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UNIDADE TEMÁTICA III:PERSONALIDADE

Personalidade e respectivas Teorias

“Os psicologos que estudam a personalidade estão interessados tanto nos atributos que
caracterizam todas as pessoas quanto nas diferenças individuais, aquelas constelações de
qualidades que tornam cada pessoa única”. (Davidoff, 2001:504).

No entanto, para falar da Personalidade, é pertinente abordar os conceitos, Individuo e


Individualidade.

Individuo
A noção de individuo encarna o facto do homem pertencer ao género humano. Individuo é o
recém nascido, um adulto, idiota, pessoa instruida ou não;
A Personalidade precisa duma caracteristica especial capaz de descrever a qualidade.

Individualidade
A Personalidade de cada homem possui uma combinação exclusiva de traços e
particularidades que formam a sua individualidade.
A individualidade é a combinação das particularidades psicológicas do homem que constituem a
sua peculiaridade e que a distinguem de todas as demais pessoas.

Manifestação da individualidade:
Traços do temperamento e do carácter, habitos e interesses predominantes, processos de
cognição (percepção, memória, pensamento, imaginação), aptidõess, estilo, etc;
Não existem duas pessoas com uma combinação igual das particularidades psicológicas
indicadas, e consequentemente a personalidade é a única na sua individualidade.

PERSONALIDADE
A palavra personalidade deriva da palavra latina persona, que significa máscara utilizada no
teatro grego para representar as emoções dos actores.
A Psicologia, dentro das diversas linhas de estudo, apropriou-se deste conceito associando-o a
uma série de outros que também eram utilizados para definir as particularidades da
individualidade tais como carácter, índole (feitio) e temperamento.

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Definição do Conceito Personalidade


Por personalidade, refere-se aqueles padrões relativamente consistentes e duradouros de
percepção, pensamento, sentimento e comportamento que dão às pessoas identidade
distinta.(Davidoff, 2001: 504).

Davidoff (2001:504) refere ainda que a personalidade é um construto sumário que inclui
pensamentos, motivos, emoções, interesses, capacidades e outros.
A Personalidade é também definida segundo diversas perspectivas em relação a natureza da
pessoa. Mwamwenda (2009:269) cita os seguintes autores:

Personalidade significa o self publico, aquela parte que é apresentada ao público enquanto o
resto da Personalidade é privada e é apenas conhecida pelo próprio sujeito. (Hergenhahn &
Oslon, 1999);

“É a integração de todos os traços, capacidades e causas de um individuo, tal como o seu


temperamento, atitudes, opiniões, crenças, respostas emocionais, estilos cognitivos, carácter e
moral” Gage e Berliner (1984) , op cit:269.

“Caracteristicas estaveis de uma pessoa, incluindo as suas capacidades, talentos, habitos,


preferencias, fraquezas, atributos morais e um numero de outras qualidades importantes que
variam de pessoa p/ pessoa”. Lefrançois (1980);

“Personalidade ‘e o modo caracteristico do sujeito de responder a uma situacao, ou o seu modo


preferencial de comportamento face a circunstancias especificas e a outras pessoas” Parkinson,
2000).
Segundo Alport, um dos maiores estudiosos da personalidade humana, a personalidade pode ser
definida como «a organização dinâmica no individuo, dos sistemas psicofisicos que determinam
o seu comportamento e o seu pensamento característico»
Esta definição pressupoe: Uma organizacao mental que permita, a partir de padrões, ideias e
hábitos, dirigir a actividade.
O termo personalidade implica uma organização resultante da unidade inseparavel entre a mente
o corpo.
A Personalidade é constituida por uma série de factores interligados que dirigem a actividade e o
pensamento. Há sempre uma tendência determinante que influencia o modo como o individuo se
expressa e se ajusta ao real, e pelo qual a Personalidade se torna conhecida.

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Escopo da Psicologia da Personalidade


Alguns psicologos da personalidade tentam descrever e explicar certo aspecto da personalidade,
como seja a ansiedade, a agressão, necessidade de realização ou senso de controle.
Outro grupo de psicologos especializa-se na construção e avaliação de instrumentos de avaliação
da personalidade chamados testes de personalidade.
Outros, dedicam-se ao estudo de teorias da personalidade, tentando entendê-las, ensina-las ou
elaborar novas teorias.
Ainda, os psicologos da personalidade (Clinicos), usam a teoria da personalidade, pesquisa e
instrumentos da avaliação para ajudar as pessoas a ter uma compreensão de si mesmas e a
resolver problemas.

Temperamento
“ O conjunto individualmente peculiar e naturalmente condicionado das manifestações dinamicas
do psiquismo”. (Petrovsky,1989:406).

As particularidades psiquicas das pessoas dependem do “krasis” ou temperamento, isto é, da


proporção em que estão no organismo misturados os principais liquidos (sangue, linfa e bilis).
Dai o temperamento sanguineo, Fleumático, Colérico e Melancólico.

Traço
Alguns dos traços de personalidade que são destacados nas teorias da personalidade são a
honestidade, generosidade, rudeza, crueldade, rigidez, emocionalidade, egocentrismo,
temperamento, disposição, tendências emocionais, os modos de pensar, sentir e interagir com os
outros. (Hurlock 1974, Jersild, Brook & Brook 1978, como citado em Mwamwenda, 2009).
Será que estes traços ou comportamentos são determinados genética ou ambientalmente?

Factores de desenvolvimento da Personalidade


Destacam-se três factores que influenciam o desenvolvimento da Personalidade, e estes estão
relativamente interligados, embora a sua influência seja diferente nos diferentes indivíduos e nas
diferentes fases da vida, a saber: influências hereditárias; meio social; e experiências pessoais;

1) Influências hereditarias
Cada pessoa apresenta-se na sua singularidade fisiológica e morfológica. O padrão genético
estabelecido no momento da concepção influencia as características da personalidade que um
indivíduo desenvolverá.

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De forma que, um dano que afecte o cérebro, herdado ou causado à nascença pode ter grande
influência sobre o comportamento da pessoa. Na determinação do temperamento estão as
variações individuais do organismo, concretamente a constituição física e o funcionamento do
sistema nervoso e do sistema endócrino, que são em grande parte hereditários.

2)Factores de Desenvolvimento da Personalidade: Meio Social


O meio social desempenha um papel determinante na construção da personalidade. Esta forma-se
num processo interactivo com os sistemas de vida que a envolvem como a família, o grupo de
amigos, a escola, o trabalho, etc.
A família/lar tem um papel muito importante, principalmente nos primeiros anos de vida pelas
características e qualidade das relações existentes). A relação criança mãe e outros familiares é
determinante.
A escola:
A seguir os pais, os professores tem mais influência no desenvolvimento da personalidade da
criança do que qualquer outro grupo de pessoas;
E preciso que haja harmonia entre o sistema de valores do lar e da escola para o desenvolvimento
da (P) da crianca.
O tipo de ambiente e clima em que se vive (hostil, violento, harmonioso, etc.) também dá a sua
contribuição no desenvolvimento da personalidade.
Quanto mais próximo é o relacionamento de duas pessoas, tanto mais é provável que as
características da sua personalidade sejam as mesmas.

3)Experiências pessoais
A qualidade de relações precoces e o processo de vinculação na relação mãe/filho são
fundamentais na estruturação e organização da personalidade. A complexidade das relações
familiares vai influenciar as capacidades cognitivas, linguísticas, afectivas, de autonomia, de
socialização e de construção de valores das crianças e jovens.
Outro aspecto muito importante na construção da personalidade é a adolescência com a formação
de uma identidade, que se reflecte, no vestir, nas ideias defendidas e nas formas de se expressar.
Ao longo de toda a vida decorrem acontecimentos que marcam a personalidade de quem os vive,
tais como mortes, violações, frustrações, cura de uma doença grave, divórcio, etc. A forma como
representamos essas experiências o modo como conseguimos (ou não) superá-las e integrá-las na
nossa vida são o reflexo de uma personalidade.

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Importância do estudo da Personalidade

A Personalidade desempenha um papel fundamental nas experiências de sucesso ou fracasso na


vida. (Hurlock 1974). Logicamente é preciso aprender mais a respeito.
Os professores devem estudar a teoria da Personalidade para intensificar a compreensão de si
próprios e dos alunos com quem irão trabalhar.
Os professores devem ter um conhecimento adequado do comportamento humano, tal como se
descreve nas teorias da personalidade.
A aprendizagem é crucial no desenvolvimento da personalidade da pessoa uma vez que os traços
da (P) sao adquiridos ao longo do PEA;

Um professor com conhecimentos sobre os traços da Personalidade estara mais apto a prever o
comportamento do aluno numa multiplicidade de situações e deste modo lidar com ele de modo
produtivo e significativo.
Os professores tem um papel importante a desempenhar, moldando a presonalidade dos seus
alunos ao interagir com eles de dia para dia.

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TEORIAS DA PERSONALIDADE

O presente texto aborda as teorias de personalidade, com o objectivo principal de perceber como a
personalidade se desenvolve e que aspectos influenciam no seu desenvolvimento.

Vai encontrar o conceito de personalidade, as origens das teorias de personalidade, pois só assim poderá
saber em que contexto os teóricos da personalidade começaram a preocupar-se em conhecer e entender a
personalidade.

Em seguida, as teorias psicodinâmicas, fenomenológicas, disposicionais e behavioristas, explicam a


personalidade e o seu desenvolvimento. No fim é feita uma relação entre as teorias para conhecer suas
convergências e divergências.

1.Conceito de Personalidade, refere-se a padrões relativamente consistentes e duradouros de percepção,


pensamento, sentimento e comportamento que dão identidades distintas às pessoas (Davidoff:2001).

2.Origem das teorias de personalidade


Segundo Davidoff (2001:505), as teorias desempenham um papel proeminente na psicologia da
personalidade. Muitas surgiram em ambientes de clínicos, de esforços para entender e tratar pessoas com
problemas psicológicos. Essas teorias “baseadas em clínicas” dependem de “insights” adquiridos em
entrevistas extensas com relativamente poucas pessoas.

As teorias de personalidade também vem de observadores e experimentos controlados em laboratórios. As


“teorias baseadas em laboratório” enfatizam a elaboração de medidas precisas e o uso de análises
(Davodoff:2001).

3. Teorias psicodinâmicas
Para Davidoff (2001:505), as teorias psicodinâmicas da personalidade enfatizam a importância dos
motivos, das emoções e de outras forças internas. Supõem os conflitos psicológicos são resolvidos,
geralmente durante a infância.

Os teóricos psicodinâmicos usam para a mensuração da personalidade, instrumentos como: entrevistas,


estudos de caso e testes projectivos – para avaliar os aspectos inconscientes da personalidade que
frequentemente lhes interessa.

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Muitos são os teóricos psicodinâmicos, mas trataremos primeiro de Freud, um gigante na teoria da
personalidade.

3.1 Sigmund Freud e a sua Teoria Psicanalítica


Freud explicou a personalidade normal e anormal e descreveu como tratar as pessoas psicologicamente
perturbadas (Freud: 2001).

O inconsciente

Segundo Davidoff (2001: 505) Freud acreditava que as pessoas são consciente de apenas uma parte de sua
vida mental. Alguns conteúdos são pré-conscientes, enterrados logo abaixo da consciência, de onde são
facilmente recuperados. A vasta maioria do conteúdo é inconsciente. Embora não tenhamos consciência
directa dos conteúdos do inconsciente, eles entram na consciência disfarçados – em sonhos, nos lapsos de
língua e outros enganos e acidentes.

Freud acredita que, somente um especialista pode entender o inconsciente de alguém. O especialista
analisa o resultado em um longo período, procurando pistas para a natureza do conteúdo inconsciente,
(Davidoff: 2001).

Instintos e libido

Freud acreditava que todos os instintos se enquadravam em duas categorias: instintos de vida e de morte.

Instintos de vida

Os instintos de vida, como sexo, fome e sede, ajudam as pessoas a sobreviver e se reproduzir. E estes
instintos devem ser satisfeitos, senão podem gerar um comportamento anormal.

Freud, fala ainda de “ instintos sexuais”, e esta expressão, para este teórico, é ampla e abrange inúmeras
pulsões corporais, incluindo sucção e defecação. Ele supunha ainda que estas pulsões “sexuais” diferentes
funcionam independentes uma da outra na infância mas eram fundidas na puberdade, para servir ao
objectivo da reprodução (Davidoff: 2001).

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Instintos de morte

Considerado instinto destrutivo ou ainda thanatos, é o instinto responsável pela morte e destruição. Para
Freud, as pessoas tem uma vontade inconsciente de morrer. Também sugeria que os seres humanos são
agressivos porque esse desejo de morte é bloqueado pelos instintos de vida e outras forças dentro da
personalidade. A agressão é autodestruição voltada para fora (Davidoff: 2001).

Componentes distintivos da personalidade (perspectiva Freudiana)

Freud passou acreditar que a mente humana enfrenta três conjuntos de demandas conflitivas: as que
partem do corpo, da realidade externa e das restrições morais. Desta perspectiva surgem os componentes
distintivos da personalidade:

a) Id – opera de acordo com o princípio de prazer. Para reduzir tensão, o id forma a imagem
do objecto desejado, previamente associado com a satisfação de um impulso.
b) Ego – opera de acordo com o princípio da realidade, este procura estratégias de solução
para os problemas (desejos do id).
c) Super-ego – funciona independentemente, lutando pela perfeição e admirando o
idealismo, o auto-sacrifício e o heroísmo. Influencia o ego para atender os objectivos
morais e forçar o id a inibir seus impulsos animais.

Estes componentes estão competindo continuamente entre si pelas energias disponíveis dos instintos de
vida e morte.

O dilema do ego

Segundo Davidoff (2001: 507) o ego ocupa uma posição pivô como mediador, tentando executar
acordos. Este, precisa servir ao id, ego e realidade, e tem de fazer seu melhor para conciliar as demandas
dos três.

O ego evita ansiedade, efectuando acordos com os seguintes:

 Os sonhos – representam os desejos do id em uma forma disfarçada e distorcida, para


evitar a censura do superego
 Os mecanismos de defesa – estratégias usadas pelo ego para lidar com ansiedade e
resolver conflitos entre o id e o superego.

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 Os sintomas de comportamento anormal – as lutas internas geram ansiedade e depressão;


as estratégias defensivas interferem no funcionamento e resta pouca energia para as
tarefas do viver.
 O amor – acordo ideal. No amor, o sexo e outras necessidades básicas são satisfeitas por
um relacionamento que agrada o id, o ego e o superego.

Desenvolvimento da personalidade
Freud acreditava que a personalidade é moldada pelas primeiras experiências, quando as crianças passam
por um conjunto sequencial de fases psicossexuais:

 Oral – durante o primeiro ano de vida, os bebés derivam prazer basicamente da boca.
A libido centra-se nos prazeres orais: comer, sugar, morder, levar os objectos à boca e
outros.
 Anal – durante o segundo e o terceiro ano de vida o prazer é obtido basicamente da
região anal. A criança gosta de urinar e defecar e da formação e alívio da tensão que
acompanha a excreção.

Se o treinamento de toilet for rígido ou permissivo demais, uma parte significativa da libido será
fixada na fase anal e a pessoa mostrará preocupações, traços e estratégias anais. Nesta categoria
encontra-se o prazer no humor, no banheiro, horror a odores fétidos, anseio, avareza, acumulação,
auto-controle rígido, relaxamento e agressividade.

 Fálica – Freud acreditava que em algum momento entre os 3 e 5 anos na fase fálica,
as crianças pequenas descobrem que os genitais fornecem prazer. Ele pensava que a
maioria das crianças pequenas começa a se masturbar neste período e que as fantasias
durante a masturbação preparam o cenário para uma crise. A criança ama o pai do
sexo oposto excessivamente e sente rivalidade intensa com o progenitor do mesmo
sexo. No caso de mulheres, o conflito é conhecido como complexo de Electra; nos
meninos, complexo de Édipo.
 Latência – Freud acreditava que, quando a fase fálica termina, por volta dos 5 anos, a
personalidade está essencialmente formada. Nos seis anos subsequentes,

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aproximadamente, as necessidades sexuais ficam dormentes. Não aparecem conflitos


ou mudanças importantes.
 Genital – os interesses sexuais são despertados novamente no início da puberdade.
Nesta fase até a idade adulta, as pessoas orientam-se para os outros e formam
relacionamentos sexuais satisfatórios.

2.5 Outras teorias psicodinâmicas


Falaremos de forma breve sobre teóricos que não concordaram completamente com o grande Freud.

Carl Jung

Segundo Davidoff (2001:510), Jung abandonou a teoria psicanalítica ortodoxa porque a noção de que o
líbido é basicamente sexual e a ênfase no início da infância incomodava-o. Como Freud, enfatizou ao
inconsciente, entretanto, focalizou os objectivos e as lutas das pessoas, a procura de sua totalidade e o
desenvolvimento criativo.

Inconsciente colectivo

Na visão de Jung, todos herdam o mesmo inconsciente colectivo. Jung acreditava que as pessoas são o
produto de duas forças: históricas individuais e experiências compartilhadas com toda a raça humana por
toda a sua existência. As imagens e arquétipos guardados no reservatório influenciam as expectativas e o
comportamento e dominam a personalidade.

Jung acreditava ainda que o comportamento dependa da história pessoal, bem como do inconsciente
colectivo (Davidoff: 2001).

Alfred Adler

Segundo Davidoff (2001: 511) Adler que sentia que a importância da sexualidade super estimada. Sua
teoria, conhecida por psicologia individual, ressalta a importância de forças sociais e conscientes. Adler
via sentimentos de inferioridade como centrais à personalidade. A começar da idade precoce, as crianças

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avaliam-se como incapazes de atingir objectivos e desejos importantes, inevitavelmente desenvolvem


sentimentos de inferioridade. Assim as pessoas estão numa luta (luta pela superioridade).

Karen Horney

Horney também considera imprecisas as idéias freudianas clássicas sobre sexualidade, principalmente
aquelas sobre psicologia feminina. Ela enfatizou o contexto social do desenvolvimento.

Harry Stack Sullivan

Segundo Davidoff (2001:512) enfatizou os relacionamentos sociais, como Adler e Horney. Sullivan,
igualmente, ficou impressionado com a importância da infância no desenvolvimento da personalidade.
Em um ambiente interpessoal favorável, as demandas de pais afectuosos são uma correspondência justa
para as capacidades das crianças. Entretanto algumas crianças são confrontadas com estresses duradouros
porque não podem atender aos padrões emocionais, intelectuais ou físicos da perspectiva da família.
Sullivan acreditava que essas falhas atrasam ou distorcem o desenvolvimento.

Heinz Hartmann

Líder do movimento psicanalítico, chamado psicologia do ego, Hartmann, enfatiza o significado do ego
para ajudar as pessoas a se ajustar ao respectivo ambiente. O ego permite aos bebês perceber, controlar
seus movimentos e aprender. Quando os bebês interagem com o ambiente, capacidades de ego como
lembrar-se, pensar e perceber desenvolvem-se mais. Para os psicólogos dessa linha, o ego não estava
necessariamente em conflito com o id, com superego e com a realidade. Actuando sobre “energias
agressivas e sexuais neutralizadas”, o ego podia funcionar independentemente dos objectivos instintivos.

Erik Erikson

As revisões de Erikson tornam a teoria psicodinâmica mais aplicável as experiências contemporâneas.


Erikson enfatiza as implicações sociais. Diferentemente da maioria deles, ele traça o desenvolvimento
durante todo o ciclo de vida.

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Na opinião de Erikson, a personalidade forma-se à medida que as pessoas passam pelas fases
psicossociais. Em cada fase há um conflito a enfrentar e resolver, de uma forma positiva e negativa. A
solução positiva resulta em saúde mental; a solução negativa leva ao desajustamento.

A teoria de Erikson abrange oito estágios, os primeiros cincos são paralelos as fase psicossociais de Freud
(incluindo o período de latência). São paralelos no que concerne as idades aproximadas, como podemos
ver na tabela abaixo:

Idade aproximada Fases psicossexuais de Freud Fases psicossociais de Erikson

Primeiro ano Oral Confiança básica vs desconfiança

2-3 anos Anal Autonomia vs vergonha, dúvida

3-5 anos Fálica Iniciativa vs culpa

6 anos à puberdade Latência Diligência vs inferioridade

Adolescência Genital Identidade vs confusão de papel

Início da idade adulta Intimidade vs isolamento

Meia idade Generatividade vs auto-


confiança

Idade adulta Integridade vs desesperança

Percebemos, que a teoria psicanalítica ortodoxa de Freud foi muito criticada por outros teóricos das
teorias psicodinâmicas, principalmente no que concerne a sexualidade. Os outros teóricos das
psicodinâmicas, de forma geral, dão importância ao meio social no qual a pessoa se encontra inserida.

2.6 Teorias fenomenológicas

Os psicólogos fenomenológicos preocuparam-se e concentraram-se em tentar entender o “si mesmo”


(self). O principal motivo do Homem é a auto-realização.

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Existiram psicólogos tais como Rogers e seus seguidores que se preocuparam em esclarecer as condições
que facilitaram o crescimento da personalidade e que se basearam principalmente em entrevistas e técnica
Q. Esses psicólogos acreditaram que, quando crianças, as pessoas frequentemente distorcem ou negam
aspectos da própria personalidade para agradar os pais e as pessoas que lhes são importantes. A estratégia
usada pelas crianças era chamada “estratégia de perda” porque muitas delas não eram capazes de
desenvolver potenciais construtivos, apenas construir auto-imagens irreais, falsas e incompletas.

Rogers diz que a hereditariedade e o ambiente modelam a personalidade. Todavia temos que aceitar todos
os aspectos de um indivíduo e considerar positivamente a pessoa para que nas tais condições se abram
espaços para suas experiências, fazendo com que a pessoa se auto-realize.

Teorias disposicionais

Para caracterizar um indivíduo na vida diária fala-se dos seus traços e/ou tipo. Os dois casos relacionam
atributos ou disposições. Tanto as teorias de traços e as de tipos são consideradas teorias disposicionais.

Os teóricos do traço desenvolveram testes objectivos de personalidade. Eles os chamaram de objectivo.


Este teste é minimamente influenciado pelo viés do examinador. Avalia uma amplitude de características
pessoais, mas tende a enfatizar distúrbios e anormalidades.

Traços – são características singulares – temperamento, motivação, ajustamento, capacidade e valores.


Um traço como uma dimensão continua ligando duas disposições opostas como: reservado – extrovertido,
tímido – aventureiro, ou tranqüilo – tenso. As pessoas parecem “ocupar uma posição” entre os dois
extremos.

Na perspectiva de Raymond Cattell, os traços podem ser originais e artificias.

Traços originais são relativamente estáveis em toda a vida e parecem ser bastante influenciadas pela
herança genética. Desses traços surgiram muitos atributos superficiais, ou traços superficiais. Estes traços
variam de uma pessoa, dependendo da situação.

Tipos – a tipificação, uma estratégia disposicional secundária, refere-se à classificação de pessoas em


categorias de personalidade (ou tipos), com base e diversos traços relacionados.

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Diferença da abordagem de tipo e abordagem de traços

 Os traços referem-se a pequenas “partes” da personalidade; os tipos respondem por toda a


personalidade;
 A tipificação supõe que traços específicos aglutinam-se, uma suposição sustentada pelas
pesquisas.

William Sheldon acreditava que as pessoas com certos tipos de corpo desenvolvem tipos específicos de
personalidade. Ele achava que as características físicas determinam em que as pessoas são boas e o que
elas buscam. Para esse teórico, os indivíduos frequentemente desempenham papéis que os esperam.

Sheldon e seus colegas, caracterizaram tipos corporais masculinos e posteriormente femininos, de acordo
com três dimensões: endomorfia, mesomorfia e ectomorfia. Depois estes teóricos, identificou três tipos
correspondentes de personalidade: viscerotonia, somatotonia e cerebrotonia.

A tabela abaixo mostra os tipos corporais e tipos de personalidade correspondentes:

Tipo ENDOMORFIA MESOMORFIA: ECTOMORFIA:


corporal : Víscera rígido, retangular, alto, magro, frágil,
digestiva super forte, músculos cérebro grande,
desenvolvida, altamente sistema nervoso
redonda, mole. desenvolvidos. sensível.

Tipo de VISCEROTON SOMATOTONIA CEREBROTONIA:


personalida IA: adora : assertivo, inibido, contido,
de conforto, agressivo, activo, temeroso,
sociável, glutão, direto, corajoso, autoconsciente.
bem-humorado. dominante.

As teorias de tipo de personalidade existem há milhares de anos. Hipócrates, médico grego dividiu os
temperamentos em quatro tipos:

 Deprimido
 Optimista

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 Apático
 Irritável

Carl Jung, teórico da psicodinâmica, classificou as pessoas predominantemente introvertidas – tímidas


preocupadas com os próprios sentimentos ou extrovertidos – sociáveis.

Hans Eysenck, teórico contemporâneo influenciado por Jung identifica três tipos primários da
personalidade:

- Introversão – extroversão, neuroticismo (tendência a adquirir sintomas relacionados com ansiedade) e


“psicotismo” (propensão a comportamento seriamente desorganizado).

Teorias behavioristas
Teóricos behavioristas, supõem que métodos científicos rigorosos são essenciais ao entendimento das
razões pelas quais as pessoas comportam-se de uma determinada forma ou de outra. Eles enfocam o
comportamento observável e seus determinantes ambientais, especialmente o condicionamento. Segundo
Skinner, behaviorista radical a conduta varia de uma situação para outra. Ao em vez de estudar traços, os
quais ele considerava mítico, os psicólogos deveriam explorar os antecedentes ambientais e as
conseqüências das condutas a teoria da aprendizagem social cognitiva de Albert Bandura propõe que as
pessoas são seres complexos e activos que aprendem muito por meio de observação em contextos sociais
eles estão continuamente regulando o próprio comportamento. Os sentimentos de auto-eficácia são
centrais para saúde mental (Davidoff: 2001).

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Relação entre as teorias de personalidade


O principal ponto de convergência entre as teorias por nós abordadas é o objecto de estudo destas
(personalidade). Observamos que as teorias preocupam-se em estudar o que influencia as pessoas a serem
como elas são, ou seja, perceber o que influencia as percepções, pensamentos, sentimentos e
comportamentos das pessoas. Quando vistos numa perspectiva de serem consistentes e duradouros nas
pessoas e dando assim identidade distinta a elas.

O contexto de surgimento das teorias na maioria é o mesmo.

Falando dos pontos divergentes, podemos afirmar primeiro que estas teorias não vêem a personalidade do
mesmo modo, daí explicam o desenvolvimento da personalidade de forma diferente. Divergem ainda
quando tentam falar dos motivos das pessoas. Ex: para os teóricos fenomenológicos o principal motivo
humano é a auto-realização; para Adler o principal motivo (preocupação) é a superioridade.

Resumo
As teorias de personalidade estão preocupadas com o desenvolvimento da personalidade e os factores que
influenciam este desenvolvimento.

Os teóricos psicodinâmicos supõem que a personalidade desenvolve-se durante a infância e os posteriores


enfatizaram as influências sociais na personalidade e diminuíram a significância das influências sexuais;
os teóricos Fenomenológicos concentram-se no entendimento do self total. A auto-realização é considera
o principal motivo humano; teórico disposicional focalizam atribuídos estáveis e duradouros; e por fim os
teóricos behavioristas supõem que os métodos científicos rigorosos são essenciais ao entendimento das
razões pelas quais as pessoas comportam-se de uma determinada forma ou de outra.

Mas, actualmente, não há uma teoria abrangente da personalidade aceite por todos os psicológicos.

Referências Bibliográficas
Davidoff, L.( 2001). Introdução a Psicologia ,3ªedição. São Paulo.

Mwamwenda ,T.S( 2009).Psicologia Educacional , uma Prespectiva Africana.


Petrovski (1980). Psicologia Geral .Moscovo

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