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FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

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INTRODUÇÃO

Neste trabalho de pesquisa abordaremos os Métodos Educativos, pois eles


referem-se às estratégias e abordagens utilizadas pelos educadores para facilitar a
aprendizagem dos alunos. A escolha do método de educativo pode impactar
significativamente o desenvolvimento cognitivo, emocional e social dos estudantes. A
educação é uma actividade proposital direcionada para atingir determinados objetivos,
como transmitir conhecimentos ou promover habilidades e traços de caráter. Esses
objectivos podem incluir o desenvolvimento da compreensão, racionalidade, bondade e
honestidade. Vários pesquisadores e filósofos pensam e enfatizam o papel do
pensamento crítico para distinguir educação de doutrinação. Alguns teóricos exigem
que a educação resulte em uma melhoria do aluno, enquanto outros preferem uma
definição de valor neutro do termo.

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FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Método
Método é uma palavra que provém do termo grego methodos (“caminho” ou
“via”) e que se refere ao meio utilizado para chegar a um fim. O seu significado original
aponta para o caminho que conduz a algures. Segundo Fontes (2008), a palavra método
significa caminho ou processo racional para atingir um dado fim.
Para Gil (1999), método, são conjunto de procedimentos intelectuais e técnicos
utilizados para atingir o conhecimento.
Educativo
A palavra educativo tem origem no latim educatus, particípio passado do verbo educo,
que significa educar, e no sufixo -ivo.
Para Émile Durkheim, a educação é um conjunto de ações que as gerações
adultas exercem sobre as gerações mais jovens, com o objetivo de socializá-las de forma
metódica.
Para que a aprendizagem aconteça, é necessária a existência de um método. O
método não diz respeito aos vários saberes que são transmitidos, mas sim, ao modo
como se realiza a sua transmissão.
Métodos Educativos
-Segundo Festas, (2007) um método educativo constitui a totalidade de
momentos, situações e técnicas de aprendizagem coordenados de forma lógica com o
fim de alcançar os objectivos concretos previamente definidos.
-Um conjunto coerente de ações do professor destinadas a fazer desenvolver nas
pessoas a capacidade de aprender novas habilidades, obter novos conhecimentos e
modificar atitudes e comportamentos.

Os métodos educativos definem um conjunto coerente de ações do professor


destinadas a fazer desenvolver nas pessoas a capacidade de aprender novas habilidades,
obter novos conhecimentos e modificar atitudes e comportamentos. Os métodos
educativos têm então um carácter estratégico no contexto de aprendizagem, pois
funcionam como elementos de ligação entre três realidades fundamentais na relação
pedagógica: professor, aluno e os saberes (saber, fazer, ser).
Se pode referir a classificação de métodos educativos se assente no papel do
formador e formando e no tipo de objectivos educacionais. Atende-se nesta tipologia a
critérios como:
1. Papel do formador no processo de formação;
2. Papel dos formandos nesse processo;
3. Grau de autonomia dos formandos;
4. Tipo de objectivos;
5. Tipo de aptidões/competências a adquirir.
Roger Mucchielli, por exemplo, propôs uma classificação dos métodos educativos
baseada desde os completamente passivos aos mais activos. Fontes (2008), afirma que
se está longe de uma classificação universal dos métodos educativos.

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Citando Roger Mucchielli, por exemplo, propôs uma classificação dos métodos
baseada num desde os completamente passivos aos mais activos. Ainda citando Pierre
Goguelin, afirmou que os métodos educativos se agrupam em três grandes grupos:
1. Métodos Afirmativos,
1. Métodos Activos,
2. Métodos Intuitivos.

1- Métodos Afirmativos
(DA SILVA, 1997), A transmissão oral dos saberes, continua a ser a mais
clássica, mas também a mais moderna. A sua enorme diversidade decorre obviamente
da própria multiplicidade de formas a que podemos recorrer para expor ou interrogar os
alunos sobre um dado tema. Métodos afirmativos são classificados em dois tipos
(expositivos e demonstrativos
a) Método Expositivo
Neste método, os conhecimentos, habilidades e tarefas são apresentadas,
explicadas ou demonstradas pelo professor. A actividade dos alunos é receptiva, embora
não necessariamente passiva. O método expositivo é bastante utilizado em nossas
escolas, apesar das críticas que lhe são feitas, principalmente por não levar em conta o
princípio da atividade do aluno. Entretanto, se for superada esta limitação, é um
importante meio de obter conhecimentos. A exposição lógica da matéria continua
sendo, pois, um procedimento necessário, desde que o professor consiga mobilizar a
atividade interna do aluno de concentrar-se e de pensar, e a combine com outros
procedimentos, como o trabalho independente, a conversação e o trabalho em grupo
(LIBÂNEO, 161).
Entre as formas de exposição, mencionamos a exposição verbal, a demonstração,
a e a exemplificação. Essas formas, em geral, podem ser conjugadas, possibilitando o
enriquecimento da aula expositiva.
A exposição verbal ocorre em circunstâncias em que não é possível prover a
relação direta do aluno com o material de estudo. Sua função principal é explicar de
modo sistematizado quando o assunto é desconhecido ou quando as ideias que os alunos
trazem são insuficientes ou imprecisas. A palavra do professor, em muitos casos, serve
também como força estimuladora para despertar nos alunos uma disposição motivadora
para o assunto em questão. Nesse caso, o professor estimula sentimentos, instiga a
curiosidade, relata de forma sugestiva um acontecimento, descreve com vivacidade uma
situação real, faz uma leitura expressiva de um texto etc.
Principais características do Método Expositivo:
– Situa-se principalmente na área do saber;
– As sessões são coletivas, todos recebem a mesma informação ao mesmo tempo;
– Recebem informação de um modo geral, passivamente;
– O relacionamento é formal, podendo gerar uma certa distância entre professor e
alunos;
– O pensamento é conduzido pela ordem do mais simples para o mais complexo;
– A memorização é facilitada pela apresentação de etapas curtas e pela repetição,
apelando-se a revisões.

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b) Método demonstrativo
O professor detém o saber (e o saber fazer), transmitindo-o e demonstrando-o
aos alunos. A demonstração é uma forma de representar fenômenos e processos que
ocorrem na realidade (LIBÂNEO, 162).
Principais fases pedagógicas do método demonstrativo:
1. Preparação (do equipamento);
2. Apresentação da demonstração;
3. Aplicação pelo aluno;
4. Verificação dos conhecimentos.

Principais características do Método Demonstrativo:


– Situa-se para além do saber, no saber fazer.
– Utilizam-se os próprios objectos pedagógico-didáticos.
– É necessário explicar, mostrar, demonstrar e ilustrar.
– Executa-se enquanto se explica.
– Só se transmite uma maneira de fazer.

2- Métodos Activos
São alternativas pedagógicas que colocam o estudante no centro do processo de
ensino e aprendizagem (Moran 2018).
Métodos activos são aqueles que recorrem à actividade dos alunos, incentivando-os.
Os métodos ativos baseiam-se na atividade dos alunos.
Promovem a aquisição de conhecimentos, hábitos de pensar, criatividade e,
estimulam o desejo de saber sempre mais e melhor. O método activo é aquele processo
que parte da ideia central que para ter uma aprendizagem significante, o estudante
deveria ser o personagem principal da própria aprendizagem e o professor, um
facilitador do processo.
Um dos primeiros grandes teóricos deste tipo de métodos foi Pestalozzi (1746-
1827). Influenciado pelas ideias de Rosseau defendeu que a educação deveria "preparar
os homens para certos desempenhos na sociedade". A educação devia apresentar-se
como um desenvolvimento natural, espontâneo e harmónico das disposições humanas
mais originais, na sua triplice dimensão: a vida intelectual, moral e artística e técnica.
No final do século XIX, foram finalmente consagradas as bases filosóficas da pedagogia
contemporânea. William James (1842-1910), concebeu a educação como "um processo
vivo que permite ao homem reagir adequadamente face às mais diferentes
circunstâncias". John Dewey (1859-1952), concebeu a educação baseada na acção.
Piaget afirma que desde 1935 vem se difundindo um movimento de renovação dos
procedimentos pedagógicos em favor dos métodos activos.

John Dewey (1859-1952), concebeu a educação baseada na acção. A sua


pedagogia activa assenta nos seguintes princípios:
1. O aluno só aprende bem quando o faz por observação, reflexão e experimentação
(auto-formação);
2. O ensino dever ser adaptado à natureza própria de cada aluno (ensino-diferenciado);
3. Deve desenvolver, não apenas a sua formação intelectual, mas também as suas
aptidões manuais, assim como a sua energia criadora (educação integral);

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4. A matéria de ensino deve ser organizada de uma forma que produza um efeito global
na formação do aluno (ensino global);
5. O ensino deve contribuir para a socialização do aluno, por meio de trabalhos em
grupo, respeitando e fortalecendo sempre a individualidade dos alunos. A educação é
vida e educar é preparar para a vida (ensino socializado).
Os métodos activos segundo Portugal (2007), caracterizam-se com base nos
seguintes critérios: a actividade - o formando aprende a partir da resolução de
problemas, formula hipóteses, deduz e encontra uma solução; a liberdade - o formando
escolhe e tem livre iniciativa no percurso da aprendizagem, e nas actividades. A sua
escolha é baseada nos significados que atribui à situação formativa; a auto-educação - a
pedagogia activa visa a autonomia do aprendente e o seu desenvolvimento pessoal e
social.
Estes métodos tem vindo a impor-se devido a cinco razões essenciais: a) A
crescente importância dada às vivências individuais; b) O aumento da motivação ligada
a actividades que envolvem directamente o formando; c) A necessidade incrementar os
hábitos de trabalho em grupo, para o aperfeiçoamento das relações humanas; d) A
mudança do papel do formador, este deixou de ser visto como o detentor do saber, para
ser encarado como um facilitador e animador; f) A evolução dos métodos de controlo,
que passaram de um sistema de autoritário, para outros baseados no auto-controlo, auto-
avaliação dos indivíduos e do grupo (PORTUGAL, 2007).
A metodologia activa menciona a todas essas formas estranhas de dirigir as
classes que têm por objectivo envolver os estudantes em seu próprio processo de
aprendizagem, enquanto entendendo isto como um processo pessoal de construção das
próprias estruturas de pensamento para assimilação do conhecimento novo para as
estruturas de pensamento prévias ou para acomodação do mesmo (RAMIRO, 2007).
Aprendizagem activa simplesmente é o processo em que os estudantes se
ocupam de alguma actividade que os força a pensar aproximadamente e fazer um
comentário sobre a informação apresentada. Estudantes simplesmente não estarão
escutando, mas terão habilidades em desenvolvimento controlando conceitos em nossas
disciplinas. Eles analisarão, sintetizarão, e avaliarão informação em discussão com
outros estudantes, por fazer perguntas, ou por escrever. Em resumo, os estudantes serão
ocupados de actividades que os força a reflectir em ideias e em como eles estão usando
essas ideias.
De entre todos os conceitos de métodos activos apresentados concorda-se com
ISIDRO (2007) que afirma que os métodos activos são aqueles que se caracterizam por
promover os estudantes de modos a se converterem em actores directos do processo de
ensino-aprendizagem.
Ao longo do século XX a pedagogia activa, conheceu inúmeros avanços teóricos
e práticos, influenciando todos os outros métodos de ensino.

O método educativo destina-se à: tornar a aprendizagem mais atractiva, reforçar


aquisição de competência de aprendizagem por parte dos alunos, reforçar os laços entre
educação escolar e o mundo do trabalho e reforçar a educação inter-cultural e a sua
contribuição para integração social. Os métodos activos (participativos) como
estrategia de ensino – aprendizagem, são reconhecidos como um recurso didáctico para
alcançar resultados que não são accesivéis com os métodos tradicionais, caracterizados

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pela comunicação unidirecional do docente aos alunos, ou então vice-versa.
(VENTOSA, Pérez, 2004). Os novos métodos dão grande destaque à vida social da
criança como fator fundamental para o seu desenvolvimento intelectual e moral.

O método de ensino activo, segundo Feynman (2004), deve formar pessoas


curiosas. Nesse sentido, adquire também grande importância o relacionamento dos
alunos entre si e dos alunos com o professor. Os métodos activos elevam a qualidade de
ensino e aprendizagem é de vital importância não só melhorar o acesso as oportunidades
de aprendizagem, mas também reforçar a motivação das pessoas para aprender na
escola e ao longo da vida.
Os métodos activos na formação
Os métodos activos são aconselháveis no desenvolvimento de competências e na
compreensão da sua aplicação no local de trabalho. Comparando os métodos
expositivos aos métodos activos, alguns autores (e.g., Lewis, 2005) concluem que estes
últimos fornecem um melhor ambiente de aprendizagem e de transferência da formação
do que os primeiros, claramente menos eficazes. No entanto, os métodos expositivos,
nomeadamente a formação em sala, continuam a ser os métodos formativos mais
populares, sobretudo pelos baixos custos associados (VELADA, 2007).
O professor, detém o saber, mas não o dá. Deixa o aluno em confronto direto
com a totalidade do problema, de modo a descobrir, por si próprio, a solução global.
Quando solicitado, o professor poderá indicar o meio de adquirir a informação
pretendida.
Visão de Carlos Libâneo
Métodos activos segundo a perspectiva da didática de José Carlos Libâneo, que é
um autor referência na área da educação no Brasil. Ele destaca a importância de
métodos que envolvem a participação activa dos alunos no processo de aprendizagem,
promovendo um ambiente mais dinâmico e interativo.

Conceito de Metodologia Activa:


- Libâneo enfatiza que a metodologia activa não é apenas uma técnica, mas uma
abordagem pedagógica que busca transformar o papel do aluno de receptor passivo para
protagonista do seu próprio aprendizado. Isso implica que o aluno deve ser incentivado
a participar ativamente, refletindo, questionando e construindo conhecimento.

Características dos Métodos Ativos:


- Participação: Os alunos são encorajados a participar ativamente das aulas,
seja através de discussões, trabalhos em grupo ou apresentações.
- Interação: A interação entre alunos e professores é fundamental. O professor
atua como mediador, facilitando o processo de aprendizagem.
- Contextualização: Os conteúdos devem ser apresentados em contextos
significativos para os alunos, conectando teoria à prática e à realidade deles.
Abordagens Práticas:
- Libâneo sugere várias abordagens práticas que podem ser consideradas
métodos ativos:
- Estudos de Caso: Propor situações reais ou simuladas para que os alunos
analisem e proponham soluções.
- Aprendizagem Baseada em Projetos: Desenvolver projetos que envolvam
pesquisa e aplicação prática do conhecimento adquirido em sala de aula.

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- Debates e Discussões: Promover debates sobre temas relevantes, onde os
alunos possam expressar suas opiniões e desenvolver argumentação crítica.

Importância da reflexão crítica


Um dos pilares da didática de Libâneo é a promoção da reflexão crítica. Ele
acredita que o aprendizado deve ir além da memorização; os alunos devem ser
incentivados a refletir sobre o conteúdo estudado e sua aplicação na vida real.
Defende uma avaliação contínua e formativa, onde o foco está no processo de
aprendizagem, e não apenas no resultado final. Isso permite que o professor identifique
as necessidades dos alunos e adapte suas estratégias de ensino. Os métodos activos
visam desenvolver a autonomia do aluno, permitindo que ele assuma responsabilidade
por sua aprendizagem. Isso inclui habilidades como auto avaliação e
autogerenciamento.
Métodos activos propostos por José Carlos Libâneo visam criar um ambiente
educacional mais participativo e significativo, onde os alunos se sentem motivados a
aprender e aplicar seus conhecimentos em contextos reais. Finalidade: Promover
autonomia, pensamento crítico e resolução de problemas.

3- Método Intuitivo
É o caminho metódico para a educação dos sentidos e para a educação pelas coisas e
pela experiência.
Ao longo do século XIX, observa-se a presença de importantes discussões
educacionais e pedagógicas na busca de uma forma de ensino que racionalizasse o
tempo escolar, disciplinasse corpos e espaços escolares, facilitasse e organizasse a
aprendizagem dos alunos. Com o método intuitivo, o conhecimento das coisas que nos
rodeia é possível pelo facto de termos sentidos que fazem a ligação entre o objeto a ser
conhecido e o sujeito que o conhece, criando ideias. Trata-se de mostrar algo a alguém
de forma a que possa intuir, apreender ou perceber o que se pretende transmitir.

Apesar de não se constituir em um saber desconhecido entre nós, foi somente a


partir da década de 1870 que começou a figurar na legislação, nos debates educacionais,
nos projetos de reforma da instrução pública, nos relatórios dos professores das cadeiras
de primeiras letras, nas cadeiras da escola normal, nos jardins de infância, na imprensa
periódica e educacional e nas conferências pedagógicas. Ganhando ênfase no decorrer
da década de 1880, o método atingiu seu apogeu com as reformas republicanas da
instrução pública, a partir de 1890, as quais consolidaram o ensino intuitivo na escola
primária graduada, nos jardins de infância e na escola normal. O método representou,
juntamente com a formação de professores, um dos principais elementos da difusão da
escolarização das classes populares nas últimas décadas do século XIX e nas primeiras
do XX, no Brasil. As principais referências documentais são: BUISSON, Ferdinand
(1878, 1897, 1912); HIPPEAU, Celestin (1871, 1885); CARVALHO, Leôncio (1879,
1883); BARBOSA, Rui (1882) (Ver Referências Documentais).

As principais referências historiográficas sobre o tema são: HILSDORF, Maria


Lúcia (1977), VALDEMARIN, Vera Teresa (1988, 2004), SOUZA, Rosa Fátima

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(1998), SILVA, Vânia Beatriz Monteiro (1999), VILLELA, Heloisa (2002) e
SCHELBAUER, Analete Regina (2003, 2006).

As concepções do Método Intuitivo foram difundidas através do manual Lições


de Coisas que teve vários autores, sendo o mais utilizado o manual do americano
Norman Allisson Calkins, traduzido para o português por Rui Barbosa.

A existência de um manual acabou configurando as lições de coisas como


disciplina à parte nos programas escolares, e não como método que permeasse todo o
ensino, fato que para alguns pensadores da educação, empobreceu a concepção do
método intuitivo.
O método de ensino intuitivo generalizou-se, na segunda metade do século XIX, nos
países da Europa e das Américas, como principal elemento de renovação do ensino,
juntamente com a formação de professores. Ficou conhecido como o método do ensino
popular por ser considerado, entre os educadores, como o mais adequado à educação
das classes populares.

Após deixar claro os limites que o método intuitivo não poderia transpor, Buisson
(1897, p. 7-8), passa a definir o que se entende por intuição: A palavra intuição, que
não é ainda de uso muito comum, é uma palavra perfeitamente formada, que pertence a
nossa boa língua: e, como todos aqueles que experimentam um facto muito simples, é
mais fácil de compreender que de definir. A intuição, é o ato mais natural e mais
espontâneo da inteligência humana, aquele pelo qual o espírito apodera-se de uma
realidade, sem esforço, sem intermediário, sem hesitação.
Nós procedemos pela intuição todas as vezes que nosso espírito, seja pelos sentidos,
seja pelos julgamentos, seja pela consciência, conhece as coisas com este grau de
evidência e de facilidade que apresenta ao olho a visão distinta de um objeto. Assim, a
intuição não é uma faculdade a parte, não é algo de estranho e de novo na alma humana.
É a própria alma humana percebendo espontaneamente o que existe nela ou em torno
dela.

Valorizando a intuição como elemento essencial do conhecimento, o método se


divide em três graus, detalhados por BUISSON (1897): a intuição sensível, a intuição
intelectual e a intuição moral.

1- A intuição sensível é considerada como a primeira etapa do método, conhecida no


ensino primário e nos jardins de infância sob a denominação de lições de coisas,
consiste em ensinar as crianças a observar: ver, sentir, tocar, distinguir, medir,
comparar, nomear, para depois conhecer, ou seja, educar os sentidos para depois
exercê-los.
2- A segunda forma de intuição – a intelectual – consiste no desenvolvimento da
inteligência por meio do raciocínio, da abstração e reflexão, ultrapassando a intuição
sensível.
3- A intuição moral ocupa o terceiro grau no desenvolvimento do ensino intuitivo e
consiste em educar a criança quanto nos aspectos morais e sociais.
Com essa explicação objectiva, visa esclarecer aos professores que seu primeiro
dever profissional consiste em manter a medida, a moderação e a prudência de não
exercer nenhuma pressão sobre as crianças. O outro dever consiste em fazer despertar, à

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luz da moral, os olhos do coração e da consciência, tanto quanto os do espírito,
afirmando que renunciar a estas máximas significa.

Uso do método no ensino primário


Ele fala do trabalho do professor que não se limita mais ao ensino do ler, escrever e
contar, habilidades que antigamente representavam toda a bagagem da instrução
popular, mas que abrangem a formação do caráter, da inteligência e do coração. Buisson
considera que a principal função do professor primário é levar o aluno a adquirir uma
determinada instrução que o instrumentalize a conhecer, em função dos novos
conteúdos que foram sendo acrescentados ao ensino primário, a gramática, a geografia,
a história, o canto, o desenho e a história natural que, em breve, acredita, estará
integrando os conhecimentos do ensino primário, como já acontece em vários países.
Destaca que o enriquecimento do programa da escola primária remete, necessariamente,
ao papel do professor no ensino eficaz, (BUISSON, 1897, p. 6).

Diferença
A principal diferença entre o método ativo e o método intuitivo é que o método
ativo coloca o aluno no centro do processo de ensino, enquanto o método intuitivo se
baseia na experiência dos sentidos: Ex- método ativo: O aluno está no centro do
processo de ensino. Ex- método intuitivo: O aluno constrói o conhecimento a partir da
experiência dos sentidos.
A principal diferença entre o método ativo e o método passivo é que, no método
ativo, o aluno é o protagonista do processo de ensino, enquanto no método passivo o
professor é o centro. No método ativo, o objetivo é que o aluno aprenda de forma
autônoma e participativa, através de situações reais e problemas. O aluno é o principal
responsável pelo processo de aprendizagem e deve desenvolver a capacidade de
absorver conteúdos de forma autônoma.
Escolha
A escolha do método, como escreve RAMOS (2005), é tudo menos inocente. Esta
escolha pode determinar a "selecção" em termos de resultados finais. Não se pode
esquecer que num grupo de formandos existe uma enorme diversidade de estilos e de
ritmos de aprendizagem, e através da escolha e da aplicação correcta dos métodos o
formador faz a gestão destas diferenças. Assim, se nenhuma escola é inocente, à partida
qualquer escolha implica o sucesso ou o insucesso de alguns formandos.
Os métodos educativos são importantes porque:
Guiam o aluno na sua formação
Facilitam o aprendizado
Empoderam o aluno
Promovem a educação desde o ensino básico
Ajudam a desenvolver a capacidade de aprender novas habilidades
Ajudam a obter novos conhecimentos
Ajudam a modificar atitudes e comportamentos
Aumentam a autonomia do aluno na aprendizagem
Motivam os estudos

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Deixam os alunos mais engajados e participativos

CONCLUSÃO

Em suma, depois das abordagens feitas pelo grupo chegamos a concluir que, a
escolha dos métodos educativos depende do perfil dos alunos, dos objetivos
pedagógicos e dos recursos disponíveis. Muitas vezes, os professores combinam
diferentes métodos para tornar o processo de ensino mais dinâmico e eficaz. A
inovação, o uso de tecnologias e a adaptação às necessidades dos alunos são
fundamentais para um ensino de qualidade.
Vale fazer menção que a prática como ponto de partida para a aprendizagem, as
relações democráticas entre educador-educando e métodos activos, nos quais o papel do
estudante é de co-participante do processo de construir conhecimentos, são
considerados aspectos essenciais.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BARROS, Maria Margarida, SOCIODRAMA E EDUCAÇÃO, Mensageira
Reconhecida pela UNESCO do Manifesto 2000.
CARLOS Fontes Visto em: http://formar.do.sapo.pt/page4.html.
FESTAS, Isabel“ENL (estudar nos livros) e PUP (pensar um pouco), 2007
http://revisitaraeducacao.blogspot.com/2007/11/mtodos-activos.html.

FONTES, Carlos, A Tipificação dos Métodos Pedagógicos, Publicado aos 18 de Abril


de 2008, http://formar.do.sapo.pt/page4.html, acessado em 18 de Maio de 2009.

PORTUGAL, Ricardo, Profissionalização em Serviço, Didáctica da Informática,


Universidade de Coimbra, Faculdade de Ciências e Tecnologia, -
ricgil@portugalmail.pt, 2007.
CIaudino Piletti, Didáctica geral.
Célia Regina, Didáctica geral, CIP-BRASIL. CATALOGAÇÃO-NA-FONTE
SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE 1ª Edição – publicado em 21/07/2011.
Libanêo José Carlos, Didáctica geral, impresso no Brasil - outubro de 2006.

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