Simbolismo Português
Simbolismo Português
Simbolismo Português
Século XIX - XX
origem
“[...] nesse cruzamento estético e histórico, não (é) fácil separar o que é
simbolista do que não é, tal (foi) o embaralhamento operado nos fins do século
XIX [...]”
(MOISÉS, 2013, p.286)
decadentismo
1882 – decadente: novo gênero de poesia: culto do
vago
Decadência – poesia de Baudelaire: civilização
decadente, desgosto pela vida
Decadentes – preconizavam a anarquia, o satanismo,
as perversões, as morbidezas, o pessimismo, a
histeria, o horror da realidade banal, cultuavam os
neologismos e os vocábulos preciosos, criavam
quimeras brilhantes; manifestações desconexas
1886: Simbolismo substituiu Decadentismo
Publicação do manifesto simbolista por Jean
Moréas
“Inimiga do ensinamento, da declamação, da
falsa sensibilidade, da descrição objetiva, a
poesia simbolista procura vestir a ideia duma
forma sensível”.
Espírito decadentista português
Crise da monarquia
Retorno ao egocentrismo e à
introspecção
Anticientificismo
Oposição ao Realismo
Antipositivismo
Antinaturalismo
Preocupava-se em expressar o
Decadentismo Realismo
pensamento coletivo
Morbidez
Pessimismo
(MOISÉS, 2013)
“A fim de comunicar verbalmente o que não se diz, o
indescritível, só lhes restava, portanto, o caminho da
sugestão: daí defenderem que as palavras deveriam
evocar e não descrever, sugerir e não definir.”
Poema em prosa
Verso livre
Metros sonoros, coloridos evocativos
Sinestesias:
“Há perfumes frescos como carnes de
crianças/Doces como oboés, verdes como os
campos”
Ritmo, musicalidade do verso
O Simbolismo não constituiu um movimento
nem uniforme, nem estático, nem dirigido, como
foi o Realismo: à mercê do individualismo mais
diverso e das oscilações estéticas e filosóficas do
tempo, foi vário e múltiplo em qualquer estágio
de sua evolução
POESIA SIMBOLISTA
mitológico
[...]
•Hércules
A hidra torpe!... Que a estrangulo... Esmago-a
De encontro à rocha onde a cabeça te há-de, •Cabeça principal da
Com os cabelos escorrendo água, Hidra
Temática:
Fugacidade da vida
Desencanto diante do mundo
Fragilidade humana
Poemas:
Viola Chinesa
Estátua
Soneto (Foi um dia de intensas agonias.)
Poema Final
Viola chinesa
Vai adormecendo a parlenda
Sem que amadornado eu atenda
A lengalenga fastidiosa.
Sem que o meu coração se prenda,
Enquanto, nasal, minuciosa,
Ao longo da viola morosa,
Vai adormecendo a parlenda.
Mas que cicatriz melindrosa
Há nele, que essa viola ofenda
E faz que as asitas distenda
Numa agitação dolorosa?
Ao longo da viola, morosa...