Análise Crítica Do Conto - OK (1)

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ANÁLISE CRÍTICA DO CONTO “ANGÚSTIA”

NA PERSPECTIVA DA TEORIA DO ROMANCE


DE GEORGE LUKÁCS.

Docente: Dra. Leila Freitas


Discentes: Priscila Machado, Lorena Marçal, Emanoelle Carvalho e Marcelo Pereira

UNEMAT
2024
TÓPICOS:
 BIOGRAFIA DE GEORGE LUKÁCS E DO ANTON TCHEKHOV;

 EXPLICAÇÃO E ANÁLISE CRÍTICA SOBRE O CONTO “ANGÚSTIA”;

 NARRADOR E TEMPO NA TEORIA DE “GÉRARD GENETTE”;

 AMBIENTAÇÃO NA TEORIA DE “OSMAN LINS”;

 PERSONAGEM NA TEORIA DE “FORSTER”;

 ANÁLISE CRÍTICA DO CONTO, DE ACORDO COM A PERSPECTIVA DE


LUKÁCS.
BIOGRAFIA GEORG LUKÁCS
Georg Lukács (1885–1971) foi um filósofo marxista húngaro
conhecido por sua obra "História e Consciência de Classe".
Influenciado pelo idealismo alemão, tornou-se marxista durante
a Primeira Guerra Mundial. Sua teoria da reificação analisa
como o capitalismo aliena os indivíduos. Apesar de sua
afiliação ao Partido Comunista, teve uma relação complexa
com ele, sendo por vezes criticado e perseguido. Lukács viveu
no exílio durante a Segunda Guerra Mundial e foi expulso do
partido após a Revolução Húngara de 1956, embora tenha sido
reintegrado mais tarde. Sua contribuição para o pensamento
político e cultural é significativa, especialmente em áreas como
teoria crítica e estética marxista.
BIOGRAFIA ANTON TCHEKHOV
Anton Tchekhov (1860–1904) foi um influente escritor russo,
conhecido por suas peças de teatro e contos. Nascido em
Taganrog, estudou medicina e trabalhou como médico, mas sua
paixão pela escrita o levou a criar obras notáveis como
“Angústia”, "A Gaivota“ e "Tio Vânia". Suas histórias exploram a
vida provincial russa e temas como tédio e desilusão. Tchekhov
também foi um médico dedicado, trabalhando durante surtos de
doenças e fome. Sua abordagem realista e humanitária teve
um impacto duradouro na literatura russa e mundial. Ele faleceu
em 1904, aos 44 anos, de tuberculose.
ANGÚSTIA

 Fazendo um panorama do conto “Angústia” do Anton Tchekhov, é


apresentado o protagonista Yona Potapov cocheiro, na qual, ao decorrer
do conto transporta dois passageiros e aborda dois, na tentativa de
desabafar a sua profunda tristeza da morte do seu filho, porém, em
nenhum momento é ouvido e sim ignorado. Dessa forma, no final do
enredo Yona desabafa com o rocim, e lamenta pela perda injusta.
1° TENTATIVA
 Militar

— Pois é, meu senhor, assim é… perdi um filho esta semana. — Hum!… De que foi
que morreu? Yona volta todo o corpo na direção do passageiro e diz: — Quem é que
pode saber! Acho que foi de febre… Passou três dias no hospital e morreu… Deus
quis. — Dá a volta, diabo! — ressoa nas trevas uma voz. — Não está mais
enxergando, cachorro velho? É com os olhos que tem que olhar! — Anda, anda… —
diz o passageiro. — Assim, não chegamos nem amanhã. Mais depressa!

O cocheiro estica novamente o pescoço, ergue-se um pouco e agita o chicote, com


uma graciosidade pesada. Depois, torna a olhar algumas vezes para o passageiro,
mas este fechou os olhos e parece pouco disposto a ouvir.
2° TENTATIVA

 Grupo de jovens

Yona volta a cabeça para olhá-los. Aproveitando uma pausa curta, olha mais uma vez
e balbucia: — Esta semana… assim, perdi meu filho! — Todos vamos morrer. —
suspira o corcunda, enxugando os lábios, após o acesso de tosse. — Bem, bate nele,
bate nele! Minha gente, decididamente, não posso continuar andando assim! Esta
corrida não acaba mais?
“Está novamente só e, de novo, o silêncio desce sobre ele… A angústia que
amainara por algum tempo torna a aparecer, inflando-lhe o peito com
redobrada força. Os olhos de Yona correm, inquietos e sofredores, pela
multidão que se agita de ambos os lados da rua: não haverá, entre esses
milhares de pessoas, uma ao menos que possa ouvi-lo? Mas a multidão
corre, sem reparar nele, nem na sua angústia… Uma angústia imensa, que
não conhece fronteiras. Dá a impressão de que, se o peito de Yona
estourasse e dele fluísse para fora aquela angústia, daria para inundar o
mundo e, no entanto, não se pode vê-la. Conseguiu caber numa casca tão
insignificante, que não se pode percebê-la mesmo de dia, com muita luz…”
E QUAL É A CRÍTICA DO CONTO?
TEORIA DE GÉRARD GENETTE

 NARRADOR: Heterodiegético (3° pessoa narra, mas, não participa)

 FOCALIZAÇÃO: Narrativa não focalizada ou zero grau (onisciente)


TEMPO
 ANACRONIA: Desencontros entre tempo da diegese e o tempo do discurso;

 DIEGESE: História, ou seja, imaginação;

 DISCURSO: Narrado, ou seja, escrita;

 ANALEPSE: Recuo no tempo (passado).

“Yona permanece algum tempo em silêncio e prossegue: — Assim é, irmão, minha


egüinha… Não existe mais Kuzmá Iônitch… Foi-se para o outro mundo… Morreu
assim, por nada… Agora, vamos dizer, você tem um potrinho, que é teu filho… E, de
repente, vamos dizer, esse mesmo potrinho vai para o outro mundo… Dá pena, não
é verdade?”
AMBIENTAÇÃO NA TEORIA DE OSMAN
LINS
 AMBIENTAÇÃO: Descreve um quadro entre as personagens, situados em um
dado espaço.
 AMBIENTAÇÃO É FRANCA: Descrito pelo narrador

“Crepúsculo vespertino. Uma neve úmida, em grandes flocos, remoinha preguiçosa


junto aos lampiões recém-acesos, cobrindo com uma camada fina e macia os
telhados das casas, os dorsos dos cavalos, os ombros das pessoas, os chapéus. O
cocheiro Yona Potapov está completamente branco, como um fantasma. Encolhido
o mais que pode se encolher um corpo vivo, está sentado na boléia, sem se mover.”
PERSONAGEM NA TEORIA DE
FORSTER
Tanto o protagonista quanto os personagens são planas, ou seja não
surpreendem.

 PROTAGONISTA: do inicio ao fim demonstra o mesmo sentimento de


melancolia;

 DEMAIS PERSONAGENS: Todos demostram o mesmo sentimento de


frieza em relação ao protagonista.
ANÁLISE SOB PERSPECTIVA DE
LUKÁCS
 PERSONAGEM DEMONÍACO: Personagem-problema, cuja consciência é
simples demais para a complexidade do mundo;

 HERÓI PROBLEMÁTICO: Aquele que reflete, que pensa de forma racional, dessa
forma, precisa fazer escolhas e assim não aceita o destino, gerando a consciência
demoníaca;

 CONSCIÊNCIA DEMONÍACA: Eterna insatisfação, não aceita o destino;

 ALARGAMENTO DO CÍRCULO METAFÍSICO: Capacidade e de pensar de


questionar;

 MUNDO CONTINGENTE: A incerteza diante das escolhas.

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