Resposta A Acusação

EXCELENTSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA CRIMINAL DE MACEI/AL.
Autos n. 0036075-09.2006.8.02.0001
ADRIANO LEITE DA SILVA, j qualificado nos autos da ao penal que lhe move a justia pblica, processo em epgrafe, por seu advogado infra-assinado, vem, respeitosamente perante Vossa Excelncia, com fundamento nos artigos 396 e 396-A do Cdigo de Processo Penal apresentar a sua RESPOSTA ACUSAO, expondo e requerendo o seguinte: DOS FATOS Foi o requerente denunciado pela suposta prtica do crime previsto no art. 121, 2 (Homicdio Qualificado), tendo como vtima a pessoa de NILDO MARQUES DA SILVA. Percebe-se, entretanto, que no h nos autos prova da existncia do crime, eis que a denncia baseou-se no testemunho de pessoas que no presenciaram o crime e no Laudo de Exame Cadavrico que impreciso. DOS FUNDAMENTOS JURDICOS DA PRELIMINAR DE FALTA DE JUSTA CAUSA Verte-se dos autos, como j demonstrado, que inexiste prova da materialidade do delito imputado ao requerente.
impreciso
do
laudo
de
exame
cadavrico e testemunhos vagos caracteriza a inexistncia de prova da materialidade. Esta, por sua vez, imprescindvel para que haja justa causa quando da persecuo penal. Assim, no h como prosperar a indigitada denncia, eis que a comprovao de insuficincia de provas pertinentes autoria do homicdio, visto que indispensvel para que se demonstre a justa causa para o exerccio da ao penal. Nesse sentido, preceitua o Cdigo de Processo Penal no art. 395, III, CPP in verbis:
Art. 395. A denncia ou queixa ser rejeitada quando: (...) III - faltar justa causa para o exerccio da ao penal.
E, ainda, seguindo a mesma ideia, Aury Lopes Jr. assevera com propriedade que:
Deve a acusao ser portadora de elementos geralmente extrados da investigao preliminar (inqurito policial) probatrios que justifiquem a admisso da acusao e o custo que representa o processo penal em termos de estigmatizao e penas processuais. Caso os elementos processo probatrios penal, deve do o inqurito juiz sejam a insuficientes para justificar a abertura do rejeitar acusao.
Nessa
senda,
no
se
justifica
admissibilidade da denncia, ora vergastada, pois encontra-se em descompasso com a legislao processual.
DO MRITO No mrito, reserva-se o direito de
apresentar sua tese defensiva quando das alegaes finais. DO PEDIDO Ante o exposto, requer seja acatada a preliminar suscitada, culminando com o no recebimento da denncia, o que o faz com fundamento no art. 395, inciso III do CPP. Nestes termos, Pede Deferimento. Macei/AL, 18 de outubro de 2012.
Luiz Gustavo Gomes Tenrio Amorim OAB/AL 3014 Felipe Eduardo de Almeida OAB/AL 1108

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