PSICODIAGNÓSTICO prova
PSICODIAGNÓSTICO prova
PSICODIAGNÓSTICO prova
-ENTREVISTA LÚDICA –
HISTÓRICO
Freud
Desenvolveu sua teoria sobre a sexualidade infantil com base em dados
obtidos na análise de seus pacientes adultos.
Ele incentivou seus alunos e amigos a observarem e descreverem a vida
sexual de seus próprios filhos, a fim de obter evidências que
corroborassem suas teorias.
Caso do pequeno Hans – compreendeu as neuroses infantis e seu papel
na organização de neurose dos adultos
Hermine von Hug-Hellmuth utilizou o jogo como uma forma inicial de
análise infantil, observando que ele fornecia excelentes oportunidades
para entender os fantasmas da criança.
Ao contrário da análise de adultos, não foram utilizadas interpretações
psicanalíticas nos casos educativos.
O ego da criança não estava suficientemente desenvolvido para
suportar interpretações psicanalíticas.
As crianças não eram motivadas a buscar análise, muitas vezes
sendo encaminhadas por problemas familiares.
Interpretações psicanalíticas não teriam significado para as crianças.
Ele também foi o primeiro a refletir a função e mecanismo psicológico da
atividade lúdica infantil através de seu neto de 18 meses brincando de
esconder e achar carretel:
Estava brincando de ir embora e voltar
Forma de controlar a angústia da ausência da mãe, mas não estava se
divertindo
Estava dominando uma situação que de outra forma seria impossível
- Constatado:
Anna Freud
Contrariou Melaine Klein
Afirmava que criança não possui consciência da doença – está presa aos
seus pais
Terapeuta deveria reforçar aspectos positivos do vínculo (orientação
educativa). Desconsiderando que o brincar pudesse ser comparado aos
sonhos ou associação livre do adulto
Ambos os posicionamentos das autoras ajudaram no conceito e
desenvolvimento de psicoterapia infantil.
-Caixa
Efron (1978)
Hora de Jogo Diagnóstica
Referencial teórico psicodinâmico;
Recurso técnico que o psicólogo utiliza dentro do processo
psicodiagnóstico;
Tem começo, desenvolvimento e fim em si mesmo,
Unidade para o conhecimento inicial da criança, devendo interpretá-
la como tal;
Os dados serão ou não confirmados com a testagem.
Primeira Hora de Jogo Terapêutica
Elo dentro de um contexto maior
Irão surgir novos aspectos e modificações estruturais em função da
intervenção ativa do terapeuta
Instruções Específicas
Oferecer brincadeiras com todo o material lúdico disponível
Esclarecer:
O espaço disponível
Tempo
Papéis dela e do psicólogo
Objetivo da atividade (conhecendo-a mais para ajudá-la depois)
Elas agem, falam e brincam de acordo com as possibilidades maturativas,
emocionais, cognitivas e de socialização
Descobrem a si mesmas pela sua ação ativa ou passiva
Manejos Iniciais
As crianças aceitam rápido, acompanha o psicólogo até a sala, começam a
brincar, conversar e interagir
Resistem a se separar dos pais, ou vão para a sala inibidas (ação e fala),
sendo necessário o assinalamento do psicólogo para lhes ajudar
Problema emocional da criança = rompe o enquadramento – exige limite
impostos
Postura do psicólogo
Estimular a interação
Conduzir a situação - deixar transparecer a compreensão do momento
Respeitar e acolher a criança, de forma que esta se sinta segura e aceita.
Papel do Psicólogo
Passivo (funciona como observador)
Ou ativo (atento na compreensão, formulação de hipóteses e efetuar
perguntas sobre a brincadeira
Pode participar ou não do jogo, de acordo com o desejo da criança
Sala preparada para brincar:
Fácil de limpar e ampla
Próxima de banheiro/cozinha com fácil acesso à água para limpeza da
sujeira e materiais
Material Lúdico:
Apresentado sem ordem, em caixas/armários com tampas/portas e
adequado para cada idade, sexo e interesses
Analisar e interpretar hora de jogo requer familiarização com o material
teórico a ser analisado em vista dos fundamentos técnicos
HORA DO JOGO
Kornblit (1978)
Diz que a análise detalhada da hora do jogo permite:
Conceitualizar o conflito atual do paciente;
Evidenciar seus principais mecanismos de defesa e ansiedades;
Avaliar o tipo de rapport que a criança pode estabelecer com um
possível terapeuta e a ansiedade contratransferencial que pode
despertar no terapeuta;
Manifestar a fantasia de doenças e cura.
É vista como uma história argumentativa da criança, moldada em resposta a
estímulos específicos.
Permite avaliar como a criança se posiciona dentro dessa situação de
estímulo.
Essa compreensão possibilita considerar aspectos formais ou indicadores,
negligenciados em prol da interpretação de conteúdos inconscientes.
Tais indicadores formais seriam:
A maneira como a criança se aproxima dos brinquedos;
Sua atitude no início e no final da hora de jogo;
Sua localização no consultório;
Sua atitude corporal e o manejo do espaço.
Análise Avaliativa
Não existe roteiro padronizado para analisar o método avaliativo
Oito indicadores para análise diagnóstica e prognóstica, especialmente para
classificar o nível de funcionamento da personalidade, dentro de um
entendimento dinâmico e estrutural. Sendo eles:
escolha de brinquedos e jogos,
modalidade do brinquedo,
motricidade,
personificação,
criatividade,
capacidade simbólica,
tolerância à frustração e
adequação à realidade.
Personificação
Capacidade de assumir papéis durante brincadeiras.
Essencial para lidar com situações traumáticas, aprender papéis sociais e
compreender os outros.
Facilita o ajuste da própria conduta e contribui para a socialização e
individuação.
Ao ser solicitado pela criança, peça uma explicação clara das características
do papel a ser assumido.
Motricidade/Criatividade
Motricidade:
Observar se está de acordo com o esperado para a etapa de
desenvolvimento da criança.
Avaliar a integração do esquema corporal, organização da lateralidade e
estruturação espaço-temporal.
Domínio dos objetos do mundo externo no campo social, escolar e
emocional.
Capacidade de satisfazer necessidades com autonomia.
Dificuldades podem resultar em limitações e frustrações.
Criatividade:
Verificar se a brincadeira é criativa e demonstra capacidade de fantasia.
Visto de forma positiva quando presente.
Capacidade Simbólica
Valorização da criação e significado dinâmico de símbolos.
Importância da relação entre símbolos e idade cronológica.
Uso variado de elementos na expressão durante o brinquedo.
Jogo como expressão da capacidade simbólica.
Fantasia mais evidente com envolvimento no jogo simbólico.
Tolerância à Frustração
Aceitação de instruções e limites durante a atividade lúdica.
Capacidade de enfrentar dificuldades inerentes à tarefa proposta.
Aspecto relevante para diagnóstico e prognóstico.
Adequação à Realidade
Adaptação da motricidade ao espaço geográfico da sala para evitar
acidentes.
Indicador de prognóstico.
Aceitável que a criança não se adapte completamente nos contatos iniciais
e precise de tempo para adaptação.