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2024, Acta Comportamentalia
https://doi.org/10.32870/ac.v32i2.88354…
18 pages
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Muitos são os desafios na escrita da história. Eles passam por dificuldades ou limitações no acesso, condições de verificação da veracidade e pela definição de parâmetros de interpretação das fontes históricas, mas também por diversas decisões derivadas dos objetivos formulados e das estratégias narrativas adotadas. No âmbito das estratégias narrativas, recursos típicos da lógica formal e informal podem ser aplicados para avaliar a qualidade e apropriação das teses e argumentos defendidos em estudos históricos. Neste artigo, utilizamos os textos que comentam o debate entre Noam Chomsky e B. F. Skinner a respeito do comportamento verbal para ilustrar algumas possibilidades de erros lógicos na narrativa histórica e sensibilizar o leitor para o cuidado com a dimensão lógica na escrita e na leitura de textos históricos. Algumas falácias históricas foram analisadas: a falácia do presentismo; a falácia da generalização; a falácia do único fato; a falácia do reducionismo e, finalmente, a falácia da falsa periodização. O estudo demonstrou que muitos discursos históricos que se cristalizaram sobre o debate Chomsky-Skinner foram elaborados com base em raciocínios lógicos inadequados trazendo consequências negativas para a história da psicologia, em especial, para a história do Behaviorismo Radical.
Revista Tempo & Argumento, 2020
Resenha da obra: AVILA, Arthur Lima de; NICOLAZZI, Fernando; TURIN, Rodrigo (Orgs.). A História (in)Disciplinada. Vitória: Editora Milfontes, 2019.
Artigo publicado no volume 11 da Diálogo das Letras, 2022
Fundamentado na Análise do Discurso de Michel Pêcheux (2008; 2009) e na Epistemologia da Errância (ALMEIDA, 2019), este artigo tem por objetivo teorizar a respeito das noções de errância, sedentarização e erro no funcionamento da história e da memória discursiva. Ora, o conceito de errância tem que ver com a movência contingente, fundamental e incorrigível que produz deslocamentos tanto na base linguística quanto nos processos discursivos; o termo sedentarização, por outro lado, diz respeito ao enraizamento e estabelecimento de muros, é controle, administração, apoucamento, repetição e acúmulo de sentidos. Dessa forma, importa a este texto analisar certos efeitos da sedentarização histórica da significação na contemporaneidade. Metodologicamente, este texto se pautará predominantemente na obra Discurso: Estrutura ou Acontecimento (PÊCHEUX, 2008), analisando os efeitos do discurso logicamente estabilizado, produzido por sujeitos do discurso que Pêcheux chama de “especialistas”. Finalmente, proporemos uma maneira outra de produção e circulação dos saberes históricos, a saber, a Epistemologia da Errância.
2023
Nas diversas revisões críticas sobre o Modernismo e no ensejo teórico do Pós-Modernismo, ambos operados nos anos 1980 e 1990, submergiu um esforço de compreender, e muitas vezes classificar, as variadas manifestações do plural século XX. Sob muitos aspectos, buscava-se entender a autonomia e as especificidades dos campos disciplinares, bem como a correlação entre as diferentes formas de expressão. Um dos méritos, talvez o maior, dessa revisão epistêmica e historiográfica, seja a constatação de que a Modernidade nas artes e na arquitetura estava longe de se constituir um bloco único e uniforme, e que até mesmo as trajetórias individuais sofreram transformações quando não inflexões substanciais. Este trabalho estuda três proposições teóricas arquitetônicas modernas do Segundo Pós-Guerra a partir dos diferentes entendimentos do espaço cênico, tanto sua edificação, como o seu lugar de representação social. São elas: o entendimento dos tipos do historiador moderno Nikolaus Pevsner em seu trabalho History of Building Types (1976); a proposta corbusiana para a caixa cênica Boîte des miracles (década de 1950); e a concepção cênica para a Ópera dos Três tostões (1960) no
2017
Trabalho de Conclusão de Curso, apresentado para obtenção do grau de Licenciatura, no curso de História, da Universidade do Extremo Sul Catarinense, UNESC. Na presente monografia desenvolve-se um estudo sobre as disputas entre narrativas e pela prática intelectual entre E. P. Thompson e P. Anderson compreendidas nos quatro textos que compõe o primeiro debate no interior da New Left britânica: Origins of the present crisis; The peculiarities of the English; Socialism and pseudo-empiricism; e A note on the texts. Por se tratar do tema história da historiografia marxista britânica, uso como metodologia-teórica os textos: A Operação Historiográfica de M. Certeau e Os Conceitos de A. Prost. No primeiro momento apresento o contexto dessa controvérsia, e no segundo faço uma apresentação das produções dos artigos dos dois historiadores ingleses. E nesta perspectiva de estudo e análise busco compreender as disputas entre narrativa e pela prática intelectual desse debate de caráter historiográfico.
Apresentação em SIICUSP, 2012
Esse trabalho tem como objetivo examinar o conceito de verdade em Nietzsche e Foucault, pois é pela análise de sua historicidade que a crítica a conceitos como substância, causalidade e verdade metafísica podem ser realizadas.
Revista Escritas, 2019
O presente texto consiste em um primeiro esforço de aproximação entre duas perspectivas teóricas com as quais nos identificamos e que se apresentam como linhas de pesquisa e atuação bastante profícuas no cenário intelectual brasileiro. A primeira delas diz respeito às reflexões sobre o ensino de História a partir da Didática da História e sua preocupação em tematizar a consciência histórica como ponto de partida e chegada do ensino da disciplina, favorecendo a cognição e a literacia históricas. A segunda linha é a que parte do pensamento decolonial e de seu repertório conceitual para interpretar as sociedades e as práticas sociais do mundo pós-colonial. Desse lugar, problematiza-se quais possíveis contribuições podem ser oferecidas ao ensino de História enquanto prática e à Didática da História enquanto subdisciplina da ciência histórica, considerando-se o modo pelo qual epistemologias marginalizadas pelo pensamento Ocidental de matriz eurocêntrica influem na cultura histórica de so...
Educere et educare, 2022
RESUMO: O processo de construção histórica da ciência converge com o processo de construção do conhecimento dos alunos (processo de aprendizagem). Observar, hipotetizar, colocar teorias ou percepções à prova sob certas circunstâncias, errar ou acertar e generalizar são comuns a ambos os processos. Entretanto, observa-se pouca ou nenhuma referência ao emprego da História da Ciência no Ensino Médio. Tendo em vista essa problemática, este trabalho procura discutir a seguinte questão: Como os professores do Ensino Médio abordam a História da Ciência no ensino de Física? Diante dessa questão, o objetivo deste trabalho constitui-se em analisar como os professores do Ensino Médio abordam ou não a História da Ciência e enfatizar sua importância no ensino de Física. A constituição dos dados foi realizada por meio de entrevistas gravadas e, em seguida, transcritas. A análise destes dados foi fundamentada na fenomenologia de acordo com Bicudo (2000) e Martins (1989). O presente artigo mostra que os professores possuem lacunas em sua formação inicial, dificuldades em abordarem a História da Ciência, apontando, dessa forma, para a necessidade de um curso de formação continuada para estes professores.
rth |, 2020
O artigo discute a relação entre História e Justiça, mais precisamente a comparação entre o papel do historiador e o do juiz no processo de conhecimento de casos particulares. A historiografia é abordada em várias épocas, desde a Antiguidade Clássica até a atualidade, analisando-se Heródoto, Tucídides, Santo Agostinho, Antônio Vieira e outros. Nesta visão panorâmica, o foco recai sobre o dilema entre o juízo de valor e o juízo crítico, o que nos conduz à análise do Historicismo e do movimento dos Annales, com ênfase nas reflexões de Lucien Febvre e de Marc Bloch. Valoriza-se o procedimento judicial do historiador no domínio dos eventos, em contraste com os historiadores, linguistas ou filósofos que reduzem as evidências históricas ao domínio das representações ou versões de um mesmo fato, duvidando da veracidade de fatos reais. Aprofundamos tal discussão na abordagem de três grandes julgamentos: o caso Dreyfus, nos anos 1890, o caso Eichmann, em 1960, e o caso Sofri, nos anos 1990. ...
A falácia do presentismo consiste em um anacronismo complexo pelo qual, em uma narrativa, fatos antecedentes são falsificados, modificados e interpretados a fim de fortalecer fatos posteriores (Fischer, 1970). Também denominada de falácia "nunc pro tuc", tal equívoco é metaforicamente apresentado pelo autor como a ideia errônea de que a melhor maneira de construir conhecimento histórico consistiria na eliminação de determinados ramos "secos" da história a fim de preservar os "brotos e galhos verdes" que cresceram em meio às trevas da "floresta" obscura e incompreensível que seria o mundo contemporâneo.
A falácia do presentismo está relacionada, amiúde, a uma concepção de progresso histórico já que o historiador selecionaria acontecimentos e informações úteis e relevantes ao fortalecimento de determinadas narrativas modernas e descartaria informações sobre eventos que não correspondem à exaltação do presente. Um clássico na discussão do presentismo na historiografia é a "Whig interpretation of history" de Butterfield (1965). Nele a história whig é apresentada como a tendência de muitos historiadores em escrever sobre os eventos do passado segundo a perspectiva dos protestantes e Whigs. Essa narrativa histórica se caracterizou pelo comportamento de engrandecer determinadas revoluções vitoriosas, princípios de progresso do passado e de produção de relatos históricos que são, na realidade, uma ratificação e enaltecimento de certos fatos do presente (Butterfield, 1965).
Trazendo a discussão para o debate Chomsky-Skinner, a narrativa de uma Revolução Cognitiva, contexto em que a resenha exerceu papel fundamental, é um exemplo de presentismo. Frequentemente, os materiais que tratam do debate Chomsky-Skinner apresentam a concepção de que a resenha exerceu um papel fundamental na Revolução Cognitiva, fenômeno que ocorreu entre os anos de 1950 e 1960, sendo considerada como uma das causas da substituição do modelo behaviorista de explicação do comportamento -perspectiva até então supostamente predominante no meio acadêmico -pela vertente cognitivista. Adelman (2007), por exemplo, faz menção à Revolução Cognitiva como "a maior mudança na orientação da Psicologia Americana, da perspectiva behaviorista para a cognitiva, nos anos de 1960 e 1970" 1 e Amsel (1991) refere-se ao debate entre Chosmky-Skinner como um conflito entre a perspectiva skinneriana e chomskyana que, por sua vez, conduziu à revolução:
Talvez o evento mais importante tenha sido a publicação do livro "Comportamento Verbal" de Skinner (1957) e a extensa revisão deste livro feita por Chomsky (1959). O impasse entre esses dois gigantes em seus campos, um psicólogo comportamental e o outro linguista, forneceu o terreno fértil no qual a revolução cognitiva na psicologia poderia se desenvolver 2 (Amsel, 1992, p. 69).
Contada predominantemente pelo viés dos cognitivistas, o relato histórico de revolução incorreria na falácia do presentismo na medida em que seleciona e interpreta fatos de modo a criar uma narrativa de desenvolvimento e progresso científico. Nessa história, behaviorismo e cognitivismo são retratados como grupos teóricos antagônicos; o behaviorismo é caracterizado como uma perspectiva teórica predominante e influente durante a década de 50 e que, nos anos 60, teria sido superada pela perspectiva cognitivista, mais adequada e eficiente ao estudo do comportamento humano. O behaviorismo é retratado como ineficaz, superficial e ultrapassado e, por ter dominado a ciência da psicologia por muito tempo, teria causado atraso ao progresso científico. A troca do paradigma behaviorista pelo paradigma cognitivista é apresentada, então, como sinônimo de progresso, um sinal do aperfeiçoamento e desenvolvimento da ciência.
Avaliações de o quanto o discurso da revolução é disseminado na literatura acadêmica podem ser encontrados no estudo de Hobbs e Chiesa (2011), que avaliaram 40 textos de introdução à psicologia publicados em inglês e na dissertação de Mello (2023), que compilou mais de 80 textos acadêmicos sobre o debate Chomsky-Skinner. Em ambos os trabalhos o relato de que a passagem do behaviorismo para o cognitivismo ocorreu na forma de uma revolução é amplamente disseminado. Sua adequação, entretanto, tem muito pouco suporte em análises da literatura pertinente (Hobbs & Chiesa, 2011), e uma série de avaliações bibliométricas sustenta que essa interpretação não é correta considerando que o behaviorismo não parece ter nem dominado a literatura em psicologia em qualquer tempo nem esvanecido ao longo do tempo (e.g., Braat et al., 2020;Green et al., 2013Green et al., , 2014Green et al., , 2015bGreen et al., , 2015a.
Generalização, neste contexto, pode ser definida como um processo pelo qual, a partir de casos individuais, infere-se uma regra geral. Segundo Fischer (1970), a generalização é uma das formas mais utilizadas e abusadas pelos historiadores. A generalização se torna uma falácia quando se sustenta em uma amostra insuficiente, isto é, em uma amostra que não é capaz de representar satisfatoriamente o objeto em questão.
A história do debate entre Chomsky e Skinner está predominantemente apoiada em uma generalização: o embate entre duas perspectivas teóricas antagônicas, o behaviorismo e o cognitivismo. "Behaviorismo" e "cognitivismo" são vistos, cada qual, como movimentos unificados e homogêneos, isto é, como movimentos que apresentam visões, práticas e objetivos congruentes. O behaviorismo atacado por Chomsky era uma mistura de diferentes formas de behaviorismo -tais como o behaviorismo de Watson, Hull e Spencer -e não o behaviorismo skinneriano (Abib, 1994;MacCorquodalle, 1971;Richelle, 1973). MacCorquodale (1969) argumenta que Chomsky não compreendeu as distinções entre o behaviorismo skinneriano e os demais behaviorismos, como o behaviorismo de Watson e Hull, o que tornaria suas críticas teoricamente inconsistentes e irrelevantes. Amsel (1992) alerta, também, para o fato de que o behaviorismo criticado pelos cognitivistas seria uma caricatura da abordagem comportamental criada pelos cognitivistas. Segundo o autor, para os cognitivistas, ignorar distinções e atacar uma distorção do behaviorismo seria uma estratégia argumentativa mais conveniente e fácil do que reconhecer distinções ao realizar críticas. Como consequência, na literatura, textos que referenciam a resenha de Chomsky acabam abordando o behaviorismo de uma forma generalizada e incorrendo no mesmo equívoco do linguista (e.g, Arrúda Júnior, 2015;Breger & McGaugh, 1965;Auyang, 2000;Barsky, 1997;Bruner, 1983).
"Behaviorismo" e "cognitivismo" designam grupos teóricos bastante heterogêneos. Não há um único behaviorismo, há diversos tipos de behaviorismo (Strapasson, 2020a). Segundo Strapasson (2020b), há considerável dificuldade em identificar o que é behaviorismo e quais são seus traços definidores. As características que definem o behaviorismo, segundo o autor, foram controversas desde seu princípio. Por exemplo, o manifesto de Watson, convencionalmente considerado como o início do behaviorismo, atraiu muitos estudiosos que passaram a se intitular behavioristas. Todavia, ao mesmo tempo, outros autores passaram a se denominar behavioristas sem se identificarem com as proposições watsonianas. Esse tipo de conflito produziu uma multiplicidade de behaviorismos identificados, em geral, pelo acréscimo de um qualificador ao rótulo, tais como o "behaviorismo psicológico" de Calkins, o "behaviorismo intencional" ou cognitivo de Tolman, o "interbehaviorismo" de Kantor e, o mais popular dentre eles, o "behaviorismo radical" de Skinner. Da mesma forma, é difícil propor uma definição única de "cognitivismo". Assim como no behaviorismo, o cognitivismo apresenta também divisões e incompatibilidades internas. Richelle (1992), por exemplo, considera que seria apropriado distinguir ao menos quatro tipos de cognitivismo: cognitivismo metodológico, epistemológico, ético e institucional. Deste modo, é possível observar que os dois termos são construções fundamentadas em uma generalização, isto é, um processo de aglutinação de características semelhantes que acaba, em muitos momentos, desconsiderando uma diversidade de interesses, posições e práticas teóricas distintas (e.g. Auyang, 2000;Moerk, 1992).
Generalizar não é necessariamente uma prática negativa e prejudicial. Pode ser, inclusive, útil para a comunicação, para a organização e para identificação de conceitos. Entretanto, como discutem Watrin e Darwich (2012), a historiografia que propaga o embate entre essas duas perspectivas teóricas acabou distorcendo tanto o behaviorismo quanto o cognitivismo. Esse tipo de movimento pode acontecer por ambos os lados do debate. Todavia, quando se fala do debate entre Chomsky e Skinner, autores como Amsel (1992) e Watrin e Darwich (2012) reconhecem que esse tipo de construção teve como objetivo promover o movimento cognitivista por meio de uma caracterização equivocada, superficial e malsucedida do behaviorismo radical trazendo consequências para o desenvolvimento da ciência comportamental.
Generalizações falaciosas podem se expressar de mais de uma forma. Fischer (1970) denomina uma dessas formas como a falácia do fato único, que diz respeito à generalização equivocada a partir de um único evento. No decorrer da história, são inúmeros os exemplos de casos de generalização a partir de um único evento e que trazem problemas para a construção do conhecimento histórico. Um caso de falácia do único fato pode ser ilustrado, dentro do campo da arqueologia, pelo achado de um esqueleto em La Chapelle-aux-Saint. A partir dessa única evidência, estudiosos concluíram, em um primeiro momento, que os homens neandertais apresentavam uma configuração corporal específica -uma coluna arqueada -e, em consequência, possuiriam sérias dificuldades na forma de locomoção. Todavia, um reexame da mesma evidência demonstrou posteriormente que o indivíduo em questão representava, na realidade, uma ocorrência excepcional e séria de artrite e que o homem neandertal padrão possuiria, contrariamente, uma coluna ereta.
No debate Chomsky-Skinner, é possível identificar na literatura que autores parecem incorrer nesse equívoco ao fazer referência exclusivamente à crítica de Chomsky ao discutir a recepção do Verbal Behavior (1959) de Skinner pela comunidade acadêmica daquele momento. De modo geral, os textos que citam essa resenha sugerem que ela é a mais relevante. Amsel (1992) menciona exclusivamente a resenha de Chomsky: "Talvez o evento mais importante tenha sido a publicação do livro "Comportamento Verbal" de Skinner (1957) e a extensa revisão deste livro feita por Chomsky (1959)". Já Leahey (2018) descreve a resenha como um dos documentos mais relevantes da história da psicologia: "A revisão de Chomsky (1959) sobre o "Comportamento Verbal" (Skinner, 1957) é talvez o artigo mais influente na história da psicologia desde o manifesto de Watson para o behaviorismo" 3 (p. 375).
O fato de mencionarem especialmente a resenha chomskyana e enfatizarem a sua importância produziu a impressão equivocada, e que se consolidou no decorrer da história do debate, de que o posicionamento negativo de Noam Chomsky refletiria a forma pela qual a comunidade acadêmica recebeu o livro de Skinner no momento de sua publicação (Knapp, 1992). Em outras palavras, a partir de um único evento -a publicação da resenha e sua repercussão -uma generalização é produzida, a de que o Verbal Behavior (1957) de Skinner foi recebido de forma crítica pelos estudiosos daquele período. Knapp (1992) demonstra, contudo, que o contexto de recepção da obra de Skinner é mais heterogêneo do que frequentemente é retratado. O autor apresenta diversas outras resenhas ao Verbal Behavior publicadas entre as décadas de 1950 e 1960 (Ammons, 1958;Broadbent, 1959;Dulaney, 1959;Farrell, 1960;Gray, 1958;Jenkins, 1959;Krasner, 1958;Mahl, 1958;Morris, 1958;Neimark, 1960;Osgood, 1958;Peel, 1960;Solley, 1958;Tikhomirov (1959); Zehrer, 1959), muitas delas apresentando uma visão consideravelmente mais otimista que a de Chomsky, o que colocaria em dúvida a concepção histórica predominante de que a resenha representaria a recepção da comunidade acadêmica da obra de Skinner naquela ocasião.
De acordo com Fischer (1970), a falácia do reducionismo refere-se ao processo de redução da complexidade à simplicidade ou redução da diversidade pela uniformidade no processo de construção de relações causais em relatos históricos.
Na medida em que historiadores selecionam fatos, suas interpretações causais são inevitavelmente, em alguma medida, reducionistas. O problema surge quando a proposição de uma interpretação causal é configurada de tal forma que resulta em distorções do problema que se busca estudar. É comum que esse tipo de falácia se expresse quando o historiador confunde causa necessária com causa suficiente, isto é, a confusão de um componente causal segundo o qual seu efeito não aconteceria com um componente causal que, junto a outros, seria necessário à ocorrência de determinado evento.
No contexto do debate entre Chomsky e Skinner, a resenha é colocada muitas vezes como o evento causador do "declínio" do behaviorismo. Tal como exemplificado em Smith (1999):
Embora algumas variedades sofisticadas do behaviorismo tenham resistido por um tempo, a revisão de Chomsky ao livro de Skinner, talvez a mais devastadora já escrita, não apenas soou como o fim do behaviorismo, mas também lançou as bases para a linguística e a ciência cognitiva atuais de forma mais geral 4 (p. 134).
Ainda segundo Smith (1999): "A revisão de Chomsky sobre o 'Comportamento Verbal' de Skinner demoliu a psicologia behaviorista" 5 (p. 146).
Esse tipo de raciocínio encontra-se presente principalmente no discurso de cientistas cognitivistas (e.g., Abutalebi & Clahsen, 2016;Auyang, 2000;Lana, 2004;Smith, 1999). Segundo Palmer (2006), os cognitivistas viam a resenha como uma "dinamite" (p. 253) que teria "destruído" (p. 253) os obstáculos que os behavioristas teriam colocado no trajeto do progresso científico. De acordo com o autor, a sequência de trabalhos que seguiu à resenha sustentou a tese cognitivista de que a resenha foi responsável por "desbloquear" o caminho da ciência. Nesse sentido, o fato de preceder um momento de desenvolvimento da perspectiva teórica cognitivista teria colocado a resenha inevitavelmente como a causa única desse crescimento.
A falácia do reducionismo mostra-se problemática pois negligencia outros aspectos importantes à análise dos eventos históricos. Enfatizar o papel da resenha como evento causador do suposto declínio behaviorista pode fazer com que eventos importantes que também estavam acontecendo naquele momento sejam ignorados: o simpósio do Instituto de Tecnologia de Massachusetts; uma abertura da Psicologia a influências de outras áreas e fatores internos à comunidade analíticocomportamental, tal como o interesse em pesquisas voltadas para esquemas de reforçamento e, também, a publicação do Schedules of Reinforcement, que aconteceu no mesmo ano que a publicação do Verbal Behavior. Esses eventos, segundo dela Casa et al. (1993), poderiam ter influenciado, por exemplo, uma recepção otimista da resenha de Chomsky, bem como o pouco interesse inicial em estudos sobre comportamento verbal pelos próprios behavioristas. Dessa forma, asserções que incorrem na falácia do reducionismo restringiriam um acontecimento histórico complexo -que envolve uma série de variáveis que acompanham a publicação do Verbal Behavior (1957) e a resenha de Chomsky (1959) -a uma relação simplista de causa e efeito.
A falácia da falsa periodização é apresentada por Fischer (1970) como a atribuição de limites inadequados a um problema histórico. Uma forma comum de periodização que poderia se mostrar falsa e inadequada refere-se à divisão temporal rígida da história em séculos, cada século contendo padrões e características específicas e únicas. Esse tipo de falácia de periodização, denominada pelo autor como "hectohistory", pode ser ilustrada com vocabulários históricos comuns tais como "a Arte do século XVII" e "a Filosofia do século XVIII". Outro exemplo de periodização falsa seria a conduta de muitos estudiosos do cristianismo em tornar as coisas sempre divisíveis pelo número três ou, ainda, em dividir o passado em seis idades em função dos seis dias da criação. Da mesma maneira, é possível citar estudiosos medievais que dividiam, por sua vez, fatos em sete períodos em harmonia com os setes planetas. Uma forma diferente de falsa periodização seria, ainda, quando um pesquisador toma um esquema de divisão válido para solucionar um problema "X" e o transfere para resolver um problema "Y", tornando-o inválido e disfuncional. Por exemplo, a periodização em livros didáticos por presidentes é perfeitamente apropriada para a história da presidência, mas não se revela adequada para o desenvolvimento da história da sociedade. Isso demonstra, ainda, que nem toda periodização seria falaciosa ou inapropriada. O método utilizado pelo pesquisador precisa levar em consideração os objetivos e o problema histórico que procura resolver. Além disso, merece destaque que os critérios de divisão não são necessariamente temporais (como, por exemplo, a divisão por séculos), sendo possível citar, além do exemplo da periodização da história por presidentes, a divisão da história da Filosofia em escolas de pensamento filosófico ou a história da Literatura em escolas literárias.
Trabalhos que abordam o debate Chomsky-Skinner parecem incorrer na falácia da periodização ao dividirem a história em dois momentos. O primeiro deles corresponde ao período em que a Psicologia seria orientada pela abordagem teórica behaviorista e, em seguida -após a publicação da Resenha em 1959 e o desencadeamento da Revolução Cognitiva -pela abordagem cognitivista, como é possível observar, por exemplo, no trecho, já mencionado, de Aldelman (2007): "a maior mudança na orientação da Psicologia Americana, da perspectiva behaviorista para a cognitiva, nos anos de 1960 e 1970" (p. 29). O critério de periodização são os movimentos teóricos -ou, também denominados, os paradigmas científicos -e o marco temporal divisório seria a Revolução Cognitiva, sendo a resenha de 1959 uma delimitação temporal mais precisa dessa divisão, representando a fronteira entre o behaviorismo e cognitivismo na linha do tempo da história da psicologia. Abutalebi e Clahsen (2017) colocam a resenha como esse marco divisório: "Após a revisão marcante de Chomsky (1959), no entanto, a perspectiva de Skinner ficou em pedaços e não foi mais seguida por muitos" 6 (p. 01).
Como discutido, estudos apresentam fortes evidências de que o behaviorismo não teria sido hegemônico, bem como não teria sido substituído posteriormente pela perspectiva cognitiva (Hobbs & Chiesa, 2011). Dessa forma, seria um equívoco dividir a história em dois períodos. A criação de um mito de uma fase antiga e ultrapassada da psicologia dominada pelo behaviorismo -que seria simplista e insuficiente -, que foi seguida de uma fase revolucionária e contemporânea com o surgimento da psicologia cognitiva -moderna e ampla, incorporando a complexidade humana -é uma distorção frágil, mas bastante disseminada e que serve a propósitos claros de desqualificação de perspectivas alternativas ao cognitivismo contemporâneo.
A ocorrência de falácias históricas não se dá necessariamente por má fé, na maioria das vezes trata-se apenas de erros na elaboração de uma narrativa e que passam desapercebidos pelo historiador, em geral porque são coerentes com hipóteses prévias ou com interpretações que valorizam a posição atual do pesquisador. Ainda assim, constituem erros e devem ser evitados. Cabe notar que, ainda que entendamos que nenhum discurso histórico é uma representação simples da realidade -afinal o historiador tem objetivos específicos e que parte de um lugar geográfico e temporal que condiciona sua própria interpretação -não deriva daí que todo discurso histórico implica ocorrência de falácias históricas. Exemplos de boas práticas dentro do debate Chomsky-Skinner podem ser apresentadas como exemplos que superam, evitam, ou ao menos minimizam os problemas levantados na seção anterior.
A falácia do único caso -que se refere ao equívoco na realização de conclusões e construção de narrativas a partir de um único evento, levando a narrativas distorcidas por ignorar outros fatos que poderiam conduzir a conclusões distintas -se manifesta na literatura pela maneira como a resenha de Chomsky é colocada como evidência única da forma com que a comunidade acadêmica recebeu o Verbal Behavior (1957) de Skinner. O estudo de Knapp (1992) é um bom exemplo de abordagem alternativa à recepção do Verbal Behavior. Nele, o autor examina o ambiente de recepção do livro de Skinner a partir do levantamento e descrição de mais quinze resenhas contemporâneas às críticas de Chomsky. O trabalho de Knapp (1992) revelou um contexto de recepção heterogêneo: os trabalhos apresentavam, sim, críticas, tal como se espera de uma resenha, mas muitos valorizavam diferentes aspectos positivos da proposta de Skinner e alguns até arriscaram sugerir contribuições à proposta behaviorista.
Outro trabalho que se afasta de alguns equívocos lógicos encontrados na literatura foi conduzido por De la Casa et al. (1993). Nele, os autores questionam a utilização de conceitos como "revolução", "crise" e "novo paradigma" para descrever mudanças na psicologia a partir da resenha de Chomsky e destacam fatores importantes à compreensão do contexto histórico da repercussão da resenha, da publicação do Verbal Behavior (1957) e do desenvolvimento do behaviorismo e cognitivismo.
Na perspectiva dos autores, vocabulários que remetem a uma revolução ou troca radical de paradigma produzem confusões e geram distorções sobre os fatos históricos. A partir de uma análise das citações ao Verbal Behavior, De la Casa et al. (1993) identificaram que, apesar do baixo número de menções ao livro de Skinner nas duas primeiras décadas de sua publicação, a proposta de Skinner seguiu gerando pesquisas, principalmente a partir da década de 80 (ver também McPherson et al., 1984, e Dymond et al., 2006. Um cenário plural também é apresentado para explicar o crescimento da perspectiva cognitivista e do ambiente de recepção e repercussão da resenha de Chomsky. Havia, segundo os autores, um ambiente intelectual que favorecia uma recepção entusiasmada da resenha que se revelava, por exemplo, pela realização de um evento de forte impacto no meio acadêmico, o Simpósio sobre Teoria da Informação organizado pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) 7 , no qual Chomsky apresentou uma palestra sobre linguagem. Além disso, o interesse crescente em contribuições de campos externos à psicologia, tais como informática, linguística, física, dentre outros, produziu uma abertura às ideias do linguista no campo da psicologia. Por outro lado, De la Casa et al. (1993) evidenciam aspectos internos à Análise do Comportamento que afetaram o desenvolvimento de pesquisas voltadas ao estudo do comportamento verbal nas primeiras décadas de publicação do Verbal Behavior (1957), tais como o caráter teórico do livro e a publicação do Schedules of Reinforcement em 1957, cuja proposta despertava maior interesse da comunidade behaviorista dado seu caráter experimental.
Assim, baseados em dados históricos e bibliométricos, De la Casa et al. (1993) sugerem que o interesse pela proposta de Skinner se desenvolveu de forma gradualmente mais expressiva no decorrer das décadas de 1950 a 1990. Tal processo afasta a interpretação de uma falácia da periodização, pois uma divisão temporal simplista característica desse tipo de equívoco -que coloca o paradigma behaviorista como predominante em determinado momento histórico e que, a partir da publicação da resenha e da revolução cognitiva, teria sido substituído pela perspectiva cognitivista -não tem sustentação nos dados disponíveis.
Além disso, ao evidenciar os diferentes fatores que estavam presentes no momento da publicação da resenha (tais como o simpósio do Instituto de Tecnologia de Massachusetts e, também, a abertura a influências de outras áreas) e aspectos internos à própria comunidade analítico-comportamental (como o interesse em pesquisas sobre esquemas de reforçamento e a publicação, no mesmo ano do Verbal Behavior, do Schedules of Reinforcement) que poderiam ter influenciado uma recepção mais positiva da resenha, bem como ter afetado negativamente a produção de pesquisas sobre comportamento verbal nas primeiras décadas após a publicação do livro de Skinner, de la Casa et al. (1993) revelam que o estabelecimento de uma relação causal simples entre publicação da resenha e suposto declínio do behaviorismo não se confirma tão facilmente. Em outras palavras, um cenário heterogêneo, em que diferentes circunstâncias estão presentes, torna problemática a realização de afirmações reducionistas como a de que a resenha de Chomsky tenha sido o evento causador do "declínio" do behaviorismo ou insucesso do Verbal Behavior (1957). Os autores afastam-se, assim, de uma falácia reducionista.
Com relação à generalização dos conceitos de cognitivismo e behaviorismo, muitos autores mencionam esse equívoco na literatura em análise (Abib, 1994;Amsel, 1992MacCorquodale, 1969Mandler, 2002;Watrin & Darwich, 2012). MacCorquodale, por exemplo, (1969) demonstra que Chomsky não compreende as distinções entre o behaviorismo skinneriano e os demais behaviorismos, como o behaviorismo de Watson e Hull. Mandler (2002) também evidencia que Chomsky não é capaz de identificar as distinções entre o behaviorismo estímulo-resposta presente em Hull e Spencer do funcionalismo de Skinner. Abib (1994) também cita MacCorquodale rememorando que o autor esclarece que o julgamento de Chomsky é repleto de equívocos interpretativos no que diz respeito a diferenciação dos tipos de behaviorismo. Mas são Watrin e Darwich (2012) que abordam de uma maneira mais específica a questão da generalização como uma falácia. Segundo os autores, a generalização do conceito de behaviorismo está marcadamente presente na narrativa de revolução cognitiva. Nessa narrativa, diferentes grupos e posicionamentos são colocados sob o mesmo rótulo de "behaviorismo" de modo que se negligencia a complexidade do movimento behaviorista. Nesse contexto, as críticas de Chomsky que se popularizam são direcionadas a uma versão do behaviorismo que não reflete, em sua maior parte, a proposta apresentada por Skinner. O trabalho de Watrin e Darwich (2012) não é especificamente uma alternativa aos trabalhos que recaem em uma generalização. Todavia, é relevante na medida em que lança questionamentos e levanta as consequências desse tipo de raciocínio falacioso para a análise do comportamento.
Por fim, em contraposição a um relato histórico de revolução científica, que recairia na falácia do presentismo, é possível citar o trabalho de Mandler (2002), que faz referência à temática de uma forma mais multifacetada. Mandler (2002) considera o termo revolução inadequado para a compreensão do que aconteceu naquele momento histórico, elencando diferentes fatores para sustentar sua visão. Segundo o autor, não teria acontecido nenhum evento cataclísmico, pelo contrário, mudanças teriam acontecido lentamente em diferentes campos no decorrer de dez a quinze anos. Além disso, não haveria nenhum estopim ou líder, tal como o relato que coloca Chomsky como porta-voz e a resenha como responsável pelo suposto declínio do behaviorismo parece sugerir, o ambiente intelectual era muito mais rico e heterogêneo. O behaviorismo seria, sim, predominante nos Estados Unidos, mas outras perspectivas eram também influentes, como o estruturalismo, cognitivismo e psicologias funcionalistas em países como a Alemanha, França e, até mesmo, Canadá. Além disso, o behaviorismo não teria sido violentamente substituído em decorrência do desenvolvimento da teoria cognitivista.
A publicação da resenha de Chomsky ao Verbal Behavior (1957) de Skinner produziu, além de um intenso debate teórico, uma heterogeneidade de narrativas históricas que se consolidaram no decorrer do tempo. Mostra-se notável, a partir da análise conduzida neste trabalho, que muitos dos discursos históricos que se disseminaram a respeito do debate Chomsky-Skinner foram construídos com base em raciocínios lógicos inadequados 8 que, por sua vez, produziram consequências particularmente prejudiciais à imagem e história do Behaviorismo Radical.
Práticas históricas que recaem na falácia do presentismo promoveram, por exemplo, uma caracterização do behaviorismo como uma perspectiva teórica ultrapassada e obsoleta, retratando sua substituição como um movimento de progresso científico no campo da psicologia. Uma periodização equivocada parece ter gerado um efeito semelhante, sugerindo o behaviorismo como uma teoria superada e abandonada pela comunidade científica. A generalização inadequada produziu uma distorção dos conceitos de cognitivismo e behaviorismo, unificando e tornando homogêneos grupos teóricos que possuem divisões e incompatibilidades internas importantes. A caracterização da resenha de Chomsky como evento antecedente e desencadeador de um movimento revolucionário reduziu, por seu turno, um acontecimento histórico complexo e multifacetado a uma relação de causa e efeito simplista, obscurecendo variáveis importantes para a compreensão de certos fenômenos históricos, tal como o número reduzido de pesquisas voltadas ao estudo do comportamento verbal nas décadas iniciais à publicação do livro de Skinner e o posterior crescimento dessas pesquisas, como foi observado a partir da década de 80.
A distorção de caracterizações históricas certamente não é exclusividade dos cognitivistas. Ele ocorre em todos os campos em que a história é usada para legitimar alguma perspectiva em relação ao passado. Os próprios analistas do comportamento, que são prejudicados com as falácias históricas aqui descritas, também cometem falácias similares ao tentar apresentar sua perspectiva como revolucionária em relação a formas anteriores de behaviorismo (Strapasson, 2009). Uma das razões para a disseminação de falácias histórica é o fato de que boa parte das narrativas históricas não são redigidas por historiadores profissionais. É verdade que historiadores não estão livres de cometerem erros lógicos na argumentação histórica (o próprio livro de Fischer [1970] foi dedicado a criticar historiadores profissionais), além disso há mais problemas na escrita da história do que problemas lógicos de argumentação (e.g., problemas com acesso a fontes, problemas com a veracidade das fontes ou com vieses nas interpretações das fontes, dentre muitos outros), mas o exercício proposto nesse texto não tem qualquer pretensão de identificar todos os problemas da escrita da história. Nos limitamos aqui a uma análise do discurso sobre o debate Chomsky-Skinner que nos permita ilustrar a dimensão da argumentação histórica que precisa ser ponderada por qualquer leitor de discursos históricos que pretenda exercer a crítica exigida e valorizada na academia.
New Perspectives on Turkey, 2023
Реконструкция последнего этапа распространения ислама в Дагестане на основе местных арабоязычных письменных источников (XVI–XVIII вв.), 2022
Developmental Neuropsychology, 2005
International Journal of Innovative Technology and Exploring Engineering, 2020
Cadernos Pagu, 2017
Laietania 20, 2019
Handbook of Economics and Sociology of Conventions, 2025
Journal of Clinical Medicine
Surface and Coatings Technology, 2006
Advances in soft computing, 2009
Issues in Mental Health Nursing, 2012