ELETIVA - LEITURA - 2024
ELETIVA - LEITURA - 2024
ELETIVA - LEITURA - 2024
ENSINO MÉDIO1
RESUMO
Este trabalho trata da importância da leitura na formação dos alunos do Ensino Médio. Tal abordagem
se justifica devido ao fato da carência na formação leitora dos alunos, que chegam ao Ensino Médio
com déficit na formação leitora. O propósito do mesmo é contribuir com sugestões aplicáveis para
formação de leitores ativos. Este intento será conseguido mediante estudo de diversos autores
renomados em práticas de leitura e estudo de literatura em sala de aula. O mesmo também utilizou a
metodologia descritiva, pois foram observadas práticas de leitura em sala de aula nas disciplinas de
Língua Portuguesa e ELETIVA em uma escola do município de Cachoeirinha-PE. Esse estudo
esclareceu que existem diversas formas de alcançar êxito na formação de leitores. Tais como: práticas
efetivas que levam o indivíduo a aprendizagem significativa e não meramente decodificação de
palavras ao longo da vida. Partindo da concepção de desenvolver habilidades que contemplem
diferentes aspectos do desenvolvimento humano a eletiva de leitura alcançou seus objetivos no que se
refere a reflexão sobre as práticas de leitura e como torna-la significativa para o educando com
metodologias diversificadas gerando e ampliando novas aprendizagens.
INTRODUÇÃO
1
Trabalho de conclusão de curso de graduação em Licenciatura em Letras pela Uninter.
2
Graduada em Licenciatura Plena em Geografia e Licenciatura em Letras. Professora da EREM
Corsina Braga. E-mail: jeaneale6@gmail.com
3
Graduada em Licenciatura Plena em Pedagogia e Licenciatura em Letras. Professora da EREM
Corsina Braga. E-mail: simonyp8.sobral@gmail.com
Dessa forma, a leitura literária deixa nas pessoas uma vasta experiência que lhes
define como bons leitores ou não, refletindo acerca da vida, formação acadêmica e ampliando
conhecimentos. Neste sentido este trabalho se releva pela importância da abordagem na
formação social do sujeito enquanto leitor no Ensino Médio. Pois, ler é uma arte, que envolve
compreensão e não só codificação de palavras ao longo da vida. Segundo Orlandi (2003), a
produção de sentido está no modo como a leitura se relaciona entre o dito e o compreendido.
Já o ato de ler está relacionado segundo Freire (1989), na percepção crítica, na interação, na
reescrita e na reelaboração do que se ler.
Tendo em vista as dificuldades enfrentadas no convício escolar pela falta de motivação
e interesse dos alunos em ler livros literários, este artigo surgi para abordar ações que
motivem e despertem nos alunos o interesse pela leitura, de forma a mostrá-los que a leitura
pode e deve ser prazerosa. Contribuindo para o desenvolvimento intelectual dos mesmos.
Assim, o presente artigo tem por finalidade disseminar a importância da leitura na
formação dos alunos do Ensino Médio, a partir de pesquisas bibliográficas de diferentes
autores, bem como experiências com turmas de ELETIVA de leitura e Língua Portuguesa em
uma Escola Estadual de Cachoeirinha, município do Agreste Pernambucano. Buscando
mostrar como desenvolver práticas de leitura efetivas.
Para realização deste trabalho foi desenvolvida a metodologia bibliográfica de
diversos autores e descritiva com a observação de práticas de leitura em sala aula.
Na atual conjuntura social é de fundamental importância que o indivíduo seja capaz de
interagir em sociedade, esta que é caracterizada por díspares signos gráficos e imagéticos que
organizam a comunicação em tempos de redes sociais e multimídias, onde os alunos são
bombardeados por diversos gêneros digitais, busca-se estratégias de leitura compartilhada em
diversos ambientes na instituição escolar, propiciando um espaço acolhedor as quais põem em
prática leituras e reflexões com alunos do Ensino Médio, momentos esses de partilha e
aconchego viajando na leitura e interpretação em momentos pontuais de partilha e
acolhimento de todos.
Nas mediações escolares de leitura literária, muitas vezes se observa a perda de elos
entre as instâncias do conhecimento no prazer e o prazer no conhecimento, perda
que pode ser percebida tanto nos documentos oficiais, que, ao prescreverem
orientações, deixam indicadores do atual quadro do ensino da literatura que tornam
visíveis tendências do que acontece na escola, como na observação de práticas de
leitura literária.
Segundo Madame de StaeL apud Quadros (2019, pág.20), “os textos literários se
ocupam da invenção de realidade paralela pelo viés da imaginação.” Assim, pode-se afirmar
que a literatura é a arte da palavra, por meio dela ou leitor pode “viajar”, conhecer outros
mundos, viver experiências de outras culturas sem sair fisicamente do lugar.
Desse modo, atenho em ler possibilita não apenas condição intelectual, mas torna o
leitor autônomo e crítico em qualquer texto e linguagem ao qual está inserido ou venha se
inserir, assumindo seu papel como individuo socialmente e politicamente crítico em
sociedade. Pois, os alunos vivem em uma sociedade com uma gama de informações, a todo o
momento sendo bombardeados, e a capacidade de ler e interpretar textos em múltiplas
linguagens é imprescindível para que o indivíduo seja capaz de selecionar o que de fato lhe
traz uma confiabilidade.
Dessa forma, a leitura não é simplesmente apropriação do ato de ler e escrever,
envolve o domínio de práticas culturais que exigem uma compreensão de mundo, tendo um
papel significativo na sociedade ao qual desempenha com maestria essa leitura e compreensão
de diferentes gêneros linguísticos.
A LEITURA NA ESCOLA
O leitor precisa estar engajado no processo de leitura, onde segundo Gomes (2015),
em seu livro Metodologia do Ensino de Língua Portuguesa, esse engajamento depende de seu
relacionamento com o mundo da escrita e como essa atividade se reflete em sua vida.
Desse modo, Quadros (2019), em seu livro Metodologia do ensino de literatura juvenil
afirma que é necessário que o professor promova atividades que valorizem a criatividade, a
leitura, a reflexão e a análise, pois são boas estratégias para incentivar a formação de leitores.
Então não basta apenas ler, é necessário que essa leitura seja significativa para que aja
compreensão dos alunos.
Marcuschi (2008, pág. 229 e 230), deixa claro que a leitura para ser eficiente, precisa
ser praticada/trabalhada constantemente, assim ele afirma:
Compreender bem um texto não é uma atividade natural nem uma herança genética;
nem uma ação individual isolada do meio e da sociedade em que se vive.
Compreender exige habilidade, interação e trabalho. (...) Compreender não é uma
ação apenas linguística ou cognitiva. É muito mais uma forma de inserção no mundo
e um modo de agir sobre o mundo na relação com o outro dentro de uma cultura e
uma sociedade.
Ler é ter uma fonte de imaginação e é através dela que se obtêm respostas a todas as
indagações. O domínio da leitura traz ao mundo dos conhecimentos, o raciocínio
lógico. Ninguém é capaz de ser grande pesquisador se não faz dos livros seu
amparo, fazendo conexões com a vida para assim o recriar. Em outras palavras, a
leitura deve ser feita de forma concreta, ou seja, tenha significado com o real do
leitor que deixará de ser objeto da leitura para se tornar o sujeito ativo na construção
do significado.
Então, entende-se que o ato de ler é bastante complexo que envolve apreensão,
apropriação e transformação dos significados, quanto mais contato com diferentes tipologias
textuais maiores será a predisposição do aluno para uma leitura em diversos contextos.
Para isso é necessário o intermédio do professor, ensinando e com práticas
dinamizadas, de uma escola bem estruturada em que o aluno, desde aquele que tem mais
facilidade até o que tem mais dificuldade, consiga alcançar um nível considerável de leitura,
dentro de suas limitações e possibilidades buscando superá-las. Da forma como se refere os
Parâmetros Curriculares Nacionais Brasil (1988, p.48.).
[...] É preciso que a escola ofereça condições para que os alunos construam
aprendizagem na leitura, além de conquistar o educando de forma prazerosa, para
que ele desenvolva o habito de ler, utilizando seus recursos e baseando-se num
planejamento que atenda não só os alunos bem sucedidos, mas que de maior ênfase
aos que apresentam dificuldades como leitores [...].
Alguns gêneros textuais são instigantes para os alunos por apresentarem uma
linguagem mista: verbal e não verbal. São eles as charges, HQs e tirinhas. Muitos desses têm
um perfil contextualizado com situações cotidianas do presente. Por exemplo as charges que
segundo Silva (2009).
Palavra derivada do francês, que significa carga. Isso porque é comum ao gênero
exagerar em traços de pessoas conhecidas ou estereótipos (caricaturas), tornando o
personagem ridículo ou burlesco. Além da imagem, a charge pode ou não trazer
balões ou falas dos personagens. A charge é altamente contextualizada, ou seja, para
ser compreendida, o leitor deve estar inteirado dos últimos acontecimentos. Trata de
temas diversos. No Brasil, os temas mais comuns de charge são política e esporte.
A oferta de disciplinas Eletivas no Ensino Médio faz parte de uma estratégia curricular
que acontece semestralmente onde os estudantes são solicitados e fazem a escolha de qual
disciplina eletiva irão cursar naquele semestre. Essas disciplinas são disponibilizadas por
professores em caráter interdisciplinar procurando ajudar os educandos no seu desempenho
escolar, bem como abordar conteúdos de seus interesses.
METODOLOGIA
Em decorrência as mudanças ocorridas ao longo dos anos tanto na esfera social quanto
cultural, alinhadas as propostas curriculares, enquanto educadores é preciso repensar e
ressignificar a prática pedagógica que a cada dia exige métodos que interajam com o atual
momento em que a educação se encontra.
Precisamos desmistificar a concepção de que o ensino de literatura é algo simples e
que deve ser elaborada a partir da concepção de sentido referente ao texto, é necessário uma
metodologia que privilegie atividades reflexivas que levem o leitor a pensar o texto a partir da
sua visão de mundo, através da observação da algumas aulas de literatura na disciplina de
língua portuguesa percebemos uma perpetra engessada onde não há um aprofundamento no
que tange uma leitura com o foco no aluno, que ele possa desenvolver um conhecimento
acerca do texto em estudo e exponha para os demais educandos de maneira a contribuir com
sua formação.
Para realização desse trabalho foi desenvolvida uma metodologia bibliográfica, onde
foram consultados diversos autores renomados em práticas de leitura e estudo de literatura em
sala de aula. O mesmo também utilizou a metodologia descritiva, pois foram observadas
práticas de leitura em sala de aula nas disciplinas de Língua Portuguesa e ELETIVA.
A Pesquisa Bibliográfica segundo Adriana R. Martins Gueiros, Bibliotecária do
CDCC/USP, citada por Pacheco, (2012) não deve ser uma pesquisa em si mesma, mas uma
reflexão do que foi lido e escrito. A pesquisa bibliográfica ajuda no desenvolvimento de
habilidades onde predomina a busca de informações essenciais para chegar ao conhecimento,
onde cada fase do estudo facilita a compreensão de cada etapa.
A palavra Pesquisa em sua definição mais ampla significa: “procurar em toda parte,
aquilo que tem por finalidade a descoberta de novos conhecimentos do domínio cientifico,
literário etc.” Ludke apud Pacheco (2012). Quando bibliográfica, é realizada a partir de
levantamentos de materiais com dados já analisados e publicados por meios escritos ou
eletrônicos, tais como: livros digitais e impressos, artigos, revistas entre outros.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
FREIRE, Paulo, A importância do ato de ler; em três artigos que se completam.23 ed. São
Paulo: Cortez, 1989.
KOCH, Igendore Villaça e ELIAS, Vanda Maria. Ler e compreender os sentidos do texto. 3.
Ed., 10ª reimpressão. – São Paulo: Contexto, 2014.
ORLANDI, Eni Pulcinelli. Discurso e Leitura, 8 ed. São Paulo, Cortez, 2008.
SILVA, Ezequiel Teodoro da. Leitura e realidade brasileira. 4 ed. Porto Alegre: Mercado
Aberto, 2008.
SILVA, Roberto da Costa. Dicionário de Gêneros. 2.ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2009.