Espaços Livres Públicos

ABSTRACT
In contemporary cities, public spaces are usually underused, can be found in
condition of degradation and neglect. With that in mind, we ask ourselves about
the public spaces in Natal, brazilian state of Rio Grande do Norte: Do they are
destined to cultural practices, leisure time and recreation? This subject motivated
this paper which, in general, intended to understand, through qualitatives
techniques as interviews, photographs and observation, the use and
appropriation of this public spaces in Natal/RN, reflecting about public politics that
promote leisure time in this spaces and, specifically, we propose to identify social
practices of use and appropriation of Natal/RN public spaces, and in conclusion,
revell the role of leisure time in this public spaces in matter of life quality and
public politics. The results pointed to positives experiences in Urban Parks of the
city, but they need to be improve and more disseminated to make this city more
socially fair and democratic through leisure time practices.
Keywords: Contemporary cities. Public space. Leisure time. Natal/RN. Urban
Parks

Resumo
O conceito de espaço público vem sendo redefinido tendo em vista a privatização do espaço, a dissolução dos domínios público/
privado e a intensificação do uso das redes sociais, internet e mídias móveis no processo de discussão, apropriação e construção
dos espaços cotidianos de vida. Com foco nos dois primeiros processos citados, este artigo pretende discutir, por meio de uma
seleção de intervenções temporárias recentes realizadas no Rio de Janeiro, formas de apropriação transitória que lidam com
a tensão entre os domínios público e privado, bem como sua colaboração na construção de espaços coletivos para a cidade
contemporânea. Como contribuição, apresenta-se a transformação que este tipo de intervenção gera na cidade e como pode
ser promovido o uso privado em espaços públicos ou o uso público em espaços privados.

Abstract
The concept of public space has been redefined in the view of the privatization of space, the dissolution of public/private domains,
and the intensification of the use of social networks, internet, and mobile media in the processes of discussion, appropriation,
and construction of the everyday spaces of life. With emphasis on the first two processes, and through a selection of recent
temporary interventions in Rio de Janeiro, this article aims to discuss different forms of transitional appropriations that deal with
the tension between public and private spheres, as well as with the characteristic of allowing the construction of collective spaces
for the contemporary city. As a contribution, the article acknowledged the change that this type of interventions cause in the
dissolution of domains and how the use of private spaces in public spaces and the public use in private spaces can be enhanced.

Os espaços livres, em sua maioria, caracterizam-se por serem as áreas urbanas remanescentes
ligadas às condições naturais, convivendo em meio à massa cinza das edificações e
impermeabilização do solo das cidades. O desenvolvimento deste trabalho trata das intenções
em potencializar estes espaços dentro de uma determinada área de intervenção, estimulando a
criação de locais públicos, de lazer, permanência e circulação, que priorizem o cidadão e não o
transporte motorizado. O processo não planejado de urbanização no Brasil, criou ambientes
hostis à condição do caminhante, áreas desconectadas da malha, abandonadas pelo poder
público e consequentemente por seus usuários. As diretrizes deste projeto visam a construção
de uma praça pública, regeneração de um trecho do Ribeirão da Aldeia e o aumento da
mobilidade ativa na cidade de Santo Antônio da Platina. A desconexão da malha urbana origina
espaços sobressalentes, mas que se bem aproveitados recondicionam o uso urbano,
direcionando-os para o ciclista, o pedestre e o usuário, ou seja, feito para pessoas.

Considerando o não-lugar um desafio urbano da cidade supermoderna, ou pós-moderna, este trabalho final de graduação tem como objetivo principal o projeto de regeneração urbana no espaço não construído adjacente à Ponte da Passagem (Vitória-ES), bem como seu baixio. Pretende-se revelar o potencial de ocupação desse espaço residual pela proposta de readequação ao seu entorno imediato, atendendo às demandas locais e valorizando as interações sociais no espaço público.

Ao longo deste trabalho se discute o conceito do não-lugar, com ênfase nos espaços residuais, vazios urbanos que, frequentemente, são esquecidos entre grandes estruturas de circulação veicular, como o caso da Ponte da Passagem, em Vitória (ES).

Nesta dissertação analisa-se o processo pelo qual as práticas urbanas socioespaciais
colaborativas da sociedade civil agem sobre um espaço público aberto, transformando-o, pelo
seu uso, em um espaço “comum”. Estamos em um momento histórico no qual o planejamento
urbano tradicional, reconhecido comumente como um processo top-down, está cada vez mais
dividindo seu espaço com as práticas ditas bottom-up. Nesse sentido, este trabalho se propõe
a ser um estudo do uso contemporâneo do Largo da Batata, em São Paulo, compreendendo
o período do final da década de 1990 até 2017, com especial destaque para o momento em
que a região teve seu acesso reaberto ao público em 2013. Público este que, por sua vez,
começou a se apropriar do lugar. A investigação é sobre os processos de uso propositivo dos
espaços públicos — praças, ruas e parques — por parte da população, tendo como objetivo
a identificação de como essas práticas urbanas coletivas produzem, pelo seu uso, lugares
com qualidades diversas das previamente conhecidas e mapeadas, permitindo o encontro de
diferentes tipos de pessoas e de cuidado comum.
Para tal, esta dissertação pretende investigar novos campos de ação dentro da profissão de
urbanista, e mesmo novos métodos no que se refere ao planejamento urbano participativo e à
criação de plataformas para a autogestão e a gestão compartilhada. Conclui-se que ampliar os
horizontes da análise socioespacial de insurgências cidadãs no espaço público pelo olhar do
urbanismo pode aproximar o debate acadêmico do ativismo cidadão e comunitário, e também
contribuir para a investigação de possibilidades de colaboração entre urbanismo tradicional e
urbanismos táticos, revelando um caminho do conhecimento em construção.

Do ponto de vista do urbanismo sustentável e, especificamente da abordagem biofílica, que se baseia na existência de uma inclinação inerente ao ser humano em se associar e se sentir bem em contato com o ambiente natural, esta dissertação tem como tema a relação da sociedade com a natureza - especialmente com vegetação - em espaços públicos. A Avenida Paulista foi escolhida para estudo e pesquisa por estar localizada na região central da cidade de São Paulo, caracterizada pela baixa taxa de cobertura verde e densificação de edifícios verticais. O trabalho apresenta pesquisa aplicada que identificou e analisou a presença de elementos biofílicos em espaços livres para uso público e os aspectos de governança em relação à biofilia e preservação ambiental. O estudo sugere que a biofilia - a conexão entre pessoas e natureza - deva ser considerada e incorporada às políticas públicas e projetos urbanos para contribuir nos esforços voltados aos desafios das cidades do século XXI, como ações em prol da mitigação dos efeitos das mudanças climáticas e melhora da saúde da população urbana.

O presente trabalho, intitulado “Entre Trilhos e Águas: um Parque Urbano em Moreno”, desenvolvido pelo aluno Talys Napoleão Medeiros sob orientação da profa. Dra. Onilda Gomes Bezerra e coorientação do prof. Dr. Joelmir Marques da Silva, é o produto final das disciplinas Trabalho de Curso I e II, como parte dos requisitos para a conclusão do curso de graduação em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal de Pernambuco. Este trabalho, de natureza investigativa e propositiva, consiste na
laboração de uma proposta de intervenção urbano-paisagística, em nível de estudo preliminar, visando a implantação de um parque urbano na sede do município de Moreno – PE.

The article discusses the Pocket Park of Rua Oscar Freire, in São Paulo, Brazil, considered the first Brazilian Pocket Park, created in 2014. The problematization focuses on the deterritorialization and reterritorialization of small urban spaces used in an intelligent, creative and sustainable manner in a way that allows the coexistence of private spaces with public purpose. The objective is to understand the viability of Pocket Parks in the context of intelligent cities in order to reterritorialize small urban spaces that allow improvement in the quality of people's lives and appreciation of the local community. The research is qualitative, exploratory and uses bibliographical and documentary research with the collection of data made on the Internet about Pocket Park, the focus of this research. The results show that the greater circulation of people in the neighborhoods and the better use of the empty spaces through the Pocket Parks generate a greater connection between the spaces of the city, generating territories lived from the perspective of Raffestin´s (1993) concept. Investing in the improvement of small urban spaces can also lead to greater security, closer proximity between the city and citizens and greater appreciation of the identity of the local community and its surroundings, allowing the urban artery to have a better flow.

A valorização dos espaços livres públicos e a reestruturação das políticas públicas de cultura, em todas as esferas de governo sobretudo a municipal, têm impulsionado a discussão sobre como a implementação dessas políticas culturais refletem-se na paisagem urbana. Joinville foi escolhida como estudo de caso, por apresentar políticas públicas de cultura avançadas, que se articulam aos espaços livres públicos municipais, especialmente através da promoção de eventos culturais. Este artigo se propõe a delinear a relação entre o uso de um espaço livre público e a realização de um evento cultural. Para isso, caracteriza o setor cultural municipal e define a Praça Nereu Ramos como recorte de estudo para a pesquisa de campo, que abrange observações comportamentais e entrevista com usuários deste espaço. O artigo apresenta parte dos resultados obtidos durante pesquisa de mestrado, que indicam uma boa aceitação das políticas culturais municipais e um enriquecimento da vida pública da praça, pela presença dos eventos.

O presente trabalho tem como objeto de estudo os espaços livres coletivos em áreas de baixa renda, compreendidos como lugares dinamizadores e intermediadores das relações socioculturais estabelecidas nestas áreas. Porém, esses não são valorizados e reconhecidos pelos gestores e planejadores urbanos, devido a estigmatização das ruas como lugares inseguros, inóspitos. A pesquisa objetivou conhecer e analisar as preferências ambientais dos usuários dos espaços livres coletivos de lazer das áreas de baixa renda, para isto buscou-se identificar e analisar: os tipos de espaços livres coletivos mais utilizados para recreação dos moradores; as atividades de lazer cotidianas mais realizadas e a relação dos componentes ambientais físicos e sociais que caracterizam os espaços. Utilizaram-se como estudos de caso três áreas do municipio do Recife: ZEIS Aritana, ZEIS Mustardinha e o bairro Bomba do Hemetério. Fundamentando-se em uma visão multidisciplinar de espaço livre coletivo e lazer cotidiano, buscada em teorias na arquitetura, na geografia, na filosofia que abordam o lugar como ambiente peculiar da vivência humana e apoiada em uma conjunção de métodos analíticos (observação incorporada; o walkthrough; entrevista semiestruturada e análise morfológica), que têm como princípios a compreensão do mundo da vida cotidiana e a abordagem experiencial enquanto sujeito que interage com o meio. Como resultados principais, temos: os espaços de lazer de vizinhança situados no entorno das moradias, sombreados, dotados de arborização e mobiliários para sentar-se e reunir-se com vizinhos etc e os espaços de lazer do entorno, referentes aos espaços esportivos para jovens e espaços de recreação para crianças. Nesta busca pela compreensão dos critérios de seleção dos ambientes urbanos, em detrimento de outros, acredita-se apoiar as pesquisas projetuais dos planejadores e dos desenhadores urbanos.
Palavras-chave: espaço livre coletivo; espaço de lazer cotidiano; áreas de baixa renda; preferência ambiental.

RESUMO. O sistema educacional não possui mais uma hegemonia educativa, levando em consideração as inúmeras fontes de aprendizagem da atualidade que contribuem para a formação humana. Dessa forma, optou-se pela aprendizagem oriunda da convivência e da socialização, promovidas nos espaços livres públicos da cidade. O estudo está dividido em duas escalas: a urbana por meio dos espaços livres públicos como ruas, praças e vazios urbanos; e a escala da escola por meio de suas áreas livres. A ideia é promover uma escola cidadã que contribua para criar as condições que viabilizem a cidadania por meio da socialização e da apropriação dos espaços da cidade e da escola pela comunidade. Assim, a pesquisa tem como objetivo desenvolver uma proposta de integração e requalificação dos espaços livres públicos de uma Escola Municipal em Quixadá-CE e seu entorno de modo a aproximar escola e comunidade. Para tanto, a metodologia está estruturada em revisão de literatura com uma aproximação sobre a relação entre educação e cidade; referências projetuais; caracterização dos objetos estudados e aplicação multimétodos dos instrumentos metodológicos - o mapa cognitivo, mapa comportamental, poema dos desejos e questionário-, a fim de compreender a percepção dos alunos sobre a escola e o bairro, suas preferências ambientais e como acontece a apropriação destes nas áreas livres da instituição. Os principais resultados encontrados foram de que as áreas livres da escola podem se transformar no elemento integrador entre escola e comunidade e que requalificar as áreas livres do entorno pode significar a promoção de espaços mais humanos, de estímulo à autonomia e a cidadania. Palavras-chave: Educação. Cidade. Escola Cidadã. Espaços livres públicos. Socialização.

ABSTRACT. The educational system does not have an educational hegemony anymore, taking into account the large amount of source for learning of the present time that contributes to the human formation as a citizen. Thus, we decided to use learning from coexisting and socialization, promoted in the public free spaces of the city. This study is divided in two scales: the urban through the public free spaces like streets, squares and open spaces; and the school scale through its free areas. The idea is to promote a different school that contributes to creating the conditions that make citizenship viable through socialization and the appropriation of the city and school spaces by the community. Thereby, this research has a gol to develop a integration and renewal proposal of a public school’s free spaces in the city of Quixadá-CE and its surroundings in order to bring school and community together. Therefore, the methodology is structured in literature review with a approach about the relation among school and city; project references; characterization of the studied objects and application of multi methods of methodological instruments - the cognitive map, behavioral map, poem of wishes and surveys, in order to comprehend the students perceptions about the school and the neighborhood, their environmental preferences and how the appropriation of these institution’s free areas happens. The main results found was that the school’s free areas can become in the integrator factor between school and community and that renew the free areas of surroundings can denote the promotion for more human spaces, of incentive of autonomy and citizenship. Keywords: Education. City. Citizen school. Public free spaces. Socialization.

O espaço urbano da cidade em situação de fronteira econômica na Amazônia reflete a existência de diferentes racionalidades e modos de produzir e se apropriar do espaço urbano. A estrutura policêntrica da cidade de Marabá, situada no sudeste paraense, oferece um rico laboratório de experimentações urbanísticas com espaços ribeirinhos seculares, modernistas, introduzidos pelo governo federal nos anos 1980, produzidos pelo mercado e informalmente, oferecendo a possibilidade de comparação entre estruturas geradas pelo saber técnico homogeneizante e por saberes tradicionais, não-eruditos que souberam conviver por séculos sem homogeneizar a natureza. A hipótese de se persegue neste artigo é de que existem diferentes nuances na forma e na apropriação dos espaços livres em Marabá que não são levados em conta pela produção formal do espaço urbano. Os resultados apontam que os espaços produzidos de maneira espontânea apresentam maior aderência e urbanidade que aqueles planejados e deixam evidente que ainda existem diversas nuances ambientais e culturais que estão extremamente relacionados a aderência entre planos e demandas reais e, portanto, à qualidade dos espaços públicos para as pessoas.

Resumo: Este artigo resulta de uma intervenção urbana realizada em Florianópolis-SC, em 14/12/2020. Trata de uma errância na qual me propus a caminhar sobre as águas do Rio da Bulha desde sua foz até a nascente e nesse processo, corporificar os Tigres, ancestrais que construíram junto ao leito do rio um território de negritude em Desterro. Os Tigres eram escravizados responsáveis pelo transporte das águas servidas pela cidade, levavam sobre suas cabeças as bulhas carregadas de excrementos para depositar no rio, que com o contínuo despejo de esgoto passou a ser conhecido pelo mesmo nome do recipiente. As margens do rio foram ocupadas por cortiços e pela população empobrecida, mas obras sanitaristas do início do século XX expulsaram essa população dali que passou a ocupar os morros do entorno. Com o passar dos anos o rio foi tamponado, invisibilizado da paisagem assim com a presença da população negra no território. Junto à nascente do mesmo rio, foi construído o primeiro reservatório de água da cidade, que influenciou também na construção identitária do local que ficou conhecido como Morro da Caixa, um bairro negro de Florianópolis. A comunidade através da organização popular transformou o reservatório, que era uma marca do poder hegemônico, na primeira praça do bairro, inaugurada em 2019, demonstrando uma força ancestral de resistência e afeto pelo espaço agora público. Empresto o meu corpo e minhas marcas de negritude para homenagear e ir de encontro aos tigres contemporâneos ao atravessar este rio, que também me atravessa, apresenta-se a narrativa rrante sobre o caminho dos Tigres em formato de artigo e vídeo (link:https://youtu.be/3XTPGfEwHzs)

Na ciência geográfica é comum a proposição de procedimentos de análise da qualidade ambiental, estruturados a partir de indicadores ambientais existentes na paisagem, que sejam passíveis de mensuração quali-quantitativa. Assim, o objetivo deste artigo é refletir sobre a sistematização do Índice de Qualidade de Áreas Verdes (IQA) aplicado na área urbana de Presidente Prudente (SP) e destacar a importância da escolha dos indicadores no processo de elaboração do índice. A proposta reflete um esforço metodológico no desenvolvimento de técnicas de avaliação ambiental, mostrando-se viável tanto para a sistematização e padronização de dados primários e secundários quanto para a identificação de padrões de qualidade na escala intraurbana e numa perspectiva espaçotemporal.

Palavras-chave: Espaços livres de uso público. Espaço urbano. Indicadores ambientais. Qualidade ambiental.

O objetivo deste trabalho é compreender o papel do processo de modernização na relação do homem com as águas em Vitória (ES) entre meados do século XIX e meados do século XX. A partir de pesquisa bibliográfica, iconográfica, em periódicos, mensagens e relatórios de Governo, notou-se que, enquanto o higienismo estabelece ações de controle das águas no espaço urbano sob a alegação da saúde pública, o banho de mar, inicialmente difundido sob a mesma alegação, passa a assumir um caráter socioeconômico na Capital. Dessa forma, tanto o discurso higienista quanto a ressignificação do banho de mar atribuíram uma nova ordem socioespacial à relação homemáguas na Capital, marcada pelo apagamento da capilaridade hídrica, pela expansão do tecido rumo às praias e pela criação de novos hábitos urbanos de sociabilidade, tributários da modernidade. Palavras-chave: águas; modernização; Vitória (ES) GT-10: Práticas culturais na produção da cidade

RESUMO
Os espaços livres públicos como ruas e praças, representam o palco do lazer e da cidadania. Todavia, as crianças estão mais distantes desses espaços das cidades ao redor do mundo, sendo relegadas aos espaços privativos. Assim, há um debate sobre como são as apropriações das infâncias em espaços livres públicos por meio de brincadeiras. Este estudo objetivou analisar os modos de apropriação das crianças através das brincadeiras nos espaços livres públicos de Quixadá-CE. A investigação foi exploratória e descritiva. A coleta de dados foi realizada por registros fotográficos de brincadeiras de crianças em áreas centrais e não centrais para compreender as apropriações em espaços livres públicos planejados para o uso de crianças e espaços não planejados para esse fim, mas ocupados por elas. Foram contabilizados 24 eventos, sendo 20 em espaços não planejados e 4 em espaços planejados. Houveram diferentes modos de apropriação dependendo dos contextos físicos, idade e sexo das crianças, tipos de brincadeiras e presença ou ausência de supervisão de adultos. A investigação das brincadeiras nos espaços livres públicos pode ajudar na melhoria do planejamento urbano na escala da criança ao promover seu pleno desenvolvimento, o seu reconhecimento enquanto sujeito ativo e o entendimento da cidade como objeto de transformação social, conquista da cidadania e realização do direito de acesso à cidade de modo mais livre e autônomo.
PALAVRAS-CHAVE: Espaços Livres Públicos; Apropriação; Brincadeiras de crianças; Liberdade.

ABSTRACT
Public open spaces, such as streets and squares, represent the stage of leisure and citizenship. However, children are further away from these public spaces in cities around the world, being relegated to private spaces. So, there is a debate about how are the appropriation of the childhoods in public open spaces through play. This study aimed to analyze the modes of appropriation of children through play in public open spaces in Quixadá, in the State of Ceará. The research was exploratory and descriptive. Data collection was done by photographic records of children’s plays in central and non-central areas to understand appropriations in public open spaces planned for the use of children and spaces not planned for that purpose, but occupied by them. 24 events were recorded, 20 in unplanned spaces and 4 in planned spaces. There were diferent modes of appropriation depending on the physical contexts, children’s age and sex, types of plays and presence or absence of adult supervision. The investigation of play in public open spaces can help improve urban planning at the child’s scale by promoting their full development, recognition as an active subject and understanding of the city as an object of social transformation, citizenship conquest and realization of the right to access the city more freely and autonomously.
KEY-WORDS: Public open spaces; Appropriation; Children’s plays; Freedom.

O objetivo deste trabalho é compreender o papel do processo de modernização na relação do homem com as águas em Vitória (ES) entre meados do século XIX e meados do século XX. A partir de pesquisa bibliográfica, iconográfica, em periódicos, mensagens e relatórios de Governo, notou-se que, enquanto o higienismo estabelece ações de controle das águas no espaço urbano sob a alegação da saúde pública, o banho de mar, inicialmente difundido sob a mesma alegação, passa a assumir um caráter socioeconômico na Capital. Dessa forma, tanto o discurso higienista quanto a ressignificação do banho de mar atribuíram uma nova ordem socioespacial à relação homemáguas na Capital, marcada pelo apagamento da capilaridade hídrica, pela expansão do tecido rumo às praias e pela criação de novos hábitos urbanos de sociabilidade, tributários da modernidade. Palavras-chave: águas; modernização; Vitória (ES) GT-10: Práticas culturais na produção da cidade

As práticas cotidianas atualmente estabelecidas sobre a baía de Vitória são importantes chaves à compreensão da vida pública na cidade e de seus elementos identitários. O objetivo desta pesquisa é a identificação das formas de apropriação socioespacial exercidas junto às águas na capital capixaba, investigando aspectos que possibilitem discutir relações com a paisagem da cidade e com a percepção por parte dos indivíduos usuários. Após revisão de paradigmas conceituais ligados ao tema da paisagem, recorreu-se a levantamento de documental histórico, que indicou forte ligação entre algumas práticas e a evolução urbana do município. Abordagens de campo seguidas de mapeamento permitiram reunir informações a respeito das apropriações tais como frequência, intensidade e distribuição, o que, por sua vez, conduziu à classificação segundo finalidade, grupo temático e formalidade, etapa em que são ainda destacadas apropriações peculiares ou pouco visibilizadas. Ao final do trabalho, os resultados são discutidos por comparação entre recortes do objeto empírico, observando-se relação com fatores de ordem socioeconômica e cultural dos espaços, para além de correspondências com a própria paisagem.

A infraestrutura escolar e urbana assume grande importância no debate sobre a função social da escola. Os tempos e espaços desta na atualidade, sua relação com o território e suas especificidades são condicionantes da qualidade da educação. Este trabalho discute o espaço da criança na cidade e a busca pela autonomia em suas apropriações, a fim de compreender a imagem da escola e seu entorno no imaginário infantil, principalmente, no percurso casa-escola-casa (principal interação com o meio urbano). A escola investigada localiza-se na Ilha do Governador - Rio de Janeiro, onde foram aplicados: mapa mental; mapa visual e observação direta com alunos do Ensino Fundamental. Observou-se que estes constroem uma demarcação territorial (de apropriação do espaço) por uma necessidade de uso. Cabe verificar se nas políticas públicas voltadas para a infância, são considerados os usos dos espaços-de-vida das crianças.