Automação
Automação
Automação
AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL
Licenciado em Electromecânica;
Mestre em Electromecânica;
profissional em Electricidade e Manutenção Industrial.
Cadeiras leccionadas:
Contacto: 932715550.
email: paulotatyptb@gmail.com
MEIOS DO ENSINO
Computador
Projector
MÉTODOS E TÉCNICAS DO ENSINO
Expositivo
Interrogativo
Trabalho em grupo
Participação da acção de formação (presenças)
CRITÉRIOS
DE Participação de trabalhos em grupo
AVALIAÇÃO
INTRODUÇÃO
A automação está intimamente ligada à instrumentação. Os diferentes instrumentos são usados
para realizar a automação.
Historicamente, o primeiro termo usado foi o de controlo automático de processo.
Por isso, para o autor, principalmente para a preparação de seus cursos e divisão de assuntos, tem-
se o controlo automático aplicado a processo contínuo, com predominância de medição, controlo
PID (proporcional, integral e derivativo). O sistema de controlo aplicado é o Sistema Digital de
Controlo Distribuído (SDCD),
Tem-se a automação associada ao controlo automático, para fazer sua monitoração, incluindo as
tarefas de alarme e intertravamento. A automação é também aplicada a processos discretos e de
batelada, onde há muita operação lógica de ligar e desligar e o controlo sequencial. O sistema de
controlo aplicado é o Controlador Lógico Programável (CLP).
1.1. GRAUS DE AUTOMAÇÃO
5. Controlo com
2. Ferramentas Accionadas
Realimentação Negativa
8. Controlo Adaptativo
1. Máquinas
com Controlo
Numérico;
5. Sistemas 2. Controlador
flexíveis de lógico
manufactura. programável;
3. Sistema
automático de
4. Robótica armazenagem
e
recuperação;
Capítulo 2
TRANSMISSORES E SENSORES.
2.1.INTRODUÇÃO
Os sensores são os elementos primários que transformam uma grandeza física qualquer em um
sinal eléctrico.
Para medição de temperaturas existem vários tipos de sensores, o mais utilizado é o termopar.
Existem vários métodos para medição de pressão, o método mais utilizado é o da banda
extensométrica ou Strain Gauges.
Existem vários métodos para a medição de nível e um dos mais modernos e precisos é o sensor
ultra-sónico,
O sensor de posição é usado para determinar o espaço percorrido por um equipamento com
objectivo de localização e posicionamento.
Fig 2-9 Encoder incremental – pulsos. Fig 2-10 Disco do enconder incremental.
2.6 Sensores Fotoeléctricos
O sensor fotoeléctrico é um sensor utilizado para identificar a presença de qualquer material.
Os sensores de barreira e difuso também são apresentados com a tecnologia da fibra óptica,
podendo ser utilizado em local de difícil acesso e com alta sensibilidade de detecção de pequenos
detalhes.
Qualidade do Ar Comprimido
Os equipamentos pneumáticos (principalmente as válvulas) são constituídos de mecanismos
muito delicados e sensíveis e para que possam funcionar de modo confiável, com bom
rendimento, é necessário assegurar determinadas exigências de qualidade do ar comprimido, entre
elas:
Pressão;
Vazão;
Teor de água;
Teor de partículas sólidas;
Teor de óleo.
3.3. SISTEMA DE PRODUÇÃO E PREPARAÇÃO DO AR COMPRIMIDO
A figura 3.1. mostra as etapas que o ar comprimido passa desde a sua geração e tratamento até ser
distribuído nas máquinas.
Filtração;
Resfriamento;
Secagem;
Separação de impurezas sólida e líquidas inclusive vapor d'água.
O compressor é uma máquina responsável por transformar energia mecânica (ou eléctrica) em
energia pneumática (ar comprimido), através da compressão do ar atmosférico.
O ar possui água na forma de vapor. Este vapor d'água é aspirado pelo compressor junto com o ar.
Esse vapor pode se condensar ao longo da linha dependendo da pressão e temperatura. A água
acumulada pode ser eliminada através de filtros separadores de água e drenos dispostos ao longo
da linha. No entanto um filtro não pode eliminar vapor d'água e para isso são necessários
secadores.
Essa analogia nos sugere métodos para retirar o vapor d'água do ar. Existem quatro métodos de
secagem:
Resfriamento;
Adsorção;
Absorção;
Sobrepressão.
a) Resfriamento b) Adsorção
Antes de entrar em cada máquina pneumática o ar passa por uma unidade de tratamento como
mostrado na figura 3.12 composta por um filtro, uma válvula reguladora de pressão e um
lubrificador.
Válvulas Direccionais:
Válvulas de Bloqueio:
Válvulas de Fluxo:
Válvulas de Pressão:
Fig 3.27 - Simbologia de comutação da válvula.
Assim a nomenclatura das válvulas
obedece à seguinte regra: uma
válvula m/n vias significa que é uma
válvula que possui m conexões e n
posições e comutação. A tabela 3.1
ilustra diversos tipos de válvulas
direccionais.
1. Princípio de Funcionamento
Fig 3.28 – Funcionamento de uma válvula 3/2 vias accionada por botão e com retorno por mola.
2. Accionamento das Válvulas Direccionais
As válvulas direccionais podem ser accionadas de forma manual, mecânica, pneumática e
eléctrica como mostrado na figura abaixo.
Figura 3.32 - Válvula 3/2 vias com accionamento pneumático e exemplo de circuito. A parte
escura representa ar.
A figura 3.33 ilustra um outro tipo de válvula accionada pneumaticamente chamada “biestável” que
trabalha segundo o princípio de assento flutuante.
Figura 3.33 - Válvula 5/2 vias biestável e exemplo de circuito. A parte escura representa ar.
A figura 3.34 ilustra uma válvula direccional A figura 3.35 ilustra uma válvula 3/2 vias
3/2 vias servo-comandada. Consiste num servo-comandada accionada por botão.
sistema mecânico que acciona um sistema
pneumático que acciona a válvula principal. A
força para accionamento do sistema mecânico
está em torno de 1,8 N.
Figura 3.34 - Válvula 3/2 vias servo- Figura 3.35- Válvula 3/2 vias servo-
comandada. comandada accionada por botão.
3.10. ESPECIFICAÇÃO DAS VÁLVULAS DIRECCIONAIS
a) Válvulas de Bloqueio
1. Válvula de Retenção
b) Válvulas de Fluxo
Essas válvulas reduzem a secção de passagem para modificar a vazão do ar comprimido e assim
controlar a velocidade dos actuadores. Para uma dada secção de passagem a vazão depende
somente da diferença de pressão entre as duas extremidades da secção.
Servem para criar um retardo no envio ou na recepção de um sinal de comando. A figura 3.44
ilustra um temporizador que retarda a emissão do sinal e sua simbologia. A aplicação do sinal em
X, provoca após um tempo de retardo, o aparecimento de um sinal de saída em A.
CIRCUITOS PNEUMÁTICOS
4.1. INTRODUÇÂO
Elementos de comando e de sinais: válvulas direccionais 4/2 vias, 3/2 vias, etc;
O circuito pneumático é projectado mediante a sequência de accionamento dos pistões que podem
ser especificadas na forma de gráficos trajecto-passo, gráficos trajecto-tempo, ou letras com os
sinais + (avançar) ou - (retornar) como mostrado na figura 4.4.
Essas válvulas são accionadas somente num sentido e não no outro como mostrado na figura 4.6. Na
representação de sua posição devemos desenhar uma seta indicando o sentido de accionamento (ver figura
4.6).
3. Etapa: desenhar o comando passo a passo com tantos grupos de alimentação de ar quantos
forem encontrados na primeira etapa. O número de válvulas necessárias para controlar as linhas
de alimentação de ar é igual ao número de grupos encontrados na divisão da sequência. Para
quatro grupos temos:
4. Etapa: ligar os pilotos das válvulas de comando dos cilindros às linhas de alimentação de ar de
acordo com os grupos determinados na divisão da sequência de movimentos do circuito.
É um dos métodos que se propõe a resolver o problema de conflito de sinal, como citado
anteriormente no método intuitivo. Embora o primeiro método consiga resolver problemas simples
de conflito de sinal, mas para casos mais complexos ele se torna ineficiente.
Um caso típico de conflito de sinal, seria tentar montar a sequência proposta pelo diagrama trajecto-
passo da figura abaixo:
O Método Cascata baseia-se na criação de linhas de pressão para eliminar os conflitos de sinal.
Para entender o método, é importante a definição de alguns conceitos:
Válvula são as válvulas que ficam abaixo das linhas de pressão; são responsáveis
memória: pela mudança de pressão de uma linha para outra.
Esta separação cria subsequências da sequência global. Cada linha de pressão ficará responsável
por executar cada subsequência. Ou seja, no primeiro exemplo, a linha de pressão 1 executará
A+B+, enquanto a linha de pressão 2 executará B-A-.
Nota: O método
Cascata não é
recomendado para mais
de 4 memórias, porque
começa a ter problema
de falta de pressão.
Figura 4.13. Válvula de reinício (a) com um único botão, e botões separados para parada e
reinício (b).
Frequentemente, em grandes instalações, é necessário que a actuação de STOP e RESTART seja
feita de um local remoto, ou até mesmo por botões de STOP instalados em locais estratégicos.
Figura 4.14. Sistema de controlo remoto PARADA-REINICIO com múltiplos botões de parada.
Capítulo 5
ELECTROPNEUMÁTICA
5.1. INTRODUÇÂO
Este capítulo tem como objectivo prover uma visão geral das características e recursos hoje
disponíveis no mercado de Controladores Programáveis (CP’s), bem como, a sua aplicação nos
diversos campos da automação industrial e controlo de processos, onde as necessidades de
flexibilidade, versatilidade, disponibilidade, alta confiabilidade, modularidade, robustez e baixos
custos, o tornam uma excelente opção.
As áreas destinadas aos pontos físicos de entradas e saídas, têm uma ligação directa com o
mundo exterior, que são os cartões de entradas e saídas digitais ou analógicas.
Existem áreas internas de memória que não apresentam uma comunicação directa com o
ambiente físico, são as áreas destinadas aos pontos de flags, registos de números inteiros e de
números reais.
No caso das áreas destinadas aos temporizadores e contadores, são necessárias três palavras
para cada elemento programado.
A área destinada a registar números inteiros, guarda valores que não precisam
da parte fraccionária,
Movimentação de
Intertravamento; Arquivos;
Medição e Totalização de
Sequenciamento; Vazão;
a) Rack ou Chassi;
b) Fonte de Alimentação;
c) CPU;
d) Memória;
e) Entradas e Saídas Digitais;
f) Entradas e Saídas Analógicas;
g) Interfaces de Comunicação.
a) Rack ou Chassi:
É o bastidor onde são encaixados os cartões do CLP (Fontes, Cartões de Entradas e Saídas, CPU,
Interfaces de Comunicação e etc).
Cartões de entradas e saídas:
Entradas discretas: 24vcc, 48vcc,
125vcc 120 e 220 VCA;
Saídas discretas: 24vcc, contacto seco;
Entradas analógicas: 1 a 5v, 4 a 20mA;
Saídas analógicas: 1 a 5v, 4 a 20mA;
Termopar;
Termoresistência;
Cartões de comunicação em rede.
Entradas e Saídas Analógicas, circuitos internos:
d) Memórias
O sistema de memória de um controlador é responsável pelo armazenamento de dados e do
programa. Existindo dois tipos de memórias, do ponto de vista construtivo: memórias RAM e
memórias ROM.
são memórias de acesso aleatórios, para operação de leitura e escrita. Utilizada para
RAM (Random armazenar dados temporários.
Access Memory) Outra tecnologia de memória RAM é a NVRAM (Non Volátil RAM), ou seja, memória
RAM com protecção dos dados, mesmo com o dispositivo desligado.
memórias apenas de leitura que são utilizadas para armazenar programas constantes.
ROM (Read Only
Memory)
Existem diversas tecnologias de memórias ROM, as principais são a EPROM e a
FLASHEPROM.
Para impedir que os dados da memória RAM sejam perdidos após uma
desenergização, o controlador lógico possui um sistema especial de alimentação
destas memórias através de uma bateria de Lithium, que a mantém sempre
energizada.
O nosso sistema de numeração apoia-se predominantemente na base “dez”, onde são realizados a
maioria dos cálculos rotineiros no nosso dia-a-dia. O hábito não nos deixa perceber que tais
operações aritméticas podem também ser realizadas em outras bases.
Ex.: a base dez apresenta dez algarismos ou símbolos diferentes de zero a nove.
Conversão de bases numéricas: Um mesmo valor numérico pode ser escrito em diversas bases
diferente mantendo sua magnitude.
Conversão da base “10” para base “2”
Nos exemplos seguintes temos a passagem de números da base dez para a base dois utilizando o
método das divisões sucessivas.
110101 = 1x25 + 1x24 + 0x23 + 1x22 + 0x21 + 1x20 = 32 + 16 + 0 + 4 + 0 + 1 = 53
a) 7210
b) 8610
6.6. CONVERSÃO DA BASE “10” PARA BASE “8”
A base oito apresenta oito símbolos de zero a sete e frequentemente é empregada nos
endereçamentos dos pontos de entrada e saída dos controladores lógicos programáveis.
O método utilizado para efectuar a mudança de base é o mesmo empregado anteriormente. Dado
um número na base “10”, este será dividido sucessivamente por “8” até que o resto encontrado
seja inferior a oito.
Seja a passagem do número 12410 para a base “8”, lembrando que 12410 significa “cento e vinte e
quatro, escrito na base dez”.
Resultado da operação originando as contribuições.
1 7 48
3 2 28
Considerando o exemplo anterior 3228, lembramos que na passagem da base oito para base dois,
há de se converter separadamente, cada um dos algarismos que compõe o número em questão,
como pode ser visto a seguir.
Passagem do número obtido para a base dez.
Seja o número 12810 passando para base oito, da base oito para base dois e em seguida retornando
da base dois para base dez.
Conversão da base “16” para a base “2”.
O método consiste na conversão individual de cada símbolo. Como o maior símbolo encontrado na base
dezesseis é o F, que corresponde ao quinze da base dez, iremos reservar quatro bits para cada um dos
algarismos da base em questão.
Concluímos que ao se converter o número 5 C16 para a base dez encontrar-se-á o mesmo resultado “9210”,
então temos que 5 C16 = 5x161 + Cx160 = 80 + 12 = 9210
Exemplo:
Seja o número 14210. A estratégia utilizada para converter o número, consiste em efectuar a
passagem de forma individual para cada algarismo em separado.
Outro exemplo:
Seja o número 97510
Obs.: Se o número “975” for convertido para binário o resultado obtido não
será o mesmo, pelo facto de se tratar de dois códigos de naturezas distintas,
com objectivos de aplicação diferentes, embora ambos apresentem os
mesmos símbolos para representá-los.
Tabela 6.4: equivalência de
valores para código BCD.
A tendência do mercado é tornar cada vez mais intuitiva a programação e a operação dos
equipamentos inteligentes programáveis. Os controladores programáveis estão incluídos neste
contexto e admitem este princípio desde o início da sua concepção. A opção pelo “Ladder”
demonstra a intenção de adequar a linguagem de programação ao tipo de usuário. Na indústria, a
prática rotineira com os relés electromecânicos inspirou os projectistas a desenvolver um tipo de
formato que simulasse o mesmo ambiente que os electricistas estavam acostumados a trabalhar,
podendo então emular a realidade dos circuitos eléctricos compostos pelos contactos e bobinas
dos relés electromecânicos.
OBS: Considerando a tabela verdade ao lado, concluímos que a saída só será verdadeira, se ao
menos, uma das entradas for verdadeira.
Em função da tabela verdade ao lado, concluímos que a saída somente será verdadeira caso as
duas entradas simultaneamente forem verdadeiras.
No diagrama Ladder a baixo quando os conteúdos do endereço “A” e “B” forem simultaneamente
iguais a “1” a linha estará permissiva para a passagem de corrente (imaginando que as
extremidade do circuito estejam polarizadas), então para este caso, a bobina “S” será energizada.
A função “NÃO E” é a negação da função “E”. Tudo que for verdadeiro para função “E” não será
verdadeiro para a função “NÃO E”.
5. FUNÇÃO “OU EXCLUSIVA”
A tabela verdade abaixo mostra que a saída “S” somente será verdadeira caso as entradas “A” e
“B” apresentem diferença no estado lógico (falso verdadeiro ou verdadeiro falso).
Capítulo 7
PROGRAMANDO EM LADDER
7.1. INTRODUÇÂO
Lógicas de Programação
É uma fracção de um programa correspondente a um determinado número limitado de instruções,
que define a ordem de execução das instruções nesta parte do programa.
Figura 7-6 Sequência de execução interna das lógicas
Veja o que acontece com a lógica da figura abaixo
7.6.Controlo de Agitador
Desenvolver um algoritmo em ladder para controlo de um agitador, sabendo-se que o agitador
será ligado sempre que a manopla de comando (H) estiver na posição de liberação e o nível do
tanque (S01) acima do sensor de nível utilizado (contacto fechado).
O motor ligará através do comando da manopla e do sensor, ou seja, a manopla e sensor serão
representados por contactos NA e o motor por um relé bobina, todos dispostos em série, como
mostra o diagrama da figura 7-16.
Observe que o motor acciona quando a saída do controlador for energizada devido ao comando
(corrente virtual) imposta pelos contactos NA de E01 e E02 estarem activos.
7.7.Controlo de Alarmes
Em um sistema automático uma característica muito importante relaciona-se com o
retorno do estado dos equipamentos e a utilização de alarmes para sinalizar as
condições inesperadas e eventos do processo. O sistema de alarme é dividido em
duas partes uma sonora e uma apenas visual.
Para frisar este conceito sobre alarmes desenvolveremos a lógica de controlo deste sistema,
seguindo os procedimentos abaixo:
O alarme luminoso deverá permanecer ligado enquanto existir um alarme activo.
O alarme sonoro será accionado sempre que ocorrer uma transição de zero para um em
qualquer uma das entradas de alarmes.
Depois de ligado o alarme sonoro permanecerá activo até que seja pressionado o botão para
silenciar o alarme.
As entradas e saídas do controlador estão especificadas abaixo:
E01: Alarme – Rele térmico do motor 1. E04: Alarme – Nível alto no tanque.
S02:
E05: Cala Alarme – Botão para silenciar o
E02: Alarme – Rele térmico do motor 2. Alarme
alarme.
luminoso.
E03: Alarme – Botão de emergência
S01: Alarme sonoro.
pressionado.
Figura 7-18 Solução controlo
de alarmes
7.8. CONTADORES E TEMPORIZADORES