terça-feira, 25 de março de 2025

Drops – Moana 2

 

Crítica – Moana 2

Review – Moana 2
O primeiro Moana: Um Mar de Aventuras (2016) era uma aventura bacana, carregada por personagens carismáticas, boas canções e uma reviravolta final que ressignificava muito do que tínhamos visto até então. Este Moana 2, por outro lado, soa como uma continuação burocrática, pensada apenas para capitalizar em cima do sucesso do primeiro filme.

Mar adentro

Na trama, Moana (voz de Auli’i Cravalho) se torna a exploradora de sua vila e é incumbida de encontrar uma ilha mítica que teria sido escondida pelo deus Nalo (voz de Tofiga Fepulea'i). Essa ilha seria capaz de apontar as rotas para todos os povos que vivem no mar e unir as populações. Para alcançar a ilha, Moana mais uma vez busca a ajuda do semideus Maui (voz de Dwayne “The Rock” Johnson).

segunda-feira, 24 de março de 2025

Crítica – Ruptura: 2ª Temporada

 

Análise Crítica – Ruptura: 2ª Temporada

Review – Ruptura: 2ª Temporada
Depois de três anos da excelente primeira temporada, Ruptura finalmente volta para seu segundo ano com uma trama que amplia os conflitos de seus personagens e aprofunda a mitologia de seu universo, explorando mais o passado da Lumon e do processo de ruptura.

Trabalho interno

Depois dos eventos do fim do primeiro ano Mark (Adam Scott) volta a trabalhar refinando macrodados na Lumon. Seu interno não sabe como voltou para lá nem o que aconteceu no mundo exterior depois que conseguiram visitá-lo, mas sabe que sua esposa ainda está viva em algum lugar na empresa e tenta encontrá-la com a ajuda dos colegas Irv (John Turturro), Dylan (Zach Cherry) e Helly (Britt Lower), por quem está apaixonado. A saída deles também impacta no modo como a Lumon lida com os funcionários que passaram por ruptura, anunciando mudanças que supostamente vão melhorar a qualidade de vida deles.

sexta-feira, 21 de março de 2025

Crítica – Entre Montanhas

 

Análise Crítica – Entre Montanhas

Review – Entre Montanhas
Estrelado por Miles Teller e Anya Taylor-Joy, Entre Montanhas é mais uma daquelas produções de streaming que parece ter sido pensada por algum algoritmo. Pega elementos de diferentes gêneros que atraem segmentos distintos da audiência, combina eles em um pacote que parece feito para maximizar o alcance de público e justificar o orçamento, mas o resultado final não passa de uma colcha de retalhos sem alma.

Romance à distância

Na trama, o atirador de elite Levi (Miles Teller) recebe a missão de vigiar uma misteriosa fenda entre montanhas. Seu predecessor não te dá muitas informações além de que da fenda saem seres bizarros chamados de “homens ocos” cujo avanço deve ser contido. Do outro lado da fenda a atiradora Drasa (Anya Taylor-Joy), também vigia o local. Apesar da comunicação entre os atiradores ser proibida, a solidão leva os dois a interagirem e começam a se aproximar. Além de se apaixonarem, eles também decidem desvendar o mistério da fenda.

quinta-feira, 20 de março de 2025

Crítica – Guns of Fury

 

Análise Crítica – Guns of Fury

Review – Guns of Fury
A mistura entre os tiroteios explosivos da franquia Metal Slug e mecânicas de metroidvania me atraíram de imediato para Guns of Fury, produzido pela Gelato Games, responsável por Goblin Sword. É uma mescla que não lembro de ter visto, mesmo num cenário de produções indie com um fluxo constante de metroidvanias.

Andando e atirando

A narrativa se passa em um futuro próximo no qual um cientista criou uma nova forma de energia limpa que pode resolver a crise energética e climática que toma o planeta. Dois dias depois do anúncio da nova tecnologia o cientista é sequestrado por um grupo que deseja usar sua célula de energia para criar uma nova super-arma e o soldado Vincent é despachado para investigar e resgatar o cientista.

quarta-feira, 19 de março de 2025

Crítica – Sem Chão

 

Análise Crítica – Sem Chão

Review – Sem Chão
Feito por pessoas tanto da Palestina quanto de Israel, Sem Chão se debruça especificamente sobre a situação da região de Masafer Yatta na Cisjordânia cujas vilas são constantemente destruídas por tropas israelenses sob a justificativa de que a área é um local de treino para as forças armadas israelenses.

Terra de ninguém

É um documentário feito sobre e na urgência da situação, com imagens sendo captadas no momento que as tropas chegam para remover as pessoas, derrubar as casas com resultados muitas vezes trágicos de moradores desarmados que protestam a situação sendo baleados pelas tropas. As imagens, muitas vezes tremidas, muitas vezes distantes ou não devidamente enquadradas são um reflexo dessa urgência e comunicam sobre as condições sob as quais o filme foi realizado.

terça-feira, 18 de março de 2025

Crítica – Milton Bituca Nascimento

Análise Crítica – Milton Bituca Nascimento

Review – Milton Bituca Nascimento
Fui assistir Milton Bituca Nascimento achando que seria um documentário sobre os bastidores de sua última turnê. Não deixa de ser sobre isso, mas a produção aproveita o gancho de ser uma turnê de despedida do músico para refletir sobre seu legado artístico, sobre o que torna Milton um artista tão diferenciado e as inspirações de sua arte. O resultado é um mergulho mais abrangente e compreensivo da arte de seu objeto do que se ele se limitasse a apenas acompanhar bastidores da turnê, ainda que seja um documentário bem típico em sua estrutura.

Caçador de mim

Narrado por Fernanda Montenegro, o filme analisa a trajetória do cantor e seu impacto, mostrando como ela repercute tanto no Brasil quanto no resto do mundo. Há uma qualidade poética no texto da narração que tenta dar conta da força sensorial e emotiva da força de Milton, mas o texto é também bastante didático em explicar os aspectos mais técnicos e musicológicos do que torna sua música tão diferenciada. Nesse sentido, a narração de Fernanda Montenegro consegue dar a medida da capacidade expressiva da arte de Milton, de sua complexidade e de fazer a audiência entender como é feita essa música.

segunda-feira, 17 de março de 2025

Crítica – The Electric State

 

Análise Crítica – The Electric State

Review – The Electric State
Segunda colaboração dos irmãos Russo com a Netflix depois do insosso Agente Oculto (2022), este The Electric State consegue ser ainda mais derivativo e menos memorável do que a primeira colaboração entre os irmãos e a plataforma de streaming. É uma narrativa sobre uma distopia na qual as pessoas passam boa parte do tempo em mundos virtuais, presas em sua própria nostalgia e um adolescente precisa enfrentar o líder da corporação maligna que controla tudo. Se isso lhe pareceu familiar é porque essa é a mesma trama de Jogador Número 1 (2018) e The Electric State é basicamente uma versão piorada desse filme que já não era grande coisa para começo de conversa.

Futuro Mecânico

A trama, que adapta um romance escrito por Simon Stalenhag, se passa em uma versão alternativa da década de noventa na qual a humanidade criou robôs conscientes. Esses robôs se rebelaram iniciando uma guerra que foi vencida quando o inventor Ethan Skate (Stanley Tucci) criou um dispositivo que permitia que as pessoas controlassem drones robóticos remotamente, igualando a batalha. Anos depois do fim do conflito Michelle (Millie Bobby Brown) é uma órfã que vive em um lar adotivo hostil até o dia em que recebe a visita de um estranho robô que diz ter a mente do irmão que Michelle acreditava estar morto. Agora ela parte ao lado do robô para reencontrar o irmão.

sexta-feira, 14 de março de 2025

Crítica – Invencível: 3ª Temporada

 

Análise Crítica – Invencível: 3ª Temporada

Review – Invencível: 3ª Temporada
Depois de uma segunda temporada equivocadamente dividida em duas partes, Invencível retorna para sua terceira temporada no formato habitual de um episódio por semana e sem a desnecessária divisão que mais prejudicou do que ajudou a temporada anterior. Esse terceiro ano é talvez o mais intenso da série até aqui, testando as convicções e lealdades dos personagens ao limite.

Guerra interna

Lidando com as consequências da batalha contra Angstrom Levy, Mark pondera se a violência que cometeu o aproxima do genocídio cometido por seu pai e se ele corre o risco de se tornar igual a ele. Ao mesmo tempo ele avalia a possibilidade de uma relação com Eve e sua parceria com o implacável Cecil por discordar dos métodos dele.

quarta-feira, 12 de março de 2025

Crítica – Código Preto

 

Análise Crítica – Código Preto

Review – Código Preto
Nos últimos anos o diretor Steven Soderbergh se entregou a vários experimentos no audiovisual, desde experimentações com modos de filmar, realizando filmes com celulares como Distúrbio (2018) e High Flying Bird (2019). Experimentou com formatos narrativos como na série Mosaic (2018) e também experimentou com formas de distribuição em diferentes produções para streaming como A Lavanderia (2019), Let Them All Talk (2020) ou Nem um Passo em Falso (2021). Ele deixou de lado o experimentalismo dois anos atrás com o fraco Magic Mike: A Última Dança (2023). Código Preto, por sua vez, segue essa fase menos experimental do realizador e entrega o melhor trabalho de Soderbergh em muito tempo.

Espião contra espião

A trama é protagonizada pelo agente de inteligência George (Michael Fassbender) que recebe a informação de que cinco de seus colegas podem ter roubado uma poderosa arma digital, um desses colegas é sua esposa, Kathryn (Cate Blanchett). Agora George precisa descobrir quem se apoderou da arma e onde sua lealdade, com a missão ou com seu casamento, reside.

Crítica – Amizade

 

Análise Crítica – Amizade

Review – Amizade
Dirigido por Cao Guimarães, o documentário Amizade funciona como um filme-ensaio mesclando imagens de arquivo e narrações para construir um senso de que acompanhamos o fluxo de consciência do realizador enquanto ele reflete sobre amizade e conexões afetivas.

Alma que mora em dois corpos

O ponto de partida do filme é a mudança do diretor para o Uruguai e durante a viagem ele capta imagens de um dos amigos que o ajuda na mudança. Em seu novo lar ele examina imagens antigas, registradas em diferentes mídias, para refletir sobre o papel da amizade em sua vida. A narração do diretor ajuda a dar unidade a esses fragmentos de memória plasmados em imagem nos mostrando essas cenas de interação entre ele e as pessoas próximas para refletir como essas conexões e afetos são importantes em sua vida. Sem a narração essas imagens bastante pessoais e descontextualizadas, que provavelmente não significariam nada para alguém que não está inserido nesse círculo de amizade.