04 - Oclusão e Equilíbrio Dos Dentes PDF
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OClUSAO
E
,
EQUlllBRIO DOS
DENTES
Etimologicamente 0 vocabulo oclusao significa fechar para cima ("oc" = para cima, "cludere" = fechar). 0 conceito original refere-se a
uma ac;:aoexecutada, literalmente a uma aproximac;:ao anatomica, a uma descric;:ao de como
se encontram os dentes quando em contato.
Antony usou a palavra articular;iio para representar as multiplas correlac;:6es funcionais
entre as superficies oclusais dos dentes, reservando a palavra oclusiio ao se referir a estas superficies em contato, poreill estatico.
Gregory empregou a palavra oclusao em
sentido lato, indicando nao s6 as relac;:oes de
contato entre os dentes antagonistas, como
tambem as relac;:oesentre estes dentes durante
o ato de fechamento da boca.
Modernamente 0 conceito de oclusao dental evoluiu de uma concepc;:ao puramente estatica de contato entre os dentes a uma conceituac;:aodinamica, incluindo dentes e estruturas
vizinhas, com especial enfase a din arnica do
aparelho mastigador.
As diferentes relac;:6es de antagonismo que
os dentes apresentam, quer quando em contato ou nao, dependem das variadas posic;:oesque
a mandfbula pode assumir com relac;:aoao maxilar (Fig. 4.1). Para a consecuc;:ao destas relac;:oes,que vao desde a aproximac;:ao dos arcos
dentais ate 0 contato entre dentes, sao solicita-
I - INOCLUSAO FISIOLOGICA
ESTATICA
Tambem denominada posic;:aofisiol6gica de
repouso, ou inoclusao fisiol6gica estatica de
Izard, corresponde a uma posic;:aofisiol6gica da
mandfbula na qual ela esta separada do maxilar por uma distancia minima, dependente da
contrac;:ao muscular (tono muscular) necessaria
para resistir a ac;:aoda gravidade.
Seaver opina que a inoclusao fisiol6gica esta
regulada por uma contrac;:ao continua do tipo
tonico, como reac;:aoas forc;:asda gravidade. Corresponde a posic;:aopostural em que se iniciam e
terminam todos os movimentos mastigat6rios.
Seu carater de cons tan cia advem da simetria dos
meios de uniao da mandfbula ao maxilar.
Na inoclusao fisiol6gica estatica, a sinfise do
mento coincide com a linha mediana, permanecendo a mandibula sem movimentac;:ao e
afastada de dois a tres milfmetros do maxilar.
Thompson destacou que a posic;:ao de repouso fisiol6gico da mandfbula nao se altera
Partindo-se de uma inoclusao fisiol6gica estatica, para uma posic;:ao de contato dental, sem
desvios laterais da linha mediana da mandfbula
com respeito ao plano sagital, obtem-se uma
fase da oclusao dita oclusao central. Nela aparece
o maior numero possivel de contatos dentais,
conferindo a este tipo de oclusao urn carater de
constancia, face as inumeras referencias fornecidas pelas cusp ides, sulcos e f6ssulas dos dentes.
A oclusao central po de ser definida como a
posic;:ao determinada pela maxima e melhor
intercuspidac;:ao dental, estando a mandibula
em atitude estatica.
A partir da chamada relar;ao central, definida
como a posic;:ao mais retruida da mandibula
desde a qual se pode efetuar confortavelmente
2 - OCLUSAO CENTRAL
NA DENTADURA PERMANENTE
A maioria dos estudos concernentes a oclusao,
de urn modo geral, referem-se a oclusao central.
Ela se constitui no prot6tipo de todo e qualquer
tratamento odontol6gico. Serve, pois, de base as
considerac;:oesfeitas sobre 0 assunto, razao por que
devera ser analisada com pormenores.
Uma oclusao central perfeita e praticamente impossive! de se verificar, pois demandaria a
integridade anatomofuncional de todos os elementos dentais (cuspides, pianos inclinados, ligamentos) e paradentais.
Na pcitica, inumeros fatores concorrem para a
alterac;:aodas condic;:oesde oclusao central normal
requeridas a uma dentadura. Entre estes fatores
pode-se enumerar ausencia de dentes, modificac;:oesmorfol6gicas, anomalias de implantac;:ao,etc.
Os dentes em oclusao central devem ser estudados e observados por suas faces vestibular,
proximal e oclusal.
A. Aspecto vestibular - Em posic;:aode oclusac central, todos os dentes de urn arco ocluem
com dois do arco oposto, com excec;:aodos incisivos centrais inferiores e dos terceiros molares superi ores, que ocluem apenas com seus hom6logos antagonistas. A distincia mesiodistal dos dentes superiores e maior que as corresponqentes
dos inferiores, ate ao nivel do segundo premolar.
A partir do primeiro molar, esta relac;:aose inverte, ou seja, a distincia mesiodistal dos molares
inferiores ultrapassa aquelas dos antagonistas superiores. Desta maneira, a face distal dos terceiros molares termina no mesmo plano (Fig. 4.1).
Nesta posic;:aode oclusao central, os molares
e premolares recobrem de uma cuspide 0 lado
vestibular dos seus hom6logos inferiores, 0
mesmo acontecendo com os caninos e incisivos
que recobrem os terc;:osincisais dos correspondentes inferiores.
o fato de os dentes superiores sobrepassarem os
inferiores do lado vestibular, caracteriza 0 tipo nor-
los, e nos casas de mordida cruzada (efarmose), seus valores sao negativos (Fig. 4.2).
No sentido vestibulolingual,
as molares
mostram a mesma disposi<;:ao, isto e, as superiores recobrem de uma cusp ide a lado vestibular dos inferiores; estes, par sua vez, recobrem
as molares superiores de uma cusp ide do lado
lingual. Assim, saG as cuspides palatinas superiores e as vestibulares inferiores que man tern
a dimensao vertical. Esta e a razao por que,
nas oc1usoes traumaticas, a ajuste oclusal devera ser feito desgastando-se apenas as cuspides vestibulares superiores e linguais inferiores (VSLI), sem que, com isso, seja alterada a
dimensao vertical (Fig. 4.5).
C. Aspecto oclusal- Sob este aspecto, a estudo
dos dentes devera ser feito superpondo-se ambos as
arcos em oclusao central. Isto posta, nota-se que a
linha de uniao do vertice das clispides vestibulares e
das bordas incisais dos dentes superiores, e extema
com re1a<;:aoaos inferiores. Do mesmo modo, a linha que une 0 vertice das clispides linguais e das
bordas incisais dos dentes inferiores, e intema com
re1a<;:ao
a homologa superior. Estes fatos evidenciam
ser 0 arco dental superior maior que a inferior apenas ao nivel do plano oc1usal,pois a altura de sua
implanta<;:aonos processos alveolares, a area superior e menor que a inferior (FIg. 4.5).
Fig. 4.2 - Aspeeto dos dentes incisivos permanentes vistos por uma
de suas (aces proximais, mostrando em I, 0 trespasse horizontal
(dist8ncia entre as duas linhas verticais) e 0 trespasse vertical (dist8ncia
entre as duas linhas pontilhadas horizontais), numa oclusiio central do
tipo enarmose. Em 2, esta representada uma oclusiio topo a topo, onde
os valores de ambos os trespasses siio nu{os. Em 3, mostra-se uma
oclusiio do tipo e(armose, onde os valores correspondentes aos trespasses
horizontal e vertical siio determinados do mesmo modo que em I,
pOrf!m com sinais negativos.
As rela<;:oesde contato entre os dentes sao variaveis, nao havendo norrnas infaliveis aplicadas a
todos os casos para os individuos com "intercuspida<;:ao normal" (Ramfjord a Ash). Contudo,
pode-se fazer algumas generaliza<;:oes baseadas
em uma correla<;:aocuidadosa (Fig. 4.6). Assim:
0 ter<;:oincisal da face vestibular dos inci-
Fig. 4.6 - Rela,oes de cantata entre as dentes superiares e inferiares, em aclusaa central. As Iinhas mastram as areas em que a panta das cuspides
descansam nas dentes antaganistas. As ffechas representam a dire,aa da trajetoria cuspidea durante as mavimentas mandibulares. (Esquema baseada
. em Schuyler, segunda Passelt).
0 suIco mesiovestibular
do primeiro
molar inferior oclui com os pIanos inclinados
oclusais da cusp ide mesiovestibular do primeiro molar superior;
- a fossula central do primeiro molar inferior oclui com a ponta da cuspide palatina
mesial do primeiro molar superior;
0 apice da cuspide vestibulocentral
do
primeiro molar inferior oclui com a fossula
central do primeiro molar superior;
- os pIanos inclinados oclusais da cuspide distolingual do primeiro molar inferior
ocluem com 0 suIco palatino do primeiro
molar superior;
- a ameia vestibular entre 0 primeiro e
segundo molar inferior oclui com os pIanos
inclinados oclusais da cuspide vestibular do
primeiro molar superior;
-. a ameia lingual entre 0 primeiro e segundo molar inferior oclui com os pIanos inclinados oclusais da cuspide distopalatina do
primeiro molar superior;
- a fossula mesial do segundo molar inferior oclui com a ponta da cuspide distopalatina do primeiro molar superior;
0 apice da cusp ide mesiovestibular
do
segundo molar inferior oclui com a fossula
distal do primeiro molar superior;
- os pIanos inclinados oclusais das cuspides mesiovestibular e mesiolingual do segundo molar inferior ocluem com a ameia
palatina entre 0 primeiro e 0 segundo molar
superior;
0 suIco vestibulo do segundo molar inferior oclui com os pIanos inclinados oclusais da
cuspide mesiovestibular do segundo molar superior;
- a fossula central do segundo molar inferior oclui com a ponta da cuspide mesiopalatina do segundo molar superior;
0 apice da cusp ide distovestibular do segundo molar inferior oclui com a fossula central do segundo molar superior;
- os pIanos inclinados oclusais da cuspide
distolingual do segundo molar inferior ocluem
com 0 suIco oclusopalatino do segundo molar
superior;
- a ameia vestibular entre 0 segundo e
terceiro molar inferior oclui com os pIanos inclinados oclusais da cuspide distovestibular do
segundo molar superior;
- a ameia lingual entre 0 segundo e terceiro molar inferior oclui com 0 apice da
cuspide distopalatina do segundo molar superior;
Atualmente
nao se admite como fixa e
inviolavel a lela<;:aoentre os primeiros molares,
como foi asseverado pOl' Angle. Estudos cefalometricos (radiograficos) tern demonstrado
varia<;:oesconsideraveis nas correla<;:oes de todas as estruturas craniofaciais. porem a classifica<;:aode Angle ainda presta uteis servi<;:osa Ortodontia, ao descrever as rela<;:oesanteroposteriores dos arcos superior e inferior, 0 que comumente reflete as posi<;:oesdos maxilares.
3 - OCLUSAO CENTRAL
NA DENTADURA DECIDUA
Os dentes temporarios dispoem-se do mesmo modo que os permanentes, em arco, sendo
que 0 superior ultrapassa vestibularmente 0 inferior (psalidodontia). No conceito de Tomes e
de Ziebinsky, os dentes de leite estao dispostos
perpendicularmente,
pois os arcos descritos
pOl' suas coroas saG mais ou menos semelhantes aos descritos pelas rafzes.
Os incisivos e caninos superiores decfduos
tendo uma dimensao mesiodistal maio I' do que
ados inferiores, colocam os caninos superiores
distalmente com respeito aos inferiores. Apesar
disso, a face distal dos segundos molares termina em urn mesmo plano vertical, devido as dimensoes mesiodistais dos molares inferiores serem maiores que as de seus hom610gos superiores. Este fato determina que 0 primeiro
molar permanente, ao irromper, tome contato com uma rela<;:aocuspide com cuspide, uma
Fig. 4.8 - Aspecto dos dentes decidu os, vistos pela face vestibular,
quando em oclusiio central.
As dez chaves, ou principios de oclusao normal, a seguir relatadas, se constituem nos fundamentos basicos de uma oclusao satisfatoria
do ponto de vista estatico e dinamico.
Constitui-se em urn norte ou guia para obtermos a oclusao ideal.
CHAVE 2 - ANGULA<;:AO
MESIODISTAL DOS DENTES
A linha que passa pela coroa e raiz dental
configura uma curva de convexidade anterior
necessaria a estabiliza<;:ao funcional de cada
dente em particular e de todo 0 arco em
conjunto
(Fig. 4.13). A inclina<;:ao mesiodistal dos dentes corresponde
a corda
desta curva.
Miller opina que esta angula<;:aoe 0 resultado da a<;:aode for<;:asoriundas da musculatura
mastigadora. Para Strang, alem desta, as estruturas contrateis que acompanham a fun<;:aode
degluti<;:ao e os pIanos inclinados cuspfdeos
exercem marcado efeito no posicionamento
mesiodistal do longo eixo dos dentes, originando uma componente da mesializa<;:ao, Angle
chamou a aten<;:aopara esta componente anterior de for<;:as,a qual favorece uma movimenta<;:aomesial das pe<;:asdentais.
Fig. 4./3 -lIustrQl;ao evidenciando a finha que passa pela coroa e raiz
do dente A, 0 plano oc/usal B e a corda C que expressa a angula,ao
mesiodistal dos dentes (segundo Strang).
Recorde-se que a mandfbula descreve cfrculos em seus movimentos de abertura e fechamento da boca; que as formas dentais exibem
superficies curvas; que os ossos suportes, bem
como os pIanos oclusais, saG conformados em
curva e que, portanto, as fon;:as que incidem
sobre os dentes nao 0 fazem em angulo reto
com 0 plano horizontal. A Tabela 4.1 mostra os
valores aproximados da angula<;:ao mesiodistal
dos dentes quando em oclusao central.
TABELA
4.1
Na dentadura temporaria ou de leite, a inclina<;:aoaxial de todos os dentes sendo praticamente coincidente com a vertical, as fon;:as que
se manifestam sobre eles incidem praticamente
no sentido de seu longo eixo. Este fato en contra justificativa na adapta<;:aodo aparelho mastigador infantil, e em particular da articulac;:ao
temporomandibular, a urn esfor<;:omastigat6rio
menos vigoroso.
Andrews exemplifica clinicamente a necessidade de obediencia a esta chave de oclusao que, se
nao seguida na regiao de caninos, premolares e
molares, provocaci falta de engrenamento entre
os dentes superiores e inferiores, ocasionando
diastemas e instabilidade oclusal (Fig. 4.14).
TABELA
4.2
II
28
~
26
22
23
If
12
II
16
12
13
l1
5
9
r4
lQ
IZ.
10
20
[6
r7
rs
20
Apesar dos indivfduos apresentarem pequenas varia<;oes no grau de angula<;ao e inclina<;aodental, os dados expostos nas Tabelas 4.1 e
4.2 nos dao uma ideia aproximada da implanta<;ao dos dentes nos maxilares.
A disposi<;ao arquitet6nica do longo eixo do
dente se constitui na base conceitual do torque
clfnico. Para seu entendimento
e necessario
que tenhamos urn conhecimento preciso da
morfologia coronaria, uma vez que esta apresenta-se com diferentes inclina<;oes, como
acontece com muita evidencia nos molares inferiores Fig. 4.19.
Daf a razao dos valores expressos nas
Figs. 4.20 e 4.21, que traduzem a inclina<;ao
das coroas dos dentes superiores e inferiores, segundo Andrews, serem diversos dos
apresentados nas Tabelas 4.1 e 4.2 que representam a inclina<;ao dos dentes quando
implantados nos maxilares (valores do longo eixo).
Os conceitos de inclina<;ao da coroa e do
longo eixo dental se completam para a compreensao do torque.
da coraa
da coraa dos
espac,:os prismatico-angulares
situados para 0
lado vestibular ou para 0 lado palatino (lingual) da area de contato (Fig. 4.22).
~
~
AI
Fig. 4.23 - E/ipse obtida apos deduC;ao ana/itica. Observa-se
perfeita concordoncia entre a e/ipse construida e a curvo do orco
conseguida pela uniao dos pontos de reparo, segundo Picosse.
anormalmente, garantindo uma harmonia entre dentes, ossos e musculos, com reflexos na
harmonia facial.
Ao observarmos atraves de uma vista oclusal 0 contorno dos arc os superiores e inferiores, devemos considerar uma linha imaginaria, que nao e continua mas sofre desvios,
pass an do ao nivel do ter<;:omedio da face vestibular de cada dente, em virtude de ser esta
a posi<;:ao que se ajusta ao arco usado nos
tratamentos ortodonticos.
No arco superior, a face vestibular dos
incisivos centrais e mais proeminente
que a
dos laterais colocando-se
estes num plano
mais lingual em rela<;:ao aqueles. 0 caninG,
em vista da forma bojuda de sua coroa, se
sobressai vestibularmente
ao lateral, demarcando a transi<;:ao da curvatura
anterior
para a posterior do arco dental, balanceando a linha oclusal de maneira harmoniosa e
estetica. Os primeiros premolares situam-se
pouca coisa mais para vestibular que os caninos; os segundos premolares
e a metade
mesial do pl'imeiro molar estao colocados
cada vez mais vestibularmente,
abrindo-se 0
arco em dire<;:ao posterior. A altura do primeiro molar, em virtude da proeminencia
de sua cuspide mesial, forma-se urn verdadeiro desvio vestibular do arco, 0 mesmo
acontecendo
com 0 segundo molar. A partir deste, 0 segmento molar converge para
lingual, obedecendo
a curvatura
imposta
pelo anel formado em torno dos arcos pelos musculos orbicular dos labios e constritor superior da faringe.
No arco inferior os incisivos se dispoem
segundo uma curva harmoniosa que logo a
seguir, em face da grande proeminencia
dos
caninos, forma uma angula<;:ao bem marcada para labial, porem menor que no arco superior. A medida que nos distalizamos no arco
inferior, notamos que os premolares vaG se
posicionando cad a vez mais para vestibular e
ao nivel da cuspide mesiovestibular
do primeiro molar (devido a sua grande proeminencia) ha uma acentua<;:ao da curva para
vestibular. Ao nivel do segundo molar notase nova acentua<;:ao da curva para vestibular,
convergindo
0 arco, a seguir,
para lingual
(Fig. 4.24).
A morfologia dos arcos superiores e inferiores, obedecendo as curvaturas e os desvios citados, nao e apenas uma condi<;:ao estetica, mas
essencialmente funcional e de equilibrio da
oclusao.
Fig. 4.24 - Esquema demonstrando 0 contorno normal dos arcos dentais superiores A e in(eriores B, com os desvios correspondentes
das (aces vestibulares dos dentes, quando da con(eo;Qo dos arcos ortod8nticos. E/es correspondem aos va/ores medios do proeminencia
nos arcos superior e inferior (segundo Andrews).
CHAVE 6 - AUSENCIA
DE ROT A<;:OESDENT AIS
Os dentes alinham-se em forma de arcos,
superior e inferior, tocando seus vizinhos atraves do ponto de contato. Em uma visao oclusal,
os sulcos principais mesiodistais de premo lares
e molares (Fig. 4.25) estao conformados em
urn segmento de curva, de modo a haver perfeito engrenamento
dos dentes superiores e
inferiores, quando em oclusao central, como
vimos na Fig. 4.6.
a morf%gia
das coroos
virios fatores das estruturas orofaciais, incluindo 0 sistema neuromuscular associado a estabi
lidade do aparelho mastigador.
Andrews assevera que a intercuspida<;:a
dental melhora quando a curva de Spee e suave. Esta deve ser, em ortodontia, a meta de tra
tamento, mesmo porque hi uma tendencia d(
acentua<;:ao da curva decorrido algum tempe
ap6s 0 tratamento, provavelmente devido ac
crescimento mandibular.
Os esquemas que se seguem, inspirado~
em uma concep<;:ao de Andrews, evidenciarr
o porque da obten<;:ao de urn arco denta
suave ao final dos tratamentos ortod6ntico
A883
Fig. 4.29.
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CHAVE 8 - GUlAS DE
OCLUSAO DINAMICA
Anona
chave da oclusao normal - 0
equilfbrio dental - esta intimamente associada a fatores harmonicos e definidos que, ao
atuarem em conjunto, asseguram a estabilidade
das diferentes posil;oes dos dentes nos ossos
maxilares.
Qualquer tratamento que vise unicamente
urn posicionamento estetico dental pode fra-
no
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