Assistência Ao Trabalho de Parto Aula

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Assistência ao

Trabalho de Parto
1. Beneficência:
Obrigação ética de se maximizar o
benefício e minimizar o dano.
O profissional deve ter a maior convicção
e informação técnica possíveis que
assegurem ser o ato médico benéfico ao
paciente (ação que faz o bem).
Grau de recomendação e força de
evidência
1. A: Grandes ensaios clínicos aleatorizados
e meta-análises.
2. B: Estudos clínicos e observacionais bem
desenhados.
3. C: Relatos e séries de casos clínicos.
4. D: Publicações baseadas em consensos e
opiniões de especialistas.
Avalição Inicial
• 1. Determinar se a paciente está ou não
em fase ativa de trabalho de parto (TP):

• O uso de critérios claros para o diagnóstico de


fase ativa de TP reduz o uso de ocitocina.
ASSISTÊNCIA AO PRIMEIRO
PERÍODO:

• 1. Controle de sinais vitais maternos: no


momento da admissão e a cada 60 minutos.

• 2. Realização de enema glicerinado: não


deve ser realizado de rotina, pois não se
mostrou capaz de reduzir infecção materna ou
fetal e traz desconforto à paciente e aumenta o
custo do procedimento.
• 3. Dieta: Restringir a ingestão de alimentos não
garante um menor conteúdo estomacal
Risco associado à anestesia geral
• O TP requer enormes quantidades de energia
A restrição severa pode levar à desidratação e à cetose
• Estas complicações podem ser evitadas com o
oferecimento de líquidos e alimentos leves à parturiente.

• 4. Tricotomia: Muito desconfortável


• Não há evidências de sua eficácia em diminuir
taxas de infecção
• Fator de risco para infecção, principalmente se
executada 2 h antes do procedimento.
• 5. Punção venosa e infusão de líquidos: não deve ser
rotineiramente empregada, uma vez que cerca de 80%
das pacientes admitidas em TP terão tido parto dentro de
8 horas. É recomendado o uso de fluidos endovenosos
somente naquelas que tiverem parto prolongado ou que
necessitarem de uso de medicação endovenosa.

• 6. Avaliação fetal: deve ser feita pela ausculta


intermitente dos batimentos cardíacos fetais a cada 30
minutos com sonar Doppler ou estetoscópio de Pinard. A
ausculta deve ser feita principalmente durante e logo após
as contrações com o objetivo de detectar possíveis
desacelerações. O uso rotineiro da cardiotocografia em
gestações de baixo risco está formalmente contraindicado,
devido ao alto índice de resultados falso-positivos.
• 7. Analgesia: deve ser feita, quando necessário,
sempre que a paciente estiver em fase ativa de TP. Pode
ser feita das seguintes maneiras:
• Métodos não farmacológicos: Compressas, Banhos, Mudança de
posição, Massagem, Focalização da atenção e distração,
Hipnose, Música, Contrapressão
• Bloqueio peridural com marcaína administrada por cateter
• Raque-analgesia com opióide (sufentanil 5-7,5 mg ou fentanil);
• Uso de meperidina endovenosa (50-100 mg), de forma lenta e
diluída, associada ou não à metoclopramida, devendo-se evitar,
apenas, o seu uso próximo ao final do primeiro período
(dilatação maior que 6 cm), pelo risco de depressão respiratória
no RN.

• Ao ser realizado parto com analgesia, deve-se atentar para a


possibilidade de redução da dinâmica uterina, com necessidade
de correção da mesma e para o aumento da chance de parto
instrumentado.
• 8. Partograma: utilizar para acompanhamento
de todas as pacientes em trabalho de parto:

• É a representação gráfica do trabalho de parto


que permite acompanhar sua evolução,
documentar, diagnosticar alterações para a
correção destes desvios, ajudando ainda a evitar
intervenções desnecessárias.
9. Manejo ativo do TP:

Consiste em uma série de medidas


descritas abaixo, que demonstraram ser
capazes de encurtar o tempo de trabalho
de parto, reduzir o risco de trabalho de
parto prolongado e, possivelmente,
reduzir a taxa de cesarianas.
• Toques vaginais a cada hora nas primeiras três
horas, e a cada 2 horas no período
subseqüente;

• 1º toque feito 1 hora após a admissão: se


dilatação não progrediu pelo menos 1cm:
realizar amniotomia. A amniotomia reduz a
duração do TP em 1 a 2 horas, reduz a chance
de Apgar abaixo de 7 no 5º minuto e também
reduz a necessidade de ocitocina;

• 2º toque feito 1 hora após amniotomia: se não


houver progressão de pelo menos 1 cm, iniciar
com uso de ocitocina.
10. Uso de ocitocina
• Diluir 5 U em 500 ml de soro glicosado em bomba de
infusão ou com equipo comum;
• Durante o uso, avaliar constantemente as contrações
uterinas e a freqüência cardíaca fetal.
• Se o padrão contrátil exceder 5 contrações em 10 minutos,
as contrações tiverem duração maior que 1 minuto ou
houver desaceleração da freqüência cardíaca fetal:
descontinuar o uso.
• Existem 14 esquemas de aumento de dose de ocitocina
testados e publicados na literatura, sem claras vantagens de
um sobre os outros.
• As doses utilizadas iniciam em 0,5 até 7 mU e são
aumentadas geométrica ou aritimetricamente em intervalos
de 15 a 60 minutos.
11. Parto normal com cesariana prévia
• Seguro nas pacientes com uma incisão uterina
segmentar prévia;
• Pode ser utilizada a ocitocina e a analgesia;
• Acompanhar evolução do TP pelo partograma a
fim de diagnosticar precocemente a
desproporção céfalo-pélvica;
• Atentar para sinais de ruptura uterina:
• dor na incisão;
• sangramento vaginal;
• desacelerações da freqüência cardíaca fetal;
12. Deambulação:

•Controleda dor
• Diminui a necessidade de peridural

•Redução do uso de ocitócicos

•Diminuição dos partos vaginais assistidos

•Prevenção da distocia
ASSISTÊNCIA AO SEGUNDO
PERÍODO
• 1. Posicionar paciente:
• Para a maioria das pacientes: Laborie-Duncan, com
decúbito dorsal, mesa de parto verticalizada ao máximo
e flexão e abdução dos membros inferiores ou, se
desejado, cócoras.
• Não há diferenças nos resultados perinatais,embora a
posição de cócoras possa reduzir a dor no terceiro
período.
• Em pacientes com insuficiência cardíaca:
• decúbito lateral (posição de Simms).

• 2. Anti-sepsia e colocação de campos


esterelizados.
• 3. Bloqueio pudendo e infiltração em leque
• se necessária a realização de episiotomia.

• 4. Realização de episiotomia:
• deve ser realizada seletivamente, somente nos casos
em que exista indicação para seu uso (sofrimento
fetal, uso de fórcipe, fetos grandes, cardiopatia
materna, período expulsivo prolongado, etc).
• Realizar preferencialmente a episiotomia médio-
lateral, que apresenta menor risco de extensão para
reto e esfíncter anal.
• 5. Auscultar BCF a cada 5 minutos durante o período
expulsivo, imediatamente antes, durante e após a
contração uterina.

• 6. Controle do desprendimento da cabeça:


desprendimento lento e contínuo , com o objetivo de
evitar a deflexão súbita da cabeça.

• 7. Aspiração da boca e nariz do feto com pêra de


borracha. Verificar se há circular cervical de cordão. Se
a circular for apertada, clampear e cortar o cordão.

• 8. Assistência ao desprendimento dos ombros: se o


mesmo não for espontâneo, tracionar ligeiramente a
cabeça fetal inferiormente para liberar o ombro anterior
e, em seguida, superiormente para liberar o posterior.
ASSISTÊNCIA AO TERCEIRO
PERÍODO:
• 1. Manejo ativo:
• Emprego de 10 UI de ocitócitocina IM após o
desprendimento do ombro anterior
• Clampeamento imediato do cordão umbilical
• Tração contínua e controlada do cordão
umbilical
• Redução de 40% de hemorragia
puerperal.

• 2. Revisão do trajeto: após a dequitação


deve-se verificar a presença de lacerações de
trajeto, que podem ser fonte de sangramento
significativo e episiorrafia.
ASSISTÊNCIA AO QUARTO
PERÍODO
• 1. Observar sinais vitais e sangramento.

• Se sangramento excessivo por hipotonia


uterina, realizar massagem uterina e infusão
de 40 UI de ocitocina em 1000 ml de solução
glicosada a 40 gts/min.
• Se o tratamento instituído não for eficaz,
pesquisar a possibilidade de retenção de
restos placentários, lacerações de trajeto e
distúrbios de coagulação.

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