Pragas Do Feijao
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Documentos 142
Comitê de Publicações
1a edição
1a impressão (2002): 2000 exemplares
Introdução .............................................................................................. 9
Aspectos bioecológicos das principais pragas ............................................ 11
Pragas das sementes, plântulas e raízes .................................................... 11
Larva das sementes ............................................................................... 11
Lagarta-rosca ................................................................................... 13
Lagarta-elasmo ................................................................................. 15
Gorgulho do solo ............................................................................. 17
Lesmas ........................................................................................... 19
Pragas das folhas .................................................................................. 21
Vaquinhas ....................................................................................... 21
Minadora ......................................................................................... 23
Lagartas das Folhas .......................................................................... 25
Cigarrinha Verde ............................................................................... 27
Mosca-branca .................................................................................. 29
Tripes ............................................................................................. 31
Ácaro branco e rajado ....................................................................... 33
Pragas das hastes e axilas ...................................................................... 35
Broca das axilas ............................................................................... 35
Tamanduá da Soja ou Bicudo da Soja .................................................. 37
Pragas da Vagens .................................................................................. 39
Percevejos dos grãos ........................................................................ 39
Lagarta das Vagens ........................................................................... 41
Pragas dos grãos armazenados ................................................................ 43
Carunchos ....................................................................................... 43
Literatura consultada .............................................................................. 45
Manual de Identificação
dos Insetos e Invertebrados
Pragas do Feijoeiro
Eliane Dias Quintela
Introdução
Na cultura do feijoeiro podem ocorrer várias espécies de artrópodes e moluscos,
que podem ser agrupadas em cinco categorias: pragas do solo, pragas das folhas,
pragas das hastes, pragas das vagens e pragas de grãos armazenados (Tabela 1).
Estes artrópodes e moluscos podem causar reduções significativas no
rendimento do feijoeiro, que variam de 11 a 100%, dependendo da espécie da
praga, da cultivar plantada e da época de plantio do feijoeiro.
Cerotoma arcuata
A B
D
C
E F
Lagarta-rosca
Agrotis ipsilon (Lepidoptera: Noctuidae)
A B
C
D
Lagarta-elasmo
Elasmopalpus lignosellus (Lepidoptera: Pyralidae)
O estágio larval dura de 13-26 dias e existem seis instares. As lagartas são
de coloração verde azulada com cabeça marrom e medem 15 mm de
comprimento quando completamente desenvolvidas (Figura 3 C). Elas
movimentam-se com muita agilidade, constróem casulos revestidos de solo e
de restos culturais, que ficam na entrada dos orifícios que fazem na planta e
servem de refúgio (Figura 3 D). A lagarta forma uma câmara pupal no solo
ligada ao talo (Figura 3 E).
A
D
B
G
F
Gorgulho do solo
Teratopactus nodicollis (Coleoptera: Curculionidae)
A B
C D
E F
G H
Lesmas
Sarasinula linguaeformis, Derocerus spp., Limax spp. e Phyllocaulis spp.
(Stylomenatophora: Veronicellidae)
C D
E F
Vaquinhas
Diabrotica speciosa, Cerotoma arcuata (Coleoptera: Chrysomelidae)
A B
C D
E F
Minadora
Liriomyza hidobrenses spp. (Diptera: Agromyzidae)
Os adultos medem cerca de 1-1,5 mm, sendo o macho menor, e vivem por
aproximadamente 6 dias (Figura 7 A). A fêmea pode ovipositar isoladamente,
dentro do tecido foliar, entre 500 a 700 ovos, preferencialmente no período
da manhã e nos primeiros dias de vida (Figura 7 B) Cada fêmea coloca, em
média, 35 ovos diariamente. Após dois ou três dias nascem as larvas de
coloração hialina e, após a primeira troca de pele, tornam-se amareladas. O
estágio larval dura de quatro a sete dias, passando por três ínstares (Figuras
7 C e D) A pupa, de cor marrom clara a escura, desenvolve-se em cinco a
sete dias (Figuras 7 E). A maioria da larvas transformam-se em pupas no solo
e, aproximadamente, 30% das larvas empupam nas folhas.
A B
C D
E F
B
A
C D
E F
G H
Fig. 8. Lagartas das folhas, Omiodes indicata e Urbanus proteus A) larvas recém
eclodidas de O. indicata; B) larvas de O. indicata; C e D) folhas do feijoeiro
enroladas pela O. indicata; E) adulto de U. proteus; F e G) dobra da folha por U.
proteus; H) lagarta de U. proteus.
Manual de Identificação dos Insetos... 27
Cigarrinha Verde
Empoasca kraemeri (Homoptera: Cicadellidae)
B
A
C D
Mosca-branca
Bemisia tabaci biótipo A e B (Homoptera: Aleyrodidae)
O dano direto, pela sucção da seiva da planta, não causa dano às plantas do
feijoeiro e o inseto torna-se importante em épocas e regiões onde ocorre a
transmissão do vírus. Os danos indiretos são causados pela transmissão do
vírus do mosaico-dourado e são proporcionais a cultivar plantada, à
porcentagem de infecção pelo vírus e ao estádio de desenvolvimento da
planta na época da incidência da doença. Os danos indiretos podem atingir
100%, quando ocorrem altas populações da mosca branca no início de
desenvolvimento da planta do feijão.
A B
C D
F F
Tripes
Thrips palmi, Caliothrips brasiliensis, Thrips tabaci (Thysanoptera: Thripidae)
A B
C D
Fig. 11. Tripes. A) adulto de Thrips palmi; B) pontos brancos na face superior
das folhas causados pelo tripes; C) pontos prateados e áreas necrosadas devido
a alimentação dos tripes na face inferior das folhas; D) e E) tripes em flores do
feijoeiro.
Manual de Identificação dos Insetos... 33
A B
C D
C D
E F
Fig. 13. Broca das axilas, Epinotia aporema. A) adultos e pupas; B) larvas nos
folíolos do ponteiro; C) ataque das larvas na axila dos brotos terminais; D) folíolos
unidos pela teia da larva; E) larva nos folíolos; F) orifício de entrada das larvas no
caule do feijoeiro.
Manual de Identificação dos Insetos... 37
B
A
C D
E F
Pragas da Vagens
A B C
D E F
G H I
J K L
A B
C D
E
F
Fig. 16. Lagarta das vagens, Maruca vitrata, Etiella zinchenella e Thecla jebus A)
adulto de M. testulalis; B) larvas de M. vitrata; C) dano de M. testulalis; D e E) larva
de E. zinchenella; F) dano de lagarta das vagens; G) larva de Thecla jebus.
Manual de Identificação dos Insetos... 43
Carunchos
Zabrotes subfasciatus e Acanthocelides obtectus (Coleoptera: Bruchidae)
Os carunchos causam danos aos grãos devido às galerias feitas pelas larvas,
destruindo os cotilédones, reduzindo o peso da semente e favorecendo a
entrada de microorganismos e ácaros (Figura 17 C). Além do aquecimento
que provocam na massa dos grãos, afetam a germinação da semente pela
destruição do embrião e depreciam a qualidade comercial do produto devido
à presença de insetos, ovos e excrementos.
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LITERATURA CONSULTADA