Teorias Da Agressao
Teorias Da Agressao
Teorias Da Agressao
Teoria original: proposta em 1939, por psiclogos de Yale (John Dollard, Leonard Doob, Neal Miller, O. Hobart Mowrer e Robert Sears)
Frustrao: interferncia na ocorrncia de uma resposta orientada para um objectivo numa sequncia de comportamentos; Agresso: uma resposta que tem por objectivo o dano a um organismo vivo.
De acordo com a teoria, cada uma destas frustraes deveria seguir-se de comportamentos agressivos. Mas observa-se que muitos indivduos conseguem tolerar, com serenidade, essas frustraes.
(2) a agresso sempre precedida de frustrao. questionvel, visto que muita agresso ocorre na ausncia de qualquer frustrao visvel.
Modificao da hiptese da frustraoagresso: Miller (1941) reconhece que a frustrao pode ter outros efeitos, que no exclusivamente a agresso.
Contudo, embora a frustrao desperte uma tendncia para agredir, o organismo pode ter aprendido outras formas de reaco frustrao.
Modificao da hiptese (por Miller): A frustrao produz o aparecimento de uma quantidade de diferentes tipos de resposta, uma das quais alguma forma de agresso. E a agresso pode ser causada por outros motivos que no a frustrao.
Se a primeira formulao da hiptese era demasiado restritiva, esta segunda demasiado ambgua, no esclarecendo que frustraes provocam agresso.
Contudo, at dcada de 60, no surgiu outra teoria explicativa dos comportamentos agressivos, e esta hiptese da frustrao-agresso funcionou como uma alternativa teoria psicanaltica.
Modelo de Berkowitz (mais um aperfeioamento): inspirado pelo raciocnio de Tinbergen (1951) Acrescentou a ideia de indcios externos teoria da frustrao-agresso: embora haja uma resposta agressiva inata frustrao e raiva, prope (1962) que essa resposta se expressa somente sob condies que sejam apropriadas.
Tinbergen avana o conceito de padro fixo de aco: comportamento no aprendido, mas que no puramente interno porque, para se expressar, exige algum indcio libertador que acciona o comportamento.
Em vez de ser somente interno, o padro fixo de aco simultaneamente interno e externo.
(1) alvos: negros, judeus, mulheres, senhorio, patro; (2) objectos: armas (L. Berkowitz e LePage, 1967); (3) situaes: os indivduos apresentam maior probabilidade de manifestar agresso em bares e na rua do que em igrejas ou restaurantes (Golstein, 1975).
Berkowitz: Acrescentou outra ideia: outros estados emocionais intensos, como a raiva, podem ter efeitos similares aos da frustrao.
Bandura (1965b, 1973) critica a noo behaviorista simples de aprendizagem. Afirma que os indivduos podem aprender a comportar-se de diversas maneiras, mesmo que no tenham sido recompensados ou punidos.
Estudo:
Um grupo de crianas via, num monitor de televiso, uma mulher adulta com comportamentos agressivos, dando murros e pontaps num boneco insuflvel. A mulher seria recompensada por um outro adulto, com refrigerantes e bombons.
Um segundo grupo assistia ao mesmo comportamento, no monitor de televiso, mas, nesse caso, o modelo era punido.
Um terceiro grupo via o mesmo comportamento da mulher, mas esta no seria recompensada nem punida.
RESULTADO: Observou as tendncias do behaviorismo tradicional.
Acrescento ao estudo:
Solicitou que cada criana imitasse o comportamento observado na tela de televiso. Constatou que todos os trs grupos de crianas eram igualmente capazes de imitar o comportamento agressivo do modelo.
A aprendizagem ocorre simplesmente atravs da observao; a execuo espontnea que influenciada pelo reforo.
quando um observador assiste ao que se passa em seu redor, forma quadros mentais ou representaes cognitivas daquilo que observa e depois recorda essas mesmas representaes.
Assim, o que aprendido, atravs da observao, no o comportamento do observado, sim a representao cognitiva desse comportamento.
(1) menor probabilidade de identificao; (2) reduo geral da capacidade ou tendncia de ter preocupaes sociais.
Pressupostos: No so as frustraes que desencadeiam os comportamentos agressivos, sim o desvio entre o que se espera e o que se obtm.
As privaes relativas podem tomar vrias formas: (1) intrapessoal: desvio entre as posies passada, actual e futura (expectativas); (2) interpessoal: desvio entre a posio de um indivduo e a dos demais; (3) inter-grupo: desvio entre a posio dos membros de um grupo e a dos membros de outros grupos.
Tajfel elabora-a, baseando-se na trilogia: categorizao, identidade e comparao. A categorizao em eles e ns suficiente para criar um grupo: os indivduos favorecero o seu prprio grupo.
A simples informao de que existe outro grupo, que h ns e eles, suficiente para instaurar um clima de hostilidade.
Cooperao supra-ordenada: o xito resultaria da cooperao/colaborao entre os grupos
de
(1) Os participantes dos dois grupos devem gozar de igual estatuto no mbito da situao de contacto; (2) Os traos dos membros do grupo desfavorecido devem desmoronar os esteretipos relativos a eles;
(3) O contacto deve encorajar e at exigir uma cooperao no sentido de um objectivo comum; (4) O contacto deve ter um alto potencial de criao de laos; (5) As normas sociais da situao de contacto devem favorecer a igualdade dos grupos e das relaes intergrupos igualitrias.
Esta hiptese:
Incita individualizao, com base na boa vontade e conhecimento dos outros; A discriminao resultaria da ignorncia e da preguia.
Pressupostos: Para tratar da informao estranha e nova, os indivduos categorizam. Mas fatalmente categorizar uma actividade recorrente e, muitas vezes, enferma. As categorias sociais so um mal que preciso ultrapassar.
Descategorizao, recategorizao e categorizaes cruzadas so dificilmente funcionais e, de certo modo, irrealistas.
Teoria da equidade (Walster, Walster e Berscheid, 1978): a relao entre dois grupos ser justa na medida em que os benefcios sejam proporcionais s contribuies de cada um. Justia processual: recurso a regras de conduta, distribuio do poder respeitando a proporcionalidade e o direito da minoria.
(1) antes da sua respectiva execuo, as iniciativas devem ser anunciadas publicamente; (2) devem ser anunciados publicamente os convites explcitos s medidas recprocas; (3) as iniciativas devem ser contnuas e devem ser verificadas pelo lado contrrio;
(4) o incio dessas iniciativas no deve reduzir a capacidade de a nao efectuar retaliao contra o adversrio; (5) as iniciativas devem ser consideradas voluntrias pelo inimigo.