Psicomotricidade e Sindrome Do X Frágil
Psicomotricidade e Sindrome Do X Frágil
Psicomotricidade e Sindrome Do X Frágil
Rio de Janeiro
Fevereiro de 2010
Rio de Janeiro
Fevereiro de 2010
AGRADECIMENTOS
DEDICATRIA
DEFICINCIA
METODOLOGIA
RESUMO
SUMRIO
INTRODUO
09
CAPITULO I - PSICOMOTRICIDADE
12
CAPITULO II - DEFICINCIA
25
41
CONSIDERAES FINAIS
48
BIBLIOGRAFIA
51
NDICE
53
FOLHA DE AVALIAO
54
INTRODUO
No pas existem poucas publicaes direcionadas a populao com
Sndrome do X - frgil, mesmo sendo ela uma das causas mais comum de
retardo mental herdado no mundo. Essa escassez no est somente
relacionada Sndrome do X - frgil, mas tambm a outras deficincias, onde
so tratados e analisados a nvel teraputico, por meio a atendimento mdico,
fisioterpico e outros.
A questo do desenvolvimento global de pessoas com deficincia, dentro
da rea do movimento e do corpo, substancialmente esquecida, mesmo
sendo de importante contribuio a nesse processo. Por isso, torna-se
necessrio a divulgao de informaes e pesquisas que proporcionem um
enriquecimento no conhecimento de profissionais e familiares, para que ocorra
um maior desenvolvimento em pessoas com a sndrome.
Hoje inmeras abordagens sobre o desenvolvimento humano esto a
servio da sociedade. Uma delas a Psicomotricidade, que valoriza a questo
do corpo em todos os seus aspectos fsico, cognitivo, afetivo e social, ou seja,
preocupa-se com a relao homem e seu corpo como um todo, deixando a
viso cartesiana de lado. Sendo o corpo o instrumento indispensvel de
expresso de idias, sentimentos e emoes, que iro construir o sujeito. Na
psicomotricidade se trabalha o global do individuo; estuda-se a implicao do
corpo, a vivncia corporal e o modo de interpretar um objeto e o meio para
realizar uma atividade.
A Psicomotricidade Relacional, rea da psicomotricidade que procura dar
um espao de liberdade onde a criana aparece inteira, com seu corpo, suas
emoes, sua fantasia, podendo ser aplicada no intuito de auxiliar na
experimentao corprea do individuo, de maneira livre e inteira. E so as
primeiras vivncias psicomotoras que fazem existir pouco a pouco seu modo
de ser, sentir, agir, reagir diante do mundo que nos rodeia e a qualidade
desta relao que vai fazer com que a criana tenha uma boa sade mental
conseguindo assim interagir com o mundo a cerca.
10
(1986)
dizem
que
Psicomotricidade
um
trabalho
caractersticas
comportamentais
incluem,
por
exemplo,
11
12
CAPITULO I
Psicomotricidade
1.1 Psicomotricidade
Historicamente o termo "psicomotricidade" aparece a partir do discurso
mdico, mais precisamente neurolgico, quando foi necessrio, no incio do
sculo XIX, nomear as zonas do crtex cerebral situadas mais alm das
regies motoras. Com o desenvolvimento e as descobertas da neurofisiologia,
comea a constatar-se que h diferentes disfunes graves sem que o crebro
esteja lesionado ou sem que a leso esteja claramente localizada. So
descobertos distrbios da atividade gestual, da atividade prxica. Portanto, o
"esquema
antomo-clnico"
que
determinava
para
cada
sintoma
sua
13
14
posturas por meio dos movimentos, a comunicao mediante a fala por meio
das palavras que ajudam e so capazes de modificar toda uma conduta
(Ftima Alves, 2009, p. 12).
Segundo Assuno & Coelho (1997, p.108) a psicomotricidade a
educao do movimento com atuao sobre o intelecto, numa relao entre
pensamento e ao, englobando funes neurofisiolgicas e psquicas. Alm
disso, possui uma dupla finalidade: assegurar o desenvolvimento funcional,
tendo em conta as possibilidades da criana, e ajudar sua afetividade a se
expandir e equilibrar-se, atravs do intercmbio com o ambiente humano.
Em sua evoluo, nos tempos atuais, a psicomotricidade como rea de
conhecimento vem sendo conhecida como a cincia que tem como objetivo de
estudo, o homem atravs do seu corpo em movimento, em relao ao seu
mundo interno e externo, bem como suas possibilidades de perceber, atuar,
agir com o outro, com os objetos e consigo mesmo.
O corpo agora entendido no somente como algo biolgico e orgnico
que possibilita a viso, a audio, o movimento, mas, tambm, um lugar que
permite expressar emoes e estados interiores, onde ocorre a manifestao
de tudo que aflige, perturba e d prazer. Todos esses aspectos so sempre
vividos corporalmente, e so revestidos por significao, sentimentos e valores
individuais, que, portanto fazem parte do sujeito, de sua vivencias e/ou
experimentaes.
A psicomotricidade v o corpo como ponto de referencia que o ser
humano possui para conhecer o mundo, servindo-lhe de referencia e de base
para o desenvolvimento cognitivo, fsico e afetivo-social. O movimento tudo
que nos d indcios da vida psquica, atravs do ato motor que se aproxima
do mundo. Assim, pode-se dizer que o incio do desenvolvimento predomina a
dimenso expressiva ou subjetiva da motricidade, cuja eficcia est na
interao com o meio social.
Desde o seu surgimento at os dias atuais a histria e a evoluo da
psicomotricidade esto relacionadas a trs diferentes cortes que norteiam sua
prtica fazendo com que esta se torne cada vez mais peculiar e especfica:
15
Reeducao Psicomotora
16
Terapia Psicomotora
17
18
Educao Psicomotora
- Psicomotricidade Funcional
19
- Psicomotricidade Relacional
20
corpo
pulsional,
local
de
prazeres
desejos.
(LAPIERRE
&
AUCOUTURIER, 1984:2)
No conceito relacional um novo aspecto, que at ento no possua
status, ganha papel fundamental neste campo, a Afetividade. Lapierre e
Aucouturier queriam romper com a linha disciplinadora da educao para uma
interveno psicomotora que compreenda a criana no somente em seu
mbito cognitivo, mas tambm em seu agir como ser humano. Ou seja,
Psicomotricidade
relacional tornou-se
um foco
central do movimento
21
clara,
preventiva
terapeuticamente,
sobre
processo
de
22
corporais
livres
exprime
verdadeiramente
os
sentimentos,
dificuldades e frustraes. Para que haja uma boa expresso, a ao deve ser
tambm espontnea e considerada como uma manifestao natural, uma
expresso de livre vontade. Com a expresso a criana pouco a pouco
23
24
25
CAPITULO II
Deficincia
2.1 Deficincia e estigmas
26
Pessoas
com
deficincia
so
aquelas
que
tm
27
28
2.2.1 Histrico
29
1943,
dois
pesquisadores
individualizaram
clinicamente
30
31
cromossmica.
32
2.2.3 Caractersticas
33
face alongada
mandbula proeminente
Crianas
maiores
evidenciam
atrasos
no
desenvolvimento
34
ainda
outros
sintomas
como:
alteraes
no
aparelho
aps
puberdade.
As
trs
ltimas
caractersticas
afetadas
com
pr-mutao
possuem
caractersticas
35
- A menopausa precoce ocorre em cerca de 24% das mulheres com prmutao (Allingham Hawkins et al., 1999; Vianna Morgante et al., 1999 apud
Carvalho, 2003).
- Alguns estudos sugerem que a incidncia de filhos gmeos maior
entre as mes afetadas com pr-mutao (Turner et al., 1994 apud Carvalho,
2003).
- Um subgrupo de homens idosos afetados com a pr-mutao
apresenta alteraes neurolgicas peculiares (Hagerman et al. 2001;
Jacquemont et al., 2003 apud Carvalho, 2003). FTA ( Fragile Associated
Tremor/Ataxia Syndrome) uma sndrome neurolgica progressiva verificada a
partir dos 50 ou 60 anos em alguns homens afetados pela pr-mutao do
gene FMR1(Carvalho, 2003).
os
meninos
afetados
pela
sndrome
apresentam
algum
36
dificuldades
esto
principalmente
em
reter
informaes,
37
melhor proveito de seu potencial, qualquer que seja sua capacidade intelectual
(Hessl et al., 2002 apud Carvalho, 2003).
desaparecem
com
crescimento.
Comportamentos
38
39
como
com
pr-mutao,
apresentarem
dificuldade
na
2.2.3.3 Diagnstico
40
41
CAPITULO III
Discusso
Leopoldo
Vieria
diz
que
Psicomotricidade
Relacional,
42
bem como as suas possibilidades de perceber, atuar, agir com o outro, com os
objetos e consigo mesmo, possibilita a construo mais harmnica de aspectos
intelectuais, afetivos, sociais e motores do ser humano.
Os jogos e atividades ldicas oportunizam a conscientizao do prprio
corpo e ser, para a formao de um ser completo e autnomo de suas aes.
O prazer um conceito fundador do desenvolvimento da criana (Aucouturier
1988, apud BUENO 1998). Assim, atividades que oportunizem o brincar podem
ser utilizadas no sentido de contribuir para a aprendizagem, a partir
exploraes e/ou vivencias a criana se abre para a internalizaro de
conceitos, valores, sentidos organizando seus gestos e aes. Enfim, o brincar,
em uma perspectiva scio-cultural, define-se por uma maneira que as crianas
tm para interpretar e assimilar o mundo, os objetos, a cultura, as relaes e o
afeto das pessoas. Na brincadeira, as crianas podem pensar e experimentar
situaes novas.
A psicomotricidade relacional se utiliza do brincar, do jogo simblico para
exatamente
possibilitar
representao
interao
de
sentimentos,
portadora
de
deficincia
mental
associado
desordens
de
ter
grande
chance
de
desenvolver-se
integralmente.
Assim,
43
indivduos com sndrome do X-frgil, uma vez que, busca intervir de forma clara
sobre as dificuldades de cada um de maneira ampla.
Sua pratica possui um olhar voltado a contedos simblicos por meio de
vivencias, propiciando atividades psicomotoras espontneas, que envolvem a
comunicao, aes do corpo e voz, utiliza diferentes objetos e materiais e
prioriza o trabalho em grupo, numa postura espontnea, criativa e de livre
expresso.
Segundo Lucas (2003) o individuo com sndrome do X-frgil apresenta
habitualmente transtornos no desenvolvimento motor, na fala e na conduta, e a
psicomotricidade torna-se uma necessidade a ser considerada. A estimulao
precoce para o desenvolvimento da rea psicomotora de extrema
importncia, por possibilitar a atuao imediata nesses transtornos. A
Associao X Frgil do Brasil (2007) tambm comenta o fato de terapias
especiais e estratgias de ensino podem ajudar as pessoas afetadas a
melhorar seu desempenho, facilitando a conquista da independncia que lhe
for possvel. Sendo que, um programa de interveno precoce deve valorizar
atividades que facilitem a aprendizagem e a interao social.
Segundo Carvalho (2003), pode-se enumerar os principais objetivos no
atendimento da pessoas com X frgil: melhorar a capacidade de adaptao s
mudanas na rotina e no ambiente; diminuir os comportamentos inadequado;
normalizar a sensibilidade e a propriocepo; melhorar a habilidade motora
global e fina; desenvolver a linguagem; adequar a interao social; melhorar o
planejamento e a execuo de tarefas; facilitar o desenvolvimento de suas
potencialidades e minimizar os efeitos que a dificuldade na interao sensorial
acarreta ao comportamento e aprendizagem.
A interveno precisa basear-se nas peculiaridades da sndrome e nas
caractersticas
individuais
de
cada
criana
ou
adulto,
por
isso,
44
corporal,
verbal,
pictrica,
sonora
etc.
(LAIERRE
&
AUCOUTURIER, 1974/1977).
Alguns comportamentos inadequados surgem da dificuldade sensorial,
por no saber lidar com eles e ento ficam agitadas, e apresentam reaes
como morder ou agitar as mos, podendo ter tambm reaes agressivas.
Com a psicomotricidade, o individuo por meio de materiais ldicos, atividades
de desequilbrio, trao, presso, poder vivenciar no simblico essa demanda
agressiva adaptando-se essas situaes.
Outra caracterstica a falta de organizao sensrio-motora que os
afetados pela sndrome possuem, utilizando atividades que envolvam
propriocepo, motricidade e equilbrio podem melhorar tal organizao.
Ressaltando que atividades que envolvam toques firmes, habilidades motoras
global e esforo fsico devem vir antes de tarefas mais complexas e
desafiadoras. Algumas atividades que podem ser desenvolvidas, trabalhando o
faz-de-conta, o ldico e a abstrao so: tarefas com musica e ritmos; bolas de
diferentes texturas e tamanhos; simular tarefas domestica brincando com
vassouras, p e outros; manipulao de diferentes objetos; criar histrias a
partir de obstculos, tuneis; como tambm se utilizar de massa de modelar.
Se adequar a interao social tambm uma dificuldade que o X frgil
possui. Atividades recreativas, ldicas e esportivas so timas para incentivar o
convvio social. A psicomotricidade relacional entra utilizando o jogo corporal e
simblico, para resgatar o prazer do movimento livre, onde a afetividade torna-
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46
Supervisionado
do
Curso
de
formao
Especializada
em
47
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CONSIDERAES FINAIS
auto-estima.
Em
outras
palavras,
procura
priorizar
as
conquistas
so
adquiridas,
pois
as
caractersticas
de
49
ser
atingidas
com
essa
pratica.
Alm
de
caractersticas
50
51
Bibliografia
Sndrome
do
frgil
52
www.efdeportes.com/efd126/psicomotricidade-historia-e-intervencao
profissional.htm . p. 1 LUSSAC, Ricardo Martins Porto. Psicomotricidade:
histria, desenvolvimento, conceitos, definies e interveno profissional,
acessado em 01/02/2010.
www.ibge.org.br Senso 2000 O percentual da populao com
deficincia no Brasil. Acessado em 12/12/2009.
www.ispegae-oipr.com.br
ISPE-GAE.
Instituto
Superior
de
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NDICE
FOLHA DE ROSTO
AGRADECIMENTO
DEDICATRIA
RESUMO
METODOLOGIA
SUMRIO
INTRODUO
CAPTULO I
1.1 Psicomotricidade
12
20
CAPTULO II
2.1 Deficincia e estigmas
25
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2.2.1 Histrico
28
30
2.2.3 Caractersticas
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35
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2.2.4 Diagnstico
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CONCLUSO
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BIBLIOGRAFIA
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INDICE
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54
FOLHA DE AVALIAO
Nome da Instituio: Universidade Cndido Mendes Instituto A Vez do
Mestre
na psicomotricidade Relacional.
Avaliado por:
Conceito: