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A biblioteca
de Nag Hammadi
finalmente em português
Os escritos de Nag
Hammadi complexificam,
em muito, a discussão
relativa à formação
do Novo Testamento.
Longe da simplicidade
infantil de Dan Brown,
que atribui a uma tacada
de Constantino
a confecção de um todo,
a definição do cânon do
Novo Testamento
foi extremamente
controvertida, e vários dos
escritos que ora vêm à luz
conviviam em pé
de igualdade, no seio das
igrejas cristãs do século II,
com escritos que se
encontram atualmente
nas Bíblias cristãs.
Pedro Lima
Vasconcellos
Professor Assistente-Doutor
do Departamento de Teologia
e Ciências da Religião
da Pontifícia Universidade
Católica de São Paulo.
Mestre em Ciências
da Religião: Bíblia
e Doutor em Ciências Sociais,
Antropologia.
Praticamente sessenta anos depois de descobertos for-
tuitamente numa região desértica do Egito, os chamados “escritos de Nag Hammadi” finalmente são disponibilizados ao público de fala portuguesa. Versões de
um ou outro livro já circulavam (especialmente do famoso e fundamental Evangelho segundo Tomé), mas é
agora, pela primeira vez, que se tem acesso, nessa língua, ao todo dos achados.
Curiosamente, são duas edições distintas que aparecem: em Portugal trata-se da tradução da versão espanhola (aparecida entre 1997 e 2000), em três volumes,
organizada por uma equipa competente, dirigida por
Antonio Piñero (a que nos referiremos nos comentários
que se seguem).1
No Brasil, a Editora Madras optou por verter do inglês a edição preparada por James Robinson e sua equipa (majoritariamente de estudiosos estadunidenses),
surgida em 1977 (atualizada em 1988) e referência obrigatória nos estudos sobre Nag Hammadi.2
Nas linhas que se seguem tecemos alguns comentários sobre a importância dos escritos agora disponibilizados em português e outros sobre as duas edições
desse material acima indicadas.
1
Antonio Piñero (org.) Textos Gnósticos: Biblioteca de Nag Hammadi.
Trotta, Madrid, 1997-2000, 3v.
2
James Robinson (org.) A Biblioteca de Nag Hammadi. Madras, São
Paulo, 2006.
REVISTA LUSÓFONA DE CIÊNCIA DAS RELIGIÕES – Ano V, 2006, n.º 9/10 – 327-331
327
ESTANTE – NOTA DE LEITURA – PEDRO LIMA VASCONCELLOS
Nag Hammadi e o Cristianismo dos primeiros séculos
Não é necessária a leviandade de um Dan Brown, garantindo em seu best-seller,
O Código da Vinci, que nos escritos de Nag Hammadi se encontram as provas do casamento entre Jesus e Maria Madalena, para se possa dar conta do material que ora se
publica em português. É, efetivamente, a história do cristianismo dos primeiros tempos que precisa ser reescrita. Com efeito, a literatura que se passou a conhecer já era,
ao menos nominalmente, conhecida, sem que se soubesse do teor dela. Afinal de contas, nas obras dos Padres da Igreja, especialmente aquelas voltadas para os grupos
que eles consideravam heréticos, citam-se aqui e ali as obras lidas por tais grupos.
Não surpreende, portanto que a primeira menção a um Evangelho Segundo Judas, escrito não encontrado em Nag Hammadi mas estreitamente vinculado a tal literatura,
cujo teor foi parcialmente revelado há poucos meses, apareça exatamente na obra de
Irineu de Lião Contra as Heresias. Entre os escritos de Nag Hammadi já conhecidos
de nome, mencione-se o já citado Evangelho Segundo Tomé e o Evangelho da Verdade,
atribuído ao célebre líder gnóstico Valentiniano.
Mas a novidade que essa literatura nos proporciona é a possibilidade de se tomar
contato com o pensamento desses grupos taxados como heréticos por meio de seus
próprios escritos, não através das citações muitas vezes enviesadas de seus detratores.
Isso exatamente coloca a questão da reescrita da história cristã dos primeiros tempos.
Pois por meio desses escritos os grupos responsáveis por eles emergem como personagens de carne e osso, portadores de compreensões variadas e legítimas da pessoa e mensagem de Jesus, isso num momento em que nenhuma definição doutrinária
havia sido feita (lembremo-nos de que o Concílio de Nicéia, a primeira oportunidade
em que uma definição dogmática foi estabelecida formalmente, data de 325, enquanto aqui estamos falando de meados do século II e inícios do século III!). Aliás, a
presença de escritos como os achados em Nag Hammadi evidencia com clareza que
o processo que conduziu às primeiras definições dogmáticas foi tudo menos linear,
sujeito a interferências as mais variadas. Recorde-se, apenas a título de exemplo, que
dos celebrados campeões da ortodoxia supostamente estabelecida de antemão, Tertuliano (cuja retórica ferina ela a desfiou contra os marcionitas, entre outros) morreu
montanista e Irineu (sim, o Irineu do Contra as Heresias) era fervoroso milenarista!
De toda forma, os escritos de Nag Hammadi não podem, sem mais, ser descartados em nome de sua suposta heterodoxia. Essa posição, defendida muitas vezes apenas de forma implícita, deve ser denunciada, sem mais nem menos, como baseada
num anacronismo inaceitável.
Mas há mais. Os escritos de Nag Hammadi complexificam, em muito, a discussão
relativa à formação do Novo Testamento. Longe da simplicidade infantil de Dan
Brown, que atribui a uma tacada de Constantino, no século IV, a confecção de um
todo que em meados do século anterior já estava pronto, devemos nos dar conta de
que a definição do cânon do Novo Testamento foi extremamente controvertida, e
vários dos escritos que ora vêm à luz conviviam em pé de igualdade, quanto a sua
aceitação no seio das igrejas cristãs do século II, com escritos que foram canonizados e se encontram atualmente nas Bíblias cristãs. Helmut Koester, uma das maiores
autoridades contemporâneas no campo da literatura cristã dos dois primeiros séculos, inclui, em sua monumental Introdução ao Novo Testamento, recentemente publica-
328
REVISTA LUSÓFONA DE CIÊNCIA DAS RELIGIÕES
A BIBLIOTECA DE NAG HAMMADI FINALMENTE EM PORTUGUÊS
da por Paulus Editora (São Paulo, 2005, 2v.), cerca de dez escritos achados em Nag
Hammadi por ele considerados anteriores ao ano 150. Mais ainda: podem-se ainda
tomar escritos como o Diálogo do Salvador e o já citado Evangelho Segundo Tomé como
representantes de estágios literários anteriores a alguns dos escritos neotestamentários, como o Evangelho Segundo João. Assim, os escritos de Nag Hammadi obrigam
a recolocar o processo de formação da literatura cristã primitiva, em seus múltiplos
processos, e aí localizar o problema da formação do cânon neotestamentário.
E talvez se possa avançar mais. Ancorado especialmente no Evangelho Segundo
Tomé, estudiosos como John D. Crossan acreditam poder (mais ainda, ser necessário)
reescrever a história dos inícios cristãos, mesmo nas primeiras décadas. Com efeito,
se é verdade que nesse escrito se encontram vestígios expressivos de estágios bem antigos da tradição (particularmente) dos ditos atribuídos a Jesus, então é a própria
pesquisa sobre o Jesus histórico que precisa incorporar esse material a sua análise. São
poucos os estudiosos que se dispõem a arriscar tanto (veja o juízo categórico de John
Meier, descartando todo o material apócrifo, inclusive o de Nag Hammadi, no primeiro volume de sua monumental série Um Judeu Marginal [editado no Brasil pela Imago Editora]); no entanto, um mínimo de boa vontade com esse material, em relação ao
qual o esquecimento (ocultamento?) posterior não deveria fazer o papel de avaliação
prévia, mostra que o caminho trilhado por Crossan é promissor, embora o trilhar dele
esteja ainda nos inícios e conclusões apressadas possam ser encontradas aqui e ali.
Mas o que, efetivamente, se encontra nesses escritos achados em Nag Hammadi?
A edição espanhola optou, por um critério didático, em dividir o material de acordo
com os gêneros literários em que as obras possam ser classificadas ou com que se
apresentem. Assim sendo, alguns escritos versam sobre temas filosóficos, especialmente de teor cosmológico e antropológico. É inegável a proximidade com especulações de teor neoplatônico, que depois se reencontrariam em escritos como o de Orígenes. Para ficarmos num exemplo, o escrito Sobre a Alma afirma, a respeito desta,
que preexistia como ente divino e caiu a este mundo inferior, precipitando-se num
corpo, sendo responsável por tal situação, prostituída que está: “agora é adequado
que a alma se regenere e se torne novamente como já foi antigamente” (edição brasileira, p. 173). Especulações sobre as ordens celestes e até um fragmento da República
de Platão perfazem as obras desse teor, que ocupam quase metade dos achados de
Nag Hammadi.
Os escritos mais aparentados àqueles encontrados no Novo Testamento, ao menos
na forma literária, são alguns evangelhos, atos de discípulos de Jesus e cartas.
Destaque seja dado aos fundamentais Evangelho Segundo Tomé, Evangelho Segundo Felipe, Diálogo do Salvador e Evangelho da Verdade, a que a edição estadunidense de 1977
(traduzida no Brasil) achou por bem (no que foi seguida pela edição espanhola) acrescentar o Evangelho Segundo Maria (Madalena), que também ficou famoso ao ser usado
por Dan Brown em sua desastrada argumentação em prol do casamento de Jesus.
Estes evangelhos não são narrativos como os que conhecemos do Novo Testamento,
e apenas dois, aquele segundo Tomé e o Diálogo do Salvador (junto como o segundo
Maria) pretendem registrar palavras de Jesus: em Tomé a forma é, no mais das
vezes, a do aforismo, introduzido por “Jesus disse”; no Diálogo do Salvador, como o
título indica, a forma é a da conversa de Jesus com alguns de seus discípulos. Já o
Evangelho Segundo Felipe e o Evangelho da Verdade são tratados reflexivos, seu tom é
mais filosófico e especulativo.
REVISTA LUSÓFONA DE CIÊNCIA DAS RELIGIÕES
329
ESTANTE – NOTA DE LEITURA – PEDRO LIMA VASCONCELLOS
Apocalipses formam boa parte do terceiro volume da edição espanhola. Entre
vários escritos fundamentais aí encontrados destacamos o Apocalipse de Pedro, cujo
caráter polemico dá bem mostras do universo em que se encontra boa parte da literatura aqui apresentada. Boa parte do texto é dedicada à crítica a vários grupos
cristãos, gnósticos ou não, entre os quais se encontram aquelas pessoas “que não
estão incluídas no nosso número, que se autodenominam bispos e diáconos, como
se tivessem recebido suas autoridades de Deus. Elas se curvam diante do julgamento dos líderes. Essas pessoas são canais secos” (edição brasileira, p. 322).
Uma e outra edições
Se há apenas alguns anos tínhamos de recorrer a outras línguas para termos
acesso ao material encontrado em Nag Hammadi, hoje nos encontramos privilegiados ao dispormos de duas versões dele. E, digamos, elas se mostram complementares
(lembrando que estamos comentando a edição espanhola, de que foi feita a edição
em Portugal, e a edição brasileira de Madras, tradução daquela preparada pela
equipe de James Robinson).
James Robinson montou ao seu redor um grupo extremamente destacado para
fazer aquela que se tornou a edição referência dos escritos de Nag Hammadi em língua moderna, isso em 1977. Trabalharam com ele gente como Helmut Koester (de
quem já mencionamos uma das principais obras), Elaine Pagels (autora dos famosos
Os Evangelhos Gnósticos [Cultrix, São Paulo, s/d], Adão, Eva e a Serpente [Rocco, Rio
de Janeiro, 1992] e Além de Toda Crença: o evangelho desconhecido de Tomé [Objetiva, São Paulo, 2003]), para não falarmos de outros destacados estudiosos do cristianismo primitivo: Thomas Lambdin, George MacRae, Marvin Meyer, etc. As introduções são bastante curtas, mas, no mais das vezes, bastante arrojadas, lançando
hipóteses sobre os escritos que haveriam necessariamente de ser discutidas pelos estudiosos que viriam.
Nesse sentido, a edição espanhola, surgida mais de vinte anos depois, é uma
digna sucessora daquela preparada pela equipe de Robinson. No entanto muita
coisa mudou, a começar do estabelecimento do texto copta, trabalho que se desenvolveu bastante após (e estimulado por) a edição inglesa da literatura de Nag Hammadi. Assim sendo, os tradutores de fala espanhola puderam contar com textos
mais solidamente estabelecidos. Por exemplo, o tradutor do Evangelho Segundo Felipe pôde contar com a edição crítica desse livro que só saiu em 1989; e assim também em outros casos. Assim, a edição espanhola (e traduzida em Portugal) aparece
mais solidamente ancorada que a edição brasileira, que, por sua vez, verte a nossa
língua aquele que é o trabalho pioneiro, digno dos maiores reconhecimentos.
Por outro lado, deve-se dizer que as introduções aos livros na edição espanhola,
se ganham no detalhamento, também pelo fato de condensarem uma discussão mais
prolongada, enquanto a edição de Robinson, como dissemos, começava a lançar
hipóteses, se mostram também bem mais cautelosas em relação às feitas para o volume saído em 1977, às quais, aliás, se fazem contínuas alusões. Isso se nota particularmente nas introduções àqueles livros mais próximos ou diretamente relacionados à
literatura neotestamentária, como o Evangelho Segundo Tomé. É evidente o incômodo
dos pesquisadores de fala espanhola com os arroubos de Robinson, Koester, Pagels
330
REVISTA LUSÓFONA DE CIÊNCIA DAS RELIGIÕES
A BIBLIOTECA DE NAG HAMMADI FINALMENTE EM PORTUGUÊS
e outros, quando estes defendem para um Evangelho Segundo Tomé algum tipo de
prioridade em relação aos evangelhos canônicos. Ramón Trevijano, responsável pela
introdução ao Evangelho Segundo Tomé na edição espanhola, deixa isso claro ao afirmar ser “muito questionável que as linhas de tradição que não desembocaram no
cânon ortodoxo possam preservar e desenvolver tradição primitiva, ao menos em aspectos realmente significativos” (v. II, p. 71). Com tal pressuposto ancorado em claro
juízo de valor quanto à literatura não-ortodoxa é realmente difícil encontrar algo de
relevante. Compare-se o que se acaba de ler com o que afirma Helmut Koester: “Se
considerarmos a forma e o estilo dos pronunciamentos individuais, comparados
com a forma em que foram preservados no Novo Testamento, o Evangelho de Tomé
quase sempre parece ter preservado um estilo mais original do que os pronunciamentos tradicionais… ou versões atuais que estão independentemente baseadas nas
formas mais originais” (edição brasileira, p. 115). Trevijano se baseia numa hipótese
a ser verificada; Koester parte de uma análise de caso a caso: não é difícil avaliar qual
dessas posições é mais simpática a esse resenhista.
Algumas observações conclusivas: como dissemos, a edição espanhola optou por
organizar o material pelos gêneros literários (claro, de forma aproximada), enquanto
a brasileira obedece à seqüência dos treze códices encontrados nas areias do Egito
(com algumas ressalvas, seja a inclusão do Evangelho Segundo Maria, sejam textos
repetidos nos códices que, obviamente, são traduzidos uma única vez). Uma introdução geral feita por Antonio Piñero e José Montserrat, que abre a edição espanhola,
bem poderia constar na edição brasileira, pois, além de consistente, permitiria ao
público de nosso país uma aproximação serena e cuidadosa ao tema do gnosticismo
e à importância da literatura de Nag Hammadi. O que, em tempos de O Código da
Vinci e outros escritos de natureza no mínimo duvidosa, seria altamente recomendável. De toda forma, a introdução de James Robinson, embora mais condensada,
com menos detalhes, é plenamente esclarecedora.
A lamentar, na edição brasileira, uma certa pressa que transparece: um trabalho
cuidadoso de revisão evitaria que tantas vezes aparecesse a palavra “bilbioteca”
(pp. 9, 10, 11, etc.), bem como outros erros de digitação. Também não se entende
muito por que as abreviações dos livros, na tabela à p. 13, apareçam em inglês. Também a inscrição que aparece na capa (“a tradução completa das escrituras gnósticas”)
soa no mínimo imprecisa: a tradução que ora se oferece é da totalidade dos escritos
achados em Nag Hammadi. Mas a literatura gnóstica é mais ampla que esses escritos.
E na quarta capa o “bispo de Alexandria” que teria dado a ordem para que todos os
documentos tidos como heréticos fossem destruídos deve ser Atanásio. Mas ele não
é do século II, e sim do IV…
Uma precisão maior na indicação dos títulos seria conveniente (isso vale também
para a edição espanhola): por que chamar Evangelho de Tomé a um texto que se apresenta como Evangelho Segundo Tomé? Cuidados como esse impediriam que um periódico com ares de respeitabilidade como The National Geographic atribuísse, recentemente, a Judas aquilo que é, nem mais nem menos, o Evangelho Segundo Judas...
Tais ressalvas que ora fazemos não querem ocultar o entusiasmo que sentimos ao,
finalmente, dispormos desse material em edições que, percebemos, soam em muitos
aspectos complementares. É a história e a compreensão do Cristianismo em seus
primeiros tempos, principalmente de grupos que circunstâncias históricas, de política
eclesiástica e outras, fizeram desaparecer, que tem a ganhar.
REVISTA LUSÓFONA DE CIÊNCIA DAS RELIGIÕES
331
E
S
T
A
N
T
E
RECENSÕES
• RELIGIÕES
HISTÓRIA, TEXTOS, TRADIÇÕES
Vv. Aa.
Edição: Religare/Paulinas Editora
Lisboa, 2006, 880 páginas
A presente obra mostra ao leitor mais
entendido em História das Religiões
uma panorâmica das grandes religiões
actuais: Hinduísmo, Budismo, Cristianismo, Islamismo e Fé Bahá'í. No entanto,
a presente obra poderá também ser útil
para o grande público acicatado por um
pouco de curiosidade acerca das religiões que andam nas bocas do mundo ou de que ouve falar nos meios de
comunicação social.
Numa primeira parte aborda-se cada uma destas religiões, tendo em conta
a sua história, princípios teológicos, locais centrais, movimentos e grupos religiosos internos, assim como a incidência
de cada uma delas em Portugal (pp. 40-225). Na segunda parte apresenta-se
uma selecção dos principais Textos Sagrados das religiões mencionadas (pp.
233-668). Na terceira parte aborda-se a
temática da Espiritualidade e Mística de
cada uma destas religiões: orações, etc.
(pp. 669-768). Finalmente, na quarta
parte, apresenta-se a “Sabedoria Antiga” destas religiões (pp. 769-865). O livro fecha com abundantes “referências
bibliográficas” sobre cada uma das religiões tratadas (pp. 869-879).
A obra integra-se no projecto da RE-
LIGARE - Estrutura de Missão para o
Diálogo com as Religiões, sob a Presidência do Conselho de Ministros - elaborado e executado em parceria com
Paulinas Editora. Esta última instituição
socorreu-se de representantes de cada
uma das religiões ou de peritos em determinada matéria para a elaboração da
obra.
O objectivo deste livro é bem claro:
num mundo conturbado por factores de
toda a ordem, o factor religioso é determinante, em grande parte, para a solução de certos problemas, a nível local ou
universal. Por isso, nada melhor que um
conhecimento aprofundado da “filosofia” de cada religião, para poder ajuizar
objectivamente determinados fenómenos da sociedade actual. Poderíamos
dizer que este livro se insere no “Espírito de Assis”, no diálogo inter-religioso, como condição para a paz, proposto
pelo saudoso Papa João Paulo II. Este
livro poderá, pois, dar um grande contributo para a compreensão do outro
como sujeito-religioso e, a partir deste
pressuposto, para a salvação da pessoa
humana, tão degradada nos seus direitos humanos e espirituais. De facto,
muitos dos conflitos actuais poderiam
resolver-se, também, pelo diálogo religioso, em muitas partes do mundo.
Além disso, as religiões são certamente
o grande património da Humanidade.
Em cada uma delas, o Deus da Vida manifesta um pouco da sua vontade sobre
cada homem e sobre cada tipo social.
REVISTA LUSÓFONA DE CIÊNCIA DAS RELIGIÕES – Ano IV, 2005, n.º 7/8 – 333-336
333
ESTANTE
Um livro desta temática e desta profundidade tem pleno cabimento na sociedade portuguesa e não deixa mal a
nossa cultura. Um outro valor desta
obra reside no facto de esclarecer o fenómeno religioso; pois, no meio de tanta
confusão, há também muita confusão
religiosa. O melhor meio de a evitar é a
informação; sobretudo quando diferentes religiões coabitam no mesmo espaço
geográfico e cultural.
Herculano Alves
• O ISLÃO NA EUROPA
Maria do Céu Pinto (coord.)
Emigrantes Árabes ao Islão Europeu”
(pp. 11-16) e da conclusão ”Dinâmicas e
Tensões da presença Islâmica na Europa”(pp. 199-203), ambas da autoria da
coordenadora do presente volume, mais
10 capítulos, escritos por outros colaboradores, que constituem ensaios referentes aos casos de França (pp. 17-34),
Alemanha (pp. 35-50), Grã-Bretanha
(pp. 51-70), Itália (pp. 71-84), Bélgica
(pp. 85-101), Holanda (pp. 103-119), Escandinávia (pp. 121-135), Espanha
(pp. 137-153), Portugal (pp. 155-174) e
Balcãs (pp. 175-197).
O livro apresenta diversas comunidades de Muçulmanos na Europa, seguindo um modelo bastante uniforme
aplicado aos casos estudados, historiando as origens dessas comunidades e a
sua evolução. Refere vários modelos de
integração, descreve legislação em vigor
e as relações entre o estado e as respectivas comunidades e associações islâmicas. Aponta para a radicalização de algumas franjas dessas comunidades devido à conjuntura internacional, o que
fomenta “o receio de muitos Europeus [...]
que estas comunidades se tornem [...] na
“quinta coluna” que vai minar a Europa a
partir do seu interior” (p. 11), o que em
muitas circunstâncias já se traduz pela
intensificação de atitudes xenófobas
e/ou racistas por parte dos Europeus.
O volume de informação facultada é
considerável, embora não explore plenamente a bibliografia citada, aliás incompleta, inclusive no que diz respeito
às publicações portuguesas, sendo estruturado de uma forma demasiado
Edição: Prefácio
Lisboa, 2006 (215 pp. + fotografias)
O Islão está na moda! É uma constata-
ção que se impõe ao passar em revista
os escaparates das livrarias ostentando
as novidades editoriais. Na sua esmagadora maioria trata-se de traduções de
obras de autores estrangeiros dado que
em Portugal a problemática árabe-islâmica, apesar de se relacionar também
com uma parcela da identidade nacional, tanto do passado como do presente,
tem suscitado uma abordagem pouco
significativa desses temas. A oferta bastante diversificada do mercado livreiro
reflecte antes o fenómeno da pertença
institucional a um espaço comum europeu que envolveu o país, estado membro da CEE (desde 1986) e, actualmente
da UE, nas políticas externas comuns
face ao mundo árabe-islâmico e igualmente face aos problemas internos desse mesmo espaço onde a presença islâmica constitui, há longas décadas, uma
presença numericamente palpável. Simultaneamente a oferta e procura dessas obras decorre da conjuntura internacional actual que necessariamente nos
faz interrogar sobre o Islão nos seus diversos aspectos.
Neste panorama, é pois de saudar o
aparecimento de um trabalho de autores nacionais que acabam de apresentar
um volume dedicado a um tema de
actualidade: “O Islão na Europa”. Este
trabalho compõe-se da introdução “De
334
REVISTA LUSÓFONA DE CIÊNCIA DAS RELIGIÕES
NOTAS DE LEITURA – RECENSÕES – INFORMAÇÕES BIBLIOGRÁFICAS
RECENSÕES
descritiva em detrimento da problematização e de uma análise aprofundada.
Há questões que o livro em apreço
levanta sem as clarificar. A começar pelo título, não se compreende qual Europa está em causa, se a comunitária, se a
geográfica ou uma outra qualquer. Não
se encontram referenciados casos singulares no quadro do Islão europeu
como o das comunidades de Muçulmanos da Polónia e da Lituânia (sendo ambos países membros da UE), que remontam ao século XIV, e que foram não só
as únicas integradas, já naquele tempo,
como ainda as únicas que gozavam de
privilégios especiais, além de, também
na actualidade, apresentarem características particulares. Igualmente incompreensível afigura-se o título da introdução “De Imigrantes Árabes ao Islão
Europeu”, porquanto este último é composto por Muçulmanos das mais diversas origens étnicas e em proporções
igualmente consideráveis.
A narrativa da presença islâmica na
Europa resume-se aos imigrantes que
permaneceram: “Não se imaginava que o
Islão viesse a tornar-se parte integrante da
paisagem cultural e religiosa e que os Muçulmanos reclamariam um lugar legítimo
no espaço europeu” (p. 199). Comentando
algumas questões controversas (caso de
S. Rushdi ou a questão do véu), observa-se que: “estas comunidades [de Muçulmanos] estavam a sair da sua posição de
passividade e de invisibilidade para marcar
uma posição e, até mesmo, para desafiar as
sociedades de acolhimento” (p. 199). Na
parte conclusiva, afirma-se: ”O quadro
das relações entre os Europeus e as minorias
muçulmanas não se alterou substancialmente com o passar do tempo e das gerações:
continuam pobres, pouco instruídos e marginalizados” (p. 201). Esta mesma afirmação está patente na descrição do caso
britânico (p. 68). Muito embora esta afirREVISTA LUSÓFONA DE CIÊNCIA DAS RELIGIÕES
mação se possa aplicar a uma parte das
minorias muçulmanas, ela não toma em
conta a evolução ocorrida e em curso,
sendo o caso português elucidativo a
esse respeito. É de lamentar que se ignore a existência de elites muçulmanas,
dos debates que ocorrem no seu seio
sobre o devir do Islão, da produção intelectual dessas mesmas elites com ressonância também nos países islâmicos.
Mencionemos Mohammad Arkoun,
Fawzia Al-Ashmawi, Tariq Ramadan,
Ziauddin Sardar, Abdelwahab Meddeb
ou Rachid Benzine, sendo estes três últimos acessíveis, mesmo em traduções
portuguesas (2003 e 2005).
O livro, escrito sob o impacto de trágicos acontecimentos (2001, 2003, 2005),
representa uma clara perspectiva securitária, reflectindo as inerentes preocupações: ”O problema coloca-se desde logo
demograficamente: daqui a 30 anos, 20% da
população europeia será muçulmana. Os
ressentimentos locais que em vários sítios
alimentaram os radicalismos e as jihads
globais não estão a ser convenientemente
abordados pelos países europeus” (p. 203).
Com essa conclusão, os autores, queremos crer que involuntariamente, acabam por subscrever uma perspectiva
perigosa do espectro da inevitabilidade
(?) do “clash of civilizations” (Huntington, 1993 e 1996) ou mais precisamente
“clash of ignorancies” (Daftary, 2006). Do
quanto ainda fica por fazer neste domínio, pode ser apreendido pela decisão
tomada pelo Parlamento e Concelho
Europeus ao proclamarem o ano de
2008 como o Ano Europeu do Diálogo
Intercultural visando um melhor conhecimento mútuo das culturas não só
dos estados membros da UE e dos estados candidatos à integração, mas igualmente de todas as minorias que habitam
na Europa seja na qualidade de cidadãs
seja na qualidade de imigrantes.
Em anexo à publicação perfilam-se
335
ESTANTE
várias fotografias, algumas alusivas ao
património islâmico peninsular. Diz-se
que uma imagem vale mil palavras.
Contudo, em vez de proporcionarem
uma visão que realce a complexidade e
diversidade da presença islâmica na Europa, estas imagens, pobres e repetitivas, reduzem o Islão actual na Europa
aos aspectos “folclóricos” dos subúrbios. As legendas das imagens incluídas são pouco cuidadas e demasiado
vagas para transmitirem uma informação coerente.
Um outro aspecto ainda merece uma
reflexão. Trata-se da terminologia e conceptualização inerentes à problemática
abordada. A intenção de aproximar do
leitor ocidental as realidades islâmicas
recorrendo a associações que lhe são familiares é compreensível, todavia, a utilização de terminologia alheia a esta cultura como “paróquia” (p. 112) ou “clérigo” (p. 67) afigura-se inadequada. A definição apresentada de alguns conceitos,
dos quais a mais flagrante é a de sufismo (p. 27!) deveria pautar-se pelo rigor
336
científico. Note-se ainda, que a língua
portuguesa, cristalizou, há muito, certos termos, como por exemplo “xiita” e
“xiismo”, pelo que se torna descabido
“grafar” “chiita” ou “chiismo” (pp. 29,
43, 123, 125, 170).
Na apreciação global, esta publicação
não deixa de ser um sinal muito positivo da visibilidade da universidade, visto tratar-se duma equipe de jovens da
Universidade do Minho que assim contradiz o crónico défice desses estudos
em Portugal e que deverá encorajar outros investigadores a continuarem a trabalhar para uma melhor compreensão
dos problemas e da sua adequada avaliação, coadjuvando o complexo processo
decisório. A finalizar, formularia um
desiderato: que Muçulmanos portugueses juntassem a sua voz à academia,
proporcionando um conhecimento directo que oferecesse uma visão complementar e quiçá mais exacta, porque liberta dos preconceitos inerentes ao mais
isento olhar exterior.
Eva-Maria von Kemnitz
REVISTA LUSÓFONA DE CIÊNCIA DAS RELIGIÕES
Normas, critérios editoriais
e condições de assinatura
A responsabilidade editorial deste projecto é do Centro de Estudos em Ciência das
Religiões e da Licenciatura em Ciência das Religiões, ambos da Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias, Lisboa.
Objectivos da Revista
A Revista Lusófona de Ciência das Religiões é uma publicação científica
(bianual) que tem como objectivo prioritário a edição de trabalhos de investigação
no domínio da Ciência das Religiões.
A este objectivo primeiro, deve juntar-se a vontade de contribuir para a formação, em Portugal, de uma comunidade científica neste domínio. Tendo em conta que
este campo científico se tem esboçado, no nosso país, na figura de esforços fragmentados, com uma débil inscrição institucional, esta publicação assume com clareza
a vontade de contribuir para a construção de um espaço onde investigadores, bem
como outros actores sociais que experimentam a importância actual do estudo científico do fenómeno religioso, se possam reconhecer.
(Da «Nota de Abertura» do n. 1 – 2002)
Acreditações e indexações internacionais
A Revista Lusófona de Ciência das Religiões está acreditada e indexada nas
seguintes instituições: RED ALYC – Rede de Revistas Científicas da América Latina,
Caribe, Espanha e Portugal, sediada no México (http://redalyc.uaemexc.mx/reda
REVISTA LUSÓFONA DE CIÊNCIA DAS RELIGIÕES
337
NORMAS, CRITÉRIOS EDITORIAIS E CONDIÇÕES DE ASSINATURA
lyc/index.jsp); SISTEMA LATINDEX – Sistema Regional de Informação on-line
para Revistas Científicas da América Latina, Caribe, Espanha e Portugal. Em Portugal, com coordenação da FCT (http://www.latindex.unam.mc); PLATAFORMA
SCIELO – Scientific Electronic Library Online. Em Portugal, com coordenação do
OCES (Observatório da Ciência e do Ensino Superior (http://www.scielo.oces.mc
tes.pt/); CREDI-OEI – Centro de Documentação da Organização dos Estados Íberoamericanos para a Educação, a Ciência e a Cultura e a Biblioteca Digital (http://
www.oei.es/); IBSS – The essencial online bibliography for social science and interdisciplinary research – produced by the London School of Economics and Political Science (http://www. lse.ac.uk/collections/IBSS/); CSA specializes in publishing and
distributing, in print and electronically, in four primary editorial areas: natural sciences, social sciences, arts & humanities, and technology (http://www.csa.com/
aboutcsa/company.php); THOMSON ISI – Thomson Scientific, formerly known as
Thomson ISI, has been na established leader in providing access to high-value, essential information for researchers and scholars worldwide for over 45 years (http:
//www.isinet. com); BIBLIO SHS – Portal desenvolvido pelo INIST, primeiro centro europeu integrado de informação científica e técnicas, no âmbito do CNRS francês
(http://biblioshs.inist.fr/).
Instruções aos Autores
Os trabalhos enviados para edição à Revista Lusófona de Ciência das Religiões
devem ser inéditos e não podem ser publicados ou submetidos à publicação em outra
revista, simultaneamente.
A revista publica trabalhos de investigação científica, artigos, dissertações, notas
de leitura, recensões e informações bibliográficas.
Envio à Direcção de trabalhos originais
O Conselho de Direcção aceita como pressuposto que qualquer trabalho recebido
para publicação esteja aprovado por todos os seus autores e/ou pela Instituição
onde foi realizado. Este, deve ser encaminhado ao cuidado da Direcção da RLCR, por
carta, assinada por todos os autores, ou por via electrónica, com remetente registado
e reconhecido, para o seguinte endereço:
DIRECÇÃO DA
REVISTA LUSÓFONA DE CIÊNCIA DAS RELIGIÕES
Centro de Estudos em Ciência das Religiões
UNIVERSIDADE LUSÓFONA DE HUMANIDADES E TECNOLOGIAS
Avenida do Campo Grande, n.º 376
1749-024 LISBOA
Tel: (351) 217515500 // Fax: (351) 217577006
e-mail: paulopinto@fl.ul.pt
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Critérios a respeitar na apresentação dos originais
Os originais devem ser remetidos em duas vias (os enviados via CTT), acompanhados da respectiva disquete ou CD, em Word for Windows, e digitados com espaço duplo, em papel de formato A4, fonte Times New Roman, corpo de letra 12; as
páginas devem ser numeradas sequencialmente, inclusive as que contenham
quadros e ilustrações (no caso das ilustrações ou imagens, estas devem também
acompanhar o ficheiro e ter 300 dpi de resolução mínima).
Artigo Científico e de Dissertação: máximo de 25 páginas, incluindo quadros e
figuras.
Nota de leitura, Recensão ou Informação bibliográfica: máximo de 5 páginas.
A Página de Rosto de cada artigo deve conter: Título, Nome do/s autor/es; Cargo
profissional ou competência académica do/s autor/es, mencionando Departamento/Instituição a que está ligado (cidade e país, se natural ou residente no estrangeiro); E-mail; Endereço; Telefone; Número total de páginas do trabalho, de quadros
e figuras.
Estrutura do artigo
a) Título
b) Autor/es (cargos, competências, instituições).
c) Resumo/Abstract e palavras-chave/key words (no máximo 250 palavras) em
português. Deve incluir as razões e objectivos da investigação, como foi feita,
resultados mais importantes e conclusões.
d) Corpo textual.
e) Agradecimentos (se ocorrer).
f) Referências Bibliográficas.
Quando o artigo for apresentado em língua estrangeira, o título, resumo e
palavras-chave deverão também ser feitos em português. A Nota de leitura, Recensão e Informação bibliográfica não precisam de seguir essa subdivisão. Iniciar sempre uma nova página para as seguintes secções ou itens: Referências Bibliográficas;
Quadro com o título e legenda; Imagem com título e/ou legenda.
Citações no texto: as citações de autores no texto devem ser em letras maiúsculas (VERSALETE), seguidas do ano de publicação. Para dois autores, usar e ou and se o
texto for em inglês. Havendo mais de dois autores, citar o sobrenome do primeiro,
seguido de et al. Ex.: STEEL e TORRIE (1980) ou (STEEL e TORRIE, 1980). HAAG et al. (1992)
ou (HAAG et al., 1992). Mais de um artigo dos mesmos autores, no mesmo ano, devem
ser discriminados com letras minúsculas: HAAG et al. (1992a,b). Comunicações pessoais, trabalhos ou relatórios não publicados devem ser citados no rodapé, não devendo aparecer nas referências bibliográficas.
Referências Bibliográficas: devem ser normalizadas segundo a NP 405-1 (1994)
da Norma Portuguesa [corresp. ISO 690 (1987), homolog. DR, 3.ª série, n. 128 (1994-06-03)], estar em ordem alfabética de autores e, dentro desta, em ordem cronológica
de trabalhos; havendo dois ou mais autores, separá-los por ponto e vírgula; os títuREVISTA LUSÓFONA DE CIÊNCIA DAS RELIGIÕES
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los dos periódicos devem ser escritos por extenso, em itálico; incluir apenas os trabalhos citados no texto, tabelas e/ou figuras, na seguinte forma:
a) Periódicos
Sobrenome, Nome (pode ser abreviado, se não prejudicar identificação); Título
do artigo (entre aspas); Título do periódico (em itálico); Local de publicação (cidade);
Número do volume (v.); Número do fascículo (n.); Páginas inicial e final (pp. xxxxxx); Ano de publicação.
DE LIBERAL, Márcia Mello Costa, «Religião, negociação e a prática da não-violência – uma
análise bíblica e sua representação social para os dias actuais», in Revista Portuguesa
de Ciência das Religiões, Lisboa, nn. 7/8, pp. 161-171, 2.º semestre 2005.
b) Livros e Folhetos
Sobrenome, Nome (pode ser abreviado, se não prejudicar identificação); Título
(em itálico); Subtítulo; Edição; Local de publicação (cidade); Editora; Data; Número
de páginas ou volumes; Título da série/colecção e número.
NEVES, Fernando dos Santos, Do Ecumenismo Cristão ao Ecumenismo Universal, 1.ª ed., Lisboa, Edições Universitárias Lusófonas, 2005, 232 pp.
c) Dissertações e Teses
Sobrenome, Nome (pode ser abreviado, se não prejudicar identificação); Título
(em itálico); Subtítulo; Local de publicação (cidade); Data; Número de páginas; Dissertação ou Tese (Curso), nome da instituição universitária.
FIGUEIRA, Eulálio Avelino Pereira, A Religião na Contingência e Solidariedade. A experiência
humana do sagrado para o fazer ciência da religião. Um estudo à luz do pensamento
pragmático de Richard Rorty, São Paulo (Brasil), 11-06-2004. Tese de Doutoramento
em Ciências da Religião. Universidade Católica de São Paulo.
Quadros: contêm título, cabeçalho, conteúdo e elementos complementares (fonte,
notas e chamadas). Devem ser apresentados em folhas separadas e numerados com
algarismos árabes. Não usar linhas verticais; as horizontais devem separar o título
do cabeçalho, o cabeçalho do conteúdo e o conteúdo, dos elementos complementares.
O título do quadro deve ser auto-explicativo, prescindindo de consulta ao texto.
Figuras: gráficos, desenhos, mapas e fotografias aparecem no texto como figuras.
Devem ser numeradas com algarismos árabes e ter título auto-explicativo. Indicar o
local da inserção das figuras no texto. As fotografias devem ser remetidas em papel
fotográfico ou suporte digital (300 dpi). Figuras elaboradas electronicamente devem
vir acompanhadas de seus arquivos originais (um arquivo para cada figura). Para
outras figuras, enviar o original ou fotocópia de boa qualidade. Não inserir quaisquer figuras no texto (deve unicamente ser indicado o seu local de inserção).
Separatas: De cada artigo publicado serão enviadas em formato PDF as respectivas páginas (tal como estão sequenciadas na Revista e com a correspondente numeração).
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CONDIÇÕES DE ASSINATURA
Nome _______________________________________
______________________________________________
Instituição _____________________________________
______________________________________________
Morada ______________________________________
______________________________________
Ano de 2006: F18 euros (volume duplo)
Números antigos (10 euros cada):
n. 1 (esgotado); F n. 2; F n. 3/4; n. 5/6 (esgotado); F n. 7/8
Enviar (com o pagamento à ordem de COFAC) para:
REVISTA LUSÓFONA DE CIÊNCIA DAS RELIGIÕES
UNIVERSIDADE LUSÓFONA DE HUMANIDADES E TECNOLOGIAS
Campo Grande, 376
1749-024 Lisboa-Portugal
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