03 - Ana Lucia Enne
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Resumo: O trabalho aqui apresentado, fruto de uma reflexo preliminar e roteiro para
uma investigao mais detalhada ainda em andamento, discute o processo de produo
de representaes sociais sobre a regio da Baixada Fluminense, atravs do trabalho da
grande imprensa carioca, da dcada de 50 at o ano 2000.
Palavras-chave: imprensa; Baixada Fluminense; representaes sociais; violncia;
identidade.
Abstract: The work presented here, originated of a preliminary reflection and script for
a detailed inquiry still in progress, argues the process of production of social
representations on the region of Baixada Fluminense (Rio de Janeiro), through the work
of the great press of Rio de Janeiro, of the decade of 50 until year 2000.
Key-words: press; Baixada Fluminense; social representations; violence; identity.
Ana Lucia S. Enne graduada em Comunicao Social pela PUC/RJ, Mestre e Doutora em
Antropologia Social pelo PPGAS/Museu Nacional/UFRJ, bolsista recm-doutora pelo PRODOC/CAPES
no Programa de Ps-Graduao em Comunicao da Universidade Federal Fluminense/UFF, onde
coordena o Laboratrio de Mdia e Identidade (LAMI).
nosso trabalho de campo, das entrevistas realizadas e dos trabalhos consultados, tanto
acadmicos quanto memorialsticos, que abordam temticas relacionadas regio.
analisado material de nenhum desses jornais -, preferimos aqui jornais com uma
caracterstica mais hbrida, de seriedade e sensacionalismo.
Definidos os jornais a serem consultados, foi preciso pensar como seria feito
metodologicamente esse levantamento. Assim, foi decidido que seriam consultados os
primeiros cadernos de cada um desses jornais, onde costumam ser colocadas as matrias
ligadas ao estado do Rio de Janeiro e/ou ao noticirio policial. Tal levantamento foi
realizado durante os anos de 1999 e 2000, no setor de peridicos da Biblioteca
Nacional,[8] no decorrer das pesquisas para a tese de Doutorado, e vem sendo
complementado desde 2003, na atual fase de pesquisas, com consultas realizadas na
Biblioteca Nacional e no arquivo interno do jornal O Globo.[9]
Decidido o mtodo de coleta das informaes, passou-se para o recorte
cronolgico. Como a idia era perceber as transformaes ocorridas nas representaes
da grande imprensa acerca da Baixada Fluminense, foi decidido que o levantamento
compreenderia edies desses jornais em dcadas diferentes, na tentativa de perceber
tais diferenas. Assim, foram levantadas e coletadas matrias, de forma mais
sistemtica, dos jornais nos seguintes anos: 1950, 1960, 1970, 1980, 1990 e 2000. A
idia foi coletar dados de pelo menos um ms, em cada um dos jornais e em cada um
dos anos estipulados. Com isso, pretendia-se mapear a regularidade dos noticirios em
um tempo de pelo menos 30 dias, tentando compreender at onde as matrias sobre a
regio se constituam em casos isolados ou estavam dentro de uma seqncia de
reportagens, o que altera, em muito, a interveno da imprensa na construo de
memrias coletivas.[10]
Escolhi, ainda, levantar matrias dos cadernos especficos acerca da Baixada
Fluminense, no caso O Dia Baixada e O Globo Baixada, com nfase no incio da
dcada de 90, por perceber, no decorrer da pesquisa de campo, que a criao desses
cadernos so considerados, por muitos dos agentes entrevistados, marcos de uma
transformao nas imagens produzidas sobre a Baixada.
Assim, gostaria de deixar claro que a idia de trabalhar com as datas fechadas foi
somente uma maneira possvel de tentar perceber uma lgica processual por
amostragem, no uma tentativa de absolutizar ou controlar os dados recolhidos via
imprensa. No pretendi, em momento algum, fazer um levantamento sistemtico no
sentido absoluto destes jornais. Por isso, no h qualquer pretenso estatstica. Trata-se
de um levantamento qualitativo em que se pretende observar as representaes
oferecidas pela imprensa acerca da Baixada. E a idia de se trabalhar com meses em
anos fechados pode ser creditada somente a uma busca de alguma regularidade, mnima
que seja, embora sem nenhum grau de preciso. Assim, o que se planejou foi tentar
perceber como, a cada dcada, essas imagens sobre a Baixada vo sendo construdas: h
uma padronizao? O que est em evidncia em cada perodo? H uma mesma extenso
informativa? Os enfoques se transformam? Foram essas as questes, entre outras, que
estou tentando responder a partir desse levantamento e das reflexes preliminares que
agora apresento.
Portanto, o que pretendo demonstrar, neste artigo, que a imprensa carioca veio
construindo, dos anos 60 aos 90, um imaginrio acerca da Baixada onde esta aparece
associada, principalmente, violncia e ao desmando pblico. De forma resumida,
o que pretenderei abordar abaixo so as transformaes em termos de representaes
que a imprensa carioca em especial os jornais O Dia, A ltima Hora,O Globo e
o Jornal do Brasil promoveu quanto pauta Baixada Fluminense. Como isso se dar,
veremos agora, detalhadamente, por etapas.
dcada de 50
da
violncia
da
ausncia
de
um
poder
legal
exercido
por
direito.[17] Expresses como nordeste sem seca e barril de plvora foram usadas
para caracterizar os conflitos na regio.[18] Como afirma Rogrio Torres, em relao a
Duque de Caxias: acobertada pelo Estado Novo, a violncia policial ser levada ao
extremo, dentro do Municpio. Nesse momento muitos crimes so cometidos, trazendo
para Duque de Caxias eppetos dos mais depreciativos: Cidade do Crime, Cidade sem
Lei, Chicago da Baixada.[19]
No incio dos anos 50, no entanto, poucas matrias citavam a Baixada nos
principais jornais. Podemos citar, por exemplo, as matrias Caiu do trem[20] e Crime
de morte no Xerm[21] como os destaques do Jornal do Brasil, no ms de abril de
1950, acerca da regio. Portanto, durante um ms corrido (abril de 1950), encontramos
somente essas duas ocorrncias relacionadas BF. Como podemos perceber atravs da
anlise dos autores aqui citados, foi no decorrer da dcada de 50 que se iniciou a
construo da imagem associando a Baixada violncia.
Esse contexto histrico foi marcado tambm pelo incio de uma produo
memorialstica sobre a regio, com a publicao de livros escritos por pesquisadores
nativos. Tais trabalhos inauguraram a tradio memorialstica na Baixada e alguns de
seus traos caractersticos, como a idia de que a Baixada Fluminense teria tido um
perodo de opulncia, posteriormente enfrentando uma longa fase de decadncia. O
olhar desses primeiros memorialistas sobre a regio foi marcado por um
enaltecimento do passado e uma tendncia a perceber o presente (esse j marcado pela
exploso demogrfica, pela chegada dos de fora, pelo surgimento de problemas e
conflitos trazidos pelos loteamentos e pelas representaes negativas apresentadas pela
imprensa acerca da regio) em termos de perda, como podemos perceber nesta
passagem expressiva: Iguau, to jovem que ainda no tem dois sculos, nasceu beira
de uma praa e margem de um rio de que quase no se tem notcia. a cidade de
ontem, pode-se dizer, embora seus filhos mais ilustres j lhe cultuem o passado e
reverenciem seus descendentes. Porque tambm j lhe caiu o esplendor. E, como
naquelas cidades antigas, dorme o seu sono de morte sob as guas que a cobriram.[22]
a)
dcada de 60
No incio dos anos 60, a presena da Baixada Fluminense nos jornais consultados
j pode ser percebida de forma mais efetiva. Encontram-se referncias positivas, como a
notcia sobre a Festa da Laranja ou uma lista com os centros afros da Baixada.[23] No
entanto, j podem ser notadas tambm e predominantemente matrias apontando para a
violncia na regio, como Mulher atirou-se pela janela a fim de fugir s garras dos
monstros, Fuzilado com cinco tiros um estivador em Caxias, Avanou de faca e foi
c) dcada de 70
Neste perodo, a imagem da Baixada Fluminense, na imprensa, j est
marcadamente associada violncia. A ao dos grupos de extermnio na regio
(garantindo a segurana local ou utilizando a Baixada como ponto de desova para
corpos que tenham sido assassinados em outros locais) transformou a Baixada em
sinnimo de criminalidade. As notcias eram dadas indistintamente, como podemos
perceber. No eram feitas distines entre o que seria ao dos grupos de extermnio e o
que seria resultado da prtica de violncia como uma ao criminosa de forma geral
(conseqncia de um assalto ou um homicdio passional, por exemplo). Assim, instaurase um senso comum acerca da regio em que esta comea a ser associada a um local
perigoso, como percebemos na anlise preliminar do material coletado.
Segundo Jos Cludio Souza Alves, nos anos 70, a ao dos grupos de extermnio
na regio se intensifica.[35] Segundo ele, os editoriais de jornais passaram a manifestar,
de forma mais explcita, suas anlises sobre a violncia e sobre a Baixada.[36] Ele cita a
construo discursiva de O Globo (9/8/77), definindo a fauna criminosa da Baixada
Fluminense e tambm a do Jornal do Brasil, que, no editorial Cncer vizinho,
definiria a Baixada como um local onde a lei do gatilho to natural quanto a lei da
gravidade (...).[37] Em 1978, h, segundo o autor, um recrudescimento da violncia na
Baixada.[38] Os jornais vo polemizar acerca da autoria dos crimes de autores
desconhecidos na Baixada, com O Globo negando a existncia de justiceiros ou do
Esquadro da Morte na Baixada. O que existia eram bandos de criminosos ... e
o Jornal do Brasil atribuindo ao Esquadro da Morte mais de 2 mil mortes na
regio.[39] Para Jos Cludio Alves, no h como negar a ao dos grupos de
extermnio na regio.[40]
Assim, a partir desse processo, a imprensa passa a desempenhar um papel
ambguo, como indica Jos Cludio Alves:
As revelaes produzidas pelas investigaes faro com que a imprensa funcione ao
mesmo tempo como elemento de segregao da Baixada, identificando-a como outra
sociedade, terra sem lei, lugar onde a feira se associa ao crime ou cncer vizinho, e
como instrumento de presso no aprofundamento das investigaes promovidas pela
Um outro dado, que circular pela imprensa e ser transformado em livro, tambm
ter grande fora na construo de uma imagem negativa sobre a Baixada Fluminense.
Um estudo da UNESCO, realizado na dcada de 70, apontar que Belford Roxo, ento
distrito de Nova Iguau, seria o lugar mais violento do mundo.[42]
d)
dcada de 80
e)
dcada de 90 e 2000
lazer, buclico, entre outras.[47] Alm disso, algumas matrias se propem a enfocar
a Baixada sob outros prismas do que os mais recorrentes. Assim, em Bons negcios
pem a Baixada no noticirio de economia, aparece claramente a idia de que a regio
antes no fazia parte do mesmo, j que era considerada at pouco tempo uma regio
formada apenas por cidades-dormitrios ....[48] Ou ainda no texto de primeira pgina da
edio do O Globo Baixada de 11 de agosto de 1991, em que procura-se um outro olhar
sobre a temtica da violncia:
Alm do surgimento dos cadernos jornalsticos sobre a Baixada, outros fatos sero
lembrados como significativos nesse processo de mudana na imagem da regio via
imprensa. Entre eles, a construo da Linha Vermelha, em 1992, que teria contribudo
para diminuir a distncia geogrfica e, conseqentemente, a distncia social entre os
moradores dos municpios da BF e os da cidade do Rio de Janeiro.
Portanto, a partir do incio da dcada de 90 e especialmente no incio do ano 2000,
a Baixada como sinnimo de violncia praticamente desaparece dos noticirios
levantados. As imagens construdas so mais positivas, como na matria ndios
mostram cultura em Xerm.[49]
Para os agentes aqui mapeados, a percepo da Baixada Fluminense como
mercado consumidor fundamental neste processo de mudanas. O surgimento de
novos shoppings, nos ltimos anos da dcada de 90, exacerbou esse processo. Da
mesma forma, aponta-se tambm para a percepo de que a regio um lugar
fundamental para pretenses polticas, levando a um maior investimento por parte dos
diversos rgos governamentais na criao de projetos para a regio (como o Baixada
Viva e o Nova Baixada, ambos do governo do estado, e uma srie de projetos
municipais).
Alm disso, existe uma percepo geral de que a violncia teria se banalizado,
teria se espalhado para todo o Rio de Janeiro, no sendo mais um problema s da
Baixada. Assim, as notcias sobre violncia continuam a ocupar as pginas da
imprensa, mas hoje se referem muito mais ao municpio do Rio de Janeiro do que
especialmente Baixada.
Concluses preliminares
No decorrer das cinco dcadas que venho mapeando, alguns jornais cariocas, em
especial nos anos 70 e 80, como O Dia antes de sua reforma grfica e editorial nos anos
90, e A ltima Hora, entre outros, seguiam, em termos editoriais, uma forte linha
sensacionalista, para muitos associada a uma forma popular de fazer jornalismo,
principalmente pelas estratgias discursivas e grficas utilizadas pelos veculos. Atravs
de suas matrias, tais jornais foram responsveis, em parte, pela construo de uma
memria coletiva acerca da Baixada Fluminense, em que as representaes miditicas
se cristalizaram como representaes reais acerca da regio. As dcadas de 70 e parte
da de 80 protagonizaram a cristalizao de um senso comum em que a Baixada passou a
ser associada plenamente com as imagens de terra sem lei, maior violncia do
mundo, terra em que at galinha cisca pra trs, faroeste fluminense, dentre outras
classificaes negativas e estigmatizantes. Deste processo, participaram tambm jornais
associados credibilidade jornalstica, como o Jornal do Brasil e O Globo.
Tais representaes preconceituosas, no entanto, comearam anteriormente a esse
perodo. Segundo os dados obtidos no decorrer de minha pesquisa de campo e atravs
do levantamento realizado na Biblioteca Nacional e junto a outras fontes de pesquisa, as
construes discursivas acerca da Baixada Fluminense vm sofrendo modificaes
claras dos anos 50 at hoje.
os agentes entrevistados,
representaes
negativas
veiculadas
pela
mdia
arraigadas
nosenso
comum.[51] Dentre tais imagens, a violncia ocuparia lugar de destaque como unidade
discursiva utilizada pela imprensa para se referir Baixada.
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SOUZA,
Marlcia
S.
Imagens
da
cidade
de
Duque
de
Caxias.
Notas
[1]
Carlos
de
Souza Lima e
defendida
no
A partir de um esforo reflexivo inicial, como indicado acima, esta temtica se tornou
No cabe aqui uma discusso acerca do quanto tais jornais, que se vendem como
srios e objetivos, esto carregados de subjetividade e opinio. O que nos importa, neste
momento, utilizar o critrio com o qual eles publicamente se apresentam e buscam ser
reconhecidos.
[4]
O jornal O Dia passou h alguns anos por uma intensa reforma grfica e editorial,
Atualmente, o jornal A ltima Hora no est sendo mais editado. Por muitos anos,
[7]
[9]
[10]
Alm disso, foram utilizados como referncia dados colhidos em matrias esparsas,
[13]
SOUZA (1992, p. 38). O primeiro grupo, o pessoal antigo, buscaria cravar uma
GRYNSZPAN (1987, pp. 41-90). Ver tambm SOUZA, Sonali, op. cit., p.8: (...) os
que associava a regio a uma rea de fronteira, agreste, e que deveria ser conquistada.
Cf. GRYNSZPAN (1990, pp.293). Segundo Marlcia Santos de Souza e Roberto Pires
Jnior: a disputa pela terra era acirrada e a violncia a marca desse processo. Talvez
pudssemos ousar comparar a marcha para o oeste fluminense com a do oeste norteamericano representada nos filmes de bang-bang.. Cf. SOUZA, Marlcia Santos de e
PIRES JNIOR, Roberto, 1994, p.9.
[16]
1960 conforma uma viso do campo fluminense como regio de problemas graves, de
grandes propores e caractersticas dramticas.. Cf. GRYNSZPAN (1998, p. 258).
Interessante para esta tese observar um outro prisma acerca da ao da imprensa,
apontado pelo mesmo autor: as denncias atravs dos jornais, assim como as
manifestaes, tambm conferiam visibilidade aos problemas locais, trazendo-os
mesmo ao conhecimento nacional. Alm de buscarem a formao de uma opinio
pblica favorvel aos lavradores, as denncias contribuam, igualmente, para o seu
reconhecimento poltico. Nesse caso, as representaes aparentemente negativas acerca
da violncia na regio so apropriadas por um determinado conjunto de atores como
sendo uma marca de legitimidade. Ver GRYNSZPAN (1990, p.295).
[18]
[19]
[20]
JB, 20/04/1950, p. 1.
[21]
[23]
Dia, 05/03/1960.
[24]
30/03/1960.
[25]
Diz Beloch: a violncia foi sem dvida a mais notria marca distintiva de Tenrio.
[28]
GRYNSPAN, 1990, op. cit., p. 81. O autor vai entender a rede montada em torno de
tradicionais na Baixada, Tenrio nunca foi totalmente aceito por esses crculos, como
indicam Grynszpan e Beloch em seus trabalhos. Como explica Grynszpan: ... embora
procurasse se apresentar como um senhor entre senhores, Tenrio no era por estes
assim reconhecido. Com traos sociais e atitudes que diferiam dos demais, ao invs de
semelhante era visto por eles como figura discrepante. Idem, p. 85. Neste sentido, vale
reportar aqui o texto de uma das cenas do filme O Homem da Capa Preta, de Srgio
Resende (1986), sobre Tenrio Cavalcanti, em que um representante das elites locais
indignava-se: quem esse Tenrio, quem seu pai, quem sua me, a que famlia
pertence? Um guerrilheiro... e quer se arvorar em dono de Caxias? No, no vou aceitar
nunca. Minha famlia mora em Caxias h mais de um sculo. Quando o imperador
viajava, era aqui, nesta casa, que ele dormia. Agora eu no vou admitir que um z man
qualquer venha cantar de galo no meu terreiro. Apesar de ficcional, a passagem contm
muitos dos elementos que apareceram no decorrer de minha pesquisa nas falas de
muitos dos agentes que entrevistei. Aponta ainda para o que indicou Sonali Souza,
conforme citado acima: uma disputa entre o pessoal antigo e o pessoal de fora.
[30]
[32]
Idem, p. 51. Ela completa o dito acima: durante a ditadura militar, a forma
Segundo
imprensa,
os
chamados Grupos
de
extermnio
conhecidos
[35]
O autor cita o ano de 1976 como um marco neste processo. Cf. ALVES, 1998, pp.
144-145.
[36]
Idem, p. 146.
[37]
Como explica Jos Cludio Alves, acerca da citada matria do JB: aps discorrer
Idem, p. 149.
[39]
17/12/1979.
[40]
O final dos anos 60, mas, sobretudo, a dcada de 70, correspondem ao perodo de
Idem, p. 154.
[42]
pesquisa e seus resultados, bem como sobre seus impactos sobre a BF, cf. SOUZA,
1980. O autor, tentando mostrar o quadro negativo da Baixada no perodo, faz uma
reconstituio histrica acerca da regio, apoiando-se na idia tradicional de
opulncia versus decadncia, utilizando como referncia principal exatamente os
trabalhos de um memorialista, Ruy Afrnio Peixoto. Ver pp.18-21.
[43]
[44]
Na matria Associao quer mudar imagem de Nova Iguau, podemos ver que
Associao de Amigos de Nova Iguau, que tem entre suas instituies filiadas a Casa
de Cultura de Nova Iguau, possui o objetivo de mostrar ao Rio de Janeiro e ao resto
do pas uma nova imagem de Nova Iguau, inclusive com a adoo de um slogan:
explode corao iguauano. Cf. O Globo Baixada, 28/04/91, p. 4.
[47]
[49]
JB, 09/04/2002.
[50]
que j chegou para o ABC fluminense buscam romper com a tradio da imagem da
violncia e da segregao. Por outro lado, essa imagens impedem tambm que se veja o