10,00 39,00 100,00
Turbidez UNT 13,00 56,00 25,00 91,00
Escherichia coli NMP/100 mL 240.000 12.000
Coliformes fecais NMP/100 mL 8.000 22.000
Coliformes totais NMP/100 mL 30.000 130.000 380.000
Toxicidade aguda D. magna FDd 1 1 1 1
Sólidos dissolvidos totais mg/L Zn 104,67
Classe do Parâmetro 1991 2000 2010 2016
Oxigênio dissolvido 1 1 1 1
pH 1 ND 1 1
DBO5 1 1 1 1
Fósforo total (ambiente lótico e trib. interm) 1 3 1 3
Nitrito 1 1 1 ND
Nitrato 1 1 1 1
Nitrogênio amoniacal 1 1 1 1
Turbidez 1 2 1 2
E. coli ND ND 4 4
Coliformes fecais 4 4 ND ND
Coliformes totais 4 4 4 ND
Classe Preponderante 1991 2000 2010 2016
Classe Físico -Química 1 2 1 2
Classe Coliformes 4 4 4 4
(Daphnia magna) Ecotoxicidade 1 1 1 1
AIQA - Distância L 0,75 0,76 0,75 0,76
Medianamente Medianamente Medianamente Medianamente
Condição de Qualidade Poluída Poluída Poluída Poluída
Classe Equivalente 4 4 4 4

Fonte: Autoria própria com base em IAP, 2018.


94

Em relação aos parâmetros avaliados para a Estação de Amostragem AI 31,


os resultados apresentados no Quadro 12 não apresentaram atendimento a Classe
do corpo d’agua, os seguintes parâmetros: Fósforo total (nos anos de 2000 e 2016),
coliformes fecais e Coliformes totais e E. Coli.
Nos Gráficos 12 e 13 é representada a evolução da qualidade da água entre
os anos de 1991 a 2016 para a Estação de Amostragem AI 31.

Gráfico 12 - Evolução da Qualidade da Água na Estação de Amostragem AI 31

Fonte: Autoria própria.

O não atendimento a legislação quando aos limites da Classe 2, verificado


para os anos citado no Quadro 12 para coliformes fecais, coliformes totais e/ou E.
Coli, foram identificados para todo o período avaliado sendo que, a exemplo dos anos
95

em que houve aumento das concentrações de Fósforo Total, estes parâmetros


também obtiveram elevação.

Gráfico 13 - Evolução da Qualidade da Água na Estação de Amostragem AI 31

Fonte: Autoria própria.

Não obstante, conforme observado anteriormente há uma inter-relação entre


as variações dos parâmetros representados no Gráfico 12 e a DBO e a DQO,
representadas no Gráfico 13. Cabendo destacar que em 2004 quando a DBO
apresentou valor acima do limite estabelecido na legislação também houve acréscimo
em relação ao período anterior para Fósforo Total e Nitrato, conforme indicado no
Gráfico 12, como também para Coliformes Fecais, tendo para este ano Classificação
96

“Poluída” em relação ao Análise Integrada da Qualidade da Água ( AIQA), a qual foi


observada como “Medianamente Poluída” nos citados anos Censitário e na maior
parte do período de 1991 a 2016., conforme apresentado nos Gráficos 12 e 13.
Na área da Sub-bacia SB 31 são verificadas a presença de áreas urbanizadas
no município de Campo Magro, no Jardim Bom Pastor, Jardim Veneza e Jardim
Pioneiro, Jardim Água Boa, onde não foi constatada a presença de Rede de Coleta
de Esgoto.
No Quadro 13 são apresentadas as variações do uso do solo da abrangência
da Rede de Coleta de Esgoto (RCE) e na Sub-bacia SB 31, para os anos censitários
de 2000 e 2010, bem como para o ano de 2016.

Quadro 13 - Variação do Uso do Solo e da Densidade Demográfica na SB 31

2000 2010 2016


Classe de uso do
Grupo Área Área
solo Área (he) Uso (%) Uso (%) Uso (%)
(he) (he)
A Área Urbanizada 93,17 3,96% 101,02 4,29% 124,13 5,28%

B Área Industrial 4,72 0,20% 5,36 0,23% 14,36 0,61%


Área de Abrangência
A-B 0,00 0,00% 0,00 0,00% 55,49 40,06%
da RCE
Área de Campos ou
C 391,35 16,63% 359,72 15,29% 340,62 14,47%
Pastagens
D Área de Cultivo 982,27 41,74% 989,69 42,06% 1066,63 45,33%

E Vegetação Arbórea 872,09 37,06% 887,82 37,73% 797,87 33,91%


Água e Áreas
F 9,57 0,41% 9,57 0,41% 9,57 0,41%
Alagadas
Total 2.353,19 100% 2.353,19 100% 2.353,19 100%

Fonte: Autoria própria.

As informações apresentadas no Quadro 13 foram representadas através do


Gráfico 14, no qual também é apresentado o AIQA, conforme os valores serão
apresentados no Quadro 12 para a estação de amostragem AI 31 e a densidade
demográfica na Sub-bacia apresentados nos Quadros 3, 4 e 5.
97

Gráfico 14 - Variação do Uso do Solo e da Densidade Demográfica na SB 31

Fonte: Autoria própria.

Em relação ao uso do solo na Sub-bacia SB 31, conforme valores


apresentados no Quadro 13 e no Gráfico 14, houve aumento das áreas urbanizadas
e industriais, e das áreas de cultivo. Contudo, ainda a maior porção da área cobertura
é composta de áreas de cultivo seguida por vegetação arbórea e pelas áreas de
campos ou Pastagens, as quais representavam 93,71% da cobertura da sub-bacia
para o ano de 2016.
Contudo, conforme apresentado no Quadro 5, o crescimento da população na
Sub-bacia foi de 78,94% entre os anos de 2000 a 2016, o qual não foi acompanhado
pela implantação da Rede de Coleta de Esgoto, que conforme indicado no Quadro 13,
abrange uma área estimada de 40,06% das áreas urbanizadas e industriais para o
ano de 2016.
Porém, considerando que a qualidade da água se manteve o AIQA com
classificação “Medianamente Poluída” na maior parte do período avaliado, o aumento
do atendimento da rede de coleta de esgoto contribui para a manutenção da
qualidade.
98

Em função do predomínio de área de Cultivo, Campos ou Pastagens na área


desta sub-bacia e devido à localização deste ponto de monitoramento que está na
área rural do município de Campo Magro e cerca de 2,5 km a jusante do Jardim Bom
Pastor, a qual é atendida pela rede de coleta de esgoto, há indícios que a
contaminação da água por Fósforo seja originada pelo uso de fertilizantes fosfatados
no manejo agrícola.
Ainda pode estar vinculada as características predominantemente rurais da
sub-bacia a presença de Coliformes Fecais, Totais e/ou E.coli identificadas com
valores acima do preconizada na legislação para a classe do rio em praticamente todo
o período. Avalia-se que além do indicativo de lançamento de esgoto doméstico no
corpo d´água originados das localidades a montante do ponto de monitoramento, a
presença de coliformes sinalizam também a origem por resíduos de fezes de animais.
Observadas essas hipóteses, os resultados para esta sub-bacia guardam
relação ao obtidos por Monaghan et al( 2007). Neste estudo, os autores verificaram
que as cargas medidas de nutrientes gerados pelo escoamento na bacia pelas
práticas agrícolas e pastoris. Algumas práticas de manejo qúimico da terra parecem
ser as principais fontes de muitos desses poluentes aumentando as concentrações
médias de nutrientes (Nitrogênio e Fósforo), sedimentos e bactérias fecais, as quais
excederam as diretrizes recomendadas para águas superficiais.
Também se verifica a relação dos resultados obtidos para esta Sub-bacia com
as conclusões obtidas por Barbosa (2012), que verificou em sua área de estudo que
houve aumento da poluição hídrica onde havia maior concentração de áreas urbanas,
de cultivo e de pastagens.

4.4 RESULTADOS PARA A SUB-BACIA 32 (SB 32)

A Estação de Amostragem AI 32, através da qual foi delimitada a Sub-bacia SB


32 como área de contribuição, está localizada no Rio Passaúna nas proximidades da
BR-277 no município de Campo Largo, conforme apresentado na Tabela 5. Para este
ponto de monitoramento obtiveram-se os dados dos parâmetros de Qualidade da
água entre anos de 1991 a 2016. Entre os anos avaliados neste trabalho, são
apresentados no Quadro 14 os Parâmetros e Indicadores de Qualidade da Água para
os Anos Censitários de 1991, 2000, 2010 e para o ano de 2016.
99

Quadro 14 - Parâmetros e Indicadores de Qualidade da Água na Estação de Amostragem AI 32


Parâmetro Unidade 1991 2000 2010 2016
Estação do Ano - Primavera Primavera Primavera Primavera
Número de Amostras und. 1,00 2,00 1,00 1,00
Oxigênio dissolvido mg/L O2 6,00 5,85 7,70 6,20
Saturação de O2 % 74,00 66,50 87,00 77,00
pH unidades pH 7,70 7,20 7,80 7,70
Temperatura da água ºC 16,50 25,00
Temperatura do ar ºC 28,00 18,25 19,50 20,00
DBO mg/L 1,00 5,85 2,00 4,00
DQO mg/L 2,00 15,00 6,50 18,00
Fósforo total mg/L P 0,09 0,45 0,07 0,18
Nitrito mg/L N 0,00 0,08 0,02
Nitrato mg/L N 1,27 1,25 0,64 1,24
Nitrogênio amoniacal mg/L N 0,01 0,34 0,24 0,13
Nitrogênio kjeldhal mg/L N 0,45 1,52 0,46 2,00
Sólidos totais mg/L 118,00 120,00
Sólidos suspensos mg/L 29,00 113,00 20,00 144,00
Turbidez UNT 21,00 219,00 17,00 116,00
Escherichia coli NMP/100 mL 130.000 20.000
Coliformes fecais NMP/100 mL 3.000
Coliformes totais NMP/100 mL 7.000 999.999
Toxicidade aguda D. magna FDd 1 1 1 1
Sólidos dissolvidos totais mg/L Zn
Classe do Parâmetro 1991 2000 2010 2016
Oxigênio dissolvido 1 2 1 1
pH 1 1 1 1
DBO5 1 3 1 2
Fósforo total (ambiente lótico e trib. interm) 1 4 3 4
Nitrito 1 1 1 ND
Nitrato 1 1 1 1
Nitrogênio amoniacal 1 1 1 1
Turbidez 1 4 1 4
E. coli ND ND 4 4
Coliformes fecais 3 ND ND ND
Coliformes totais 3 4 ND ND
Classe Preponderante 1991 2000 2010 2016
Classe Físico -Química 1 4 1 4
Classe Coliformes 3 4 4 4
(Daphnia magna) Ecotoxicidade 1 1 1 1
AIQA - Distância L 0,50 0,95 0,75 0,95
Pouco Medianamente
Condição de Qualidade Poluída
Poluída
Poluída
Poluída

Classe Equivalente 3 Fora de classe 4 Fora de classe

Fonte: Autoria própria com base em IAP, 2018.


100

Em relação aos parâmetros avaliados para a Estação de Amostragem AI 32,


nos anos citados no Quadro 14, não houve atendimento aos limites da Classe 2 da
Resolução CONAMA 357/05 para Fósforo total em 2010 e 2016, para Coliformes
Fecais, totais e/ou E. coli em todos os anos indicados e para DBO5 e Turbidez. no ano
de 2000.
Nos Gráficos 15 e 16 é representada a evolução da qualidade da água entre
os anos de 1991 a 2016 para a Estação de Amostragem AI 32.

Gráfico 15 - Evolução da Qualidade da Água na Estação de Amostragem AI 32

Fonte: Autoria própria.

No Gráfico 15, pode-se observar a DQO e DBO tiveram as maiores variações


nos valores observados entre anos de 1991 a 2016. Na maior parte desse período o
comportamento verificado pela DBO seguiu o observado para a DQO.
101

Gráfico 16 - Evolução da Qualidade da Água na Estação de Amostragem AI 32

Fonte: Autoria própria.

Por via de regra, as variações observadas para a DBO e DQO no Gráfico 15,
estiveram associadas às alterações das concentrações de Fósforo Total, conforme
pode ser observado no Gráfico 16, estando estas também relacionadas, em sua
maioria, as elevações das concentrações de coliformes fecais, coliformes totais e/ou
E. Coli.
Em relação à Análise Integrada da Qualidade da Água (AIQA), conforme
apresentado no Quadro 14, esse indicador teve valores que classificaram a condição
da qualidade como “Pouco Poluída” no ano de 1991, “Medianamente Poluída” para o
ano 2010 e “Poluída” para os anos 2000 e 2016.
Conforme os resultados representados nos Gráficos 15 e 16, no intervalo
entre o ano de 1991 até o ano de 2000 houve variação na qualidade da água. O ano
102

1993 teve a condição da qualidade classificada como “Muito Poluída”, que ocorreu
principalmente devido a presença de Ecotoxicidade com Fator de Diluição (FDd) igual
a 6. Enquanto no ano 1997 a Condição de Qualidade verificada como “Boa” ocorreu
em função da diminuição das concentrações observadas para Coliformes
Conforme os resultados representados nos Gráficos 15 e 16, após o ano de
2000 até o ano de 2016, a qualidade da água se manteve como “Medianamente
Poluída” na maior parte desse período.
A área deste Sub-bacia está inserida nos municípios de Curitiba e Campo
Magro, conforme ilustrado na Figura 6, apresentando como áreas urbanizadas no
município de Campo Magro o Bairro Passaúna e em Curitiba por parte dos bairros
Butiatuvinha e São Braz.
No Quadro 15 são apresentadas as variações do uso do solo da abrangência
da Rede de Coleta de Esgoto (RCE) e na Sub-bacia SB 32, para os anos censitários
de 2000 e 2010, bem como para o ano de 2016.

Quadro 15 - Variação do Uso do Solo e da Densidade Demográfica na SB 32

2000 2010 2016


Classe de uso do
Grupo Área Área Área
solo Uso (%) Uso (%) Uso (%)
(he) (he) (he)
A Área Urbanizada 364,85 17,99% 393,87 19,42% 428,22 21,11%

B Área Industrial 53,98 2,66% 55,73 2,75% 73,13 3,61%


Área de Abrangência
A-B - - 171,36 38,11% 272,92 54,44%
da RCE
Área de Campos ou
C 645,31 31,81% 681,01 33,57% 650,18 32,05%
Pastagens
D Área de Cultivo 203,43 10,03% 209,96 10,35% 207,78 10,24%

E Vegetação Arbórea 750,77 37,01% 677,77 33,41% 659,02 32,49%


Água e Áreas
F 10,20 0,50% 10,20 0,50% 10,20 0,50%
Alagadas
Total = A+ B + C + D 2.028,54 100% 2.028,54 100% 2.028,54 100%

Fonte: Autoria própria.

As informações apresentadas no Quadro 15 foram representadas através do


Gráfico 17, no qual também é apresentado o AIQA, conforme os valores serão
apresentados no Quadro 14 para a estação de amostragem AI 32 e a densidade
demográfica na Sub-bacia apresentados nos Quadros 3, 4 e 5.
103

Gráfico 17 - Variação do Uso do Solo e da Densidade Demográfica na SB 32

Fonte: Autoria própria.

Em relação ao uso do solo na Sub-bacia SB 32, conforme valores


apresentados no Quadro 14 e no Gráfico 17, houve aumento das áreas urbanizadas
e industriais e das áreas de cultivo. Contudo, no ano de 2016 ainda foi observada a
maior porção da área da sub-bacia por vegetação arbórea que representam 32,49%
e áreas de campos, pastagens e de cultivo, as quais somadas representaram 42,59%
%.
Conforme apresentado no Quadro 5, o crescimento da população na Sub-
bacia foi de 23,99% entre os anos de 2000 a 2016, o qual foi acompanhado pela
implantação da Rede de Coleta de Esgoto (RCE), que conforme indicado no Quadro
15, abrange uma área estimada de 54,54% das áreas urbanizadas e industriais para
o ano de 2016. Nesta sub-bacia a RCE se apresentou concentrada, em sua maior
104

parte, nos bairros Butiatuvinha e São Braz no município de Curitiba, onde a ocupação
é mais consolidada.
Porém, conforme observado no Gráfico 17, houve um aumento da população
no período entre 2000 a 2016 e a qualidade da água se manteve o AIQA com
classificação “Medianamente Poluída” na maior parte do período avaliado. Ainda que
tenha havido aumento da Rede de Coleta de Esgoto entre 2010 e 2016, foram
verificadas a presença de Coliformes Fecais, Totais e/ou E.coli, com valores acima do
preconizada na legislação para a classe do rio em praticamente todo esse período.
Considerando que foi verificado que parte significativa desta sub-bacia é
ocupada por áreas de campos, pastagens e de cultivo, assim como observado para a
sub-bacia SB 31, há indícios que a contaminação da água por Fósforo assim como a
presença de coliformes, conforme apurado por Monaghan et al (2007), seja originada
pelo manejo agrícola e resíduos de fezes de animais.
Os resultados para a esta sub-bacia corroboram os verificados por Huang et
al (2013), quanto a relação entre o aumento da área construída e a degradação da a
qualidade da água. Ainda se verifica a relação dos resultados obtidos para esta Sub-
bacia com as conclusões obtidas por Barbosa (2012), que verificou em sua área de
estudo que houve aumento da poluição hídrica onde havia maior concentração de
áreas urbanas, de cultivo e de pastagens.

4.5 RESULTADOS PARA A SUB-BACIA 33 (SB 33)

A Estação de Amostragem AI 33, através da qual foi delimitada a Sub-bacia


SB 33 como sua área de contribuição, está localizada no Rio Cachoeira na Jusante
BR-277 no município de Campo Largo, conforme apresentado na Tabela 5. A área
delimitada por esta Sub-bacia está inserida entre os municípios de Campo Magro e
Campo Largo, conforme ilustrado na Figura 6.
Para este ponto de monitoramento obtiveram-se os dados dos parâmetros de
Qualidade da água entre 1991 a 2010. Para os anos avaliados neste trabalho, são
apresentados no Quadro 16 os valores dos Parâmetros e Indicadores de Qualidade
da Água para os Anos Censitários de 1991, 2000 e 2010.
105

Quadro 16 - Parâmetros e Indicadores de Qualidade da Água na Estação de Amostragem AI 33.

Parâmetro Unidade 1991 2000 2010


Estação do Ano - Primavera Primavera Primavera
Número de Amostras und. 1,00 1,00 1,00
Oxigênio dissolvido mg/L O2 6,00 7,70 7,40
Saturação de O2 % 74,00 93,00 85,00
pH unidades pH 7,70 7,70
Temperatura da água ºC 16,00
Temperatura do ar ºC 28,00 20,00 18,00
DBO mg/L 1,00 28,00 2,00
DQO mg/L 6,00 64,00 3,00
Fósforo total mg/L P 0,17 1,44 0,04
Nitrito mg/L N 0,03
Nitrato mg/L N 0,91 0,60 0,56
Nitrogênio amoniacal mg/L N 0,46 0,21
Nitrogênio kjeldhal mg/L N 0,63 7,14 0,49
Sólidos totais mg/L 25,00
Sólidos suspensos mg/L 44,00 8,40
Turbidez UNT 35,00 1750,00 11,00
E. coli NMP/100 mL 17.000
Coliformes fecais NMP/100 mL 9.000
Coliformes totais NMP/100 mL 999.999 79.000
Toxicidade aguda D. magna FDd 1,00 1 1
Sólidos dissolvidos totais mg/L Zn 16,60
Classe do Parâmetro 1991 2000 2010
Oxigênio dissolvido 1 1 1
pH 1 ND 1
DBO5 1 4 1
Fósforo total (ambiente lótico e trib. interm) 4 4 3
Nitrito ND ND 1
Nitrato 1 1 1
Nitrogênio amoniacal ND 1 1
Turbidez 1 4 1
E. coli 4
Coliformes fecais 4 ND ND
Coliformes totais ND 4 ND
Classe Preponderante 1991 2000 2010
Classe Físico –Química 1 4 1
Classe Coliformes 4 4 4
(Daphnia magna) Ecotoxicidade 1 1 1
AIQA - Distância L 0,75 0,95 0,75
Medianamente Medianamente
Condição de Qualidade Poluída
Poluída
Poluída
Classe Equivalente 4 Fora de classe 4

Fonte: Autoria própria com base em IAP, 2018.


106

Em relação aos parâmetros avaliados para a Estação de Amostragem AI 33,


nos anos citados no Quadro 16, não houve atendimento aos limites da Classe 2 da
Resolução CONAMA 357/05 para Fósforo total e coliformes (fecais, totais e E. coli), e
no ano de 2000 também para DBO5 e Turbidez.
Nos Gráficos 18 e 19 são representadas a evolução da qualidade da água
entre os anos de 1991 a 2010 para a Estação de Amostragem AI 33.

Gráfico 18 - Evolução da Qualidade da Água na Estação de Amostragem AI 33

Fonte: Autoria própria.

Por via de regra, as variações observadas para a Fósforo Total no Gráfico 18,
estiveram associadas as alterações das concentrações de DBO e DQO, conforme
pode ser observado no Gráfico 19, estando estas também relacionadas, em sua
maioria, as elevações das concentrações de coliformes fecais, coliformes totais e/ou
E. Coli.
107

Gráfico 19 - Evolução da Qualidade da Água na Estação de Amostragem AI 33

Fonte: Autoria própria.

Em relação a Análise Integrada da Qualidade da Água (AIQA), conforme


apresentado no Quadro 16, esse indicador teve valores que classificaram a condição
da qualidade como “Poluída” para o ano 2000 e “Medianamente Poluída” para os anos
1991 e 2010
Conforme os resultados representados nos Gráficos 18 e 19, no intervalo
entre este o ano de 1991 até o ano de 2000 houve variação na qualidade da água.
Assim como observado na Sub-bacia SB 32, no ano 1993 houve condição da
qualidade classificada como “Muito Poluída”, que ocorreu principalmente devido a
presença de Ecotoxicidade com Fator de Diluição (FDd) igual a 6.
108

Tal ocorrência pode indicar que houve nesse período um foco de poluição
comum as duas Sub-bacias, visto que as respectivas estações amostragem estão
localizas em diferentes rios, e, por conseguinte, a estação AI 33 não recebe as
contribuições originadas pela estação AI 32, conforme ilustrado na Figura 8.
Para o ano de 2000 houve aumento de coliformes totais, com número próximo
a 1,000.000 NMP/100 mL, conforme apresentado no Quando 16, indica uma intensa
relação com o aumento da turbidez e dos demais paramentos conforme apresentados
nos gráficos 18 e 19.
No Quadro 17 são apresentadas as variações do uso do solo da abrangência
da Rede de Coleta de Esgoto (RCE) e da densidade demográfica na Sub-bacia SB
33, para os anos censitários de 2000 e 2010.

Quadro 17 - Variação do Uso do Solo e da Densidade Demográfica na SB 33


2000 2010
Grupo Classe de uso do solo Área Área
Uso (%) Uso (%)
(he) (he)
A Área Urbanizada / Vila 25,09 2,42% 26,15 2,52%

B Área Industrial 28,64 2,76% 29,37 2,83%

A/B Área de Abrangência da RCE 0,00 0,00% 26,91 48,47%

C Área de Campos ou Pastagens 244,83 23,62% 233,84 22,56%

D Área de Cultivo 391,29 37,74% 401,41 38,72%

E Vegetação Arbórea 344,61 33,24% 343,69 33,15%

F Água e Áreas Alagadas 2,26 0,22% 2,26 0,22%


Total 1.036,72 100% 1.036,72 100%
Fonte: Autoria própria.

As informações apresentadas do Quadro 17 foram representadas através do


Gráfico 20, no qual também é apresentado o AIQA, conforme os valores foram
apresentados no Quadro 16 para a estação de amostragem AI 33 e a densidade
demográfica na Sub-bacia apresentada nos Quadros 3 e 4 para os anos de
Censitários de 2000 e 2010.
109

Gráfico 20 - Variação do Uso do Solo e da Densidade Demográfica na SB 33

Fonte: Autoria própria.

Em relação ao uso do solo na Sub-bacia SB 33, conforme valores


apresentados no Quadro 17 e no Gráfico 20, não houve variações significativas no
uso do solo. Todavia, para o ano de 2010 ainda foi observado que maior porção dessa
área é composta por áreas de cultivo, seguida por áreas de vegetação arbórea e de
campos ou pastagens, as quais representavam 94,43 % da cobertura da sub-bacia
para o ano de 2016.
Conforme apresentado no Quadro 4, o crescimento da população na Sub-
bacia foi de 14,99% entre os anos de 2000 a 2010, o qual teve crescimento
acompanhado pela implantação da Rede de Coleta de Esgoto (RCE), que conforme
indicado no Quadro 17, abrange uma área estimada de 48,47% das áreas
urbanizadas e industriais para o ano de 2016. Porém, considerando somente a área
urbanizada há atendimento de toda a área do Jardim Guarany no município de Campo
Magro.
110

Conforme pode ser observado nos Gráfico 18 e 19, a condição de qualidade


da água passou de “Poluida” no ano de 2000 passando para “Medianamente Poluída”,
em praticamente todo o período até 2010. Ainda que seja verificada a presença de
E.coli ou coliformes acima dos limites previstos na legislação, houve diminuição em
2010 desses parâmetros em relação aos valores observados a partir de 2008, quando
foi iniciada a implantação da rede de coleta de esgoto. Sendo este um forte indicativo
que a implantação da RCE em 2008 nessa área contribui para a redução da
concentração de E.coli e consequentemente para a manutenção da qualidade da
água.
Considerando que foi verificado que parte significativa desta sub-bacia é
ocupada por áreas de campos, pastagens e de cultivo, assim como observado para a
sub-bacia SB 31 e SB32, há indícios que a contaminação da água por Fósforo assim
como a presença de coliformes, conforme apurado por Monaghan et al (2007), seja
originada pelo manejo agrícola e resíduos de fezes de animais.
Os resultados para esta sub-bacia também acompanham os observados a
sub-bacia SB 30, SB 31 e SB 32 e corroboram os resultados obtidos por Barbosa
(2012), que concluiu que as áreas que as áreas urbanas, de cultivo e de pastagens,
aumentaram a poluição hídrica, como também, os verificados por Huang et al (2013),
que indicam que o aumento da área construída tende a degradar a qualidade da água.

4.6 RESULTADOS PARA A SUB-BACIA 35 (SB 35)

A Estação de Amostragem AI 35 está localizada no Rio Ferraria, conforme


apresentado na Tabela 5. A Sub-bacia SB 35 foi delimitada a partir da área de
contribuição. Este ponto de monitoramento está totalmente no município de Campo
Largo, conforme ilustrado na Figura 6.
Para esta Estação de Amostragem, obtiveram-se os dados dos parâmetros
de Qualidade da água entre os anos de 1991 a 2012, visto que após o ano de 2012
as coletas foram descontinuadas. No Quadro 18 são apresentados, entre os anos
avaliados neste trabalho, os valores dos Parâmetros e Indicadores de Qualidade da
Água para os Anos Censitários de 1991, 2000 e 2010
111

Quadro 18 - Parâmetros e Indicadores de Qualidade da Água na Estação de Amostragem AI 35


Parâmetro Unidade 1991 2000 2010
Estação do Ano - Primavera Primavera Primavera
Número de Amostras und. 1,00 1,00 1,00
Oxigênio dissolvido mg/L O2 6,40 7,40 7,20
Saturação de O2 % 79,00 89,00 82,00
pH unidades pH 7,40 7,60
Temperatura da água ºC 18,60
Temperatura do ar ºC 23,50 21,00 20,00
DBO mg/L 2,00 6,60 2,00
DQO mg/L 12,00 30,00 4,30
Fósforo total mg/L P 0,16 0,90 0,04
Nitrito mg/L N 0,10 0,00 0,01
Nitrato mg/L N 0,26 0,69 0,69
Nitrogênio amoniacal mg/L N < 0,01 0,23 0,16
Nitrogênio kjeldhal mg/L N 0,15 1,37 0,47
Sólidos totais mg/L 87,00
Sólidos suspensos mg/L 60,00 2,40
Turbidez UNT 65,00 800,00 15,00
E. coli NMP/100 mL 49.000
Coliformes fecais NMP/100 mL 500.000
Coliformes totais NMP/100 mL 999.999 130.000
Toxicidade aguda D. magna FDd 2 1 1
Sólidos dissolvidos totais mg/L Zn 84,60
Classe do Parâmetro 1991 2000 2010
Oxigênio dissolvido 1 1 1
pH 1 ND 1
DBO5 1 3 1
Fósforo total (ambiente lótico e trib. interm) 4 4 3
Nitrito 1 1 1
Nitrato 1 1 1
Nitrogênio amoniacal ND 1 1
Turbidez 2 4 1
E. coli 4
Coliformes fecais 4 ND ND
Coliformes totais ND 4 ND
Classe Preponderante 1991 2000 2010
Classe Físico -Química 2 4 1
Classe Coliformes 4 4 4
(Daphnia magna) Ecotoxicidade 2 1 1
AIQA - Distância L 0,94 0,95 0,75
Medianamente
Condição de Qualidade Poluída Poluída
Poluída
Classe Equivalente Fora de classe Fora de classe 4
Fonte: Autoria própria com base em IAP, 2018.
112

Em relação aos parâmetros avaliados para a Estação de Amostragem AI 35,


nos anos citados no Quadro 18, não houve atendimento aos limites da legislação para
Classe 2 do corpo d’agua, para Fósforo total e Coliformes (Fecais, Totais e E. coli),
no ano de 1991 para Turbidez e para no ano de 2000 para DBO5 e Turbidez.
Nos Gráficos 21 e 22 é representada a evolução da qualidade da água entre
os anos de 1991 a 2012 para a Estação de Amostragem AI 35.

Gráfico 21 - Evolução da Qualidade da Água na Estação de Amostragem AI 35

Fonte: Autoria própria.

Entre as variações observadas nos parâmetros apresentados no Gráfico 21,


a título de exemplo, apresenta-se o observado para o ano de 2000. Conforme indicado
no Quadro 18 a concentração de Fósforo total foi igual a 0,90 mg.L-¹, no mesmo ano
113

foi registrado o aumento da turbidez e da concentração de coliformes totais que se


aproximou a 1.000.000 NMP/100 mL. As variações observadas para o Fósforo total
guardam relação com as observadas para a DBO e DQO, conforme pode ser
verificado no Gráfico 22.

Gráfico 22 - Evolução da Qualidade da Água na Estação de Amostragem AI 35

Fonte: Autoria própria.

De maneira análoga a observada em outros pontos de monitoramento


analisados, além das variações observadas para o Fósforo total, os dados desta
estação de amostragem evidenciam mais nitidamente a relação habitualmente notada
entre os parâmetros apresentados no Gráfico 21 e as variações da percebidas no
Gráfico 22 para DBO, DQO e Oxigênio Dissolvido.
114

Em relação à Análise Integrada da Qualidade da Água (AIQA), conforme


apresentado no Quadro 18, esse indicador teve valores que classificaram a condição
da qualidade para os anos de 1991 e 2000 como “Poluída” e como “Medianamente
Poluída” para o ano de 2010.
Conforme mostrado nos Gráficos 21 e 22, no ano de 1995 a condição da
qualidade foi classificada como “Muito Poluída”. Ocasionada principalmente a
presença de coliformes e aumento da Ecotoxicidade, comportamento este observado
principalmente no início dos anos 1990 em outros pontos de monitoramento, que
neste caso não guardam relação com as cargas originadas em outras sub-bacias visto
que a sub-bacia SB 35, conforme pode ser observado na Figura 8, contribui
diretamente ao rio principal, e, portanto, não recebe as cargas poluidoras originadas
no interior de outras sub-bacias.
No Quadro 19 são apresentadas as variações do uso do solo da abrangência
da Rede de Coleta de Esgoto (RCE) e da densidade demográfica na Sub-bacia SB
35, para os anos de 2000 e 2010.

Quadro 19 - Variação do uso do Solo e da abrangência da RCE na SB 35


2000 2010
Grupo Classe de uso do solo Área Área
Uso (%) Uso (%)
(he) (he)
A Área Urbanizada / Vila 19,55 6, 19,48 6,28%

B Área Industrial 0,00 0,00% 0,00 0,00%

A/B Área de Abrangência da RCE 0,00 0,00% 17,35 89,04%

C Área de Campos ou Pastagens 67,34 21,70% 66,59 21,46%

D Área de Cultivo 78,99 25,46% 79,29 25,55%

E Vegetação Arbórea 142,28 45,85% 142,81 46,02%

F Água e Áreas Alagadas 2,13 0,69% 2,13 0,69%

Total 310,30 100% 310,30 100%


Fonte: Autoria própria.

No Gráfico 23 são representadas as informações apresentadas do Quadro 19,


para os anos Censitários de 2000 e 2010, no qual ainda é apresentado o indicador da
AIQA para a estação de amostragem AI 35 (conforme valores apresentados no
115

Quadro 18) e a densidade demográfica na Sub-bacia apresentada nos Quadros 3 e 4


para os anos de censitários de 2000 e 2010.

Gráfico 23 - Variação do Uso do Solo e da Densidade Demográfica na SB 35

Fonte: Autoria própria.

Conforme pode ser observado no Quadro 19 e Gráfico 23, para o ano de 2010
foi verificada que a área da sub-bacia ainda possuía uma maior ocupação por
vegetação arbórea, áreas de cultivo e de pastagens, não sendo verificadas variações
significativas no uso do solo entre os anos de 2000 e 2010. Embora tenha havido
aumento da densidade demográfica nesta sub-bacia, este aumento não foi
acompanhado pelo crescimento das áreas urbanizadas, indicando que houve
aumento da taxa de ocupação da já verificadas como urbanizadas.
Verifica-se ainda nos Gráficos 21 e 22, no 2000 a Condição de qualidade foi
tida como “Poluída”, entretanto até o ano de 2010, essa condição se manteve como
116

“Medianamente Poluída” na maior parte desse período. Conforme pode ser observado
no Gráfico 23, o aumento da população nesse período foi acompanhado pela
implantação da rede de coleta de Esgoto, podendo indicar uma relação com a
melhoria ou a manutenção da qualidade da água nesse período.
Na Sub-bacia SB 35, a área urbanizada está concentrada ao longo da
principal via de ligação da região a Rua Mato Grosso na continuação da Rua Eduardo
Estrada e está próximo ao ponto de monitoramento no rio Ferraria.
Desta forma, a situação verificada para esta sub-bacia se assemelha ao
observado para a Estação de Amostragem AI 30 em relação a sub-bacia SB 30, visto
que a Estação de monitoramento AI 35 também se encontra mais próximo da área
urbanizada e que em suas proximidades verifica-se uma menor zona de proteção
entre a área urbanizada e o rio, o que segundo concluíram Tran et al (2010) é um fator
significativo da contaminação do corpo d’agua
Outrossim, os resultados verificados para a sub-bacia SB 30, em geral,
corroboram os verificados por Huang et al (2013), que indicam que o aumento da área
construída tende a degradar a qualidade da água.

4.7 RESULTADOS PARA A SUB-BACIA 36 (SB 36)

A Sub-bacia SB 36 foi delimitada a partir da área de contribuição da Estação


de Amostragem AI 36, localizada a jusante da Barragem, conforme apresentado na
Tabela 5, próximo a Captação para abastecimento público.
Para esta Estação de Amostragem, obtiveram-se os dados dos parâmetros
de Qualidade da água entre os anos de 1991 a 2012, visto que após o ano de 2012
as coletas foram descontinuadas. Entre os anos avaliados neste trabalho, os valores
dos Parâmetros e Indicadores de Qualidade da Água, são apresentados no Quadro
20, para os Anos Censitários de 1991, 2000 e 2010.
117

Quadro 20 - Parâmetros e Indicadores de Qualidade da Água na Estação de Amostragem AI 36.


Parâmetro Unidade 1991 2000 2010
Estação do Ano - Primavera Primavera Primavera
Número de Amostras und. 1,00 2,00 1,00
Oxigênio dissolvido mg/L O2 7,30 8,05 7,30
Saturação de O2 % 93,00 91,00 86,00
pH unidades pH 7,70 7,10 7,60
Temperatura da água ºC 18,50
Temperatura do ar ºC 25,50 20,50 19,00
DBO mg/L 1,00 1,00 2,00
DQO mg/L 7,00 5,20 2,00
Fósforo total mg/L P 0,04 0,02
Nitrito mg/L N 0,00 0,01 0,01
Nitrato mg/L N 0,33 0,24
Nitrogênio amoniacal mg/L N 0,25 0,35 0,18
Nitrogênio kjeldhal mg/L N 0,48 0,43
Sólidos totais mg/L 79,00
Sólidos suspensos mg/L 9,00 6,80
Turbidez UNT 18,00 16,50 6,60
E. coli NMP/100 mL 700
Coliformes fecais NMP/100 mL 13 300
Coliformes totais NMP/100 mL 1.700 5.000 1.400
Toxicidade aguda D. magna FDd 1,00 1,00 1,00
Sólidos dissolvidos totais mg/L Zn 72,20
Classe do Parâmetro 1991 2000 2010
Oxigênio dissolvido 1 1 1
pH 1 1 1
DBO5 1 1 1
Fósforo total (ambiente lêntico) 3 ND 1
Nitrito 1 1 1
Nitrato ND 1 1
Nitrogênio amoniacal 1 1 1
Turbidez 1 1 1
E. coli 2
Coliformes fecais 1 2 ND
Coliformes totais 2 2 ND
Classe Preponderante 1991 2000 2010
Classe Físico -Química 1 1 1
Classe Coliformes 2 2 2
(Daphnia magna) Ecotoxicidade 1 1 1
AIQA - Distância L 0,25 0,25 0,25
Condição de Qualidade Boa Boa Boa

Classe Equivalente 2 2 2
Fonte: Autoria própria com base em IAP, 2018.
118

Em relação aos parâmetros avaliados para a Estação de Amostragem AI 36,


os resultados apresentados no Quadro 20 demonstraram, em geral, valores
adequados em relação à Classe 2, conforme indicado na Resolução CONAMA
357/05, tendo sido verificados padrões fora dos limites previstos, a título de exemplo,
para Fósforo total no ano de 1991 e E. coli no ano de 2010.
Nos Gráficos 24 e 25 é representada a evolução da qualidade da água entre
os anos de 1991 a 2012 para a Estação de Amostragem AI 35.

Gráfico 24 - Evolução da Qualidade da Água na Estação de Amostragem AI 36

Fonte: Autoria própria.

Nos anos iniciais, após a inundação da represa que teve início no ano de
1987, houve diminuição do Fósforo total, foram acompanhas pela redução de
119

Coliformes Fecais, após 1992, tendo sido verificada a condição de qualidade da água
classificada como “Boa” ou “Muito Boa” até 1996.

Gráfico 25 - Evolução da Qualidade da Água na Estação de Amostragem AI 36

Fonte: Autoria própria.

As variações observadas para concentrações dos parâmetros apresentadas


no Gráfico 24, em especial em relação ao Nitrato e ao Nitrogênio Amoniacal, quase
sempre, estiveram vinculadas as alterações da DBO e DQO, no mesmo período ou
em períodos próximos.
Em relação ao indicador da Análise Integrada da Qualidade da Água (AIQA),
para os anos apresentados no Quadro 20, esse indicador teve valores que
classificaram a condição da qualidade como classificada como “Boa”, a qual foi tida
120

nessa condição ou como “Muito Boa” na maior parte do período avaliado, conforme
pode ser observado nos Gráficos 24 e 25. Nos anos em que houve diminuição da
qualidade, a exemplo do período entre 2004 a 2009, a diminuição da qualidade, ocorre
devido ao aumento das concentrações de coliformes fecais e/ou Escherichia Coli.
No quadro 21 são apresentadas as variações do uso do solo da abrangência
da Rede de Coleta de Esgoto (RCE) na Sub-bacia SB 36, para os anos de 2000, e
2010.

Quadro 21 - Variação do Uso do Solo e da Densidade Demográfica na SB 36


2000 2010
Grupo Classe de uso do solo Área Área
Uso (%) Uso (%)
(he) (he)
A Área Urbanizada / Vila 276,38 5,69% 288,69 5,94%

B Área Industrial 82,26 1,69% 95,83 1,97%

A/B Área de Abrangência da RCE 0,00 0,00% 334,29 86,94%

C Área de Campos ou Pastagens 1204,26 24,77% 1204,54 24,78%

D Área de Cultivo 693,84 14,27% 702,65 14,45%

E Vegetação Arbórea 1833,85 37,72% 1798,87 37,00%

F Água e Áreas Alagadas 770,84 15,86% 770,84 15,86%

Total 4.861,43 100% 4.861,43 100%


Fonte: Autoria própria.

No Gráfico 26 são representadas as informações apresentadas do Quadro 21,


para os anos Censitários de 2000 e 2010, no qual ainda é apresentado o indicador da
AIQA para a estação de amostragem AI 35 (conforme valores apresentados no
Quadro 20) e a densidade demográfica na Sub-bacia apresentada nos Quadros 3 e 4
para os anos de censitários de 2000 e 2010.
121

Gráfico 26 - Variação do Uso do Solo e da Densidade Demográfica na SB 36

Fonte: Autoria própria.

Em relação ao uso do solo na Sub-bacia SB 36, conforme pode ser observado


no Quadro 21 e no Gráfico 26, não ocorreram variações significativas. O crescimento
da densidade demográfica nesta sub-bacia, não foi acompanhado pelo das áreas
urbanizadas, indicando um comportamento observado em outras sub-bacias onde o
aumento da poluição foi atribuído ao aumento da taxa de ocupação em regiões já
afetadas anteriormente por processos de urbanização.
A Estação de Amostragem AI 36 devido a sua localização na represa a jusante
da barragem, possui importância quanto a verificação da qualidade da água que será
captada para o abastecimento público.
122

Contudo, a comparação entre o uso do solo e qualidade da água nesta sub-


bacia é mais complexa, devido às sabidas diferenças entre os ambientes lóticos e
lênticos quanto ao comportamento de sedimentos e nutrientes transportados até
esses ambientes, os quais neste último ficam depositados, por exemplo, em sua
maioria no fundo de lagos ou represas.
Entretanto, conforme pode ser observado no Quadro 21 e no Gráfico 26, há
evidências que a manutenção das condições do uso do solo como a preservação das
áreas de vegetação arbórea, contribuiu para a manutenção da qualidade neste ponto
de monitoramento.
Ainda a diminuição das concentrações de Escherichia Coli após o ano de
2010, assinala uma relação com a implantação da Rede de Coleta de Esgoto na área
da Sub-bacia ocorrida após o ano de 2007 a qual para o ano de 2010 tinha
abrangência 86,94% das áreas urbanizadas ou industriais. Entretanto, a presença da
rede de esgoto não indica necessariamente que as residências circundantes estejam
efetivamente ligadas a ela.

4.8 RESULTADOS PARA A SUB-BACIA 37 (SB 37)

A Estação de Amostragem AI 37, conforme ilustrado na Figura 6 e está


localizada no Rio Passaúna nas proximidades do bairro Capela Velha, conforme
apresentado na Tabela 5, e sua respectiva área de contribuição delimitada pela Sub-
bacia SB 37 está no município de Araucária, em parte dos bairros Capela Velha e
Chapada.
Para este ponto de monitoramento obtiveram-se os dados dos parâmetros de
Qualidade da água entre 1991 a 2010. Entre os anos avaliados neste trabalho, são
apresentados para os anos de 1991, 2000 e 2010, os valores Parâmetros e
Indicadores de Qualidade da Água no Quadro 21.
123

Quadro 21 - Parâmetros e Indicadores de Qualidade da Água na Estação de Amostragem AI 37.


Parâmetro Unidade 1991 2000 2010
Estação do Ano - Primavera Primavera Primavera
Número de Amostras und. 1,00 1,00 1,00
Oxigênio dissolvido mg/L O2 5,90 4,30 1,10
Saturação de O2 % 71,00 57,00 13,00
pH unidades pH 7,40 7,30
Temperatura da água ºC 17,30
Temperatura do ar ºC 25,50 31,00 21,00
DBO mg/L 3,00 4,70 13,00
DQO mg/L 7,00 8,50 26,00
Fósforo total mg/L P 0,10 0,51 0,83
Nitrito mg/L N 0,02 0,07 0,03
Nitrato mg/L N 0,15 0,42 0,05
Nitrogênio amoniacal mg/L N 0,01 2,30 1,70
Nitrogênio kjeldhal mg/L N 0,30 4,60 3,20
Sólidos totais mg/L 167,00
Sólidos suspensos mg/L 11,00 12,00 5,60
Turbidez UNT 18,00 18,00 12,00
E. coli NMP/100 mL 2.400.000
Coliformes fecais NMP/100 mL 130 30.000
Coliformes totais NMP/100 mL 1.700 300.000 3.500.000
Toxicidade aguda D. magna FDd 1,00 1,00 1,00
Sólidos dissolvidos totais mg/L Zn 161,40
Classe do Parâmetro 1991 2000 2010
Fora de
Oxigênio dissolvido 2 3
Classe
pH 1 ND 1
DBO5 1 2 4
Fósforo total (ambiente lótico e trib. interm) 3 4 4
Nitrito 1 1 1
Nitrato 1 1 1
Nitrogênio amoniacal 1 1 1
Turbidez 1 1 1
E. coli 4
Coliformes fecais 1 4 ND
Coliformes totais 2 4 ND
Classe Preponderante 1991 2000 2010
Classe Físico -Química 2 3 3
Classe Coliformes 2 4 4
(Daphnia magna) Ecotoxicidade 1 1 1
AIQA - Distância L 0,32 0,82 0,82
Condição de Qualidade Boa Poluída Poluída
Fora de Fora de
Classe Equivalente 2
classe classe
Fonte: Autoria própria com base em IAP, 2018.
124

Os resultados apresentados no Quadro 21 demonstraram que não houve


atendimento para diversos parâmetros avaliados para a Estação de Amostragem AI
37 nos anos de 2000 e 2010.
Nos Gráficos 27 e 28 é representada a evolução da qualidade da água entre
os anos de 1991 a 2010 para a Estação de Amostragem AI 37.

Gráfico 27 - Evolução da Qualidade da Água na Estação de Amostragem AI 37

Fonte: Autoria própria.

Entre as variações observadas no Gráfico 27, pode-se destacar as


ocorrências registradas nos anos de 2000 e 2010. Com o aumento das concentrações
de Fósforo Total e Nitrogênio Amoniacal. Conforme pode ser observado no Gráfico 28
nos anos de 2000 e 2010, também houve a diminuição das concentrações de Oxigênio
dissolvido e a aumento da DQO e da DBO.
125

Gráfico 28 - Evolução da Qualidade da Água na Estação de Amostragem AI 37

Fonte: Autoria própria.

No Quadro 22 são apresentadas as variações do uso do solo na Sub-bacia


SB 36, para os anos de 2000 e 2010. As informações indicadas do Quadro 22, para
os anos Censitários de 2000 e 2010, são representadas no Gráfico 29 no qual também
é apresentado para os anos de censitários de 2000 e 2010, o indicador da AIQA para
a estação de amostragem AI 36 (conforme valores apresentados no Quadro 21) e a
densidade demográfica na Sub-bacia apresentada nos Quadros 3 e 4.

Quadro 22 - Variação do Uso do Solo e da Densidade Demográfica na SB 37


2000 2010
Grupo Classe de uso do solo Área Área
Uso (%) Uso (%)
(he) (he)
A Área Urbanizada / Vila 389,62 15,52% 447,50 17,83%
B Área Industrial 91,97 3,66% 176,10 7,01%
A/B Área de Abrangência da RCE 0,00 0,00% 35,48 5,69%
C Área de Campos ou Pastagens 725,63 28,90% 589,94 23,50%
D Área de Cultivo 395,73 15,76% 401,43 15,99%
E Vegetação Arbórea 766,74 30,54% 754,72 30,06%
F Água e Áreas Alagadas 140,79 5,61% 140,79 5,61%
Total 2.510,48 100% 2.510,48 100%
Fonte: Autoria própria.
126

As informações indicadas do Quadro 22, para os anos Censitários de 2000 e


2010, são representadas no Gráfico 29 no qual também é apresentado para os anos
de censitários de 2000 e 2010, o indicador da AIQA conforme valores apresentados
no Quadro 21 para a estação de amostragem AI 36 e a densidade demográfica na
Sub-bacia apresentada nos Quadros 3 e 4.

Gráfico 29 - Variação do Uso do Solo e da Densidade Demográfica na SB 37

Fonte: Autoria própria.

Quanto ao uso do solo na Sub-bacia SB 37, há uma maior porção de sua área
cobertura dominada por áreas de vegetação arbórea seguida por áreas campos ou
pastagens. Assim como observado para a Sub-bacia SB 30, SB 31 o aumento da
densidade demográfica nesta sub-bacia, este não foi acompanhado pelo aumento das
áreas urbanizadas, indicando que o aumento da taxa de ocupação devido ao aumento
da área construída das regiões já afetadas anteriormente por processos de
urbanização. Também não foi identificada a presença de rede de coleta de esgoto na
área desta sub-bacia até o ano de 2010, a qual só começou a ser implantada após
esse ano.
As variações observadas nos 2000 e 2010 observadas nos gráficos 27 e 28
indicam uma relação entre o aumento das concentrações de Coliformes Fecais e
127

Escherichia Coli, respectivamente. A perda de qualidade da água no ano 2000 pelo


aumento desses parâmetros indica uma provável relação com o aumento da
população na região que, conforme pode ser observado no Quadro 3, entre 1991 e
2000 teve um aumento de 75,11%.
Entre os anos de 2000 e 2010, quando a condição de qualidade variou entre
“Medianamente Poluída” e “Poluída”, as concentrações de Fósforo total estiveram
acima da permitida da classe do corpo d’agua durante todo o período avaliado, as
quais foram acompanhadas pelo aumento das concentrações de coliformes (E. Coli e
ou Fecais) a partir de 1997, tendo atingido 2.400.000 NMP/100 mL para E. coli no ano
de 2010, conforme pode ser observado no Gráfico 22.
Quando comparada a condição de qualidade deste ponto de monitoramento
em relação ao ponto imediatamente a sua montante, a Estação de Amostragem AI 36,
verifica-se uma perda de qualidade na estação de Amostragem AI 37, após o
recebimento das contribuições de escoamento geradas no interior da Sub-bacia SB
37, que conforme pode ser verificado nos gráficos e nos Quadros 19 e 21, para os
anos de 2000 e 2010, a condição de qualidade na Estação de Amostragem AI 36 foi
“Boa” e na AI 37 foi classificada como “Poluída”
Os resultados para esta sub-bacia acompanham os observados para a sub-
bacia corroboram os verificados por Barbosa (2012) e Huang et al (2013), que
concluíram, respectivamente, que as áreas urbanas, de cultivo e de pastagens,
aumentam a poluição hídrica e que indicam que o aumento da área construída tende
a degradar a qualidade da água.

4.9 RESULTADOS PARA A SUB-BACIA S11

A Estação de Amostragem AI 11, através da qual foi delimitada a Sub-bacia


SB 11 como área sua área de contribuição, está localizada no Rio Passaúna na
Campina das Pedras no município de Araucária, conforme apresentado na Tabela 5.
Para este ponto de monitoramento obtiveram-se os dados dos parâmetros de
Qualidade da água entre 1991 a 2016. Entre os anos avaliados neste trabalho, os
valores dos Parâmetros de Qualidade da Água para os anos de 1991, 2000, 2010 e
2016, são apresentados no Quadro 24.
128

Quadro 24 - Parâmetros e Indicadores de Qualidade da Água na Estação de Amostragem AI 11.

Parâmetro Unidade 1991 2000 2010 2016


Estação do Ano - Primavera Primavera Primavera Primavera
Número de Amostras und. 1,00 1,00 0,00 1,00
Oxigênio dissolvido mg/L O2 5,30 5,90 0,30 4,60
Saturação de O2 % 67,00 80,00 3,00 51,00
pH unidades pH 7,90 6,90 7,30 7,20
Temperatura da água ºC ND 18,00 15,50
Temperatura do ar ºC 24,00 24,00 21,00 17,00
DBO mg/L 4,00 9,20 16,00 7,20
DQO mg/L 22,00 13,00 32,00 14,80
Fósforo total mg/L P 0,08 0,26 1,70 NA
Nitrito mg/L N 0,00 0,18 0,00 0,57
Nitrato mg/L N 0,30 0,80 0,05 0,12
Nitrogênio amoniacal mg/L N 0,04 2,40 3,10 0,26
Nitrogênio kjeldhal mg/L N 0,36 3,26 4,90 1,80
Sólidos totais mg/L ND ND 205,00 2,10
Sólidos suspensos mg/L 34,00 ND 10,00 183,00
Turbidez UNT 21,00 24,00 22,00 10,00
Escherichia coli NMP/100 mL ND ND 2.200.000 20,00
Coliformes fecais NMP/100 mL 170 50.000 ND 11000
Coliformes totais NMP/100 mL 430 300.000 ND 0,00
Toxicidade aguda D. magna FDd 1 1 1 1,00
Sólidos dissolvidos totais mg/L Zn ND ND 0,00 0,00
Classe do Parâmetro 1991 2000 2010 2016
Oxigênio dissolvido 2 2 Fora de Classe 3
pH 1 1 1 1
DBO5 2 3 4 3
Fósforo total 1 4 4
Nitrito 1 1 1 1
Nitrato 1 1 1 1
Nitrogênio amoniacal 1 1 1 1
Turbidez 1 1 1 1
E. coli ND ND 4 1
Coliformes fecais 1 4 ND 4
Coliformes totais 1 4 ND 1
Classe Preponderante 1991 2000 2010 2016
Classe Físico -Química 2 3 3 3
Classe Coliformes 1 4 4 3
(Daphnia magna) Ecotoxicidade 1 1 1 1
AIQA - Distância L 0,25 0,82 0,82 0,63
Medianamente
Condição de Qualidade Boa Poluída Poluída
Poluída
Fora de Fora de
Classe Equivalente 2
classe classe
4
Fonte: Autoria própria com base em IAP, 2018.
129

Conforme pode ser observado no Quadro 24, nos anos de 2000 e 2010,
quando a Condição de qualidade da água foi considerada “Poluída” e em 2016 quando
foi classificada como “Medianamente Poluída”, as concentrações foram superiores
aos limites de exigidos para a classe 2 da Resolução CONAMA 357/05, para os
parâmetros DBO5, Fósforo, Coliformes termotolerantes (E.coli ou Fecais) e para
Oxigênio Dissolvido (exceto para o ano de 2000).
Nos Gráficos 30 e 31 é representada a evolução da qualidade da água entre
os anos de 1991 a 2016 para a Estação de Amostragem AI 11.

Gráfico 30 - Evolução da Qualidade da Água na Estação de Amostragem AI 11

Fonte: Autoria própria.


130

Entre as variações observadas no Gráfico 30, como exemplo, destaca-se o


comportamento observado no ano de 2010 em que houve aumento das
concentrações de Fósforo Total e Nitrogênio Amoniacal, as quais conforme indicado
no Quadro 24, foram de 1,7 e 3,10 mg/L.

Gráfico 31 - Evolução da Qualidade da Água na Estação de Amostragem AI 11

Fonte: Autoria própria.

Através da comparação entre o Gráficos 30 e o Gráfico 31, pode ser


observado que as variações observadas para a DBO e DQO, quase sempre foram
acompanhadas pelas as alterações das concentrações de Fósforo Total, Nitrogênio
Amoniacal, no mesmo período ou nos anos subsequentes, estando ocorrências
registradas juntamente as variações de coliformes Fecais ou E. Coli.
131

Após o ano de 2010, a qualidade da água se manteve “Medianamente


Poluída” na maior parte do período sendo apenas em 2016 que apresentou uma
condição “Medianamente Poluída”.
A área delimitada por esta Sub-bacia está inserida em sua maioria no
município de Araucária, conforme ilustrado na Figura 6. No Quadro 23 são
apresentadas as variações do uso do solo da abrangência da Rede de Coleta de
Esgoto (RCE) e da densidade demográfica na Sub-bacia SB 11, para os anos de 2000,
2010 e 2016.

Quadro 23 - Variação do Uso do Solo e da Densidade Demográfica na SB 11


2000 2010 2016
Classe de uso do
Grupo Área Área Área
solo Uso (%) Uso (%) Uso (%)
(he) (he) (he)
A Área Urbanizada 152,73 15,87% 190,99 19,85% 197,39 20,52%

B Área Industrial 31,27 3,25% 77,85 8,09% 81,89 8,51%

A-B Abrangência da RCE - - 21,18 7,88% 38,45 13,77%


Campos ou
C 368,89 38,34% 251,07 26,10% 241,55 25,11%
Pastagens
D Área de Cultivo 114,29 11,88% 113,15 11,76% 112,24 11,67%

E Vegetação Arbórea 283,29 29,44% 317,39 32,99% 317,39 32,99%


Água /Áreas
F 11,65 1,21% 11,65 1,21% 11,65 1,21%
Alagadas
Total 962,11 100% 962,11 100% 962,11 100%
Fonte: Autoria própria.

As informações indicadas do Quadro 23, para os anos Censitários de 2000 e


2010, são representadas no Gráfico 32 no qual também é apresentada para os anos
de censitários de 2000 e 2010, o indicador da AIQA para a estação de amostragem
AI 11 (conforme valores apresentados no Quadro 22) e. a densidade demográfica na
Sub-bacia apresentada nos Quadros 3, 4 e 5.
132

Gráfico 32 - Variação do Uso do Solo e da Densidade Demográfica na SB 11

Fonte: Autoria própria.

Conforme pode ser observado no Quadro 23 e Gráfico 32, verifica-se que


entre os anos de 2000 a 2016 teve um aumento das áreas urbanizadas, industriais e
de cultivo, e, consequentemente, em função da expansão destas áreas houve
diminuição das áreas de cultivo, sendo que não foi possível observar nas áreas
cobertas por Vegetação Arbórea, que ainda foram verificadas como predominantes
na sub-bacia.
A sub-bacia SB 11 tem como áreas urbanizadas parte dos bairros Estação,
Fazenda Velha, Boqueirão e Passaúna. Na porção central da sub-bacia, nas
133

proximidades da PR 423, estão instaladas indústrias e empresas majoritariamente do


ramo logístico e também do ramo siderúrgico, as quais foram consideradas com áreas
industriais
Não obstante o aumento das áreas urbanizadas entre 2000 e 2016, conforme
do Gráfico 32, foi diretamente proporcional ao crescimento populacional da região,
visto que houve um aumento 76,28% nesse período, como pode ser observado nos
Quadros 5.
O aumento observado para a população não foi acompanhado da implantação
de rede de coleta de esgoto, que no ano de 2016 tinha abrangência de 13,77% das
áreas urbanizadas e indústrias, conforme indicado no Quadro 23 e no Gráfico 32.
Sem especificar, pode-se concluir a qualidade da água na Estação de
Amostragem AI 37, frequentemente foi pior que a verificada na estação de
Amostragem AI 28 que está a sua jusante, indicando uma relação entre a perda de
qualidade se deu pela presença de fontes poluidoras originadas das atividades
desenvolvidas no interior na Sub-bacia SB 11, a qual entre as sub-bacias delimitadas
é que a possui maior percentual de ocupação por áreas urbanizadas e industriais.
Os resultados para esta sub-bacia acompanham os observados para a sub-
bacia corroboram os resultados obtidos por Barbosa (2012) e Huang et al (2013), que
concluíram que as áreas urbanas, de cultivo e de pastagens, aumentam a poluição
hídrica e que indicam que o aumento da área construída tende a degradar a qualidade
da água, respectivamente.
134

5 CONCLUSÕES E CONSIDERAÇÕES

O presente trabalho identificou em todas as sub-bacias atividades antrópicas


com impacto na qualidade da água. A relação do uso e da ocupação do solo com a
qualidade da água na bacia, foi relacionada às fontes pontuais e difusas de
contaminação, oriundas de áreas urbanas, indústrias e agrícolas. Observou-se que o
crescimento da população, com a expansão das atividades antrópicas sobre as áreas
florestadas relaciona-se com a diminuição na qualidade da água.
Considerando a grande quantidade de parâmetros de qualidade da água
disponíveis, visto que o objetivo do trabalho não foi pormenorizar a variação para
todas essas informações, e, sim as variações na qualidade da água numa acepção
geral, no que concerne ao método da Avaliação Integrada da Qualidade da Água
(AIQA), verificou-se a sua importância como um indicador para avaliar a qualidade da
água.
Todavia, as três dimensões utilizadas no cálculo do indicador da AIQA para a
distância em relação a ponto de qualidade ideal (Distância L) são as Classes
Preponderantes (Físico-Química, de Coliformes e de Ecotoxicidade), segundo o
enquadramento dos corpos d’agua disposto na legislação, se compondo estes
parâmetros de inteiros. Assim a metodologia utilizada para o cálculo do AIQA, não
permitiu diferenciar numericamente, através de seu indicador, algumas variações
ocasionadas em relação principalmente aos parâmetros de qualidade físico-química
e de coliformes, quando estas não representaram mudança quanto a classe para o
parâmetro, não sendo verificados valores contínuos para este indicador.
Os mecanismos previstos na legislação, assim como o ZEE, com o controle
do ordenamento territorial têm forte impacto sobre a qualidade da água. Contudo, nas
regiões urbanizadas as maiores fontes de poluentes são as ligações irregulares de
esgoto, sendo necessária a expansão do atendimento desse serviço.
A perda de qualidade da água frequentemente esteve associada a presença
de coliformes fecais e/ou E. coli, indicando assim uma relação entre as áreas
urbanizadas como responsável por grande parte do lançamento de esgotos
domésticos e, portanto, havendo indícios de que a diminuição da qualidade bacia
hidrográfica tem uma forte relação com os despejos irregulares desses dejetos nos
corpos d´agua. Contudo, não se pode descartar a origem por fezes de animais das
135

áreas rurais, os valores podem ser indicativos da presença de fezes de animais as


áreas de pastagens, bem como lançamento irregular de esgoto das habitações destas
áreas.
A urbanização causa aumento da impermeabilização em função de suas
infraestruturas, como pavimentações, construções, pontes, entre outras, que reduzem
bastante à infiltração da água das chuvas no solo e aumentam carregamento de
poluentes pela drenagem urbana, provocando alterações no ambiente da sub-bacia.
Quanto à metodologia utilizada para verificação do uso do solo, por terem sido
empregadas classes mais abrangentes do que as utilizadas pela SUDERHA (2000)
para verificação do uso do solo, não permitiu verificar algumas alterações de padrões
de uso do solo que podem influenciar a qualidade da água.
Nesse sentido, nas áreas urbanizadas não puderam ser particularizadas as
alterações de densidade de ocupação, visto que nessas áreas, em geral, verificou-se
que o aumento da população nem sempre foi acompanhado expansão destas áreas,
caracterizando assim em muitas sub-bacias que a ocupação da área urbanizada sobre
os demais usos do solo não é preponderante ou que houve adensamento em função
do advento de novas construções, ocasionando o aumento da taxa de ocupação nas
áreas onde já se verificavam processos de urbanização consolidados.
Em relação aos levantamentos de uso do solo, quando relacionados a análise
de sua influência na qualidade da água, para as áreas de vegetação arbórea, destaca-
se a importância principalmente da zona ripária como instrumento significativo para a
proteção dos corpos d’agua entre as áreas urbanas, agrícolas ou de pastagem, como
descrito por diversos autores.
Isto posto, a diferenciação das áreas de vegetação ripária, bem como das
zonas de fundo de vale em relação as demais áreas florestadas, nos levantamentos
de uso do solo, podem trazem ganhos na realização de trabalhos futuros, sendo esta
caracterização um importante aparato para avaliar a relação da qualidade da água
com a preservação dessas de proteção ao longo da extensão de córregos, rios e
riachos.
Ainda pode-se inferir, através do disposto na literatura, que nas áreas rurais
em vias não pavimentadas, principalmente nas estradas sem infraestrutura de
drenagem, os sedimentos são transportados através de valas e pelo escoamento até
o corpo d’água. Com as águas pluviais são transportados possíveis contaminantes,
como compostos fosfatados e nitrogenados de fertilizantes e de defensivos agrícolas;
136

coliformes provindos de fezes de animais; resíduos da produção agrícolas entre outras


fontes de matéria orgânica e contaminantes.
Estudos como o realizado por Monaghan et al (2007), sugerem que através
da implementação de melhores práticas de manejo nas atividades do ambiente rural
promovem uma melhoria significativa na qualidade da água. Assim, o efeito do
escoamento gerado pelos resíduos dessas áreas pode ser diminuído pelo uso de
terraceamento, os quais auxiliam na retenção das águas da chuva. A não preservação
das matas ciliares pode gerar processos erosivos, que, mesmo pequenos, podem
alterar a qualidade do corpo hídrico.
Nas regiões onde há o predomínio da agricultura intensiva e extensiva das
áreas de manancial são necessárias ações a fim de coibir a utilização defensivos
agrícola e a promoção da orientação quanto as melhores práticas para que o uso de
fertilizantes, não sejam escoados para os corpos d’água, com o objetivo criar
procedimento para diminuir o impacto e controlar as atividades que promovem a perda
de qualidade da água.
Nas imagens de satélite podem ser verificados processos de urbanização,
fora dos perímetros urbanos e que, portanto, não obedecem ao zoneamento rural cuja
parcela mínima é 20.000 m2, podendo assim ser definidas essas ocupações como
irregulares, as quais muitas vezes são verificadas em áreas de restrição à ocupação,
definidas pelo Zoneamento Ecológico Econômico da APA do Passaúna. Visto que
estas regiões preponderantemente não possuem rede de coleta de esgoto, cabe
discutir a influência na qualidade da água gerada por estas ocupações nas áreas de
APAS e de mananciais.
Verifica-se a importância da disponibilidade de dados históricos de
parâmetros de qualidade da água do IAP para o seu monitoramento. Contudo foi
identificado ao longo dos anos houve a redução do número de coletas e de pontos de
monitoramento na área da bacia hidrográfica estuada, sendo que esta diminuição na
quantidade de informações traz prejuízos ao monitoramento, pois este pode trazer
ganhos quando associado a mecanismos de fiscalização ambiental.
É de fundamental importância para a redução dos efeitos de degradação da
qualidade da água em áreas de mananciais a implementação de instrumentos de
fiscalização e de medidas mitigadoras de poluição, tais como:
137

a. Implantação de redes coletoras de esgoto;


b. Controle da expansão das áreas urbanas e industriais
c. Controle das áreas utilizadas paras as atividades agrossilvopastoris;
d. Controle das áreas de preservação permanente e de fundo de vale;
e. Incentivo as boas práticas de manejo agrícola

Contudo, essas ações só se demostram efetivas se houver a conscientização


da população quanto aos efeitos gerados por suas atividades. Diante do exposto, tem-
se as seguintes sugestões na realização de trabalhos futuros relacionados a análise
da relação entre o uso do solo e qualidade da água:

a. Utilização de dados de parâmetros de qualidade da água, obtidos a partir


de amostras coletadas em campo, com maior número de amostras;
b. Escolha de áreas de pesquisa com menor extensão, afim de se poder
realizar um maior detalhamento nos levantamentos do uso do solo e para
que seja viável a identificação de possíveis focos de poluição, através de
visitas na área de pesquisa;
c. Realização de pesquisas com a seleção de áreas de diferentes bacias de
contribuição de reservatórios públicos, para obtenção de dados
comparativos;
d. Disponibilização pública de um banco de dados de parâmetros de
qualidade da água com alimentação permanente.
.
138

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139

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140

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143

APÊNDICE A – MAPA: REDE DE COLETA DE ESGOTO NA BACIA DO PASSAÚNA PARA O ANO DE 2016

Fonte: Autoria Própria com base em SANEPAR (2018) e Google (2019).


144

APÊNDICE B – MAPAS DAS ÁREAS DA SUB-BACIAS: IMAGENS DE SATÉLITE


E USO DO SOLO
145

Foto 1 - Imagem de satélite do ano de 2010 da área da sub-bacia SB 28

Fonte: Autoria própria com base em Google (2019).

Foto 2 - Imagem de satélite do ano de 2016 da área da sub-bacia SB 28

Fonte: Autoria própria com base em Google (2019).


146

Mapa 1 - Uso do solo do ano de 2000 da área da sub-bacia SB 28

Fonte: Autoria própria, adaptado de SUDERSHA (2000 b) com base em Google (2019).

Mapa 2 - Uso do solo do ano de 2010 da área da sub-bacia SB 28

Fonte: Autoria própria com base em Google (2019)


147

Mapa 3 - Uso do solo do ano de 2016 da área da sub-bacia SB 28

Fonte: Autoria própria com base em Google (2019).

Foto 3 - Imagem de satélite do ano de 2010 da área da sub-bacia SB 30

Fonte: Autoria própria com base em Google (2019).


148

Mapa 4 - Uso do solo do ano de 2000 da área da sub-bacia SB 30

Fonte: Autoria própria, adaptado de SUDERSHA (2000 b) com base em Google (2019).

Mapa 5 - Uso do solo do ano de 2010 da área da sub-bacia SB 30

Fonte: Autoria própria com base em Google (2019).


149

Foto 4 - Imagem de satélite do ano de 2010 da área da sub-bacia SB 31

Fonte: Autoria própria com base em Google (2019).

Foto 5 - Imagem de satélite do ano de 2016 da área da sub-bacia SB 31

Fonte: Autoria própria com base em Google (2019).


150

Mapa 6 - Uso do solo do ano de 2000 da área da sub-bacia SB 31

Fonte: Autoria própria, adaptado de SUDERSHA (2000 B) com base em Google (2019).

Mapa 7 - Uso do solo do ano de 2010 da área da sub-bacia SB 31

Fonte: Autoria própria com base em Google (2019).


151

Mapa 8 - Uso do solo do ano de 2016 da área da sub-bacia SB 31

Fonte: Autoria própria com base em Google (2019).

Foto 6 - Imagem de satélite do ano de 2010 da área da sub-bacia SB 32

Fonte: Autoria própria com base em Google (2019).


152

Foto 7 - Imagem de satélite do ano de 2016 da área da sub-bacia SB 32

Fonte: Autoria própria com base em Google (2019).

Mapa 9 - Uso do solo do ano de 2000 da área da sub-bacia SB 32

Fonte: Autoria própria, adaptado de SUDERSHA (2000 B) com base em Google (2019).
153

Mapa 10 - Uso do solo do ano de 2010 da área da sub-bacia SB 32

Fonte: Autoria própria com base em Google (2019).

Mapa 11 - Uso do solo do ano de 2016 da área da sub-bacia SB 32

Fonte: Autoria própria com base em Google (2019).


154

Foto 8 - Imagem de satélite do ano de 2010 da área da sub-bacia SB 33

Fonte: Autoria própria com base em Google (2019).

Mapa 12 - Uso do solo do ano de 2000 da área da sub-bacia SB 33

Fonte: Autoria própria, adaptado de SUDERSHA (2000 b) com base em Google (2019).
155

Mapa 13 - Uso do solo do ano de 2016 da área da sub-bacia SB 33

Fonte: Autoria própria com base em Google (2019).

Foto 9 - Imagem de satélite do ano de 2010 da área da sub-bacia SB 35

Fonte: Autoria própria com base em Google (2019).


156

Foto 10 - Imagem de satélite do ano de 2010 da área da sub-bacia SB 36

Fonte: Autoria própria com base em Google (2019).

Mapa 14 - Uso do solo do ano de 2000 da área da sub-bacia SB 36

Fonte: Autoria própria, adaptado de SUDERSHA (2000 b) com base em Google (2019).
157

Mapa 15 - Uso do solo do ano de 2016 da área da sub-bacia SB 36

Fonte: Autoria própria com base em Google (2019).

Foto 11 - Imagem de satélite do ano de 2010 da área da sub-bacia SB 36

Fonte: Autoria própria com base em Google (2019).


158

Foto 12 - Imagem de satélite do ano de 2016 da área da sub-bacia SB 36

Fonte: Autoria própria com base em Google (2019).

Mapa 16 - Uso do solo do ano de 2010 da área da sub-bacia SB 37

Fonte: Autoria própria, adaptado de SUDERSHA (2000 b) com base em Google (2019).
159

Mapa 17 - Uso do solo do ano de 2016 da área da sub-bacia SB 37

Fonte: Autoria própria com base em Google (2019).

Foto 13 - Imagem de satélite do ano de 2010 da área da sub-bacia SB 11

Fonte: Autoria própria com base em Google (2019).


160

Foto 14 - Imagem de satélite do ano de 2010 da área da sub-bacia SB 11

Fonte: Autoria própria com base em Google (2019).

Mapa 18 - Uso do solo do ano de 2000 da área da sub-bacia SB 11

Fonte: Autoria própria, adaptado de SUDERSHA (2000 b) com base em Google (2019).
161

Mapa 19 - Uso do solo do ano de 2010 da área da sub-bacia SB 11

Fonte: Autoria própria, adaptado de SUDERSHA (2000 b) com base em Google (2019).

Mapa 20 - Uso do solo do ano de 2016 da área da sub-bacia SB 11


Fonte: Autoria própria, adaptado de SUDERSHA (2000 B) com base em Google (2019).
162

APÊNDICE C – VALORES MÉDIOS DO PARÂMETROS E INDICADORES DE


QUALIDADE DA ÁGUA DAS ESTAÇÕES DE AMOSTRAGEM DO IAP
163

Quadro 24 - Parâmetros e Indicadores de qualidade da água na Estação de Amostragem AI 11 nos anos de 1991 a 2003
Parâmetro Unidade 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003
Estação do Ano - Primavera Primavera Primavera Primavera Primavera Primavera Primavera Outono Outono Primavera Primavera Primavera Primavera
Número de Amostras und. 1,00 3,00 2,00 1,00 2,00 2,00 2,00 2,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00
Oxigênio dissolvido mg/L O2 5,30 7,47 6,35 5,90 6,30 6,25 5,55 6,2 6,10 5,90 3,30 3,50 2,20
Saturação de O2 % 67,00 88,33 79,50 71,00 73,50 73,50 63,00 73,5 71,00 80,00 40,00 46,00 42,00
pH unidades pH 7,90 7,27 7,40 7,40 7,30 7,25 7,05 7,2 7,20 6,90 7,40 7,30
Temperatura da água ºC ND ND ND ND ND ND ND 19,80 25,00 24,00
Temperatura do ar ºC 24,00 24,50 24,25 28,00 21,50 18,75 19,00 20,75 19,00 24,00 17,90 19,00 28,00
DBO mg/L 4,00 2,67 3,50 4,00 2,50 3,00 2,00 1,5 4,00 9,20 4,70 18,00 5,00
DQO mg/L 22,00 11,67 12,50 12,00 7,50 8,50 11,50 7,5 12,00 13,00 16,00 28,00 14,00
Fósforo total mg/L P 0,08 0,08 0,13 0,04 0,08 0,07 0,03 0,059 0,07 0,26 0,20 0,09 0,43
Nitrito mg/L N 0,00 0,02 0,01 0,03 0,02 0,04 0,03 0,019 0,05 0,18 0,05 0,05 0,04
Nitrato mg/L N 0,30 0,36 0,42 0,28 0,75 0,46 0,53 0,375 0,53 0,80 0,84 0,46 0,16
Nitrogênio amoniacal mg/L N 0,04 0,08 0,18 0,30 0,23 0,24 0,11 0,18 0,28 2,40 0,33 0,26 ND
Nitrogênio kjeldhal mg/L N 0,36 0,42 0,67 0,58 0,73 0,67 0,48 0,525 0,55 3,26 1,70 1,01 5,40
Sólidos totais mg/L ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND 157,00 135,00 164,00
Sólidos suspensos mg/L 34,00 25,00 ND ND ND ND ND ND ND ND ND
Turbidez UNT 21,00 16,00 11,50 2,60 5,20 9,50 8,50 14,5 13,00 24,00 100,00 15,00 22,00
Escherichia coli NMP/100 mL ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND 17.000 ND ND
Coliformes fecais NMP/100 mL 170 265 1.450 4.900 1.400 1.100 8.000 3.000 300 50.000 240.000 2.300 17.000
Coliformes totais NMP/100 mL 430 2.300 8.800 8.800 160.000 13.000 51.500 18.500 3.000 300.000 8.000 240.000
Toxicidade aguda D. magna FDd 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
Sólidos dissolvidos totais mg/L Zn ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND
Classe do Parâmetro 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003
Oxigênio dissolvido 2 1 1 2 1 1 2 1 1 2 4 4 4
pH 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 ND 1
DBO5 2 1 2 2 1 1 1 1 2 3 2 4 2
Fósforo total (ambiente lótico e trib. interm) 1 1 3 1 1 1 1 1 1 4 4 1 4
Nitrito 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
Nitrato 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
Nitrogênio amoniacal 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 ND
Turbidez 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 2 1 1
E. coli ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND 4 ND ND
Coliformes fecais 1 2 3 4 3 3 4 3 2 4 4 3 4
Coliformes totais 1 2 3 3 4 3 4 3 2 4 ND 3 4
Classe Preponderante 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003
Classe Físico -Química 2 1 2 2 1 1 1 1 1 3 4 4 4
Classe Coliformes 1 2 3 4 4 3 4 3 2 4 4 3 4
(Daphnia magna) Ecotoxidade 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
AIQA - Distância L 0,25 0,25 0,52 0,76 0,75 0,50 0,75 0,50 0,25 0,82 0,95 0,82 0,95
Medianamente Medianamente Medianamente
Condição de Qualidade Boa Boa Pouco Poluída
Poluída Poluída
Pouco Poluída
Poluída
Pouco Poluída Boa Poluída Poluída Poluída Poluída

Fora de Fora de Fora de Fora de


Classe Equivalente 2 2 3 4 4 3 4 3 2 classe classe classe classe
Fonte: Autoria própria com base em IAP, 2018.
164

Quadro 25 - Parâmetros e Indicadores de Qualidade da Água na Estação de Amostragem AI 11 entre anos de 2004 a 2016.
Parâmetro Unidade 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
Estação do Ano - Primavera Outono Primavera Primavera Primavera Primavera Primavera Outono Primavera Inverno Inverno Verão Primavera
Número de Amostras und. 2,00 2,00 0,00 1,00 1,00 1,00 0,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00
Oxigênio dissolvido mg/L O2 4,00 4,55 3,37 3,30 2,20 3,70 0,30 3,70 2,30 2,00 2,90 1,30 4,60
Saturação de O2 % 43,50 54,00 37,67 37,00 23,00 49,00 3,00 46,00 28,00 23,00 39,00 16,00 51,00
pH unidades pH 6,94 7,10 7,20 7,35 7,30 7,30 7,30 7,23 7,70 7,28 7,30 7,20 7,20
Temperatura da água ºC 19,25 19,25 16,87 16,60 16,90 23,40 18,00 21,80 18,95 16,30 20,00 21,70 15,50
Temperatura do ar ºC 22,45 23,50 18,13 20,30 18,50 28,50 21,00 25,50 23,45 18,30 22,00 22,50 17,00
DBO mg/L 4,90 10,00 7,25 2,00 7,60 3,20 16,00 2,00 2,20 5,00 5,80 2,00 7,20
DQO mg/L 14,00 29,00 16,33 14,00 24,00 13,50 32,00 12,00 25,00 16,30 20,40 9,10 14,80
Fósforo total mg/L P 0,15 0,14 0,25 0,31 0,66 0,27 1,70 0,09 1,75 0,79 0,22 0,21 0,21
Nitrito mg/L N 0,11 0,08 0,11 0,06 0,07 0,03 0,00 0,08 0,01 0,02 0,17 0,02 0,57
Nitrato mg/L N 1,36 0,63 0,43 0,19 0,24 0,38 0,05 0,34 0,04 0,11 0,57 0,08 0,12
Nitrogênio amoniacal mg/L N 0,43 0,59 1,71 3,50 4,00 0,34 3,10 0,29 3,60 2,10 3,10 1,00 0,26
Nitrogênio kjeldhal mg/L N 1,49 1,01 3,50 6,40 7,50 0,74 4,90 0,50 4,35 2,80 3,70 1,70 1,80
Sólidos totais mg/L 172,50 125,00 169,00 100,00 170,00 110,00 205,00 73,00 153,00 157,00 150,00 110,00 2,10
Sólidos suspensos mg/L 37,50 19,00 19,23 24,00 14,00 5,60 10,00 25,50 11,30 14,00 10,00 4,80 183,00
Turbidez UNT 82,50 65,00 21,33 15,00 9,00 12,00 22,00 5,50 6,40 9,00 19,00 ND 10,00
Escherichia coli NMP/100 mL ND 125.000 51.333 79.000 33.000 330.000 2.200.000 7.900 3.745 1.700 790 ND 20,00
Coliformes fecais NMP/100 mL 110.000 ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND 11000,00
Coliformes totais NMP/100 mL 170.000 265.000 126.667 79.000 49.000 490.000 ND ND ND ND ND ND 0,00
Toxicidade aguda D. magna FDd 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
Sólidos dissolvidos totais mg/L Zn ND 71,00 149,77 76,00 156,00 104,40 0,00 0,00 ND ND ND ND 0,00
Classe do Parâmetro 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
Fora de Fora de Fora de
Oxigênio dissolvido 3 3 4 4 4 4 Classe 4 4 Classe 4 Classe 3
pH 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
DBO5 2 3 3 1 3 2 4 1 1 2 3 1 3
Fósforo total (ambiente lótico e trib. interm) 3 3 4 4 4 4 4 1 4 4 4 4 4
Nitrito 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
Nitrato 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
Nitrogênio amoniacal 1 1 1 1 3 1 1 1 3 1 1 1 1
Turbidez 2 2 1 1 1 1 1 1 1 1 1 ND 1
E. coli ND 4 4 4 4 4 4 4 3 3 2 ND 1
Coliformes fecais 4 ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND 4
Coliformes totais 4 4 4 4 4 4 ND ND ND ND ND ND 1
Classe Preponderante 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
Classe Físico -Química 3 3 4 3 4 3 3 1 4 2 4 1 3
Classe Coliformes 4 4 4 4 4 4 4 4 3 3 2 ND 3
(Daphnia magna) Ecotoxidade 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
AIQA - Distância L 0,82 0,82 0,95 0,82 0,95 0,82 0,82 0,75 0,82 0,52 0,76 ND 0,63
Medianamente Pouco Medianamente Medianamente
Condição de Qualidade Poluída Poluída Poluída Poluída Poluída Poluída Poluída
Poluída
Poluída
Poluída Poluída
ND
Poluída
Fora de Fora de Fora de Fora de Fora de Fora de Fora de Fora de
Classe Equivalente classe classe classe classe classe classe classe 4 classe 3 4 ND 4
Fonte: Autoria própria com base em IAP, 2018.
165

Quadro 26 - Parâmetros e Indicadores de Qualidade da Água na Estação de Amostragem AI 27 entre anos de 1991 a 2002
Parâmetro Unidade 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002
Estação do Ano - Inverno Primavera Primavera Primavera Primavera Primavera Primavera Outono Outono Primavera Outono Primavera
Número de Amostras und. 1,00 3,00 2,00 1,00 2,00 2,00 2,00 2,00 1,00 1,00 2,00 1,00
Oxigênio dissolvido mg/L O2 7,80 7,40 8,15 6,80 7,40 8,55 8,15 8,30 8,50 9,00 7,00 7,00
Saturação de O2 % 94,00 85,00 91,50 79,00 83,00 93,50 91,00 93,00 97,00 101,00 81,00 87,00
pH unidades pH 8,60 7,37 7,65 8,50 8,25 8,15 7,80 7,95 7,50 ND 7,40
Temperatura da água ºC ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND 22,00 20,00
Temperatura do ar ºC 22,50 23,20 19,35 20,00 19,85 15,00 18,50 17,25 30,00 ND 19,90 17,00
DBO mg/L 2,00 2,00 1,50 2,00 1,00 2,50 1,50 1,00 ND 1,90 1,90 1,90
DQO mg/L 13,00 2,00 6,00 10,00 7,50 5,00 3,50 3,00 1,00 7,20 0,99 4,20
Fósforo total mg/L P 0,10 0,02 ND 0,00 0,02 0,01 0,00 0,01 0,01 0,12 0,05 0,01
Nitrito mg/L N 0,00 0,01 0,02 0,00 0,00 0,01 0,00 0,00 0,00 0,01 0,00 0,00
Nitrato mg/L N ND 0,08 0,15 0,21 0,26 0,15 0,31 0,29 0,30 0,43 0,39 0,60
Nitrogênio amoniacal mg/L N 0,04 0,03 ND 0,02 0,02 0,03 0,02 0,02 ND 0,10 0,02 0,06
Nitrogênio kjeldhal mg/L N 0,41 0,16 0,12 0,06 0,34 0,24 0,10 0,03 0,02 1,25 0,03 0,20
Sólidos totais mg/L ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND 107,00 150,00
Sólidos suspensos mg/L 129,00 11,00 ND ND ND ND ND ND 2,00 132,00 ND ND
Turbidez UNT 8,30 0,53 1,75 0,60 3,90 1,75 3,50 1,00 1,00 20,00 0,40 1,10
E. coli NMP/100 mL ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND 23.000 ND
Coliformes fecais NMP/100 mL 130 1.100 51 800 75 80 13 27 13 ND 8.000 ND
Coliformes totais NMP/100 mL 2.200 2.650 400 2.900 1.900 700 500 180 500 23.000 23.000 ND
Toxicidade aguda D. magna FDd 6 4 1 4 1 1 1 1 2 1 1 1
Sólidos dissolvidos totais mg/L Zn ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND
Classe do Parâmetro 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002
Oxigênio dissolvido 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
pH 1 1 1 1 1 1 1 1 1 ND 1 ND
DBO5 1 1 1 1 1 1 1 1 ND 1 1 1
Fósforo total (ambiente lótico e trib. interm) 3 1 1 1 1 1 1 1 3 1 1
Nitrito 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
Nitrato ND 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
Nitrogênio amoniacal 1 1 ND 1 1 1 1 1 ND 1 1 1
Turbidez 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
E. coli ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND 4 ND
Coliformes fecais 1 3 1 2 1 1 1 1 1 ND 4 ND
Coliformes totais 2 2 1 2 2 1 1 1 1 4 4 ND
Classe Preponderante 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002
Classe Físico -Química 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
Classe Coliformes 2 3 1 2 2 1 1 1 1 4 4 ND
(Daphnia magna) Ecotoxidade 6 4 1 4 1 1 1 1 2 1 1 1
AIQA - Distância L 0,97 0,98 0,00 0,93 0,25 0,00 0,00 0,00 0,73 0,75 0,75 ND
Medianamente Medianamente Medianamente
Condição de Qualidade Poluída Poluída Muito boa Poluída Boa Muito boa Muito boa Muito boa
Poluída Poluída Poluída
ND

Fora de Fora de Fora de


Classe Equivalente 1 2 1 1 1 4 4 4 ND
classe classe classe
Fonte: Autoria própria com base em IAP, 2018..
166

Quadro 27 - Parâmetros e Indicadores de Qualidade da Água na Estação de Amostragem AI 27 entre anos de 2003 a 2012
Parâmetro Unidade 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012
Estação do Ano - Primavera Primavera Verão Primavera Primavera Primavera Primavera Primavera Primavera Primavera
Número de Amostras und. 1,00 2,00 1,00 2,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00
Oxigênio dissolvido mg/L O2 7,30 7,65 7,90 8,10 8,60 7,30 7,60 7,20 7,50 7,20
Saturação de O2 % 85,00 90,50 90,00 90,50 97,00 81,00 91,00 85,00 85,00 82,00
pH unidades pH 7,50 7,55 7,20 7,19 8,10 7,31 7,30 7,30 7,26 7,70
Temperatura da água ºC 17,00 17,95 17,40 17,60 16,20 17,20 18,80 17,60 17,20 17,00
Temperatura do ar ºC 20,00 23,70 18,00 20,40 16,40 17,80 22,50 19,00 18,20 18,00
DBO mg/L 2,00 3,00 1,90 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00
DQO mg/L 2,10 8,50 7,00 2,20 1,00 7,80 5,20 2,30 4,40 13,00
Fósforo total mg/L P 0,01 0,55 0,05 0,06 0,01 0,01 0,02 0,00 0,01 0,01
Nitrito mg/L N 0,00 0,00 0,00 0,03 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Nitrato mg/L N 0,53 0,50 0,36 0,40 0,01 0,63 0,48 0,50 0,62 0,11
Nitrogênio amoniacal mg/L N 0,04 0,02 0,03 0,03 0,01 0,02 0,02 0,02 0,02 0,03
Nitrogênio kjeldhal mg/L N 0,09 0,10 0,10 0,05 0,03 0,04 0,10 0,04 0,03 0,04
Sólidos totais mg/L 135,00 155,00 86,00 110,00 136,00 49,00 134,00 94,00 130,00 120,00
Sólidos suspensos mg/L ND 6,00 2,00 1,00 29,00 11,00 2,00 2,80 15,00 1,00
Turbidez UNT 1,30 7,95 1,00 1,00 1,50 5,70 1,60 0,70 ND 8,00
E. coli NMP/100 mL ND 1.510 140 3.000 2.200 170 330 20 ND 18
Coliformes fecais NMP/100 mL 110 140 140 ND ND ND ND ND ND ND
Coliformes totais NMP/100 mL 1.300 8.000 3.000 23.000 1.100 4.900 330 ND 20
Toxicidade aguda D. magna FDd 1 1 2 1 1 1 1 1 1 1
Sólidos dissolvidos totais mg/L Zn ND ND ND 93,00 204,70 164,00 99,00 111,20 ND ND
Classe do Parâmetro 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012
Oxigênio dissolvido 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
pH 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
DBO5 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
Fósforo total (ambiente lótico e trib. interm) 1 4 1 1 1 1 1 1 1 1
Nitrito 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
Nitrato 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
Nitrogênio amoniacal 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
Turbidez 1 1 1 1 1 1 1 1 ND 1
E. coli ND 3 1 3 3 1 2 1 ND 1
Coliformes fecais 1 1 1 ND ND ND ND ND ND ND
Coliformes totais 2 3 ND 2 4 2 2 1 ND 1
Classe Preponderante 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012
Classe Físico -Química 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
Classe Coliformes 2 3 1 3 4 2 2 1 ND 1
(Daphnia magna) Ecotoxidade 1 1 2 1 1 1 1 1 1 1
AIQA - Distância L 0,25 0,50 0,73 0,50 0,75 0,25 0,25 0,00 ND 0,00
Pouco Medianamente Pouco Medianamente
Condição de Qualidade Boa
Poluída Poluída Poluída Poluída
Boa Boa Muito boa ND Muito boa

Classe Equivalente 2 3 4 3 4 2 2 1 ND 1
Fonte: Autoria própria com base em IAP, 2018.
167

Quadro 28 - Parâmetros e Indicadores de Qualidade da Água na Estação de Amostragem AI 28 entre anos de 1991 a 2002
Parâmetro Unidade 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1998 1999 2000 2001 2002
Estação do Ano - Primavera Primavera Primavera Primavera Primavera Primavera Inverno Outono Primavera Primavera Primavera
Número de Amostras und. 1,00 4,00 3,00 1,00 2,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00
Oxigênio dissolvido mg/L O2 6,80 8,33 8,23 7,90 8,10 7,90 8,70 7,80 7,30 7,64 7,30
Saturação de O2 % 97,00 99,25 98,33 93,00 93,00 91,00 97,00 92,00 90,00 102,90 93,00
pH unidades pH 8,30 8,08 8,07 8,20 8,30 8,20 7,90 7,80 7,90
Temperatura da água ºC 21,90 20,00
Temperatura do ar ºC 22,00 23,53 21,30 20,00 19,85 15,50 24,00 21,00 19,00 19,20 18,00
DBO mg/L 1,00 1,67 2,67 2,00 1,00 1,00 1,00 5,00 2,30 1,99 1,99
DQO mg/L 4,00 2,75 10,33 7,00 6,50 5,00 5,00 8,00 4,00 2,50 9,60
Fósforo total mg/L P 0,03 0,04 0,16 0,07 0,03 0,02 0,04 0,05 0,03 0,02 0,06
Nitrito mg/L N 0,00 0,01 0,02 0,02 0,01 0,01 0,01 0,02 0,01 0,00 0,05
Nitrato mg/L N 0,26 0,46 0,51 0,27 0,17 0,37 0,42 0,32 0,57 0,60
Nitrogênio amoniacal mg/L N 0,04 0,03 0,05 0,19 0,03 0,03 0,03 0,03 0,18 0,03 0,12
Nitrogênio kjeldhal mg/L N 0,28 0,24 0,62 0,47 0,37 0,13 0,10 0,05 0,33 0,06 0,68
Sólidos totais mg/L 175,00 178,00
Sólidos suspensos mg/L 13,00 23,25
Turbidez UNT 2,90 6,80 54,00 43,00 8,50 5,20 15,00 34,00 11,00 8,10 36,00
Escherichia coli NMP/100 mL
Coliformes fecais NMP/100 mL 500 1.877 6.567 5.500 1.550 1.400 700 3.000 1.400 500
Coliformes totais NMP/100 mL 3.000 6.100 17.000 4.300 2.900 5.000 5.000 24.000 23.000 1.300
Toxicidade aguda D. magna FDd 2 4 2 1 1 1 1 1 1 1 1
Sólidos dissolvidos totais mg/L Zn
Classe do Parâmetro 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1998 1999 2000 2001 2002
Oxigênio dissolvido 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
pH 1 1 1 1 1 1 1 1 ND 1 ND
DBO5 1 1 1 1 1 1 1 2 1 1 1
Fósforo total (ambiente lótico e trib. interm) 1 1 4 1 1 1 1 1 1 1 1
Nitrito 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
Nitrato ND 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
Nitrogênio amoniacal 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
Turbidez 1 1 2 2 1 1 1 1 1 1 1
E. coli ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND
Coliformes fecais 2 3 4 4 3 3 2 3 3 2 ND
Coliformes totais 2 3 3 2 2 2 2 4 4 2 ND
Classe Preponderante 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1998 1999 2000 2001 2002
Classe Físico -Química 1 1 2 1 1 1 1 1 1 1 1
Classe Coliformes 2 3 4 4 3 3 2 4 4 2 ND
(Daphnia magna) Ecotoxidade 2 4,25 2 1 1 1 1 1 1 1 1
AIQA - Distância L 0,74 0,98 0,94 0,75 0,50 0,50 0,25 0,75 0,75 0,25 ND
Medianamente Medianamente Pouco Pouco Medianamente Medianamente
Condição de Qualidade Poluída
Poluída Poluída
Poluída Poluída Poluída
Boa
Poluída Poluída
Boa ND

Fora de Fora de
Classe Equivalente 4 4 3 3 2 4 4 2 ND
classe classe
Fonte: Autoria própria com base em IAP, 2018.
168

Quadro 29 - Parâmetros e Indicadores de Qualidade da Água na Estação de Amostragem AI 28 entre anos de 2003 a 2016
Parâmetro Unidade 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2016
Estação do Ano - Primavera Primavera Inverno Primavera Primavera Primavera Primavera Primavera Primavera Primavera Primavera
Número de Amostras und. 1,00 2,00 1,00 2,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00
Oxigênio dissolvido mg/L O2 7,90 8,10 8,00 8,10 8,60 7,30 7,60 7,20 8,50 7,50 7,80
Saturação de O2 % 85,00 97,00 95,00 90,50 97,00 81,00 91,00 85,00 95,00 89,00 96,00
pH unidades pH 8,10 8,13 7,80 7,19 8,10 7,31 7,30 7,30 8,09 8,30 7,90
Temperatura da água ºC 18,00 20,35 19,20 17,60 16,20 17,20 18,80 17,60 17,20 18,00 20,00
Temperatura do ar ºC 20,00 22,85 18,50 20,40 16,40 17,80 22,50 19,00 18,50 18,00 20,50
DBO mg/L 1,99 1,99 3,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 3,00
DQO mg/L 1,20 12,00 2,20 1,00 7,80 5,20 2,30 7,80 15,00 9,60
Fósforo total mg/L P 0,08 0,05 0,06 0,06 0,01 0,01 0,02 0,00 0,03 0,04 0,06
Nitrito mg/L N 0,01 0,01 0,01 0,03 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,01 ND
Nitrato mg/L N 0,23 0,44 0,36 0,40 0,01 0,63 0,48 0,50 0,59 0,04 0,67
Nitrogênio amoniacal mg/L N 0,05 0,05 0,08 0,03 0,01 0,02 0,02 0,02 0,04 0,05 0,04
Nitrogênio kjeldhal mg/L N 0,27 0,27 0,21 0,05 0,03 0,04 0,10 0,04 0,12 0,13 0,95
Sólidos totais mg/L 189,00 182,00 128,00 110,00 136,00 49,00 134,00 94,00 157,00 120,00 157,00
Sólidos suspensos mg/L 18,00 1,00 29,00 11,00 2,00 2,80 20,00 15,00 31,00
Turbidez UNT 24,00 32,00 25,00 1,00 1,50 5,70 1,60 0,70 10,00 16,00 25,00
Escherichia coli NMP/100 mL 90 130.000 3.000 2.200 170 330 20 790 3.300
Coliformes fecais NMP/100 mL 800 50.000 130.000
Coliformes totais NMP/100 mL 5.000 65.000 3.000 23.000 1.100 4.900 330 17.000
Toxicidade aguda D. magna FDd 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
Sólidos dissolvidos totais mg/L Zn 150,60 93,00 204,70 164,00 99,00 111,20
Classe do Parâmetro 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2016
Oxigênio dissolvido 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
pH 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
DBO5 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
Fósforo total (ambiente lótico e trib. interm) 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
Nitrito 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 ND
Nitrato 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
Nitrogênio amoniacal 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
Turbidez 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
E. coli ND 1 4 3 3 1 2 1 ND 2 3
Coliformes fecais 2 4 4 ND ND ND ND ND ND ND ND
Coliformes totais 2 4 ND 2 4 2 2 1 ND 3 ND
Classe Preponderante 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2016
Classe Físico -Química 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
Classe Coliformes 2 4 4 3 4 2 2 1 ND 3 3
(Daphnia magna) Ecotoxidade 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
AIQA - Distância L 0,25 0,75 0,75 0,50 0,75 0,25 0,25 0,00 ND 0,50 0,50
Medianamente Medianamente Pouco Medianamente Pouco Pouco
Condição de Qualidade Boa
Poluída Poluída Poluída Poluída
Boa Boa Muito boa ND
Poluída Poluída

Classe Equivalente 2 4 4 3 4 2 2 1 ND 3 3
Fonte: Autoria própria com base em IAP, 2018.
169

Quadro 30 - Parâmetros e Indicadores de Qualidade da Água na Estação de Amostragem AI 29 entre anos de 1991 a 2002
Parâmetro Unidade 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1998 1999 2000 2001 2002
Estação do Ano - Primavera Primavera Primavera Primavera Primavera Primavera Inverno Outono Primavera Primavera Primavera
Número de Amostras und. 1,00 4,00 3,00 1,00 2,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00
Oxigênio dissolvido mg/L O2 6,40 7,73 7,90 7,10 7,55 7,20 8,30 6,90 6,80 6,66 6,80
Saturação de O2 % 80,00 91,50 95,00 82,00 90,50 84,00 93,00 81,00 84,00 88,90 86,00
pH unidades pH 8,00 7,75 7,90 8,00 7,85 7,90 7,70 7,60 7,70
Temperatura da água ºC 18,30 20,00
Temperatura do ar ºC 22,00 21,50 21,00 20,00 24,50 15,50 24,00 20,00 20,00 17,80 18,00
DBO mg/L 1,00 5,25 2,67 5,00 2,00 3,00 3,00 2,00 3,30 2,50 4,90
DQO mg/L 3,00 15,00 8,33 20,00 8,50 8,00 5,00 4,00 7,90 11,00 11,00
Fósforo total mg/L P 0,11 0,20 0,13 0,09 0,03 0,03 0,06 0,04 0,06 0,24 0,06
Nitrito mg/L N 0,00 0,04 0,05 0,01 0,04 0,12 0,02 0,01 0,01 0,07 0,21
Nitrato mg/L N 1,78 0,46 1,09 1,82 1,56 0,32 1,20 2,16 0,43 1,03 1,17
Nitrogênio amoniacal mg/L N 0,12 0,09 0,61 1,10 0,28 0,32 0,39 0,62 0,33 0,31 0,47
Nitrogênio kjeldhal mg/L N 1,11 0,72 1,31 1,29 0,79 0,49 0,34 0,80 1,06 0,45 1,42
Sólidos totais mg/L 415,00 188,00
Sólidos suspensos mg/L 20,00 411,25
Turbidez UNT 3,90 102,50 50,00 47,00 5,60 7,00 16,00 11,00 195,00 34,00
E. coli NMP/100 mL
Coliformes fecais NMP/100 mL 220 1.033 5.667 2.600 600 700 1.400 3.000 3.000 5.000
Coliformes totais NMP/100 mL 2.200 7.733 17.333 3.400 7.600 17.000 2.200 5.000 30.000 17.000
Toxicidade aguda D. magna FDd 2 5 2 1 1 1 1 1 1 1 1
Sólidos dissolvidos totais mg/L Zn
Classe do Parâmetro 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1998 1999 2000 2001 2002
Oxigênio dissolvido 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
pH 1 1 1 1 1 1 1 1 ND 1 ND
DBO5 1 3 1 2 1 1 1 1 2 1 2
Fósforo total (ambiente lótico e trib. interm) 3 4 3 1 1 1 1 1 1 4 1
Nitrito 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
Nitrato 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
Nitrogênio amoniacal 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
Turbidez 1 4 2 2 1 1 1 ND 1 4 1
E. coli ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND
Coliformes fecais 2 3 4 3 2 2 3 3 3 4 ND
Coliformes totais 2 3 3 2 3 3 2 2 4 3 ND
Classe Preponderante 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1998 1999 2000 2001 2002
Classe Físico -Química 1 4 2 2 1 1 1 1 1 3 1
Classe Coliformes 2 3 4 3 3 3 3 3 4 4 ND
(Daphnia magna) Ecotoxidade 2 5,25 2 1 1 1 1 1 1 1 1
AIQA - Distância L 0,74 1,12 0,94 0,52 0,50 0,50 0,50 0,50 0,75 0,82 ND
Medianamente Muito Pouco Pouco Pouco Pouco Medianamente
Condição de Qualidade Poluída Poluída
Poluída Pouco Poluída
Poluída Poluída Poluída Poluída Poluída
Poluída ND

Fora de Fora de Fora de


Classe Equivalente 4 3 3 3 3 3 4 ND
classe classe classe
Fonte: Autoria própria com base em IAP, 2018.
170

Quadro 31 - Parâmetros e Indicadores de Qualidade da Água na Estação de Amostragem AI 29 entre anos de 2003 a 2012
Parâmetro Unidade 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012
Estação do Ano - Primavera Primavera Verão Primavera Primavera Primavera Primavera Primavera Primavera Primavera
Número de Amostras und. 1,00 2,00 1,00 2,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00
Oxigênio dissolvido mg/L O2 7,50 7,65 8,35 8,40 8,30 8,50 7,30 9,10 8,10 7,10
Saturação de O2 % 88,00 93,50 95,00 54,30 94,00 95,00 91,00 91,00 91,00 88,00
pH unidades pH 8,00 7,92 7,90 7,87 7,60 8,00 7,90 7,60 7,99 8,00
Temperatura da água ºC 18,00 20,45 16,70 19,50 16,40 17,30 21,20 18,60 17,00 19,30
Temperatura do ar ºC 20,00 22,40 18,25 21,75 16,00 20,50 24,20 19,00 18,80 18,00
DBO mg/L 2,00 5,00 3,45 2,65 2,00 2,10 2,00 2,30 2,00 2,00
DQO mg/L 5,60 18,50 9,50 5,75 8,40 11,30 10,00 7,00 2,00 14,00
Fósforo total mg/L P 0,02 0,07 0,02 0,03 0,05 0,02 0,08 0,03 0,04 0,05
Nitrito mg/L N 0,06 0,06 0,02 0,02 0,03 0,05 0,07 0,04 0,02 0,03
Nitrato mg/L N 0,66 0,51 1,11 0,51 0,59 0,90 0,75 0,79 0,93 0,86
Nitrogênio amoniacal mg/L N 0,21 0,17 0,15 0,09 0,21 0,11 0,24 0,14 0,16 0,09
Nitrogênio kjeldhal mg/L N 0,50 0,51 0,32 0,19 0,44 0,23 0,68 0,28 0,24 0,20
Sólidos totais mg/L 152,00 185,00 147,00 138,50 115,00 132,00 191,00 101,00 143,00 50,00
Sólidos suspensos mg/L 8,20 4,50 4,00 12,00 38,70 7,60 16,00 18,00
Turbidez UNT 12,00 41,00 11,00 8,50 11,00 5,30 48,00 7,50 9,00 18,00
E. coli NMP/100 mL 124 12.000 13.000 28.000 4.900 33.000 11.000 1.700
Coliformes fecais NMP/100 mL 2.300 120.000 -
Coliformes totais NMP/100 mL 2.300 120.000 45.500 30.000 130.000 23.000 70.000 11.000 23.000
Toxicidade aguda D. magna FDd 1 1 1 2 1 1 1 1 1 1
Sólidos dissolvidos totais mg/L Zn 138,80 134,00 111,00 120,00 152,30 93,40
Classe do Parâmetro 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012
Oxigênio dissolvido 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
pH 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
DBO5 1 2 2 1 1 1 1 1 1 1
Fósforo total (ambiente lótico e trib. interm) 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
Nitrito 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
Nitrato 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
Nitrogênio amoniacal 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
Turbidez 1 2 1 1 1 1 2 1 1 1
E. coli ND 1 4 4 4 4 4 4 ND 3
Coliformes fecais 3 4 ND ND ND ND ND ND ND 1
Coliformes totais 2 4 4 4 4 4 4 3 ND 4
Classe Preponderante 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012
Classe Físico -Química 1 2 1 1 1 1 1 1 1 1
Classe Coliformes 3 4 4 4 4 4 4 4 ND 4
(Daphnia magna) Ecotoxidade 1 1 1 1,5 1 1 1 1 1 1
AIQA - Distância L 0,50 0,76 0,75 0,83 0,75 0,75 0,75 0,75 ND 0,75
Pouco Medianamente Medianamente Medianamente Medianamente Medianamente Medianamente Medianamente
Condição de Qualidade Poluída Poluída Poluída
Poluída
Poluída Poluída Poluída Poluída
ND
Poluída

Fora de
Classe Equivalente 3 4 4 4 4 4 4 ND 4
classe
Fonte: Autoria própria com base em IAP, 2018.
171

Quadro 32 - Parâmetros e Indicadores de Qualidade da Água na Estação de Amostragem AI 30 entre anos de 1991 a 2003
Parâmetro Unidade 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003
Estação do Ano - Primavera Primavera Primavera Primavera Primavera Primavera Inverno Inverno Outono Primavera Primavera Primavera Primavera
Número de Amostras und. 1,00 4,00 3,00 1,00 2,00 1,00 2,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00
Oxigênio dissolvido mg/L O2 7,00 6,33 7,10 6,20 7,25 7,00 7,60 5,80 7,90 6,50 6,59 6,60 6,80
Saturação de O2 % 90,00 75,25 86,00 73,00 87,50 85,00 81,50 68,00 88,00 80,00 86,00 85,00 80,00
pH unidades pH 7,90 7,68 7,63 7,80 7,75 7,60 7,45 7,30 7,70 7,60 7,80
Temperatura da água ºC 28,90 20,00 18,00
Temperatura do ar ºC 28,50 22,00 21,63 20,00 24,50 23,50 17,50 19,50 19,00 21,00 25,10 18,00 20,00
DBO mg/L 1,00 14,00 5,00 6,00 2,50 4,00 2,50 7,00 5,00 2,60 5,10 5,90 2,70
DQO mg/L 5,00 27,25 16,67 23,00 9,00 12,00 8,50 18,00 9,00 7,90 9,00 15,00 4,10
Fósforo total mg/L P 0,12 0,39 0,26 0,24 0,07 0,09 0,09 0,19 0,07 0,14 0,18 0,07 0,10
Nitrito mg/L N 0,00 0,12 0,07 0,00 0,04 0,08 0,03 0,10 0,06 0,10 0,09 0,07 0,62
Nitrato mg/L N 1,21 1,26 1,39 1,82 1,32 0,64 1,20 1,10 1,38 0,97 1,05 1,25 1,05
Nitrogênio amoniacal mg/L N 0,20 1,24 1,20 0,89 17,18 0,23 0,53 0,35 0,52 0,45 0,38 0,11 0,56
Nitrogênio kjeldhal mg/L N 0,54 2,65 1,56 1,26 1,01 0,66 0,93 1,11 1,42 1,83 1,08 0,57 4,00
Sólidos totais mg/L 207,00 161,00 143,00
Sólidos suspensos mg/L 11,00 516,25
Turbidez UNT 24,00 96,75 56,67 77,00 8,00 15,00 7,50 47,00 12,00 14,00 39,00 35,00 15,00
E. coli NMP/100 mL
Coliformes fecais NMP/100 mL 160.000 420.000 26.667 20.000 30.000 30.000 8.150 20 11.000 30.000 80.000 23.000
Coliformes totais NMP/100 mL 160.000 766.666 90.000 20.000 60.000 110.000 125.000 80.000 160.000 80.000 130.000 80.000
Toxicidade aguda D. magna FDd 2 5 2 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
Sólidos dissolvidos totais mg/L Zn
Classe do Parâmetro 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003
Oxigênio dissolvido 1 1 1 1 1 1 1 2 1 1 1 1 1
pH 1 1 1 1 1 1 1 1 1 ND 1 ND 1
DBO5 1 4 2 3 1 2 1 3 2 1 3 3 1
Fósforo total (ambiente lótico e trib. interm) 3 4 4 4 1 1 1 4 1 3 4 1 1
Nitrito 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
Nitrato 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
Nitrogênio amoniacal 1 1 1 1 4 1 1 1 1 1 1 1 1
Turbidez 1 2 2 2 1 1 1 2 1 1 1 1 1
E. coli ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND
Coliformes fecais 4 4 4 4 4 4 4 1 4 4 4 ND 4
Coliformes totais 4 4 4 3 4 4 4 4 4 4 4 ND 4
Classe Preponderante 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003
Classe Físico -Química 1 4 2 3 1 1 1 3 1 1 3 1 1
Classe Coliformes 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 ND 4
(Daphnia magna) Ecotoxidade 2 4,5 2 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
AIQA - Distância L 0,93 1,19 0,94 0,82 0,75 0,75 0,75 0,82 0,75 0,75 0,82 ND 0,75
Muito Medianamente Medianamente Medianamente Medianamente Medianamente Medianamente
Condição de Qualidade Poluída
Poluída
Poluída Poluída
Poluída Poluída Poluída
Poluída
Poluída Poluída
Poluída ND
Poluída

Fora de Fora de Fora de Fora de Fora de Fora de


Classe Equivalente 4 4 4 4 4 ND 4
classe classe classe classe classe classe
Fonte: Autoria própria com base em IAP, 2018.
172

Quadro 33 - Parâmetros e Indicadores de Qualidade da Água na Estação de Amostragem AI 30 entre anos de 2004 a 2012
Parâmetro Unidade 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012
Estação do Ano - Primavera Verão Primavera Primavera Primavera Primavera Primavera Primavera Primavera
Número de Amostras und. 2,00 1,00 2,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00
Oxigênio dissolvido mg/L O2 6,70 7,80 7,10 6,60 8,10 6,60 6,80 7,30 6,10
Saturação de O2 % 82,00 87,00 83,50 77,00 91,00 86,00 81,00 83,00 74,00
pH unidades pH 7,63 7,60 7,50 7,80 7,76 7,90 7,60 7,83 7,80
Temperatura da água ºC 20,80 18,80 19,10 18,30 17,50 23,60 19,00 17,80 19,00
Temperatura do ar ºC 24,15 18,50 21,25 21,60 22,90 27,40 21,00 21,00 18,20
DBO mg/L 6,50 5,00 2,95 2,00 4,20 3,50 2,60 4,60 2,40
DQO mg/L 17,00 13,00 9,00 14,00 15,90 7,00 5,40 16,00 14,00
Fósforo total mg/L P 0,16 0,17 0,12 0,13 0,12 0,09 0,06 0,11 0,09
Nitrito mg/L N 0,02 0,07 0,06 0,10 0,05 0,05 0,04 0,03 0,16
Nitrato mg/L N 0,78 0,91 0,83 1,00 0,97 1,03 0,96 2,02 1,35
Nitrogênio amoniacal mg/L N 0,29 0,32 0,42 0,64 0,66 0,23 0,27 0,40 0,55
Nitrogênio kjeldhal mg/L N 0,92 0,59 1,00 1,20 1,00 0,60 0,53 0,99 1,20
Sólidos totais mg/L 207,00 173,00 149,50 172,00 112,00 152,00 89,00 201,00 143,00
Sólidos suspensos mg/L 35,00 16,50 23,00 14,00 27,00 12,00 52,00 20,00
Turbidez UNT 58,00 28,00 12,50 17,00 13,00 24,00 9,50 10,00 20,00
E. coli NMP/100 mL 138 130.000 50.000 240.000 33.000 5.400.000 130.000 33.000
Coliformes fecais NMP/100 mL 215.000
Coliformes totais NMP/100 mL 920.000 130.000 500.000 240.000 79.000 5.400.000 130.000 170.000
Toxicidade aguda D. magna FDd 1 1 1 1 1 1 1 1 1
Sólidos dissolvidos totais mg/L Zn 133,00 149,00 98,00 125,00 77,00
Classe do Parâmetro 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012
Oxigênio dissolvido 1 1 1 1 1 1 1 1 1
pH 1 1 1 1 1 1 1 1 1
DBO5 3 2 1 1 2 2 1 2 1
Fósforo total (ambiente lótico e trib. interm) 4 4 3 3 3 1 1 3 1
Nitrito 1 1 1 1 1 1 1 1 1
Nitrato 1 1 1 1 1 1 1 1 1
Nitrogênio amoniacal 1 1 1 1 1 1 1 1 1
Turbidez 2 1 1 1 1 1 1 1 1
E. coli 1 4 4 4 4 4 4 ND 4
Coliformes fecais 4 ND ND ND ND ND ND ND ND
Coliformes totais 4 4 4 4 4 4 4 ND 4
Classe Preponderante 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012
Classe Físico -Química 3 2 1 1 2 1 1 2 1
Classe Coliformes 4 4 4 4 4 4 4 ND 4
(Daphnia magna) Ecotoxidade 1 1 1 1 1 1 1 1 1
AIQA - Distância L 0,82 0,76 0,75 0,75 0,76 0,75 0,75 ND 0,75
Medianamente Medianamente Medianamente Medianamente Medianamente Medianamente Medianamente
Condição de Qualidade Poluída
Poluída Poluída Poluída Poluída Poluída Poluída
ND
Poluída

Fora de
Classe Equivalente 4 4 4 4 4 4 ND 4
classe
Fonte: Autoria própria com base em IAP, 2018.
173

Quadro 34 - Parâmetros e Indicadores de Qualidade da Água na Estação de Amostragem AI 31 entre anos de 1991 a 2003
Parâmetro Unidade 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1999 2000 2001 2002 2003
Estação do Ano - Primavera Primavera Primavera Primavera Primavera Primavera Inverno Outono Primavera Primavera Primavera Primavera
Número de Amostras und. 1,00 3,00 2,00 1,00 2,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00
Oxigênio dissolvido mg/L O2 6,70 8,47 9,00 8,40 7,80 8,40 10,10 9,10 8,10 8,80 8,20 6,70
Saturação de O2 % 84,00 100,67 101,50 98,00 91,50 97,00 109,00 102,00 98,00 99,00 107,00 78,00
pH unidades pH 8,40 7,97 7,85 7,70 7,55 8,10 7,90 8,10 8,00 8,10
Temperatura da água ºC 19,50 22,00 18,00
Temperatura do ar ºC 28,50 25,40 21,15 18,50 22,25 17,00 21,50 19,00 21,00 17,30 18,00 21,00
DBO mg/L 1,00 4,00 2,50 5,00 2,50 3,00 1,00 2,00 1,90 2,70 2,00 2,00
DQO mg/L 2,00 6,33 13,00 22,00 8,50 8,00 7,00 6,00 7,80 13,00 12,00 2,10
Fósforo total mg/L P 0,04 0,11 0,24 0,51 0,06 0,07 0,07 0,04 0,12 0,16 0,09 0,04
Nitrito mg/L N 0,00 0,01 0,03 0,01 0,02 0,00 0,01 0,02 0,02 0,03 0,02 0,03
Nitrato mg/L N 0,15 0,43 0,69 0,79 0,59 0,49 0,65 0,67 0,57 0,60 0,82 0,48
Nitrogênio amoniacal mg/L N 0,04 0,04 0,12 1,08 0,08 0,05 0,12 0,05 0,13 0,09 0,05 0,11
Nitrogênio kjeldhal mg/L N 0,15 0,48 0,55 2,04 0,60 0,31 0,24 0,11 0,73 0,62 0,59 0,32
Sólidos totais mg/L 176,00 153,00 106,00
Sólidos suspensos mg/L 10,00 69,00
Turbidez UNT 13,00 38,00 89,00 350,00 58,25 15,00 11,00 16,00 56,00 110,00 290,00 13,00
Escherichia coli NMP/100 mL 23.000
Coliformes fecais NMP/100 mL 8.000 28.500 13.000 20.000 14.000 17.000 40 310 22.000 80.000 5.000
Coliformes totais NMP/100 mL 30.000 50.000 14.000 20.000 999.999 50.000 22.000 90.000 130.000 11.000
Toxicidade aguda D.
FDd 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
magna
Sólidos dissolvidos
mg/L Zn
totais
Classe do Parâmetro 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1999 2000 2001 2002 2003
Oxigênio dissolvido 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
pH 1 1 1 1 1 1 1 1 ND 1 ND 1
DBO5 1 2 1 2 1 1 1 1 1 1 1 1
Fósforo total (ambiente lótico e trib. interm) 1 3 4 4 1 1 1 1 3 4 1 1
Nitrito 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
Nitrato 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
Nitrogênio amoniacal 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
Turbidez 1 1 2 4 2 1 1 1 2 4 4 1
E. coli ND ND ND ND ND ND ND ND ND 4 ND ND
Coliformes fecais 4 4 4 4 4 4 1 2 4 4 ND 4
Coliformes totais 4 4 3 3 4 4 4 4 4 ND ND 3
Classe Preponderante 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1999 2000 2001 2002 2003
Classe Físico -Química 1 2 2 4 1 1 1 1 2 3 1 1
Classe Coliformes 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 ND 4
(Daphnia magna) Ecotoxidade 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
AIQA - Distância L 0,75 0,76 0,76 0,95 0,75 0,75 0,75 0,75 0,76 0,82 ND 0,75
Medianamente Medianamente Medianamente Medianamente Medianamente Medianamente Medianamente Medianamente Medianamente
Condição de Qualidade Poluída Poluída Poluída
Poluída
Poluída Poluída Poluída Poluída Poluída
Poluída ND
Poluída
Fora de Fora de
Classe Equivalente 4 4 4
classe
4 4 4 4 4
classe
ND 4

Fonte: Autoria própria com base em IAP, 2018.


174

Quadro 35 - Parâmetros e Indicadores de Qualidade da Água na Estação de Amostragem AI 31 entre anos de 2004 a 2016
Parâmetro Unidade 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2016
Estação do Ano - Primavera Verão Primavera Primavera Primavera Primavera Primavera Primavera Primavera Primavera
Número de Amostras und. 2,00 2,00 2,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00
Oxigênio dissolvido mg/L O2 7,90 8,75 8,60 8,00 8,90 8,10 8,40 8,70 7,80 8,00
Saturação de O2 % 92,50 95,50 96,50 91,00 96,00 101,00 97,00 97,00 94,00 95,00
pH unidades pH 8,09 7,55 7,65 8,20 8,03 7,00 8,00 6,96 8,20 7,90
Temperatura da água ºC 18,75 17,75 17,35 17,70 15,70 21,40 17,50 17,30 18,30 20,00
Temperatura do ar ºC 21,45 18,15 21,75 21,20 15,90 21,50 19,00 20,80 18,20 24,00
DBO mg/L 7,00 4,15 2,60 2,00 2,00 2,20 2,50 2,10 2,40 3,00
DQO mg/L 15,00 13,70 14,50 5,00 7,50 9,20 5,20 10,00 11,00 16,00
Fósforo total mg/L P 0,12 0,09 0,13 0,06 0,08 0,10 0,08 0,05 0,07 0,13
Nitrito mg/L N 0,01 0,02 0,04 0,04 0,03 0,02 0,04 0,02 0,05
Nitrato mg/L N 0,59 0,84 0,75 0,76 0,68 0,93 0,73 0,93 0,53 0,93
Nitrogênio amoniacal mg/L N 0,08 0,06 0,13 0,11 0,09 0,07 0,08 0,09 0,12 0,09
Nitrogênio kjeldhal mg/L N 0,19 0,26 0,59 0,28 0,21 0,43 0,36 0,28 0,24 1,20
Sólidos totais mg/L 177,50 123,00 114,00 128,00 205,00 160,00 65,00 135,00 160,00 125,00
Sólidos suspensos mg/L 22,30 73,50 17,00 42,00 85,00 39,00 16,00 18,00 100,00
Turbidez UNT 54,00 21,00 25,00 13,00 8,00 56,00 25,00 10,00 20,00 91,00
Escherichia coli NMP/100 mL 74 110.000 170.000 130.000 17.000 130.000 240.000 3.300 12.000
Coliformes fecais NMP/100 mL 80.000
Coliformes totais NMP/100 mL 80.000 190.000 300.000 130.000 49.000 130.000 380.000 49.000
Toxicidade aguda D. magna FDd 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
Sólidos dissolvidos totais mg/L Zn 102,80 56,33 123,00 209,00 80,00 104,67
Classe do Parâmetro 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2016
Oxigênio dissolvido 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
pH 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
DBO5 3 2 1 1 1 1 1 1 1 1
Fósforo total (ambiente lótico e trib. interm) 3 1 3 1 1 1 1 1 1 3
Nitrito 1 1 1 1 1 1 1 1 1 ND
Nitrato 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
Nitrogênio amoniacal 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
Turbidez 2 1 1 1 1 2 1 1 1 2
E. coli 1 4 4 4 4 4 4 ND 3 4
Coliformes fecais 4 ND ND ND ND ND ND ND ND ND
Coliformes totais 4 4 4 4 4 4 4 ND 4 ND
Classe Preponderante 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2016
Classe Físico -Química 3 1 1 1 1 1 1 1 1 2
Classe Coliformes 4 4 4 4 4 4 4 ND 4 4
(Daphnia magna) Ecotoxidade 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
AIQA - Distância L 0,82 0,75 0,75 0,75 0,75 0,75 0,75 ND 0,75 0,76
Medianamente Medianamente Medianamente Medianamente Medianamente Medianamente Medianamente Medianamente
Condição de Qualidade Poluída
Poluída Poluída Poluída Poluída Poluída Poluída
ND
Poluída Poluída
Fora de
Classe Equivalente classe 4 4 4 4 4 4 ND 4 4
Fonte: Autoria própria com base em IAP, 2018.
175

Quadro 36 - Parâmetros e Indicadores de Qualidade da Água na Estação de Amostragem AI 32 entre anos de 1991 a 2004
Parâmetro Unidade 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004
Estação do Ano - Primavera Primavera Primavera Primavera Primavera Primavera Primavera Inverno Verão Primavera Primavera Primavera Primavera Primavera
Número de Amostras und. 1,00 3,00 4,00 1,00 2,00 2,00 1,00 2,00 1,00 2,00 1,00 1,00 1,00 2,00
Oxigênio dissolvido mg/L O2 6,00 6,57 6,83 5,60 6,10 7,00 7,10 7,75 7,00 5,85 5,50 6,50 9,60 7,20
Saturação de O2 % 74,00 80,00 79,50 65,00 72,00 78,50 81,00 88,00 86,00 66,50 66,00 109,00 83,50
pH unidades pH 7,70 7,40 7,35 7,40 7,70 7,60 7,20 7,60 7,40 7,20 7,70 7,80 7,58
Temperatura da água ºC 22,20 22,00 18,00 19,35
Temperatura do ar ºC 28,00 25,00 21,15 22,00 22,50 15,75 18,00 18,00 30,00 18,25 17,80 19,50 21,00 21,40
DBO mg/L 1,00 3,00 2,50 3,00 1,50 3,50 4,00 1,00 2,00 5,85 6,80 3,60 2,10 4,00
DQO mg/L 2,00 9,00 9,75 12,00 6,00 8,50 10,00 5,00 13,00 15,00 20,00 8,90 4,50 19,00
Fósforo total mg/L P 0,09 0,14 0,15 0,14 0,08 0,08 0,07 0,09 0,18 0,45 0,39 0,13 0,09 0,12
Nitrito mg/L N 0,00 0,08 0,04 0,03 0,09 0,01 0,03 0,03 0,08 0,06 0,07 0,07 0,02
Nitrato mg/L N 1,27 0,83 0,88 1,57 1,33 0,89 1,27 0,95 1,34 1,25 1,10 1,10 0,09 1,25
Nitrogênio amoniacal mg/L N 0,01 0,14 0,30 0,36 0,15 0,15 0,09 0,08 0,06 0,34 0,27 0,13 0,14 0,09
Nitrogênio kjeldhal mg/L N 0,45 0,47 0,49 0,89 0,56 0,60 0,31 0,41 0,44 1,52 0,94 0,95 0,72 0,26
Sólidos totais mg/L 356,00 184,00 126,00 173,00
Sólidos suspensos mg/L 29,00 31,67 57,00 174,00 68,00 113,00
Turbidez UNT 21,00 32,67 46,75 56,00 14,85 15,50 30,00 26,00 36,00 219,00 260,00 30,00 18,00 31,00
Escherichia coli NMP/100 mL 42
Coliformes fecais NMP/100 mL 3.000 45.650 3.000 80.000 1.900 4.500 4 2.600 17.000 17.000 5.000 80.000
Coliformes totais NMP/100 mL 7.000 60.000 33.500 80.000 15.000 13.500 230 17.500 50.000 999.999 300.000 23.000 80.000
Toxicidade aguda D. magna FDd 1 1 6 1 1 1 1 3 1 1 1 1 1 1
Sólidos dissolvidos totais mg/L Zn
Classe do Parâmetro 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004
Oxigênio dissolvido 1 1 1 2 1 1 1 1 1 2 2 1 1 1
pH 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 ND 1 1
DBO5 1 1 1 1 1 2 2 1 1 3 3 2 1 2
Fósforo total (ambiente lótico e trib. interm) 1 3 3 3 3 3 3 3 4 4 4 3 3 3
Nitrito 1 1 1 ND 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
Nitrato 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
Nitrogênio amoniacal 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
Turbidez 1 1 2 2 1 1 1 1 1 4 4 1 1 1
E. coli ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND 1
Coliformes fecais 3 4 3 4 3 4 1 3 4 ND 4 ND 4 4
Coliformes totais 3 4 4 4 3 3 1 3 4 4 4 ND 4 4
Classe Preponderante 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004
Classe Físico -Química 1 1 2 2 1 2 2 1 1 4 4 2 1 2
Classe Coliformes 3 4 4 4 3 4 1 3 4 4 4 ND 4 4
(Daphnia magna) Ecotoxidade 1 1 6,25 1 1 1 1 2,5 1 1 1 1 1 1
AIQA - Distância L 0,50 0,75 1,10 0,76 0,50 0,76 0,25 0,88 0,75 0,95 0,95 ND 0,75 0,76
Pouco Medianamente Medianamente Pouco Medianamente Medianamente Medianamente Medianamente
Condição de Qualidade Poluída Poluída
Muito Poluída
Poluída Poluída Poluída
Boa Poluída
Poluída
Poluída Poluída ND
Poluída Poluída

Fora de Fora de Fora de Fora de


Classe Equivalente 3 4 4 3 4 2 4 ND 4 4
classe classe classe classe
Fonte: Autoria própria com base em IAP, 2018.
176

Quadro 37 - Parâmetros e Indicadores de Qualidade da Água na Estação de Amostragem AI 32 entre anos de 2005 a 2016
Parâmetro Unidade 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
Estação do Ano - Verão Primavera Primavera Primavera Primavera Primavera Primavera Primavera Inverno Verão Primavera Primavera
Número de Amostras und. 1,00 2,00 1,00 1,00 1,00 1,00 2,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00
Oxigênio dissolvido mg/L O2 7,40 7,05 5,40 7,30 6,60 7,70 6,95 4,80 7,10 6,50 7,20 6,20
Saturação de O2 % 86,00 80,50 63,00 80,00 77,00 87,00 80,00 59,00 79,00 76,00 84,00 77,00
pH unidades pH 7,60 7,35 7,65 7,66 7,60 7,80 7,70 7,60 7,49 7,69 7,80 7,70
Temperatura da água ºC 18,60 17,85 18,20 15,80 17,70 16,50 17,65 18,90 14,80 19,90 18,20 25,00
Temperatura do ar ºC 18,00 21,50 20,00 16,20 18,00 19,50 19,50 18,20 16,90 23,10 23,00 20,00
DBO mg/L 2,00 3,30 2,00 2,00 2,60 2,00 2,00 3,60 2,40 2,70 2,60 4,00
DQO mg/L 12,00 20,00 14,00 4,60 11,00 6,50 8,75 16,00 32,00 14,00 3,80 18,00
Fósforo total mg/L P 0,12 0,15 0,13 0,08 0,10 0,07 0,08 0,12 0,06 0,06 0,05 0,18
Nitrito mg/L N 0,01 0,07 0,09 0,04 0,05 0,02 0,06 0,15 0,06 0,04 1,00
Nitrato mg/L N 0,12 1,17 1,33 1,10 0,99 0,64 0,82 1,73 1,39 1,23 0,13 1,24
Nitrogênio amoniacal mg/L N 0,74 0,16 0,19 0,08 0,12 0,24 0,24 0,39 0,21 0,06 0,28 0,13
Nitrogênio kjeldhal mg/L N 0,08 0,38 0,47 0,21 0,39 0,46 0,43 0,93 0,26 0,29 148,00 2,00
Sólidos totais mg/L 128,00 105,50 175,00 189,00 80,00 118,00 133,00 150,00 139,00 111,00 14,00 120,00
Sólidos suspensos mg/L 33,00 33,50 18,00 23,00 41,00 20,00 24,00 24,00 20,00 13,00 11,10 144,00
Turbidez UNT 30,00 45,00 23,00 7,00 28,00 17,00 13,50 21,00 15,00 10,00 1700,00 116,00
Escherichia coli NMP/100 mL 220.000 30.000 330.000 23.000 330.000 130.000 130.000 23.000 1.300 1.300 33.000 20.000
Coliformes fecais NMP/100 mL
Coliformes totais NMP/100 mL 220.000 170.000 490.000 49.000 490.000
Toxicidade aguda D.
FDd 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
magna
Sólidos dissolvidos totais mg/L Zn 89,00 83,00 157,00 166,00 39,00
Classe do Parâmetro 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
Oxigênio dissolvido 1 1 2 1 1 1 1 3 1 1 1 1
pH 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
DBO5 1 2 1 1 1 1 1 2 1 1 1 2
Fósforo total (ambiente lótico e trib. interm) 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 4
Nitrito 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 ND
Nitrato 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
Nitrogênio amoniacal 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
Turbidez 1 2 1 1 1 1 1 1 1 1 4 4
E. coli 4 4 4 4 4 4 4 4 3 3 4 4
Coliformes fecais ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND
Coliformes totais ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND
Classe Preponderante 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
Classe Físico -Química 1 2 2 1 1 1 1 3 1 1 3 4
Classe Coliformes 4 4 4 4 4 4 4 4 3 3 4 4
(Daphnia magna) Ecotoxidade 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
AIQA - Distância L 0,75 0,76 0,76 0,75 0,75 0,75 0,75 0,82 0,50 0,50 0,82 0,95
Medianamente Medianamente Medianamente Medianamente Medianamente Medianamente Medianamente Pouco Pouco
Condição de Qualidade Poluída Poluída Poluída Poluída Poluída Poluída Poluída
Poluída
Poluída Poluída
Poluída Poluída

Fora de Fora de Fora de


Classe Equivalente 4 4 4 4 4 4 4 3 3
classe classe classe
Fonte: Autoria própria com base em IAP, 2018.
177

Quadro 38 - Parâmetros e Indicadores de Qualidade da Água na Estação de Amostragem AI 33 entre anos de 1991 a 2000
Parâmetro Unidade 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000
Estação do Ano - Primavera Primavera Primavera Primavera Primavera Primavera Inverno Inverno Outono Primavera
Número de Amostras und. 1,00 3,00 4,00 1,00 1,00 1,00 2,00 1,00 1,00 1,00
Oxigênio dissolvido mg/L O2 6,00 7,20 7,98 7,90 7,30 7,90 8,45 9,90 9,00 7,70
Saturação de O2 % 74,00 86,33 94,50 91,00 88,00 89,00 92,50 108,00 98,00 93,00
pH unidades pH 7,70 7,13 7,10 7,20 7,20 7,40 7,15 7,30 7,50
Temperatura da água ºC
Temperatura do ar ºC 28,00 23,93 23,75 18,50 21,00 17,00 21,00 21,50 20,00 20,00
DBO mg/L 1,00 6,33 2,50 5,00 2,00 1,00 3,50 1,00 4,00 28,00
DQO mg/L 6,00 13,67 8,75 19,00 6,00 3,00 10,00 6,00 7,00 64,00
Fósforo total mg/L P 0,17 0,15 0,20 0,38 0,10 0,07 0,15 0,09 0,08 1,44
Nitrito mg/L N 0,01 0,02 0,01 0,02 0,03 0,01 0,02
Nitrato mg/L N 0,91 0,23 0,33 0,95 0,36 0,54 0,44 0,42 0,54 0,60
Nitrogênio amoniacal mg/L N 0,26 0,70 0,40 0,33 0,23 0,17 0,25 0,19 0,46
Nitrogênio kjeldhal mg/L N 0,63 0,78 0,90 1,87 0,69 0,54 0,65 0,29 0,34 7,14
Sólidos totais mg/L
Sólidos suspensos mg/L 44,00 30,33 75,00
Turbidez UNT 35,00 24,67 71,00 270,00 22,00 23,00 25,00 12,00 21,00 1750,00
E. coli NMP/100 mL
Coliformes fecais NMP/100 mL 9.000 125.000 13.000 20.000 17.000 52.000 3.000 2.300 1.700
Coliformes totais NMP/100 mL 580.000 48.500 20.000 70.000 52.000 13.000 30.000 11.000 999.999
Toxicidade aguda D. magna FDd 1,00 1 6 1 1 1 1 1 1 1
Sólidos dissolvidos totais mg/L Zn
Classe do Parâmetro 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000
Oxigênio dissolvido 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
pH 1 1 1 1 1 1 1 1 1 ND
DBO5 1 3 1 2 1 1 2 1 2 4
Fósforo total (ambiente lótico e trib. interm) 4 3 4 4 3 3 3 3 3 4
Nitrito ND 1 1 1 1 ND 1 1 1 ND
Nitrato 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
Nitrogênio amoniacal ND 1 1 1 1 1 1 1 1 1
Turbidez 1 1 2 4 1 1 1 1 1 4
E. coli
Coliformes fecais 4 4 4 4 4 4 3 3 3 ND
Coliformes totais ND 4 4 3 4 4 3 4 3 4
Classe Preponderante 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000
Classe Físico -Química 1 3 2 4 1 1 2 1 2 4
Classe Coliformes 4 4 4 4 4 4 3 4 3 4
(Daphnia magna) Ecotoxidade 1 1 6 1 1 1 1 1 1 1
AIQA - Distância L 0,75 0,82 1,10 0,95 0,75 0,75 0,52 0,75 0,52 0,95
Medianamente Medianamente Medianamente Pouco Medianamente Pouco
Condição de Qualidade Poluída
Poluída Muito Poluída Poluída
Poluída Poluída Poluída Poluída Poluída
Poluída

Fora de Fora de Fora de Fora de


Classe Equivalente 4 4 4 3 4 3
classe classe classe classe
Fonte: Autoria própria com base em IAP, 2018.
178

Quadro 39 - Parâmetros e Indicadores de Qualidade da Água na Estação de Amostragem AI 33 entre anos de 2001 a 2010
Parâmetro Unidade 2001 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010
Estação do Ano - Primavera Primavera Primavera Verão Primavera Primavera Primavera Primavera Primavera
Número de Amostras und. 1,00 1,00 2,00 1,00 2,00 1,00 1,00 1,00 1,00
Oxigênio dissolvido mg/L O2 7,25 7,00 8,60 8,40 8,40 8,00 9,00 7,60 7,40
Saturação de O2 % 98,00 91,00 95,50 97,00 95,00 92,00 98,00 94,00 85,00
pH unidades pH 7,30 7,35 7,30 7,55 7,90 7,48 7,70 7,70
Temperatura da água ºC 24,30 22,00 18,50 18,50 16,65 16,80 16,00 20,10 16,00
Temperatura do ar ºC 19,20 19,00 21,90 20,50 20,80 16,60 19,20 22,10 18,00
DBO mg/L 2,22 3,10 4,45 3,00 3,30 2,00 2,00 2,00 2,00
DQO mg/L 5,60 9,00 15,00 11,00 14,40 2,70 2,70 6,00 3,00
Fósforo total mg/L P 0,08 0,06 0,08 0,07 0,14 0,03 0,05 0,05 0,04
Nitrito mg/L N 0,02 0,02 0,02 0,01 0,03 0,03 0,02 0,03 0,03
Nitrato mg/L N 0,53 0,50 0,55 0,56 0,49 0,88 0,62 0,69 0,56
Nitrogênio amoniacal mg/L N 0,26 0,21 0,14 0,15 0,21 0,05 0,23 0,13 0,21
Nitrogênio kjeldhal mg/L N 0,68 0,72 0,44 0,47 0,34 0,14 0,36 0,37 0,49
Sólidos totais mg/L 121,00 177,00 64,00 160,00 95,50 151,00 136,00 85,00 25,00
Sólidos suspensos mg/L 41,00 11,00 15,00 15,60 8,40
Turbidez UNT 17,00 25,00 26,50 48,00 6,80 10,00 17,00 11,00
E. coli NMP/100 mL 2.300 17.000 80.000 110.000 7.900 28.000 33.000 17.000
Coliformes fecais NMP/100 mL
Coliformes totais NMP/100 mL 17.000 23.000 80.000 110.000 7.900 79.000 240.000 79.000
Toxicidade aguda D. magna FDd 1 1 1 1 1 1 1 1 1
Sólidos dissolvidos totais mg/L Zn 44,00 69,00 140,00 121,00 69,40 16,60
Classe do Parâmetro 2001 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010
Oxigênio dissolvido 1 1 1 1 1 1 1 1 1
pH 1 ND 1 1 1 1 1 1 1
DBO5 1 2 2 1 2 1 1 1 1
Fósforo total (ambiente lótico e trib. interm) 3 3 3 3 3 3 3 3 3
Nitrito 1 1 1 1 1 1 1 1 1
Nitrato 1 1 1 1 1 1 1 1 1
Nitrogênio amoniacal 1 1 1 1 1 1 1 1 1
Turbidez 1 1 1 ND 2 1 1 1 1
E. coli 3 4 4 4 4 4 4 4
Coliformes fecais ND ND ND ND ND ND ND ND ND
Coliformes totais 3 4 ND ND ND ND ND ND ND
Classe Preponderante 2001 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010
Classe Físico -Química 1 2 2 1 2 1 1 1 1
Classe Coliformes 3 4 ND 4 4 4 4 4 4
(Daphnia magna) Ecotoxidade 1 1 1 1 1 1 1 1 1
AIQA - Distância L 0,50 0,76 ND 0,75 0,76 0,75 0,75 0,75 0,75
Pouco Medianamente Medianamente Medianamente Medianamente Medianamente Medianamente Medianamente
Condição de Qualidade Poluída Poluída
ND
Poluída Poluída Poluída Poluída Poluída Poluída

Classe Equivalente 3 4 ND 4 4 4 4 4 4
Fonte: Autoria própria com base em IAP, 2018.
179

Quadro 40 - Parâmetros e Indicadores de Qualidade da Água na Estação de Amostragem AI 35 entre anos de 1991 a 2000
Parâmetro Unidade 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000
Estação do Ano - Primavera Primavera Primavera Primavera Primavera Primavera Primavera Inverno Outono Primavera
Número de Amostras und. 1,00 3,00 2,00 1,00 2,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00
Oxigênio dissolvido mg/L O2 6,40 7,87 7,60 7,70 8,50 7,90 8,00 9,40 8,20 7,40
Saturação de O2 % 79,00 93,33 89,50 88,00 93,50 91,00 87,00 106,00 89,00 89,00
pH unidades pH 7,40 7,03 7,15 7,10 7,35 7,20 6,80 7,20 7,20
Temperatura da água ºC
Temperatura do ar ºC 23,50 25,67 23,75 18,50 18,50 19,00 21,00 21,50 20,00 21,00
DBO mg/L 2,00 2,33 1,50 3,00 1,50 2,00 3,00 2,00 3,00 6,60
DQO mg/L 12,00 5,33 5,50 9,00 4,50 9,00 8,00 8,00 11,00 30,00
Fósforo total mg/L P 0,16 0,06 0,09 0,15 0,01 0,06 0,12 0,02 0,06 0,90
Nitrito mg/L N 0,10 0,01 0,01 0,00 0,04 0,05 0,02 0,01 0,01 0,00
Nitrato mg/L N 0,26 0,15 0,33 0,65 0,36 0,60 0,27 0,50 0,56 0,69
Nitrogênio amoniacal mg/L N < 0,01 0,10 0,26 0,78 0,17 0,15 0,11 0,15 0,39 0,23
Nitrogênio kjeldhal mg/L N 0,15 0,45 0,71 1,40 0,40 0,58 1,08 0,24 0,53 1,37
Sólidos totais mg/L
Sólidos suspensos mg/L 60,00 22,33
Turbidez UNT 65,00 14,67 28,50 120,00 6,80 17,00 11,00 13,00 17,00 800,00
E. coli NMP/100 mL
Coliformes fecais NMP/100 mL 500.000 17.000 18.500 6.300 50.000 700 800 160.000
Coliformes totais NMP/100 mL 158.500 99.000 20.000 24.000 170.000 17.000 160.000 999.999
Toxicidade aguda D. magna FDd 2 1 2 1 5 1 1 1 1 1
Sólidos dissolvidos totais mg/L Zn
Classe do Parâmetro 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000
Oxigênio dissolvido 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
pH 1 1 1 1 1 1 1 1 1 ND
DBO5 1 1 1 1 1 1 1 1 1 3
Fósforo total (ambiente lótico e trib. interm) 4 3 3 3 3 3 3 3 3 4
Nitrito 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
Nitrato 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
Nitrogênio amoniacal ND 1 1 1 1 1 1 1 1 1
Turbidez 2 1 1 4 1 1 1 1 1 4
E. coli
Coliformes fecais 4 4 4 4 4 ND 2 2 4 ND
Coliformes totais ND 4 4 3 4 ND 4 3 4 4
Classe Preponderante 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000
Classe Físico -Química 2 1 1 3 1 1 1 1 1 4
Classe Coliformes 4 4 4 4 4 ND 4 3 4 4
(Daphnia magna) Ecotoxidade 2 1 2 1 5 1 1 1 1 1
AIQA - Distância L 0,94 0,75 0,93 0,82 1,08 ND 0,75 0,50 0,75 0,95
Medianamente Medianamente Medianamente
Condição de Qualidade Poluída
Poluída
Poluída Poluída Muito Poluída ND
Poluída
Pouco Poluída
Poluída
Poluída

Fora de Fora de Fora de Fora de Fora de


Classe Equivalente 4 ND 4 3 4
classe classe classe classe classe
Fonte: Autoria própria com base em IAP, 2018.
180

Quadro 41 - Parâmetros e Indicadores de Qualidade da Água na Estação de Amostragem AI 35 entre anos de 2001 a 2012
Parâmetro Unidade 2001 2002 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012
Estação do Ano - Primavera Primavera Primavera Verão Primavera Primavera Primavera Primavera Primavera Primavera Primavera
Número de Amostras und. 1,00 1 2,00 1,00 2,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00
Oxigênio dissolvido mg/L O2 6,70 6,9 7,65 8,10 8,00 7,80 7,90 7,50 7,20 7,80 7,90
Saturação de O2 % 79,00 90 91,00 94,00 92,00 88,00 89,00 93,00 82,00 92,00 92,00
pH unidades pH 7,20 7,20 7,20 7,50 7,50 7,39 7,50 7,60 7,60 7,60
Temperatura da água ºC 22,30 25 18,80 18,50 18,35 16,80 15,90 20,80 18,60 18,10 16,40
Temperatura do ar ºC 19,10 19 22,25 21,00 22,00 16,80 16,70 22,50 20,00 19,60 16,50
DBO mg/L 2,10 16 3,50 3,00 2,80 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 5,00
DQO mg/L 5,00 45 14,50 10,00 16,00 2,30 5,30 8,60 4,30 11,00 21,00
Fósforo total mg/L P 0,10 0,171 0,05 0,05 0,06 0,05 0,04 0,04 0,04 0,05 0,05
Nitrito mg/L N 0,01 0,014 0,01 0,00 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01
Nitrato mg/L N 0,47 0,42 0,47 0,33 0,49 0,58 0,54 0,56 0,69 0,59 0,56
Nitrogênio amoniacal mg/L N 0,24 0,28 0,17 0,13 0,13 0,19 0,15 0,17 0,16 0,18 0,08
Nitrogênio kjeldhal mg/L N 0,48 2,12 0,52 0,45 0,40 0,35 0,29 0,32 0,47 0,53 0,37
Sólidos totais mg/L 58,00 108 84,00 92,00 75,00 69,00 90,00 60,00 87,00 110,00 90,00
Sólidos suspensos mg/L 8,00 92,00 10,00 12,00 11,00 8,80 2,40 20,00 12,00
Turbidez UNT 13,00 3,5 22,00 24,00 19,50 9,70 9,00 13,00 15,00 10,00 16,00
E. coli NMP/100 mL 5.000 35.000 25.026 80.000 230.000 70.000 170.000 94.000 49.000 2.300
Coliformes fecais NMP/100 mL
Coliformes totais NMP/100 mL 13.000 900.000 50.000 80.000 50.000 110.000 330.000 220.000 130.000 130.000
Toxicidade aguda D. magna FDd 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
Sólidos dissolvidos totais mg/L Zn 65,00 84,00 79,00 51,20 84,60
Classe do Parâmetro 2001 2002 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012
Oxigênio dissolvido 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
pH 1 ND 1 1 1 1 1 1 1 1 1
DBO5 1 4 2 1 1 1 1 1 1 1 2
Fósforo total (ambiente lótico e trib. interm) 3 4 3 3 3 3 3 3 3 3 3
Nitrito 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
Nitrato 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
Nitrogênio amoniacal 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
Turbidez 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
E. coli 4 4 4 4 4 4 4 4 4 3
Coliformes fecais ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND
Coliformes totais 3 4 4 ND ND ND ND ND ND ND ND
Classe Preponderante 2001 2002 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012
Classe Físico -Química 1 4 2 1 1 1 1 1 1 1 2
Classe Coliformes 4 4 4 4 4 4 4 4 4 ND 3
(Daphnia magna) Ecotoxidade 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
AIQA - Distância L 0,75 0,95 0,76 0,75 0,75 0,75 0,75 0,75 0,75 ND 0,52
Medianamente Medianamente Medianamente Medianamente Medianamente Medianamente Medianamente Medianamente Pouco
Condição de Qualidade Poluída
Poluída
Poluída Poluída Poluída Poluída Poluída Poluída Poluída
ND
Poluída

Fora de
Classe Equivalente 4 4 4 4 4 4 4 4 ND 3
classe
Fonte: Autoria própria com base em IAP, 2018.
181

Quadro 42 - Parâmetros e Indicadores de Qualidade da Água na Estação de Amostragem AI 36 entre anos de 1991 a 2000
Parâmetro Unidade 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000
Estação do Ano - Primavera Primavera Primavera Primavera Primavera Primavera Primavera Primavera Verão Primavera
Número de Amostras und. 1,00 2,00 4,00 1,00 2,00 2,00 2,00 1,00 1,00 2,00
Oxigênio dissolvido mg/L O2 7,30 7,95 7,88 7,90 8,20 8,15 8,65 9,00 8,70 8,05
Saturação de O2 % 93,00 95,50 99,75 98,00 95,00 95,00 97,00 100,00 94,00 91,00
pH unidades pH 7,70 7,60 8,18 8,20 7,65 8,15 7,55 7,50 6,70 7,10
Temperatura da água ºC
Temperatura do ar ºC 25,50 25,25 24,50 28,00 18,50 16,75 18,25 21,00 24,00 20,50
DBO mg/L 1,00 3,50 1,75 2,00 2,50 3,00 2,00 2,00 1,00 1,00
DQO mg/L 7,00 10,00 8,00 4,00 7,00 7,00 6,50 6,00 7,00 5,20
Fósforo total mg/L P 0,04 0,04 0,02 0,02 0,01 0,03 0,01
Nitrito mg/L N 0,00 0,01 0,01 0,01 0,06 0,02 0,01 0,01 0,00 0,01
Nitrato mg/L N 0,19 0,29 0,07 0,27 0,21 0,31 0,38 0,17 0,33
Nitrogênio amoniacal mg/L N 0,25 0,15 0,10 0,28 0,21 0,06 0,09 0,15 0,68 0,35
Nitrogênio kjeldhal mg/L N 0,48 0,49 0,26 0,45 0,70 0,49 0,50
Sólidos totais mg/L
Sólidos suspensos mg/L 9,00 9,00 11,00
Turbidez UNT 18,00 10,80 5,35 4,10 13,75 1,75 11,00 10,00 16,50
E. coli NMP/100 mL
Coliformes fecais NMP/100 mL 13 105 38 300 8 7 56 30 500 300
Coliformes totais NMP/100 mL 1.700 1.000 657 600 30 170 9.350 140 7.000 5.000
Toxicidade aguda D. magna FDd 1,00 1,50 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00
Sólidos dissolvidos totais mg/L Zn
Classe do Parâmetro 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000
Oxigênio dissolvido 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
pH 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
DBO5 1 2 1 1 1 1 1 1 1 1
Fósforo total (ambiente lêntico) 3 3 1 1 1 2 1 ND ND ND
Nitrito 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
Nitrato ND 1 1 1 1 1 1 1 1 1
Nitrogênio amoniacal 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
Turbidez 1 1 1 ND 1 1 1 1 1 1
E. coli
Coliformes fecais 1 1 1 2 1 1 1 1 2 2
Coliformes totais 2 1 1 1 1 1 3 1 3 2
Classe Preponderante 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000
Classe Físico -Química 1 2 1 1 1 1 1 1 1 1
Classe Coliformes 2 1 1 2 1 1 3 1 3 2
(Daphnia magna) Ecotoxidade 1 2 1 1 1 1 1 1 1 1
AIQA - Distância L 0,25 0,56 0,00 0,25 0,00 0,00 0,50 0,00 0,50 0,25
Pouco Pouco Pouco
Condição de Qualidade Boa
Poluída
Muito boa Boa Muito boa Muito boa
Poluída
Muito boa
Poluída
Boa

Classe Equivalente 2 3 1 2 1 1 3 1 3 2

Fonte: Autoria própria com base em IAP, 2018.


182

Quadro 43 - Parâmetros e Indicadores de Qualidade da Água na Estação de Amostragem AI 36 entre anos de 2001 a 2012
Parâmetro Unidade 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012
Estação do Ano - Primavera Primavera Primavera Primavera Verão Primavera Primavera Primavera Primavera Primavera Primavera Primavera
Número de Amostras und. 1,00 1 1,00 2,00 1,00 3,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00
Oxigênio dissolvido mg/L O2 8,70 6,5 6,90 8,25 8,00 8,70 7,80 8,10 7,50 7,30 8,50 8,10
Saturação de O2 % 98,00 86 106,00 97,00 100,00 97,33 86,00 90,00 101,00 86,00 103,00 94,00
pH unidades pH 7,90 7,50 8,37 7,90 7,40 7,33 7,37 8,30 7,60 7,60 7,50
Temperatura da água ºC 21,45 25 24,00 21,80 22,40 16,90 16,00 17,20 25,10 18,50 19,70 16,90
Temperatura do ar ºC 19,15 21 28,00 22,25 25,50 18,33 19,50 17,30 28,20 19,00 22,00 16,70
DBO mg/L <2 2,9 2,00 4,50 2,10 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,50
DQO mg/L 6,40 9,8 7,00 8,00 12,00 5,17 1,00 11,00 5,60 2,00 18,00 7,20
Fósforo total mg/L P 0,01 0,031 0,02 0,02 0,01 0,04 0,02 0,02 0,01 0,02 0,02 0,01
Nitrito mg/L N 0,01 0,006 0,01 0,01 0,00 0,03 0,00 0,01 0,10 0,01 0,01 0,03
Nitrato mg/L N 0,29 0,18 0,04 0,21 0,04 0,14 0,14 0,33 0,37 0,24 0,29 0,05
Nitrogênio amoniacal mg/L N 0,08 0,45 0,10 0,15 0,11 0,51 0,09 0,09 0,18 0,15 0,36
Nitrogênio kjeldhal mg/L N 0,24 2,05 1,44 0,37 0,41 0,25 0,68 0,17 0,28 0,43 0,36 0,74
Sólidos totais mg/L 65,00 191 108,00 106,00 110,00 61,67 40,00 42,00 50,00 79,00 98,00 83,00
Sólidos suspensos mg/L 3,00 19,00 22,00 12,00 10,00 6,80 7,00 7,00
Turbidez UNT 3,40 20 20,00 4,00 3,80 5,83 12,00 2,50 4,80 6,60 5,00 21,00
E. coli NMP/100 mL 11 400 21.500 17.000 2.800 7.000 700 20
Coliformes fecais NMP/100 mL 2.800 170 17.000
Coliformes totais NMP/100 mL 4.040 900 1.400 80.000 1.700 30.000 17.000 17.000 7.000 1.400 1.700
Toxicidade aguda D. magna FDd 1,00 1 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00
Sólidos dissolvidos totais mg/L Zn 42,67 18,00 30,00 40,00 72,20
Classe do Parâmetro 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012
Oxigênio dissolvido 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
pH 1 ND 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
DBO5 ND 1 1 2 1 1 1 1 1 1 1 1
Fósforo total (ambiente lêntico) 1 3 1 2 1 3 1 1 1 1 1 1
Nitrito 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
Nitrato 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
Nitrogênio amoniacal 1 1 ND 1 1 1 1 1 1 1 1 1
Turbidez 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
E. coli 1 2 4 4 3 4 2 1
Coliformes fecais 3 ND 1 4 ND ND ND ND ND ND ND ND
Coliformes totais 2 1 2 4 ND ND ND ND ND ND ND ND
Classe Preponderante 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012
Classe Físico -Química 1 1 1 2 1 1 1 1 1 1 1 1
Classe Coliformes 3 1 2 4 2 4 4 3 4 2 ND 1
(Daphnia magna) Ecotoxidade 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
AIQA - Distância L 0,50 0,00 0,25 0,76 0,25 0,75 0,75 0,50 0,75 0,25 ND 0,00
Medianamente Medianamente Medianamente Pouco Medianamente
Condição de Qualidade Pouco Poluída Muito boa Boa
Poluída
Boa
Poluída Poluída Poluída Poluída
Boa ND Muito boa

Classe Equivalente 3 1 2 4 2 4 4 3 4 2 ND 1
Fonte: Autoria própria com base em IAP, 2018.
183

Quadro 44 - Parâmetros e Indicadores de Qualidade da Água na Estação de Amostragem AI 37 entre anos de 1991 a 2002
Parâmetro Unidade 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002
Estação do Ano - Primavera Primavera Primavera Primavera Primavera Primavera Primavera Inverno Outono Primavera Primavera Primavera
Número de Amostras und. 1,00 3,00 2,00 1,00 2,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1
Oxigênio dissolvido mg/L O2 5,90 7,60 7,20 6,70 7,20 6,70 8,00 8,30 7,00 4,30 7,20 3,8
Saturação de O2 % 71,00 90,67 92,00 82,00 83,50 82,00 90,00 90,00 82,00 57,00 82,00 52
pH unidades pH 7,40 7,40 7,80 7,80 7,50 7,50 7,70 7,40 7,30 7,60
Temperatura da água ºC 23,30 25
Temperatura do ar ºC 25,50 26,67 25,50 28,00 21,50 19,00 20,00 18,00 20,00 31,00 20,00 21
DBO mg/L 3,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 3,00 3,00 4,70 2,50 9,2
DQO mg/L 7,00 6,67 8,50 6,00 5,50 3,00 9,00 10,00 6,00 8,50 5,30 14
Fósforo total mg/L P 0,10 0,07 0,06 0,07 0,05 0,01 0,06 0,06 0,51 0,04 0,194
Nitrito mg/L N 0,02 0,01 0,01 0,01 0,02 0,02 0,02 0,03 0,07 0,04 0,038
Nitrato mg/L N 0,15 0,28 0,31 0,17 0,54 0,42 0,39 0,44 0,21 0,42 1,00 0,3
Nitrogênio amoniacal mg/L N 0,01 0,06 0,17 0,27 0,26 0,12 0,10 0,16 0,30 2,30 0,12 0,71
Nitrogênio kjeldhal mg/L N 0,30 0,41 0,58 0,40 0,56 0,57 0,46 0,50 0,43 4,60 0,44 2,72
Sólidos totais mg/L 102,00 138
Sólidos suspensos mg/L 11,00 10,33 12,00
Turbidez UNT 18,00 9,67 4,00 28,00 4,40 45,00 3,00 5,00 11,00 18,00 16,00 20
E. coli NMP/100 mL
Coliformes fecais NMP/100 mL 130 183 800 700 170 8.000 - 30.000
Coliformes totais NMP/100 mL 1.700 807 3.550 2.100 1.300 17.000 - 300.000
Toxicidade aguda D. magna FDd 1,00 1,33 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1
Sólidos dissolvidos totais mg/L Zn
Classe do Parâmetro 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002
Oxigênio dissolvido 2 1 1 1 1 1 1 1 1 3 1 4
pH 1 1 1 1 1 1 1 1 1 ND 1 ND
DBO5 1 1 1 1 1 1 1 1 1 2 1 3
Fósforo total (ambiente lótico e trib. interm) 3 3 ND 3 3 3 3 3 3 4 3 4
Nitrito 1 1 1 1 1 ND 1 1 1 1 1 1
Nitrato 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
Nitrogênio amoniacal 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
Turbidez 1 1 1 1 1 2 1 1 1 1 1 1
E. coli
Coliformes fecais 1 1 2 2 1 ND 4 ND ND 4 ND ND
Coliformes totais 2 1 2 2 2 ND 2 ND ND 4 ND ND
Classe Preponderante 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002
Classe Físico -Química 2 1 1 1 1 2 1 1 1 3 1 4
Classe Coliformes 2 1 2 2 2 ND 4 ND ND 4 ND ND
(Daphnia magna) Ecotoxidade 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
AIQA - Distância L 0,32 0,42 0,25 0,25 0,25 ND 0,75 ND ND 0,82 ND ND
Pouco Medianamente
Condição de Qualidade Boa
Poluída
Boa Boa Boa ND
Poluída
ND ND Poluída ND ND

Fora de
Classe Equivalente 2 3 2 2 2 ND 4 ND ND ND ND
classe
Fonte: Autoria própria com base em IAP, 2018.
184

Quadro 45 - Parâmetros e Indicadores de Qualidade da Água na Estação de Amostragem AI 37 entre anos de 2003 a 2010
Parâmetro Unidade 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010
Estação do Ano - Primavera Primavera Verão Primavera Primavera Primavera Primavera Primavera
Número de Amostras und. 1,00 2,00 1,00 3,00 1,00 1,00 1,00 1,00
Oxigênio dissolvido mg/L O2 2,10 6,10 6,40 4,87 5,70 8,50 5,60 1,10
Saturação de O2 % 42,00 74,50 80,00 56,00 67,00 96,00 75,00 13,00
pH unidades pH 7,50 7,64 7,50 7,24 7,63 8,65 7,60 7,30
Temperatura da água ºC 24,00 20,25 21,50 17,77 19,10 17,80 25,00 17,30
Temperatura do ar ºC 28,00 21,50 26,50 18,27 16,60 18,10 28,40 21,00
DBO mg/L 8,00 3,50 2,00 3,50 2,00 2,00 3,50 13,00
DQO mg/L 13,00 11,00 16,00 13,00 4,00 9,20 10,80 26,00
Fósforo total mg/L P 0,51 0,08 0,06 0,36 0,06 0,03 0,32 0,83
Nitrito mg/L N 0,14 0,04 0,03 0,07 0,03 0,02 0,08 0,03
Nitrato mg/L N 0,43 0,50 0,22 0,52 0,72 0,73 0,51 0,05
Nitrogênio amoniacal mg/L N 0,41 0,41 1,05 0,09 0,03 0,23 1,70
Nitrogênio kjeldhal mg/L N 3,15 1,20 0,76 2,58 0,34 0,19 0,68 3,20
Sólidos totais mg/L 149,00 128,00 135,00 134,33 132,00 76,00 96,00 167,00
Sólidos suspensos mg/L 9,00 14,00 14,00 20,00 7,80 5,60
Turbidez UNT 22,00 12,50 16,00 22,33 21,00 4,00 8,40 12,00
E. coli NMP/100 mL 25 28.000 124.500 79.000 33.000 110.000 2.400.000
Coliformes fecais NMP/100 mL 900 80.000
Coliformes totais NMP/100 mL 17.000 130.000 43.000 189.500 79.000 33.000 110.000 3.500.000
Toxicidade aguda D. magna FDd 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00
Sólidos dissolvidos totais mg/L Zn 120,33 118,00 56,00 88,20 161,40
Classe do Parâmetro 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010
Fora de
Oxigênio dissolvido 4 1 1 3 2 1 2
Classe
pH 1 1 1 1 1 1 1 1
DBO5 3 2 1 2 1 1 2 4
Fósforo total (ambiente lótico e trib. interm) 4 3 3 4 3 3 4 4
Nitrito 1 1 1 1 1 1 1 1
Nitrato 1 1 1 1 1 1 1 1
Nitrogênio amoniacal ND 1 1 1 1 1 1 1
Turbidez 1 1 1 1 1 1 1 1
E. coli 1 4 4 4 4 4 4
Coliformes fecais 2 4 ND ND ND ND ND ND
Coliformes totais 2 3 ND ND ND ND ND ND
Classe Preponderante 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010
Classe Físico -Química 4 2 1 3 2 1 2 4
Classe Coliformes 2 4 4 4 4 4 4 4
(Daphnia magna) Ecotoxidade 1 1 1 1 1 1 1 1
AIQA - Distância L 0,76 0,76 0,75 0,82 0,76 0,75 0,76 0,95
Medianament Medianament Medianament Medianament Medianament Medianament
Condição de Qualidade e Poluída e Poluída e Poluída
Poluída
e Poluída e Poluída e Poluída
Poluída

Fora de Fora de
Classe Equivalente 4 4 4 4 4 4
classe classe
Fonte: Autoria própria com base em IAP, 2018.
185

ANEXO A – MAPA DO ZONEAMENTO ECOLÓGICO ECONÔMICO DA APA DO PASSAÚNA

Fonte: COMEC, 2001.


186

ANEXO B – REDE DE DISTRIBUIÇÃO A PARTIR DO SISTEMA PASSAÚNA

Fonte: SANEPAR, 2013.

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