Geral
Geral
Geral
Direito Administrativo é o ramo do direito público que tem por objeto os órgãos, agentes
e pessoas jurídicas que integram a Administração Pública, a atividade jurídica não
contenciosa que exerce e os bens e os meios de que se utiliza para a consecução de
seus fins, de natureza pública (MSZP).
Conceito de Direito Administrativo e a função administrativa
Para Celso Antônio Bandeira de Melo, Direito Administrativo é o ramo do direito
público que disciplina a função administrativa, bem como as pessoas e os órgãos
que a exercem.
A função administrativa (“executar, de ofício, a lei”) é exercida de forma típica por um dos
Poderes (Executivo) e de forma atípica pelos demais (Judiciário e Legislativo).
Regime jurídico administrativo: regime próprio da Adm
Pública
Regime jurídico administrativo é o regime de direito público, fundado na
supremacia e na indisponibilidade do interesse público, que se aplica à
Administração Pública.
Existem os princípios expressos no art. 37 da CF, bem como os implícitos e os indicados em outras
normas, a exemplo da Lei 9.784/99.
Atenção para o princípio da juridicidade, que amplia a abrangência das fontes legislativas,
servindo de vetor interpretativo de toda a ordem jurídica.
Princípios da Adm. Pública
Impessoalidade:
. A Adm. deve primar pela finalidade pública (“se um servidor for removido como forma de
punição, e não para atender ao interesse público, o ato será nulo”);
. não pode visar a interesses pessoais ou de determinado grupo (“o STF considera constitucional
cotas em universidades públicas”);
. a atuação deve ser institucional sendo vedada a promoção pessoal de seus agentes e servidores.
A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá ter caráter
educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo constar nomes, símbolos ou imagens que
caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos (CF, art. 37, §1º).
Princípios da Adm. Pública
Moralidade: Exige-se a atuação ética dos agentes públicos, de modo que sua atuação deve
observar a boa-fé e suas decisões devem ser probas e honestas;
b) necessidade ou exigibilidade - não pode existir outro meio menos gravoso para se
atingir o mesmo fim; e
.Esse controle não afasta aquele exercido pelo Poder Judiciário, visto que o Brasil adota o
sistema inglês de jurisdição única.
Questão 2
2 – Ano: 2019 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PGE-PE Prova: CESPE - 2019 - PGE-PE -
Analista Judiciário de Procuradoria
O conjunto das prerrogativas e restrições a que está sujeita a administração pública e que não se
encontra nas relações entre particulares constitui o regime jurídico administrativo.
Questão 3
Embora sem previsão expressa no ordenamento jurídico brasileiro, o princípio da confiança relaciona-
se à crença do administrado de que os atos administrativos serão lícitos e, portanto, seus efeitos
serão mantidos e respeitados pela própria administração pública.
Gabarito: C
Poderes administrativos
Poder vinculado: A margem de liberdade é mínima ou inexistente. Não há espaço para
discricionariedade. Exemplo: Aposentadorias.
Atenção! O poder disciplinar não se confunde com o poder de polícia, pois neste ocorre a
sujeição geral (vínculo geral) e no disciplinar, há sujeição específica.
Poderes administrativos
Poder de polícia: Consiste em limitar, condicionar ou disciplinar os direitos em prol do
interesse público. Exemplos: É o caso do porte de arma, em que há severas limitações
para se obter um. É o caso da construção em margens de rodovias, devendo-se
observar as regras existentes.
Atenção! Não podemos jamais confundir poder de polícia, que é chamado, também, de
polícia administrativa, com a polícia judiciária. A polícia administrativa é exercida sobre
atividades, bens e direitos, ao passo que a polícia judiciária incide sobre pessoas.
Poderes administrativos
Poder regulamentar: Consiste na faculdade de que dispõem os Chefes do Poder
Executivo de explicar a lei para sua correta execução, que é a regra, ou de expedir
decretos autônomos sobre matéria de sua competência ainda não disciplinada por lei,
que é a exceção. É espécie do poder normativo (poder regulamentar; poder regulador).
A CENTRALIZADA, quando ela mesma assume a execução de suas atividades (Atuação apenas do
Estado, seus órgãos e agentes públicos),
Desconcentração Descentralização
Indireta. descentralização.
Administração Pública Indireta
Autarquias: São criadas por lei para prestação de serviços típicos da Administração
Pública; não podem exercer atividades econômicas; possuem personalidade jurídica de
direito público, que advém diretamente da respectiva lei de criação, independendo de
registro dos atos constitutivos em cartório.
Autarquias
Prerrogativas Sujeições
Prazos processuais diferenciados (em dobro para Contração somente mediante concurso público.
contestar, recorrer e responder recurso)
Sujeição ao regime de precatórios. Vedação de acúmulo de cargos, empregos e funções
públicas, ressalvadas as permissões constitucionais
(dois cargos de professor; um cargo de professor e
outro técnico ou científico; e dois cargos de
profissionais da saúde).
Não precisam adiantar custas processuais e seus Obrigação de licitar.
procuradores não precisam apresentar procuração
em juízo.
Dever de intimação pessoal. Responsabilidade objetiva pelos danos que seus
agentes causarem a terceiros – sem necessidade de
comprovação de dolo ou culpa.
Patrimônio público próprio, com restrições à Apesar de possuírem autonomia gerencial,
alienação; são impenhoráveis e imprescritíveis (não orçamentária e patrimonial, sujeitam-se a controle
sujeitos a usucapião). finalístico da entidade política que as criou.
Imunidade em relação aos impostos sobre Não possuem autonomia política.
patrimônio, bens e serviços.
Não sujeição à falência; prescrição quinquenal de
suas dívidas e inscrição de seus créditos em dívida
atividade e cobrança por meio de execução fiscal.
Autarquias
Autarquias especiais são aquelas cuja lei de criação as diferenciam em alguns pontos das
demais, possuindo, em geral, maior autonomia para atuação, a exemplo do Banco central, cuja
indicação de diretores e presidentes deve ser aprovada pelo Senado, e agências reguladoras.
Dividem-se em fundações públicas com personalidade jurídica de direito público (IBGE, Funasa),
fundações governamentais (personalidade jurídica de direito privado) e fundações privadas
(Instituto Ayrton Senna).
As fundações públicas com personalidade jurídica de direito público são espécies de autarquias,
sendo-lhes, aplicável, portanto, as disposições relativas a essas entidades.
Para finalizar o tópico, tenhamos em mente que, nos termos do art. 37, XIX, da CF, caberá à lei
complementar definir as áreas de atuação das fundações.
Empresas Públicas – EP e Sociedades de Economia Mista - SEM
A respeito da organização administrativa e de poderes e deveres da administração pública, julgue o item seguinte.