Um Convite À Leitura
Um Convite À Leitura
Um Convite À Leitura
Quais so as
modalidades dos
textos
Neste artigo, vamos nos dedicar a leituras de textos
que exemplifiquem as modalidades da redao: uma
narrao, uma carta, uma dissertao escolar, um
trecho de artigo de jornal. Enquanto estiverem sendo
lidos, tente observar as caractersticas especficas de
cada um deles, o jogo das palavras, a maneira como o
autor as manipula para obter os resultados: fazer rir,
contar um fato, negociar uma ideia, opinar sobre
acontecimentos.
Texto 1: Narrao
Histria de Passarinho, de Lygia Fagundes Telles
Um ano depois os moradores do bairro ainda se
lembravam do homem de cabelo ruivo que
enlouqueceu e sumiu de casa.
Ele era um santo, disse a mulher abrindo os braos. E
as pessoas em redor no perguntaram nada e nem era
preciso, perguntar o que se todos j sabiam que era um
bom homem que de repente abandonou casa, emprego
no cartrio, o filho nico, tudo. E se mandou Deus
sabe para onde.
S pode ter enlouquecido, sussurrou a mulher, e as
Texto 2 Carta
Para Maria da Graa, de Paulo Mendes Campos
Agora, que chegaste idade avanada de quinze anos,
Maria da Graa, eu te dou este livro: Alice no Pas das
Maravilhas. Este livro doido, Maria. Isto : o sentido
dele est em ti. Escuta: se no descobrires um sentido
na loucura acabars louca. Aprende, pois, logo de
sada para a grande vida, a ler este livro como um
simples manual do sentido evidente de todas as coisas,
inclusive as loucas. Aprende isso a teu modo, pois te
dou apenas umas poucas chaves entre milhares que
abrem as portas da realidade.
A realidade, Maria, louca. Nem o Papa, ningum no
mundo, pode responder sem pestanejar pergunta que
Alice faz gatinha: Fala a verdade, Dinah, j comeste
um morcego? No te espantes quando o mundo
amanhecer irreconhecvel. Para melhor ou pior, isso
acontece muitas vezes por ano. Quem sou eu no
mundo? Essa indagao perplexa o lugar-comum de
cada histria de gente. Quantas vezes mais decifrares
essa charada, to entranhada em ti mesma como os
Texto 3 Dissertao
Fbula da raposa
Sem dvida, devido sua imensido, a floresta
amaznica abriga milhares de espcies vegetais e
animais ainda desconhecidas e que certamente podem
ajudar o homem em vrias reas do conhecimento e da
pesquisa, principalmente na farmacologia e na
medicina, para a descoberta de novos medicamentos e
a cura de vrias enfermidades.
Graas a isso, as potncias mundiais tm feito uma
campanha velada para a internacionalizao da
Amaznia, alegando princpios ticos apoiados no fato
de que qualquer droga que de l advenha um bem da
humanidade e no s do Brasil. Mas, na verdade, por
detrs disso est uma forte campanha das grandes
indstrias farmacuticas internacionais, receosas de
que, com a concorrncia de futuros remdios muito
mais baratos, possam perder um mercado que
movimenta bilhes de dlares ao ano.
O argumento de que, graas a esses possveis novos
remdios, a Amaznia possa se tornar um patrimnio
da humanidade , no mnimo, lrico. O petrleo um
bem que toda a humanidade usa diariamente e
imprescindvel para a produo de vrios outros bens
de consumo ento, suas fontes no Oriente Mdio no
Ou
Eles esto praticando exerccios fsicos na escola.
c) uma verdade universal (ou tida como tal): O homem um animal racional.
pretrito imperfeito pode designar:
a) um fato passado contnuo, permanente, habitual:
Ele danava sempre. Ns estudvamos todo dia!
Usa-se a forma composta para indicar uma ao que se prolonga at o momento presente:
Tenho trabalhado todas as noites.
pretrito imperfeito indica uma hiptese, uma condio em relao a um momento passado:
Se eu viajasse, teria conhecido outras culturas.
pretrito mais-que-perfeito indica um fato passado em relao a outro fato passado, sempre
de acordo com as noes do modo subjuntivo:
Se no tivssemos planejado tudo, teramos enfrentado vrios problemas.
Formas nominais
So trs as formas nominais: infinitivo, gerndio e particpio:
necessrio agir.
Chorando, a moa despediu-se.
Terminada a aula, conversaremos.
2) Comunicar os fatos que nos circundam aos leitores que nos acompanham proporciona
conforto;
3) Comunicar os fatos, que nos circundam, aos leitores que nos acompanham proporciona
conforto ( apenas a primeira orao subordinada adjetiva explicativa );
4) Comunicar os fatos que nos circundam aos leitores , que nos acompanham, proporciona
conforto. ( apenas a segunda orao adjetiva explicativa).
f) Sujeito Inexistente
So estruturas que no apresentam sujeito:
Verbo haver no sentido de existir.
Verbo fazer indicando tempo.
Verbos que expressam fenmenos naturais.
Verbo ser indicando tempo / hora.
Exs.: Haveria reunies, se
H de haver dificuldades.
O verbo HAVER no sentido de existir impessoal, ou seja, a orao sem sujeito. Deve ser
a
empregado sempre na 3 pessoa do singular. Os concursos pblicos geralmente solicitam a
concordncia verbal. Logo, oportuno ressaltar que o verbo HAVER nesse caso ( no sentido de
EXISTIR ) no se flexiona. Quanto predicao, deve ser lido como transitivo direto. Em Haveria
reunies, se, reunies objeto direto. Como verbo no concorda com complemento verbal,
a
use o verbo na 3 pessoa do singular, sempre. Em H de haver dificuldades, observe que o verbo
a
auxiliar da locuo verbal permanece na 3 pessoa do singular. Portanto, tambm est correta a
concordncia verbal, no havendo impropriedade gramatical na estrutura frasal.
So quatro horas.
Trata-se de uma orao sem sujeito. Mesmo assim, o verbo est com propriedade no plural. que
o verbo SER deve manter concordncia com o ncleo do adjunto adverbial de tempo.
Sintaticamente, quatro horas adjunto adverbial de tempo, sendo horas o ncleo do adjunto
adverbial de tempo, e quatro adjunto adnominal do adjunto adverbial de tempo. Embora haja
literaturas dizendo que quatro horas predicativo, leia quatro horas como adjunto adverbial de
tempo. Outrossim, ressaltemos que o verbo SER no est concordando com o nmero de horas.
Em verdade, o verbo SER est concordando com o ncleo do adjunto adverbial de tempo, visto que
o substantivo tem precedncia, sendo o numeral seu adjunto adnominal. Assim, se encontrar em
uma prova a afirmao de que em So quatro horas no h impropriedade gramatical, pois o
verbo SER est concordando com o nmero de horas, julgue como incorreta tal argumentao.
Faz duas semanas, apenas.
a
FAZER, indicando tempo, tambm impessoal. Deve ser empregado na 3 pessoa do singular.
Cuidado para no confundir com o verbo FALTAR. Este pessoal. Assim, devemos escrever, por
exemplo, FALTAM DUAS SEMANAS, APENAS e FAZ DUAS SEMANAS, APENAS. Na primeira
estrutura, DUAS SEMANAS sujeito, enquanto na segunda orao, de fato, DUAS SEMANAS
adjunto adverbial.
Choveu pouco, ontem.
Choveram conflitos durante o jantar.
Os verbos que expressam fenmenos naturais apresentam orao sem sujeito, permanecendo na
a
3 pessoa do singular. Contudo, em Choveram conflitos durante o jantar, temos a flexo na
concordncia, pois est no sentido figurado.
Faz / Fazem dois anos, deixando-nos convictos que os amamos, os gmeos. ( Use o verbo no
plural, pois os gmeos o sujeito do verbo FAZER.
PREDICADO
o que se diz quanto ao sujeito. Tudo menos o sujeito o predicado. E se a orao no apresentar
sujeito, teremos apenas predicado. Neste ltimo caso, predicado j no ser o que se diz sobre o
sujeito. Classifica-se em predicado nominal, verbal, verbo-nominal. Quem caracteriza o predicado
verbal o verbo principal ( v.t.d./ v.t.i. / v.t.d.i. / vi ); quem caracteriza o predicado nominal o
predicativo do sujeito. Havendo verbo principal e predicativo, temos predicado verbo nominal.
a) Luciana trabalhou pouco. [ predicado verbal
b) Hortncia est animada. [ predicado nominal ]
c) Hortncia jogou animada. [ predicado verbo nominal ]
d) So duas horas. [ predicado verbal ]
e) Elas permanecem na sala. [ predicado verbal ]
f) Elas viraram freiras. [ predicado nominal ]
g) Elas esto na sala preocupadas. [ predicado nominal ]
EXERCCIO DE FIXAO
01. Classifique sintaticamente os termos sublinhados:
a) Insisti no oferecimento da madeira, e ele estremeceu. A nossa conversa era seca.
no oferecimento
da madeira
..
A nossa conversa .
seca
.
b) Relativamente aos limites, julgo que podemos resolver isso depois, com calma.
aos limites
.
isso
.
depois
com calma
..
02. O termo sublinhado nas frases abaixo deve ser classificado de acordo com o seguinte cdigo:
[ 1 ] sujeito
[ 2 ] predicativo
[ 3 ] objeto direto [ 4 ] objeto indireto
[ 5 ] complemento nominal
[ 6 ] adjunto adnominal
a) [ ] Os homens se enganam no conhecimento das coisas visveis.
b) [ ] Uma coisa preferem os melhores a tudo: a glria eterna.
c) [ ] Se todas as coisas se tornassem fumaa, conhecer-se-iam com as narinas.
d) [ ] cansativo servir e obedecer aos mesmos senhores.
e) [ ] No confio suficientemente na compreenso dos leitores.
f)
[ ] Foi l que me ofereceram certa vez um raio de sol.
g) [ ] passa-se o ano inteiro com o corao repleto das alegrias do Natal.
h) [ ] dava-lhe uma estranha sensao de orfandade.
i) [ ] E agora lhe vinha uma sbita e enternecida saudade do pai.
j)
[ ] H homens que nasceram talhados para o sacrifcio.
l) [ ] Eu no tenho vocao para mrtir.
m) [ ] que com freqncia vinha ao semblante das mulheres do Rio Grande: o medo
ancestral da guerra.
n) [ ] No era um triunfo que ela julgasse digno de si.
o) [ ] No era um triunfo que ela julgasse digno de si a torpe humilhao dessa gente ante sua
riqueza.
p) [ ] Vi as grandes raivas do mouro, por causa de um leno, um simples leno.
q) [ ] e aqui dou matria meditao dos psiclogos deste e de outros continentes.
r) [ ] Mal os Carapicus sentiram a aproximao dos rivais]
s) [ ] Cada qual correu a casa em busca do ferro, do pau e de tudo que servisse para resistir.
t) [ ] e todos tiveram confiana nele.
u) [ ] As navalhas, traziam-nas abertas e escondidas na palma das mos.
v) [ ] As navalhas, traziam-nas abertas
x) [ ] Verias, ento, a sombra da tua forma anterior a ti mesma.
z) [ ] Quisera dar-te tambm o mar onde nadei menino.
GABARITO
01. a) no oferecimento: objeto indireto
da madeira: compl. nominal
a nossa conversa: sujeito
seca: predicativo
b) aos limites: compl. nominal
isso: objeto direto
depois: adj. Adv. de tempo
com calma: adj. Adv. de modo
02. a) 5, b) 1, c) 2, d) 4, e) 6, f) 6, g) 6, h) 5, i) 5, j)
5, l) 5, m) 5, n) 5,
o) 5, p) 6, q) 6, r)
6, s) 5, t)
5, u) 3, v) 2, x) 5, z) 2,
Adjunto adnominal do ncleo do adjunto adverbial: o artigo o que est aglutinado com a
preposio de
b) Todo sbado, estudamos alguns tpicos, caro amigo.
Adjunto adverbial de tempo: Todo sbado
Ncleo do adjunto adverbial de tempo: sbado
Adjunto adnominal do ncleo do adjunto adverbial de tempo: Todo
Objeto direto do verbo estudamos: alguns tpicos
Ncleo do objeto direto: tpicos
Adjunto adnominal do ncleo do objeto direto: alguns
Vocativo: caro amigo
Ncleo do vocativo: amigo
Adjunto adnominal do ncleo do vocativo: caro
c) A pessoa que estuda vence expressivas fronteiras.
Sujeito: A pessoa que estuda
Ncleo do sujeito: pessoa
Adjuntos adnominais do ncleo do sujeito: A e que estuda ( trata-se de uma orao
subordinada adjetiva. Como toda orao subordinada adjetiva exerce a funo de adjunto
adnominal, temos um adjunto adnominal oracional restritivo, sendo que o pronome relativo que
exerce a funo de sujeito do verbo estuda. Os adjuntos adnominais esto sempre dentro, ou
melhor, integrando o termo sinttico que o apresenta. )
Objeto direto: expressivas fronteiras.
Ncleo do objeto direto: fronteiras
Adjunto adnominal do ncleo do objeto direto: expressivas
d) Vi as provas que Snia fez, semana passada.
O objeto direto do verbo VER as provas que Snia fez, semana passada. Observe que o
ncleo do objeto direto o substantivo provas, o artigo que est anteposto ao substantivo provas
adjunto adnominal do ncleo do objeto direto. Todavia, no existe apenas um adjunto adnominal,
pois o termo grifado uma orao que apresenta pronome relativo ( que substitui o substantivo
provas ). Lembra? Toda orao que apresentar pronome relativo subordinada adjetiva,
exercendo a funo de adjunto adnominal oracional. Como todo adjunto adnominal est contido em
uma funo sinttica maior, devemos incluir a orao subordinada adjetiva como termo sinttico que
constitui tambm o objeto direto do verbo VER.
e) Joo Paulo II, que o Papa, est doente.
O termo em negrito acima adjunto adnominal oracional do ncleo do sujeito do verbo ESTAR.
Temos uma orao subordinada adjetiva explicativa. Cuidado: No difcil encontrar em questes
do provas pblicas impropriedade gramatical no emprego da pontuao das oraes adjetivas. No
exemplo acima, a orao em negrito s pode ser explicativa, pois seu valor absoluto. Como
pensar em restrio, se apenas uma pessoa assume o papado. Toda orao subordinada adjetiva
com valor absoluto s pode ser explicativa, devendo ser pontuada com vrgulas ou travesses.
Na obteno da forma passiva do verbo, o auxiliar assume o tempo e o modo do verbo ativo (no
caso, pretrito imperfeito do indicativo), enquanto este assume a forma do particpio (carregar
carregados).
Observao: No pode haver voz passiva sem sujeito determinado e expresso. Por isso, fcil
perceber que somente os verbos que possuem objeto direto na voz ativa formam a voz passiva:
afinal, o objeto direto da voz ativa que d origem ao sujeito da voz passiva. Em outras palavras:
somente os verbos transitivos diretos e os transitivos diretos e indiretos podem formar a voz
passiva.
Vamos ver, agora, de forma bem detalhada e didtica como que tudo isso ocorre nos textos.
VOZES VERBAIS E O AGENTE DA PASSIVA
a) voz ativa = sujeito pratica a ao
b) voz passiva = sujeito sofre a ao
c) voz reflexiva = sujeito pratica e sofre a ao ao mesmo tempo
d) voz recproca = h correspondncia de aes verbais
Exs.:
1. Eu reconheci os criminosos. [ voz ativa ]
2. Os criminosos foram reconhecidos por mim. [ voz passiva analtica ]
3. Reconheceram-se os criminosos. [ voz passiva sinttica ]
4. Paulo feriu-se.
[ voz reflexiva ]
[ voz recproca ]
complemento nominal, pois mantm relao com um substantivo vindo de um verbo transitivo
direto ( produzir ) e o valor passivo ( Leite produzido por algum ).
h) O consumo de drogas nas favelas garantiu a violncia a todos os moradores. [ compl. nominal ]
i) Tenho medo de fantasmas. [ complemento nominal ]
j) De que os policiais federais, garantiu o porta-voz da presidncia, esto preocupados com os
crimes acentuados nas fronteiras, no h dvida. [ O termo grifado complemento nominal
oracional, sendo o termo regente a palavra dvida; o termo em negrito complemento nominal,
sendo o termo regente o predicativo preocupados. ]
k) A necessidade de obedincia s normas de proteo s terras expressiva.
Assim, alm da comum funo sinttica de adjunto adnominal, o pronome relativo cujo pode
exercer a funo de complemento nominal.
Quando estudamos Anlise Sinttica no Ensino Mdio, comeo falando das divises entre
Morfologia, Sintaxe e Semntica para mostrar que o mesmo objeto, a palavra, pode ser analisada
de diferentes formas, com diferentes objetivos. Depois, disso, j dentro do assunto do post, digo aos
alunos que, dentro da Anlise Sinttica, estudamos termos essenciais, integrantes e acessrios.
Claro que no a pnica coisa a ser dita, mas didaticamente, separo na lousa nessas trs
categorias e depois vou detalhando cada uma delas. No artigo de hoje estudaremos os primeiros
pontos de quando falo sobre termos integrantes. Veremos o Objeto Direto e o Objeto Indireto. Eles
so os termos que acompanham determinadas estruturas para torn-las completas. Os termos
integrantes da orao so, ao todo, objeto direto, objeto indireto, complemento nominal e agente da
passiva. Estes ltimos veremos mais adiante em nosso site.
OBJETO DIRETO E OBJETO INDIRETO
a) Examinei o relgio de parede.
objeto direto
b) Distribu alegria a todos os convidados.
obj. dir. objeto indireto
c) Desejo que ela seja feliz.
objeto direto oracional
O complemento verbal ser oracional, quando apresentar estrutura verbal em sua
composio. Temos uma orao subordinada substantiva objetiva direta, sendo que a conjuno
subordinada integrante. Em perodo, iremos esclarecer essa classificao da orao no exemplo
acima.
d) Vi as crianas que estavam brincando no quintal.
Lembra da orao com pronome relativo? Observe que a orao em negrito acima traz o pronome
relativo que ( conectivo usado para substituir o termo as crianas ). Como se classifica essa
orao?Orao subordinada adjetiva sua classificao. H dois tipos de oraes
adjetivas: restritiva ( no apresenta sinais de pontuao ) e explicativa ( apresenta sinais de
pontuao: vrgula ou travesso ). Como no h pontuao antes do pronome relativo que, a
orao em negrito acima subordinada adjetiva restritiva. Se pusssemos uma vrgula ou um
travesso antes do pronome relativo, ela passaria a ser explicativa. comum em provas pblicas
eles lanarem a hiptese do emprego ou no emprego da vrgula antes do pronome relativo,
questionando o candidato se haveria ou no existiria mudana de sentido. Como a idia ou sentido
das adjetivas est enraizado em sua classificao, com vrgula sua idia explicar e, sem o sinal de
pontuao, sua idia ou carga semntica restringir. Portanto, a alterao de sua pontuao
acarretaria em mudana de sentido, no sendo optativa a vrgula, enfim.
e) Dependo de maiores informaes.
objeto indireto
f) Obedecemos aos antigos costumes.
objeto indireto
g) Confiamos nos investigadores.
objeto indireto
h) Preciso de orientaes que assegurem slidos resultados.
Nota: Toda orao que apresentar pronome relativo subordinada adjetiva. Exerce a funo de
adjunto adnominal. Veremos que os adjuntos adnominais esto sempre contidos em um outro termo
sinttico. Assim sendo, a orao relativa em negrito acima adjunto adnominal oracional do
ncleo do objeto indireto do verbo PRECISAR. Todas as vezes que empregarem uma orao
relativa, ela ser subconjunto do termo sinttico que apresenta o substantivo ou pronome absorvido
pelo pronome relativo. Digamos que seja uma maneira regular de elastecer o termo sinttico
anteposto ao pronome relativo acima. Ento, o objeto indireto do verbo PRECISAR de
orientaes que assegurem slidos resultados , sendo orientaes o ncleo do objeto indireto, e
que assegurem slidos resultados o adjunto adnominal oracional do ncleo do objeto indireto.
i) Os fiscais a quem confiaram as investigaes solicitaram mais documentos.
Todo o termo grifado o sujeito do verbo SOLICITAR, sendo fiscais o ncleo do sujeito e, de fato,
os e a quem confiaram as investigaes adjuntos adnominais. Trata-se de um adjunto adnominal
no oracional e um adjunto adnominal oracional, respectivamente. A orao relativa em negrito
restritiva, mas se fosse explicativa exigiria vrgulas ou travesses aps fiscais e antes de
solicitaram. Essa pontuao qual fazemos aluso hipoteticamente acarretaria em mudana de
sentido e, por conseguinte, no deveria ser lida como pontuao facultativa.
j)
Obedeo s normas que disciplinam o exerccio dos bons costumes.
normas = ncleo do objeto indireto.
que disciplinam o exerccio dos bons costumes. = orao subordinada adjetiva. Logo,
adjunto adnominal do ncleo do objeto indireto.
s normas que disciplinam o exerccio dos bons costumes. todo o objeto indireto do
verbo OBEDECER.
k) Nas reparties pblicas onde Silveira e Antunes trabalham, de fato, h crimes.
Sendo Nas reparties pblicas um termo que indica lugar, temo-lo como adjunto adverbial de
lugar. Porm, ao se perceber o emprego do pronome relativo onde, faz-se necessrio estender a
leitura do adjunto adverbial de lugar at a palavra trabalham, pois a orao subordinada adjetiva
est contida no adjunto adverbial, uma vez que exerce a funo de adjunto adnominal oracional.
Como o adjunto adnominal sempre est integrado a um outro termo sinttico, o adjunto adverbial
definitivamente Nas reparties pblicas onde Silveira e Antunes trabalham.
O verbo SER ao indicar tempo/hora impessoal. Sendo impessoal, perdem a identidade de verbo
de ligao. Adquirem a intransitividade verbal, mantendo relao com seu adjunto adverbial de
tempo. Seis horas, noite e hoje / 25 de junho de 2002 so adjuntos adverbiais de tempo.
EXERCCIO DIDTICO
01. Classifique, quanto predicao, os verbos das oraes de 1 a 12:
01. A dissonncia ser bela.
02. Eu vejo um novo comeo de era.
03. Hoje o tempo voa, amor.
04. A noite oferece todos os sonhos aos jovens.
05. A natureza estava to triste.
06. O bicho estava perto.
07. O tempo trouxe a sua ao benfica ao meu corao.
08. pensei no seminrio
09. Ouvimos passos no corredor
10. Todos viviam muito cansados naquela poca.
11. Vivo margem da vida.
12. Mandei recado a sua me agora mesmo.
Gabarito: 01. VL / 02. VTD / 03. VI / 04. VTDI / 05. VL / 06. VI / 07. VTDI / 08. VTI / 09. VTD / 10.
VL 11. VI / 12. VTDI
O que orao?
Neste artigo iniciamos uma srie de postagens rpidas com conceitos bsicos relacionados
Anlise Sinttica. Por mais simples que sejam acabam gerando dvidas nos leitores quando
tratamos de assuntos mais profundos. Percebo essa deficincia, principalmente, no ensino Mdio.
Apesar dos alunos verem isso em quase todas as sries do ensino Fundamental, necessrio
retomar o contedo ao longo do ensino Mdio e muitos ainda veem isso nos cursinhos prvestibulares que fazem aps complestar o Ensino Mdio.
O que sabemos e que certo que todo enunciado que apresenta verbo uma orao. Logo, o
verbo o ncleo de qualquer estrutura oracional. Por conseguinte, a anlise sinttica de uma
orao exige que partamos do verbo. Ora os verbos apresentam complementos verbais, ora no
apresentam complementos verbais. So complementos verbais: objeto direto e objeto indireto. O
estudo dos complementos verbais chamado de predicao verbal.
Os auditores analisaram os balancetes.
O exemplo acima uma orao, pois foi empregado o verbo analisar. a expresso de uma ao.
Est flexionado no pretrito perfeito simples do modo indicativo. Contextualiza-se, portanto, a
prtica de uma ao, o tempo em que essa ao ocorreu, o agente da ao e o referente passivo
ao executada pelo sujeito agente.
O fiscal est apurando as denncias.
Temos tambm uma orao. Trata-se do verbo apurar na forma composta. est o seu auxiliar.
E apurando o verbo principal no gerndio. Trata-se de uma locuo verbal.
Os relatrios que foram analisados comprometem a candidatura de Luza.
Cada verbo uma orao. Temos acima duas oraes. Os termos grifados constituem a primeira
orao, com um verbo na forma simples. O termo em negrito constitui a segunda orao. Nesta, o
verbo analisarest na forma composta, ou seja, verbo auxiliar + verbo principal no particpio. A
orao em negrito integra o sujeito do verbo comprometem.
Por hoje apenas isso. Recomendo que acessem nosso outro site apenas com exerccios de
Lngua Portuguesa para treinar. Ou ento vejam, nossa coletnea de exerccios de
interpretao de textos publicada no nosso site Anlise de Textos.
Classificaes do aposto
Uma das estruturas sintticas que mais uso o aposto. No sei se por trabalhar demais com sites
que so didticos e, por esta causa necessitam constantemente de retomadas, explicaes,
acrscimos ao que foi dito, acabo usando o aposto como recurso. H, no entanto, quem use apenas
para inflar um texto, mas a j estamos tratando de problemas de linguagem. Neste artigo veremos
um pouco mais detalhadamente o que um aposto e para qu ele serve. Atravs de exemplos,
compreenderemos as situaes em que seu uso necessrio e at mesmo quando dispensvel.
Classificao do Aposto
De acordo com a relao que estabelece com o termo a que se refere, o aposto pode ser
classificado em:
a) Explicativo:
A Ecologia, cincia que investiga as relaes dos seres vivos entre si e com o meio em que vivem,
adquiriu grande destaque no mundo atual.
b) Enumerativo:
A vida humana se compe de muitas coisas: amor, trabalho, ao.
c) Resumidor ou Recapitulativo:
Vida digna, cidadania plena, igualdade de oportunidades, tudo isso est na base de um pas melhor.
d) Comparativo:
Seus olhos, indagadores holofotes, fixaram-se por muito tempo na baa anoitecida.
e) Distributivo:
Drummond e Guimares Rosa so dois grandes escritores, aquele na poesia e este na prosa.
f) Aposto de Orao:
Ela correu durante uma hora, sinal de preparo fsico.
Alm desses, h o aposto especificativo, que difere dos demais por no ser marcado por sinais de
pontuao (vrgula ou dois-pontos). O aposto especificativo individualiza um substantivo de sentido
genrico, prendendo-se a ele diretamente ou por meio de uma preposio, sem que haja pausa na
entonao da frase:
Por Exemplo:
O poeta Manuel Bandeira criou obra de expresso simples e temtica profunda.
A rua Augusta est muito longe do rio So Francisco.
Ateno: Para no confundir o aposto de especificao com adjunto adnominal, observe a seguinte
frase:
A obra de Cames smbolo da cultura portuguesa.
Nessa orao, o termo em destaque tem a funo de adjetivo: a obra camoniana. , portanto, um
adjunto adnominal.
Observaes:
1) Os apostos, em geral, detacam-se por pausas, indicadas na escrita, por vrgulas, dois pontos ou
travesses. No havendo pausa, no haver vrgulas.
Por Exemplo: Acabo de ler o romance A moreninha.
2) s vezes, o aposto pode vir precedido de expresses explicativas do tipo: a saber, isto , por
exemplo, etc.
Por Exemplo: Alguns alunos, a saber, Marcos, Rafael e Bianca no entraram na sala de aula aps o
recreio.
3) O aposto pode aparecer antes do termo a que se refere.
Por Exemplo: Cdigo universal, a msica no tem fronteiras.
4) O aposto que se refere ao objeto indireto, complemento nominal ou adjunto adverbial pode
aparecer precedido de preposio.
Por Exemplo: Estava deslumbrada com tudo: com a aprovao, com o ingresso na universidade,
com as felicitaes.
Apenas um lembrete: locuo conjuntiva todo grupo de palavras que relaciona duas ou mais
oraes ou dois ou mais termos de natureza semelhante.
proporo que chovia
medida que significa o mesmo que proporo que.
medida que o ms corre, o bolso esvazia.
Trata-se de uma locuo conjuntiva com valor de proporo, introduzindo oraes subordinadas
adverbiais de proporo. H ainda a locuo na medida em que, que vem sendo usada na
imprensa e em muitos textos com valor causal.
O governo no conseguiu resolver o problema na medida em que no enfrentou suas verdadeiras
causas.
Ou seja,
O governo no conseguiu resolver o problema porque no enfrentou suas verdadeiras causas.
Alguns condenam o uso de na medida em que argumentando que no h registro histrico dessa
forma na Lngua. Mas o fato que essa construo j se tornou rotina, mesmo entre excelentes
escritores. O que no aceitvel sob hiptese alguma escrever medida em que.
Qual o certo? A ss e s
Qual a forma correta?
Ela quer ficar a s
ou
Ela quer ficar a ss?
J vi programas de televiso indo s ruas para fazer o pessoal cantar o hino nacional e foi uma
vergonha. Se fizessem isso com expresses como as que mostro neste artigo, seria vergonhoso.
Vejamos como seria correto usar as expresses aqui mostradas:
Ela quer ficar a ss.
Quando utilizamos a preposio a, a expresso fixa, invarivel, nunca se flexiona:
Eu quero ficar a ss.
Ela quer ficar a ss.
Ns queremos ficar a ss.
Elas querem ficar a ss.
E se tirarmos a preposio a? Nesse caso ss passa a ser adjetivo e, dessa forma, precisa
concordar em nmero com o pronome ou substantivo com que se relaciona:
Eu quero ficar s.
Ela quer ficar s.
Ns queremos ficar ss.
Elas querem ficar ss.
Uma dica: o s, nesse segundo caso, equivale a sozinho.
Substitua uma palavra pela outra e veja se a frase faz sentido: Eu quero ficar a ss. / Eu quero
ficar a sozinhos. No faz o menor sentido, no ? Mas no outro caso a substituio d certo. No
h como errar!
Eu quero ficar s. / Eu quero ficar sozinho.
Ela quer ficar s. / Ela quer ficar sozinha.
Ns queremos ficar ss. / Ns queremos ficar sozinhos.
Elas querem ficar ss. / Elas querem ficar sozinhas.
Sujeito no aquele que pratica a ao e vou provar como isso que afirmei verdade. Veja o
exemplo:
Ana pratica exerccios aos domingos.
Naturalmente voc sabe que Ana o sujeito da orao e que ela pratica a ao. Veja agora o
segundo exemplo.
Os exerccios foram praticados pela Ana aos domingos.
E agora? Parece que Ana continua sendo o sujeito? Creio que no. Agora o termo os exerccios
que o sujeito e Ana recebe a classificao de agente da passiva. Veremos isso depois.
Agora vejamos a parte terica a respeito de sujeito e predicado para que toda e qualquer confuso
que voc tenha ainda se desfaa.
reunies, se, reunies objeto direto. Como verbo no concorda com complemento verbal, use
o verbo na 3a pessoa do singular, sempre. Em H de haver dificuldades, observe que o verbo
auxiliar da locuo verbal permanece na 3a pessoa do singular. Portanto, tambm est correta a
concordncia verbal, no havendo impropriedade gramatical na estrutura frasal.
So quatro horas.
Trata-se de uma orao sem sujeito. Mesmo assim, o verbo est com propriedade no plural. que
o verbo SER deve manter concordncia com o ncleo do adjunto adverbial de tempo.
Sintaticamente, quatro horas adjunto adverbial de tempo, sendo horas o ncleo do adjunto
adverbial de tempo, e quatro adjunto adnominal do adjunto adverbial de tempo. Embora haja
literaturas dizendo que quatro horas predicativo, leia quatro horas como adjunto adverbial de
tempo. Outrossim, ressaltemos que o verbo SER no est concordando com o nmero de horas.
Em verdade, o verbo SER est concordando com o ncleo do adjunto adverbial de tempo, visto que
o substantivo tem precedncia, sendo o numeral seu adjunto adnominal. Assim, se encontrar em
uma prova a afirmao de que em So quatro horas no h impropriedade gramatical, pois o
verbo SER est concordando com o nmero de horas, julgue como incorreta tal argumentao.
Faz duas semanas, apenas.
FAZER, indicando tempo, tambm impessoal. Deve ser empregado na 3a pessoa do singular.
Cuidado para no confundir com o verbo FALTAR. Este pessoal. Assim, devemos escrever, por
exemplo, FALTAM DUAS SEMANAS, APENAS e FAZ DUAS SEMANAS, APENAS. Na primeira
estrutura, DUAS SEMANAS sujeito, enquanto na segunda orao, de fato, DUAS SEMANAS
adjunto adverbial.
Choveu pouco, ontem.
Choveram conflitos durante o jantar.
Os verbos que expressam fenmenos naturais apresentam orao sem sujeito, permanecendo na
3a pessoa do singular. Contudo, em Choveram conflitos durante o jantar, temos a flexo na
concordncia, pois est no sentido figurado.
Faz / Fazem dois anos, deixando-nos convictos que os amamos, os gmeos. ( Use o verbo no
plural, pois os gmeos o sujeito do verbo FAZER.
depois
com calma ..
2) O termo sublinhado nas frases abaixo deve ser classificado de acordo com o seguinte cdigo:
[ 1 ] sujeito
[ 2 ] predicativo
[ 3 ] objeto direto
[ 4 ] objeto indireto
[ 5 ] complemento nominal
[ 6 ] adjunto adnominal
[ ] Os homens se enganam no conhecimento das coisas visveis.
[ ] Uma coisa preferem os melhores a tudo: a glria eterna.
[ ] Se todas as coisas se tornassem fumaa, conhecer-se-iam com as narinas.
[ ] cansativo servir e obedecer aos mesmos senhores.
[ ] No confio suficientemente na compreenso dos leitores.
[ ] Foi l que me ofereceram certa vez um raio de sol.
[ ] passa-se o ano inteiro com o corao repleto das alegrias do Natal.
[ ] dava-lhe uma estranha sensao de orfandade.
[ ] E agora lhe vinha uma sbita e enternecida saudade do pai.
[ ] H homens que nasceram talhados para o sacrifcio.
[ ] Eu no tenho vocao para mrtir.
[ ] que com frequncia vinha ao semblante das mulheres do Rio Grande: o medo ancestral da
guerra.
[ ] No era um triunfo que ela julgasse digno de si.
[ ] No era um triunfo que ela julgasse digno de si a torpe humilhao dessa gente ante sua riqueza.
[ ] Vi as grandes raivas do mouro, por causa de um leno, um simples leno.
[ ] e aqui dou matria meditao dos psiclogos deste e de outros continentes.
[ ] Mal os Carapicus sentiram a aproximao dos rivais] [ ] Cada qual correu a casa em busca do
ferro, do pau e de tudo que servisse para resistir.
[ ] e todos tiveram confiana nele.
[ ] As navalhas, traziam-nas abertas e escondidas na palma das mos.
[ ] As navalhas, traziam-nas abertas
x) [ ] Verias, ento, a sombra da tua forma anterior a ti mesma.
z) [ ] Quisera dar-te tambm o mar onde nadei menino.
q) 6
r) 6
s) 5
t) 5
u) 3
v) 2
x) 5
z) 2
ADJUNTO ADNOMINAL
Termo que mantm relao com o substantivo. O substantivo a classe gramatical que tem
precedncia em relao s demais palavras, pois quem d nome aos seres. Assim sendo, as
demais classes gramaticais esto subordinadas ao substantivo. Geralmente exercem a funo de
adjunto adnominal o adjetivo, o numeral, o pronome e o artigo.
a) Os simpticos rapazes voltaram do clube.
Sujeito : Os simpticos rapazes
Ncleo do sujeito: rapazes
Adjuntos adnominais do sujeito: Os , simpticos
Adjunto adverbial: do clube
Ncleo do adjunto adverbial: clube
Adjunto adnominal do ncleo do adjunto adverbial: o artigo o que est aglutinado com a
preposio de
b) Todo sbado, estudamos alguns tpicos, caro amigo.
Adjunto adverbial de tempo: Todo sbado
A estrutura narrativa
Se tomarmos em considerao o romance, a novela ou o conto, o enredo ter de desenvolver-se da
seguinte forma:
Pstumas de Brs Cubas: um narrador defunto contar a sua histria; ou como em D. Casmurro:
o narrador quer atar as duas pontas da vida; ou como em Senhora: o relato de Aurlia Camargo
que compra um marido de pouco estofo* moral por cem contos de ris.
Desenvolvimento narrativo
Decorre do encadeamento de feitos, aes. Os destinos das personagens se entrelaam,
aproximando-as, distanciando-as: as complicaes narrativas encadeiam-se lentamente, o leitor
levado a conhecer o que prope o texto. Histrias de personagens secundrios e protagonistas se
misturam sequencialmente at que, finalmente, atinjam o clmax, ponto mais alto da narrativa,
ocasio em que tudo se esclarece: viles so punidos, amores so refeitos, criaturas se aproximam,
tragdias ocorrem. Tomemos o exemplo da descoberta, por parte de Riobaldo, no livro Grande
Serto: Veredas, de Guimares Rosa, de que Diadorim uma mulher.
Desfecho ou desenlace
a concluso, o arremate do texto.
Suponha uma novela de TV. Mocinho e mocinha felizes e casados, vilo preso, tudo em paz. Voc
j pode at adivinhar o que vai acontecer no arremate, acabamento: as personagens menores se
acomodam em seus destinos, nasce uma criana, um casamento se faz. Todos sero felizes ou
prosseguiro de qualquer modo suas vidas. o fim da narrativa.
preciso entender que a tripartio acima pode ser alterada de acordo com a disposio que o
narrador d temporalidade. Em Memrias Pstumas de Brs Cubas, por exemplo, a narrativa
comea no ponto mais alto: o enterro do narrador, ponto de partida para que ele, do outro lado da
existncia, inicie a narrao, voltando sequncia inicial atravs de flash-backs.
Observe os textos abaixo, e tente, em cada um deles, demarcar sequncia inicial, desenvolvimento
narrativo, clmax e desfecho:
Texto 1 O Cajueiro
O cajueiro j devia ser velho quando nasci. Ele vive nas mais antigas recordaes de minha infncia: belo,
imenso, no alto do morro, atrs da casa. Agora, vem uma carta dizendo que ele caiu.
Eu me lembro do outro cajueiro que era menor, e morreu h muito mais tempo. Eu me lembro dos ps de
pinha, do caj-manga, da grande touceira de espadas-de-so-jorge (que ns chamvamos simplesmente
tala) e da alta saboneteira que era nossa alegria e cobia de toda a meninada do bairro porque fornecia
centenas de bolas pretas para o jogo de gude. Lembro-me da tamareira, e de tantos arbustos e folhagens
coloridas, lembro-me da parreira que cobria o caramancho, e dos canteiros de flores humildes, beijos,
violetas. Tudo sumira; mas o grande p de fruta-po ao lado de casa e o imenso cajueiro l no alto eram como
rvores sagradas protegendo a famlia. Cada menino que ia crescendo ia aprendendo o jeito de seu tronco, a
cica [sabor, gosto] de seu fruto, o lugar melhor para apoiar o p e subir pelo cajueiro acima, ver de l o
telhado das casas do outro lado e os morros alm, sentir o leve balanceio na brisa da tarde.
No ltimo vero ainda o vi; estava como sempre carregado de frutos amarelos, trmulo de sanhaos.
Chovera; mas assim mesmo fiz questo de que Caryb subisse o morro para v-lo de perto, como quem
apresenta a um amigo de outras terras um parente muito querido.
A carta de minha irm mais moa diz que ele caiu numa tarde de ventania, num fragor, tremendo pela
ribanceira; e caiu meio de lado, como se no
quisesse quebrar o telhado de nossa velha casa. Diz que passou o dia abatida, pensando em nossa me, em
nosso pai, em nossos irmos que j morreram. Diz que seus filhos pequenos se assustaram; mas depois foram
brincar nos galhos tombados.
Foi agora, em setembro. Estava carregado de flores.
(Rubem Braga, Os melhores contos, Global Editora, pp 137 a 138)
Texto 2 Nascer
O filho j tinha nome, enxoval, brinquedo e destino traado. Era Joo, como o pai, e como
aconselhavam a devoo e a pobreza. Enxoval e brinquedo de pobre, comprados com a
antecedncia que caracteriza, no os previdentes, mas os sonhadores. E destino, para no dizer
profisso, era o de pedreiro, curial ambio Carlos Drummond. do pai, que, embora na casa dos 30,
trabalhava ainda de servente.
Tudo isso o menino tinha, mas no havia nascido. Eles nascem antes, nascem no momento em que
se anunciam, quando h realmente desejo de que venham ao mundo. O parto apenas d forma a
uma realidade que j funcionava. Para Joo mais velho, Joo mais moo era uma companhia to
patente quanto os colegas da obra, e muito mais ainda, pois quando se separavam ao toque da
sineta, os colegas deixavam por assim dizer de existir, cada um se afundava na sua insignificncia,
ao passo que o menino ia escondido naquele trem do Realengo, e eram longas conversas entre
Joo e Joo, e Joo mido adquiria ainda maior consistncia ao chegarem em casa, quando a me,
trazendo-o no ventre, contudo o esperava e recebia das mos do pai, que de madrugada o levara
para a obra.
Estas imaginaes, ditas assim, parecem sutis; no havia sutileza alguma em Joo e sua mulher.
Nem o casal percebia bem que o garoto rodava entre os dois como um ser vivo; pensavam
simplesmente nele, muito, e confiados, e de tanto ser pensado Joo existiu, sorriu, brincou na
simplicidade de ambos. Como algum que, na certeza de um grande negcio, vai pedindo
emprestado e gastando tranquilamente, Joo e a mulher sacavam alegrias futuras. Joo sentia-se
forte, responsvel. Escolhera o sexo e a profisso do filho; a mulher escolhera a cor, um moreno
claro, cabelo bem liso, olhos sinceros. No havia nada de extraordinrio no menino, era apenas a
soma dos dois passada a limpo, com capricho.
Esperar tantos meses foi fcil. O menino j tomava muita parte na vida deles, nascer era mais uma
formalidade. Chegou maro, com um tempo feio noite, que ameaava carregar o barraco. A
mulher de Joo acordou assustada, sentindo dores. Pela madrugada, correram estao; a chuva
passara, mas o trem de Campo Grande no chegava, e Joo sem poder mexer-se. As dores
continuavam, Joo levou tempo para pegar uma carona de caminho.
Na maternidade no havia mdico nem enfermeira, que o temporal tinha retido longe. Joo perdera
o dia de servio e esperou, determinado. Afinal, levaram a mulher para uma sala onde cinco outras
gemiam e faziam fora. Joo no viu mais nada, ficou banzando no corredor. Entardecia, quando a
porta se abriu e a enfermeira lhe disse que o parto fora complicado mas agora tudo estava em
ordem, a criana na incubadora. Posso ver? Depois o senhor v. Amanh. Amanh era dia de
pagamento, no podia faltar obra. Voltaria domingo.
Mas no dia seguinte, hora do almoo, telefonou, uma complicao, no se ouvia nada, algum da
secretaria foi indagar, respondeu que tudo ia bem, ficasse descansado.
Domingo pela manh, Joo se preparava para sair, quando a ambulncia silvou porta, e dela
desceu, amparada, a mulher de Joo. O menino? Diz-que morreu na incubadora, Joo. E era
mesmo como a gente pensava, moreninho, engraado? Ela baixou a cabea. No sei, Joo. No
vi. Eu estava passando mal, eles no me mostraram.
E o menino, que tinha sido tanto tempo, deixou de repente de ser.
(Carlos Drummond de Andrade, Seleta em Prosa e Verso, Liv. Jos Olmpio, 1978, pp 65 a 66)
A leitura tem sentido amplo. Essencialmente, uma atividade cognitiva do ser humano, que a cada
dia interpreta tudo ao seu redor, seja um texto oral, uma situao social ou um texto escrito. O
professor deve facultar ao aluno oportunidades para que ele desenvolva suas habilidades de leitura,
entendendo-a como apreenso e compreenso do mundo, como a compreenso dos sentidos que
um sujeito de linguagem corporificou num texto.
Na atividade de leitura, o leitor tambm construtor do sentido a partir das sinalizaes textuais
dadas pelo autor. Espera-se que o leitor concorde ou no com as ideias do autor, complete-as,
adapte-as, etc, uma vez que toda compreenso prenhe de respostas e, de uma forma ou de outra,
forosamente, a produz. Para tanto, o leitor necessitar utilizar estratgias de seleo, antecipao,
inferncias e verificao, sem as quais no possvel a construo do sentido do texto.
Os vestibulares procuram escolher textos diversificados, que permitam atividades que explorem um
nmero significativo de recursos e estratgias sociocognitivas, pois, para nosso processamento
textual, recorremos a trs grandes sistemas de conhecimento: conhecimento lingustico,
enciclopdico e interacional. Assim, nossa concepo de leitura e compreenso de texto parte da
interao autor-texto-leitor, explicitada por autores como Koch e Elias e j apontada pelos PCNs.
Se o professor conduzir os alunos por todas essas etapas, mobilizando os conhecimentos
lingustico, de mundo e interacional, permitir, progressivamente, que o aluno experimente,
processamentos textuais cada vez mais orientados, efetivos, eficientes, flexveis e extremamente
rpidos. Assim, contribuir para o desenvolvimento de leitores fluentes e crticos.
Brasileira, 30 anos, divorciada e me de 3 filhos em idade escolar, trabalho h 5 anos em uma grande editora
na rea de produo. Nos ltimos 3 anos a situao tornou-se insustentvel, pois por causa de um pretenso
aumento nas exportaes, temos sido submetidos a uma rigorosa e coerciva prtica de horas extras. Como se
no bastassem as 8 horas dirias de trabalho, com pausa de apenas 1 hora para o almoo, j nos adaptamos
rotina de estender as nossas atividades para at 5 horas a mais, quase que diariamente. Desconhecemos o
significado das palavras final de semana e feriado. Tem sido muito comum sair de casa s 6:30 h e voltar
por volta das 23 h.
A exausto desse ritmo de trabalho me levou a rever uma srie de questes relacionadas que considero
essenciais a minha vida de hoje. Se anteriormente acreditava que com a prtica de horas extras estaria
complementando meu salrio, hoje vejo que as coisas no ocorrem bem assim. Alm de gastar
financeiramente muito mais para manter o que j se tornou um estilo de vida da maioria dos trabalhadores
da economia globalizada (pois tenho que arcar com as despesas de algum que cuide dos meus filhos noite e
aos finais de semana); tenho perdido algumas das mais preciosas oportunidades que so o convvio em
famlia, a possibilidade de gozar de descanso decente diariamente, assim como de momentos de lazer, ou
ainda dar continuidade aos meus estudos cursando uma faculdade noite.
No ambiente de trabalho comum ouvir de nossos superiores que todos devem vestir a camisa da empresa e
a que a prtica das horas extras se torna coerciva, pois quem no adere no digno de fazer parte da
equipe. Alm dessa disfarada coero, vivemos sob o signo do desemprego, que agrava a tenso a que ns
trabalhadores estamos submetidos. No existe alternativa: ou trabalhamos at o limite imposto ou
engrossamos as estatsticas de desemprego.
Mas como ir contra a prtica de hora extra se a prpria legislao trabalhista totalmente favorvel ao
empregador? Por outro lado, a classe trabalhista favorece a atual situao, ao encarar que as horas extras
so uma oportunidade de se ganhar mais. Aqui fao um contraponto com o projeto de lei que pretende
substituir as horas extras pela participao nos lucros da empresa de forma mais significativa. Embora um
ponto bastante polmico, indicadores econmicos mostram que o empresariado no ficar em desvantagem.
Em pases subdesenvolvidos ainda existe a cultura no meio empresarial do acmulo de capital de forma
egosta e insana, o que tem gerado as mais absurdas estatsticas de distribuio de renda e implicaes diretas
em crises sociais.
O projeto de lei prope que a extino da hora extra incentivar a criao de novos postos de trabalho. Com
ndices de desemprego reduzidos possvel reaquecer o mercado e se pensar numa real insero do Brasil na
economia mundial.
Senhor Suplicy, gostaria de deixar o depoimento de uma trabalhadora, no mercado desde os 13 anos de idade,
com o intuito de comov-lo, verdadeiramente, a fim de se esforar na aprovao do projeto. Acredito que o
homem s ser um ser pleno quando seus potenciais criativo, produtivo, emocional e intelectual no estiverem
concentrados em um nico vis, o trabalho. Sendo aprovado, o projeto abrir um importante espao de
discusso para repensarmos o trabalho no mundo contemporneo. Essa discusso mais do que oportuna,
uma vez que sinaliza para questes como o aumento da produtividade, a diminuio do ndice de doenas
tpicas como o stress e a depresso, e o aumento nos ndices de escolaridade.
Finalizo, desculpando-me pela letra que o foro a decifrar. Contrariando ordem mdica, escrevi essa carta
apesar das dores horrveis que tenho em meu brao esquerdo, fruto de anos de trabalho repetitivo e de muitas
horas extras. Mas no se preocupe, porque daqui a um ms, quando o projeto de lei j tiver sido votado, terei
sido submetida a uma cirurgia que, segundo os mdicos, devolver os movimentos naturais do brao e das
articulaes.
Atenciosamente,
H.C.O.
Essa carta boa porque tem imagens, uma posio clara, argumentos convincentes, mas tambm
tem uma linguagem que ajuda a deixar o texto claro e bem organizado. Note que o texto dividido
em vrios pargrafos e cada um destes composto por vrios perodos (frases). No interior dos
perodos, os diversos sinais de pontuao empregados ajudam a tornar o texto mais coeso e
expressivo. Veja com ateno as cartas que voc escreveu e tente deixar a sua linguagem
semelhante dessa carta!
Mas como ir contra a prtica de hora extra se a prpria legislao trabalhista totalmente favorvel ao
empregador? Por outro lado, a classe trabalhista favorece a atual situao, ao encarar que as horas extras
so uma oportunidade de se ganhar mais. Aqui fao um contraponto com o projeto de lei que pretende
substituir as horas extras pela participao nos lucros da empresa de forma mais significativa. Embora um
ponto bastante polmico, indicadores econmicos mostram que o empresariado no ficar em desvantagem.
Em pases subdesenvolvidos ainda existe a cultura no meio empresarial do acmulo de capital de forma
egosta e insana, o que tem gerado as mais absurdas estatsticas de distribuio de renda e implicaes diretas
em crises sociais.
O projeto de lei prope que a extino da hora extra incentivar a criao de novos postos de trabalho. Com
ndices de desemprego reduzidos possvel reaquecer o mercado e se pensar numa real insero do Brasil na
economia mundial.
Senhor Suplicy, gostaria de deixar o depoimento de uma trabalhadora, no mercado desde os 13 anos de idade,
com o intuito de comov-lo, verdadeiramente, a fim de se esforar na aprovao do projeto. Acredito que o
homem s ser um ser pleno quando seus potenciais criativo, produtivo, emocional e intelectual no estiverem
concentrados em um nico vis, o trabalho. Sendo aprovado, o projeto abrir um importante espao de
discusso para repensarmos o trabalho no mundo contemporneo. Essa discusso mais do que oportuna,
uma vez que sinaliza para questes como o aumento da produtividade, a diminuio do ndice de doenas
tpicas como o stress e a depresso, e o aumento nos ndices de escolaridade.
Finalizo, desculpando-me pela letra que o foro a decifrar. Contrariando ordem mdica, escrevi essa carta
apesar das dores horrveis que tenho em meu brao esquerdo, fruto de anos de trabalho repetitivo e de muitas
horas extras. Mas no se preocupe, porque daqui a um ms, quando o projeto de lei j tiver sido votado, terei
sido submetida a uma cirurgia que, segundo os mdicos, devolver os movimentos naturais do brao e das
articulaes.
Atenciosamente,
H.C.O.
Essa carta boa porque tem imagens, uma posio clara, argumentos convincentes, mas tambm
tem uma linguagem que ajuda a deixar o texto claro e bem organizado. Note que o texto dividido
em vrios pargrafos e cada um destes composto por vrios perodos (frases). No interior dos
perodos, os diversos sinais de pontuao empregados ajudam a tornar o texto mais coeso e
expressivo. Veja com ateno as cartas que voc escreveu e tente deixar a sua linguagem
semelhante dessa carta!
real necessidade da aprovao do projeto de lei, que ser votado na prxima quinzena, que pretende acabar
com as horas extras.
Brasileira, 30 anos, divorciada e me de 3 filhos em idade escolar, trabalho h 5 anos em uma grande editora
na rea de produo. Nos ltimos 3 anos a situao tornou-se insustentvel, pois por causa de um pretenso
aumento nas exportaes, temos sido submetidos a uma rigorosa e coerciva prtica de horas extras. Como se
no bastassem as 8 horas dirias de trabalho, com pausa de apenas 1 hora para o almoo, j nos adaptamos
rotina de estender as nossas atividades para at 5 horas a mais, quase que diariamente. Desconhecemos o
significado das palavras final de semana e feriado. Tem sido muito comum sair de casa s 6:30 h e voltar
por volta das 23 h.
A exausto desse ritmo de trabalho me levou a rever uma srie de questes relacionadas que considero
essenciais a minha vida de hoje. Se anteriormente acreditava que com a prtica de horas extras estaria
complementando meu salrio, hoje vejo que as coisas no ocorrem bem assim. Alm de gastar
financeiramente muito mais para manter o que j se tornou um estilo de vida da maioria dos trabalhadores
da economia globalizada (pois tenho que arcar com as despesas de algum que cuide dos meus filhos noite e
aos finais de semana); tenho perdido algumas das mais preciosas oportunidades que so o convvio em
famlia, a possibilidade de gozar de descanso decente diariamente, assim como de momentos de lazer, ou
ainda dar continuidade aos meus estudos cursando uma faculdade noite.
No ambiente de trabalho comum ouvir de nossos superiores que todos devem vestir a camisa da empresa e
a que a prtica das horas extras se torna coerciva, pois quem no adere no digno de fazer parte da
equipe. Alm dessa disfarada coero, vivemos sob o signo do desemprego, que agrava a tenso a que ns
trabalhadores estamos submetidos. No existe alternativa: ou trabalhamos at o limite imposto ou
engrossamos as estatsticas de desemprego.
Mas como ir contra a prtica de hora extra se a prpria legislao trabalhista totalmente favorvel ao
empregador? Por outro lado, a classe trabalhista favorece a atual situao, ao encarar que as horas extras
so uma oportunidade de se ganhar mais. Aqui fao um contraponto com o projeto de lei que pretende
substituir as horas extras pela participao nos lucros da empresa de forma mais significativa. Embora um
ponto bastante polmico, indicadores econmicos mostram que o empresariado no ficar em desvantagem.
Em pases subdesenvolvidos ainda existe a cultura no meio empresarial do acmulo de capital de forma
egosta e insana, o que tem gerado as mais absurdas estatsticas de distribuio de renda e implicaes diretas
em crises sociais.
O projeto de lei prope que a extino da hora extra incentivar a criao de novos postos de trabalho. Com
ndices de desemprego reduzidos possvel reaquecer o mercado e se pensar numa real insero do Brasil na
economia mundial.
Senhor Suplicy, gostaria de deixar o depoimento de uma trabalhadora, no mercado desde os 13 anos de idade,
com o intuito de comov-lo, verdadeiramente, a fim de se esforar na aprovao do projeto. Acredito que o
homem s ser um ser pleno quando seus potenciais criativo, produtivo, emocional e intelectual no estiverem
concentrados em um nico vis, o trabalho. Sendo aprovado, o projeto abrir um importante espao de
discusso para repensarmos o trabalho no mundo contemporneo. Essa discusso mais do que oportuna,
uma vez que sinaliza para questes como o aumento da produtividade, a diminuio do ndice de doenas
tpicas como o stress e a depresso, e o aumento nos ndices de escolaridade.
Finalizo, desculpando-me pela letra que o foro a decifrar. Contrariando ordem mdica, escrevi essa carta
apesar das dores horrveis que tenho em meu brao esquerdo, fruto de anos de trabalho repetitivo e de muitas
horas extras. Mas no se preocupe, porque daqui a um ms, quando o projeto de lei j tiver sido votado, terei
sido submetida a uma cirurgia que, segundo os mdicos, devolver os movimentos naturais do brao e das
articulaes.
Atenciosamente,
H.C.O.
Essa carta boa porque tem imagens, uma posio clara, argumentos convincentes, mas tambm
tem uma linguagem que ajuda a deixar o texto claro e bem organizado. Note que o texto dividido
em vrios pargrafos e cada um destes composto por vrios perodos (frases). No interior dos
perodos, os diversos sinais de pontuao empregados ajudam a tornar o texto mais coeso e
expressivo. Veja com ateno as cartas que voc escreveu e tente deixar a sua linguagem
semelhante dessa carta!
Porqu
um substantivo, por isso somente poder ser utilizado, quando for precedido de artigo (o, os),
pronome adjetivo (meu(s), este(s), esse(s), aquele(s), quantos(s)) ou numeral (um, dois, trs,
quatro) Ex.
Ningum entende o porqu de tanta confuso.
Este porqu um substantivo.
Quantos porqus existem na Lngua Portuguesa?
Existem quatro porqus.
Por qu
Sempre que a palavra que estiver em final de frase, dever receber acento, no importando qual
seja o
elemento que surja antes dela.
Ex.
01. B
02. C
03. A
04. D
05. A
06. B
07. A
08. B
09. D
10. A
11. B
12. B
13. A
14. C
15. D
16. A
17. C
18. C
19. A
20. C
21. D
22. C
23. D
24. C
25. B
d) as, a,
e) s, a, a
4) A frase em que o uso da crase est incorreto :
a) O professor dirigiu-se sala.
b) Fez uma promessa Nossa Senhora.
c) noite no gosto de ler.
d) Referiu-se quilo que viu.
e) Fugiu s pressas.
5) Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas: Quando, dois dias,
disseela que ia Europa para concluir meus estudos, ps-se chorar.
a) a a a a
b) h a
c) a a
d) h a a
e) n.d.a
6) Estou . espera de certa pessoa, . quem poderei pedir informaes . respeito desse
processo.
a) , , a
b) a, ,
c) , a, a
d) , a,
e) a, a,
7) Preencha corretamente as lacunas, seguindo a ordem fraseolgica.
trs semanas, cheguei Lisboa; daqui trs dias farei uma excurso Frana;
depois farei uma visita runas da Itlia; de l regressarei . So Paulo.
a) H, , h, a, as,
b) A, a, a, a, s, a
c) H, a, a, , s, a
d) H, a, h, , s, a
e) A, , h a, as,
8) Assinale a alternativa que preenche corretamente os espaos: algum tempo, vai at
.. montanha e volta . casa para descansar.
a) a
b) h a -a
c) h
d) a a
e) a a a
9) Assinale a alternativa que preenche corretamente os espaos: Durante semana, o rapaz
deveria apresentar-se direo da escola, para repor todas as aulas que faltara.
a) a a
b) a a
c) a
d)
e) a a
10) Assinale a opo que preenche corretamente as lacunas da seguinte frase: Um homem
condenado ignorncia algum quem foi roubada uma parte do seu direito vida.
a) , a,
b) a, , a
c) , a, a
d) a, ,
e) a, a,
>>>> Gabarito dos exerccios: 1-A, 2-B, 3-E, 4-A, 5-D, 6-C, 7-C, 8-B, 9-A, 10-A
Para encerrarmos, vamos a alguns exerccios rpidos. Duas alternativas apenas, ou seja, 50% de
chances de acertar de primeira. Com o exerccio abaixo voc poder testar se est afiado e
sabendo tudo sobre crase. Confira o gabarito no final.
a, 7)
b, 8)
b, 9)
b, 10) b
sofrimento intil.
d) queles que imaginam viver em comunho com Deus de modo fiel e, pela f, superar os
obstculos.
e) queles cticos que defendem seu atesmo de forma a mostrarem uma unidade de pensamento
que, na verdade, no possuem.
2) Uma parte de ns quer acreditar, outra descrente. O par de vocbulos abaixo que no
poderia substituir, respectivamente, de forma adequada, os elementos sublinhados :
a) quer ter f / pecadora ;
b) quer crer / incrdula ,
c) quer confiar / desconfiada .
d) quer dar crdito / ctica
e) quer ter certeza / insegura
3) A diviso interna do ser humano, segundo o texto:
a) est mais ligada perda da f, que nos dada ou tirada por Deus, do que perda da
credibilidade na cincia ou na filosofia.
b) se prende unicamente contradio das verdades filosficas, que se apoiam na maior ou menor
credibilidade de seus enunciadores.
c) se origina da perda de nossas convices, sejam na religio, na cincia ou na filosofia.
d) prpria da natureza humana, que no consegue criar, nem na religio, nem na cincia ou na
filosofia, algo confivel.
e) altamente positiva, j que nos livra do fanatismo e dos radicalismos de qualquer espcie.
4) Segundo o texto, as novas descobertas e as novas invenes:
a) servem para mostrar a fora criativa do homem, opondo-se a verdades definitivas.
b) mostram o progresso dos conhecimentos cientficos, criado a partir da correo dos erros
anteriores.
c) discutem e modificam, alm de desmascararem, todas as teorias cientficas do passado.
d) demonstram a incapacidade da cincia de atingir a verdade, pois esto sempre corrigindo o
caminho percorrido.
e) comprovam que a cincia tambm tem suas verdades permanentemente renovadas, pela
complementao ou correo do j descoberto.
5) O ceticismo, segundo o texto, apresenta como aspecto positivo:
a) o aparecimento de um forte radicalismo crtico
b) a queda do pluralismo, que sempre desuniu os homens
c) o reconhecimento da possibilidade de vrias verdades
d) o surgimento de formas mais rgidas e dogmticas de pensar
e) a possibilidade de ampliar as brechas do fanatismo
6) O poeta Brecht citado no texto para:
a) trazer sensibilidade ao tratamento do tema.
b) opor-se a uma teoria dominante.
c) comprovar a falncia dos sentidos humanos.
d) ilustrar a contradio interna do ceticismo.
e) valorizar a fora da f.
7) O texto de Leandro Konder deve ser considerado como:
a) didtico
b) informativo
c) argumentativo
d) expressivo
e) narrativo
a) mdico paulista
b) endocrinologista brasileiro
c) maior sucesso
d) mais duradouro sucesso
e) aos 51 anos
4) Muitos elementos do segundo perodo repetem elementos do primeiro. Indique a
correspondncia equivocada entre elementos dos dois perodos.
a) especialidade endocrinologista
b) prestgio sucesso
c) profissionais mdico
d) fama sucesso
e) dcadas 51 anos
5) Que elemento do primeiro perodo explicitado no terceiro perodo?
a) aos 51 anos
b) mdico paulista
c) endocrinologistas brasileiros
d) maior sucesso
e) mais duradouro sucesso
6) Entre as duas atividades do mdico h uma srie de elementos que se opem. Indique a
oposio equivocada.
a) endocrinologista professor
b) clientes pacientes
c) emagrecimento doenas da tireide
d) marcar uma consulta parar em suas mos
e) 32.600 milhares
CORPO
Na doena que descobrimos que no vivemos sozinhos, mas sim encadeados a um ser de um
reino diferente, de que nos separam abismos, que no nos conhece e pelo qual nos impossvel
fazer-nos compreender: o nosso corpo.
Qualquer assaltante que encontremos numa estrada, talvez consigamos torn-lo sensvel ao seu
interesse particular, seno nossa desgraa. Mas pedir compaixo a nosso corpo discorrer diante
de um polvo, para quem as nossas palavras no podem ter mais sentido que o rumor das guas, e
com o qual ficaramos cheios de horror de ser obrigados a viver. (Proust)
1) Segundo o texto, o nosso corpo:
a) tem plena conscincia de viver encadeado a um ser diferente.
b) conhece perfeitamente o outro ser a que est encadeado.
c) separado de nossa alma por um abismo intransponvel.
d) se torna conhecido pouco a pouco.
e) s na doena que tem sua existncia reconhecida.
2) A conjuno mas (linha 1) ope basicamente duas palavras do texto, que so:
a) descobrimos / vivemos
b) sozinhos / encadeados
c) vivemos / encadeados
d) doena / reino
e) sozinho / ser
3) pelo qual nos impossvel fazer-nos compreender.; esse segmento do texto quer dizer
que:
a) no nos possvel fazer com que nosso corpo nos compreenda.
b) impossvel compreender o nosso corpo.
c) possvel fazer com que alma e corpo se entendam.
d) impossvel ao corpo compreender o ser humano.
e) o corpo humano pode compreender mas no pode ser compreendido.
4) Qualquer assaltante que encontremos; nesse segmento, o uso do subjuntivo mostra
uma:
a) certeza
b) comparao
c) possibilidade
d) previso
e) condio
5) O item abaixo em que o pronome sublinhado tem seu antecedente corretamente indicado
:
a) ao seu interesse particular: corpo
b) para quem as nossas palavras: assaltante
c) de que nos separam abismos: sozinhos
d) e com o qual ficaramos: guas
e) talvez consigamos torn-lo: assaltante
6) seno nossa desgraa.; o vocbulo sublinhado equivale, nesse segmento,
a) ou
b) exceto
c) salvo
d) e no
e) se
7) discorrer diante de um polvo.; esse segmento do texto representa uma tarefa:
a) trabalhosa
b) intil
c) frutfera
d) temerosa
e) destemida
Os pediatras costumam pedir aos pais que apaguem todas as luzes do quarto da criana na
hora de dormir, mas h aqueles que ficam com pena do filho e no seguem a instruo
risca. De acordo com estudo recente publicado na revista inglesa Nature, bebs que
dormem com a luz acesa tm entre trs a cinco vezes mais probabilidades de sofrer de
miopia que as crianas acostumadas a repousar no escuro desde os primeiros dias de vida.
Os pesquisadores da Universidade da Pensilvnia, nos Estados Unidos, ouviram 479 pais de
crianas e adolescentes de 2 a 16 anos. Eles perguntaram se, nos primeiros anos de vida, as
crianas dormiam com a luz do quarto ou com o abajur aceso. Testes oftalmolgicos
mostraram que 34% das crianas que dormiram com o abajur ligado se tornaram mopes. O
mesmo problema atingiu 55% dos que mantinham a luz do quarto acesa noite. Apenas
10% das que sempre dormiram no escuro desenvolveram miopia. A hiptese mais provvel
a de que a luz durante o sono prejudica o desenvolvimento da retina. H outra razo,
menos objetiva, envolvendo a luz e o sono da criana. O apagar da luz do quarto (sem
direito luz no corredor) o marco do fim do dia. Se a luz fica acesa, a criana tende a se
distrair, a olhar para c e para l, e isso ruim. (Veja 7 de julho de 1999)
1) Segundo o texto, deixando a luz acesa, os pais podem:
a) combater a insegurana dos filhos.
b) provocar a ansiedade nas crianas.
c) evitar a chegada do medo noturno.
d) aumentar as possibilidades de miopia nos filhos.
e) evitar o desenvolvimento da retina.
2) A relao luz acesa/miopia :
a) fruto da opinio do autor do texto
b) indicada por pesquisa universitria
c) comprovada pelos pediatras
d) derivada da falta de cuidado dos pais
e) estabelecida pela experincia
3)De acordo com estudo recente; o item que mostra um substituto adequado da
expresso sublinhada :
a) proporo que
b) assim como
c) conquanto
d) para
e) conforme
4)Testes oftalmolgicos referem-se viso; a relao abaixo INCORRETAMENTE
indicada :
a) dermatolgico pele
b) ginecolgico aparelho genital feminino
c) fisiolgico msculos
d) urolgico aparelho urinrio
e) neurolgico sistema nervoso
5)Ao dizer que Apenas 10% das que sempre dormiram no escuro desenvolveram miopia, o
autor do texto indica que:
a) considera a quantidade detectada irrelevante para o estabelecimento seguro de uma
relao.
b) poucos dos entrevistados puderam dar a informao solicitada.
c) considera poucos os que contrariam a indicao da pesquisa.
d) ainda so muitos os que desenvolvem miopia, apesar de dormirem no escuro.
e) so poucos os que comprovam a relao miopia/escuro.
6) Dizer que existe uma hiptese sobre determinado assunto equivale a dizer que existe:
a) uma certeza comprovada
b) uma possibilidade estabelecida
c) uma opinio no-documentada
d) uma dvida a ser esclarecida
e) um tema j pesquisado
7) Se a luz fica acesa, a criana tende a se distrair; a primeira orao desse segmento
estabelece, em relao segunda, uma relao de:
a) tempo
b) concesso
c) condio
d) causa
e) conseqncia
8) H outra razo, menos objetiva, en volvendo a luz e o sono da criana: o item abaixo
que mostra corretamente o desenvolvimento da forma reduzida sublinhada :
a) quando envolve
b) enquanto envolve
c) porque envolve
d) embora envolva
e) que envolve
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O sentido denotativo das palavras aquele encontrado nos dicionrios, o chamado sentido
verdadeiro, real. J o uso conotativo das palavras a atribuio de um sentido figurado, fantasioso
e que, para sua compreenso, depende do contexto. Sendo assim, estabelece-se, numa
determinada construo frasal, uma nova relao entre significante e significado.
Os textos literrios exploram bastante as construes de base conotativa, numa tentativa de
extrapolar o espao do texto e provocar reaes diferenciadas em seus leitores.
Ainda com base no signo lingustico, encontra-se o conceito de polissemia (que tem muitas
significaes). Algumas palavras, dependendo do contexto, assumem mltiplos significados, como,
por exemplo, a palavra ponto: ponto de nibus, ponto de vista, ponto final, ponto de cruz Neste
caso, no se est atribuindo um sentido fantasioso palavra ponto, e sim ampliando sua
significao atravs de expresses que lhe completem e esclaream o sentido.
O que Verbo?
Verbo a palavra que expressa processos, ao, estado, mudana de
estado, fenmeno da natureza, convenincia, desejo e existncia. Desse
modo, enquanto os nomes (substantivo, adjetivo) indicam propriedades
estticas dos seres, o verbo denota os seus movimentos, por isso sua
caracterstica de dinamicidade.
Tempo
a situao da ocorrncia do processo em relao ao momento em que se
fala;
Aspecto
o que diz respeito durao do processo ou perspectiva pela qual o
falante o considera;
Modo
Tempo
Nmero
Pessoa
Voz
a propriedade de o verbo designar a atitude mental do falante em face do
processo que enuncia. Os modos so:
Indicativo;
Subjuntivo;
Imperativo.
Modo indicativo
Expressa uma atitude de certeza, ou apresenta um fato como real.
Exemplos: Falo, andei, cantava, namorara, frutificarei, adoraria.
Modo subjuntivo
Exprime uma atitude de dvida, ou anuncia um fato como possvel,
hipottico, provvel ou incerto.
Exemplos: Falasse, ande, amssemos.
Modo imperativo
Exprime o desejo que o falante tem de que algo acontea: o desiderato de
ordem, desejo, splica, pedido.
Exemplos: Vem, saia, vinde.
Flexo de tempo
O tempo verbal a localizao da ocorrncia do processo em relao ao
momento em que se fala. Os tempos so:
Presente;
Pretrito (passado)
Futuro.
Flexo de nmero
O verbo apresenta desinncias que, simultaneamente, indicam nmero
singular e plural. Ainda podemos dizer que indica a quantidade de seres
envolvidos no processo verbal.
Flexo de pessoa
A flexo de pessoa indica as pessoas do discurso, so elas:
Flexo de voz
a forma em que se apresenta o verbo para indicar a relao entre ele e o
seu sujeito. O verbo, segundo a perspectiva de voz, pode ser:
Ativo;
Passivo;
Reflexivo.
Voz ativa
Quando o sujeito pratica ao verbal.
Exemplo: O rapaz beijou a moa.
Voz passiva
Quando o sujeito sofre a ao verbal. O agente da passiva (regido por
preposio por, de ou a) pratica a ao verbal. A voz passiva pode ser
apresentada sob duas formas:
Voz Passiva Analtica
Sujeito Verbo + verbo auxiliar Agente da passiva
Voz reflexiva
Quando o sujeito pratica e recebe a ao verbal, simultaneamente.
Exemplos:
Ele se queixa.
Ela se feriu.
Eu me arrependi.
EXPLICATIVAS
Quando apenas acrescentam uma qualidade ao antecedente, esclarecendo
um pouco mais seu significado, mas sem restringi-lo, determin-lo. Separamse do antecedente por uma pausa, representada pela vrgula. Ex.:
Observao
(sem a vrgula) Os homens que so honestos merecem ateno.
(restritiva) (= apenas os homens honestos);
(com a vrgula) Os homens, que so mortais, temem a doena.
(Explicativa) (= todos os homens).
Acentuao Grfica
O portugus, assim como outras lnguas neolatinas, apresenta acento
grfico. Sabemos que toda palavra da Lngua portuguesa de duas ou mais
slabas possui uma slaba tnica. Observe as slabas tnicas das palavras
arte, gentil, txi e mocot. Voc constatou que a tonicidade recai sobre a
slaba inicial em arte, a final em gentil, a inicial em txi e a final em mocot.
Alm disso, voc notou que a slaba tnica nem sempre recebe acento
grfico. Portanto, todas as palavras com duas ou mais slabas tero acento
tnico, mas nem sempre tero acento grfico. A tonicidade est para a
oralidade (fala) assim como o acento grfico est para a escrita (grafia).
importante aprender as regras de acentuao pois, como vimos acima,
independem da fontica.
Abaixo esto descritas as regras de acentuao grfica de forma
descomplicada. Trata-se de assunto relativamente simples, basta memorizar
as regras. Entendemos que o conhecimento sobre separao de slabas
pr-requisito para melhor assimilao desse tema.
A Reforma Ortogrfica veio descomplicar e simplificar a lngua portuguesa
notadamente nesta parte de acentuao grfica.
Ex: j, f, ps, p, s, s.
Aposto e Vocativo
A principal finalidade de um aposto em uma frase, a explicao que ele d
sobre determinado termo. Do ponto de vista sinttico, ele um acessrio
dentro de uma orao.
Resumidamente, o aposto um termo ou expresso de funo
esclarecedora ou para resumir.
O aposto sempre est associado a um nome ou pronome, ou a um termo
que seja equivalente a estes. Tem a funo de explicar, esclarecer,
identificar ou apreciar esse termo. Ele retoma um termo da orao com o
intuito de explic-lo. Pode se referir a substantivos, termos nominais ou a
uma orao inteira.
Ex: Acabo de ler um livro de Mrio Quintana, famoso escritor
brasileiro.(Famoso escritor brasileirocumpre o papel de aposto, pois um
esclarecimento sobre o autor.)
Ex: Marcela, nica irm de mame, morreu cedo. (nica irm de
mame cumpre o papel de aposto, j que esclarece quem Marcela.
Morfossintaxe: o ncleo substantivo, pronome substantivo ou orao
substantiva.
TIPOS DE APOSTO
Explicativo
Tem funo de identificar ou explicar o termo anterior. Geralmente, isolado
por vrgulas, dois pontos, parnteses ou travesses.
Ex: A palavra, mensageira das ideias, a profunda expresso da alma.
Enumerativo
Sequncia de elementos que desenvolve uma ideia anterior.
Ex: O homem, para ver a si mesmo, necessita de trs coisas: olhos, luz e
espelho.
Especificativo (Denominativo)
Exerce a funo de especificar ou individualizar um substantivo que possui
um sentido mais amplo, sem pausa e geralmente um substativo prprio
que especifica um substantivo comum.
Ex: O presidente Vargas cometeu suicdio.
Ex: A cidade de Curitiba muito jovem.
Resumitivo (Recapitulativo)
Utilizado para resumir termos anteriores. Geralmente, representado por um
pronenome indefinido.
Ex: Dinheiro, poder e glria, nada o seduzia mais.
Distributivo
Utilizado para distribuir informaes de termos, separadamente. Carlos e
Jos so timos alunos; este em Fsica e aquele em Biologia.
Observao: No confundir aposto especificativo com adjunto adnominal,
ou complemento nominal.
Aposto: A cidade de Braslia continua linda (nome da cidade)
Adjunto Adnominal: O solo de Braslia frtil (no o nome do solo)
Complemento Nominal: O trnsito de Braslia continua pssimo. (no o
nome do trnsito)
Vocativo
A funo do vocativo basicamente ser um termo independente que chama
por algum; seja para invocar, clamar, recorrer, alertar pedir ou interpelar um
ouvinte real ou imaginrio.
Ex: Laura, d-me um beijo.
Ex: Filho, no se esquea de me ligar!
Figuras de Sintaxe
ELIPSE
Omisso de um ou mais termos facilmente perceptveis. Podem ser termos
existentes em um contexto ou mesmo elementos gramaticais utilizados para
a construo da frases como pronomes, preposies, verbos ou conjunes.
1) (Eu) Preciso (de) que me ajudem com os simulados.
2) Marta perdeu a melhor prova de concurso do ano. (Ela) Decidiu se
planejar melhor para as prximas provas.
ZEUGMA
Tipo de elipse utilizada para no repetir verbo ou substantivo.
1) Eu encontrei a resposta. Ela no encontrou! (resposta)
2) Cludia escovou os dentes. Eu, os cabelos. (escovei)
ANFORA
Repetio de palavras no incio de versos ou de frases para reforar, dar
coerncia ou valorizar algum elemento da orao.
1) " pau, pedra, o fim do caminho" (Tom Jobim)
2) "Ela no sente, ela no ouve, avana! avana!" (Fialho d'Almeida)
3) Se voc dormisse, se voc cansasse, se voc morresse...mas voc no
morre. (Carlos Drummond de Andrade)
SILEPSE
Concordncia feita com a ideia e no com a palavra. Pode ser classificada
em Silepse de Gnero, Silepse de Nmero e Silepse de Pessoa.
1) Silepse de gnero: acontece quando h uma discordncia entre feminino
e masculino.
Sua Excelncia (substantivo feminino) est enganado (adjetivo masculino).
2) Silepse de nmero: acontece quando h uma palavra ou sujeito coletivo
que mesmo estando no singular representa mais de um ser.
Um bando (substantivo no singular) de moleques gritavam (verbo no plural).
3) Silepse de pessoa: acontece quando o sujeito aparece na terceira
pessoa e o verbo na primeira pessoa do plural.
Os candidatos (3 pessoa) estamos preparados. (1 pessoa)
PLEONASMO
Repetio enftica de um termo ou ideia. Existem dois tipos de pleonasmo:
1) Pleonasmo literrio: utilizado para dar nfase a alguma ideia por meio
de palavras redundantes, tanto sinttica, quanto semanticamente.
"Morrers morte vil na mo de um forte..." (Gonalves Dias)
POLISSNDETO
Repetio enftica de conjuno entre as oraes do perodo ou dos termos
de uma orao.
1) "Trabalha, e teima, e lima, e sofre, e sua" (Olavo Bilac)
ASSNDETO
Ausncia de conjuno coordenativa que so substitudas por vrgulas.
1) "Cheguei, vi, venci."
HIPRBATO
Inverso completa de termos da frase.
1) Desfilavam os folies.
Ordem direta: Os folies desfilavam
2) So importantes, os testes e simulados de concursos pblicos, para os
concurseiros.
Ordem Direta: Os testes e simulados de concursos pblicos so importantes
para os concurseiros.
3) Da minha vida cuido eu, ok?
Ordem Direita: Eu cuido da minha vida, ok?
ANACOLUTO
Corte brusco de uma frase e incio imediato de outra, de modo que fique
sobrando um termo sem funo, ou seja, esse termo fica desconectado do
perodo.
1) Espingarda, no me agradam armas de fogo.
2) "Quem o feio ama, bonito lhe parece" (Provrbio Portugus)
3) Alexandre 'O Grande', quantas coisas ele j fez na histria.
Interpretao de Textos
Leia duas vezes o texto. A primeira para ter noo do assunto, a segunda
para prestar ateno s partes importantes. Lembre-se de que cada
pargrafo desenvolve uma ideia.
veculo
da
comunicao,
pode
apresentar
vrias
Lngua comum
a lngua-padro do pas, aceita pelo povo e imposta pelo uso.
Lngua regional
a lngua comum, porm com tonalidade regionais na fontica e no
vocabulrio, sem, no entanto quebrar a estrutura comum. Quando se
quebrar essa estrutura aparecero os dialetos.
Lngua popular
a fala espontnea do povo, eivada de plebesmo, isto , de palavras
vulgares, grosseiras e grias; tanto mais incorreta quanto mais inculta a
camada social que a usa.
Lngua culta
usada pelas pessoas instrudas, orienta-se pelos preceitos da gramtica
normativa e caracteriza-se pela correo e riqueza vocabular.
Lngua literria
a lngua culta em sua forma mais artificial, usada pelos poetas e escritores
brasileiros em suas obras.
Lngua falada
Lngua escrita
o registro formal da lngua, a representao da expresso oral, utiliza-se
de signos grficos e de normas expressas; no to insinuante quanto a
falada, mas sbria, exata e duradoura.
Morfologia
Substantivo
D o nome ao objeto assumindo um gnero e nmero. O substantivo o que
d nome aos seres, a fenmenos da natureza, a objetos, sentimentos,
qualidades e aes. O substantivo pode ser classificado em:
Prprio: um s ser da mesma espcie. Ex. Brasil.
Comum: Nomeia todos os seres da mesma espcie. Ex. homem.
Concreto: Representa seres de existncia real. Ex. terra.
Adjetivo
O adjetivo uma palavra que expressa uma qualidade e sempre est
acompanhado do substantivo. Ele exerce funo sinttica trabalhando como
adjunto adnominal ou como predicativo. O adjetivo funciona como um
modificador do substantivo e poder ser adjunto adnominal (nome) ou
predicativo (do sujeiro/do objeto).
Adjetivo Uniforme: Uma palavra para dois gneros. Ex. feliz
Adjetivo Biforme: Uma palavra para cada gnero. Ex. esperto(a)
Os adjetivos podem ser classificados da seguinte forma:
Primitivo: No se deriva de outra palavra. Ex. magro;
Derivado: Deriva de outras palavras. Ex. bondoso;
Simples: Formado por um s elemento. Ex. escuro;
Composto: Formado por mais de um elemento. Ex. azul-claro;
Restritivo: Particulariza dentro de um conjunto. Ex. homens brasileiros;
Explicativos: No particulariza no conjunto. Ex. leite branco;
Ptria: Designa nacionalidade. Ex. britnico.
Artigo
Definido
Individualiza um elemento e determinao substantivo de forma precisa. Ex. o,
a, os, as
Indefinido
Qualquer elemento num conjunto, ou seja, no h uma preciso sobre o
gnero ou nmero do substantivo. Ex. um, uns, uma, umas.
Numeral
Palavra relacionada ao substantivo que caracteriza um nmero e pode ser
classificado em cardinal, ordinal, multiplicativo e fracionrio.
Cardinal
Indica quantidade. Ex. cinco
Ordinal
Indica posio. Ex. segundo
Multiplicativo
Indica quantas vezes. Ex. triplo
Fracionrio
Indica parte. Ex. dois teros.
Variao de Nmero
Milhares masculino
Pronome
Classe de palavra que acompanha um substantivo e representa as trs
pessoas no discurso e tambm exerce um parmetro de espao e tempo.
Pessoais: eu, tu, ele, ns, vs, me, te, nosso, mim;
Advrbio
O advrbio invarivel e modifica ou acompanha um verbo, um adjetivo ou a
si mesmo. Veja mais sobre a classificao dos advrbios:
Locuo Adverbial
- Conjunto de palavras com mesmo valor de advrbio. Iniciam por
preposio. Ex. por trs, de cor, s vezes, de perto, por fora, sem dvida, s
pressas,
em
breve;
- Os advrbios terminados em mente derivam-se do adjetivo feminino. Ex.
Conjuno
uma palavra invarivel que une duas oraes ou termos parecidos.
Conjunes coordenativas
Ligam oraes ou termos semelhantes da mesma orao. Divide-se em :
Conjunes subordinativas
Ligam duas oraes subordinando
subordinativas so divididas em:
Conformativas: conforme;
uma
outra.
As
conjunes