Bioquímica Avena-2

Descargar como pdf o txt
Descargar como pdf o txt
Está en la página 1de 55

-> Água, PH, PKa, Tampão

> Água
- Propriedades polares e a leve ionização da água
- alto ponto de fusão e ebulição comparado a outros solventes

> Solvente
• Hidrofílicos – compostos polares que dissolvem na água
• Hidrofóbicos – compostos apolares que não se dissolvem em água
• Anfipáticos – compostos com regiões polares e apolares

> Ionização

> Sistema tampão


- constituído de um ácido fraco e sua base conjugada
- resistem à alterações de pH quando da adição de ácidos ou bases

- A eficiência de um sistema tampão vai ser máxima na região de pH igual ao valor de


pKa do ácido fraco.
- A concentração dos componentes ⮕ capacidade de tamponamento (quanto maior a
concentração maior a quantidade de ácido ou base o sistema consegue suportar
sem grandes alterações no pH, dentro da sua faixa de tamponamento.)

> Constante de dissociação de ácidos (Ka) e pKa


- A tendência de um ácido de perder um próton e formar a base conjugada é definida
pela constante de equilíbrio do ácido (Keq) ou constante de dissociação do ácido
(Ka)
> Exercícios
1.Defina um sistema ácido-base segundo Bronsted e Lowry.
- Ácido qualquer espécie química que tenha tendência em doar prótons (H+) e base
como a espécie química que tenha a tendência em receber prótons (H+).
- Depende da análise de pares conjugados (uma espécie será determinada como
ácida ou básica quando comparada com outra em um sistema)

2.Qual é a base conjugada em cada um dos pares ácido-base abaixo. Escreva a reação de
equilíbrio.
a) RCOOH, RCOO-
b) H2PO4-, H3PO4
c) RNH2, RNH3+
d) H2CO3, HCO3-

3.Calcule o pH das seguintes soluções:


ph=-log[H]
a) HCl 0,2M
- Pka= -6,3
b) NaOH 0,2M
- Pkb= 0,2
c) HCl 50 mM
- Pka= 6,3

4.O que é um sistema tampão? Explique como funciona? Que fatores determinam a
eficiência de um tampão?

5. Considerando a equação de dissociação de um ácido hipotético HA ↔ H+ + A-, pKa =3,0.


Determine a proporção do ácido e da base conjugada nos pHs 1, 2, 3 e 5. Indique as formas
que predominam em cada um dos pHs.

6.O pH do sangue é mantido em uma faixa estreita entre 7,35-7,45. O principal tampão do
sangue é constituído pelo par H2CO3/HCO3- (pKa = 6.1). Embora o pKa de 6,1 pareça
estar fora da faixa de um tampão fisiológico útil, o sistema de tampão ácido
carbônico/bicarbonato é eficaz na manutenção do pH sanguíneo. Por que? Explique como a
taxa de respiração (hiperventilação ou hipoventilação) pode influenciar o pH sanguíneo.
06/03/2024
> Aminoácidos, pKa, PI

> Propriedades químicas de aminoácidos


1) Aromáticos absorvem Luz UV
Tirosina, Triptofano , Fenilalanina
- Espectrofotômetro
- Solução aquosa
- Diferença entre a luz incidente e a transmitida (absorvida pelo amm)
- Intensamente em 280nm
- Curva de calibração: quantidade em solução

2) Cisteínas formam pontes de dissulfetos


- Grupo tiol (sulfidrila)
- Oxida com outro tiol> ponte (ligação covalente)
- Estrutura tridimensional de proteínas (nativa/funcional)

- Quebra de pontes de hidrogênio: gentes desnaturantes (ureia)


- Mercapto etanol: reduz dissulfetos
- Doenças
- Cabelo

3) Glicina da flexibilidade pra estruturas e prolina da rigidez


- Menor
- Ciclica

4) Aa com cadeia lateral hidrofóbica: interior


- Tendem a se aglomerar
- Efeito hidrofóbico

5) Amin apolares> pontes de hidrogênio


- (R-OH, R-NH)

6) Aa com carga> interações iônicas


- (R-COO⎺ ou R-NH3+)

7) Aa podem atuar como acidos ou bases


- Forma iônica (carregada)
- Grupo amino pode ganhar um proton (carga positiva)
- Grupo carboxila pode perder H (carga negativa)

> Propriedades acido basicas


- 2 grupos ionizáveis
- Acido carboxilico (desprotona)
- Amina (protona ou desprotona)
Grupo R
- Pode ter carga: 3 grupos ionizáveis
- Cadeia lateral

PK
- Ácidos fracos: dissociam parcialmente
- Constante de equilíbrio do ácido (relação entre os produtos e os reagentes)
- -log contante de eq
- Ka= conc produtos/ reagentes
- Constante de ionização: porções do am se comportam como ácido

- Pk 1: Carboxila
- Pk 2: Amina
- Pk R: cad lateral

*Pk de cada porção do aa: apenas aquelas que desprotonam

Ponto isoelétrico
- Ph onde a carga do aa é nula

PH do meio
- Abaixo do pka: grupo protonado
Mais H+ no meio
Ácido predomina

- Acima: grupo ionizável desprotonado


Menos H+ no meio
Mais base

- PH= Pka
- Ph =Pka + log [a-]/[ha]
- log [a-]/[ha]= 0
- [a-]=[ha]

> Titulação de aminoácidos


- Determinar o Pk

Curva da glicina
- 2 Regiões de tamponamento (pouca variação de pH)
- Faixa de tamponamento
- Ultrapassada (acrescenta base na sol): Ph sobe bruscamente

- 8,6-10,6

- Ponto isoelétrico
- Onde a carga do aminoácido é neutra
- Glicina: Media aritmética entre pk1 e pk2
Carga do aminoácido
- Carga neutra 0= PI
- Grupo amino protonado
- Carboxilico desprotonado

- Abaixo do PI: carga positiva


Acido carboxílico protona

- Acima do PI: carga negativa


grupo amina desprotona e carboxila permanece negativo (carboxilato)

Ordem de prioridade
- Pk
- Força do ácido (dificuldade de perder o proton)

Titulação
- Ph inicial prox de 1
- Ácido carboxílico desprotona primeiro
- Mais forte, pk menor
- 2: amino (acido mais fraco, precisa de ph mais alto pra perder)

Glutamato
- 3 regiões de tamponamento

- Carboxilico> lateral > amino


- Totalm protonado: 1+ >0 > -1 > -2
- Valor de pk de cada grupo ionizável (tabela)

- PI= (pK1+pK2) /2
- PI= carga neutra

Sequência de desprotonação
- Valores de pk
- Quanto menor o pk (mais ácido) mais fácil ele perde próton
- Do menor pro maior

> Peptídeos
Ligações peptídicas
- Reação do grupo carboxila com o amina
- C-OH + H-N
- C-N
- Ligação forte

Exemplos
Tamanhos e funções distintas
- Aspartato - adoçante
- Insulina- hormonal
Norma
- Começa no amino-terminal para o carboxi-terminal

Todo peptídeo tem pelo menos 2 grupos ionizáveis


- Amino e carboxi + cadeias laterais
- Grupos que tiverem carga

Ph 1: muito acido
- Todos grupos protonados
- Os que tiverem carga negativa estarão neutralizados

Ph alto: muito básico


- Todos grupos desprotonados

> Peptídeos podem ter carga liquida positiva, neutra ou negativa


- Depende do ph da solução
- Grupos ionizaveis

Ph = Pi carga neutra
PH < Pi +
PH > Pi -

*Simulador de eletroforese

- Vel de migração > carga parcial liquida


- Carga parcial: diferença entre ph da solução e pi do aminoácido
- Delta + ou -
- PH - Pi

- Quanto maior a carga positiva mais migram pro polo negativo


- Carga 0 não migra

> Exercícios
1. Desenhe a fórmula geral de um L-aminoácido. Explique por que a glicina não possui
quiralidade. Inclua uma definição do conceito de quiralidade na sua resposta.
- Para todos os aminoácidos comuns, exceto a glicina, o carbono a está ligado a
quatro grupos diferentes: um grupo carboxila, um grupo amino, um grupo R e um
átomo de hidrogênio. Na glicina, o grupo R é outro átomo de hidrogênio. Em todos
os casos, exceto para a glicina, o átomo de carbono alfa é um centro quiral.
- Em decorrência do arranjo tetraédrico dos orbitais de ligação em volta do átomo de
carbono alfa, os quatro grupos diferentes podem ocupar dois arranjos espaciais
únicos e, portanto, os aminoácidos têm dois estereoisômeros possíveis. Uma vez
que elas são imagens especulares não sobreponíveis uma da outra conferindo a
propriedade de quiralidade.
- A quiralidade diz respeito à propriedade do carbono central dos aminoácidos, que,
quando ligado aos 4 grupos, forma uma molécula assimétrica, ou seja, esses grupos
podem estar arranjados de duas maneiras diferentes e não superponíveis
2. Analisando as cadeias laterais (grupo R) dos aminoácidos, liste quais são polares e
apolares. Entre os polares, citar aqueles que, em pH fisiológico (pH~7.4), apresentam o
grupo R com carga negativa (aminoácidos ácidos), carga positiva (aminoácidos básicos) e
carga nula (polares sem carga).
3. Quais tipos de interações intermoleculares fracas estes aminoácidos podem estabelecer
com outros aminoácidos e/ou com a água?
4. Desenhe a curva de titulação (eixo x=adição de OH- e eixo y=pH) da histidina. Indique na
curva os valores de pK dos grupos amino, carboxila e grupo R, o pI e as respectivas regiões
de tamponamento.
5. Considere os peptídeos Glu-Val-Arg e Arg-Val-Glu
a) Desenhe a estrutura dos peptídeos em pH 1. Indique as ligações peptídicas, o grupo
amino-terminal e o carboxi-terminal. Represente corretamente o estado de ionização dos
grupos funcionais.
b) Calcule o pI. Consulte os valores de pK nas tabelas dos livros.

https://www.fcav.unesp.br/Home/departamentos/tecnologia/luciamariacararetoalves/aula-3---
pratica--curva-de-titulacao-da-glicina.pdf

13/03/2024
Estrutura de proteínas

> Determinar est primaria


- Sequenciamento

Degradação de Edman
- Cíclica
- Cadeia: N terminal> C terminal
- Sonda: Usa molécula detectável por técnicas espectrofotométricas
- Se liga ao N do grupo amina terminal, lig forte

- PH ácido
- Quebra ligação peptídica, liberando o primeiro aminoácido da cadeia, ligado à sonda
- Análise sequencial dos aminoácidos
- Sequenciamento
*Limitações: pep de até 50 aa

Espectrometria de massas
- Quebra das ligações em equipamento que detecta massa
- Aa têm massa específica
- Injeta pep com agulha> vaporiza pep.> MS1 (massa completa) > célula de colisão
(quebra molécula)> MS2 (mede massa fragmentos)

*Atualmente: Determinar proteoma


- Seq aa que compõem pp de células
- Quais se expressam mais em células com câncer?
- Alvos terapêuticos
> Estrutura secundária
- Conformação espacial local da cadeia polipeptídica
- Regulares: alfa-hélices e folhas-beta
- Não regulares: alças ou voltas

Linnus Pauling e Robert corey


- Est planares em dif de raio-X

> Planaridade
- Ligações pep tem 40% de caráter de dupla ligação
- O=C-N-H
- O e N são eletronegativos: ressonância de elétrons (ambos atraem, e- distribuídos
pelas duas ligações)
- Lig simples C-N: caráter de dupla ligação
- Ligações simples giram, O=C-N-H adquire planaridade
- Restrições nos giros

- Regiões sem restrição (átomos ao redor da lig peptídica)


- Ângulos phi e psi
- Combinações e variações determinam as estruturas secundárias (algumas geram
alfa hélices e folhas beta)
- Diagrama de Ramachandran
- Algumas combinações são impossíveis: impedimento estéricos (volume dos átomos-
grupos batem, dependendo do volume)

>Alfa hélice
- Eixo central, distância entre unidades repetitivas
- 3,6 resíduos: uma hélice
- Cadeias laterais (R): voltadas pra fora
Pontes de hidrogênio
- Estabilizam a estrutura
- Intracadeia e paralelas ao eixo
- H da lig peptídica (amina) com O da carbonila (4°aa da mesma cadeia)
Restrições:
- Cadeias laterais muito volumosas ou com mesma carga impedem formação da
hélice
- Prolina limita
*Desnaturação: rompe lig de hidrogênio

> Folha beta


- Esqueleto mais distendido permitindo ligações de hidrogênio entre as cadeias
- Grupos R projetam-se para cima e para baixo
- Cadeias polipeptídicas podem ser paralelas ou antiparalelas
- Grupos R pequenos (Gly, Ala) prevalecem
-Glicina e prolina Possui nitrog;ênio

> Estruturas 2 não regulares- Alças ou Voltas Beta


- Volta abrupta na cadeia peptídica
- Proteínas globulares compacts
- Predomina glicina (pequena) e prolina (ciclica)

> Estrutura terciária


- Enovelada, nativa, funcional
- Dobramentos locais + globais (aproximação de segmentos distantes)
- - Envolve interações entre segmentos distantes de uma mesma cadeia

Interações fracas entre os grupos R


- Pontes de hidrogênio
- Iônicas (grupos com cargas opostas)
- Van der Waals (dipolo induzido, hidrocarbonetos apolares, se aproximam e criam
uma carga momentânea)
- Pontes de dissulfeto (covalente forte em grupos contendo tiol, sulfidrilas)

> Estrutura quaternária


Conformação espacial resultante da junção de duas ou mais cadeias polipeptídicas
(subunidades)
- Proteínas compostas por mais de uma cadeia polipeptídica
- Associação de estruturas terciárias
- Alongada em fibras (colágeno) ou globulares (hemoglobina)
- Subunidades podem ser iguais ou diferentes
Estabilizada por forças de interação fracas (ligações de hidrogênio, interações eletrostáticas
e hidrofóbicas)

> Exercício
1. O que é estrutura primária e como ela pode ser determinada experimentalmente?
É a sequência linear de aminoácidos que compõem a cadeia polipeptídica. Ela pode ser
determinada por

2. Descreva a estrutura de uma alfa-hélice e de folhas beta. Explique como está a


disposição espacial das cadeias laterais dos aminoácidos nessas estruturas. Que tipo de
força de interação molecular estabilizam a estrutura secundária?

Alfa-hélices são configurações espaciais de cadeias peptídicas, em que ela está enrolada
repetitivamente, ao redor de um eixo longitudinal, formando uma espiral. As cadeias laterais
ficam orientadas para fora da hélice. A estrutura é estabilizada por ligações de hidrogênio
intercadeia, entre o H da lig peptídica (amina) com O da carbonila (4°aa da mesma cadeia).
Já nas folhas-beta as cadeias se sobrepõem, paralela ou antiparalelamente, e suas cadeias
laterais ficam orientadas perpendicularmente à folha, para cima e para baixo. Também são
estabilizadas por pontes de hidrogênio.

3. Qual a diferença entre estrutura terciária e quaternária? Explique porque variações no pH


do meio podem alterar a estrutura tridimensional de proteínas?
A estrutura terciária é a conformação espacial global de uma única cadeia polipeptídica, já a
quatern: mais de uma cadeia/Subunidade
4. Considere o seguinte peptídeo:

a) Onde podem ocorrer voltas beta?


- Nos resíduos pro e gly
- 6,7, 19

b) Onde podem ocorrer ligações dissulfeto intracadeia?


- Cisteína: 13, 24
c) Assumindo que esta sequência é parte de uma proteína globular maior, indique a
localização provável (superfície externa ou interna) dos seguintes aminoácidos: Asp, Ile,
Ala, Gln, Lys. Explique.
- Cadeia lateral
- Globulares: hidrofílicos na superfície
Aspartato: carregado negativamente
Isoleucina: apolar
Alanina: apolar
Glutamina: polar não carregado
Lisina: carregado positivamente

18/03
> Função de proteínas

> Fibrosas
Cadeias polipeptídicas arranjadas em longos filamentos ou folhas

Queratina
Ligações de dissulfetos: rigidez

Colágeno
Ligações cruzadas
- Lisina e hidroxilinas
- Ligação forte
*Vit C
Ácido ascórbico participa da produção de hidroxilisina e hidroxiprolina
Hidroxilação

Fibroína
- Folhas beta antiparalelas
- Ricas em alanina e glicina (ch3)
- Lig hidrogenio (fracas > flexibilidade)
- Empacotamento

- Supertorção, Ligações covalentes entre as cadeias adjacentes (dissulfeto)


- Empacotamento fibras de colágeno, ângulo
- Seda: empacotamento (Ala, gly), entrelaçamento, estabilizada por ligações de
hidrogênio, otimização das lig de van der waals

> Globulares
Uma ou mais cadeias polipeptídicas (mais de uma configura est quaternária)

Padrão de enovelamento
- Todos em alfa, beta, alfa e beta
- Classificar em famílias
Dominios
- Partes da cadeia polipeptídica que possuem uma conformação estável
independente, e que podem se movimentar de forma isolada

Banco de dados de proteínas

Mioglobina e hemoglobina
- Ilustram a dinâmica de proteínas durante a interação reversível com ligantes
- Mio: difração de raio x forma cristais (purificada) > padrão de difração

Mioglobina
- 1 única cadeia polipeptídica (proteína monomérica)
8 alfa-hélices conectados por voltas ou loops.
- 1 grupo Heme (em Vermelho) – grupo que liga O2

Resíduos hidrofóbicos: no interior da proteína


- Aminoácidos hidrofóbicos (Leu, Ile, Val Phe)
Resíduos hidrofílicos: localizados na superfície em contato direto com a água
- Interações de van der Waals

Hemoglobina
- Tetrâmero
- 4 cadeias polip
- 2 subunidades
- 4 grupos heme

Desnaturação
- Perda de função
- Estrutura tridimensional é determinada pela estrutura primária (regeneração da
estrutura nativa espontânea)
- Doenças: perda de estrutura funcional (oxidação, ferro, radiação ionizante) >
agregados (placas amilóides)
- Chaperonas

> Função
> Mioglobina
- Monomérica, único grupo heme
- Anel de porfirina
- Fe ligado com ligações de coordenação (4 com nitrogênio, uma reversivel com O,
uma colateral com N)
Ligação com O
- Cadeias laterais
- Histidina: ângulo que permite que Fe=O ligue e desligue
- *Monóxido de carbono: ligação linear irreversível

> Hemoglobina
- Abundante nas hemácias (34% peso total)

- Globular
- Tetramerica
- Cada subunidade: estrutura terc similar a mioglobina
- 2 dímeros associadosfortemente. (alfa1-beta1 e alfa2-beta2) (separados com ureia)

Ligação ao Oxigênio
- Muda conformação
- O se liga ao Fe e o aproxima da histidina*
- Lig em uma única subunidade muda toda molécula
- T>R

*Altera nuvem eletrônica do Fe (encolhe)


- Histidina se move em direção ao anel

Estados T e R
- Interações eletrostáticas mantém no estado T
- mudanças na interface a2/b1 e b2/a1
- Relaxado: histidina corre pro bolsão central
- estreitamento no bolsão central
T no pulmao: ligação altamente eficiente a O
R nos tecidos: libera facilmente o O
Curva intermediária: suposição

- 50% do oxigênio captado nos pulmões é liberado nos tecidos


- Pressão de O alta: capta Oxigênio
- Pressão de Oxigênio baixa: liberação

Efeito de Cooperatividade
A interação do oxigênio e uma subunidade afeta a conformação das
outras subunidades facilitando a ligação dos outros sítios não ocupados
- Concentração de O2 tem efeito exponencial na captação ou liberação

Proteína alostérica
- Proteínas na qual a ligação em um sítio afeta a conformação e as propriedades de
ligação de um outro sítio de uma mesma proteína
Moduladores = ligantes que interagem com proteínas alostéricas induzindo alterações
conformacionais
- Moduladores Homotrópicos = Ligante e Modulador são iguais
- Moduladores Heterotrópicos = Ligante e Modulador são diferentes

Outros moduladores alostéricos da Hemoglobina


- pH (Efeito Bohr)
- 2,3-Bisfosfoglicerato (2,3-BPG)

Efeito Bohr
- Contração muscular intensa
- Liberação de ácido latico e Co2
- Co2 forma bicarbonato e H+
- H protona a histidina > interação entre dímeros da Hb se intensifica
- Favorece estado T
- Quanto mais acido mais libera oxigênio
2,3-Bisfosfoglicerato = 2,3-BPG
- Exemplo de modulador alostérico heterotrópico
- BPG está presente em altas concentrações nos eritrócitos
- BPG estabiliza o estado T (desoxi Hb) diminuindo a afinidade pelo oxigênio e
aumentando sua liberação

*Se liga no bolsão central


- Interage com cadeias laterais de cadeia positiva (Lis e hist, int iônicas)
Altitudes

Aumenta liberação de oxigênio nos tecidos


Maior em grandes altitudes

> Exercícios
1. Defina proteínas fibrosas. Quais características estruturais conferem resistência às
proteínas fibrosas?
- Estrutura terciária/quaternária
- Cadeias polipeptídicas arranjadas em longos filamentos ou folhas
- Supertorção, Ligações covalentes entre as cadeias adjacentes (dissulfeto)
- Empacotamento fibras de colágeno, ângulo
- Seda: empacotamento (Ala, gly), entrelaçamento, estabilizada por ligações de
hidrogênio, otimização das lig de van der waals

3. Um aluno de veterinária recém-chegado num laboratório de bioquímica estava fazendo


análises de composição proteica de amostras de origem animal e derivados. Após preparar
as amostras para análise, ele percebeu que esqueceu de identificar os tubos, ficando sem
saber qual tubo continha proteína do casco de tartaruga e qual tinha a teia de uma aranha
marrom. Mesmo assim ele prosseguiu com suas análises de estrutura e composição de
proteínas, obtendo os seguintes resultados:
Tubo 1: Presença de alfa-hélices com um grau elevado de ligações dissulfeto
Tubo 2: Presença de folhas beta com interações de Van der Walls entre elas.
a) Qual das amostras pertence ao casco de tartaruga e qual amostra provém da teia de
aranha?
- Tubo 1: casco e 2: teia
b) Explique sua conclusão baseado no tipo de interações e ligações presentes em cada
proteína.
- Seda: fibroína (empacotamento (Ala, gly), entrelaçamento, estabilizada por ligações
de hidrogênio, otimização das lig de van der waals
- Casco: queratina (alfa-hélices, rica em ligações dissulfeto)
c) Correlacione as interações/ligações da letra b com as características mecânicas de cada
proteína.
- Fibroína: Flexível (lig fracas) resistência
- Queratina: rigidez
2. Como os seguintes fatores desestabilizam ou alteram a estrutura de proteínas:
a) altas temperaturas; b) baixo pH; c) beta-mercaptoetanol; d) ureia
- Esses fatores, embora não cheguem a quebrar as ligações peptídicas interferem no
seu dobramento
- Altas temperaturas podem quebrar interações fracas (princ H)
- Baixo pH: mudança de carga líquida
- Beta-mercaptoetanol: quebra ligações dissulfeto
- Uréia: Rompem interações hidrofóbicas que mantém o núcleo das proteínas
globulares estavel
-
4. Defina proteínas globulares. O que são motivos e domínios?
- Uma ou mais cadeias polipeptídicas dobradas em uma forma esférica
- Motivos

5. O que o experimento realizado por Christian Anfisen em 1972 prediz sobre a estrutura de
proteínas? Descreva o experimento e as conclusões.
- 1. Num tubo de ensaio adicionaram ureia à enzima RNaseA. A ureia é um agente
desnaturante que promove a destruição da estrutura nativa das proteínas.
- 2. Após verificarem a desnaturação da proteína, o que se manifestou pela perda
total de atividade biológica, retiraram a ureia de modo a restaurarem o ambiente
químico para condições intracelulares normais.
- 3. Observaram então um refolding espontâneo da proteína acompanhado pela
recuperação total da sua atividade enzimática.
- hipótese termodinâmica toda a informação necessária para encontrar o estado
nativo está contida na sequência de aminoácidos que constitui a estrutura
primária da proteína
- estado nativo é o estado termodinamicamente mais estável
- totalidade das interacções entre os aminoácidos que constituem a estrutura
primária que determina a estrutura nativa da proteína

1. Explique o efeito de cooperatividade da ligação de oxigênio à Hemoglobina e como isso


afeta a curva de ligação ao oxigênio. Justifique.
- A interação do oxigênio e uma subunidade afeta a conformação das outras
subunidades facilitando a ligação dos outros sítios não ocupados
- Concentração de O2 tem efeito exponencial na captação ou liberação
- Isso acontece porque a hemoglobina é uma proteína alostérica

2. O pH sanguíneo nos alvéolos pulmonares é 7,4, enquanto nos tecidos é 7,2. Que
fenômeno deve ocorrer com a hemoglobina nos pulmões e nos tecidos e como essa
alteração no pH influencia a capacidade transportadora de oxigênio da Hemoglobina?
- Quanto mais ácido mais libera oxigênio
- H protona a histidina > interação entre dímeros da Hb se intensifica> favorece
estado T

3. Em altitudes altas ou em hipóxia, os níveis de 2,3-bifosfoglicerato aumentam no sangue


(passa de 5 a 8 mM). Como esse aumento pode ser benéfico para o transporte de oxigênio
para os tecidos? Explique.
- BPG se liga e liga no bolsão central da Hb, estabilizando o estado T (desoxiHb)
diminuindo a afinidade pelo oxigênio, o que aumenta sua liberação para os tecidos

4. Os crocodilos podem permanecer mais de uma hora submersos, apesar de terem uma
concentração de mioglobina cerca de 100 vezes menor do que a de mamíferos que
mergulham, como as baleias. A hemoglobina de crocodilos apresenta várias diferenças na
estrutura primária quando comparada à humana. O gráfico abaixo foi obtido com
experimentos in vitro usando hemoglobina de crocodilos (círculos) e do homem (quadrados)
em duas situações: na ausência (símbolos vazios) e presença (símbolos cheios) de CO2.
(Obs. O CO2 é produzido nos tecidos durante o metabolismo sendo convertido em H2CO3
pela anidrase carbônica). Proponha uma hipótese para explicar a resistência dos crocodilos
permanecerem submersos por tanto tempo

- Na presença de CO2, há uma maior concentração de O2 na corrente sanguínea,


mesmo que a saturação seja menos eficiente. Assim, uma possível hipótese é que o
consumo de O2 no organismo desses animais é mais lento, e os tecidos
permanecem mais tempo saturados.

01/04/2024
> Enzimas
- Catalisadores biológicos poderosos> reações bioquímicas
- São altamente específicas (sítio ativo)
- Várias enzimas são reguladas
• Maioria das enzimas são proteínas
• Atividade catalítica depende da estrutura da proteína ou conformação proteica
• Possuem sítios de ligação específicas – sítio ativo
- Sitio ativo é delimitado por cadeias laterais de aminoácidos que ligam o substrato
com alta especificidade
• Várias enzimas possuem components adicionais ou grupos prostéticos
- Cofatores: íons inorgânicos (Fe2+, Cu2+ Mg2+, Mn2+, Zn2+, K+)
- Coenzimas: moléculas orgânicas ou metalo-orgânicas (ex. Heme)

Holoenzima: enzima completa contendo o grupo protético


Apoenzima ou apoproteína: a proteínas sem o grupo prostético

Aumentam a velocidade de reações sem ser consumidos na reação: são catalisadores


Sítio Ativo: fornece ambiente específico cercado por cadeias laterais de aminoácidos que
propiciam a aceleração da reação
Substrato (S): a molécula que se liga no sítio ativo e que gera um Produto (P)
- Choques efetivos dentro dos sitios ativos
- Cadeias laterais

- REAÇÃO REVERSÍVEL
- Não altera o ponto de equilíbrio da reação (não é 50%)

> Conceitos termodinâmicos – Variações de Energia Livre (∆G)

Estado fundamental: ponto de partida tanto da reação direta quanto da reação reversa
- S⇄P
Estado de transição ⧧ : topo da curva de energia necessária para conversão de Sà P ou
PàS.
- Formação de reações
- Pico de energia
Energia de ativação (∆G⧧): diferença de energia entre o estados fundamental e o estado de
transição
- Barreira
Variação de energia livre padrão bioquímico (∆G’o): variação de energia livre padrão (em pH
7, 25C, concentração 1M, 1 atm)

*(∆G): G final - inicial


Negativo (estado fundamental é maior)
- Reação espontânea
- Libera energia esergonica
- S ⇄ P favorecido
- Termodinâmica não diz nada sobre a cinética (enzima não altera quantidade de
energia dos estados fundamentais)
Positivo: endergônica

Reação catalisada enzimaticamente


- Note que a energia de ativação da reação catalisada é menor
- Enzimas diminuem a energia de ativação
- Estados intermediários, substrato e produtos

Modelo de chave—fechadura (Emil Fisher 1894)


Complementaridade estrutural e química entre substrato – sítio ativo
Modelo ruim: Enzima complementar ao substrato é uma péssima enzima!
- Catálise seria muito lenta
- Sítio ativo complementar ao estado de transição> estabiliza> quebra muito mais
rápida
- Estab: redução de energia livre total no complexo
> Mudanças de conformação
- Após formar o complexo ES

Induced Fit = Complementaridade Induzida


- Alterações conformacionais que ocorrem após a ligação ao substrato
- Interações fracas entre a enzima e o substrato fornecem a força propulsora para a
catálise enzimática
- Cadeias laterais são posicionados em uma geometria adequada para o rompimento
e/ou formação de ligações químicas

Reações na enzima envolvem grupos funcionais das cadeias laterais dos resíduos de
aminoácidos e o substrato
Catálise ácido-base geral: transferência de protons (H+)
Catálise covalente: formação de um intermediário ligado covalentemente na enzima
- Entre radical da proteína e substrato
Catálise por íons metálicos

Catálise ácido-base
- Transferência de protons (H+)
- Entre a enzima e substrato ou intermediários
- Recebe ou doa (atua como ácido ou base)

Catálise covalente
- Formação de um intermediário ligado covalentemente na enzima
*Hidrólise de p-nitrofenilacetato pela Quimotripsina
Formação do intermediário na qual o acetato liga-se covalentemente à enzima
- Em seguida é rompida (acetato é liberado como ácido acético

Catálise com íons metálicos


- Metais podem ser da enzima, ou se ligar no sítio ativo junto ao substrato
- 1/3 das reações enzimáticas requerem metais
- Ajudam a orientar o substrato
- Estabiliza estado de transição
- Realizam reações de oxi-redução
*ATP é hidrolisado pela Miosina fornecendo energia para a contração muscular
Magnésio ajuda a estabilizar o ATP no sítio catalítico da Miosina

> Cinética Enzimática


Estuda como a velocidade de reações enzimáticas é afetada pelas condições do ambiente
Fatores que afetam velocidade das reações enzimáticas
> Temperatura e pH
- Conformação das cadeias laterais do sítio ativo (protonadas ou desprotonadas)
> Concentração da enzima e dos substratos
- E+SP
- Aumento linear (concentração do reagente limitante)
Enzima
- Excesso de substrato: adições de enzima (velocidade de formação do produto >
aumento linear, diretamente proporcional)
- Enzima fixa: concentrações de substrato crescentes (produto formado seguindo uma
hipérbole
- v=[p]/tempo
- Velocidade atinge um máximo (Vmax) em altas concentrações do substrato
- * Enzima fica saturada com substrato (complexo es)

Equação de Michaelis & Mentem (1913)


- Relaciona velocidade inicial (Vo) com a concentração de substrato [S]
- Graficamente, Km ou constante de Michaelis é igual [S] onde Vo = 1/2 Vmax

Vo: velocidade no tempo inicial


Vmax: velocidade máxima
[S]: concentração do substrato
Km: constante de Michaelis
- Km indica a afinidade da enzima pelo substrato
- Quanto menor o Km maior é a afinidade da enzima pelo substrato

Etapa rápida
- Muitas moléculas de enzima livres:
- Velocidade aumenta linearmente com o aumento da [S]
Etapa lenta: determinante
- Todas enzimas ligadas ao substrato:
- [ES]=[ETotal]
- Vo=k2[ES]
- Vo = Vmax = k2 ETotal
- Velocidade independe da [S]

> Km: Constante de Michaelis


Km = (k-1 + k2) / k1
Km indica a afinidade da enzima pelo substrato
* válida somente para condições em que k2 << k-1
- km= k-1/k1
- Km= Kd (constante de dissociação de ES)
Quanto menor o Km, maior a afinidade!!

Etapa 1 (formação de ES) : Etapa rápida


- Enzima (E) liga-se reversivelmente ao substrato (S) formando o complexo
enzima-substrato (ES)
Etapa 2 (decomposição de ES): Etapa lenta (passo limitante)
- Complexo ES é convertido em enzima livre (E) + produto (P).
- Enzima livre (E) não é consumido e pode se ligar a outra molécula de substrato para
formar produto

Concentrações [] de E, S, ES:
- ENZIMA: a enzima pode existir em duas formas, livre (E) ou complexada ao substrato (ES)
[ETotal]=[E]+[ES]
- SUBSTRATO: Normalmente [S]>>>[ETotal], portanto a quantidade de S ligada à enzima é
insignificante.
[S]=[STotal]
Para baixo consumo de S (menos que 5 %) a quantidade de P formado é muito baixa.
Portanto, etapas reversas a partir
de P podem ser ignoradas (k-2 pode ser ignorado!)
- COMPLEXO ES: Com exceção à fase inicial da reação (estado pré-estacionário, alguns
microsegundos após a mistura de E+S),
a [ES] se mantém constante até que todo o substrato seja consumido (teoria do estado
estacionário).
V de formação de ES = V de quebra de ES.
> Constantes de velocidade

> Inibidores (irreversíveis e reversíveis)


> Moduladores alostéricos (positivos ou negativos)

> Exercícios
1. Como as enzimas aceleram a velocidade de reações? Por que o modelo na qual o sítio
ativo é complementar ao substrato não é adequado para explicar o mecanismo de
funcionamento de enzimas?
- Diminuindo a energia de ativação da reação. Proporcionam um ambiente mais
propício, o sítio ativo
- Seria muito lento. Complementar ao est de transição
2. O que são cofatores e coenzimas? Cite um exemplo de um cofactor e de uma coenzima
especificando o papel de cada um no mecanismo de catálise
3. Explique o que vem a ser o fenômeno de “ajuste induzido” e qual a sua importância para
o mecanismo de funcionamento das enzimas?

1. Construa gráficos de velocidade (Vo) versus os seguintes parâmetros: a) temperatura; b)


pH; c) concentração de enzima e d) concentração de substrato
2. Qual o significado de Vmax e Km?
- Vmax
- Km: constante determinada pela concentração de substrato onde V0= metade da
Vmáx

3. As velocidades de uma reação enzimática foram determinadas para diversas


concentrações de substrato, conforme a tabela abaixo:
A) Construa o gráfico de Vo vs [S]
B) Construa o gráfico de Lineweaver Burk (1/Vo vs 1/[S]
C) Determine os valores de Km e Vmax. Coloque as unidades corretamente

> Provinha 2
- Saturação hemoglobina em pH
- Saturação em pO2
08/04
Cinética Enzimática – Parte 2
Inibidores e Moduladores Alostéricos

> Inibidores enzimáticos


- Moléculas que interferem com a catálise, diminuindo ou interrompendo as reações
enzimáticas
Ex: ácido acetilsalicílico inibe cicloxigenase

Inibição
- Reversível (competitiva, acompetitiva, mista)
- Irrevers

> Irreversível
- Suicida
- Ligam-se irreversivelmente à enzima
- Organofosforados com acetilcolinesterase

> Reversível
> Competitiva
- Competem pelo mesmo sítio ativo que o substrato
- Similaridade estrutural com o substrato
Ex: intoxicação por metanol: ingestão de etanol (álcool desidrogenase)

- Ki é a constante de dissociação do complexo EI (reversível)


- Inibidores fortes tem baixo Ki
- Constante de equilíbrio (diferente das de velocidade que indicam a formação de
enzima/substrato e enzima+produto)
Inibidor compete com o substrato pelo sítio ativo.
Aumento da concentração do substrato desloca o inibidor.
- Vmax não se altera
- Se aumentar [S] o suficiente, chega na mesma Vmax
[S] maior é necessário para atingir 1/2Vmax
- Km aparente aumenta
- Fator alfa (diretamente proporcional a concentração do inibidor> Altera Km)

*Curva de lineweaver é uma linearização


- Coloca o inverso
- Coeficiente angular: Km/Vmax

> Acompetitiva

- Liga-se ao complexo ES em um sítio diferente do substrato

- Sítio do I surge depois da formação de ES


Aumento de [S] não reverte a inibição.
- A ligação do inibidor diminui formação de [ES]
Vmax aparente diminui

- Com a diminuição da [ES] a reação se comporta como se houvesse menos enzima


Km aparente diminui

- Alfa’ : 1+ [I]/KI’
- Alfa’/Vmax
- Coef da conc de substrato

> Misto
- Liga-se em ambos E ou ES, em um sítio diferente do substrato

-
Ao se ligar ao ES, inibidor diminui [ES]
- Vmax aparente diminui
Liga-se em ambos E e ES reduzindo a ligação do substrato à enzima
- Km aparente aumenta (mista)

*Alfa interfere em km e alfa linha em [S] e portanto 1/vmax

> Moduladores Alostéricos


- Moléculas que se ligam em proteínas alostéricas (enzimas, receptores) alterando a
sua conformação
- Fogem do padrão micaelinano (forma curva sigmoidal)

- Afinidade pelo substrato alterada (mais ativa ou menos ativa)

Enzimas alostéricas possuem


- Sítio catalítico (C)
- Sítio regulatório ou alostérico (R)
O modulador (M) se liga no sítio regulatório (R).
A ligação induz alterações conformacionais que alteram o sítio catalítico.
Modulador pode ser
- positivo (enzima mais ativa)
- negativo (enzima menos ativa)

> Curva de velocidade


- Sigmoidal
> Exercícios
1. A tabela ao lado mostra os dados de atividade enzimática da ciclooxigenase (COX) na
presença de concentrações crescentes do seu substrato. Como base nos dados das duas
primeiras colunas, desenhe os gráficos (hiperbólico e linear) de Vo vs [S] e determine o
Vmax e Km.

2. Ibuprofeno é um inibidor da COX. Ao inibir a síntese das prostaglandinas, o ibuprofeno


reduz a inflamação e a dor. Utilizando os dados da primeira e da terceira coluna da tabela
acima, determine o tipo de inibição que o ibuprofeno provoca na endoperóxido-sintase.

3. O que são moduladores alostéricos e enzimas alostéricas? Explique as características


estruturais da enzima alostérica responsáveis pela regulação da atividade enzimática
- Moléculas que se ligam em proteínas alostéricas (enzimas, receptores) alterando a
sua conformação e, portanto, sua afinidade pelo substrato

4. O gráfico abaixo mostra os dados cinéticos obtidos para a atividade da enzima do vírus
da gripe (neuraminidase) em função da concentração de substrato (ácido siálico) na
presença e ausência de dois medicamentos antivirais.
a) Calcule os valores de Vmax e Km da enzima sem o inibidor e na presença dos inibidores
Tamiflu e Relenza.
- Sem inibidor: Vmax=1 e Km=0,1
- Tamiflu: Vmax=1 e Km=0,2
- Relenza: Vmax=0,5 e Km=0,1
b) Que tipo de inibidor é o Tamiflu (oseltamivir) e o Relenza (zanamivir)? Comente sobre o
mecanismo de atuação dos inibidores indicando o possível local onde eles atuam na
enzima. Explique utilizando o esquema de reação enzimática (E, S, I, ES, ESI, EI, P)
- Tamiflu: competitiva
Esse inibidor se liga na enzima livre, formando o complexo EI
- Relenza: não competitiva
Ele se liga ao complexo ES, formando ESI
c) Como ficaria o gráfico acima para um inibidor do tipo misto? Desenhe o gráfico na
ausência e na presença do inibidor.

10/04
> Separação de proteínas

> Cromatografia
>Líquida
>Exclusão por tamanho
>Troca iônica
>Afinidade
>Em papel

> Eletroforese
>Em papel
>Em Gel

Gel de poliacrilamida (page)

> Exercícios
1. Você quer purificar as proteínas de uma mistura utilizando uma combinação de
cromatografia de filtração em gel (também conhecida como cromatografia de exclusão por
tamanho) e uma cromatografia de troca iônica. As proteínas na mistura têm as seguintes
características:
Proteína A: pI= 4,2; massa molar 40 kDa
Proteína B: pI= 4,2; massa molar 70 kDa
Proteína C: pI= 8,0; massa molar 40 kDa
Descreva o procedimento que você utilizaria para separar essas proteínas, indicando o pH
do tampão a ser utilizado e a ordem de eluição das proteínas.
- Primeiramente eu colocaria a mistura na cromatografia de filtração em gel, para que
se separasse a proteína B, que por ter o maior tamanho de molécula passaria
primeiro.
- Em seguida usaria a cromatografia de troca iônica

2. Na cromatografia de troca iônica, as proteínas de interesse ficam retidas, enquanto as


outras proteínas são eluídas da coluna. Como as proteínas de interesse são removidas da
coluna?
3. Na eletroforese as amostras são aquecidas com um tampão de amostra contendo SDS e
beta-mercaptoetanol. Qual a finalidade dos componentes deste tampão e do aquecimento?
Como é feito a determinação do tamanho (massa molecular) da proteína?
4. Tanto a cromatografia de exclusão quanto à eletroforese em gel de poliacrilamida
(SDS-PAGE) separam as proteínas por tamanho. Enquanto a cromatografia é utilizada para
purificar proteínas, a análise por eletroforese é utilizada principalmente para analisar o perfil
das proteínas em uma mistura. Explique como acontece a separação das proteínas nas
duas técnicas

15/04
> Lipídeos
- Grupo de compostos quimicamente diverso que apresentam baixa solubilidade em
água e alta solubilidade em solventes orgânicos
- Apolares ou anfipáticos
- Diversidade estrutural,e de função

Funções
- Armazenamento de energia
- Estruturação de membranas
- Hormônios
- Cofatores enzimáticos
- Agentes emulsificantes
- Sinalização Celular
- Transporte de moléculas

> Armazenamento
> Ácidos Graxos (FA)
Principal forma de armazenamento de energia nos organismos de animais e
plantas.
- derivados de hidrocarbonetos
- um ácido carboxílico seguido de uma cadeia carbônica (4-36 carbonos).
Estrutura varia em
A) Número de carbonos
B) Insaturação

Ácidos graxos insaturados ocorrem naturalmente na configuração cis.


Ácidos graxos trans são produzidos pela fermentação no rúmen de certos animais
- alimentação através de laticínios e carne, ou pelo processo industrial de
hidrogenação parcial de óleos vegetais.

A conformação tridimensional de um ácido graxo com dupla ligação cis é completamente


diferente daquela de um contendo uma ligação trans
- Consumo de ácidos graxos trans: doenças cardiovasculares; aumento de LDL e
diminuição de HDL no plasma; inflamação.
- Diferença no metabolismo de ácidos graxos trans ainda não são bem definidos.

Saturação
- A saturação dos ácidos graxos influencia a fluidez de membranas e seu ponto de
fusão

Ponto de fusão
- aumenta com quanto maior o tamanho da cadeia carbônica
- diminui, quanto maior a quantidade de insaturações

Nomenclatura

> Ac graxos essenciais

> Estruturais
Membranas celulares

>Glicerofosfolipídeos

> Esfingolipídeos

> Esteróis

> Membranas e transporte

> Membranas Celulares


- Lipídeos, proteínas e alguns oligossacarídeos.
Modelo Mosaico Fluido:
- bicamada lipídica no qual as proteínas estão distribuídas assimetricamente.
- A estrutura se mantém através das interações hidrofóbicas.

Propriedades:
- Fluidez (permitem difusão lateral e transversal)
- Seletividade
Dinâmica
Fluidez

> Transporte
Lipoproteínas
- Complexos macromoleculares especializados no transporte de moléculas
hidrofóbicas
hidrofóbicos, lipídeos não solubilizam no sangue.
- Lipídeos e proteínas anfipáticas na superfície em contato com o ambiente aquoso,
- Interior hidrofóbico ficam os lipídeos mais apolares

> Exercícios Lipídeos (Entregar exercício 1, 2 e 4)


1. Desenhe a estrutura dos ácidos graxos: ômega-3 conhecido como DHA (22:6n-3
D4,7,10,13,16,19) o qual é encontrado em abundância em peixes e algas; ômega-6
conhecido como ácido linoleico (18:2 D9,12) encontrado no óleo de soja e do ácido
esteárico (18:0) principal componente da gordura animal.

2. Óleos e gorduras são constituídos predominantemente de triacilglicerois ou triglicérides.


Desenhe a estrutura geral de um triglicéride. Por que os óleos são líquidos e as gorduras
são sólidas à temperatura ambiente? Como a dupla ligação na configuração cis ou trans
influencia o estado líquido ou sólido dos triglicérides?

3. Cite as principais classes lipídicas encontradas nas membranas biológicas. Por que
triglicérides não formam membranas?

4. Além de fluidas, as membranas possuem alto grau de “mosaicidade”. O modelo do


mosaico fluido foi proposto por Singer&Nicolson em 1972 revolucionou o conhecimento
sobre a composição das membranas biológicas.
(A) O que esse modelo diz sobre as membranas? (B) Faça um esquema de uma membrana
celular indicando seus componentes lipídicos e proteicos? (C) Discuta a importância de se
manter a fluidez adequada das membranas celulares?

5. Lipídeos apolares são encontrados intracelularmente em gotículas lipídicas e


transportados na circulação sanguínea em lipoproteínas. Faça um desenho esquemático de
uma lipoproteína indicando a localização dos fosfolipídeos, triglicérides e ésteres de
colesterol, e da apoproteína.

17/04
> Carboidratos
-Fórmula geral (CH2O)n, n ³ 3; podem conter N, P, S
Funções:
- Fonte de energia (glicose e derivados)
- Armazenamento de energia (amido e glicogênio)
- Estrutura de paredes celulares (celulose)
- Sinalização célula-célula (glicolipídeos, glicoproteínas)

> Monossacarídeos
Possuem cadeias carbônicas lineares sem ramificações ou duplas ligações
Estruturalmente, são poli-hidroxialdeídos ou poli-hidroxicetonas
São sólidos cristalinos solúveis em água. A maioria tem sabor adocicado.

Possuem carbono assimétrico ou carbono quiral


- Em sua maioria as hexoses são encontradas na forma do isômero D
- Estereoisômeros D possuem a configuração do carbono quiral mais distante da
carbonila igual ao do D-gliceraldeído
- Epímeros diferem na configuração ao redor apenas um carbono quiral

Forma cíclica em água


Reação intramolecular entre álcoois e aldeídos ou cetonas
Ciclização dá origem a dois anomeros da glicose em solução aquosa
- Anomeros diferem no arranjo espacial ao redor do C anomérico
- Anomeros se interconvertem por mutarotação

Piranose ou Furanose
- Formas cíclicas da D-glicose e D-frutose

Formas cíclicas em Bote ou Cadeira

> grupos reativos


- Acúcares redutores
- Reações de glicação (ex. Hemoglobina glicada)

monossacarídeos são agentes redutores


- Aldeídos podem atuar como redutores de metais (Cu2+ àCu1+)
- Este tipo de reação foi por muito tempo utilizada para determinar níveis de glicose

Açúcares podem modificar proteínas


- O grupo aldeído pode reagir com grupo amina (-NH, -NH2) de aminoácidos (ex. Lisina)
- No Diabetes o aumento de glicose no sangue promove a glicação de proteínas

Hemoglobina glicada (HbA1c)


- Quantidade de Hb glicada é proporcional à quantidade total de glicose no sangue
- Reflete o nível médio de glicose no sangue dos últimos 2-3 meses (que corresponde ao
ciclo de vida da hemácia)

Dissacarídeos e Polissacarídeos
Dissacarídeos são formados pela reação de dois monossacarídeos
O carbono anomérico de um monossacarídeo reage com a OH de outro formando ligação
O-glicosídica

* Açúcares redutores possuem C anomérico livre

Polissacarídeos (glicanos)
São polímeros contendo várias unidades (>30) monossacarídicas
- Podem ser lineares o ramificados
- Homo ou hetero-polissacarídeos

> Amido
- Polímero de estocagem de glicose nas plantas
- Constituído por estruturas lineares (amilose) e ramificados (amilopectina)
Depositado no citoplasma das células de plantas
como grânulos insolúveis
Amilose: Polímero linear de D-glicose unido por lig glicosídicas 𝛼1-4
- Amilose é linear e helicoidal

Amilopectina: Polímero ramificado de D-glicose unido por lig glicosídicas 𝛼1-4 e 𝛼1-6
- Ramificações na Amilopectina a cada 24-30 unidades de glicose

> Glicogênio
- Polímero de estocagem de glicose em mamíferos
- Estocado principalmente nos músculos esquelético (1-2 % do peso) e fígado (10 % do
peso).
- Estrutura assemelha-se à amilopectina, mas o glicogênio é mais ramificado (ramificações
a cada 8-12 resíduos).
Grânulos de glicogênio
Ramificações no Glicogênio ocorrem a
cada 8-12 unidades de glicose

> Celulose e Quitina


Celulose (estrutural planta):
Homopolímero de D-glicose unidos
por ligações β1→4
Quitina (estrutural inseto):
Homopolímero de N-acetilglucosamina
unidos por ligações β1→4

> Glico-conjugados: Glicoproteínase e Glicolipídeos


- Possuem função “sinalizadora”
- Os açucares servem como sítios de reconhecimento célula-célula

A superfície do eritrócito é decorada por carboidratos

Resumo
Os açúcares (também chamados de sacarídeos) são compostos que contêm um grupo
aldeído ou cetona e dois ou mais grupos hidroxila
Os monossacarídeos geralmente contêm alguns carbonos quirais e, assim, existem
vários estereoisômeros
Os monossacarídeos formam estruturas cíclicas. O carbono do grupo aldeído ou
cetona é chamado de anomérico.
O grupo aldeído ou cetona participa de reações de redução e de glicação
Dissacarídeos e polissacarídeos são formados por ligações glicosídicas. Estes podem
ou não conter extremidades redutoras (extremidade contendo C anomérico livre)
Polissacarídeos podem ter função de armazenamento, estrutural e de sinalização
> Exercícios
1.Liste diferentes funções biológicas de carboidratos, e dê exemplos de moléculas de
carboidratos que exercem estas funções.

2.Desenhe as estruturas lineares e cíclicas da D-glicose, indicando os carbonos quirais e


anoméricos. Descreva o fenômeno da mutarrotação de D-glicose, incluindo as estruturas e
reações químicas pertinentes. O que são anômeros? Desenhe as duas formas anoméricas
da D-glicose.
- Mutarrotação é o processo em que as duas formas anoméricas da D glicose se
interconvertem (alfa e beta) em solução aquosa
- Anômeros são as formas isoméricas de monossacarídeos que diferem apenas na
configuração do carbono hemicetal
3. (A) A D-glicose em sua forma cíclica (a forma sanguínea predominante) não é um açúcar
redutor. Explique por que. (B) Compare os dissacarídeos maltose e sacarose, identificando
a ligação glicosídica em cada caso. Por que maltose é redutor e sacarose não é.
- Açúcar redutor é aquele que sofreu oxidação por um íon cúprico, que só ocorre na
forma linear.
- Maltose conserva um carbono anomérico livre

4. Analise a estrutura do glicogênio indique porque é vantajoso armazenar glicose na forma


polimérica e não na forma de moléculas de glicose?

24/04
> Introdução ao metabolismo

> Termodinâmica
- Estudo das formas de energia que afetam a matéria
- Sistemas (moléculas + solutos) X ambiente (sistema - universo)
- Possibilita prever se processos bioquímicos são possíveis
Aplicações: conformação de proteínas arranjos supra-moleculares organização de vias
metabólicas transporte de íons e nutrientes trabalho mecânico

1a Lei: Conservação de Energia


A energia do universo se mantém constante
Entalpia (H): Energia química de um sistema
- Tendência para adquirir o estado de interligações mais estável
- Em transformações químicas: Hdepois - Hantes = DH
- Em sistemas biológicos,
DH = variação de calor: Exotérmicos: DH negativo
Endotérmicos: DH positivo
- DH não depende do mecanismo de reação
- DH não define espontaniedade

2a Lei: Tendência à Desordem


A conversão de órdem em desordem é espontânea.
- “Organização”: fração pequena de possíveis configurações.
Entropia = S
- Em um sistema fechado, se DH 0 e DS positivo, o processo é espontâneo. DS não
prevê espontaneidade.
- No universo, como a energia é constante, processos espontâneos aumentam a
entropia. DSuniverso > 0

> Energia Livre (G)


- Força que impulsiona uma reação
ΔG = ΔH - TΔS

- ΔG < 0, processo exergônico, espontâneo


- ΔG > 0, processo endergônico
- ΔG = 0, processo em equilíbrio
*ΔG independente da via pela qual a reação ocorre
ΔG não indica velocidade ou mecanismo de reação
ΔG de reações acopladas podem ser somados
- Variação de ΔG: reação química final que resulta de reações sucessivas (com
intermed em comum) tem ΔG igual a soma de ΔG das reações individuais

ΔG = ΔH – TΔS
ΔH < 0 e ΔS > 0, processo sempre espontâneo
ΔH > 0 e ΔS < 0, processo não espontâneo
ΔH < 0 e ΔS < 0, espontâneo a T < ΔH/ΔS
ΔH > 0 e ΔS > 0, espontâneo a T > ΔH/ΔS

the essential thing in metabolism is that the organism succeeds in freeing itself from all the
entropy it cannot help producing while alive

> Metabolismo
- Seqüência de reações que resultam na formação de produto
- Altamente regulada
- Anabolismo (biossíntese): construção de macromolécula gasto de energia (ATP)
- Catabolismo: degradação de nutrientes e material celular
geração de energia (ATP)
reaproveitamento de materiais
> ATP
- Ligação entre o anabolismo e o catabolismo (moeda energética)
- Conversão exergônica do ATP em ADP e Pi ou em AMP e PPi > acoplada a
processos endergônicos

Transferência de grupos
- Hidrólise direta do ATP: Fonte de energia em contrações musculares
- Transferência de grupos do ATP para substrato ou enzima: Transfere energia da
quebra do ATP para transformações endergônicas do substrato.
(Fosforila, pirofosforila, adenil)
- Energia para reações anabólicas (Síntese de sinalizadores, transporte de íons e
moléculas através de membranas, contra gradientes de pot el e conc)

> Tipos de Reações


1. “Group Transfer”: transferência de grupo

2. Óxido-redução: reações com perda ou ganho de


elétrons
Aceptores de elétrons:
NAD+ → NADH
NADP+ → NADPH
FAD → FADH2

3. Eliminação/Adição: Forma/elimina C=C, elimina/adiciona


H2O, NH3, ROH ou RNH2

4. Isomerização: Muda a posição de um H e uma dupla ligação.

5. Rearranjo: Quebram e re-colocam ligações C-C

6. Quebra C-C / Condensação: Quebra / cria ligações C-C

> Mapas metabólicos


- Ler e entender mapas metabólicos – faça o seu!
- Entender as transformações químicas e energéticas envolvidas
- Visualizar a ligação entre vias metabólicas
- Entender como estratégias gerais se aplicam a vias específicas
- Compreender como a atividade das vias é controlada

> Estratégias Gerais do Metabolismo

> Convergência para (e divergência de) poucos metabólitos


- Fontes de energia: ATP, GTP
- Redutores: NADH, NADPH, FADH2
- Fontes de C, N: Acetil CoA, Glutamato
Vantagens: Simplificação de processos anabólicos
Maior velocidade evolutiva

> Vias metabólicas irreversíveis


Glicose 2 Pyr
2ADP 2ATP2NAD+ 2NADH
2 Pyr Glicose
6ATP 6ADP2NADH 2NAD+

Vantagens:
Permite passos altamente exergônicos
Direcionamento
Controle independente de degradação e síntese

> Primeiro passo = “compromisso” (exergônico e regulado)


Glicose G6P
ATP ADP
DG = -5000 cal/mol
Ác. graxo Acil-CoA
ATP AMP
DG = -10000 cal/mol

Vantagens:
Direcionamento
Controle de uma enzima determina via prioritária
Evita acúmulo de intermediários

> Compartimentalização
Glicose Pyr (citosol)
Pyr CO2 (mitocôndria)
Síntese Ag (citosol)
Degradação de Ag (mitocôndria)
Vantagens: Controle de intermediários por transporte
Separação de síntese/degradação
Aumento de conc. localizada de intermediários

- Compartimentalização e reações de “compromisso”


- Concentração de substratos, enzimas e produtos
- Afinidade, velocidade máxima enzimática
- Regulação alostérica enzimática
- fase do compromisso
- ATP, ADP, NADH, AcCoA
- produtos da própria via
- Modificação estrutural de enzimas fosforilação – controle hormonal

> Evercícios
1. Co2 em refrigerantes. Contribuições entrópicas e entálpicas do processo
2. O organismo vivo é organizado e contém macromoléculas. Isso quebra as leis da
termodinâmica?
3. Quais os principais tipos de reações bioquímicas? Explique
“Group Transfer”: transferência de grupo
Óxido-redução: reações com perda ou ganho de elétrons
Eliminação/Adição: Forma/elimina C=C, elimina/adiciona H2O, NH3, ROH ou RNH2
Isomerização: Muda a posição de um H e uma dupla ligação.
Rearranjo: Quebram e re-colocam ligações C-C
Quebra C-C / Condensação: Quebra / cria ligações C-C

4. Discuta as estratégias gerais para controle das vias metabólicas

29/04/24
Via glicolitica- Glicólise
https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/7713550/mod_page/content/4/Gliconeog%C3%AAn
ese%20e%20regula%C3%A7%C3%A3o.pptx.pdf
- Via glicolítica (duas fases)
- Glicose em piruvato
- 2 moleculas de atp e 2 de nadh
- Regulação
- Atividade em diferentes tecidos
Via metabólica universal em que a glicose é oxidada em duas moléculas de piruvato
- Energia conservada em ATP e NADH
10 enzimas citolíticas
- Citosol
- 10 intermediários (compostos fosforilados com 6 ou 3 C)

> Fase preparatória


- Consumo de ATP
- Glicose ⟶ frutose 1,6 bifosfato
- Ligação entre C3 e C4 quebrada para formar duas moléculas de triose fosfato

> Fase de pagamento


- Moléculas de gliceraldeído 3 fosfato são oxidadas no C1
- Energia conservada em uma molécula de NADH e duas de ATP por molécula de
triose.

> Condições anaeróbias


- Fermentação
- Nad+ é limitado
- Unica via capaz de reciclar seu proprio nad+, o resto depende da via respiratoria
- Por isso funciona na ausência de oxigênio

> Regulação
3 reações irreversíveis
- Controlam fluxo de carbono e mantêm concentrações de metabólitos constantes
- Outras são reversíveis e participam da neoglicogênese (outro sentido

> Hexoquinase
- Glicose em glicose 6 fosfato
- Regulador alostérico negativo (outro sítio): inibe
- ATP em ADP
permite ajustar a captação de glicose pelo tecido à sua utilização.

Tecidos
- Km=0,1 mM por glicose
- Afinidade alta por glicose
O Km das hexoquinases I, II e III é bem menor que o intervalo de flutação da glicose no
sangue (5-8mM)> enzimas funcionam sempre em velocidade máxima e a velocidade da
reação que catalisam independe do valor da glicemia
- suprimento constante de glicose para as células estritamente dependentes desse
açúcar, como as do cérebro e hemácias.

Hexoquinase 4 (glicoquinase):
- Km= 10 mM (funciona em glicemia alta)
- Fígado: produzir glicose 6 fosfato em glicemia alta (mantem fixando em G6P quando
esta alta e liberando glicose quando esta baixa)
- Aumenta com gli
- Não inibida por G6P

> Fosfofrutoquinase
- Compromisso
- Frutose 6 fosfato em frutose 1,6 fosfato
- Reg alostérica: positiva por AMP e frutose 2,6P
- Negativa por atp e citrato
- Níveis de atp estáveis na célula
*Frutose 2,6 fosfato: na ausência quase não tem

Fosfofrutoquinase 2
- Produz frutose 2,6P a partir de frutose 6P
- Regula a fosfofrutoquinase 1
- frutose 2,6P é degradada novamente em frutose6p

*Insulina e glucagon regulam positivamente no fígado

*Jejum: screção de glucagon no pancreas


- Ativa frutose 26 biofosfatase
- Diminui frutose 26, diminuindo estínulo a degradação de frutose 6p
- Via glicolítica no fígado baixa

> Piruvato quinase


- PEP (produto da)
- ATP inibe piruvato quinase
- Fosfoenolpiruvato em piruvato
*Acúmulo de PEP
- Aumento de frutose 26 biofosfatase
*Inibido por alanina no fígado
*Inibido por glucagon
*Ativado por insulina

> Via muda dependendo do tecido

> Hemácias
- Não possuem mitocondrias (nao tem como reoxidar nadh em nad+ exceto na via
-
- Via glicolitica responde atp mas não a insulina
-

> Cérebro
- Neurônios
- Usam glicose ou lactato como fonte de energia
- Economia enzimática
- Só expressa via glicolítica

- Alta atividade mitocondrial


- Pouco glicogênio (gliconeogênese hepática)
- Oxida glicose com grande preferência

> Fígado
- Glicoquinase (baixa afinidade por glicose) só produz glicose 6p quando glicemia ta
baixa no sangue
- Insulina ativa ffq2
- Glucagon
- Piruvato quinase inibida alostericamente pela alanina

> Músculo
- Entrada de glicose estimulada por insulina
- Regula niveis glicemicos: pos prandial, musculo tambem fixa em forma de glicogenio
- Glucagon não inibe glicólise no músculo (fuga)
- Piruvato quinase não é inibida por alanina
- Em atividade intensa

> Tumoral- Otto walburg


- Crescem em ambiente hipóxico (sólidos)
- Adaptação: metabolismo fermentativo
- Fator hif (em hipoxia: via glicolitica aumentada,
- Glicose marcada: metástase

* Mapa metabólico
- Vias, regulação, ligação, compartimentalização
- Estrutura química (se quiser) nome
- Foco na regulação

> Exercícios
1)
- Cataliza fosforilação da glicose no tecido extra hepático: Hexoquinase
- Regulador alostérico: G6P
- A enzima presente no fígado é a glicoquinase, ou hexoquinase 4. Ela estimula o
fígado a produzir glicose 6 fosfato em situações de glicemia sérica alta, como no
período pós prandial. Assim, contribui para a função de estabilização de glicose do
órgão, induzindo a fixação de glicose em G6P quando está alta e liberando glicose
quando esta baixa. Aumenta com a glicemia. Não inibida por G6P como em outros
tecidos

2) Piruvato quinase
- Converte fosfoenolpiruvato em piruvato
- Inibida por atp
- Estimulada por frutose 1,6 fosfato
*Acúmulo de PEP
- Aumento de frutose 2,6 bisfosfatase
- Como a frutose 2,6 bisfosfato é o principal regulador positivo da fosfofrutoquinase,
sua degradação causa inibição da conversão de frutose 6-fosfato em frutose 1,6
bisfosfato e ao estímulo da reação inversa, ou seja, desfosforilação da frutose 1,6
bisfosfato. Assim o fosfoenolpiruvato estimula a gliconeogênese e inibe a via
glicolítica

3) Fosfofrutoquinase 2 e frutose 2,6 bisfosfatase


- A fosfofrutoquinase 2 cataliza a degradação de frutose 6 p em frutose 2,6 p
- Já a frutose 2,6 bisfosfatase faz o passo contrário
- Esse sistema é essencial para regular a via glicolítica, porque ele controla a
concentração de frutose 2,6 bisfosfato, principal composto regulador da
glicólise/gliconeogênese. A frutose 2,6-bisfosfato é o efetuador alostérico mais
potente na ativação da fosfofrutoquinase 1 e na inibição da frutose 1,6-bisfosfatase.

4) Via glicolítica no músculo

5) Consumo de glicose muscular quando há falta de O2

6) Intoxicação por arseniato

06/05
> Neoglicogênese, lançadeiras e metabolismo do àlcool
Lançadeiras:
Via glicolítica
- Glicose em piruvato
- 2 moléculas de atp e 2 de nadh
- Oxidação completa: nadh entra na mitocôndria para ser oxidada

Lançadeiras
⟶ Transportam os elétrons de NADH citosólico para a matriz mitocondrial
- Membrana externa permeável (grandes barris) passa nadh, piruvato, atp
- Interna: impermeável (impedir passagem de prótons)
- Sem transportadores para NADH (elétrons entram por lançadeiras)
- Transporte indireto

> Lançadeira Malato-Aspartato


- Reversível
- Mitoc de fígado rins e coração

Membrana interna
- Nad+ (já reduzido- via glicolítica)
- Malato desidrogenase: oxaloacetato⟶malato (oxidando nadh e h+ em nad+)
- Malato (2 elétrons do nad) é transportado pela memb intetrna
Dentro da matriz mitocondrial
- Malato desidrogenase ⟶reação inversa
- malato⟶oxaloacetato (nad+ em nadh + H+)

*Faltaria oxaloacetato dentro da mitoc ⟶ precisa ser transportado pra fora


- Sem transportadores (transformar em aminoácidos)
Aspartato aminotransferase
- Oxaloacetato + glutamato
- Grupo amino transportado para o oxaloacetato criando aspartato
- Glutamato ao perder amino (alfa cetoglutarato)
- Ambos podem ser transport pela memb mitoc interna (mesmo transportador)
Citosol
- Cópia da aspartato aminotransferase regenera oxaloacetato e glutamato

> Lançadeira Glicerol Fosfato

> Neoglicogênese
- Piruvato (3C, lactato, alanina) é convertido em glicose
- 7 passos reversíveis: mesmas enzimas da glicólise
- 3 irreversíveis
Cérebro e hemáceas consomem 160 g de glicose / dia
- Glicogênio ~8-24 h
- Neoglicogênese: fígado, rim
- Precursores: lactato, aminoácidos e glicerol

1 molécula de glicose a partir de 2 piruvato


- 4 ATP, 2 GTP e 2 NADH
Gliconeogênese nos rins e fígado
- Glicose para cérebro, músculos e eritrócitos

Acetil CoA
- Estimula piruvato carboxilase, aumentando vel da neoglicogênese
- Quando célula já possui outros substratos (ácidos graxos) para prod de energia

> Regulação

Pyr ⟶ oxalacetato
Acetil COA

Oxaloacetato ⟶ PEP
Glucagon no fígado

Frutose 1,6 P⟶ frutose 6P


AMP
Frutose 2,6P
Glicose 6 P⟶ Glicose
glicose 6 fosfatase
- Enzima localizada no RE do fígado e rim
- Jejum aumenta a expressão

> Piruvato carboxilase e Fosfoenolpiruvato carboxiquinase


- Piruvato ⟶ fosfoenolpiruvato

> Frutose 1,6 bifosfato fosfatase


- Desfosforilação da frutose 1,6

> Glicose 6 fosfatase


- Desfosforilação da glicose 6 fosfato

Metabolismo do etanol
Lactato desidrogenase

> Exercícios
1)Descrever atividade da glicólise e da neoglicogênese sob altas relações de atp/adp e
baixas relações, indicando os mecanismos de regulação.
Sob altas concentrações de atp

2) O glucagon induz a quebra de proteínas, liberando aminoácidos no fígado (alanina). Qual


o efeito disso nas vias glicolítica e neoglicogenica?

3) O lactato produzido no músculo pode ser convertido em glicose no fígado. Em que


condições o músculo produz lactato e porque ela não é convertida em glicose no próprio
músculo?

4) descreva as lançadeiras de malato- aspartato e glicerol fosfato. Qual a vantagem de uma


em relação à outra?

8/05
Formação de acetil-CoA, ciclo do ácido cítrico
> Oxidação Completa da Glicose
Via glicolítica gastou: 1 glicose, 2 ADP, 2 Pi, 2 NAD+
gerou: 2 ATP, 2 NADH, 2 Pyr
Falta: “Usar” Pyr → Formação de AcCoA e Krebs
Gerar CO2 → Formação de AcCoA e Krebs
“Reciclar” NADH → Transporte de elétrons
Formar ATPs → Fosforilação oxidativa

> Formação de acetil-CoA

> Piruvato desidrogenase

> Regulação
Ocorre por meio das três etapas irreversíveis e são inibidas pelos produtos da via (NADH e
ATP).
Razão ATP/ADP e NADH/NAD+: baixa indica uma baixa carga energética que age como
estímulo para o ciclo (e a glicólise), enquanto uma alta razão indica uma alta carga
energética que o inibe.
O mais importante ponto de regulação é a reação com isocitrato.

> Conversão de piruvato em oxaloacetato


O oxaloacetato, que é importante tanto para o ciclo de Krebs como para a neoglicogênese
(por ser precursorda glicose),
- presente em baixas concentrações e, por isso, deve ser reposto
- Reação concomitante de piruvato carboxilase (forma oxaloacetato) e piruvato
desidrogenase (forma acetil-CoA), substratos da citrato sintase. Necessária para o
ciclo de Krebs
Em período absortivo, as duas enzimas são estimuladas e há aumento da velocidade do
ciclo de Krebs pelo aumento da concentração dos substratos da citrato sintase.
A aceleração do ciclo de Krebs acelera também a produção de NADH e FADH2, levando à
uma grande produção de ATP.
À medida que a concentração de ADP diminui, a síntese de ATP também (falta reagente) e
a fosforilação oxidativa e a cadeia transportadora de elétrons tem sua velocidade reduzida,
levando à um acúmulo de NADH que inibe toda a via anabólica. (NADH inibe Krebs e
transformação do piruvato em acetil-CoA citrato inibe glicólise)

Em período de jejum, o glucagon promove a degradação de ácidos graxos, o que leva ao


acúmulo de acetil-CoA no fígado. Há deficiência de oxaloacetato, continuamente retirado
pela gliconeogênese, impedindo a oxidação de

acetil-CoA pelo ciclo de Krebs. A acetil-CoA acumulada forma os corpos cetônicos. O fígado
obtém energia da oxidação de ácidos graxos à acetil-CoA. A glicose é economizada para
ser usada apenas pelo cérebro e hemácias.

> Exercícios
1)
- Citrato sintase: ADP (sinalizador de baixa energia ativa ciclo de krebs), ATP e NADH
inibem
- Isocitrato desidrogenase: Fortemente ativada em ADP e Fortemente inibida por ATP
e NADH
- Alfa cetoglutarato desidrogenase: inibida por ATP e NADH

4) A biotina regula positivamente a conversão de piruvato em oxalacetato. Assim, em jejum,


não ocorre a neoglicogênese a partir do piruvato e alanina musculares, causando elevação
do piruvato e, portanto, dos níveis do ácido láctico.

13/05
> Fosforilação oxidativa
Oxidação completa da glicose
- 6 moléculas de co2
- 2 atp na via glicolítica
- Reoxidar todos Nad e fad→ formar os 38 atps

Oxidação de NADH e FADH2 para a geração de mais ATPs.


Transporte de elétrons→ passagem de NADH e FADH2 pelos complexos, coenzima Q e
citocromo C
Fosforilação oxidativa→ oxidação de NADH e a formação de ATP.

Glicolitica e krebs (gerar atp a nivel de substrato)


1 molécula: 1 mol atp
Fosforilação: sem estequiometria fixa

Ganho de peso
- Relação com

POTENCIAL DE ÓXIDO-REDUÇÃO (E0)


- Medida, em volts, da afinidade de um composto por elétrons.
- ∆G0 = −nF∆E°
n é o número de elétrons e F, a constante de Faraday.
Por convenção, os potenciais de eletrodo se referem a semirreação de redução. O potencial
é considerado positivo quando a reação que ocorre no eletrodo é a redução, e negativo
quando é a oxidação. Ou seja, quanto mais positivo, mais recebe elétrons.
Do NADH até o O2 há uma sequência de reações de oxirredução pelas quais os elétrons
passam através de componentes localizados na membrana interna mitocondrial.
Observa-se que os compostos vão tendo um potencial de oxirredução cada vez maior
conforme passam pela cadeia de transporte de elétrons e a fosforilação oxidativa.

CADEIA DE TRANSPORTE DE ELÉTRONS


- Transferência de elétrons das coenzimas NADH e FADH2 até o receptor final, O2,
pelos componentes da cadeia
- Centros Fe–S e grupos hemes.
Os componentes proteicos são CI, CII, CIII, CIV e o citocromo C (sendo que todos os
complexos, com exceção do II, são proteínas integrais). O componente não proteico é a
coenzima Q (ubiquinona).
Os elétrons fluem por esses componentes e, cada vez que passam por uma das proteínas
integrais, grupos de prótons livres são bombeados para o espaço intermembrana.

TEORIA QUIMIOSMÓTICA
Teoria de que a energia de oxidação dos elétrons é transformada em energia eletroquímica
pelo gradiente de prótons (ao passo que a membrana mitocondrial interna é impermeável à
prótons, o que gera um acúmulo de cargas no espaço intermembrana), que é então
utilizada para a síntese do ATP.

> Fosforilação oxidativa


ATPSINTASE (ATPASE)
- Conjunto de enzimas que atuam na produção de ATP a partir de ADP e Pi.
- Funcionamento semelhante ao de uma hidrelétrica: a energia dos prótons
acumulados no espaço intermembrana giram as enzimas e essa força rotacional é
convertida em força química para a formação de ATP.
- Ainda, esse conjunto de enzimas permite a entrada de H+ na matriz mitocondrial.
A síntese de ATP se utiliza do potencial químico (diferença de pH) sendo transformado em
potencial elétrico (diferença de cargas).

Fosforilação oxidativa e o transporte de elétrons são processos acoplados


Expulsão de H+ (presença do gradiente de prótons) também está acoplada a esses
processos.
Se um para, todos param.

> Desacopladores
Desacoplador biológico (UCP)
- Proteínas desacopladoras (termogênicas)
- Fazem com que os prótons voltem à matriz sem a formação do ATP,
- dissipando a energia que seria usada nesse processo em forma de calor.
- Hibernação. Em tecido adiposo marrom.
Desacopladores químicos
- O FCCP e o DNP
- Captam o H+ no espaço intermembrana e o liberam na matriz, sem passar pela
ATPase.
- Esses compostos foram usados como remédios para emagrecer, mas causam
danos à saúde por liberarem toxinas (em especial, radicais livres) em excesso.

> Regulação
A transferência de elétrons e a fosforilação oxidativa podem ser bloqueadas por inibidores
específicos.
- complexo I, rotetone
- complexo II, malonato
- complexo III, antimicina
- complexo IV, CN (cianeto) e CO (monóxido de carbono)
- ATPsintase, a oligomicina.

Gradiente de prótons requer: presença de O2, transporte de elétrons e ATPsintase ou


desacopladores.
A cadeia de transporte de elétrons requer NADH, FADH2 e O2, além do funcionamento do
gradiente de prótons.
ATPsintase precisa do gradiente de prótons e de ADP e Pi.

> Inibição da ATPsintase sem a presença de um desacoplador


- Acúmulo de H+ no espaço intermembrana impede a transferência de elétrons
- Com o espaço intermembrana lotado demais, os complexos que fariam essa
transferência não conseguem expulsar H+
Há uma diferença exata de prótons para a manutenção da homeostase e qualquer alteração
nela pode causar problemas.

> Taxa de respiração (consumo de O2)


- Regulada pela disponibilidade de ADP, uma vez que sem ele, não há a utilização de
oxigênio pelo complexo IV.
- Razão ATP/ADP normalmente é alta
- Quando o ATP é consumido, a concentração de ADP aumenta e a taxa de
respiração também manter os níveis de ATP.

A adição do desacoplador permite haver consumo de O2 e manutenção do gradiente de


prótons sem a síntese do ATP, ao passo que eles permitem o retorno do próton à matriz e
dissipam a energia resultante de processo em forma de calor, o que ajuda a queimar
gordura. Os desacopladores “roubam” o trabalho da proletária ATPsintase.

Vias produtoras de ATP são reguladas coordenadamente


- Baixa concentração de ATP e consequente alta de ADP estimula
- Feedback negativo
Falta de oxigênio inibe a transferência de elétrons e a fosforilação, o que causa acúmulo de
NADH, que inibe o ciclo de Krebs e, consequentemente, a formação de acetil-CoA.
O aumento da concentração de piruvato teoricamente inibiria a glicólise, porém, sem a
oxidação completa da glicose, o corpo produz pouco ATP por fermentação, o que faz com
que essa molécula seja utilizada constantemente.

> Isquemia
A fermentação aumenta a quantidade de lactato produzido afim de reoxidar o NADH
necessário para esse processo, o que causa acidose do sangue. Não obstante, o constante
uso de glicose causa hipoglicemia local. O quadro descrito é chamado de anóxia/isquemia.
Quando o oxigênio volta, ocorre a reoxigenação/reperfusão, processo que causa um burst
de radicais livres num processo de vazamento de elétrons, causada pela desorganização da
fosforilação oxidativa. Esse processo ocorre quando um oxigênio recebe apenas um elétron
(o natural seria receber quatro) da coenzima Q, originando um elétron
desemparelhado *O2
Esse elétron é transformado em *OH, que é altamente reativo e pode causar danos em
biomoléculas e, consequentemente, doenças.

> Exercícios
1. Descrever a hipótese quimiosmótica, e as evidências experimentais que apoiam essa
hipótese.
2. Descrever como o ADP e Pi citosólicos são transportados para o interior da mitocôndria,
e como o ATP mitocondrial é transportado para o citosol.
3. Considerando que cada NADH gera 3 ATPs e cada FADH2 gera 2 ATPs através da
fosforilação oxidativa, calcule o saldo de ATPs produzidos por um mol glicose oxidada
no músculo (lançadeira de glicerol-fosfato) e no fígado (lançadeira malato-aspartato).

4. Calcule o saldo de ATP produzido por um mol de glicerol (atenção – não é glicose)
oxidado no fígado, sabendo que glicerol é fosforilado a glicerol 3 fosfato às custas de um
ATP, gerando um ADP.

5. O congelamento de tecidos leva à ruptura de suas membranas por efeito mecânico dos
cristais de gelo formados. Qual o efeito do congelamento de uma suspensão de
mitocôndrias sobre a fosforilação oxidativa e transporte de elétrons?

6. Calcule o saldo de ATPs gerados pela oxidação completa de glicose no fígado


(lançadeira de malato aspartato)
a. Na presença de dinitrofenol
b. Na presença de atractilosídeo

7. Calcule o saldo de ATPs da oxidação completa de glicerol no coração (lançadeira de


malato aspartato)
a. Na presença de FCCP
b. Na presença de antimicina A

https://drive.google.com/file/d/11hde53Ebv_Lt2IMfWmr9vsv35HiaPKLd/view?usp=drivesdk
> Metabolismo de Glicogênio
▪ Principal polissacarídeo de reserva em animais
▪ Fígado: Regula níveis glicêmicos (cerca de 12-24 horas)
▪ Músculo: Reserva de glicose para atividade intensa

Síntese de Glicogênio –
Glicose 1 P
UDP-glicose
Iniciação
Adição
Ramificação
Remoção

Glicose 1 P
Desramificação
Glicose 6-P

Regulação da Glicogênio Sintase


▪ Forma fosforilada é inativa
▪ Insulina inibe fosforilação
▪ Insulina estimula desfosforilação
▪ Glucagon/Adrenalina - fosforilação
▪ Glicose (6 P) - ativador PP

Glicogênio Fosforilase
▪ Forma fosforilada é mais ativa
▪ Insulina ativa desfosforilação
▪ Glicose (6 P) ativa PP1
▪ Glucagon/Adrenalina ↑ fosforilação
▪ Ca2+ e AMP ativam fosforilação

Fosforilase Quinase

Regulação do Metabolismo de Glicogênio + Glicose


Fígado: glucagon e adrenalina promovem liberação de glicose
Músculo: adrenalina promove glicólise e síntese de ATP

>Doenças do Metabolismo de Glicogênio

Von Gierke
▪ Deficiência de glicose-6-fosfatase
▪ Descrito como causa de falha de crescimento em cães Malteses
▪ Há acumulo de glicogênio estruturalmente conservado no fígado e no rim
▪ Hipoglicemia de jejum, fraqueza
▪ Tratamento: Inibir absorção de glicose hepática
Alimentação contínua

Cori
▪ Deficiência de enzima desramificadora (amilo - 1,6 - glicosidase)
▪ Descrita em pastores alemães
▪ Há acumulo de glicogênio com cadeias curtas no fígado e músculo
▪ Hipoglicemia, fraqueza muscular
▪ Menor gravidade que von Gierke (fosforólise e neoglicogênese conservadas)
▪ Tratamento: Alimentação frequente, rica em proteínas

McArdle
▪ Deficiência de glicogênio fosforilase muscular
▪ Cãibras musculares dolorosas durante esforço físico intenso e inicial
▪ Recuperação após vasodilatação, que aumenta oferta de glicose e lipídeos
▪ Tratamento: Evitar exercícios vigorosos

https://drive.google.com/file/d/11hde53Ebv_Lt2IMfWmr9vsv35HiaPKLd/view?usp=drivesdk

22/05
> Via das Pentoses
- Síntese de ribose 5P → DNA, RNA
- Metabolismo de açúcares com 7, 5 e 4 carbonos
- Redução de NADP+ a NADPH - doador de elétrons para biossíntese
- doa elétrons para defesa contra radicais livres

NADH: participa da conversão de energia liberada pela oxidação de metabólitos em ATP


(fosforilação oxidativa)
NADPH: transfere elétrons da oxidação de processos de biossíntese redutora
Em condições fisiológicas:
razão NAD+/NADH = 1000
razão NADP+/NADPH = 0.1

NADPH é a Fonte de Elétrons para Biossíntese

Glicólise + Krebs + Fosforilação Oxidativa


C6H12O6 + 6 O2 + n ADP + n Pi → 6 CO2 + 6 H2O + n ATP
n ~ 36 ou 38
(NADH como intermediário)
C6H12O6 + 6 H2O + 12 NADP+ → 6 CO2 + 12 NADPH + 12 H+

Via das Pentoses – Fase Oxidativa


Glicose 6 P + 2 NADP+ + H2O
Ribose 5 P + CO2 + 2 NADPH + 2H+
Nucleotídeos
Coenzimas
DNA
RNA

Via das Pentoses – Fase Não-Oxidativa


Transcetolase: Transfere 2C de uma cetose para uma aldose

> Regulação da Via das Pentoses


- Fase oxidativa: retroalimentação negativa
- Fase não-oxidativa:
- Consumo de ribose 5 fosfato
- Consumo de outros açúcares
- Consumo de NADPH
- Ligação com glicólise!

> NADPH e Remoção de Radicais Livres


- Radicais livres: Átomos ou moléculas com elétrons desemparelhados
- Podem ser altamente reativos
- Podem gerar outras espécies reativas (oxidantes)

> Deficiência de Glicose 6 Fosfato Desidrogenase


- Diminuição de atividade de glicose 6 fosfato desidrogenase em eritrócitos
- > 400 mutações conhecidas
- 6-25% da população mundial
- Anemia hemolítica desencadeada por: - drogas (altimaláricos, sulfas)
- favas
- Confere resistência contra malária

> Metab de lipídeos

> Metab aminoácidos

5/6
> Regulação hormonal do metabolismo energético

Hormônios
- Biomolécula produzida em uma parte do corpo que regula funções a distância
(vários órgãos e tecidos ao mesmo tempo - integração)
- Age em baixas quantidades
- Essencial para organismos multicelulares
- Receptores na célula-alvo (alteração estrutural)

Biossíntese → Estocagem → Secreção → Transporte → Reconhecimento → Amplificação


→ Resposta → Degradação
- Tempos de vida/ação

>Insulina
> Biossíntese
- Peptídeo de duas cadeias, sintetizado como proinsulina
- Armazenado em grânulos de secreçã0
- Celulas beta

→ Pre-pro-insulina: Sequencia sinal e peptídeo C


→ Insulina madura: 2 cadeias polipep ligadas por 2 pontes de dissulfetos

> Secreção
Células β
- GLUT2
- glicoquinase

- ↑ glicemia = ↑ ATP
- - ATP inibe canais para K+
- - Despolarização
- - Ativação da entrada de Ca2+
- - Secreção de insulina
- - Síntese de insulina

> Sulfoniluréias no Tratamento da DM II


- Inibem canais para K+ sensíveis a ATP
- Aumentam secreção de insulina
- Eficazes em resistência periférica a insulina

Agonistas de KATPs na Hiperinsulinemia


- Insulinomas levam a hiperinsulinemia e hipoglicemia
- Tratamento definitivo = remoção cirúrgica
- Tratamento medicamentoso = ativadores de KATPs

Insulina e Receptores Tirosina Quinase


- Receptor contém dímeros ,
onde se liga a insulina
- Subunidades se autofosforilam
- Ativada a ação tirosina quinase
sobre outros substratos
- IRS-1 é fosforilado

Insulina – Efeitos Sobre Metabolismo de Glicogênio


> Glucagon
- Peptídeo com 29 resíduos de aminoácidos
- Produzido nas células α das ilhotas de Langerhans
- Secreção estimulada por hipoglicemia
- Usado cliniamente para tratamento agudo de hipoglicemia

> Adrenalina
(Epinefrina)
- Sintetizado na adrenal
- Precursores: fenilalanina e tirosina
- Primeiro hormônio biossíntético (não-peptídico)
- Usado clinicamente em parada cardíaca,
choque, anafilaxia

Efeitos Periféricos do Glucagon e Adrenalina


- Receptores de 7 hélices
- Acoplados a proteínas G
- Cerca de 50% dos medicamentos agem por Prot. G!

Teobromina e Cafeína
- Inibidores da fosfodiesterase
- Aumentam AMPc
- Aumentam efeitos da adrenalina
- Promovem emagrecimento

Controle da Massa Corporal


Teoria lipostática Leptina – produto do gene OB
Apetite voraz
Obesidade
Síndrome metabólica
Sensibilidade ao frio

Modulação do Apetite

Grelina e PYY

> Leptina

Maioria dos humanos obesos tem excesso de leptina


- Tratamento com leptina não reduz massa corporal
- Defeitos demonstrados em receptores (DB) e sinais de resposta
Redes de sinalização

Agonistas de Receptores de GLP-1

También podría gustarte