Direito Civil CEJ 13 - Procedimentos Cautelares
Direito Civil CEJ 13 - Procedimentos Cautelares
Direito Civil CEJ 13 - Procedimentos Cautelares
PROCEDIMENTOS CAUTELARES 1
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V. Abrantes Geraldes, Temas de Processo Civil, III e IV, Lebre de Freitas, CPC Anotado, vol.2, e, por
temas, Marco Carvalho Gonalves, Dicionrio Jurisprudencial de Processo Civil, 5 vols., Coimbra
Editora, 2012. Sobre providncia cautelar, pp.704 a 709. Com interesse histrico, pode utilmente ver-se
ainda Alberto dos Reis, A Figura do Processo Cautelar, BMJ 3/27 ss, Santos Silveira, Processos de
Natureza Preventiva e Preparatria, Atlntida Editora, Coimbra, 1966, e L.P: Moitinho de Almeida,
Providncias Cautelares No Especificadas, Coimbra Editora, 1981.
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Art.384, correspondente ao actual art.383 ( n1 ).
3
Abrantes Geraldes, Reforma do Cdigo de Processo Civil Procedimentos Cautelares, CEJ ( 1997 ), 2.
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ESPCIES
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Como se v do n1 dos arts.497, 498 e 499, a litispendncia (pres)supe uma sucesso de aces. Na
vigncia do CPC 39, a inexistncia de litispendncia assentava no diferente objecto das aces
preventivas e conservatrias, definido pelo pedido - medida cautelar, provisria, - e causa de pedir -
factos reveladores da urgncia no decretamento : como assim, em ltimo termo na diferente finalidade e,
consequentemente, caractersticas prprias das providncias cautelares.
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Para navios e embarcaes, v. art.12 do DL 35/86, de 4/9.
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Abrantes Geraldes, Reforma do Cdigo de Processo Civil Procedimentos Cautelares, CEJ ( 1997 ), 3.
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A proibio do arresto contra comerciantes ento constante do n3 do art.403 CPC foi afastada pela
reforma do processo civil operada pelo DL 329-A/95, de 12/12, alterado pelo DL 180/96, de 25/9.Sobre
a ento proibio do arresto para garantia de crditos laborais, v. ARC de 7/5/1985, CJ, X, 3, 128, ARE de
8/4/ 1980, BMJ 302/326, ARL de 8/6/1981, BTE, 2 Srie, n5-6/87, 926 - probabilidade da existncia do
crdito - e Ac. STA de 2/3/1979, Ac. Dout. STA, n208/525 - natureza comercial da obrigao de
pagamento de salrios a trabalhadores como obstculo imposto pelo art.403 CPC 1961 ao arresto de bens
da entidade patronal.
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V. ARE de 3/3/1988, CJ, XIII, 2, 281 - providncia destinada a impedir a execuo de medida de
suspenso de vencimento, ARL de 23/1/1991, BMJ 403/468 - servios mnimos em perodo de greve, e
ARL de 20/3/1991, CJ, XVI, 2, 217 - excluso do servio por turnos.
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V., v.g., ARL de 24/3/1993, CJ, XVIII, 2, 159 - cfr. AG /CEJ, cit., 8, nota 10).
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- conservatrias - arresto ;
- arrolamento ;
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V.g., requerimento pelo promitente-comprador com direito execuo especfica de contrato-promessa
com tradio de intimao do promitente-vendedor para se abster de venda do objecto mediato do
contrato-promessa a terceiro v. ARL de 26/5/1983, CJ, VIII, 3, 132 e ARE de 10/12/1981, CJ, VI, 5,
328; requerimento por preferente de proibio de demolio ou de hipoteca.
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No tendo os herdeiros mais que uma mera expectativa ao quinho respectivo (v. ARC de 12/1/1993,
CJ, XVIII, 1, 11 - I), no deixa de ser juridicamente tutelada. No podem, pois, contrariar actos de
dissipao do progenitor, salvo quando estiver para ser intentada aco de interdio por prodigalidade ou
na pendncia desta, mas o art.242, n2, C.Civ., concede-lhes aco de simulao. V. Abrantes Geraldes,
Temas de Processo Civil, III ( 1998 ), 74 -( V ). V. , bem assim, art.42 da Lei de Bases do Ambiente
Lei n11/87, de 7/4, e art.12, n2, da Lei n83/95, de 31/8, com, em relao s aces populares, remisso
para o CPC. O art.31, n1, LCCG Lei das Clusulas Contratuais Gerais DL 446/85, de 25/10,
alterado pelo DL 220/96, de 31/1- refere-se ao procedimento cautelar comum. E tambm a Lei de Defesa
do Consumidor Lei n24/96, de 31/7, admite procedimento cautelar preliminar de aco de inibio na
rea da sade, e relativas a clusulas proibidas e prticas comerciais proibidas expressamente.
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O tribunal pode decretar outra medida cautelar que no a pedida se a tiver por
mais adequada art.392, n3.
V., v.g., ARL de 4/7/1991, CJ, XVI, 4, 162, que se pronunciou assim:
Em ARL de 17/12/1992, CJ, XVII, 5, 159, julgou-se, por sua vez, que, em
causa deliberao da direco - rgo executivo - de cooperativa de ensino universitrio
lesiva de direito alheio, revelava-se sem cabimento medida cautelar de suspenso de
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No , bem assim, admissvel requerimento, sem mais, de arresto em bens do devedor, que tero de ser
identificados Ac. STJ de 27/1/1993, CJ ( STJ ), I, 1, 84 - II e 86-V.
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V. tambm art.10, n2, LDC ( Lei de Defesa do Consumidor ) Lei n24/96, de 31/7, na aco
inibitria e LCCG ( lei das clusulas contratuais gerais ) DL 446/85, de 25/10, na redaco do DL
220/95, de 31/1.
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V. Abrantes Geraldes, Temas de Processo Civil, III (1998), 280-282.
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deliberao social, mas era de admitir procedimento cautelar comum (ento providncia
cautelar no especificada).
PROCESSAMENTO
- incompetncia absoluta ;
- falta de pedido ;
- ininteligibilidade do pedido ;
( c ) - inviabilidade manifesta - isto , se nunca por nunca ser a pretenso puder ser
atendida.
Sem citao, no h efeito cominatrio idem, n5, e a prova deve ser registada -
art. 386, n4, em ordem a contraditrio diferido ( a posteriori ) art.388, n1, al.b).
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V. Moitinho de Almeida, O Processo Cautelar de Apreenso de Veculos Automveis, 29 e 32 e ARL de
8/2/1996,CJ, XXI, 1, 116.
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V. crtica de Abrantes Geraldes, Temas de Processo Civil, III ( 1998 ), 162, nota.
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Pode haver um adiamento da audincia final, por falta de mandatrio duma das
partes art.386, n2, devendo realizar-se num dos cinco dias seguintes.
Pode ser decretada medida diferente da pretendida quando for essa outra medida a
adequada art.392, n3.
- ou, no caso de conformidade com os factos dados por assentes, recurso, nos termos
gerais, limitado matria de direito ;
5. Nestes casos, a deciso inicial no faz caso julgado. uma deciso provisria e,
sendo a segunda seu complemento ou parte integrante , o procedimento cautelar,
proferida esta, passa a ter uma deciso unitria.
- se indeferida a providncia, com subida imediata, nos autos - art.691-A, n1, al.d),
e efeito suspensivo - art.692, n3, al.d) ;
- se tiver sido deferida, em separado - art.691- A, n2, com efeito devolutivo art.
692, n1.
PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS
que basta uma mera probabilidade sria da existncia do direito - fumus boni iuris, os
procedimentos cautelares traduzem-se numa summaria cognitio ( conhecimento
sumrio ) : trata-se,em suma, de emitir um juzo provisrio, simples e rpido, no
aprofundado ( summaria cognitio) , sobre a provvel existncia do direito ( fumus boni
iuris ), a fim de obstar aos prejuzos decorrentes da demora da deciso definitiva 21.
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ARP de 25/1/1996, CJ, XXI, 1, 209- 3.-c), com os a citados. V. ARC de 8/4/2008, Proc.
285/07.1TBMIR.C1 ( rel. Henrique Antunes ), com o sumrio que segue: I So caractersticas comuns
das providncias cautelares a provisoriedade, a instrumentalidade e a summaria cognitio. II A
provisoriedade da providncia transparece tanto da circunstncia de disponibilizar uma tutela distinta da
que fornecida pela aco principal de que dependente como da sua necessria substituio pela tutela
que vier a ser definida nessa aco art. 383, n 1, CPC. III O objecto da providncia cautelar no a
situao jurdica acautelada ou tutelada, mas, de harmonia com a sua finalidade, a garantia do direito, a
regulao provisria da situao ou a antecipao da tutela requerida no respectivo procedimento art.
384, n 3, CPC. IV As providncias cautelares implicam uma apreciao sumria atravs de um
procedimento simplificado arts. 384, ns 1 e 3, 385, ns 1 e 2, e 386, n 1, CPC. V A finalidade das
providncias cautelares a de evitar a leso grave ou dificilmente reparvel proveniente da demora na
composio definitiva, a de obviar ao periculum in mora art 381, n 1, CPC. VI As providncias
no especificadas s podem ser requeridas quando nenhuma outra providncia possa ser utilizada no caso
concreto princpio da subsidiariedade dessas providncias art. 381, n 2, CPC. VII A recusa do
requerido a consentir na colocao do andaime no seu prdio e a entrada nele de trabalhadores, materiais
e utenslios, por parte do dono de prdio confinante obrigao de dar passagem forada momentnea
-art.1349 C.Civ., cria receio fundado de leso grave do direito real dos vizinhos, pelo que adequado o
recurso a uma providncia cautelar para esconjurar o perigo que ameaa o direito de propriedade desses
vizinhos e o dano que do decretamento dela resulta para o direito do requerido, que os requerentes
devero indemnizar, no excede o prejuzo que com ela se pretende evitar, no existindo providncia
nominada que caiba ao caso. VIII Em tais situaes, no faz sentido o recurso ao processo de
suprimento de consentimento regulado no art, 1425 CPC.
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A infraco destes limites constitui nulidade secundria que tem de ser logo arguida, sob pena de
ficar sanada v. n1 dos arts.201 e 205.
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Referindo a exigncia apenas, neste mbito (da tutela cautelar ), e no que toca prova da existncia do
direito invocado pelo requerente, dum juzo que no de certeza (ou de to grande probabilidade que a tal
possa, em termos prticos, equivaler ), mas sim um juzo de probabilidade ( sria ) ou verosimilhana, v.
Ac.STJ de 16/4/1985, BMJ 346/225.
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Como assim:
294, ARE de 21/11/1991, BMJ 411/681, ARC de 19/2/1992, BMJ 411/68, e ARC de 6/10/1992, BMJ
420/662.
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Quanto identidade das pessoas, em Ac. STJ de 12/6/1997, CJ ( STJ ), V, 2, 121, em caso em que
era requerente, no procedimento, a sociedade e partes na aco os scios, solucionou-se a divergncia
pela via da desconsiderao da personalidade jurdica.
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2 - Para que o lesado seja ressarcido dos prejuzos torna-se necessrio que estejam
alegados e provados factos geradores da responsabilidade civil : (i) - injustificao (ou
caducidade) da providncia ; (ii) - imputao ao requerente ; (iii) - actuao dolosa do
requerente ou fora das regras da prudncia normal ; (iiii) - danos determinados pela
providncia requerida; e (iiiii) nexo de causalidade entre a conduta do requerente e tais
danos.
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Artigo 387-A
Inverso do contencioso
1 Mediante requerimento, o juiz, na deciso que decrete a providncia, pode dispensar o requerente do
nus de propositura da aco principal se a matria adquirida no procedimento lhe permitir formar
convico segura acerca da existncia do direito acautelado e se a natureza da providncia decretada for
adequada a realizar a composio definitiva do litgio.
2 A dispensa prevista no nmero anterior pode ser requerida at ao encerramento da audincia final;
tratando-se de procedimento sem contraditrio prvio, pode o requerido opor-se inverso do
contencioso conjuntamente com a impugnao da providncia decretada.
3 Se o direito acautelado estiver sujeito a caducidade, esta interrompe-se com o pedido de inverso do
contencioso, reiniciando-se a contagem do prazo a partir do trnsito em julgado da deciso proferida
sobre a questo.
Artigo 387-B
Recursos
1 A deciso que decrete a inverso do contencioso s recorrvel em conjunto com o recurso da deciso
sobre a providncia requerida; a deciso que a indefira irrecorrvel.
2 Das decises proferidas nos procedimentos cautelares, incluindo a que determine a inverso do
contencioso, no cabe recurso para o Supremo Tribunal de Justia, sem prejuzo dos casos em que o
recurso sempre admissvel.
Artigo 387-C
Propositura da aco principal pelo requerido
1 Logo que transite em julgado a deciso que haja decretado a providncia cautelar e invertido o
contencioso, o requerido notificado, com a admonio de que, querendo, dever intentar a aco
destinada a impugnar a existncia do direito acautelado nos 30 dias subsequentes notificao, sob pena
de a providncia decretada se consolidar como soluo definitiva do litgio.
2 O efeito previsto na parte final do nmero anterior verifica-se igualmente quando, proposta a aco, o
processo estiver parado mais de 30 dias por negligncia do requerente ou o ru for absolvido da instncia
e o autor no propuser nova aco em tempo de aproveitar os efeitos da proposio da anterior.
3 A procedncia, por deciso transitada em julgado, da aco proposta pelo requerido determina a
caducidade da providncia decretada.
Artigo 388.
[]
1 []
2 []
3 O requerido pode impugnar, em qualquer dos meios referidos no nmero anterior, a deciso que tenha
invertido o contencioso.
4 No caso a que se refere a alnea b) do n. 2, o juiz decide da manuteno, reduo ou revogao da
providncia anteriormente decretada e, se for o caso, da manuteno ou revogao da inverso do
contencioso; qualquer das decises constitui complemento e parte integrante da inicialmente proferida.
Artigo 389.
[]
1 Sem prejuzo do disposto no artigo 387.-A, o procedimento cautelar extingue-se e, quando decretada,
a providncia caduca:
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Artigo 392
[]
1 []
2 []
3 []
4 O regime de inverso do contencioso aplicvel, com as devidas adaptaes, restituio provisria
da posse, suspenso de deliberaes sociais, aos alimentos provisrios, ao embargo de obra nova, bem
como s demais providncias previstas em lei avulsa que tenham carcter antecipatrio dos efeitos da
aco principal.
Artigo 397-A
Inverso do contencioso
1 Se tiver sido decretada a inverso do contencioso, o prazo para propositura da aco a que alude o
n.1 do art. 387.- C s se inicia:
a) Com a notificao da deciso judicial que haja suspendido a deliberao;
b) Com o registo da deciso judicial, quando aquele for obrigatrio.
1 Para propor ou intervir na aco referida no nmero anterior tm legitimidade, alm do
requerido, aqueles que teriam legitimidade para a aco de nulidade ou anulao das deliberaes sociais.
Artigo 399.
[]
O titular de direito a alimentos pode requerer a fixao da quantia mensal que deva receber, a ttulo de
alimentos provisrios, enquanto no houver pagamento da primeira prestao definitiva.
Artigo 411.
Arresto especial com dispensa do justo receio de insolvabilidade
1. []
2. []
3. O credor pode obter, sem necessidade de provar o justo receio de perda da garantia patrimonial, o
arresto do bem que foi transmitido mediante negcio jurdico quando estiver em dvida, no todo ou em
parte, o preo da respectiva aquisio.
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V. Ac. STJ de 8/4/1997, Proc.96A940, BMJ 466/435 ( rel. Fernando Fabio ), com
o sumrio seguinte :
b) - fundado receio de que outrem cause leso grave e de difcil reparao a esse direito;
d) - o prejuzo resultante no exceder o valor do dano que com ela se quer evitar.
Nada em tal caso havendo j que evitar ou acautelar, sem funo til se o prejuzo j
se produziu, os procedimentos cautelares no tm cabimento em relao a leses j
consumadas - v. ARL de 8/6/1993, CJ, XVIII, 3, 123 e ARP de 12/10/1989, CJ, XIV,
4, 215, - a no ser que constituam ndice, anncio ou preldio de outras semelhantes,
v.g., actos de obstruo do curso normal de certas guas 35.
providncia solicitada para evitar a leso. II - Para a prova da situao jurdica que se pretende acautelar
ou tutelar provisoriamente exige-se apenas uma summaria cognitio que no uma prova stricto sensu, por
incompatvel com o princpio da celeridade, bastando para tal a mera probabilidade ou verosimilhana,
isto a aparncia desse direito - o chamado fumus boni juris.
35
V. L.P: Moitinho de Almeida, Providncias Cautelares No Especificadas ( 1981 ), 24, com os a
citados, em que inclui ARP de 17/1/1980, CJ, V, 1, 13.
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Diz-se no primeiro :
III - Mesmo consumada a leso do direito do requerente, mas continuando este a sofrer
as consequncias dessa leso, no caso, privao da utilizao de gua, pode ele recorrer
ao procedimento cautelar no especificado para reposio do status quo ante.
De nenhum dos dois h texto integral na base de dados. Desconhece-se, por isso, a
fundamentao do segundo ; a concluso do primeiro segue a doutrina tradicional,
acima resumida.
ESPCIES DE PROVIDNCIAS
- para garantir aco para execuo especfica, proibio de venda pelo promitente-
comprador a terceiro ARL de 26/5/1983, CJ, VIII, 3, 132 ;
- intimao dos TLP para repor imediatamente a ligao rede em caso de corte de
comunicaes telefnicas - ARL de 11/1/1996, CJ, XXI, 1, 82;
Sobre a tutela cautelar das patentes de medicamentos, v. texto de Maria Jos Costeira
e de Maria Teresa Garcia de Freitas, com esse preciso ttulo, na revista Julgar, n8 (Maio
- Agosto 2009 ), 119 ss.
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Anteriormente ao DL 329-A/95, de 12/12, em procedimento cautelar v. Ac. STJ de 18/6/1996, CJ
(STJ), III, 2, 86, ARP de 11/10/ 1994 e de 7/11/1996, CJ, XIX, 4, 204, e XXI, 5, 185, respectivamente,
ARC de 15/6/1989 e de 27/6/1995, CJ, XIV, 3, 145, e XX, 3,51, tambm respectivamente, e ARE de
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CADUCIDADE DA PROVIDNCIA
E LEVANTAMENTO DA CAUO art.389 37
Em vista do disposto no art.481, al. c), a aco proposta pelo requerido contra
o requerente vale como aco definitiva se com natureza idntica - mesmo Ac. STJ de
14/2/1995, CJ ( STJ ) , III, 1, 94 - 3.
VI - vantagem patrimonial obtida por uma pessoa corresponde, por via de regra, sob
pena da sua insuficincia para a constituio da obrigao de restituir, numa relao
intersubjectiva, uma perda, tambm, avalivel em dinheiro, sofrida por outra pessoa,
que no representa mais do que o suporte do enriquecimento por outrem, o
locupletamento custa alheia.
Qualquer que seja a providncia cautelar decretada 38, o art.391 confere-lhe tutela
penal, cominando a pena do crime de desobedincia qualificada para quem a infringir.
So seus requisitos :
- o esbulho ( = desapossamento ) ; e
- a violncia.
- coaco fsica
- pessoas
- coaco moral - art.255 C.Civ.
A violncia
pode ser
contra as
- a posse e
- a violncia do esbulho.
- Perante a prova feita pelo requerente, exigida ao requerido uma prova mais
convincente, de forma a abalar a credibilidade da prova sumria.