Artigo Literatura
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PROCESSO DE FORMAÇÃO.
Resumo: Este artigo pretende dialogar com o processo de formação da literatura africana de
expressão portuguesa em África, trazendo de forma breve o contexto histórico em que se
construiu o continente e principalmente em países falantes de língua portuguesa; Moçambique,
São Tomé e Principe, Guiné Bissau, Angola, Cabo Verde, Timor-Leste e Guine Equatorial.
Além disso, tratará também do processo de construção da literatura no continente africano e
para fomentar de forma mais abrangente a discussão a cerca do assunto, e como arcabouço
teórico desta pesquisa, contara com ajuda de autores como Benjamin Abdala Junior, 1988.
Homi Bhabha, 1998, Alfredo Bosi, 1992. Entre outros teóricos do campo da teoria literária
como; BAKHTIN, 1988. Foram usados como fonte de pesquisas alguns artigos e textos do
escritor moçambicano Mia Couto.
Palavras-chave: Cultura. Identidade. Colonizador. Colonizador.
Abstract: This article intends to dialogue with the formation process of Portuguese-speaking
African literature in Africa, briefly bringing the historical context in which the continent was
built and mainly in Portuguese-speaking countries; Mozambique, Sao Tome and Principe,
Guinea Bissau, Angola, Cape Verde, Timor-Leste and Equatorial Guinea. In addition, it will
also deal with the process of building literature on the African continent and to encourage a
more comprehensive discussion on the subject, and as a theoretical framework for this research,
it will have the help of authors such as Benjamin Abdala Junior, 1988. Homi Bhabha, 1998,
Alfredo Bosi, 1992. Among other theorists in the field of literary theory such as; BAKHTIN,
1988. Some articles and texts by the Mozambican writer Mia Couto were used as research
sources.
Keywords: Culture. Identity. Colonizer. Colonizer.
INTRODUÇÃO.
A literatura africana de expressão portuguesa nasce de uma situação histórica originada
no século XV, época em que os portugueses iniciaram a rota da África, polarizada depois pela
Ásia, Oceania, Américas. A historiografia e a literatura portuguesas, sob a óptica expansionista,
testemunham o «esforço lusíada» da época renascentista. Cronistas, poetas, historiadores,
escritores de viagem, homens de ciência, pensadores, missionários, viajantes, exploradores,
enobrecem a cultura portuguesa e, em muitos aspectos, colocaram-na ao nível da ciência e das
grandes literaturas europeias. (FERREIRA, 1977 P. 7). É importante ressaltar que esse processo
histórico passa por um período cristão que reconhece o direito à dominação, foi um período de
1
Mestrando na Universidade Estadual de Goiás, Programa de Pós-graduação Stricto Sensu em Língua Literatura
e Interculturalidade. (POSLLI/UEG). Graduado em Licenciatura plena em Letras Português/inglês. (UEG). Lattes:
http://lattes.cnpq.br/2515139061447491
muita barbárie e de segregação cultural, e violência a pequenas comunidades pelo povo
português.
A literatura pode derrubar mitos, desconstruir crenças ou construí-las, ela tem poder de
fazer uma pessoa deslocar-se de si, se sentindo outra ou simplesmente se imaginando em um
lugar que nunca esteve. Ela mexe com o imaginário e com as percepções humanas, pode abrir
a mente para horizontes que antes não eram explorados, muda reflexões construídas durante
anos, ou pode simplesmente mostrar outra linha de raciocínio diferente, mas o que se acredita
é que a literatura tem o poder transformador, pois tem a força de mudar o conceito de um povo
ou a forma de olhar para o futuro e o passado, ela constrói de forma sólida pensamentos críticos
importantes para se estabelecer uma sociedade. Portanto, é impossível falar de literatura sem
falar de formação social, porque esses dois temas se completam, uma sociedade por mais
isolada que seja precisa de ter um pensamento crítico sobre aquilo que é importante para seu
convívio diário, como Antônio Cândido nos traz nesse trecho do artigo O direito à literatura.”
Ora, se ninguém pode pensar vinte e quatro horas sem mergulhar no universo da ficção e da
poesia, a literatura concebida no sentido mais amplo a que se refere, parece corresponder a uma
necessidade universal, que precisa ser satisfeita e cuja satisfação constitui em direito”
(CÂNDIDO 2004, pág. 175).
Porém, aqui, o foco é a literatura africana de expressão portuguesa. Para entender essa
escrita, é necessário entender como ela começa, como ela ganha força, entender como o negro
é visto na sociedade colonial, e como sua cultura é tratada pelo colonizador, os processos que
ocorrem para que à literatura africana de expressão portuguesa ganhe legitimação, porém, tem
que se discutir o papel do colonizador no contexto cultural do povo africano e na sua formação
ideológica. A partir de 1484, inicia-se a colonização portuguesa em solo africano, surgindo,
então, o reino de Angola, onde os portugueses exploravam não somente os produtos naturais
daquele lugar, como também, a população que ali estava, usavam como escravos, “coisificava”
os angolanos assim como os demais africanos. Além de ignorar suas crenças, seus hábitos, sua
condição de seres humanos, os tornando fruto da mais brutal escravização. Enquanto muitas
das colônias portuguesas conquistaram a independência de Portugal, dentre elas o próprio
Brasil, Angola e outros países conquistaram a independência bem mais tarde, datando de 1974,
quando finalmente foi derrubada a ditadura no País.
Porém, entre os anos de 1950 e 1960 já havia espaço para clandestinamente serem
formadas as primeiras colônias de língua portuguesa, e com a libertação da Angola em 1975,
foi implantado o regime democrático de direito, dando mais liberdade ao povo e aumentando a
força de luta por seus direitos, porém isso não se deu de maneira fácil, a emancipação de um
povo é um processo muito longo que demanda tempo e muita luta. A África era vista como um
continente desprotegido, principalmente por sua escassez de armamentos que não fossem
manufaturados, o povo africano não tinha defesa, sua tecnologia e indústria de guerra eram
inferiores aos dos europeus, o negro então passou a ser visto como inferior aos brancos, sendo
tratados como menos inteligentes.
A colonização se deu por uma parcela da sociedade branca, que se colocando como
superiores, usaram esse argumento de superioridade para legitimar seus atos, e com brutalidade
fizeram valer suas vontades e obtiveram vantagens econômicas sobre o povo negro. Aponta-se,
aqui, o processo de alienação pelo qual os africanos passaram, através desse processo os brancos
difundiam suas ideologias que se colocavam em um patamar superior ao negro, baseando-se na
ausência de conhecimento tecnológico. A dinâmica entre colonizado e colonizador era colocada
da seguinte forma, os colonizadores incutiram nos povos dominados um sentimento de
inferioridade, a fim de facilitar sua exploração e, assim, também justificavam sua dominação;
o cerne do discurso seria “[...] o homem branco é eleito como o grande sacrificado” (
FERREIRA, 1977 p. 11), assim, os africanos deveriam se sentir gratos de alguma forma pelo
fato dos colonizadores assumirem esse fardo de afastarem os negros de sua bestialidade, ao
português caberia desbravar o território africano se apropriando de tudo que fosse daquele povo,
“[...] a oportunidade de ganhar novos espaços brutaliza e faz retorcer as formas cruentas o
cotidiano vivido pelos dominados” (BOSI,1992 p. 21).
Desse modo, o dominado se vê numa situação muito delicada, pois se quem eram antes
estava errado, e se não conseguiam ser como dizem que deve ser, então quem eram? Que povo
que é dono por direito daquela terra dominada? Assim, o colonizador influenciou de forma
negativa o colonizado, causando uma séria distorção de identidade, como se sabe a identidade
de uma nação é composta por vários fatores, como o folclore, a língua, a tradição e mitos que
constituem a história do povo, as consequências do modo como o homem negro foi tratado
permanecem até hoje, “a crença na superioridade de raças continua sendo usada para disseminar
essa guerra que a África ainda vive, e essa busca pela identidade que fora roubada do povo
africano, pois já não se reconhecem em sua própria história, em sua própria terra” (BHABHA
1998).
Os agentes desse processo não são apenas suportes físicos de operações econômicas;
são também crentes, que trouxeram nas arcas da memória e da linguagem, aqueles mortos que
não devem morrer (BOSI, 1992 p.15) Para Bosi, ocupar-se de uma cultura local de forma bruta
é não levar em consideração o povo daquele lugar e a historicidade que eles carregam, e quando
não se leva isso em consideração é como se estivem mortos, pois tal condição coloca sua cultura
como algo irrelevante, pequeno demais, algo de pouco valor. Dessa forma, o homem dominado
vai perdendo sua vontade, vai se submetendo a essa situação de aceitar o que lhe é imposto, vai
ficando um povo sem perspectiva, sem vontade, desmotivado.
Nesse contexto, o africano sem sua identidade se encontra perdido em meio aos
acontecimentos que o cercam, pois o colonizador deixou o sujeito africano sem um lugar social,
esse sujeito então foi se adequando as situações que lhe foram impostas, sendo assim, o negro
foi se adaptando, aprendeu a língua do colonizador, seus modos e costumes. Benjamin Abdala
Junior chama esse processo de aculturação: “A aculturação, na situação de desigualdade
colonial, significou a assimilação do africano aos valores da metrópole, uma aculturação a
padrões externos e exteriormente impostos a ponto de causar uma desaculturação em relação
aos valores da nacionalidade”. (ABDALA JUNIOR, 1998). Esse processo abre espaço para que
o homem negro comece tentar se parecer ao máximo com um contexto que é imposto pelo
colonizador, aprendendo assim seus costumes e crenças e fazendo o negro colocar de lado tudo
que ele aprendeu durante a vida, “[...] quando não foi possível afastar o peso dessas culturas,
foi usado o expediente ideológico do escamoteamento, propugnando as ideologias dominantes
sempre voltadas para o europeu [...]” (Abdala Junior, 1998).
A partir desse ponto, todos os passos do sujeito colonizado são por imposição do
colonizador, como na própria literatura produzida naquele tempo, contudo, o povo africano
pode enxergar um escape, uma forma de resistir e de lutar pela retomada de sua identidade, por
meio da chamada literatura de resistência, um modo de se legitimar enquanto sujeito, pois é
algo que estava muito distante da realidade do africano, porque até então os escritores escreviam
aos olhos do colonizador, e agora podem escrever sob seu próprio olhar.
A colonização não pode ser tratada como uma simples corrente migratória, ela é a
resolução de carências e conflitos da matriz e uma tentativa de retomar, “sob novas condições,
o domínio sobre a natureza e o semelhante que tem acompanhado universalmente o chamado
processo migratório”. (BOSI. Ano 1992 p. 13). Dessa forma, a colonização não é um simples
processo que deve ser ignorado, ela é uma fusão do processo mais profundo de resolução de
conflitos, é a tentativa de voltar através de novos pensamentos o domínio sobre a natureza e
que possa de alguma maneira, mudar o pensamento do povo que ali se encontra. Nesse contexto
surge a literatura africana: Os portugueses chegaram à Foz do Zaire em 1482 e, em 1575,
fundaram a primeira povoação portuguesa, São Paulo de Assunção de Loanda, hoje capital de
Angola. Dos primeiros contatos com o Reino do Congo dá-nos testemunho a correspondência
trocada entre os reis do Congo e os reis de Portugal, além de documentos, como os relatórios
dos padres jesuítas de Angola. Mas o aparecimento de uma atividade cultural regular em
“África associa-se intimamente à criação e desenvolvimento do ensino oficial e ao alargamento
do ensino particular ou oficializado, à liberdade de expressão e à instalação do prelo, que se
registam a partir dos anos quarenta do século XIX”. (FERREIRA, 1977 p.8).
É importante destacar que com toda essa mudança que ocorreu no cenário cultural,
outras questões são levantadas acerca do sujeito, e como ele se vê em meio a esse processo
chamado pós-colonialismo? como vai se comportar a própria literatura diante desse contexto
de valorização das culturas como um todo, sem que haja uma chamada cultura superior, porém
sem deixar de lado a importância que a literatura assume na historicidade tradicional e particular
de cada lugar. É impossível não levar em consideração a ruptura social e racial que o
colonialismo deixou no passado histórico e os estigmas que o homem negro carrega como fardo
em seu passado, nesse contexto faz-se importante a literatura de resistência que dá espaço a
todos, mas principalmente dá a possibilidade de fala às minorias.
O negro não é nem tampouco o branco. A incômoda divisão que quebra sua linha de
pensamento mantém viva a dramática e enigmática sensação de mudança É necessário que haja
uma libertação restaurando o contexto do marginalizado e colocando o “homem” como um ser
que em sua humanidade, deve se reconhecer como sujeito livre, olhando além dos olhos da
colonização, liberto das amarras as quais a sociedade impõe enquanto ser pertencente a ela,
entende-se então que é necessário que não exista mais essa diferença entre homem negro ou
branco, é necessário que haja um reconhecimento como indivíduo social, que comungue das
mesmas inquietudes da sociedade como um todo: “[...] As virtudes sociais da racionalidade
histórica, da coesão cultural, da autonomia da consciência individual assumem uma identidade
imediata, utópica, com as sujeitos aos quais conferem uma condição civil” (BHABHA, 1998
p.74), a partir desse ponto o que se deve ser levado em consideração é a condição de indivíduo
social.
Aquele alinhamento familiar de sujeitos coloniais - Negro/Branco, Eu/Outro
- é perturbado por meio de uma breve pausa e as bases tradicionais da identidade racial
são dispersadas, sempre que se descobre serem elas fundadas nos mitos narcisistas da
negritude ou da supremacia cultural branca. (BHABHA. 1998 p. 66).
Tem sido um caminho árduo para que esse espírito de universalidade de raças e culturas
seja aceito, sabe-se que em grande parte essa realidade de aceitação ainda é algo muito distante,
e um caminho longo até que essa realidade mude completamente, é onde se faz necessário a
literatura africana de expressão portuguesa, uma forma de escrever que não enalteça mais a uma
língua ou cultura do outro, mas que possa igualar todas, respeitando a historicidade de cada
uma, é necessário que escritores imbuídos desse instinto libertador contribuam para que as
vozes sejam ouvidas, que não haja essa “[...] escravização onde o preto se sinta injustiçado por
sua inferioridade ou o branco escravo de sua superioridade. [...]” BHABHA 1998.
Ou seja, que se entendam como seres que possuem o mesmo sentimento de pertença,
sem que possa haver esse ímpeto de superioridade ou inferioridade preestabelecido no
consciente colonial. Ser diferente daqueles que são diferentes faz de você o mesmo - que o
Inconsciente fala da forma da alteridade, a sombra amarrada do adiamento e do deslocamento.
Não é o Eu colonialista nem a outro colonizado, mas a perturbadora distância entre as quais que
constitui a figura da alteridade colonial – “o artifício do homem branco inscrito no corpo do
homem negro. Em relação a esse objeto impossível que emerge o problema liminar da
identidade colonial e suas vicissitudes”. (BHABHA 1998 p. 76). É uma busca incessante de
identidade que está enraizada no ser e no inconsciente do sujeito, é um querer ser visto quase
como se fosse uma necessidade de se colocar no lugar da história, poder se identificar com uma
cultura, principalmente na visão do colonizado, para ele é a busca por um lugar ou sentir-se
parte de algo.
É compreensível que o medo faça parte do contexto do colonizado, pois ele estava
alienado pelos pensamentos do colonizador, colocando em si mesmo o peso que estava
arraigado na história de seu povo, “[...] Manifestar nessa época recuada um sentimento africano
ou uma sensibilidade voltada já para os dados do mundo africano constitui hoje, a nossos olhos,
um ato de novidade e de pioneirismo” (FERREIRA 1977 p.14). Com o passar do tempo, a
literatura do colonizado vai ganhando espaço, e à medida que isso vai acontecendo, o
colonizador vai deixando de ser protagonista, e seus moldes burgueses retornam a terra mãe, a
cultura africana ganha corpo e lugar de fala, e surgem escritores que estão dispostos a falar de
povo exausto e sedento de liberdade.
Ansiando ser reconhecido como parte importante na construção cultural de sua própria
terra, sem que suas formas de expressão sejam consideradas abominações, sem vergonha de
exprimir o que são ou mesmo o que sentem, e acima de tudo não designando qual forma é a
melhor, dando espaço para que elas comunguem do mesmo sentimento, a partir do momento
que o colonizador entender que não é superior ao colonizado, pode se esperar uma relação
baseada no diálogo entre os povos em que o preconceito será colocado de lado, o diálogo é a
base das boas relações, porém, é necessário que conflitos raciais ou religiosos sejam uma forma
evidente da resistência do sujeito perante ao sistema opressor do colonizador, que envolve
questões básicas da necessidade humana, a literatura em África e seus escritores no contexto
geral, não exerce o papel somente de artifício literário, mais que isso, ela exerce um papel quase
que humanitário de resgate cultural.
E é papel do escritor poder levar para o leitor o valor que se tem na literatura africana
de expressão portuguesa, levar a riqueza nos detalhes, pois, como Benjamin Abdala Junior
discute em seu livro Literatura história e política, é que o autor está na condição de sujeito da
enunciação, ou seja, ele serve como uma espécie de conexão entre o leitor e a realidade da obra.
A codificação literária, ao tornar o sujeito da enunciação uma espécie de “radar" sociocultural,
leva-o a trabalhar uma matéria que vai muito além de sua consciência. Caso ele seja um escritor
consciente de seu ofício, como o que acontece com frequência entre os escritores com ênfase
social, ele conhecerá a relatividade de suas estratégias discursivas e as potencialidades das
estruturas textuais como elementos geradores de significação. (ABDALA JUNIOR, 1988 p.38)
CONSIDERAÇÕES FINAIS.
É evidente que esta literatura, nascida de uma experiência planetária, numa época em
que o mundo cristão reconhecia o direito à dominação, à depredação e até à barbárie (a cruz
numa mão, e a espada noutra) nada tem a ver com a literatura africana de expressão portuguesa.
(FERREIRA 1977, p.8). Assim como aconteceu em todo o continente africano, em
Moçambique não foi diferente, a literatura moçambicana se deu após a colonização e já se torna
uma produção pós-colonial, porém, esse processo acontece em meio a uma guerra civil no país,
que mesmo com todos esses acontecimentos conseguiu desenvolver sua literatura, no começo
ainda muito ligada ao colonizador.
BAKHTIN, Mikhail. Notas sobre literatura, cultura e ciências humanas. Tradução de Paulo
Bezerra. 1ª edição. São Paulo: Editora 34, 2017.
BOSI, Alfredo. A dialética da colonização. 1 ed. São Paulo. Companhia de letras. 1992.
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CANDIDO, Antônio. O direito à literatura. 4 ed. São Paulo/ Rio de janeiro. Duas cidades/
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----------- Mia. Em entrevista a Marcos Fidalgo. Blog saraiva. 2009. Disponível em:
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relacao-com-as-palavras
________ Mia. Em entrevista ao blog lusofonia. 2007 < Disponível em site acesso em: 15 de
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FONSECA, Maria Nazareth Soares; CURY, Maria Zilda Ferreira. Mia Couto: espaços
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