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CICLO MENSTRUAL pelas drogas citotóxica, pode ser

comprometida transitoriamente, com retorno


Ciclo menstrual
da atividade endócrina, e liberação de óvulo
Período fértil fertilizável.

Fertilização
Os distúrbios menstruais são frequentes nas
adolescentes e podem estar associados com a
Hormônios
menarca precoce
O hipotálamo apresenta ciclos característicos
Durante os primeiros anos após a menarca, a
de liberação de GnRH, TRH, ACTH etc. devido a
duração do ciclo menstrual é em média 34 dias,
centros tipo marcapasso. Algumas dessas
o ciclo menstrual é inferior a 20 e superior a 45
substâncias são liberadas periodicamente,
dias
outras, em ciclos circadianos, que podem estar
relacionados a situações fisiológicas, como o Dismenorreia primária definida como a
ciclo do sono, ingestão de alimentos e outros ocorrência de dor com menstruação sem
estímulos. patologia pélvica óbvia no início da
menstruação, é mais frequente antes dos 20
Hipotálamo: GnRH, ATCH, TRH
anos
Hipófise (também chamada de glândula
Ciclos menstruais mais longos podem estar
pituitária)
relacionados com anovulação, que ocorre
Hipófise posterior - neuro-hipófise: ocitocina como consequência da imaturidade precoce
do eixo hipotálamo- hipófise-ovário.
Hipófise anterior - adeno-hipofise: prolactina,
FSH e LH

Ovário produz: estrogênio e inibina b


Corpo lúteo produz: pequena quantidade de
estrogênio e muita progesterona, relaxina e
inibina a

Ciclo ovariano
Fase folicular: começa com o início da
menstruação e termina no dia anterior ao
aumento do hormônio luteinizante (LH).
Duração variável, sendo responsável pela
regularidade (ou irregularidade) menstrual.
Fase lútea: começa no dia do pico de LH e
termina no início da próxima menstruação.
Duração fixa de 14 dias.

Os ovários são glândulas sensíveis às drogas


citotóxicas comumente empregadas na terapia
oncológica, que, a longo prazo, podem induzir a
uma insuficiência gonadal. A função ovariana
GRAVIDEZ E PRÉ-NATAL Os testes hormonais modernos que dosam o
hCG-β no sangue são capazes de diagnosticar a
Primeiro trimestre: 0 a 13 semanas.
gravidez 1 a 3 dias antes do atraso menstrual.
Segundo trimestre: 14 a 26 semanas.
hCG-β alto na quinta semana, inicialmente
Terceiro trimestre: 27 a 40/41 semanas. espera-se acima de 25.

Diagnostico clinico Diagnostico ultrassonográfico

Sinais e sintomas da gravidez Atualmente, é obrigatório o uso da


ultrassonografia transvaginal no primeiro
Presunção: Amenorreia, náuseas,
trimestre da gravidez
sensibilidade da mama, tubérculos de
Montgomery, rede vascular venosa bem visível- Marcos ultrassonográficos: saco gestacional
Haller, aréola mamaria secundaria – Hunter e 4sem vesícula vitelínica 5-6 sem eco fetal com
cloasma. bcf 6-7 cabeça fetal 11-12 placenta 12

Probabilidade: aumento do volume uterino ao Gravidez ectópica: saco gestacional fora do


toque – palpável acima da sínfise púbica, útero
amolecimento do istmo e do colo do útero,
Gravidez anembrionada, não evolutiva:
útero assimétrico, fundo de saco preenchido,
diâmetro do saco vitelínico abaixo de 16mm
aumento do pulso da artéria vaginal, mucosa
vaginal e vulvar violácea. Gravidez de evolução incerta: útero com saco
gestacional (diâmetro médio de 20 mm), mas
Certeza: Sinal de Puzos (rechaço fetal
polo embrionário ausente
intrauterino após impulsionar o feto com os
dedos no fundo de saco anterior). Percepção e
palpação dos movimentos fetais pelo médico.
Idade gestacional e DPP
Ausculta dos batimentos cardiofetais.
IG pela DUM: intervalo entre a data da última
menstruação e o dia da consulta dividido por 7
Batimento cardiofetais
IG pela USG: No 1º trimestre a idade da gravidez
US transvaginal a partir da 6a /7a semana; é estimada pela medida do comprimento
cabeça-nádega (CCN) com precisão de
Sonar Doppler a partir da 10a semana
aproximadamente 5 dias; de 12 até 20
Estetoscópio de Pinard a partir da 18a/20 semanas, o diâmetro biparietal (DBP) fornece
semana precisão de ± 10 dias. Após 20 semanas as
medidas sonográficas são imprecisas.
O cálculo da idade gestacional pela
Diagnostico hormonal
ultrassonografia tem menor margem de erros
O diagnóstico hormonal é feito pela detecção quando mais inicial for a gravidez e os
da gonadotrofina coriônica humana (hCG) na marcadores são mais bem identificados entre
urina (testes imunológicos – TIG - qualitativo) ou 11 e 13 semanas.
no sangue (testes radio imunológicos – RIA e
Se houver diferença entre a idade da gravidez
ELISA - quantitativos).
obtida pela última menstruação e a avaliada
Os testes RIA e ELISA dosam o hCG-b, não pelo ultrassom, prevalece a estimada pela
apresentando reação cruzada com o LH. sonografia.
DPP: jan/fev/mar: +9 abril a dezembro: -3 e +7 A filtração glomerular renal e o fluxo plasmático
ao dia renal aumentam acentuadamente durante a
gravidez, determinando redução nos níveis
sanguíneos de ureia e de creatinina e presença
Alterações no organismo feminino de glicose na urina (glicosúria fisiológica).

Aumento do débito cardíaco, da volemia e da O aumento dos níveis de progesterona


frequência cárdia. ocasiona esvaziamento gástrico mais lento,
diminuição da motilidade intestinal,
Diminuição da resistência vascular periférica,
relaxamento do esfíncter esofágico e redução
queda da PA e do retorno venoso.
do tônus venoso, fatores que contribuem para a
Hemodiluição – anemia fisiológica da gravidez: pirose, dor retroesternal, constipação,
o aumento do volume plasmático é maior do hemorroidas e varizes.
que o de hemácias.
Aumento do peso, do deposito de gordura e da
Pré-natal
retenção de líquidos. Diminuição do
metabolismo da glicose – hLp. Aumento da Deverão ser realizadas no mínimo seis
proteólise, lipólise e gliconeogênese. consultas. As consultas subsequentes serão
mensais até 32 semanas; quinzenais, de 32 a 36
Volume e capacidade respiratória aumentados
semanas; e semanais, de 36 semanas até o
Diminuição da motilidade intestinal, parto.
relaxamento da musculatura lisa e refluxo
Exames primeiro pré-natal
gastroesofágico.
O médico deve solicitar ultrassonografia
Aumento do fluxo plasmático renal e da
obstétrica e os seguintes exames laboratoriais:
filtração glomerular
hemograma completo, sorologias para sífilis,
O volume sanguíneo total e o débito cardíaco hepatites B (HbsAg) e C, HIV e toxoplasmose
maternos aumentam em 40 a 50% na gravidez. (IgM e IgG), glicemia em jejum, tipagem
sanguínea e exame de urina, rastreamento de
A pressão sanguínea normalmente diminui
clamídia
durante o 2º trimestre da gravidez e retorna a
níveis pré-gravídicos próximo ao termo. Citopatológico de colo do útero, exame de
secreção vaginal e parasitológico de fezes - se
Durante a gravidez a leucocitose é fisiológica.
houver indicação clínica
A gravidez é um estado de hipercoagulabilidade
e está associada a risco elevado de doença
tromboembólica venosa. Consultas subsequentes

A alteração respiratória mais importante é a A cada consulta, serão avaliados: peso, PA,
hiperventilação em decorrência do aumento do batimentos cárdio fetais (bcf) e fundo do útero.
volume-corrente.
20 a 24 semanas: ultrassonografia abdominal
O consumo de oxigênio na gravidez aumenta morfológica, para avaliar as estruturas fetais,
cerca de 15 a 20% para fazer jus ao acréscimo localizar a placenta e avaliar o Doppler das
nas necessidades metabólicas. artérias uterinas. Aconselha-se, nessa
oportunidade, medir o colo uterino pela
O hidroureter e a hidronefrose fisiológicos se
ultrassonografia transvaginal, visando à
desenvolvem durante a gestação,
predição do parto pré-termo
principalmente à direita, determinando estase
urinária que predispõe à infecção.
24 a 28 semanas: teste oral de tolerância à Avaliação da placenta, incluindo sua relação
glicose de 75 g (TOTG-75), para o diagnóstico de com o orifício interno (OI) do colo
diabetes melito gestacional (DMG)
Biometria fetal padrão: diâmetro biparietal
26 a 32 semanas: a grávida deve ser (DBP), circunferência cefálica (CC),
conscientizada do significado do movimento comprimento do fêmur (CF) e estimativa do
fetal peso fetal (EPF)
28 semanas: repetir a dosagem da hemoglobina Crescimento fetal e causas típicas
e ministrar a primeira dose da imunoglobulina decrescimento anormal
anti-D para mulheres Rh-negativo não
Reconhecimento dos pontos de referência
sensibilizadas com fetos Rh-positivo (cffDNA);
anatômicos e identificação das possíveis
repetir o VDRL
malformações
35 a 37 semanas: cultura vaginorretal para
Doppler umbilical e uterino
estreptococo do grupo B (GBS)
36 semanas: determinar a posição fetal; para
fetos em apresentação pélvica (confirmada Vacinas
pela ultrassonografia), oferecer a versão
- Indicadas
externa
Gripe
41 semanas: propor o descolamento das
membranas e a indução do parto. Tríplice bacteriana (dT/dTpa): previne contra
difteria, tétano e coqueluche. É recomendado
que a vacina DT seja administrada a partir do
USG
segundo trimestre do período gestacional.
Primeiro trimestre (7-8 semanas): pedir logo na
Se nunca foi vacinada, fará o esquema de três
primeira consulta. Analisa a vitalidade e
doses - duas primeiras de dT e uma de dTpa.
viabilidade do concepto. Datar a gravidez e a
DDP. Datação da gravidez, rastreamento de Se tomou todas, toma uma dTpa de reforço de
aneuploidias, diagnóstico de anomalias fetais, 27 a 33sem. Nesse caso, se a futura mãe já foi
diagnóstico de gemelidade, predição de vacinada há menos de 5 anos, não é necessária
toxemia e de parto pré-termo. nova aplicação como reforço.
Ultrassonografia morfológica do primeiro Hepatite B: a partir de 14 semanas - primeiro
trimestre: os marcadores de aneuploidia trimestre. Caso tenha tomado, garantir que
(transluscência nucal, presença do osso nasal foram as 3 doses, caso não tenha certeza,
e ducto venoso) são melhor identificados testar sorologia para verifica imunidade.
geralmente entre 11-13 semanas, pode ir até 14
Influenza: em qualquer idade gestacional ou no
semanas ou mais.
puerpério.
- Especiais
Segundo trimestre (18 a 24semana) e terceiro
Hepatite A: se tiver o risco de exposição ao
semestre (34 semanas)
agente transmissor
Determinação da posição fetal
Pneumocócicas: risco de doença
Avaliação da vitalidade fetal, incluindo os pneumocócica invasiva
movimentos fetais
Meningocócicas: região de risco
Estimativa do volume do líquido amniótico(vLA) epidemiológico
e condições associadas à sua anormalidade
Febre amarela: Geralmente contraindicada.
Aplicada quando o risco de infecção supera o
risco de efeitos colaterais da vacinação

- Contraindicadas: Tríplice viral, HPV, varicela e


dengue
PARTO Trombotamponamento: formação de trombos
nos grandes vasos;
Períodos do parto
Dilatação, expulsão, dequitação e Greenberg
Diagnostico do parto trabalho de parto
- Dilatação: período de dilatação e
apagamento/esvaecimento do colo do útero. Começa com contrações uterinas involuntárias
Primípara: colo esvaece e depois ocorre e regulares de intensidade variável,
dilatação. Multípara dilatação e esvaecimento amolecendo o colo, que começa a se apagar e
simultâneos. dilatar.
Fase Latente: dilatação lenta, contrações Acima de 3 cm de dilatação, mais de 3
irregulares, mais curtas e menos intensas, com contrações em 10 minutos com duração de 40-
até 3cm de dilatação. 60segundos

Fase Ativa: contações mais regulares, longas e Ruptura das membranas corioamnióticas ou a
intensas - mais de 3 contrações em 10 min saída do tampão mucoso, indicam o início do
(cerca de 40-60seg) e mais de 3 cm de trabalho de parto e precede o início do trabalho
dilatação. Progressão mais rápida da dilatação. de parto em até 12 horas.
Nascimento do bebe é iminente.
- Expulsão: alongamento completo do colo do
Alivio da dor
útero até expulsão do bebê.
Anestesia epidural ou peridural
Após dilatação completa do colo (10 cm) e o
útero se encontra imobilizado pelos ligamentos A anestesia epidural ou peridural é mais
(redondo, largo e uterosacral). utilizada no parto vaginal. Ela é feita nas costas
com a ajuda de uma agulha. No espaço
Descida do bebê em duas fases: cefálica
peridural, parte mais externa do espaço
(acima de +3 de De Lee) e pélvica – com a bunda
espinhal, um cateter é injetado, e o analgésico
(abaixo de +3 de De Lee)
é aplicado.

Geralmente, essa punção é realizada durante o


- Dequitação: momento de maior cuidado para intervalo entre duas contrações. Injeta-se uma
prevenir hemorragia. Período de expulsão da dose baixa do medicamento, e, se for
placenta, ocorre por descolamento. necessário, ele pode ser reaplicado durante o
trabalho de parto.
Baudelocque-Schultz (central), quando a
placenta estava inserida posteriormente no A paciente costuma deixar de sentir dor em
fundo uterino. A face fetal é a primeira a sair, o cerca de 15 minutos, mas ainda sente as
sangue sai após a saída da placenta. contrações. O efeito da anestesia peridural
dura, aproximadamente, por 3 horas.
Baudelocque-Ducan (lateral), placenta inserida
na parede lateral do útero. Face materna sai
primeiro e tem maior perda de sangue.
Raquidiana ou raquianestesia
Embora também possa ser utilizada em parto
- Greenberg normal, a anestesia raquidiana ou
raquianestesia costuma ser mais indicada para
Miotamponamento: contração uterina para
cesárea. O efeito é imediato, mais intenso e tem
ocluir vasos miometriais
maior duração.
Esse tipo de analgesia no parto não requer Vasa previa: vaso sanguíneo do corsão
cateteres e, por isso, é aplicada em dose única. tampando o colo do útero e pode gerar o
rompimento dos vasos sanguíneos do cordão

Placenta previa – placenta se implanta total ou


Combinada
parcialmente no segmento inferior do útero.
Por fim, há a possibilidade de aliviar as dores do Placenta previa marginal, parcial ou total.
parto com o combinado raqui-peridural, que
Placenta de inserção baixa centro total ou
usa os dois métodos citados anteriormente.
parcial: placenta cobrindo totalmente o orifício
Essa técnica tem o objetivo de aproveitar as
externo do colo do útero. Colo do útero ao
vantagens dos dois tipos de anestesia.
dilatar, rompe os vasos da placenta e o bebê
A combinação da raquianestesia com a não consegue passar.
peridural apresenta o rápido início da ação, não
Herpes genital ativa
limita os movimentos da paciente e agiliza a
dilatação do colo do útero. O combinado pode Cesariana corporal: corte da vertical que forma
ser utilizado em todas as etapas do parto. cicatriz mais frágil, que durante as contrações
uterinas do trabalho de parto pode romper
Iminência de rotura uterina
Diferentes vias de parto
Descolamento de placenta quando o bebe tá
O "parto normal" se refere principalmente ao
vivo e longe de nascer
método de nascimento sem intervenções
médicas adicionais, o "parto natural" coloca Acretismo placentário: placenta invade o
ênfase específica na evitação de tecido uterino profundamente.
medicamentos e intervenções, favorecendo um
processo de nascimento mais próximo do que
seria considerado naturalmente. Além desses, Vantagens parto normal e ativo
a cesariana é uma cirurgia na qual o bebê é
Recuperação mais rápida para a mãe:
removido do útero através de uma incisão feita
Geralmente, as mulheres se recuperam mais
na parede abdominal (laparotomia) e no útero
rapidamente de um parto vaginal do que de
da mãe (histerotomia).
uma cesariana. A hospitalização tende a ser
mais curta, e as mulheres geralmente podem
retomar suas atividades diárias normais mais
Indicações absoluta da cessaria
rapidamente.
Apresentação cólica: bebê transverso – é
Menor risco de complicações: O parto vaginal
absoluta durante o trabalho de parto, quando já
está associado a um menor risco de certas
tentou de tudo e o bebê não virou.
complicações pós-operatórias, como
Prolapso de cordão: cordão sai antes de infecções, hemorragias e tromboembolismo
dilatação completa, antes da saída do bebê. A (coágulos sanguíneos), que podem ocorrer
cabeça comprime o cordão, interrompendo o após uma cesariana.
fluxo
Menor risco de complicações respiratórias para
Placenta previa: placenta na frente do bebê, no o bebê: Os bebês nascidos por parto vaginal
colo do útero geralmente têm menos problemas
respiratórios, como a síndrome do desconforto
Descolamento de placenta: na gestação já
respiratório, do que os nascidos por cesariana,
avançada, perto do parto.
porque o processo de passagem pelo canal
vaginal ajuda a eliminar fluidos dos pulmões.
Menor risco de problemas de amamentação: O
parto vaginal está associado a uma menor
probabilidade de problemas de amamentação
em comparação com a cesariana. Além disso, o
contato pele a pele imediato após o nascimento
é mais fácil de realizar após um parto vaginal, o
que pode promover a amamentação bem-
sucedida.
Preservação da microbiota do bebê: O bebê
recebe uma exposição inicial à microbiota da
mãe durante o parto vaginal, o que pode ajudar
no desenvolvimento de um sistema
imunológico saudável.

Parto humanizado
Protagonismo feminino - participação da
mulher com ciência e certo controle do parto
Participação familiar como forma de apoio para
o momento e suporte emocional
Cuidado e instrução da equipe para
conscientizar, instruir e acolher a mãe
Presença de um acompanhante
Planejamento do parto prévio junto ao obstetra
Alívio da dor através de métodos não
farmacológico - musicoterapia, aromaterapia
Presença de doula
Respeito a via de parto escolhido
LACTAÇÃO Lactogenese III: após a "descida do leite",
inicia-se a galactopoiese. Essa fase, que se
O leite produzido é armazenado nos alvéolos e
mantém por toda a lactação, depende da
nos ductos. Os ductos mamários não se
sucção do bebê e do esvaziamento da mama.
dilatam para formar os seis lactíferos, como se
acreditava até pouco tempo atrás. O que ocorre
é que durante as mamadas, enquanto o reflexo Nos primeiros dias após o parto, a secreção de
de ejeção do leite está ativo, os ductos sob a leite é pequena, menor que 100ml/dia, mas já
aréola se enchem de leite e se dilatam no quarto dia a nutriz é capaz de produzir, em
média, 600ml de leite. Uma nutriz que
amamenta exclusivamente produz, em média,
Fases da lactação
800ml por dia no sexto mês.
Lactogênese I: prepara a mama para a lactação
As mães devem ser encorajadas a amamentar
sob a ação de diferentes hormônios.
com a livre demanda ou aproximadamente a
Estrogênio - ramificação dos ductos lactíferos, cada 1(1⁄2) a 3 horas (8 a 12 mamadas diárias),
uma frequência que gradualmente diminui com
Progesterona - formação dos lóbulos.
o tempo.
Outros hormônios também estão: lactogênio
placentário, prolactina e gonadotrofina
coriônica. Colostro X leite maduro

Durante a menacma, os estrogênios ovarianos Colostro


promovem a proliferação dos canais mamários,
O primeiro leite produzido, um liquido fino
enquanto a progesterona, em conjunto com os
amarelo, rico em calorias e proteínas, que é
estrogênios, estimula o crescimento dos
imunoprotetor, por ser rico em anticorpos,
ácinos. Além dos esteroides sexuais, a
linfócitos e macrófagos; ainda, estimula a
completa diferenciação do tecido mamário
passagem do mecônio. A IgA é a principal
requer a participação de outros hormônios,
imunoglobulina do colostro, e em menor
incluindo prolactina, hormônio do crescimento,
concentração a IgM, neutralizando toxinas e
cortisol, tireoxina e insulina.
fatores de virulência. Quando comparado ao
Durante a gestação, a produção aumentada de leite maduro é mais viscoso, possuindo
estrogênios e progesterona estimula o concentrações mais elevadas de proteínas e
crescimento das glândulas mamárias. A vitaminas lipossolúveis, particularmente A e E.
prolactina aumenta devido à hiperplasia e
hipertrofia das células lactotróficas na adeno-
hipófise, possivelmente devido à menor Leite maduro
produção de dopamina hipotalâmica, que é um
Tem alto conteúdo de lactose (carboidrato)
fator inibidor da prolactina (PIF).
Vitamina E, um importante antioxidante que
pode ajudar na prevenção da anemia
Lactogênese II: queda de estrogênio e
Tem uma razão cálcio:fósforo de 2:1
progesterona resulta na descida do leite. A
"descida do leite", que costuma ocorrer até o Altera favoravelmente o pH fecal e a flora
terceiro ou quarto dia pós-parto, ocorre mesmo intestinal
sem a criança não sugar o seio - é controlada
Transfere anticorpos protetores maternos para
pelos hormônios.
o lactente
A lactação tem um efeito contraceptivo desencadeia contrações nas células
temporário devido à inibição do hormônio mioepiteliais, o que resulta na ejeção do leite
liberador de gonadotrofina (GnRH), levando a dos alvéolos mamários para os ductos
níveis não ovulatórios. mamários. Enquanto isso, a sucção frequente
do mamilo inibe a liberação do hormônio
Mulheres que amamentam integralmente
prolactina inibidora (PIF) no hipotálamo, o que
podem ficar amenorreicas por 8 a 12 meses
leva a um aumento na liberação de prolactina
pós-parto, enquanto não lactantes geralmente
pela glândula pituitária anterior. Portanto, a
retomam a menstruação em menos de 2
sucção frequente do mamilo não apenas
meses.
desencadeia a ejeção do leite, mas também
Para evitar a gravidez, sugere-se o uso de estimula a produção contínua de leite.
métodos anticoncepcionais físicos (DIU,
diafragma, preservativo, esponjas) para
lactantes e não lactantes. Os contraceptivos Fatores que interferem na lactação
orais combinados podem inibir a produção de
Fatores Fisiológicos:
leite e devem ser evitados.
Condições de saúde materna, como
desnutrição, doenças crônicas ou problemas
Termino da lactação hormonais.
O leite para de ser produzido quando a Condições de saúde do bebê, como
amamentação é interrompida. Sem prematuridade, problemas de sucção ou
estimulação no mamilo, não há liberação de distúrbios metabólicos.
ocitocina, resultando na ausência de ejeção de
Fatores Psicológicos e Emocionais:
leite. A pressão local aumentada reduz a
produção de leite pelo ácino mamário. A falta Estresse emocional, ansiedade e depressão
de sucção estimula a produção de um fator que pós-parto podem afetar a liberação de
inibe a prolactina, o hormônio responsável pela hormônios envolvidos na lactação, como a
produção de leite. À medida que o leite é ocitocina e a prolactina.
reabsorvido nos ductos mamários, a produção
Falta de apoio emocional e suporte social pode
de leite diminui gradualmente até parar
impactar negativamente a experiência de
completamente.
amamentação.

Fatores Ambientais e Sociais:


Reflexo neuroendócrino
Práticas inadequadas de amamentação, como
O processo começa quando o bebê inicia a posicionamento inadequado do bebê durante a
sucção do mamilo durante a amamentação. amamentação.
Esse estímulo mecânico é detectado pelos
Falta de incentivo à amamentação.
receptores sensoriais localizados na aréola e
no mamilo, que enviam sinais nervosos ao Fatores de Estilo de Vida:
hipotálamo. No hipotálamo, esses sinais são
Uso de certos medicamentos, drogas
processados e interpretados como um
recreativas ou álcool, que podem interferir na
estímulo para liberar ocitocina. A ocitocina é
produção de leite ou na saúde do bebê.
um hormônio armazenado e liberado pela
glândula pituitária posterior. É liberado na Dieta materna inadequada ou desequilibrada,
corrente sanguínea e viaja até as células que pode afetar a qualidade e a quantidade do
mioepiteliais que circundam os alvéolos leite produzido.
mamários nas glândulas mamárias. A ocitocina
Fatores de Saúde Mamária:
escola para crianças de zero a seis anos de
idade.
Problemas de saúde mamária, como mastite,
ingurgitamento mamário, ou ductos mamários
obstruídos
Condições como mamilo plano ou invertido
podem dificultar a pega adequada do bebê
durante a amamentação.

Licença maternidade
Duração: As mulheres têm direito a um período
de licença maternidade de 120 dias (ou 4
meses) a partir do momento do parto. No caso
de adoção, a licença maternidade é concedida
de acordo com a idade da criança adotada,
com duração variável de acordo com a idade da
criança.
Remuneração: Durante a licença maternidade,
a trabalhadora tem direito a receber seu salário
integralmente. O pagamento é realizado pelo
empregador durante os primeiros 120 dias. Em
casos de licença por adoção, a remuneração é
feita pelo Instituto Nacional do Seguro Social
(INSS).
Proteção no Emprego: Durante o período de
licença maternidade, a trabalhadora tem
estabilidade no emprego, o que significa que ela
não pode ser demitida sem justa causa. A
estabilidade no emprego é garantida desde o
início da gravidez até cinco meses após o parto.
Requisitos de Elegibilidade: Para ter direito à
licença maternidade remunerada, a
trabalhadora precisa estar empregada e
contribuir para a Previdência Social. Além
disso, é necessário notificar o empregador
sobre a gravidez e apresentar os documentos
necessários para solicitar a licença.
Benefícios Adicionais: Além da licença
maternidade, o Brasil também oferece licença
paternidade de 5 dias corridos para os pais, que
pode ser estendida para até 20 dias em
empresas que participam do Programa
Empresa Cidadã. Além disso, a Constituição
Federal estabelece o direito à creche e à pré-
PUERPERIO causar uma involução aparentemente mais
rápida em primíparas do que em multíparas.
Pós-parto imediato (do 1o ao 10o dia)
Processamento dos lóquios: os lóquios são
Pós-parto tardio (do 10o ao 45o dia)
sanguíneos (lochia cruenta ou rubra), tornando-
Pós-parto remoto (além do 45o dia): trata-se de se serossanguíneos (lochia fusca)
um período de duração imprecisa, que varia posteriormente.
com a presença ou não de lactação.
Nas mulheres que não amamentam, a
Vagina:
menstruação retorna, em média, com 1,5 mês.
Nas lactantes os prazos dependem da duração O epitélio fica mais fino. Isso acontece
do aleitamento. principalmente nos primeiros dias após o parto.
No final desse período, o número de células no
revestimento diminui bastante em comparação
Pós-parto imediato (do 1o ao 10o dia)
com o que era antes do parto.
Útero:
O fundo uterino está um pouco acima da
Pós-parto tardio (do 10o ao 45o dia)
cicatriz umbilical, firmemente contraído. A
atividade contrátil rítmica da matriz, embora O útero continua a regredir, embora
indolor, pode causar cólicas dolorosas, lentamente, até aproximadamente 6 semanas
especialmente em multíparas. após o parto. Nunca retorna às proporções
encontradas em mulheres que nunca tiveram
A hemostasia da ferida placentária é
filhos.
assegurada pela retração e contração do
miométrio, juntamente com o colapso parcial Há regeneração do estroma e das glândulas
da circulação da artéria e da veia ovarianas, endometriais. A cavidade uterina está
além da redução do fluxo dos vasos uterinos. A completamente epitelizada por volta do 25º dia
trombose dos orifícios vasculares abertos na pós-parto.
região placentária completa o mecanismo de
Loquiação: Inicialmente, é serossanguíneo
hemostasia fisiológica.
(mistura de sangue e fluido seroso).
Involução uterina: causado pelo colapso da Posteriormente, torna-se seroso (lochia flava).
circulação, das contrações uterinas e pelo
A crise vaginal atinge sua regressão máxima por
desaparecimento súbito dos hormônios
volta do 15º dia pós-parto, após o qual as
esteroides placentários. A partir do 4º ou 5º dia,
primeiras manifestações regenerativas
o útero começa a se deslocar para a pelve,
começam a aparecer.
retornando gradualmente à sua posição
normal.

O colo uterino é comum observar dilaceração Sistemas extravaginais


nas partes laterais do colo uterino, o que faz
Após o parto, os níveis de estrogênio,
com que o orifício externo pareça ter uma fenda
progesterona diminuem.
transversal, indicando que a mulher já teve
filhos anteriormente. A recuperação das gonadotrofinas aos níveis
pré-gravidez depende da ocorrência ou não da
Fatores que influenciam a involução uterina: a
amamentação. A amamentação pode impedir a
lactação acelera a involução uterina devido à
fertilidade pela ação direta do estímulo do
retração e contratilidade uterinas aumentadas
mamilo sobre o hipotálamo por via
a cada amamentação. A matriz volumosa pode
neuroendócrina, inibindo o fator inibidor da
prolactina (PIF) e o hormônio liberador da Resultantes da cicatrização da ferida
gonadotrofina (GnRH), acarretando, placentária contendo resíduos e leucócitos
respectivamente, elevação da PRL e inibição do
Rubra: Vermelho
FSH e do LH hipofisários.
Fusca: Acastanhado
Flava: Amarelado
Sistema Cardiovascular: Após o parto, o débito
cardíaco aumenta em 10% na primeira hora e Alba: Esbranquiçado
permanece elevado por uma semana. A
pressão venosa nos membros inferiores retorna
ao normal imediatamente, e problemas como Vermelhos ou sanguinolentos (lochia rubra ou
varizes e edemas diminuem. cruenta), presentes até o 3º ou 4º dia pós-parto,
constituindo-se de sangue vermelho intenso,
tecido decidual necrosado e células epiteliais.
Sistema Sanguíneo: Não há mudanças Geralmente a quantidade é semelhante a do
significativas na série vermelha após o parto. fluxo menstrual.
No entanto, ocorre leucocitose imediatamente
Do 3º ao 10º dia, tem-se a locchia serosa ou
após o parto, principalmente nos neutrófilos. A
fusca, de coloração marrom-acastanhada pela
contagem de glóbulos brancos retorna ao
degradação da hemoglobina.
normal após cerca de 5 a 6 dias. A velocidade
de eritrossedimentação aumenta e retorna ao Após o 10º dia, tem-se a locchia flava
normal após 5 a 7 semanas. A concentração de (loquiação alba ou amarela), de aspecto
hemoglobina volta ao normal em 6 semanas. purulento e com odor semelhante a queijo;
sendo que em condições patológicas
(infecções) pode adquirir odor putrefato
Sistema Urinário: Após o parto, a bexiga tem sua desagradável.
capacidade aumentada devido ao relaxamento
do diafragma urogenital. A diurese inicial é
escassa, mas depois do 2º ao 6º dia há uma Baby blues e depressão pós parto
excreção urinária abundante. Pode ocorrer
Baby Blue: preocupação excessiva com o bebê,
retenção de urina.
insônia e alterações de humor, porém não
ocorre de forma intensa,
ansiedade/nervosismo, choro sem motivo. A
Sistema Digestivo: A motilidade intestinal
recomendação o apoio familiar com os
diminui após o parto, mas geralmente é
sintomas.
restaurada em cerca de 3 a 4 dias. A
constipação é menos frequente com atividade Depressão pós parto: vontade da mãe de não
precoce, mas pode ocorrer em pacientes com ficar com o bebê/desinteresse pela criança,
histórico de obstipação crônica. insônia e alteração de humor de forma intensa
e exacerbada, forte estado de melancolia,
sentimento de culpa, desânimo e cansaço
Peso: Há uma perda de peso significativa nos extremo. A recomendação é ser avaliada por
primeiros 10 dias após o parto, devido à diurese, um psiquiatra com indicação de tratamento
secreção láctea e eliminação do loquioso. com antidepressivos e psicoterapia. Também
pode afetar os homens.
Para ser considerada depressão pós-parto, os
Loquios
sintomas devem surgir até quatro semanas
após o nascimento da criança. Momento em
que o médico psiquiatra pode diagnosticar essa RECEM-NASCIDO
condição, a depressão ou outro tipo de
ADAPTAÇÕES FISIOLÓGICAS DO RN
transtorno mental que tenha sintomas
semelhantes. Logo após o nascimento as adaptações são
cardiovascular, respiratória e térmica. Essas
Para o tratamento, pode-se contar com
alterações são resultantes da interrupção da
medicamentos antidepressivos combinados
circulação placentária, da redistribuição do
com psicoterapia. O aconselhamento e apoio
débito cardíaco, da diminuição da temperatura
da família, parceiro (a) e amigos é fundamental
corporal e de estímulos táteis e sensitivos no
para se obter uma boa resposta com essa
nascimento.
abordagem
Cardiovasculares: fechamento de shunts fetais
e início da circulação pulmonar

Respiratórias: liberação do pulmão por meio da


expulsão do líquido intrapulmonar e início da
respiração pulmonar. A primeira respiração do
recém-nascido ocorre devido à diminuição da
pressão parcial de oxigênio, diminuição do pH e
ao aumento da pressão parcial de dióxido de
carbono.
Térmica: saída do RN de um ambiente quente
(intrauterino) para um frio (extrauterino)

Pulmonar
Neonato começa a respirar dentro de
segundos, estimulado por conta do estado de
hipoxia leve no parto (contrações dos vasos
durante o trabalho de parto e o pulmão não
expandido) e pela pele subitamente resfriada
após o nascimento.

Ritmo respiratório normaliza dentro de um


minuto após o nascimento.
Se não respirar: bebe fica hipoxico e
hipercapnico que estimula o centro
respiratório. Após a ativação do centro
respiratório, espera-se que o ritmo circulatório
se normalize dentro de mais 1 minuto.
Retardo na primeira respiração:
- Trauma cefálico que pode gerar hemorragia
intracraniana ou contusão cerebral, deprimindo
o centro respiratório
- Trabalho de parto muito prolongado pode gerar
hipoxia prolongada durante a expulsão
- Excesso de anestésico nas artérias pulmonares. Da artéria pulmonar,
existe o último shunt: o ducto arterioso, que
Hipoxia no parto: compressão do cordão
desvia o sangue da circulação pulmonar e
umbilical, separação prematura da placenta,
manda diretamente para a aorta. Nessa fase,
contração excessiva do útero e anestesia
apenas chega aos pulmões o necessário para
excessiva na mãe.
nutrir o parênquima. O pouco sangue que passa
Grau de hipoxia suportável. Adultos: até 4 pela circulação pulmonar retorna ao coração
minutos, acima disso significa óbito. Neonatos: pelas veias pulmonares e chega como sangue
até 10 minutos, de 8 a 10 minutos já pode gerar venoso ao átrio esquerdo. Enquanto isso, o
lesão neurológica sangue que passou pelo forame oval chega ao
átrio esquerdo, mistura-se com o sangue que
Expansão dos pulmões no nascimento: ao
chega das veias pulmonares, passa ao
nascer, os pulmões tem alvéolos colabados por
ventrículo esquerdo e é ejetado na aorta. Após
conta da tensão superficial e para quebra-la é
a aorta receber o ducto arterioso, ela distribui o
necessário surfactante (produzido e
sangue para a circulação sistêmica.
armazenado por pneumocitos II a partir da
33sem) e uma pressão negativa de 25mmHg. As
primeiras respirações são muito potentes,
Alterações ao nascimento
garantindo que ele tenha expansão (60mmHg).
Aumento da resistência vascular sistêmica:
Normalização da respiração
devido a perda do enorme fluxo sanguíneo
Primeira respiração: a pressão -40 mmHg placentário. Gera aumento da pressão aórtica e
necessária para iniciar a inspiração que gera no átrio e ventrículo esquerdo
nos pulmões uma pressão de -60.
Redução da resistência vascular pulmonar:
Segunda respiração: a pressão negativa já não é devido a expansão pulmonar - descompressão
tão alta. dos vasos do pulmão. Gera redução da pressão
arterial pulmonar e do átrio e ventrículo direito.
40 minutos: normalização da respiração.
Shunts
Síndrome da angustia respiratória aguda:
deficiência na produção de surfactante em Forame oval – fecha por conta do aumento da
bebes prematuros ou de mães diabéticas. pressão no átrio esquerdo e redução no átrio
Apresentam alvéolos repletos de liquido direito, invertendo o fluxo sanguíneo. A válvula
proteinaceo – doença da membrana hialina. se adere ao septo interatrial em meses a anos.
Caso não se junte, a válvula se fecha pois o átrio
esquerdo continua tendo pressão maior que o
Circulatória direito – sem grandes problemas.

Circulação fetal: A veia umbilical chega ao feto Ducto arterioso – inversão do fluxo sanguíneo
e divide-se: 10% vai para o fígado e 90% para o devido ao aumento da pressão aórtica e
ducto venoso. O ducto venoso faz esse desvio redução da pressão arterial pulmonar. Sangue
(shunt) direto para a veia cava inferior. O sangue sai da aorta descendente para o tronco
da veia cava inferior torácica chega ao átrio pulmonar. Em horas, os vasos sofrem
direito. A maior parte do sangue passa para o constrição, interrompendo o fluxo do ducto em
átrio esquerdo por meio do forame oval. A outra até 8 dias – vasoconstrição devido ao aumento
pequena parte vai para o ventrículo direito e da passagem de O2 e a perda da prostaglandina
para as artérias pulmonares. Do átrio direito, a E2 (vasodilatador) De 1 a 4 meses é preenchido
maior parte do sangue passa pelo forame oval e por tecido fibroso.
vai para o átrio esquerdo. A menor parte vai do
átrio direito para o ventrículo direito e é injetada
Ducto venoso – 1 a 3 horas após o nascimento a Leucócitos: 5x maior do que no adulto normal
parede se contrai, o que aumenta a pressão
venosa portal, o sangue entra cada vez mais no
fígado ao invés de passar pelo ducto venoso. Ictérica neonatal
CORDÃO UMBILICAL: 2 ARTERIAS 1 VEIA Hiperbilirrubinemia, gerado por
Baixa capacidade de conjugar a bilirrubina com
o ácido glicurônico ou
Estado nutricional
Eritroblastose fetal, que gera icterícia muito
Glicogênio fetal é usado para a primeiras horas
forte pela destruição de hemácias, gerando
de vida. Quando a reserva está baixa, há pouca
liberação de bilirrubina
gliconeogênese pela imaturidade do fígado do
bebe o que faz a glicemia ficar 30 a 40 –
hipoglicemia. O que mentem o bebe vivo ate se
Equilíbrio hídrico, ácido básico e função
alimentar pela primeira vez (2 a 3 dias) é o uso
renal
de gordura e proteínas.
Neonato apresentam alta ingestão e liberação
O bebe perde 5 a 10% da massa corporal devido
de líquidos e alto metabolismo.
à grande perda de líquidos.
O desenvolvimento funcional dos rins vai até o
final do primeiro mês de vida
Parâmetros do RN
Problemas mais comuns encontrados: acidose,
Sistema respiratório desidratação ou hiper-hidratação.
FR de 40 respirações por minuto

Volume corrente respirado de 16ml Função hepática

Reduzida, evidenciado por baixa conjugação de


bilirrubina, baixa formação de proteínas
Circulação sanguínea
plasmáticas – edema hipoproteinêmico,
Volemia: 300ml. Pode aumentar se houver hipoglicemia, hipocoagulabilidade – corrigido
ordenha do cordão ou maior tempo preso à pela administração de vitamina K
placenta, o que pode gera edema pulmonar
leve.
Digestão, absorção e metabolismo de
Debito cardíaco alto: 500ml/min
alimentos
PA: começa 70/50 e aumenta nos próximos
Baixa quantidade de amilase pancreática, baixa
meses para 90/60. Aumento gradual.
absorção de gordura – baixa eficiência do leite
de vaca na nutrição, glicemia instável e baixa
Sangue
Hemácias: 40 milhões, se houver ordenha Metabolismo e regulação da temperatura
aumenta, que aumenta volemia e aumenta
Metabolismo aumentado porque o debito
hemácias.
cardíaco e o volume respiratório são altos
Pouca eritropoiese (produção de hemácias) nas
Fraca regulação de temperatura porque a área
primeiras semanas porque há baixo estimulo
corporal é grande em relação ao peso corporal.
hipóxico
Perde calor de forma mais rápida.
Principais alterações hemodinâmicas da Profilaxia da oftalmia gonocócica
transição da circulação neonatal
O método de Credè (nitrato de prata) está
Fechamento de shunts fetais: forame oval, obsoleto pois é irritativo para a conjuntiva. A
canal arterial, ducto venoso Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) (2013)
recomenda a instilação de solução aquosa de
Abertura da circulação pulmonar pela expulsão
iodopovidona a 2,5% no olho do recém-
de líquido intrapulmonar e redirecionamento do
nascido.
fluxo sanguíneo pulmonar: durante a vida fetal,
a maior parte do sangue que entra no ventrículo
direito é direcionada para a aorta por meio do
Teste de Apgar
ducto arterioso, evitando os pulmões. Após o
nascimento, quando os pulmões começam a Sinais clínicos avaliados:
funcionar, a resistência vascular pulmonar
Frequência cardíaca: ausente, abaixo de 100 ou
diminui e a pressão no ventrículo direito
acima de 100
diminui, permitindo que mais sangue flua para
os pulmões para a oxigenação. Esse Tônus muscular: flácido, flexão de extremidade,
redirecionamento do fluxo sanguíneo pulmonar movimento ativo
é crucial para garantir a oxigenação adequada
Esforço respiratório: ausente, fraco-regular,
do sangue e a adaptação à circulação neonatal.
forte-choro
Parada da pulsação do cordão umbilical,
Irritabilidade reflexa: sem, algum movimento
evidenciando transição hemodinâmica da
ou espirro/choro
placenta para o bebê.
Cor da pele.: cianótico, cianótico nas
extremidades ou rosado
Ligadura do cordão
Com o escore abaixo de 6, continua calculando
Faz-se o esmagamento do cordão com duas de 5 em 5 mim até obter mais que 7.
pinças, em torno de 4
0-3 asfixia grave
cm de distância do abdome. Antes do
4-6 asfixia moderada
pinçamento, deve-se proceder ao exame do
funículo, para que se não esmague parte do 7-10 boa vitalidade
conteúdo abdominal caso esteja ali localizada
(hérnias).
Adequação de peso
O retardo na ligadura do cordão até 180s após o
nascimento, além de não estar associado a Em relação a idade gestacional pode ser: PIG
prognóstico adverso para o recém-nascido, é AIG GIG
benéfico para aumentar as reservas de ferro do
Em relação ao peso ao nascimento, pode ser:
bebê até 6 meses de idade ou mais. A ligadura
precoce do cordão também não faz parte da RN com peso normal: entre 2500g – 3999g
conduta ativa no secundamento para evitar a
RN baixo peso ao nascer: abaixo de 2500g
hemorragia pós-parto (FIGO/ICM, 2004).
RN com muito baixo peso ao nascer: abaixo de
O cordão é seccionado entre as duas pinças e a
1500
ligadura se faz com fio esterilizado, ou comum
pequeno anel de borracha que constringe a RN com extremo baixo peso ao nascer: abaixo
extremidade distal do coto umbilical de 1000g
RN de tamanho excessivamente grande: acima Perímetro Cefálico
de 4500g
Segundo a OMS, o perímetro cefálico de um
recém-nascido a termo deve ser de, no mínimo,
33cm e de, no máximo, 35cm. Deve ser medido
Pré-termo: menos de 37 semanas
logo após o nascimento.
A termo: 37 a 41 semanas
Reflexos Primitivos
Pos-termo: mais de 46 semanas
A presença dos reflexos primitivos permite
concluir que o Sistema Nervoso Central do
neonato está íntegro; entretanto, caso
Capurro
persistam para além do final do segundo ano de
O método de Capurro, também conhecido vida, uma disfunção neurológica deve ser
como Classificação de Capurro, é uma técnica investigada.
utilizada para determinar a idade gestacional de
Reflexo de Moro – extensão e abdução dos
um recém-nascido. É realizado por meio de
membros superiores do neonato, com
uma avaliação física do bebê logo após o
conseguinte choro, o que é desencadeado por
nascimento, geralmente nas primeiras horas de
uma queda súbita da cabeça dele, amparada
vida. O objetivo é estimar com precisão o tempo
pela mão do examinador – o normal é que ele
de gestação do bebê, o que é importante para
desapareça por volta dos 6 meses de vida;
acompanhar seu desenvolvimento e
determinar a necessidade de cuidados Reflexo Tônico-Cervical Assimétrico ou Reflexo
específicos. do Esgrimista – extensão do membro superior
ipsilateral à rotação e flexão do membro
O exame de Capurro avalia principalmente dois
superior contralateral, o que é desencadeado
aspectos do bebê:
por uma rotação da cabeça concomitante à
Maturação física: Avalia características físicas estabilização do tronco do neonato pela outra
do bebê que podem indicar o grau de mão do examinador;
maturidade do sistema nervoso central, como o
Preensão Palmar e Plantar – flexão dos dedos,
desenvolvimento da pele, do cabelo e das
frente à pressão da palma da mão e a pressão
unhas. Desenvolvimento dos órgãos genitais:
da base dos artelhos – o normal é que tais
estágio de desenvolvimento dos órgãos
reflexos desapareças por volta do 6º e 12º
sexuais.
meses de vida, respectivamente;
Com base nessas avaliações, o médico atribui
Apoio Plantar – extensão das pernas, frente ao
uma pontuação que corresponde à idade
apoio do pé do neonato (seguro pelas axilas)
gestacional estimada do bebê. Essa pontuação
sobre a superfície dura;
é então comparada com tabelas específicas
para determinar a idade gestacional Reflexo da Marcha Reflexa – cruzamento das
aproximada. pernas, uma à frente da outra, devido à
inclinação do tronco do recém-nascido, após a
O método de Capurro é uma das várias técnicas
obtenção do apoio plantar – o normal é que ele
utilizadas para estimar a idade gestacional de
desapareça por volta dos 2 meses de vida;
recém-nascidos e pode ser especialmente útil
em casos em que a data exata da última Sucção Reflexa – sucção vigorosa
menstruação da mãe não é conhecida ou em desencadeada pela estimulação dos lábios,
gestações de alto risco. cuja ausência indica a presença de uma
disfunção neurológica grave – o normal é que
ele desapareça por volta dos 2 meses de vida;
Exame neurológico
Reflexo de Busca – rotação da cabeça na CLIMATÉRIO
tentativa de “buscar” um objeto, seguida por
Diagnostico clinico da menopausa
uma sucção reflexa, o que é desencadeado por
uma estimulação da face ao redor da boca; Ausência de menstruação há mais de 12
meses, isto é, quando a DUM foi há um ano sem
Reflexo de Encurvamento do Tronco ou Reflexo
causas óbvias para parada de menstruação.
de Galant – encurvamento do tronco ipsilateral
Não requer exames complementares
ao estímulo tátil dado na região dorso lateral;

Reflexo de Colocação ou Reflexo de Placing –


Manifestações da síndrome do climatério
elevação do pé, como se estivesse subindo um
degrau, o que é desencadeado por um estímulo Ciclo menstrual irregular associado a insônia,
tátil no dorso do pé do neonato (seguro pelas fogachos e irritabilidade
axilas).

Fatores de risco para as doenças


Vacinação cardiovasculares
BCG (Bacilo Calmette-Guérin): Administrada Dislipidemia: a diminuição de estrogênio,
logo após o nascimento, a vacina BCG protege resulta no aumento do LDL e diminuição do
contra a tuberculose HDL.
Hepatite B: A primeira dose da vacina contra Aumento da pressão arterial pela rigidez
hepatite B é administrada nas primeiras 12 vascular em virtude da diminuição de colesterol
horas de vida do bebê, com doses
Acúmulo de gordura geral no corpo
subsequentes administradas aos 2 e 6 meses
de idade. Essa vacina protege contra a hepatite Alterações no metabolismo ósseo: menor
B, uma doença viral que afeta o fígado. reparação e remodelação óssea - maior
reabsorção óssea – osteoporose

Doenças a serem rastreadas são as doenças


comuns no período; diabetes mellitus,
hipertensão arterial, doenças cardiovasculares
em geral, câncer de colo de útero e de mama.

Hormônios
Permanece uma produção basal de
androstenediona e testosterona e mínima de
estradiol e progesterona.
O FSH poderá estar aumentado cerca de 10 a 15
vezes, enquanto que o LH, de 3 a 5 vezes. FSH e
LH elevados pela ausência do feedback
negativo por inibina e estrogênio no período
reprodutivo
Exames de rastreio
O Ministério da Saúde recomenda que
mulheres entre 25 e 64 anos realizem o exame
de Papanicolau (também conhecido como
citologia cervicovaginal). Os primeiros 2
exames são feitos anualmente e se vierem
normais, os próximos são feitos a cada 3 anos.

Mulheres com 64 anos ou mais que tenham tido


resultados negativos em dois exames de
Papanicolau consecutivos (com intervalo de
três anos entre cada exame) podem
interromper o rastreamento
Para mulheres entre 50 e 69 anos, a realização
da mamografia de rastreamento a cada dois
anos. Mulheres com história familiar de câncer
de mama ou outras condições de risco podem
precisar iniciar o rastreamento em uma idade
mais jovem e/ou com frequência diferente.

Vacinas

No Brasil, o programa nacional de imunização


oferece vacinas contra o HPV gratuitamente
para meninas e meninos. O esquema de
vacinação do HPV no Brasil é baseado na vacina
quadrivalente Gardasil 4 (protege contra os
tipos 6, 11, 16 e 18 do HPV) e na vacina
nonavalente Gardasil 9 (protege contra os tipos
6, 11, 16, 18, 31, 33, 45, 52 e 58 do HPV).

O Ministério da Saúde recomenda a vacinação


contra o HPV para meninas entre 9 e 14 anos de
idade e meninos entre 11 e 14 anos de idade. O
esquema de vacinação consiste em duas doses
para pessoas com menos de 15 anos e três
doses para aqueles com 15 anos ou mais na
primeira dose. A segunda dose é administrada
seis meses após a primeira.
Recomenda-se que as mulheres que
receberam a vacina contra o HPV continuem
realizando exames preventivos, como o exame
de Papanicolau, conforme as orientações
médicas, pois a vacina não protege contra
todos os tipos de HPV que podem causar
câncer cervical.

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