Os favoritos são os favoritos de fato. Mas estão sempre mudando.
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The Other 1972
Me incomoda como o filme tem medo de sujar as mãos. Toda a ideia de impregnar a geografia bucólica do campo com essa maldade encarnada (literalmente) pressupõe certos riscos em interpolar o ambiente fabular com a sujeira da perversidade que o filme parece nunca querer se envolver. Fica tudo num limbo de sugestão, e o próprio lado maligno da história fica suprimido a um olhar infantilizado unidimensional tanto com relação ao conteúdo e, principalmente, na forma.
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Children 1976
A violência mais violenta de todas é aquela que se enfrenta sozinho.
A cena do Tucker olhando a paisagem passar pela janela do ônibus enquanto sua mãe se mantém estática - até desabar em lágrimas - é muito forte porque investe na ideia de uma inocência ainda existente no horizonte dessa criança e que reproduz certa esperança com o futuro, enquanto a mãe é a total desilusão e pessimismo.
Cada um vivendo sua violência isolado. E a criança perdendo sua subjetividade e aos poucos se tornando o corpo morto que nos é mostrado durante alguns momentos da projeção.
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City of God 2002
O que mais me incomoda em Cidade de Deus é como a hiper estilização do Meirelles não chega em lugar nenhum. É um filme impermeável a qualquer tipo efeito dramático, prático, crítico, moral, corpóreo. É um nada adornado por estímulos visuais bobos de um diretor convicto da virtude de seu próprio pedantismo estrangeiro. É a linguagem cinematográfica num vão afetado de futilidade. É pura e simplesmente o esvaziamento da violência e de um conteúdo cultural riquíssimo em prol de uma estética pobre e estéril que se fantasia de dinamismo.
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Copacabana Mon Amour 1970
Cinema da contradição no país da contradição. Cinema da imposição no grito, na histeria. E toda vez que grita tem algo a dizer sobre uma nação subdesenvolvida e dependente fadada à miséria, no prato do povo brasileiro e na cultura. Sorte a nossa ter existido artistas questionadores e agressivos como o Sganzerla. O terceiro mundo vai explodir, mas enquanto isso não acontece, que a gente tenha Sganzerla como símbolo para uma construção de estética e identidade cultural: caótico, subversivo, gritado, agressivo, brasileiro.
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