12 - 10 - 18 - Elementos de Maquinas
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MOLA HELICOIDAL
Considerando que a mola está em condição de equilíbrio estático, sob a ação de
uma força axial F, que provoca uma tensão de cisalhamento direta e um
momento de torção T, temos:
R: raio do fio em mm
J : momento polar em mm4
A: área em mm2.
Sabemos que para um fio circular podemos alterar a equação acima:
TENSÕES EM MOLAS HELICOIDAIS
• O fio tende a ter muita variação dimensional, podendo sair do processo com
formatos diferentes do necessário.
Recomendação prática: trabalhar em uma faixa de C entre 4 e 12!
Índice de mola C
O EFEITO DA CURVATURA E DEFLEXÃO DE MOLAS HELICOIDAIS
Carregamento dinâmico: avaliar melhor este efeito da curvatura, pois ele afeta na
vida útil da mola, por fadiga.
FATOR BERGSTRÄSSER:
Usado quando a mola for projetada para aplicações que envolvam fadiga:
Índice de mola C
Combinando as correções FATOR BERGSTRÄSSER (KB) e FATOR DE CORREÇÃO DE
CISALHAMENTO (KS) , usando a equação e a equação. Assim, temos um novo fator
que vamos chamar de Kc :
Assim, devemos nos preocupar em prevenir isto e, para tal, desenvolvemos a equação
para o que chamamos de deflexão crítica ycr.
Em que ycr é a deflexão crítica, a máxima deflexão admitida para a mola sujeita
a um carregamento axial especificado;
Podemos então calcular a tensão máxima para carga estática, usando a equação:
Assim, como temos a necessidade de uma carga de trabalho de 3000 MPa e a mola
existente tem uma carga máxima de trabalho de 1865,25 MPa então, esta mola não
atende à aplicação e deverá ser redimensionada para a condição de uso.
ENTREGAR PRÓXIMA AULA
3-A questão de estabilidade de uma mola helicoidal de compressão está relacionada
com a possibilidade da mola flambar quando o comprimento for muito grande em
relação à carga. Então, quando a deflexão for muito grande, teremos o problema de
flambagem. Assim, devemos nos preocupar em prevenir este efeito. Para aplicações
em que temos fio redondo e o material de construção for o aço, podemos usar a
equação a seguir:
a) Este resultado é conclusivo, mas não está relacionado com a estabilidade da mola helicoidal.
b) Este resultado não é conclusivo e os cálculos estão apresentados de forma incorreta.
c) Este resultado significa que teremos uma deflexão e a mola terá um regime estável.
d) Este resultado significa que não teremos uma deformação linear, mas a mola é estável.
e) Este resultado significa que teremos uma flambagem e a mola não será estável.
ENTREGAR PRÓXIMA AULA
3-A questão de estabilidade de uma mola helicoidal de compressão está relacionada
com a possibilidade da mola flambar quando o comprimento for muito grande em
relação à carga. Então, quando a deflexão for muito grande, teremos o problema de
flambagem. Assim, devemos nos preocupar em prevenir este efeito. Para aplicações
em que temos fio redondo e o material de construção for o aço, podemos usar a
equação a seguir:
Alternativa E.
Dado o resultado apresentado, fica evidente que a condição não está atendida, logo
teremos uma situação de flambagem da mola e ela não será estável.
As molas podem ser manufaturadas por processos a quente ou a frio, lembrando
que para ser considerado processo a quente, o material deve estar acima da
temperatura de recristalização.
A escolha do tipo de processo é uma função:
• Do tipo de material;
• Do índice da mola (índice C);
• Das propriedades desejadas.
Deste modo, precisamos saber qual será a aplicação da mola, para sabermos
qual material e qual processo de fabricação utilizar.
TIPO DE MATERIAL
C : índice de mola;
k = razão de mola;
g = aceleração da gravidade;
W = peso da mola.
Tem-se que a fadiga é algo que queremos evitar a todo custo, para não termos
quebras prematuras. Deste modo, buscamos o que chamamos de vida infinita
para o projeto de molas helicoidais de compressão.
CARREGAMENTO DE FADIGA EM MOLAS HELICOIDAIS DE COMPRESSÃO
Para esses valores de Ssa, temos que aplicar o fator de segurança que é determinado
pelas equações abaixo, sendo que Kb (fator Bergsträsser) foi mostrado
anteriormente.
ns = fator de segurança;
d = 2,6 mm;
D = 30 mm;
Material: fio cromo-vanádio ASTM A232;
G = 77,2 x 103 MPa; γ= 76,5 10−6 N/mm3;
Na = 12 voltas;
Frequência atual = 50 Hz; g = 9,81 m/s2.
Precisamos somente nos preocupar em obter a frequência fundamental e comparar
com a frequência de trabalho que o cliente deseja
Em que ξ é o percurso fracionário até o fechamento (este percurso significa que nesta
região até o fechamento a mola não deve trabalhar, sob risco de quebra do fio). Além das
considerações que até o momento realizamos para o material de molas, devemos
considerar em um projeto de molas, as seguintes condições:
a) 15,00 Hz.
b) 08,55 Hz.
c) 09,22 Hz.
d) 08,82 Hz.
e) 08,86 Hz.
EXERCÍCIOS
1. Uma das características iniciais, quando trabalhamos com materiais para mola é a
sua capacidade de resistência à tração [Sut] e neste momento precisamos escolher um
diâmetro para o fio, sem o qual não conseguimos estipular a resistência à tração. Para
o cálculo da capacidade de resistência à tração, temos a seguinte equação:
• Nas molas de extensão, quando aplicamos uma força de tração em seus laços ou
ganchos e, ao removermos esta força, a mola volta ao seu estado original de
repouso.
As molas de extensão são fabricadas normalmente com enrolamento fechado, ou seja, com
as espirais em contato, umas com as outras.
Molas de extensão - tensões no corpo da mola de extensão
Ângulo de posicionamento θ: é
o ângulo que define o curso da
mola de torção, ou seja, do
ponto inicial até o máximo
permissível. Pode ser definido
como = 180 − (β+α)
F: força em (N),
l : distância do centro da mola até o local de aplicação da força em [mm],
d: diâmetro do fio em (mm).
Molas Belleville - Características
• Também chamadas de molas prato.
• Tais molas apresentam, como característica, uma relação não linear entre a força e a
sua deflexão.
• Este tipo de mola é largamente aplicado quando temos uma carga elevada com uma
pequena deflexão.
Molas Belleville - Características
• Quando a distância h, for igual a zero, a mola
ficou plana e a deflexão y também se torna
igual a zero.
Molas Belleville
Molas Belleville - Características
Assim, a força na posição plana (y=h=0), dada em (N), pode ser determinada pela
equação:
E = módulo de elasticidade em [MPa],
t = espessura da mola em [mm],
D0 = diâmetro externo em [mm],
ν = coeficiente de Poisson.
Molas de Extensão
Molas de Torção
Para as molas de torção, determinamos a tensão de flexão máxima, para os
seguintes dados: diâmetro do fio 1,4 mm(d), diâmetro médio 12 mm(D), Força 70
N, comprimento l = 15 mm. Calculamos em primeiro lugar o índice de mola:
Anel Interno
Gaiola
Elemento
rolante
PARTES DE UM ROLAMENTO – ROLAMENTO DE ESFERAS
Tipos de Rolamento de Esferas - Representação Esquemática
MANCAIS DE CONTATO ROLANTE ESFÉRICOS - APLICAÇÕES
MANCAIS DE CONTATO ROLANTE ESFÉRICOS - APLICAÇÕES
PARTES DE UM ROLAMENTO – ROLAMENTO DE ROLOS
Tipos de Rolamento de Rolos - Representação Esquemática
Tipos de Rolamento de Rolos - Representação Esquemática
Classificação dos rolamentos segundo o tipo de elemento rolante
• Na maioria dos casos, vários fatores devem ser considerados para a escolha
do tipo de rolamento, sendo que não temos uma regra geral que possa ser
estabelecida.
• O espaço disponível,
• As cargas,
• Os desalinhamentos,
• A precisão,
• A velocidade,
• O ruído,
• A rigidez,
• A montagem e a desmontagem e a vida do mancal.
ESFORÇÕES ATUANTES NO MANCAL DE ROLAMENTO
VIDA DO MANCAL DE CONTATO ROLANTE
• Estas tensões de contato irão provocar fadiga nos materiais após um certo
número de ciclos. Se o mancal for montado de forma adequada, lubrificado e
livre de impurezas, esta fadiga será a única causa de falha no rolamento.
• Esta capacidade de carga deve ser vista como um valor de referência e não
como a carga real a ser suportada pelo rolamento. Ao selecionar um
rolamento para uma determinada aplicação, é necessário relacionar a carga
desejada e a carga apresentada no catálogo do fabricante.
Como o catálogo nos apresenta a informação de carga C10 , devemos então nos mover do
ponto D, na linha de contorno desejado RD , até o ponto B apresentado no gráfico.
RD : confiabilidade desejada
FB = carga no ponto B, em N;
FD = carga no ponto D, ou carga desejada, em N;
xD = vida do rolamento no ponto D, ou vida desejada expressa de forma adimensional;
xB = vida do rolamento no ponto B, expressa de forma adimensional;
a = 3 para mancais com elementos tipo esfera e
a = 10/3 para mancais de elementos tipo rolos;
Observe que podemos concluir que C10=FB . A vida do rolamento no ponto B é dada por:
FATOR 1
• Vamos adotar Fa e Fr para carga axial e radial, respectivamente e Fe para carga radial
equivalente, a qual produz o mesmo efeito que a carga radial e a carga axial
combinadas.
FATOR 2
• Também precisamos definir um fator de rotação que chamaremos de V. Este fator de
rotação terá um valor igual a um (V = 1), quando o anel interno gira e o anel externo
permanece estático, e terá um valor igual a 1,2 (V = 1,2), quando o anel interno está
estático e o anel externo gira.
FATOR 3
• Cargas combinadas fixas: provocam uma alteração da vida do mancal, diferentemente
das aplicações em que temos apenas uma carga no rolamento. Assim, vamos explorar
como isto afeta a vida dos mancais com cargas combinadas através de dois grupos
adimensionais relativos à carga radial e carga axial, sendo:
CARREGAMENTO COMBINADO: RADIAL E AXIAL
• Assim, vamos explorar agora como isto afeta a vida dos mancais com cargas
combinadas. Podemos formar dois grupos adimensionais, ou seja, cada grupo
adimensional está relacionado com carga equivalente, fator de rotação e carga
radial e carga axial, sendo:
Um mancal de esferas possui uma carga axial de 2300 N e uma carga radial de
3100 N, aplicado na situação em que o anel externo gira. A carga básica estática
C0 é de 11000 N e a carga básica C10 é de 2300 N. Calcule a carga radial
equivalente.
V = 1,2, em função do anel externo girar.
(Interpolação)
Solução:
LUBRIFICAÇÃO
Quando uma esfera rola sob ação de uma carga, sobre a pista de rolamento montado,
atingem-se pressões muito altas nos pontos de contato. As superfícies são, então,
pressionadas e se deformam ligeiramente por um momento (deformação elástica).
• Esta deformação ocorre em apenas uma região do rolamento (em que se suporta a
carga) e como temos uma película de lubrificante entre as duas partes, o fluido que é
considerado incompressível, recebe toda a tensão destas deformações elásticas do
rolamento, e por uma propriedade física do óleo, quanto maior for esta tensão maior
será a viscosidade em reação a esta tensão.
• Assim, com esta película, temos uma redução do atrito, uma proteção contra corrosão.
Para o caso de lubrificação com graxa, temos também uma proteção contra impurezas
(pó, umidade, água etc.).
• Tamanho,
• Alocação de espaço,
• Método de montagem,
• Outros detalhes que possam aparecer em aplicações específicas.
A experiência do projetista conta muito neste momento, bem como as consultas a
catálogos de fabricantes de rolamento também ajudam a escolher o melhor tipo de
mancal para cada aplicação. Podemos nos orientar de forma geral por meio da
Tabela abaixo.
SELEÇÃO PRELIMINAR SELEÇÃO TÉCNICA
ROLAMENTOS CÔNICOS
• Devido ao formato cônico, mesmo que tenhamos somente carga radial, esse
carregamento irá induzir uma carga axial. Deste modo, para evitarmos a separação
dos conjuntos (1) e (2) do rolamento, precisamos ter uma força igual e oposta.
CARGAS RADIAIS E AXIAIS
CARGAS RADIAIS E AXIAIS
• Dois mancais podem ser montados com as costas do cone colocados frente a
frente, em que chamamos de montagem direta (b).
• Também podem ser montados com as frentes dos cones frente a frente, em que
podemos chamar de montagem indireta (a).
CARGAS RADIAIS E AXIAIS
*Na fase inicial da seleção do rolamento, devemos usar uma aproximação de K = 1,5
, e após a identificação de um possível rolamento, devemos usar um valor do fator K
exato, obtido do catálogo do fabricante.
CARGAS RADIAIS E AXIAIS
Podemos aplicar uma equação para obtermos uma carga equivalente, que chamamos
de Fe , em [N]. Assim, temos:
CARGAS RADIAIS E AXIAIS
Fa = carga axial líquida suportada pelo rolamento devido à combinação da carga axial induzida
pelo outro rolamento e pela carga axial externa (se houver), em [N].
• Todo rolamento tem duas situações sobre a folga: antes da montagem e depois da
montagem.
• Desta maneira, precisamos nos ater durante a montagem com interferência (entenda
interferência como uma montagem em que o diâmetro do eixo é maior do que o
diâmetro do furo do rolamento) para não afetarmos a folga mínima estabelecida em
catálogo, pois, caso contrário, iremos comprometer a vida do rolamento.
FOLGA EM MONTAGEM DE CAIXA DE MANCAL
b) Com folga em excesso não teremos alteração no rolamento, sem folga teremos
principalmente desgaste prematuro e superaquecimento.
d) Com folga em excesso não teremos alteração no rolamento, sem folga também
não teremos alteração no rolamento.
e) Com folga em excesso teremos variação na rotação, sem folga teremos falha na
lubrificação.
A figura nos apresenta um par de rolamentos cônicos montados de forma direta.
Avaliando a figura, o que é uma carga axial induzida? Assinale a alternativa correta.
• Uma força F aplicada sobre uma superfície A, pode ser decomposta segundo
a direção normal (vertical) à superfície e segundo a direção tangente
(horizontal), dando origem a um componente normal e a outro tangencial.
[1]
NÚMERO DE SOMMERFELD
Da equação de Petroff, também podemos deduzir o número característico do
mancal, ou número de Sommerfeld. Este número é muito utilizado no projeto
do mancal de deslizamento, sendo encontrado em um grande número de
tabelas comparativas. Assim, podemos apresentar:
NÚMERO DE SOMMERFELD
EXERCÍCIO
Determine o coeficiente de atrito no mancal e o número de Sommerfeld, conforme
as seguintes características: temos um eixo de 120 mm de diâmetro suportado por
um mancal com 100 mm de comprimento com uma folga radial de 0,06 mm. O
lubrificante é um óleo cuja viscosidade é 60 mPa.s. O eixo tem uma rotação de 700
rpm, e finalmente é aplicada neste mancal uma carga de 4500 N.
EXERCÍCIO
Determine o coeficiente de atrito no mancal e o número de Sommerfeld, conforme
as seguintes características: temos um eixo de 120 mm de diâmetro suportado por
um mancal com 100 mm de comprimento com uma folga diametral de 0,12 mm. O
lubrificante é um óleo cuja viscosidade é 60 mPa.s. O eixo tem uma rotação de 700
rpm, e finalmente é aplicada neste mancal uma carga de 4500 N.
O foco do estudo da lubrificação estável é a
estabilidade da película de óleo lubrificante
durante as condições de trabalho, ou seja, a
manutenção da película durante o uso.
(vazão Q)
Começamos a resolução pelo cálculo da pressão nominal no mancal, utilizando a equação [3.8]:
Como temos c = 0,04 mm, podemos encontrar a excentricidade do eixo (e) e a espessura
mínima da película (h0), sendo:
Condições de estado estável em mancais autocontidos
Condições de estado estável em mancais autocontidos
Nesta condição de mancal autocontido, nossa maior preocupação é determinar
qual será o nível de calor dissipado, para que o sistema não tenha
superaquecimento, ou valores de temperaturas acima do calculado para o
lubrificante do mancal. Assim, temos a seguinte equação:
Obtemos o valor de
Concluindo, temos um mancal tipo lubrificação hidrostática que não atende ao limite de
120 °C solicitado pelo cliente. Uma solução mais simples seria reduzir o nível de
temperatura do reservatório o suficiente para atender à temperatura máxima de 120 °C.
CARACTERÍSTICAS PARA AS CORREIAS PLANAS, REDONDAS E EM V
• As correias são elementos elásticos ou flexíveis utilizados em sistemas de
transporte e na transmissão de potência sobre distâncias comparativamente
grandes.
montagem com reversão no sentido de giro, ou seja, a polia movida tem sentido
contrário ao da polia motora.
(a) (b)
• Antes de apresentarmos as equações, temos que ter em mente que para uma
transmissão por correia plana ou redonda, temos um lado em que a correia tem tração,
chamado de lado tenso, e o outro lado chamamos de bambo, em que temos uma
tensão menor do que a do lado tenso.
T = torque em (N.m),
g = aceleração da gravidade em (m/s2),
Hnom = potência nominal em (W),
Ks = fator de serviço,
Nd = fator de projeto,
n = rotações por minuto (rpm).
FORÇAS ENVOLVIDAS NO FUNCIONAMENTO DAS CORREIAS
Torque2> Torque1