O documento aborda a definição e os componentes da personalidade, destacando a interação entre fatores biológicos, psicológicos e socioculturais no seu desenvolvimento. Discute também os tipos de temperamento e caráter, além de apresentar a teoria de Carl Jung sobre os tipos psicológicos e o inconsciente coletivo, incluindo arquétipos como anima e animus. A importância da integração equilibrada desses aspectos para o desenvolvimento da individualidade é enfatizada.
O documento aborda a definição e os componentes da personalidade, destacando a interação entre fatores biológicos, psicológicos e socioculturais no seu desenvolvimento. Discute também os tipos de temperamento e caráter, além de apresentar a teoria de Carl Jung sobre os tipos psicológicos e o inconsciente coletivo, incluindo arquétipos como anima e animus. A importância da integração equilibrada desses aspectos para o desenvolvimento da individualidade é enfatizada.
O documento aborda a definição e os componentes da personalidade, destacando a interação entre fatores biológicos, psicológicos e socioculturais no seu desenvolvimento. Discute também os tipos de temperamento e caráter, além de apresentar a teoria de Carl Jung sobre os tipos psicológicos e o inconsciente coletivo, incluindo arquétipos como anima e animus. A importância da integração equilibrada desses aspectos para o desenvolvimento da individualidade é enfatizada.
O documento aborda a definição e os componentes da personalidade, destacando a interação entre fatores biológicos, psicológicos e socioculturais no seu desenvolvimento. Discute também os tipos de temperamento e caráter, além de apresentar a teoria de Carl Jung sobre os tipos psicológicos e o inconsciente coletivo, incluindo arquétipos como anima e animus. A importância da integração equilibrada desses aspectos para o desenvolvimento da individualidade é enfatizada.
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Psicologia Geral
Curso de Licenciatura em Educação Física e Desporto
Faculdade de Ciências de Saúde e Desporto
Prof. Dr. Reinaldo Maeneja
Personalidade • Segundo Dalgalarrondo (2008), personalidade é conjunto integrado de traços psíquicos, que envolve o total das características individuais, em relação com o meio, incluindo todos os factores físicos, biológicos, psíquicos e socioculturais de sua formação, conjugados com tendenciais inatas e experiências adquiridas no curso de sua existência. • Portanto, percebe-se que personalidade descreve os atributos característicos comportamentais, emocionais e cognições do indivíduo. Personalidade Historicamente o termo personalidade tem origem no latim “persona” que se refere a máscara de teatro que um actor usava, para representar os diversos papéis. Na actualidade verifica-se que personalidade é muito mais complexo que um jogos de papéis, pois ela caracteriza o modo como o sujeito se comporta habitualmente. Portanto, no conceito personalidade ressaltam a ideia de que ela é estável ao longo da vida e dinâmica, sujeito a determinadas modificações. A descrição da personalidade considera os modos como deveríamos caracterizar um indivíduo. Personalidade O homem ao nascer não traz propriamente uma personalidade bem definida, pois nos primeiros meses, a criança não percebe ainda as formas precisas dos seres e objectos, nem a distância das coisas. Essas ocorrências sucedem porque a criança não traz em seu nascimento as percepções, faculdades e sentidos desenvolvidos. O desenvolvimento e a dinâmica da personalidade decorrem da relação do ser humano com o mundo circundante. Personalidade Durante o estudo da personalidade temos que ter em conta aspectos como: constituição corporal, temperamento e caracter.
1-Constituição corporal – conjunto de propriedades morfológicas,
metabólicas, bioquímicas, hormonais resultado da herança genética. Ela estabelece em boa parte o aspecto do indivíduo, sua aparência física, o perfil de seus gestos, sua voz, o estilo dos seus movimentos, facto que tem grande influência sobre as experiências psicológicas da pessoa ao longo da vida, seu modo de reacção. Personalidade 2- Temperamento – conjunto de particularidades psicofisiológicas e psicológicas inatas que diferenciam um indivíduo do outro. Os temperamentos são determinados por factores genéticos ou constitucionais precoces produzidos por factores endócrinos ou metabólicos. Segundo Buss e Plomin citado por Hansenne (2003) os temperamentos representa a dimensão afectiva e emocional da personalidade, eles surgem precocemente na vida, continua na vida adulta. Portanto, para este autores os temperamentos são traços inatos da personalidade. Embora tenham base genética, eles podem ser modificados. Personalidade A ideia de que os temperamento tem base biológica remota da antiguidade, pois estava relacionados a humor, facto que conduzia a concepção de quatros tipos de humor ou tipologia humanas:
Temperamento sanguíneo – são expansivo e optimista, mas também
irritável e impulsivo. Temperamento fleumático – sonhador, pacífico e dócil. Temperamento melancólico – triste e amoroso, nervoso. Temperamento colérico – irascível, forte e combativo/ tenaz, tende a demonstrar ambição e desejo de domínio. Personalidade Segundo Fontama (1998), “a medida que a criança cresce, o temperamento interage com o ambiente, com factores cognitivos e com outras variáveis maturativas como a aparência física, todas essas coisas desempenham papel na determinação da personalidade”. Personalidade 3- Carácter – reflecte o temperamento moldado, modificado e inserido no meio familiar e sociocultural. Segundo Dalgalarrondo (2008), para a psicopatologia o carácter é a soma de traços de personalidade, expressos no modo básico de o indivíduo reagir perante a vida, seu estilo pessoal, suas formas de interacção social. Ainda para este autor o carácter se desenvolve no sentido oposto ao temperamento, pois muitas vezes indivíduos exibicionistas e teatral esconde um temperamento tímido e fóbico, ou carácter agressivo e audaz esconde temperamento medroso e angustiado. Traços de personalidade Um traço de personalidade representa uma característica durável, a disposição do indivíduo para se comportar de uma determinada maneira em situações diversas. Os traços são disposições individuais que orientam a conduta, em deferentes contextos, de forma particular. Um traço da personalidade é uma característica que distingue uma pessoa da outra e que a leva se comportar de maneira mais ou menos coerente. Para Hansenne (2003) os traços habituais são a impulsividade, a generosidade, a sensibilidade, a timidez, hostilidade etc. Traços de personalidade Se eu lhe pedisse para descrever sua personalidade, era capaz talvez de dizer que és uma pessoa sociável, entusiasta, que procura novos desafios e experiências ou até pudesse dizer és uma pessoa preocupada, com uma visão pessimista das coisas etc. Portanto, muitos dos termos que usamos para descrever a nós mesmo podem ser expressões de algumas características comuns e fundamentais da personalidade. São essas características básicas que os psicólogos denominam traços de personalidade Factores intervenientes no desenvolvimento da personalidade Os factores intervenientes no desenvolvimento da personalidade classificam –se em: Dado – que compreende a natureza, a herança e as potencialidades que amadurecerão. Este manifesta-se e actualiza-se em contacto com o mundo. Apropriado – o sujeito forma-se a partir do dado e através da apropriação do mundo. Apropria-se quando aprende, adquire conhecimentos. Autodeterminação – característico da livre vontade do indivíduo. A personalidade forma-se da espontaneidade natural possibilitada pelo dado e escolhas das oportunidades. Factores intervenientes no desenvolvimento da personalidade Portanto, o dado deve ser analisado a partir da herança enquanto o apropriado deve ser visto a partir da interacção com o meio uma vez que se refere ao que cada pessoa adquire na relação com o meio ambiente simplesmente pelo facto de viver. Sendo assim o dado é metáfora da herança e amadurecimento enquanto o apropriado é imagem da experiência e meio. Tipos psicológicos segundo jung Carl Gustav Jung (1875-1961), foi um dos ilustres discípulos de Freud. Desenvolveu uma concepção original da estrutura e funcionamento da alma. Criou e aprofundou conceitos hoje bastante utilizados e discutidos em psicologia. Para mais detalhes visite a psicologia analítica de Carl Jung. Ele descobriu que as pessoas poderiam ser caracterizadas como sendo primariamente orientadas para seu interior ou para o exterior como já dissemos. Tipos psicológicos segundo jung Em algumas ocasiões a introversão pode ser mais apropriado do que a extroversão e outras o contrário. Contudo nenhuma das duas é mais importante que outra. O ideal é ser flexível e capaz de adoptar qualquer uma delas quando necessário. Portanto, o interesse primário dos introvertidos centram-se em seus pensamentos e sentimentos, em seu mundo interior, tendem a ser introspectivos. O perigo aqui é centrar demasiadamente em si e perder contacto com o mundo exterior. Enquanto os extrovertidos o interesse primário é com o mundo exterior, tendem a serem mais sociais e conscientes do que está a conhecer a sua volta. Tipos psicológicos segundo jung Jung apresenta-nos quatros funções psicológicas fundamentais: pensamento, sentimento, sensação e intuição. Extrovertido pensamento – são lógicos, objectivos e dogmáticos. Vive com base em regras da sociedade, tendem a reprimir os sentimentos e emoções, são objectivos em todos aspectos da sua vida e dogmáticos em suas opiniões.. Podem ser considerados rígidos e frio. Estes podem ser bons cientistas, porque se concentram em adquirir conhecimento. Extrovertido sentimento – emotivo, sensível, sociável, mais típico das mulheres do que dos homens. Tende a reprimir o pensamento e ser muito emotivo. Respeita os valores tradicionais e morais que lhe são ensinados, sensíveis às opiniões dos outros Tipos psicológicos segundo jung Extrovertidos sensação - busca o prazer, adaptável. Concentram-se no prazer e na busca de novas experiências. São pessoas voltadas para o mundo real e se adaptam a tipos diferentes de pessoas e situações instáveis.
Extrovertido intuitivo – criativo, capaz de motivar outros e aproveitar
oportunidades. Sentem-se atraídos por ideias e tendem a ser criativas, conseguem inspirar outros a realizar seu trabalho e a conquistar, tendem a ser volúveis, mudando de uma ideai a outra. Tomam decisões baseadas em palpites do que em reflexão, contudo suas decisões geralmente são correctas. Tipos psicológicos segundo jung Introvertido pensamento – mais interessado em ideia do que nas pessoas. Não se da bem com as outras e tem dificuldade de transmitir ideias. Concentra-se mais no raciocínio do que em sentimentos. Sempre preocupado com privacidade, os outros o consideram teimoso, indiferente, arrogante e sem consideração.
Introvertido sentimento – reservado, capaz de ter emoções profundas,
embora não demonstre. Reprime o pensamento racional, parece misteriosos, inacessíveis, quietos, modestos e infantis. São tímidos, frio e autoconfiantes. Tipos psicológicos segundo jung Introvertido sensação – sem interesse pelo exterior, passivo, calmo e desligado do mundo quotidiano.
É extremamente sensível , demonstrando através da arte ou música, e tende a
reprimir sua intuição.
Introvertido intuitivo – mais preocupado com o inconsciente do que com a
realidade quotidiana. É intuitivo , tem pouco contacto com a realidade, é visionário e utópico.
São pouco compreendidas pelos outros, são consideradas estranhas e excêntricas.
Tipos psicológicos segundo jung Segundo Jung citado por Fadiman e Frager (1986), para o indivíduo, uma combinação das quatro funções resulta numa abordagem equilibrada do mundo. Ainda Jung explica a fim de nos orientarmos, temos que ter uma função que nos assegure de que algo está aqui (sensação), que estabeleça o que é (pensamento), que declare se isto nos é ou não apropriado, se queremos aceitá-lo ou não (sentimento) e que indique de onde isto veio e para onde vai (intuição) Porém, diz-se que ninguém desenvolve bem todas as quatro funções. Uma delas é que se mostra dominante e uma outra. Quanto mais desenvolvidas e conscientes forem as dominantes e auxiliar, mais inconscientes serão as outras duas. Estrutura de personalidade segundo jung Composta por vários elementos que se integram entre si, moldando o comportamento, desenvolvimento psicológico e processos de individualização. A psique humana para Jung é composto por camadas consciente e inconscientes. Estrutura de personalidade segundo jung: Principais componentes da personalidade Ego – centro da consciência, responsável pela identidade e pela percepção de si mesmo e do mundo exterior. Inconsciente pessoal – formado por material psíquico reprimido ou esquecido, como memorias, desejos, medos e traumas, acessível por meio de sonhos, lapsos de linguagem ou comportamento inesperados. Inconsciente colectivo camada mais profunda da psique que não é única para o indivíduo, mas compartilhada por toda humanidade. O inconsciente coletivo de Jung Jung introduziu o termo inconsciente coletivo universal - um conjunto de ideias, imagens e símbolos comuns que herdamos de nossos parentes, de toda a raça humana e inclusive de ancestrais animais não humanos do passado distante. Inconsciente coletivo é compartilhado por todos e exibido no comportamento que é comum nas diversas culturas – como o amor de mãe, a crença em um ser supremo e até mesmo comportamentos tão específicos como o medo de cobras. O inconsciente coletivo de Jung O inconsciente coletivo contém arquétipos – que são representações simbólicas universais de uma pessoa, objeto ou experiência particular. Por exemplo, o arquétipo de uma mãe, que contém reflexos das relações de nossos ancestrais com as figuras maternas, é sugerido pela prevalência das mães em campos como arte, religião, literatura e mitologia. Jung também sugeriu que os homens têm um arquétipo masculino inconsciente que realça seu comportamento O inconsciente coletivo de Jung Carl Jung chamou o arquétipo masculino inconsciente presente nas mulheres de Animus. Animus é a personificação do inconsciente masculino nas mulheres. Anima como a personificação do inconsciente feminino nos homens. O inconsciente coletivo de Jung Animus é descrito por Jung como uma figura composta por ideias, opiniões e crenças, que podem manifestarem-se como forca critica ou autoritária, representando figuras masculinas internacionalizadas ao longo da vida da mulher. Animus pode influenciar o comportamento de uma mulher, colorindo suas decisões com assertividade, racionalidade ou até postura combativa. O inconsciente coletivo de Jung Se uma mulher não tem uma relação saudável com seu animus tem as seguintes consequências: Critica interna severa Rigidez de opinião Projecção de figuras masculinas – como chefes ou figuras de autoridade, pode ver os homens como opressores, críticos Falta de equilíbrio entre razão e emoção –distanciar-se da sua própria intuição, sensibilidade bem como distanciar-se dos sentimentos, dando mais valor ao pensamento logico e racional, o que cria desequilíbrio psicológico que afasta das necessidades emocionais Comportamento autoritário. Relacionamentos conflituosos O inconsciente coletivo de Jung Anima representa qualidades e aspectos psicológicos femininos, como sensibilidade, intuição, empatia, reciprocidade. A anima é uma espécie de ponte entre o consciente e inconsciente, uma figura mediadora entre o homem e sua própria psique mais profunda. Se um homem não tem uma relação saudável com a sua anima, ela pode se manifestar de maneira negativa, através de projeccoes exageradas sobre figuras femininas ex. pode se sentir atraído por mulheres que parecem personificar aspectos de sua própria anima inconsciente, ou pode reagir de maneira exagerada a mulher de sua vida real, esperando que ela atenda a essas expectativas inconscientes O inconsciente coletivo de Jung Quando um homem se reconcilia e integra sua anima de forma saudável, ele torna-se equilibrado do ponto de vista emocional, intuições. Esses arquétipos representam qualidades do gênero oposto presentes na psique e que influenciam o comportamento, as atitudes e as escolhas das pessoas. O inconsciente coletivo de Jung Para Jung, os arquétipos desempenham um papel importante na determinação de nossas reações, atitudes e valores no dia a dia. Jung acreditava que, ao tomar consciência dos arquétipos e integra- los de maneira equilibrada, as pessoas poderiam alcançar um maior grau de individualização, isto é, o processo de tornar-se plenamente consciente de si mesmo, integrando aspectos inconscientes e conscientes da personalidade. Bibliografia • DALGALARRONDO, Paulo; Psicopatologia e semiologia dos transtornos mentais; 2ª ed.; São Porto Alegre: Artmed, 2008 • CHIAPPIN, Achylles, Formação da Persaonalidade; 8ª ed.; Porto Alegre: Edipucris, 2012 • FADIMAN, James; FRAGER, Robert; Teorias da Personalidade; São Paulo: Harbra, 1986 • FONTANA, David; Psicologia para professores; São Paulo: Ediçoes Loyola, 1998 • HANSENNE, Michel; Psicologia da Personalidade; Lisboa: Climeosi Editores, 2003