África Lusófona Um Pouco de Historia

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ÁFRICA LUSÓFONA: UM

POUCO DE HISTÓRIA
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO – UEMA
CAMPUS COLINAS - MA
LITERATURAS AFRICANAS DE LÍNGUA PORTUGUESA
PROFA. ESP. LEONÊZA ROSA PEREIRA

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Introdução

O objetivo desta aula é apresentar


um breve panorama da África
Lusófona abordando a ocupação
portuguesa iniciada na segunda década
do século XV (1415), com a conquista
da cidade de Ceuta, no Marrocos, e
finalizada na segunda metade do século
XX, com a independência dos cinco
países africanos colonizados pelos
portugueses.
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Antes da chegada do europeu à África,
quase nada se sabia sobre o modo de
vida ou sobre a organização dos grupos
étnicos que lá viviam. Entretanto, é
inegável que a cultura secular e ágrafa
desses povos permaneceu e se difundiu
por outros territórios ocupados pela
nação lusa, como o Brasil.

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Para falarmos da cultura e das
literaturas africanas, e de seus inegáveis
laços com o Brasil, precisamos voltar no
tempo e observar que, sem os
empreendimentos marítimos dos
portugueses que os levaram a algumas
regiões da África, e também ao nosso
território, essa história seria bem diferente.

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No Brasil colonial, a cultura
portuguesa do colonizador, a cultura
africana e a cultura indígena foram os
pilares da constituição do caráter
brasileiro, ainda que o colonizador
europeu, branco, tenha subjugado o
negro e o índio e suas culturas. Ambas
eram não cristãs e, por isso, naquela
época, consideradas “inferiores”.

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PANORAMA DAS
LITERATURAS AFRICANAS
DE LÍNGUA PORTUGUESA

O TEXTO CONSTRÓI-SE COMO UMA VISÃO PANORÂMICA DAS


LITERATURAS AFRICANAS DE LÍNGUA PORTUGUESA E PROCURA
RESSALTAR ALGUNS MOMENTOS SIGNIFICATIVOS DOS PROJETOS
LITERÁRIOS DE CADA PAÍS BEM COMO CARACTERÍSTICAS
MARCANTES DE ALGUNS DE SEUS NOTÁVEIS ESCRITORES.

MARIA NAZARETH SOARES FONSECA


TEREZINHA TABORDA MOREIRA
O aparecimento das literaturas de línguas portuguesa:

 Por um lado resulta de um longo processo histórico de quase


500 anos de assimilação de parte a parte;

 Por outro, de um processo de conscientização que se iniciou


nos anos 40 e 50 do XIX;

 Relacionado com o grau de desenvolvimento cultural nas ex-


colônias;

 E com o surgimento de um jornalismo por vezes ativo e


polêmico, que se pautava numa crítica severa à máquina
colonial.

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A Literatura:

 Em Angola, Cabo verde, Guiné – Bissau, Moçambique e São


Tomé e Príncipe, o escritor africano vivia até a data da
independência no meio de duas realidades às quais não podia
ficar alheio: a sociedade colonial e sociedade africana.

 A escrita literária expressava a tensão existente entre esses


dois mundos e revelava que o escritor era um homem-de-
dois-mundos.

 O embate que se realizou no campo da linguagem literária foi


o impulso gerador de projetos literários característicos dos
cinco países africanos que assumiram o português como
língua oficial.

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Manuel Ferreira (1989) discute a emergência da literatura nos
espaços africanos colonizados pelo português propondo a
observação de quatro momentos:

 No primeiro, destaca que o escritor está em estado quase absoluto


de alienação (momento da alienação cultural);

 O segundo corresponde a fase em que o escritor manifesta a


percepção da realidade, temos os primeiros sinais de sentimento
nacional (a dor de ser negro, o negrismo e o indigenismo);

 O terceiro momento é aquele em que o escritor adquire a


consciência de colonizado, (momento de desalienação e do
discurso de revolta);
 O quarto momento corresponde à fase histórica da independência
nacional, (é o momento do texto em liberdade, da criatividade,
temas como mestiço, identificação com África e do orgulho
conquistado).

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Numa perspectiva mais histórica , Patrick Chabal (1944) refere-se ao
relacionamento do escritor africano com a oralidade e propõe quatro
fases abrangentes das literaturas de africanas de língua portuguesa:

 Assimilação: produção de textos literários imitando, sobretudo,


modelos de escrita europeus;

 Resistência: fase de rompimento com os moldes europeus e da


conscientização do valor do homem africano;

 Independência: tempo de afirmação do escritor africano como tal,


o escritor busca marcar seu lugar e sua posição na sociedade pós-
colonial;

 Atualidade: escritores procuram novos rumos dentro das


coordenadas de cada país.

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Movimentos Literários significativos e obras importantes para o
desenvolvimento das literaturas africanas:

 Em Cabo Verde, a publicação da Revista Claridade (1936-1960);

 Em São Tomé e Príncipe, a publicação do livro de poemas Ilha de


nome santo (1942), de Francisco José Tenreiro;

 Em Angola, o movimento “Vamos descobrir Angola” (1948) e a


publicação da revista Mensagem (1951-1952);

 Em Moçambique, a publicação da revista Msaho (1952);

 Na Guiné – Bissau, a publicação da antologia Mantenhas para quem


luta! (1977) pelo Conselho Nacional de Cultura;

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