educação museal - conceitos e métodos
educação museal - conceitos e métodos
educação museal - conceitos e métodos
Resumo
Abstract
This paper presents reflections based on the conceptions of education and the
museological process, both considered as a support for the suggestions presented here in
order to stimulate its practice with the aim of improving knowledge production. It is
pointed out the importance of the participation of all the museum staff, teachers and
community in elaborating projects together based on the cultural heritage, thus bringing
contribution for the integration of museums and schools in the environment in which
they are and should work as a big web of interaction.
Palavras-chave
Apresentação
Para desenvolvimento do tema, achei por bem lançar um olhar para além dos
problemas cotidianos dos nossos museus e das nossas escolas, impregnados
da burocracia que sufoca e da falta de estrutura para o desenvolvimento dos
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Artigo extraído do texto produzido para aula inaugural – 2001, do Curso de Especialização em
Museologia do Museu de Arqueologia e Etnologia da USP, proferida na abertura do Simpósio
Internacional “Museu e Educação: conceitos e métodos”, realizado no período de 20 a 25 de agosto.
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Profa. Aposentada da Universidade Federal da Bahia – Curso de Museologia, Museóloga, Mestre e
Doutora em Educação.Atualmente ministra aulas nos Cursos de Especialização em Museologia do
MAE/USP e do Museu Antropológico da Faculdade de Ciências Humanas e Filosofia da Universidade
Federal de Goiás, no Curso de Especialização em Arte-Educação em Instituições Culturais da
Universidade Federal do Amapá e no Mestrado em Museologia Social da Universidade Lusófona de
Humanidades e Tecnologias, Lisboa-Portugal.
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Optei, também, por fugir das discussões, até certo ponto já esgotadas, da
aplicação de métodos e técnicas a, b, c ou d, que em nosso campo de atuação
são denominados de educação patrimonial, visitas monitoradas, visitas de
estudo, etc., evitando realizar uma análise que se esgota na aplicação da
técnica pela técnica. Considero que os métodos e as técnicas a serem
utilizados em projetos a serem desenvolvidos pelos museus e pelas escolas,
devem ser apoiados nas concepções de educação, de museologia e de
museus adotadas pelos sujeitos sociais envolvidos no planejamento e na
execução dos mesmos, devendo, pois, ser adaptados aos diferentes contextos,
aos anseios e expectativas dos diversos grupos com os quais estejamos
atuando, sendo repensados constantemente, modificados e enriquecidos com
a nossa criatividade, com a nossa capacidade de ousar, realizando um
processo constante de ação e de reflexão, no qual teoria e prática estejam
sempre em interação.
Achei por bem, portanto, apresentar as minhas reflexões sobre o tema a partir
da abordagem dos conceitos de educação e processo museológico,
ressaltando a relação entre os dois, para, em seguida, apontar algumas
possibilidades de aplicação dos mesmos, nos museus e em outros contextos.
Por considerar que os museus são instituições que devem ser alimentadas pela
aplicação do processo museológico, portanto, como ação e reflexão, incluindo
teoria e prática, optei por centrar a nossa análise no processo que irá embasar
as ações museológicas, compreendidas como ações educativas, passíveis de
serem aplicadas no interior do museu ou fora dele, conforme salientado
anteriormente. Ressalto, entretanto, que os referencias aqui apresentados são
considerados, por mim, como “temporários”, ou seja, indicam uma constante
necessidade de adaptação e de renovação.
3
Japiassú, Hilton. Dicionário Básico de Filosofia / Hilton Japiassú, Danilo Marcondes. Rio de Janeiro:
Jorge Zahar Ed.,1996.
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4
O grifo foi por mim acrescentado com o objetivo de chamar a atenção para a necessidade de
compreender a tradição como um conceito dinâmico, resultado da ação do homem, em um determinado
tempo e espaço, portanto, historico-socialmente condicionada.
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