Paradigmas Estratégicos de Gestão Da Manufatura PDF
Paradigmas Estratégicos de Gestão Da Manufatura PDF
Paradigmas Estratégicos de Gestão Da Manufatura PDF
So Carlos - SP
Janeiro de 2004
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SO CARLOS
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE PRODUO
PROGRAMA DE PS GRADUAO
So Carlos - SP
Janeiro de 2004
Ficha catalogrfica elaborada pelo DePT da
Biblioteca Comunitria/UFSCar
Lista de figuras..................................................................................................................VIII
Lista de tabelas......................................................................................................................X
Lista de siglas.....................................................................................................................XII
Lista de termos estrangeiros.............................................................................................XIV
Resumo.............................................................................................................................XVI
Abstract...........................................................................................................................XVII
1. Introduo......................................................................................................................1
1.1 Apresentao do trabalho.........................................................................................1
1.2 Objetivos do trabalho...............................................................................................4
1.3 Metodologia de pesquisa..........................................................................................6
1.3.1 A atividade cientfica e os mtodos cientficos................................................6
1.3.2 Abordagens de pesquisa...................................................................................8
1.3.3 Uma classificao das pesquisas cientficas.....................................................9
1.3.4 Os procedimentos de pesquisa........................................................................10
1.3.5 A gerao de conhecimento............................................................................15
1.4 A indstria de calados e as razes de sua escolha para os estudos de caso realizados
no trabalho..............................................................................................17
1.4.1 O cenrio da indstria de calados mundial...................................................17
1.4.2 O cenrio da indstria de calados brasileira..................................................17
1.4.3 O processo de fabricao bsico de calados.................................................18
1.4.4 Razes para a escolha da indstria de calados para os estudos de caso desta
tese...........................................................................................................................19
1.5 Estrutura do trabalho...............................................................................................19
9 Uma metodologia para a escolha do PEGEM ideal para uma empresa : proposta e
aplicao no estudo de mltiplos casos na indstria brasileira de
calados.......................................................................................................................206
9.1 Introduo..............................................................................................................206
9.2 A metodologia proposta.........................................................................................207
9.3 Aplicao da metodologia: um estudo de mltiplos casos ...................................221
9.3.1 Introduo.....................................................................................................221
9.3.2 A empresa A.................................................................................................221
9.3.3 A empresa B..................................................................................................222
9.3.4 A empresa C..................................................................................................224
9.3.5 A empresa D.................................................................................................226
9.3.6 A empresa E..................................................................................................227
9.3.7 A empresa F..................................................................................................229
9.3.8 Anlise intercasos.........................................................................................231
9.4 Consideraes a respeito de uma utilizao conjunta das metodologias
desenvolvidas nos captulos 8 e 9......................................................................................231
9.5 Concluses.............................................................................................................233
10 Concluses..................................................................................................................234
10.1 Avaliao geral dos objetivos..............................................................................234
10.2 Contribuies do trabalho....................................................................................235
10.3 Propostas de pesquisas futuras.............................................................................236
11 Referncias Bibliogrficas........................................................................................237
Manufatura Responsiva
- flexibilidade
- velocidade
- pontualidade
Manufatura Enxuta
- qualidade
Manufatura Repetitiva
- produtividade/custo
A partir destas questes podemos enunciar dois objetivos gerais e alguns objetivos
especficos, os quais nortearo o desenvolvimento desta tese.
Objetivo Geral 1: Realizar um estudo exploratrio sobre os Paradigmas Estratgicos
de Gesto da Manufatura (PEGEMs)
Dentro deste objetivo geral temos os seguintes objetivos especficos:
1.1: Identificar quais so, o que so e efetuar um estudo comparativo entre os paradigmas
aplicveis Gesto da Produo
1.2: Desenvolver um modelo de relacionamento entre os paradigmas e os objetivos
estratgicos da manufatura
1.3: Desenvolver um modelo de relacionamento entre os paradigmas e aspectos decisrios
do Planejamento e Controle da Produo
1.4 Propor um modelo para se alcanar a Manufatura Responsiva (uma vez que este
paradigma , dentre os paradigmas tratados nesta tese, o menos focado pela literatura)
A partir dos objetivos mostrados, pode-se notar que esta tese envolve uma extensa
reviso bibliogrfica a respeito dos paradigmas de manufatura, bem como a realizao de
estudos de casos os quais objetivam validar alguns modelos propostos.
O trabalho estruturado de forma que todos os captulos, em maior ou menor grau,
apresentem contribuies Gesto da Produo. Dentre estas contribuies (so mais
pormenorizadas no final de cada captulo) as principais so:
1. Apresentar em uma linguagem comum os principais Paradigmas Estratgicos de
Gesto da Manufatura encontrados atualmente em Gesto da Produo, analisando-
os comparativamente.
2. Apresentar modelos de relacionamento entre aspectos importantes de Estratgia da
Produo e Planejamento e Controle da Produo.
3. Apresentar uma proposta indita para se alcanar a Manufatura Responsiva.
4. Fornecer s empresas uma forma de avaliar onde ela se encontra e onde ela deve
chegar referente sua estratgia de produo.
Na prxima seo tratamos mais a fundo a metodologia de pesquisa utilizada no
trabalho.
Tabela 1.1: Comparao entre as abordagens quantitativa e qualitativa com relao a algumas caractersticas
Fonte CRESWELL (1994)
Abordagem Quantitativa Abordagem qualitativa
A realidade vista de forma objetiva, independendo do A realidade construda pelos indivduos envolvidos
pesquisador na pesquisa
O pesquisador deve permanecer distante daquilo que O pesquisador interage com o estudo
est sendo pesquisado
Os valores do pesquisador no devem influenciar a Os valores do pesquisador interferem na pesquisa
pesquisa
A linguagem utilizada no trabalho deve ser impessoal e A linguagem utilizada pessoal e informal
formal
Tem a inteno de criar generalizaes No visa a generalizao dos resultados
A Pesquisa experimental
Este tipo de pesquisa, como descrito por CRESWELL (1994), tem por finalidade
verificar as relaes de causa e efeito, de forma que o pesquisador possa manipular as
variveis independentes, verificando as alteraes ocorridas no resultados decorrentes
destas manipulaes. De acordo com BRYMAN(1989) este procedimento de pesquisa
mais indicado para abordagens quantitativas. A pesquisa experimental geralmente
relacionada com experimentos controlados em laboratrio e tambm modelagens
matemticas e simulaes computacionais. Este procedimento no utilizado nesta tese.
A Pesquisa-ao
De acordo com WETBROOK (1995) a diferena entre a pesquisa ao e o estudo de
caso que na pesquisa ao, o pesquisador parte integrante do objeto estudado. Segundo
THIOLLENT (1997), a pesquisa ao se caracteriza por seu carter participativo, uma vez
que possibilita a integrao entre os participantes da pesquisa e os prprios investigados.
Ainda de acordo com este autor, a pesquisa-ao no se restringe a descrever situaes, se
encarregando tambm de criar acontecimentos, que venham propiciar mudanas no sistema
considerado. Nesta tese no utilizamos este procedimento de pesquisa.
O Estudo de Caso
Nas palavras de YIN (1994) estudo de caso uma forma de pesquisa emprica, que
visa investigar fenmenos contemporneos, considerando o contexto real do fenmeno
estudado, geralmente quando as fronteiras entre o contexto e o fenmeno no esto bem
definidas.
BRYMAN (1989) relata o fato deste procedimento de pesquisa geralmente envolver
o exame de um pequeno nmero de casos, no tendo por objetivo a generalizao
estatstica, mas sim, criar relaes e entendimento sobre um fenmeno estudado. Para
GODOY (1995) o estudo de caso se caracteriza como um tipo de pesquisa cujo objeto
uma unidade que se analisa profundamente. Ainda de acordo com este autor, o estudo de
caso tem se tornado a estratgia preferida quando os pesquisadores procuram responder s
questes como e por qu certos fenmenos ocorrem.
Ainda de acordo com YIN (1994), estudo de caso uma estratgia de pesquisa
completa e no apenas uma tcnica no estruturada de coletar e analisar dados. Este mtodo
de pesquisa aplicvel principalmente quando o pesquisador no pode manipular as
caractersticas relevantes do objeto de estudo, sendo usado tambm em situaes onde
existem mais variveis de interesse do que dados disponveis sobre o assunto.
Quanto abordagem, GODOY (1995) coloca o estudo de caso dentro da abordagem
qualitativa.
YIN (1994) apresenta uma explicao de como os estudos de caso podem ser feitos.
Primeiramente necessrio definir-se claramente o problema a ser pesquisado, deixando
claro que o uso de estudo de casos a estratgia adequada para resolver o problema em
questo. Depois dever ser desenhada a estrutura da coleta de dados e a apresentao das
perguntas principais, decidindo-se por um nico ou por mltiplos casos. Dever ser
decidido tambm se o estudo de caso ser de natureza global, abrangendo todos os
elementos do caso como um todo, ou de natureza encaixada, abrangendo vrios nveis
dentro do caso. imprescindvel a preparao de um protocolo relacionando as atividades a
serem realizadas e os procedimentos a serem seguidos. Devero tambm ser determinados
os instrumentos para a coleta de dados, os quais normalmente so documentos de arquivos,
entrevistas, participao, experincias, dentre outras. As anlises devem ser feitas
principalmente por analogias, contendo comparaes com teorias, modelos e outros casos.
Como cita GODOY (1995): em um estudo de caso a anlise deve estar sempre presente
durante os vrios estgios da pesquisa, atravs do confronto dos dados com as questes e
objetivos do trabalho. As concluses devero ser especificas, com possveis inferncias
(no estatsticas) e explicaes permitindo que as generalizaes sejam usadas como base
para novas teorias e modelos. No se deve esquecer que as limitaes gerais inerentes ao
modelo e as especficas que aparecem em cada modelo, devero ser mostradas claramente.
Para EISENHARDT (1989), os estudos de caso podem ser usados para cumprir
diversos objetivos:
i) fornecer descrio sobre um tema;
ii) testar a teoria (PINFIELD, 1986; ANDERSON, 1983);
iii) gerar teoria (GERSICK, 1988; HARRIS & SUTTON, 1986).
Em nossa tese, podemos dividir os estudos de caso propostos de acordo com os
objetivos acima. Mostramos esta diviso na tabela 1.2.
Tabela 1.2: Relao entre os estudos de caso propostos nesta tese e os seus respectivos objetivos
Estudos de caso Objetivos relacionados
Estudos de caso sobre a manufatura em massa na indstria de calados i), iii)
(captulo 4)
Estudo de mltiplos casos para identificao do PEGEM que as empresas i) e ii)
utilizam (captulo 8)
Estudo de mltiplos casos para a determinao do PEGEM ideal para i) e ii)
empresas (captulo 9)
Ao longo desta seo, verificamos que os estudos de caso desta tese so realizados
na indstria de calados. Portanto na prxima seo apresentamos uma viso geral da
indstria de calados, para ento podermos explicar as razes para focarmos a indstria
caladista nesta tese.
Tabela 1.3: Alguns dados e os principais plos produtores de calados divididos por estados brasileiros
Fonte: ABICALADOS
Estado Nmero de Nmero de Exportaes em Plos Produtores
Empresas (% em trabalhadores (% milhes de US$ (%
relao ao total em relao ao total em relao ao total
brasileiro) brasileiro) no Brasil)
Rio Grande do Sul 2.838 (37,5) 130.418 (49,8) 1.165 (80,4) Vale dos Sinos
Santa Catarina 285 (3,8) 3.998 (1,5) 7 (0,4) So Joo Batista
So Paulo 2.216 (29,3) 46.372 (17,7) 116 (8,0) Franca, Birigui (*),
Ja
Minas Gerais 1.287 (17,0) 16.974 (6,5) 5 (0,3) Nova Serrana, Belo
Horizonte
Bahia 89 (1,2) 11.835 (4,5) 17 (1,2) Itapetinga, Jequi,
Juazeiro
Paraba 96 (1,3) 7.260 (2,8) 24 (1,6) Santa Rita, Campina
Grande
Cear 189 (2,5) 36.755 (14,0) 111 (7,6) Sobral, Regio de
Fortaleza, Regio de
Cariri
(*) Um perfil sobre o cluster de Birigui mostrado em LEITE & FERNANDES (2003)
1.4.4 Razes para a escolha da indstria de calados para os estudos de caso desta tese
A deciso de concentrar os estudos de caso na indstria de calados justificada por
pelo menos os seguintes motivos:
i) o Brasil passa por um momento onde fundamental aumentar as exportaes. De acordo
com o ex Presidente da Repblica Fernando Henrique Cardoso exportar ou morrer
(frase dita na posse do ministro do desenvolvimento Srgio Amaral). Esta nfase na poltica
de exportao continua no governo do atual presidente Lus Incio Lula da Silva. Para
CYMBALISTA (2000), o aumento de nossas exportaes ser fundamental no
equacionamento da balana de pagamento da dvida externa e na manuteno e criao de
postos de trabalho. Uma rea que possui perspectivas promissoras no sentido de contribuir
efetivamente em suprir tal necessidade a indstria de calados;
ii) outros pases esto apostando na modernizao do ramo de calados. Para SIPPER &
BULFIN (1997, p. 13): Muitas indstrias tradicionalmente reconhecidas como low-tech
esto se tornando crescentemente high-tech. Por exemplo, a indstria de calados est se
tornando mais sofisticada com altos investimentos em Pesquisa & Desenvolvimento e em
processos de produo automatizados. Portanto, o Brasil no conseguir aumentar
significativamente as exportaes se aqui tambm as fbricas no se modernizarem em
termos de automao e/ou modernos sistemas informatizados de Gesto da Produo. Esta
necessidade em se melhorar a qualificao na tomada de deciso na indstria caladista
mostrada por HARTKOPF & REICHERT (2002). O capital intelectual para isso pode vir de
algumas Universidades. Este trabalho pode servir para este fim.
Introduo (Captulo 1)
Os captulos de 4 a 7 no
Manufatura em Massa apresentam somente revises
Atual (MMA), com estudo Manufatura Manufatura gil e bibliogrficas. As contribuies
Manufatura Enxuta
de caso para mostrar a Responsiva Customizao em mostradas nestes captulos
(Captulo 5)
MMA na indstria de (Captulo 6) Massa (Captulo 7) se utilizam das definies e
calados (Captulo 4) modelos de relacionamentos
propostos nos captulos 2 e 3
Modelo para identificao do PEGEM utilizado por uma empresa (Captulo 8) e modelo para
identificar o PEGEM mais adequado para uma empresa (Captulo 9). Estudos de caso nos dois
captulos para validar as metodologias
2.1 Introduo
Dentro da moderna literatura de Gesto da Produo muitos so os paradigmas que
se apresentam no intuito de ajudar as empresas na difcil tarefa de se manterem competitivas
no mundo atual globalizado (GUNASEKARAN, 1999). Alguns exemplos so: Manufatura
Enxuta, Manufatura Responsiva, Manufatura gil, World Class Manufacturing,
Customizao em Massa, dentre outros conceitos. Alm disso, outros termos, tais como
MRP, JIT, manufatura repetitiva so muitas vezes confundidos com estes paradigmas de
manufatura, sendo muitas vezes conceituados de maneira diferente por diversos autores.
Dentro deste contexto, o entendimento das diferenas e semelhanas entre estes paradigmas
fica extremamente complicado, dificultando assim a aplicabilidade destes conceitos.
O presente captulo tem como objetivo exatamente apresentar estes principais
paradigmas hoje existentes dentro da Gesto de Produo, tratando-os de uma forma
integrada e comparativa. Para isso um novo termo proposto neste trabalho: Paradigmas
Estratgicos de Gesto da Manufatura (PEGEM). Este novo termo vm tratar de maneira
conjunta e integrada os novos paradigmas dentro da moderna literatura de gesto da
produo atravs da criao de uma conceituao e de elementos-chave (direcionadores,
objetivos de desempenho, princpios e capacitadores) comuns a todos estes paradigmas. A
partir desta nova conceituao pode-se diferenciar os paradigmas da manufatura de outros
termos comumente encontrados na literatura, alm de tambm permitir uma comparao
entre os prprios paradigmas ( luz de seus elementos chave), facilitando assim o estudo e a
aplicabilidade dos mesmos. Referente aos objetivos de desempenho, conseguiu-se propor
um modelo de relacionamento entre os PEGEMs e os objetivos de desempenho. Este
modelo pretende ser mais abrangente do que os outros dois modelos encontrados na
literatura (BOOTH, 1996; FERNANDES & MACCARTHY, 1999).
A estrutura do captulo a seguinte: a seo 2.2 padroniza alguns conceitos
importantes em Gesto da Produo a fim de discutir, na seo seguinte, diferenas entre
estes conceitos e o conceito de PEGEM; na seo 2.3 apresentada a evoluo histrica e a
conceituao dos PEGEMs, bem como a diferenciao entre este termo e os conceitos
apresentados na seo 2.2; na seo 2.4 so apresentados os quatro elementos-chave de um
PEGEM: os direcionadores, os objetivos de desempenho da produo, os princpios e as
ferramentas; nesta seo ainda so mostradas comparaes entre os mais importantes
PEGEMs no tocante a este elementos-chave; na seo 2.5 proposto o modelo de
relacionamento entre os PEGEMs e os objetivos de desempenho da produo; na seo 2.6
so tecidas algumas consideraes finais.
Tabela 2.1: Matriz de classificao e posicionamento dos tipos de manufatura em funo do output e do fluxo
de produo
Produo de itens discretos Produo contnua (indstria de
processos)
Sistema de Produo de um item nico manufatura individual manufatura nica
(grandes projetos)
Sistema de Produo em lote (job shop) manufatura intermitente manufatura descontnua
Sistema de Produo em fluxo manufatura repetitiva ou em massa manufatura contnua
Objetivos de
Direcionadores Princpios Capacitadores Desempenho
2.4.2 Os princpios
J vimos que os princpios so os fundamentos que norteiam o PEGEM. Na tabela
2.4 mostramos os principais princpios dos cinco PEGEMs tratados nesta tese. Estes
princpios foram relacionados a um ou mais PEGEMs a partir de revises da literatura sobre
os PEGEMs (tambm a partir de nossas propostas de metodologias) mostrados nos captulos
posteriores desta tese (nestes captulos cada princpio detalhado). Na tabela 2.4 ilustramos
com um X os princpios referentes a cada PEGEM. Caso o princpio tambm seja vlido
para outros PEGEMs, preenchemos um V na clula relativa ao PEGEM correspondente.
2.4.3 Os capacitadores
J vimos que os capacitadores representam as ferramentas, tecnologias e
metodologias a serem empregadas em cada PEGEM. A tabela 2.5 relaciona os
capacitadores a cada PEGEM tratado nesta tese, baseado em revises da literatura sobre os
PEGEMs (e tambm em nossas propostas de metodologias) mostradas nos captulos
posteriores desta tese (nestes captulos detalhamos um pouco mais estes capacitadores). Na
tabela 2.5 ilustramos com um X os capacitadores referentes a cada PEGEM. Caso o
capacitador tambm seja largamente utilizado em outros PEGEMs, preenchemos um V na
clula relativa ao PEGEM correspondente.
alto
economia (inverso de custo)
responsividade
(t )
flexibilidade
mdio
baixo
Figura 2.2: Primeiro modelo que relaciona alguns PEGEMs e alguns objetivos estratgicos da produo
Fonte: BOOTH (1996)
Manufatura Responsiva
- flexibilidade
- velocidade
- pontualidade
Manufatura Enxuta
- qualidade
Manufatura Repetitiva
- produtividade/custo
Figura 2.3: Segundo modelo que relaciona alguns PEGEMs e alguns objetivos estratgicos da produo
Fonte: FERNANDES & MACCARTHY (1999)
Finalmente uma quarta vertente defende a existncia dos trade offs; porm estes so
dinmicos e no estticos como eram considerados h tempos atrs. Este dinamismo
significa que medidas particulares, que variam de caso a caso, podem ser tomadas para que
dois aspectos aparentemente inversamente proporcionais, possam ser melhorados ao
mesmo tempo, claro que dando-se prioridade a um deles. Esta viso de trade offs
dinmicas entre os objetivos de desempenho da produo mostrado em autores como
SLACK (1993), com sua idia de mover o piv e HAYES & PISANO (1996), com sua
idia do caminho da melhoria dinmica. Outros autores dentro desta quarta categoria so
SKINNER (1992), HAYES & PISANO (1994) e DA SILVEIRA & SLACK (2001).
claro que mesmo com esta evoluo na idia dos trade offs na manufatura,
acreditamos que eles existam, sendo portanto impossvel para uma empresa ser a melhor em
todos os aspectos ao mesmo tempo. Nas palavras de CORREA (2001) as prioridades
competitivas da manufatura so estabelecidas porque um sistema de manufatura no pode
ser o melhor em todos os aspectos ao mesmo tempo. Portanto estamos de acordo com as
mais recentes (terceira e quarta) abordagens sobre trade offs, ou seja, eles ainda existem
para alguns objetivos de desempenho (ver tabela 2.6) sendo que a idia dos trade offs
dinmicos vlida para muitos destes trade offs.
Nossa proposta apresentada na prxima seo se baseia bastante nestas
consideraes uma vez que cada PEGEM prioriza alguns objetivos de desempenho da
produo em detrimento de outros.
=> produtividade
=> qualidade => objetivo ganhador de pedido
=> flexibilidade de curto prazo (variedade 1)
=> responsividade
=> tempo (velocidade e pontualidade)
=> objetivo qualificador
=> customabilidade
=> agilidade
uma viso de priorizao dos objetivos em cada PEGEM representado por objetivos
ganhadores de pedido e qualificadores.
2.6 Concluses
O presente captulo apresentou primeiramente um histrico sobre a evoluo dos
principais paradigmas de gesto da manufatura surgidos no sculo XX. A partir desta
evoluo foi criado um novo e importante conceito dentro da Gesto da Produo, o
conceito de Paradigmas Estratgicos de Gesto da Manufatura (PEGEMs). A criao deste
novo conceito, bem como a identificao de seus elementos chave cumpre alguns objetivos
importantes:
- uniformiza conceitos dentro da Gesto da Produo, atravs da comparao dos
PEGEMs a outros termos bastante utilizados na Gesto da Produo;
- fornece maior base para um maior conhecimento, divulgao e aprofundamento de
pesquisas relativas aos PEGEMs;
- possibilita o aparecimento de anlises comparativas entre os PEGEMs
Alm disso este captulo apresenta um modelo que relaciona os PEGEMs aos
objetivos estratgicos da produo. Este modelo, bem mais completo do que outros modelos
existentes na literatura, mostra que existe um relacionamento claro entre os PEGEMs e os
objetivos estratgicos da manufatura. Portanto este modelo cumpre o objetivo de mostrar
que cada empresa deve buscar o PEGEM mais adequado a seus objetivos estratgicos e no
necesariamente a Manufatura gil o paradigma mais adequado para todas as empresas.
Alm disso, a introduo deste novo conceito, totalmente integrado, serve de base
para um melhor entendimento dos paradigmas de manufatura surgidos no sculo XX, bem
como sua melhor aplicabilidade ajudando desta forma na reduo da lacuna entre a teoria e
prtica dentro da Gesto da Produo.
Captulo 3 A relao entre os PEGEMs e o Controle da
Produo: a proposta de uma abordagem estratgica para o
Planejamento e Controle da Produo
3.1 Introduo
A integrao entre a Estratgia da Produo e o Planejamento e Controle da
Produo (PCP) de vital importncia na opinio de diversos autores (VOLLMANN et al,
1997; CORREA & GIANESI, 1996; PIRES, 1995, dentre outros). Porm este assunto no
vem sendo tratado com a devida importncia na literatura. Nas palavras de ADAN Jr. &
SWAMIDAS (1989) a falta de integrao entre aspectos da estratgia de produo e o
planejamento e controle da produo um dos temas perdidos na rea de Gesto da
Produo. O presente captulo tem por finalidade exatamente apresentar um
relacionamento entre aspectos importantes do Controle da Produo (CP) e os PEGEMs
(Paradigmas Estratgicos de Gesto da Manufatura). Dessa forma, este captulo pretende
caminhar na direo do preenchimento desta importante lacuna em Gesto da Produo.
Alm disso, este captulo tambm se destina a apresentar uma conceituao clara e concisa,
uniformizando conceitos e termos importantes do planejamento e controle da produo.
Estes conceitos so vitais para a compreenso de captulos posteriores desta tese,
principalmente do captulo 6, o qual trata da Manufatura Responsiva (este PEGEM tem
grande relao com o CP). Basicamente todo o referencial apresentado neste captulo uma
sntese e ou adaptao dos principais aspectos de importantes trabalhos na rea de PCP,
como: FERNANDES (2003a); FERNANDES (2003b); MACCARTHY & FERNANDES
(2000); BONNEY (2000); BONNEY et al (1999); FERNANDES (1991); dentre outras
referncias.
Este captulo contribui com a literatura de Gesto da Produo com a proposio de
modelos, at ento no existentes na literatura, que integram paradigmas estratgicos a
importantes conceitos em PCP, tais como nveis de repetitividade dos sistemas de produo,
estratgias de resposta demanda, Sistemas de Coordenao de Ordens de Produo e
Compra (SICOPROCs) e sistemas de programao da produo. Atravs destes modelos
mostramos que os nveis de repetitividade dos sistemas de produo, bem como as polticas
de resposta demanda apresentam um relacionamento direto com os objetivos estratgicos
da manufatura. Alm disso, relacionamos a escolha dos SICOPROCs e de sistemas de
programao aos objetivos estratgicos da manufatura de tal forma que a escolha de tais
sistemas se d de forma estratgica. Em outras palavras, podemos dizer que o nvel de
repetitividade dos sistemas de produo, as polticas de resposta demanda, os
SICOPROCs e os sistemas de programao da produo so escolhidos/determinados em
funo dos objetivos estratgicos da empresa, objetivos estes representados neste trabalho
pelos PEGEMs (o relacionamento entre os objetivos estratgicos da manufatura e os
PEGEMs foi mostrado e discutido na captulo 2 desta tese).
Estruturamos o captulo de forma a tentar abranger todas as importantes definies e
questes no mbito do PCP, as quais sero utilizadas nos modelos, para depois
apresentarmos estes modelos. Para tal, na seo 3.2 tratamos de definies gerais sobre
sistemas de produo e sobre o PCP, focando a estrutura do Planejamento e Controle da
Produo, e mais especificamente a estrutura do Controle da Produo. As prximas sees
focam exatamente duas das principais funes do Controle da Produo as quais so
utilizadas em nosso modelo de relacionamento: os Sistemas de Coordenao de Ordens de
produo e de Compra (definies so tratadas na seo 3.3 e uma metodologia para a
escolha de tais sistemas mostrada na seo 3.4) e os sistemas de programao com
capacidade finita (tratados na seo 3.5). Na seo 3.6 apresentamos nossos modelos de
relacionamento entre os PEGEMs e aspectos do Controle da Produo discutidos.
Finalmente na seo 3.7 tecemos algumas consideraes finais.
ASSEMBLY TO ORDER
Fabricao Montagem Distribuio
TR = LM + LD
MAKE TO ORDER 1
Suprimentos Fabricao Montagem Distribuio
TR = LF + LM + LD
MAKE TO ORDER 2
Suprimentos Fabricao Montagem Distribuio
TR = LS + LF + LM + LD
ENGINEERING TO ORDER
Projeto Suprimentos Fabricao Montagem Distribuio
TR = LP + LS + LF + LM + LD
Legenda:
Planejamento da
Planejamento Agregado da
Capacidade de
Produo
mdio prazo
Caso ocmg"vq"uvqem
(entrada: plano desagregado
ou previso de demanda
de curto prazo)
Carteira de
Casos ocmg"vq"qtfgt e
pedidos
gpikpggtkpi"vq"qtfgt
Estrutura de
Controle da Produo
produtos
Roteiros de
fabricao
1. Programa Mestre
Entradas: carteira de de Produo
(MPS) NO
pedidos, previso de
demanda de curto prazo, relatrios
plano desagregado da 2. Sistema de Acompanhamento dos
O REAL IGUAL AO
produo, lista de Coordenao de Ordens nveis de produo e
PROGRAMADO ?
materiais,roteiros de de Produo e Compra Estoques
fabricao, etc.. (Ordering System)
.
3. Programao de
Operaes (Scheduling) SIM
1.ii) Sistema de alocao de carga por encomenda: de acordo com BURBIDGE (1988)
este sistema aplica-se a sistemas de produo no repetitivos nos quais as encomendas so
itens indivisveis. Basicamente este SICOPROC tem como objetivo transformar os pedidos
de clientes em ordens de fabricao e requisies de compra, se preocupando em alocar as
ordens de forma a cumprir os prazos de entrega. Dessa forma, neste sistema, a estimativa de
tempos e a manuteno de um registro do saldo de carga nos centros de trabalho (pelo
menos nos gargalos) vital. O grfico de Gantt uma ferramenta que pode ser utilizada
para ajudar nestas duas tarefas.
3) Sistemas de Fluxo Programado que empurra a produo: estes sistemas baseiam sua
deciso na transformao das necessidades do MPS (Programa Mestre de Produo) em
itens componentes por um departamento de Planejamento e Controle da Produo
centralizado. Alm disso, o fluxo de materiais segue a mesma direo do fluxo de
informaes, ou seja, a produo empurrada.
3.i) Sistema de estoque base: neste sistema so emitidas pelo departamento de PCP, no
incio do perodo, ordens de fabricao e compra para os diversos setores de produo. Os
lotes so definidos a partir de quantidades consumidas no perodo anterior (ou previso para
o perodo futuro) somados a uma quantidade em estoque que se deseja ter no final do
perodo menos a quantidade j disponvel em estoque no incio do perodo. Quando as
ordens chegam nos departamentos, a produo empurrada em direo ao prximo setor
produtivo.
3.ii) PBC (Period Batch Control): Basicamente o esquema do PBC o seguinte: partindo-
se de um programa mestre de produo definido para ciclos de igual tamanho, feita a
exploso deste plano para definir as quantidades a serem produzidas de cada item dentro
do ciclo em questo. Aps isso, atribuem-se tempos para as etapas do processo, incluindo
vendas, montagem, fabricao de componentes e emisso de ordens/obteno de materiais.
A implantao do PBC requer algumas condies (BURBIDGE, 1994): o tempo de
processamento de todos os produtos deve ser menor que um perodo (portanto, itens com
lead times grandes, que no podem ser reduzidos, no podem ser controlados pelo PBC) ; o
tempo de set up deve ser reduzido para que quando se desejar trabalhar com perodos mais
curtos no haja prejuzo capacidade da fbrica; os lead times de compras devem ser
menores que um perodo (altos lead times de suprimentos inviabilizam o uso do PBC para
controlar estes itens). Uma maneira de se tentar atenuar a primeira e a segunda limitaes
a utilizao de lay out celular (BURBIDGE, 1975). Uma outra observao importante sobre
o PBC com relao ao nvel de repetitividade do sistema de produo adequado ao seu
uso: de acordo com MACCARTHY & FERNANDES (2000), o PBC um sistema
destinado a sistemas de produo repetitivos ou semi repetitivos. Mais detalhes a respeito
do sistema PBC so encontrados em diversos trabalhos, como por exemplo: SILVA (2002);
ZACARELLI (1987); STEELE & MALHOTRA (1997); BURBIDGE (1988);
ZELENOVIC & TESIC (1988); KAKU & KRAJEWSKI (1995), sendo que estes ltimos 4
trabalham bastante com a relao entre PBC e o lay out celular. Uma alternativa ao PBC o
SPBC desenvolvido por FERNANDES (1991) e que se diferencia do PBC pela utilizao
de um perodo duplo de fabricao e um esquema de atribuio de prioridade s peas. Vale
destacar ainda que BENDERS & RIEZEBOUS (2002) consideram que o PBC um clssico
e no um sistema desatualizado.
3.iii) MRP: O MRP (Material Requirements Planning) e o seu sucessor (MRP II) so
sistemas de grande porte. Estes sistemas, desde os anos 70, tm sido implementados na
maioria das grandes empresas ao redor do mundo (CORRA & GIANESI, 1996). O MRP
permite que, com base na deciso de produo dos produtos finais (MPS), seja determinado
automaticamente o que, quanto e quando produzir e comprar os diversos itens semi-
acabados, componentes e matrias primas. O MRP II uma evoluo do MRP, a qual leva
em conta tambm decises de capacidade, ou seja inclui a questo de como produzir s
questes j respondidas pelo MRP. O MRP II utiliza uma lgica estruturada de
planejamento que prev uma seqncia hierrquica de clculos, verificaes e decises,
visando chegar a uma liberao planejada de ordens vivel em termos de disponibilidade de
materiais e de capacidade produtiva. Uma grande vantagem dos sistemas MRP a
possibilidade de sua implantao em ambientes com grande variedade de produtos com
estruturas complexas, ambientes estes no propcios utilizao da grande maioria dos
SICOPROCs. Por outro lado, por ser um sistema de grande porte, requer grandes
investimentos (maior que a grande maioria dos SICOPROCs), alm de apresentar grande
dificuldade no dimensionamento de lead times e no tratar de forma desejvel a questo da
programao no curto prazo, uma vez que um sistema de capacidade infinita.
3.iv) OPT (Optimized Production Technology): O OPT, de acordo com CORREA &
GIANESI (1996) um sistema que se compe de pelo menos dois elementos fundamentais:
a) sua filosofia (a qual explicitada por nove princpios intuitivos (alguns autores citam
dez), os quais basicamente tentam maximizar o fluxo de produtos vendidos e reduzir os
nveis de estoques no sistema e de despesas operacionais) e b) um software. Basicamente o
OPT reconhece a existncia de dois tipos de recursos produtivos: os gargalos e os no
gargalos. Os recursos gargalos so aqueles que limitam a capacidade produtiva do sistema e
portanto devem ser tratados de forma especial. Toda a programao nos outros centros
produtivos so originadas da programao dos gargalos. As vantagens da utilizao do OPT
esto relacionadas a redues de lead time e estoques. As limitaes esto relacionadas aos
altos custos e dificuldades de utilizao e anlises do software (de acordo com
VOLLMANN et al (1997) o OPT no transparente e difcil de entender).
3.v) sistema de lotes componentes e 3.vi) sistema do lote padro: no trataremos destes
dois sistemas, pois de acordo com FERNANDES (2003b) estes se encontram atualmente
em desuso.
Para finalizar esta seo vale a pena tecer alguns comentrios relacionando o
kanban e o CONWIP (EC ou H), uma vez que estes sistemas muitas vezes podem parecer
bastante semelhantes. Uma diferenciao entre estes dois sistemas a seguinte
(SPEARMAN & ZANZANIS, 1992): enquanto no CONWIP os cartes so associados com
todas os materiais produzidos em uma linha, no kanban os cartes se referem a cada
produto. Tambm algumas vantagens do CONWIP sobre o kanban so apresentadas na
literatura. Para SPEARMAN et al (1990), o CONWIP pode ser utilizado em ambientes com
uma variedade maior de produtos e com tempo de preparao maiores do que o kanban.
Alm disso, o CONWIP pode trazer grandes benefcios a responsividade, atravs de um
aumento da taxa de sada processo (HUANG et al, 1998), alm da reduo de estoques em
processo (SPEARMAN & ZANZANIS, 1992), o que pode levar a uma maior pontualidade.
Na prxima seo vamos apresentar uma metodologia para a escolha de alguns dos
SICOPROCs mais utilizados na prtica. Esta metodologia foi proposta por MACCARTHY
& FERNANDES (2000).
empresa
Tempo de DL (a-P%) DL (a-P%) DL (a-P%) DL (a-P%) PL+DL PL+DL ou SL+PL+DL
SL+PL+DL
resposta
Nvel de Rgido Rgido Rgido Normal ou Normal ou Normal ou Normal
Flexvel Flexvel Flexvel
automao
Estrutura dos Para todos os nveis de repetitividade, as atividades de PCP para mltiplos nveis de produtos so muito mais
complexas do que para produtos de nvel nico
produtos
Nvel de Produtos Padronizados Padronizados ou Padronizados ou Owujtqqp ou Customizado Customizado
Padronizados ou Owujtqqo Owujtqqo Owujtqqo semi ou semi
customizao
customizados customizado
Nmero de Para todos os nveis de repetitividade, as atividades de PCP para grande variedade de produtos so muito mais
complexas do que para produtos nicos
produtos
Tipos de Nc{qwv por Nc{qwv por Nc{qwv por Nc{qwv em Nc{qwv em Nc{qwv" Nc{qwv de
produto produto produto grupo grupo funcional posies fixas
layout
Tipos de (1) e (3) (1), (2) e (3) (1), (2) e (3) (1), (2) e (3) (1), (2) ou (1) (1), (2) ou (2) sem estoque de
segurana
estoques de
segurana
Tipos de fluxo A complexidade das atividades de PCP aumentam de F1 em direo a F12
Tipos de (A1) ou (A1) ou (A5) ou (A6) ou (A5) ou (A6) ou (A7) ou (A8) ou (A3) ou (A4) (A2)
desmontagem desmontagem (A7) ou no (A7) ou no (A7) ou no ou no
montagem
montagem montagem montagem montagem
Tipos de Se existe montagem, o tipo de organizao do trabalho tem um impacto direto na maneira a qual ser feito o
balanceamento do trabalho na montagem
organizao
do trabalho
Sistemas de Uma planilha Uma planilha Kanban Kanban ou PBC ou OPT MRP PERT/CPM
para controlar para PBC
planejamento
a taxa de fluxo programar o
e controle da trabalho
produo
A ltima linha da tabela 3.2 mostra os SICOPROC ideais de acordo com este
modelo proposto. Enquanto o nvel de repetitividade tem um forte impacto na escolha do
SICOPROC bsico, as outras variveis tem impacto significativo sobre a complexidade do
detalhamento do SICOPROC (MACCARTHY & FERNANDES, 2000). Acreditamos que
esta classificao dos sistemas de produo de acordo com o nvel de repetitividade muito
importante para a tomada de um grande nmero de decises no mbito do Controle da
Produo.
Visto a importncia da repetitividade para a escolha do SICOPROC adequado a um
sistema de produo, propomos neste ponto uma definio mais precisa e de mais fcil
utilizao para a repetitividade.
Como vimos no captulo 2, a definio de repetitividade para MACCARTHY &
FERNANDES (2000) a seguinte: um item repetitivo se ele consome um porcentagem
significante do tempo total disponvel da unidade produtiva (pelo menos 5%). Um sistema
de produo definido como sendo repetitivo se apresentar pelo menos 75% dos itens de
produo repetitivos. Um sistema de produo no repetitivo aquele no qual pelo menos
75% dos itens so no repetitivos. J semi - repetitivo o sistema de produo com pelo
menos 25% dos itens repetitivos e pelo menos 25% no repetitivos. Acreditamos que esta
definio, apesar de ser consideravelmente melhor que a definio que consta no relatrio
da APICS de 1982, (a qual considera repetitividade como sendo uma dimenso relacionada
somentes ao volume de produo de itens discretos) no leve em considerao a distino
entre dois conceitos que acreditamos ser de vital importncia: diversidade e diferenciao.
Entendemos como diversidade uma real variedade de coisas distintas (este conceito
sinnimo da variedade 2, definida no captulo 2). J diferenciao est relacionado a
pequenas alteraes no produto que no chegam a alterar (ou alteram muito pouco) o
processo produtivo, ou seja similar a definio de variedade 1. Exemplos de diferenciaes
so alteraes de cor e tamanho na indstria de calados. Algumas variveis que ajudam a
distinguir diversidade de diferenciao so:
o tempo de set up: quando o tempo de set up mdio dos produtos muito pequeno
ento estamos trabalhando com diferenciaes nos produtos e no diversidade; do
mesmo modo, quando temos alto tempo mdio de set up ento estamos trabalhando
com itens verdadeiramente distintos e portanto diversidade;
o tempo de processamento dos produtos: itens realmente distintos (diversidade)
tendem apresentar diferentes tempos de processamento; do mesmo modo, produtos
que representam apenas diferenciaes tendem a apresentar tempos de
processamento razoavelmente parecidos.
Portanto, com relao aos itens discretos, temos que a repetitividade est relacionada
definio de diversidade vista acima e no definio de diferenciao. Dessa forma em
um ambiente com repetitividade produo em massa no h praticamente nenhuma
diversidade, sendo que pequenas e mdia diferenciaes so possveis. Em ambientes
repetitivos apenas pequenas diversificaes so possveis, sendo que a diferenciao pode
ser bastante alta. Em ambientes semi repetitivos temos alm de uma alta diferenciao um
mdio nvel de diversidade e finalmente em ambientes no repetitivos temos ambos,
diversidade e diferenciao, altos. A tabela 3.3 resume estes comentrios. Estamos
trabalhando atualmente em um melhoria ainda maior da definio de repetitividade atravs
da quantificao dos principais fatores que influenciam nesta importante varivel da Gesto
da Produo.
Tabela 3.3: Grau de diversidade e diferenciao nos nveis de repetitividade dos sistemas de produo
discretos
Nveis de Repetitividade dos Diversificao Diferenciao
sistemas de produo discretos
Produo em massa Inexistente Baixa/Mdia
Repetitivo Baixa Mdia/Alta
Semi repetitivo Mdia Alta
No repetitivo Alta Alta
PEGEMs:
Manufatura Enxuta
Manufatura Responsiva
Make to stock
Assembly to order
Make to order 1
Make to order 2
Engineering to order
Figura 3.4: A relao entre os PEGEMs, nveis de repetitividade dos sistemas de produo discretos e
estratgias de resposta demanda
Como podemos notar na tabela 3.4, a MMA tem como SICOPROC ideal uma
simples planilha para controlar a taxa de produo, uma vez que esta suficiente para tratar
o altssimo grau de repetitividade deste paradigma. A ME, por trabalhar tambm em
sistemas repetitivos tem no kanban e no PBC sistemas ideais (para MACCARTHY &
FERNANDES, 2000, o kanban e o PBC so sistemas ideais para a manufatura repetitiva).
A MR est relacionada aos nveis de repetitividade desde o repetitivo at o no repetitivo.
Portanto de acordo com a metodologia de MACCARTHY & FERNANDES (2000) poderia
se utilizar dos seguintes SICOPROCs: o kanban (para sistemas repetitivos), o PBC e o OPT
(para sistemas semi repetitivos) e o MRP (para sistemas no repetitivos). Destes sistemas
acreditamos que somente o PBC e o OPT estejam realmente relacionados MR. A razo
para excluirmos o kanban da MR que este sistema s seria responsivo em situaes muito
especficas: tempo de set up desprezvel, baixa diversidade de itens e demanda estvel.
Estas condies so muito raras em um ambiente de MR, o qual, como vimos, ser
provavelmente um ambiente semi repetitivo. Caso se tratar de um ambiente repetitivo
apresentar com certeza altssima diferenciao e portanto dificilmente ser passvel a
utilizao do kanban. Portanto ao invs de se utilizar o kanban em ambientes repetitivos
com alta diferenciao (dentro da MR) sugerimos que seja utilizado o CONWIP H o qual,
de acordo com SPEARMAN et al (1990) mais adequado para tratar maior variedade que o
kanban. Alm disso, o CONWIP H tende a ser mais responsivo que o CONWIP EC, pois
trabalha baseado em um programa mestre o qual deve utilizar algoritmos de programao os
quais conferem responsividade ao sistema (HERER & MASIN (1997) mostram um
algoritmo para a gerao do MPS para sistemas CONWIP). J com relao ao MRP, no
inclumos este sistema na MR por acreditarmos que este sistema, apesar de ser adequado
para sistemas no repetitivo, no tenha potencial para trazer responsividade ao sistema de
produo (quando tratamos, no captulo 6, dos SICOPROCs ideais para a MR discutirermos
mais a fundo esta questo). Caso o ambiente de produo na MR apresente caractersticas
no repetitivas sugerimos que seja utilizado o sistema de alocao de carga por encomenda,
o qual de acordo com FERNANDES (2003b) um sistema aplicvel em sistemas no
repetitivos e tem potencial para trazer responsividade aos sistemas de produo. Finalmente,
com relao CM e MA, associadas a sistemas semi repetitivos, no repetitivos e grandes
projetos temos que o PBC, OPT, o MRP e PERT/CPM so sistemas adequados, alm
claro tambm do sistema de alocao de cargas sob encomenda. Para a Customizao em
Massa os sistemas devem ser adaptados para tratar a customizao ou ento outros sistemas
especiais devem ser utilizados. Para o caso especfico da Manufaura gil, alm dos
SICOPROCs citados haver tambm a necessidade de utilizao de sistemas especiais
voltados MA, como por exemplo capazes de tratar empresas virtuais. Nas palavras de
GUNASEKARAN (1999): os sistemas de Planejamento e Controle da Produo
tradicionais, sozinhos, no so suficientes para satisfazer as necesidades de planejamento e
controle de uma Manufatura gil.
Cremos que desta forma analisamos a relao entre os PEGEMs e os SICOPROCs
usados na manufatura de itens discretos na atualidade. Uma ltima observao vlida
referente a esta relao PEGEM-SICOPROC. Em muitos casos especficos a utilizao de
SICOPROCs hbridos tem potencial para melhorar a performance de tais sistemas,
contribuindo para o atingimento dos objetivos estratgicos. Por exemplo, em GODINHO
FILHO et al (2003) mostrado um caso de utilizao hbrida MRP/CPM em uma grande
empresa que trabalha com grandes projetos.
A proposta de relacionamento entre os PEGEMs e a classificao de sistemas de
programao finita da produo proposta por CORREA et al (2001), complementada por
mais dois aspectos propostos, mostrada na tabela 3.5. Esta tabela foi proposta a partir da
relao entre o objetivo ganhador de pedidos de cada PEGEM (visto no captulo 2) com a
classificao de sistemas de programao finita da produo mostrada na seo 3.5.
Somente exclumos o grau de interao do usurio por acreditarmos que no h diferena
entre os PEGEMs com relao a este fator.
Tabela 3.5: A relao entre os PEGEMs e uma classsificao dos sistemas de programao com capacidade
finita
Manufatura em Manufatura Manufatura Customizao Manufatura
Massa Atual Enxuta Responsiva em Massa gil
Quanto ao Regras de Regras de Todos os Regras de Regras de
mtodo de liberao liberao mtodos liberao e liberao e
soluo de modelos modelos
problemas matemticos matemticos
heursticos heursticos
Quanto Programao da Programao da Programa mestre Programao da Programao da
abrangncia produo produo e Programao produo produo
das decises da produo
Quanto Minimizao do Minimizao do Minimizao do Qualquer funo Qualquer funo
funo objetivo tempo mdio de tempo mdio de tempo mximo objetivo objetivo
fluxo fluxo de atraso, do
nmero de
tarefas em atraso
e do makespan
Quanto ao tipo Problemas em Problemas em Problemas para Problemas para Problemas para
de padro de mquina nica, mquina nica, todos os tipos de todos os tipos de todos os tipos de
fluxo mquinas em mquinas padres de fluxo padres de fluxo padres de fluxo
paralelo e flow paralelas, flow
shop shop e flow shop
com mquinas
em paralelo
3.7 Concluses
O presente trabalho teve por finalidade apresentar uma abordagem estratgica para o
Controle da Produo atravs da proposio de vrios relacionamentos entre Paradigmas
Estratgicos de Gesto da Manufatura (PEGEMs) e fatores importantes dentro do Controle
da Produo. Estes relacionamentos propostos foram quatro, a saber:
i) estabeleceu-se uma relao entre os nveis de repetitividade dos sistemas de
produo, propostos por MACCARTHY & FERNANDES (2000) e os PEGEMs, de tal
forma que foram identificados nveis de repetitividade mais indicados para cada paradigma
existente e conseqentemente para cada objetivo estratgico da manufatura;
ii) estabeleceu-se um relacionamento entre os paradigmas estratgicos e estratgias
de resposta demanda, de tal forma que determinadas estratgias de resposta demanda
podem e devem ser escolhidas em funo do PEGEM que a empresa utiliza (em outras
palavras dos objetivos da manufatura que a empresa prioriza);
iii) foi estabelecido um relacionamento entre os PEGEMs e os Sistemas de
Coordenao de Ordens de Produo e Compra (SICOPROCs), de tal forma que a escolha
dos SICOPROCs passa a ter agora tambm um carter estratgico. Esta escolha estratgica,
englobando um grande nmero de SICOPROCs de extrema importncia (CORREA &
GIANESI, 1996) e indito na literatura de Gesto da Produo. Alm disso esta proposta
uma complementao bastante importante ao trabalho de MACARTHY & FERNANDES
(2000);
iv) foi estabelecido tambm um relacionamento entre os PEGEMs e um sistema de
classificao de sistemas de programao com capacidade finita. Este relacionamento
fornece algumas sugestes para a escolha de sistemas de programao para cada PEGEM;
ou seja, fornece uma nfase estratgica escolha sistemas de programao da produo.
Para o estabelecimento de todos estes importantes relacionamentos foi efetuado
inicialmente uma uniformizao de conceitos do planejamento e controle da produo, e
isto ser de vital de importncia para desdobramentos futuros desta tese.
Finalmente podemos dizer que este trabalho representa uma contribuio para a
literatura de Gesto da Produo, pois prope relacionamentos inditos entre o Controle da
Produo e aspectos estratgicos da manufatura, utilizando o conceito de PEGEM. Esta
abordagem estratgica um tema de extrema importncia na rea, porm carente de
pesquisas. Este trabalho ajuda a preencher esta lacuna.
Captulo 4: A Manufatura em Massa Atual: Evidncias
empricas na indstria brasileira de calados
4.1 Introduo
A Manufatura em Massa (MM) foi o principal paradigma industrial dominante desde
o incio do sculo XX at pelo menos os anos que se seguiram ao fim da Segunda Guerra
Mundial (PINE, 1993). Ainda de acordo com este autor, este paradigma foi responsvel pela
dominncia industrial americana em todo este perodo. Como mostrado no captulo 2, a
partir dos anos 60 foram surgindo outros Paradigmas Estratgicos de Gesto da Manufatura
(PEGEM), os quais passaram a substituir a Manufatura em Massa no papel de principal
PEGEM.
Dentro deste contexto, podemos identificar duas vertentes de pensamento com
relao ao atual e futuro papel que a Manufatura em Massa desempenha e desempenhar
nos prximos anos. A primeira destas vertentes entende que a Manufatura em Massa passou
a ser vista como um conceito obsoleto, tecnicamente ultrapassado. Nas palavras de WENTZ
(1999): as idias da manufatura em massa no so erradas, so tecnologicamente
obsoletas. Esta mesma vertente entende que a Manufatura em Massa no funciona mais, ou
seja, no deve ser uma prtica adotada pelas empresas para enfrentar a concorrncia
altamente glabalizada. Nas palavras de WENTZ (1999): a manufatura em massa no
funciona mais; a empresa no pode mais basear-se nela para planejar, organizar e controlar
seu negcio. Para DUGUAY et al (1997) o paradigma da Manufatura em Massa est
acabado nos mercados atuais, nos quais o ritmo da mudana muito alto. Uma segunda
vertente entende que apesar de existirem outros Paradigmas Estratgicos de Gesto da
Manufatura mais modernos e muitas vezes melhores que a Manufatura em Massa, ela
continua a existir e ainda no pode ser batida quando o objetivo estratgico perseguido so
preos baixos. Nas palavras de PINE (1993): os benefcios dos baixos preos advindos das
economias de escala e outras vantagens da manufatura em massa no podem nunca ser
superados. Portanto para esta segunda vertente de pensamento entende que ainda existe
lugar no mercado para a Manufatura em Massa e as empresas que competem em preos
baixos ainda tem neste paradigma um diferencial competitivo. Para LAU (1995) muitas
tcnicas da Manufatura em Massa ainda so utilizadas em empresas e de maneira lucrativa,
portanto para este autor muito cedo para prever o fim da manufatura em massa.
O objetivo principal deste captulo propiciar um melhor entendimento da
Manufatura em Massa, mostrando que ainda hoje ela utilizada em empresas brasileiras,
com algumas modificaes em relao ao seu surgimento no incio do sculo XX. Para isso
estruturamos este captulo da seguinte forma:
Na seo 4.2 mostramos a evoluo da Manufatura em Massa desde os tempos de
seu idealizador, Henry Ford, posicionando as caractersticas da Manufatura em Massa
dentro dos quatro elementos chave de todo Paradigma Estratgico de Gesto da Manufatura
(PEGEM), como proposto no captulo 2. A este perodo inicial da Manufatura em Massa
chamamos de Manufatura em Massa Precedente (MMP). Na seo 4.3 mostramos a
Manufatura em Massa em um estudo de caso na indstria de calados brasileira. Notamos
algumas diferenas entre esta Manufatura em Massa Atual (MMA) e a MMP. Baseado
nisso, apresentamos na seo 4.4 um modelo para a Manufatura em Massa nos dias atuais.
Este modelo mostra basicamente que a MMA mantm a caracterstica principal da
manufatura em massa em seus primrdios, ou seja a competio baseada nos baixos preos,
porm apresenta algumas caractersticas diferentes ou evoludas em relao MMP. A
seo 4.5 mostra algumas concluses, tentando discutir a aplicabilidade da Manufatura em
Massa nos tempos atuais e no futuro prximo.
Como podemos notar atravs do que foi explicitado at aqui, o principal objetivo de
Ford era o aumento de produtividade e com isto a reduo de custos. Por este motivo
dizemos que o objetivo de desempenho ganhador de pedido da Manufatura em Massa
Precedente a produtividade/custo. Tambm o objetivo qualidade (especificamente as
abordagens do usurio ou adequao ao uso e do valor) pode ser encarado como um
objetivo qualificador uma vez que o Ford T era extremamente robusto para poder enfrentar
as estradas da poca (na realidade caminhos de terra cheios de pedras e buracos). Este
quesito teve certa importncia para o Ford T ter ganho o prmio de carro do sculo XX,
segundo cerca de trezentos especialistas de todo o mundo. Quanto aos outros objetivos da
manufatura, podemos dizer que eles no mximo apoiavam o objetivo principal de aumento
de produtividade/reduo de custos. As outras duas abordagens da qualidade (abordagens da
produo e do produto) no eram enfatizadas. Com relao a abordagem da produo
entendia-se que era melhor seguir com o defeito at o final da linha do que solucionar o
problema logo que identificado. Desta forma no havia nfase em fazer certo da primeira
vez, pois entendia-se que isto prejudicaria a produtividade (na tabela 2.6 vimos que na
viso tradicional existia o trade off produtividade versus qualidade em sua abordagem da
produo). Com relao a abordagem do produto bvio que o Ford T, sendo um produto
destinado a um pblico com poucos recursos financeiros, no poderia conter atributos que
tornassem o produto mais caro, aumentar os custos e conseqentemente o preo do produto.
A flexibilidade era inexistente. A velocidade e a pontualidade eram importantes
internamente, mas no em seu sentido externo, ou seja, no havia uma preocupao direta
na entrega rpida e pontual para o cliente, mas sim em se produzir rapidamente e
pontualmente, pois isto traria benefcio produtividade e conseqentemente uma reduo
cada vez maior nos custos. Somente havia uma preocupao em nvel das variveis
velocidade e pontualidade e no em nvel de objetivos.
A figura 4.1 mostra os quatro elementos de uma FGM relativos Manufatura em
Massa Precedente.
Direcionadores :
i) mercado estvel; ii) clientes
entendendo os baixos preos
como o principal diferencial
competitivo
Capacitadores:
i) economia de escala; ii) utilizao
intensiva de peas intercambiveis; iii) uso
intenso de mquinas especializadas; iv) Princpios:
uso da linha de montagem cadenciada i) alta especializao do trabalho;
mecanicamente; v) roteiros estritamente ii) em nichos de mercado sensveis
foco
fixos e inflexveis; vi) utilizao do Manufatura em aos baixos preos; iii) padronizao
de ttempos
d e mtodos e anlise d produto; iv) foco na eficincia
ddot processo;
lh d vii) trabalhar em ambientes
Massa operaciona/alta produtividadel; v)
sem diversidade ou diferenciao nos Precedente gerentes "pensam" e os operrios
produtos; viii) estratgia de resposta executam"; vi) alto grau de integrao
demanda ocmg"vq"uvqem= ix) utilizao do vertical; vii) os produtos devem ter
nc{"qwv por produto com padro de fluxo longos ciclos de vida
hnqy""ujqr
Objetivos de desempenho da
produo:
i) ganhador de pedidos:
produtividade/custo;
ii) qualificador: qualidade (abordagens
do usurio e do valor)
Figura 4.1: A configurao dos quatro elementos chave da Manufatura em Massa Precedente
Capacitadores:
i) economia de escala; ii) utilizao intensiva
de peas intercambiveis; iii) uso intenso de
mquinas especializadas; iv) uso da linha de
Princpios:
montagem cadenciada mecanicamente; v)
i) alta especializao do trabalho; ii) foco
roteiros estritamente fixos e inflexveis; vi) Manufatura em em nichos de mercado sensveis aos
utilizao do estudo de tempos e mtodos e
anlise detalhada do processo; vii) estratgia Massa Atual baixos preos; iii) padronizao do produto;
iv) foco na eficincia operaciona/alta
de resposta demanda ocmg"vq"uvqem= viii)
produtividadel
utilizao do nc{"qwv por produto com padro
de fluxo hnqy""ujqr; ix) ambiente de produo
sem diversidade; alguma diferenciao
possvel
Objetivos de desempenho da
produo:
i) ganhador de pedidos:
produtividade/custo;
ii) qualificador: qualidade (abordagens do
usurio, do valor e da produo)
Figura 4.2: A configurao dos quatro elementos chave da Manufatura em Massa Atual
4.5 Concluses
Neste captulo tratamos da Manufatura em Massa. Apresentamos primeiramente
uma reviso bibliogrfica a respeito da Manufatura em Massa Fordista. A esta Manufatura
em Massa denominamos Manufatura em Massa Precedente. Estruturamos este paradigma
de acordo com os quatro elementos chave de todo PEGEM, como mostrado no captulo 2
desta tese, ou seja: direcionadores, princpios, capacitadores e objetivos de desempenho.
Aps isso, baseado em um estudo de caso na indstria brasileira de calados, verificamos
que a Manufatura em Massa ainda existe na indstria brasileira de calados, porm com
algumas alteraes em relao Manufatura em Massa Precedente. Esta nova Manufatura
em Massa denominamos Manufatura em Massa Atual. Algumas das caractersticas que a
Manufatura em Massa Atual tem que a diferenciam da Manufatura em Massa Precedente
so: um foco na abordagem da produo da qualidade e na variedade 1 (variedade de coisas
semelhantes) como objetivos qualificadores. Alm disso alguns princpios da Manufatura
em Massa Precedente no so mais encontrados na Manufatura em Massa Atual, como o
caso da distino rgida do pensar e executar, a perseguio da integrao vertical e
longos ciclos de vida de produtos.
Na verdade pretendemos com este captulo estarmos contribuindo para o
entendimento de que a Manufatura em Massa no morreu, ao contrrio do que muitos
acreditam. Ela ainda ocupa uma poro significativa no mercado, principalmente no Brasil,
e em particular na indstria de calados. Alm disso quando revisamos a literatura a
respeito dos paradigmas de manufatura temos uma impresso ntida de que so dadas
nfases claras ao estudo e importncia das manufaturas que englobam mais objetivos de
desempenho, como por exemplo as Manufaturas Enxuta e gil. Esta nfase retrata talvez
uma realidade internacional e acadmica e no uma realidade brasileira. Para o caso da
indstria de calados brasileira a Manufatura em Massa Atual ainda ocupa um papel
bastante importante. Portanto este captulo representa uma contribuio ao rduo caminho
de identificao e eliminao das diferenas entre a teoria e prtica na literatura de Gesto
da Produo. Em outras palavras, este captulo confronta a viso de que o melhor PEGEM
para uma empresa aquele que engloba um maior nmero de objetivos de desempenho
(manufaturas enxuta, responsiva, gil e customizao em massa). Como vimos, na indstria
de calados brasileira h indcios de que a Manufatura em Massa Atual ainda fonte de
vantagens competitivas. Urgem novos estudos em outros setores da indstria nacional que
comprovem nossa teoria de uma forma mais ampla. Uma ltima observao vlida que a
existncia de espao para a Manufatura em Massa no indica que os outros PEGEMs
(Manufaturas Enxuta e gil, por exemplo) no so importantes. Elas so de extrema
importncia, porm a escolha de um ou outro PEGEM est ligado ao setor e mercado
especfico que a empresa est atuando, bem como a seus objetivos estratgicos de
desempenho. Esta questo discutida mais profundamente no captulo 9 desta tese.
Captulo 5 A estruturao da Manufatura Enxuta de acordo
com os quatro elementos chave de um PEGEM
5.1 Introduo
Neste captulo tratamos da Manufatura Enxuta, estruturando este paradigma de
acordo com os quatro elementos chave dos PEGEMs tratados nesta tese. Esta estruturao
serve de base para a proposio da metodologia para identificao do PEGEM que a
empresa utiliza (no captulo 8 desta tese) alm de aprofundar o estudo das caractersticas da
Manufatura Enxuta mencionadas nos captulos 2 e 3 desta tese.
A estrutura do captulo a seguinte: na seo 5.2 so mostradas as origens e o
conceito da Manufatura Enxuta; na seo 5.3 tratamos dos direcionadores da Manufatura
Enxuta; nas sees 5.4 e 5.5 mostramos respectivamente os princpios e os capacitadores da
Manufatura Enxuta. Estes princpios e capacitadores foram levantados a partir de uma
reviso bibliogrfica completa a respeito da Manufatura Enxuta (GODINHO FILHO &
FERNANDES, 2003c). Na seo 5.6 trazemos os objetivos estratgicos da produo
priorizados pela Manufatura Enxuta. Na seo 5.7 tecemos algumas consideraes finais a
respeito deste captulo.
- O Japo tinha um mercado interno limitado, que demandava uma vasta variedade
de veculos, tornando a produo em massa invivel;
- A fora de trabalho nativa do Japo no era propensa a ser tratada como custo
varivel ou pea intercambivel;
- Inexistiam no Japo os trabalhadores-hspedes, isto , trabalhadores temporrios
dispostos a enfrentar condies precrias de trabalho em troca de remunerao
compensadora. Estes indivduos no ocidente constituiam o grosso da fora de
trabalho na maioria das companhias de produo em massa;
- A economia do Japo se encontrava devastada pela guerra.
6.1 Introduo
O presente captulo tem por finalidade estudar um dos cinco Paradigmas
Estratgicos de Gesto da Manufatura (PEGEM) tratados nesta tese: a Manufatura
Responsiva (MR). Dentre os modernos PEGEMs, a MR sem duvida a que recebe menos
ateno dentro da literatura de Gesto da Produo.
A MR, tambm denominada competio baseada no tempo, foi primeiramente
proposta por STALK & HOUT (1990). Na verdade este paradigma comeou a surgir alguns
anos antes, com a publicao de diversos trabalhos relacionados ao tempo (STALK, 1988;
BOWER & HOUT, 1988). Como o prprio nome diz, este novo paradigma enfatiza o
tempo como principal diferencial competitivo. BLACKBURN (1991a) cita que a
manufatura baseada no tempo deve implementar uma srie de mtodos destinados a reduzir
o tempo de resposta aos clientes. Para BOOTH (1996), esta nova estratgia de gesto da
manufatura enfatiza a reduo do tempo de desenvolvimento do produto e do tempo de
produo como fatores vitais para o aumento da competitividade de uma empresa. Para
HANDFIELD (1995) esta nfase na reduo do tempo no crtica se pensada como um
fim em si mesma; so os benefcios desta reduo que tornam este paradigam atraente.
Dentre estes benefcios podemos citar: menos estoques, maior rapidez no atendimento ao
cliente e na inovao, maiores fluxos de caixa e maiores lucros. A denominao Manufatura
Responsiva vem de autores como KRITCHANCHAI & MACCARTHY (1998) e
FERNANDES & MACCARTHY (1999), os quais entendem que a Manufatura Responsiva
tem como principal objetivo ganhador de pedidos no somente o tempo mas a
responsividade, o que como j mostramos, formada pelos objetivos ligados ao tempo
(rapidez e pontualidade) e a variedade 2 (alta variedade de coisas distintas, de acordo com
nossa definio vista no captulo 2). Portanto, assim como estes autores, entendemos que
atingir a Manufatura Responsiva significa ser rpido, pontual e ter uma alta variedade de
produtos.
Apesar da denominao da MR estar ligada manufatura, o escopo da MR est
relacionada a toda a cadeia de suprimentos. Nas palavras de HANDFIELD (1995): a
competio baseada no tempo no se refere somente manufatura toda a cadeia de
suprimentos deve ser envolvida.
Neste captulo realizamos uma reviso bibliogrfica completa a respeito da MR,
estruturando tal reviso de acordo com os quatro elementos-chave de todo PEGEM,
propostos no captulo 2, a saber: direcionadores, princpios, capacitadores e objetivos de
desempenho. A partir destes princpios e capacitadores, devidamente estruturados, e da
incluso de mais alguns princpios e capacitadores propostos por estes autores (nossos
princpios e capacitadores tm uma forte nfase na funo de Controle da Produo, a qual
acreditamos ser vital para a responsividade) propusemos uma metodologia para se chegar a
MR em empresas que necessitam do tempo e da variedade como diferenciais competitivos.
Uma metodologia com tais caractersticas no foi encontrada na literatura disponvel na
rea.
Resumidamente, as principais contribuies deste captulo so:
i) revisar o que a literatura apresenta em termos de MR, um dos cinco PEGEMs tratados
nesta tese;
ii) estruturar tal reviso, de forma a aumentar o conhecimento e a divulgao deste
importante PEGEM e facilitar distines entre este e outros PEGEMs tais como a
Manufatura Enxuta e a Manufatura gil;
iii) apresentar uma metodologia, com princpios e capacitadores para se alcanar a
responsividade (chegando-se portanto MR);
iv) identificar Sistemas de Coordenao de Ordens de Produo e Compra (SICOPROCs)
adequados responsividade;
v) propor uma metodologia para a escolha de sistemas de programao com capacidade
finita de acordo com os objetivos da MR;
iv) apresentar alguns passos para a implantao prtica de nossa metodologia para a MR
6.2.1 Os direcionadores
Conforme visto no captulo 2, os direcionadores so as condies do mercado que
possibilitam/facilitam/requerem a implantao de um PEGEM. No caso da MR o principal
direcionador a existncia de clientes que desejam a alta responsividade, em outras
palavras, os clientes devem estar dispostos a pagar preos mais altos por diferenciais em
tempo e variedade oferecidos pelo competidor baseado no tempo. Nas palavras de STALK
& HOUT (1990) " ao abordar a oportunidade de se utilizar o tempo como vantagem
competitiva, os executivos tm de determinar, primeiro, se existe a oportunidade de se
tornar concorrente baseado no tempo no seu setor de atividade." Portanto uma anlise de
mercado se torna crucial antes da deciso de se tornar um concorrente baseado no tempo.
No captulo 9 desta tese apresentamos uma metodologia para identificao do PEGEM ideal
para cada empresa e dentro desta metodologia identificamos caractersticas do mercado
especficas para a introduo da MR.
6.2.2 Os princpios
Como definido no captulo 2, os princpios so as idias que norteiam as empresas
rumo aos PEGEMs. A partir de uma reviso bibliogrfica completa identificamos as
principais idias sobre MR e as estruturamos em 7 princpios mostrados a seguir.
Escolher o consumo do tempo como parmetro crucial em termos de administrao
e estratgia, utilizando a responsividade como diferencial competitivo: este princpio
citado por STALK & HOUT (1990) e o mais importante princpio da MR. Toda a
empresa deve se focar no objetivo de reduo de tempos, inclusive o pessoal de vendas
(HANDFIELD (1995) d uma nfase especial a esta funo por esta ser a responsvel
pela recebimento dos pedidos). As empresas baseadas no tempo devem saber com
preciso quanto tempo necessrio para fornecer os produtos aos clientes. A utilizao
de medidas de desempenho baseadas no tempo um capacitador que est diretamente
relacionado a este princpio. Alm disso esta priorizao do tempo como diferencial
competitivo deve ser entendido e seguido por todas as empresas que formam a cadeia de
fornecimento, caso contrrio no se conseguiro resultados considerveis com relao
diminuio do tempo de resposta aos clientes. Para HANDFIELD (1995) a competio
baseada no tempo ocorre de duas formas diferentes: fast-to-market (a nfase na
reduo do lead time de projeto, desde o conceito at antes do incio da produo) e fast-
to-product (a nfase na reduo do lead time de produo).
Fornecer aos clientes ampla diversidade de produtos: de acordo com este princpio, a
Manufatura Responsiva deve fornecer aos clientes uma ampla variedade de produtos aos
clientes. Esta ampla variedade, diferentemente da Manufatura Enxuta, a denominada
variedade 2 (coisas distintas) ou diversidade, como definimos nos captulos 2 e 3.
Direcionar a empresa para os clientes mais atraentes e sensveis ao tempo: como j
salientamos, a MR no um paradigma para todos os mercados e empresas. Portanto a
empresa responsiva deve identificar no mercado (verificando se estes representam
realmente uma parcela significativa no mercado) os chamados clientes mais atraentes
nas palavras de STALK & HOUT (1990), que so aqueles clientes que no podem
esperar o que desejam. Estes clientes estaro dispostos a pagar mais caro pela velocidade
( este o pblico alvo da MR). A inexistncia ou um volume baixo deste tipo de cliente
no mercado inviabiliza os esforos da empresa responsiva.
Estabelecer o ritmo da inovao no seu setor industrial: de acordo com STALK &
HOUT (1990) a empresa baseada no tempo deve estender sua vantagem de resposta a
toda a organizao. Isto faz com que o desenvolvimento de novos produtos tenha uma
funo importante na rpida introduo de novos produtos no mercado. Neste princpio
vemos a nfase dada ao objetivo adaptabilidade, o qual, como mostramos no captulo 2
um objetivo a ser alcanado pela Manufatura Responsiva. Porm, como bem salienta
HANDFIELD (1995), a inovao do tipo incremental prefervel, uma vez que
inovaes radicais (breakthrough) tendem a aumentar o lead time de projeto, o que no
vai de encontro aos objetivos da MR. Portanto este objetivo qualificador.
Sistema integrado de trabalho em toda a cadeia e estruturado para a simplificao
das atividades e eliminao de tempos desnecessrios: este princpio, bastante
enfatizado por STALK & HOUT (1990), est relacionado idia de que todas as
funes de uma organizao devem ser integradas entre si e tambm com as atividades
de outras empresas que compem a cadeia de suprimentos da empresa. Alm disso todo
o trabalho que no vital para a criao do valor deve ser eliminado, com a finalidade de
reduo do tempo de entrega. Dois capacitadores so vitais para que se tenha bons
resultados em relao a este princpio: organizao do trabalho ao redor da seqncia
principal e o fluxo contnuo de trabalho. Estes dois capacitadores so melhor explicados
na prxima seo.
Sincronizao da programao da produo e das capacidades na cadeia de
suprimentos: a sincronizao da programao na cadeia de suprimentos est relacionada
idia bsica de que todos os fornecedores devem realizar entregas coordenadas dos
produtos que a empresa cliente ir utilizar. Esta sincronizao pode ser conseguida, por
exemplo, via utilizao do EDI (HANDFIELD, 1995). Alm da sincronizao na
programao, tambm as capacidades devem ser sincronizadas entre os nveis da cadeia.
Isto porqu, capacidade desbalanceada favorece o aparecimento de gargalos produtivos,
os quais dificultaro a entrega de produtos no prazo para os clientes. A gesto de
capacidade nas empresas depende em muito de um correto planejamento e controle da
produo, atividade esta que ser enfatizada em nossos princpios propostos na seo 3
deste captulo.
rea de projetos voltada para reduzir a complexidade dos produtos e para facilitar a
manufatura: De acordo com HANDFIELD (1995) a reduo da complexidade do
produto e uma constante busca para facilitar a manufatura logo no estgio do projeto traz
considerveis redues no lead time de projeto. Para se conseguir isto vrios
capacitadores so necessrios: anlise/engenharia de valor, DFMA, engenharia
simultnea.
6.2.3 Os capacitadores
Como definido no captulo 2, capacitadores so as ferramentas, tecnologias e
metodologias que devem ser implantadas para que um PEGEM fornea resultados de
acordo com os objetivos estratgicos priorizados. A seguir estruturamos os principais
capacitadores citados pelos mais importantes trabalhos sobre MR encontrados na literatura.
Utilizar medidas de desempenho baseadas no tempo: Para STALK & HOUT (1990)
"as empresas baseadas no tempo utilizam a mensurao baseada no tempo como
ferramenta para um diagnstico que abrange toda a companhia e para estabelecer metas
bsicas das operaes". De acordo com estes autores as principais medidas de
desempenho baseadas no tempo e que so utilizadas por estas empresas so: i) com
relao ao desenvolvimento de novos produtos: tempo decorrido da concepo at o
mercado (time to market); ii) com relao produo: tempo de ciclo, giro de estoque,
valor agregado como percentual do tempo total transcorrido, iii) com relao tomada
de deciso: tempo do ciclo da deciso, tempo perdido por espera de deciso; iv) com
relao ao grau de atendimento aos clientes: tempo de resposta, porcentagens das
entregas no tempo devido, relao entre prazo fornecido e real. HANDFIELD (1995)
prope outras medidas: tempo de fila em relao ao tempo de resposta total do sistema
de produo; lead time da empresa em relao ao lead time mdio da indstria, dentre
outros. Utilizamos estas medidas de desempenho quando tratamos de nossa proposta
para a implantao prtica da MR, na seo 4 deste captulo.
Trabalhar com sistemas de produo semi repetitivos; em alguns casos no
repetitivos: para se conseguir a diversidade de produtos necessria na Manufatura
Responsiva, so necessrios sistemas de produo semi repetitivos e muitas vezes at
mesmo sistemas no repetitivos. Sistemas com altos nveis de repetitividade no tem
condies de proporcionar responsividade manufatura, uma vez que no apresentam
diversidade; quando muito apresentam apenas diferenciaes.
Organizar o trabalho ao redor da seqncia principal: este capacitador anlogo
ao Mapeamento do Fluxo de Valor proposto por diversos autores da Manufatura Enxuta
(WOMACK & JONES, 1998; ROTHER & SHOOK, 1998). A seqncia principal,
nas palavras de STALK & HOUT (1990) so as atividades que agregam valor ao cliente.
Ainda segundo estes autores, estas atividades devem ser identificadas e organizadas em
uma seqncia clara e organizada; todos os tempos que no so relativos a estas
atividades devem ser combatidos. Dentro desta anlise uma nfase grande deve ser dada
ao sistema de gesto de pedidos. HANDFIELD (1995) prope um sistema de gesto de
pedidos responsivo.
Trabalhar com fluxo contnuo e sincronizado de trabalho: est relacionado
harmonizao do fluxo de produo nas atividades da seqncia principal. Para STALK
& HOUT (1990) e HANDFIELD (1995) esta sincronizao reduz o tempo de ciclo dos
processos e aumenta a capacidade de produo.
Envolver o trabalhador de cho de fbrica na resoluo de problemas: este um
capacitador citado por vrios autores sobre MR (MILLEN, 1991; HANDFIELD, 1995;
KOUFTEROS et al, 1998; TU et al, 2001). De acordo com estes autores deve-se utilizar
a inteligncia dos funcionrios na definio e resoluo de problemas, principalmente de
projeto e produo. Esta participao faz com que o sistema de manufatura seja capaz de
responder mais rapidamente s necessidades dos clientes.
Reduzir ao mximo os tempos de set up: Para KOUFTEROS et al (1998) esforos
devem ser feitos para a reduo dos tempos de set up. De acordo com TU et al (2001)
estes esforos eliminam tempos que no agregam valor (desperdcio), aumentando a
responsividade do sistema. Dentro deste contexto, MILEHAN et al (1999) desenvolve
uma srie de regras relativas ao projeto de mquinas, equipamentos e produtos que
levam a significativas redues nos tempos de troca de mquinas, tornando o sistema
mais responsivo. Esta idia de que as trocas rpidas so um pr requisito para a
responsividade praticamente uma unanimidade na literatura de Gesto da Produo,
sendo que tambm os autores que tratam da manufatura Enxuta (como por exemplo
MONDEN, 1984) enfatizam bastante este capacitador. Outros mtodos de reduo de set
up na MR so citados por KOUFTEROS et al (1998): utilizao de ferramentas
especiais para trocas rpidas, treinamento de funcionrios para trocas rpidas, dentre
outras
Reduzir os tamanhos de lote: HANDFIELD (1995) enfatiza este capacitador,
defendendo que grandes lotes de produo representam tempo perdido na produo e
gerao de estoques desnecessrios; portanto medidas devem ser tomadas para a reduo
dos tamanhos de lotes, o que trar uma maior responsividade ao sistema de produo.
Tecnologia de Grupo: este tambm um capacitador anlogo Manufatura Enxuta.
A utilizao da tecnologia de grupo na MR est relacionado aos seguintes benefcios:
reduo no tempo de resposta, reduo dos tempo e custos do manuseio de materiais,
reduo de estoques em processo, dentre outros (TU et al, 2001).
Manuteno Produtiva Total (TPM): tambm um capacitador anlogo Manufatura
Enxuta. No caso da MR este capacitador evita que mquinas e processos no confiveis
levem a aumentos nos tempos de produo e conseqentes atrasos nos prazos dos
clientes (TU et al, 2001).
Trabalhar com uma rede de fornecedores confivel com relao aos prazos:
fornecedores confiveis ajudam a diminuir o lead time da obteno dos suprimentos,
reduzindo o tempo de resposta do sistema de produo. Vrios trabalhos trazem
evidncias empricas desta afirmao (BLACKBURN, 1991c; HANDFIELD &
PANESI, 1992). Por esta razo este capacitador vital para a MR e est extremamente
ligada aos princpios de sistema de trabalho integrado em toda a cadeia de suprimentos e
escolha do tempo como parmetro crucial do negcio. Alm disso estes fornecedores
devem se envolver o mais cedo possvel no projeto de novos produtos e ser
continuamente avaliados (HANDFIELD, 1995).
Metodologias relacionadas a Recursos Humanos: Vrias metodologias podem
alavancar a utilizao dos recursos humanos de uma empresa em prol da responsividade.
Dentre eles: Empowerment, trabalho em equipe e participao, comprometimento da
gerncia, trabalhador multi habilitado e treinamento do pessoal. Vrios autores tratam
deste assunto (BAILEY, 1991; CIAMPA, 1991, dentre outros)
Tecnologia e Sistemas de Informao voltados para a integrao e a maior eficincia
nas operaes: na MR, devido a alta variedade de produtos, a integrao se torna um
ponto crucial e diferencial em relao aos outros PEGEMs que trabalham com baixa
variedade. Portanto, a MR necessita de tecnologias e sistemas de informao que
forneam integrao interna (por exemplo: intranet, ERP). Alm disso novas tecnologias
que agilizem o processo produtivo (referente diminuio dos tempos na produo)
tambm podem ser utilizadas, como por exemplo novas tecnologias de produo e robs.
Capacitadores voltados ao projeto responsivo: Vrios capacitadores so entendidos
como essenciais para a rea de projetos na tarefa de reduzir a complexidade dos
produtos, facilitar o projeto e a produo, contribuindo para a reduo do lead time de
projeto e para que a empresa se torne lder inovativa em seu setor industrial. Dentre eles:
engenharia simultnea, DFMA, CAD, CAM. Vrios autores desenvolvem trabalhos
relacionados a um projeto responsivo (BLACKBURN, 1991b; BAILEY, 1991; dentre
outros)
Manufatura Responsiva
Neste ponto vale a pena salientar uma observao importante com relao s
estratgias de resposta demanda em nossa proposta para a MR. Como vimos no captulo 3
desta tese, a MR est relacionada s estratgias assembly to order e make to order (1 e 2).
Portanto nossa estratgia no inclui as estratgias make to stock e engineering to order (os
dois extremos com relao ao tempo de resposta). Com relao estratgia make to stock
dificilmente se conseguir responsividade igual a estes sistemas pois seu tempo de resposta
composto somente pelo lead time de distribuio, uma vez que os produtos j se
encontram em estoque. J a estratgia engineering to order tem todos os tipos de lead times
e portanto, sendo seu tempo de resposta bastante alto, bem difcil alcanar o objetivo
responsividade (como ganhador de pedidos) em um sistema com tais caractersticas. Outros
PEGEMs so mais compatveis com estas duas estratgias; a Manufatura em Massa Atual
no caso da estratgia make to stock e a Customizao em Massa e Manufatura gil no caso
da estratgia engineering to order. Portanto todas as observaes feitas neste captulo sobre
nossa proposta de Manufatura Responsiva est relacionada as polticas assembly to order e
make to order (1 e 2).
Unidades Produtivas do
Unidades produtivas do Unidades Produtivas do
tipo 2: clulas com
tipo 1: clulas com padro tipo 3: pequenos job
padro de fluxo job
de fluxo flow shop shops
shop
Linha de montagem
sistema de alocao de
CONWIP H PBC ou OPT carga por encomenda
Figura 6.3: Os SICOPROCs ideais para a MR de acordo com o nvel de repetitividade do sistema de produo
Da ligao entre as figuras 6.2 e 6.3 temos os SICOPROCs ideais a cada tipo de
unidade produtiva encontrada na MR: o CONWIP H o SICOPROCs adequado a unidades
produtivas do tipo 1, o PBC ou o OPT so SICOPROCs adequados a unidades produtivas
do tipo 2 e o sistema de alocao de carga por encomenda o SICOPROC adequado a
unidades produtivas do tipo 3. A figura 6.4 ilustra estas consideraes
Unidades Produtivas do
Unidades Produtivas do tipo 2:
Unidades produtivas do tipo 1: tipo 3:
=> clulas com padro de fluxo"
=> clulas com padro de fluxo => pequenos"lqd"ujqru ;
lqd"ujqr=
hnqy"ujqr ; => sistema de produo
?@" sistema de produo semi
=> sistema de produo repetitivo; no repetitivo;
repetitivo;
=> SICOPROC ideal: CONWIP H => SICOPROC ideal:
=> SICOPROC ideal: PBC ou
sistema de alocao de carga
OPT
por encomenda
Linha de montagem
Reviso
Etapa 2 : Escolher sistemas de programao da produo
bibliogrfica
adequados aos tipos de nc{"qwv" das unidades produtivas
dos sistemas
de
programao
da produo
existentes na
Etapa 3 : Determinar as funes objetivo literatura
ligadas ao tempo a serem minimizadas
pelo sistema
Qwvrwv: Poucos
sistemas de
programao com
capacidade finita
para a manufatura
responsiva
Figura 6.5: Metodologia para a escolha de um sistema de programao com capacidade finita para a MR
Aps termos apresentado nossa proposta para a MR, na seo seguinte tratamos de
alguns passos necessrios sua implementao nas empresas.
Passo 1: Expanso para toda a cadeia de valor dos princpios da MR com o intuito de
criar comprometimento e cultura relacionados responsividade.
O passo inicial de nossa metodologia est relacionado expanso dos princpios
responsivos apresentados nas sees anteriores ao longo de toda a cadeia de suprimentos. A
importncia deste passo inicial de nossa metodologia o de criar uma cultura voltada para o
tempo nas empresas que integram a cadeia de suprimentos da empresa que deseja ser uma
empresa baseada no tempo, uma vez que a MR um paradigma completo de gesto (ou seja
uma maneira de se administrar de forma focada a certos objetivos de desempenho) e no
somente uma simples ferramenta. Alm disso se faz necessrio que todos os funcionrios
dessas empresas sejam treinados nos princpios citados, os quais devem direcionar a
estratgia da empresa.
Ao mesmo tempo propomos que sejam esclarecidas as razes que levaram a empresa
a adotar a MR como PEGEM. Desta forma cria-se um comprometimento de todos (gerentes
e funcionrios) para com este novo paradigma. Nesta tarefa de explicao e
comprometimento til a utilizao do modelo desenvolvido no captulo 9 desta tese, o
qual identifica o PEGEM ideal para cada tipo de organizao, ou mesmo comparaes entre
os diversos PEGEMs tratados nesta tese. Uma vez esclarecidas as razes para a adoo do
paradigma o comprometimento de todos aumenta e com isso tambm aumenta a
probabilidade de sucesso na implementao do novo paradigma.
Passo 2: Implementar capacitadores
Este passo prev que sejam implantados os capacitadores (ferramentas,
metodologias, etc...) com o objetivo de tornar a empresa responsiva. Mostramos na tabela
6.3 todos os capacitadores da MR. Antes da implantao dos capacitadores, necessrio um
conhecimento prvio dos mesmos, os quais devem ser estudados e analisados a fundo a fim
de aumentar o seu potencial de contribuio. Todo o pessoal envolvido deve ser treinado.
7.1 Introduo
GRANDE
Customizao Manufatura
em massa gil
Manufatura
MDIA
Responsiva
Manufatura
Enxuta
PEQUENA
Manufatura
em Massa
Atual
Figura 7.1: O posicionamento dos PEGEMs dentro de uma matriz mudana nos produtos x mudana nos
processos
7.5 Concluses
Na moderna literatura sobre Gesto da Produo existe uma certa confuso e
dificuldade de se estabelecer uma clara distino entre dois importantes paradigmas
surgidos recentemente: Manufatura gil e Customizao em Massa. O presente captulo
apresentou uma anlise comparativa entre estes dois importantes PEGEMs. Para isso,
realizou um levantamento bibliogrfico a respeito destes dois paradigmas e estruturou tal
reviso luz dos elementos chave de todas os PEGEMs conforme apresentado no captulo 2
desta tese, a saber: direcionadores, princpios, capacitadores e objetivos estratgicos.
A partir de tal reviso e anlise comparativa conseguiu-se estabelecer semelhanas e
diferenas entre a Manufatura gil e a Customizao em Massa, contribuindo desta forma
para um melhor entendimento destes dois PEGEMs, uma vez que no existem estudos
comparativos deste tipo na literatura. Alm disto, este estudo tem uma grande utilidade
prtica uma vez que pode ser utilizado como base referencial para implantaes destes
PEGEMs em empresas, contribuindo para aproximar a teoria e a prtica na Gesto da
Produo.
As principais semelhanas encontradas entre a Manufatura gil e a Customizao
em Massa foram: ambas no so direcionadas a todas as empresas, ou seja, no so
panacia para todos os males; ambas tm alguns objetivos estratgicos comuns e se utilizam
portanto de vrios princpios e ferramentas semelhantes, como por exemplo: foco no cliente,
compartilhamento de conhecimentos e principalmente forte utilizao de alta tecnologia
para trazer flexibilidade ao processo e ao projeto. Porm existem diferenas fundamentais
entre esses dois PEGEMs. Estas diferenas esto basicamente relacionadas a trs pontos
vitais: i) aos direcionadores de ambos os paradigmas, ou seja, ao mercado para o qual estes
PEGEMs foram projetadas: enquanto a Manufatura gil est relacionada a mercados
altamente turbulentos e em constante mutao; a Customizao em Massa est relacionada a
um mercado menos mutvel, sujeito a clientes que desejam customizao de
produtos/servios; ii) aos princpios e capacitadores exclusivos de cada PEGEM: so os
princpios e capacitadores que caracterizam cada PEGEM e foram mostrados ao longo do
trabalho e iii) ao output de cada PEGEM: enquanto a Customizao em Massa fornece
produtos e servios o mais customizados possveis dentro de um mix determinado, a
Manufatura gil oferece a empresa a possibilidade de crescer e prosperar em um ambiente
em constante mudanas, o que caracteriza muitos dos mercados atuais. A figura 7.2 ilustra
estes comentrios, mostrando estes trs elementos cruciais de diferenciao entre a
Customizao em Massa e a Manufatura gil.
A partir de todos estes comentrios, finalmente interessante um comentrio a
respeito das duas vertentes que mencionam um relacionamento entre Manufatura gil e
Customizao em Massa. Cada uma delas foca um PEGEM especfico, entendendo a outra
como um simples capacitador. Estas vises no esto equivocadas, uma vez que existem
pontos semelhantes entre os dois PEGEMS; porm acreditamos que estas vises sejam um
tanto quanto simplistas, uma vez que mostramos a existncia de considerveis diferenas
entre estes dois paradigmas. Portanto fica claro que ambos os PEGEMs so diferentes e
somente podero alcanar sua mxima eficcia se implantados nos mercados mais
adequados e objetivando-se conseguir atingir exatamente os objetivos para os quais foram
projetados. Desta forma conclumos que nem a Manufatura gil engloba a Customizao
em Massa, nem vice-versa; cada uma destes PEGEMs mais adequado dentro de um
contexto especfico. A escolha do PEGEM ideal para cada empresa ser discutida a fundo
no captulo 9 desta tese.
Princpios Exclusivos:i) Atender a
demanda fragmentada para diferentes gostos
e necessidades; ii) participao dos clientes
na etapas do ciclo de vida; iii) reduo do
ciclo de vida dos produtos; iv) cadeia de
suprimentos preparada para a customizao
Output:
Input:
Produtos e
Direcionadores :
servios o mais
Mercado no muto Customizao
customizados
turbulento e sujeito a em Massa possveis dentro
clientes que desejem
de um mix
customizao
determinado
Capacitadores Exclusivos: i)
SICOPROCs e sistemas de projetos
voltados customizao; ii) tecnologia e
sistemas de informao voltados
comunicao com os clientes; iii) cadeia
de suprimentos integrada e desagregada
Output:
Input: Possibilidade de
Direcionadores : crescer e
mercado altamente
Manufatura prosperar em
turbulento e em gil um ambiente
constante mudana em constante
mudana
8.1 Introduo
Estudamos nos captulos anteriores os principais PEGEMs que se apresentam nos
dias atuais dentro da literatura de Gesto da Produo: Manufatura em Massa Atual,
Manufatura Enxuta, Manufatura Responsiva, Customizao em Massa e Manufatura gil.
Porm diante desta diversidade de PEGEMs surgem algumas questes de extrema
importncia: Como identificar qual destes paradigmas est sendo utilizado em determinada
empresa ? Ser que determinado setor industrial est utilizando um s PEGEM ou existe
uma diversidade de paradigmas prevalecendo em tal setor ?
O presente captulo tem como objetivo exatamente contribuir para a resoluo de
tais questes por meio da proposta de uma metodologia que visa a identificao do PEGEM
que uma empresa est utilizando. Tal proposta ser validada atravs de sua utilizao em
um estudo de mltiplos casos na indstria de calados brasileira. Verificaremos se neste
setor industrial podem ser encontrados exemplos dos PEGEMs tratados nesta tese. Alm
disso a metodologia proposta serve tambm para avaliar e melhorar o grau de integrao
entre as estratgias e planos de ao na manufatura, integrao esta bastante importante
atualmente em Gesto da Produo (CORREA & GIANESI, 1996; SIPPER & BULFIN,
1997, dentre outros). A comprovao de que uma empresa utiliza em alto grau um PEGEM
especfico sinal de que existe esta integrao, caso contrrio, a empresa pode estar sem
foco estratgico.
A metodologia proposta formada por alguns passos e seus respectivos instrumentos
de pesquisa os quais buscam a identificao da configurao de trs pontos de extrema
importncia nas empresas: princpios, capacitadores (ambos advindos da prpria definio
de PEGEM) e reas de deciso da produo. A partir do estudo da configurao destes trs
elementos nas empresas pode-se identificar qual PEGEM est sendo priorizada por
determinada empresa.
A estrutura do captulo a seguinte: na seo 8.2 apresentada a proposta
propriamente dita, bem como o referencial terico necessrio; na seo 8.3 so apresentados
estudos de casos em importantes empresas da indstria de calados brasileira, nos quais a
proposta aplicada e portanto so identificados os PEGEM que cada uma desta empresas
utiliza; na seo 8.4 so tecidas algumas consideraes finais.
Figura 8.1: Resumo da metodologia para a identificao do PEGEM utilizado por uma empresa
Tabela 8.1: Lista de fundamentos extrados dos princpios dos PEGEMs e utilizados no passo 1 da
metodologia
FUNDAMENTOS RELATIVOS AOS PRINCPIOS DA MANUFATURA EM MASSA ATUAL
F1: Especializao do trabalho
F2: A empresa direciona seus esforos para as classes sociais menos favorecidas, visando reduzir preos e atender especificamente este
segmento
F3: Os produtos da empresa so padronizados, com nenhuma diversidade
F4: A empresa usa conscientemente altos estoques de segurana de matrias primas ou at mesmo estoques entre os processos para evitar
que as mquinas parem e ocorram perdas de produtividade
FUNDAMENTOS RELATIVOS AOS PRINCPIOS DA MANUFATURA ENXUTA
F5: A empresa busca a qualidade dos seus produtos a principal fonte de vantagens competitivas
F6: A empresa busca alta diferenciao, com pouca diversidade
F7: Combate total aos desperdcios: estoques, espera, superproduo, transporte, movimentao, defeitos, deficincias no processo.
F8: Filosofia just in time
F9: A atividades de melhoria contnua so vistas como vitais por todos na empresa
F10: Busca do zero defeito a qualquer custo
F11: A produo deve parar ao menor sinal de defeito e as causas devem ser buscadas, analisadas e corrigidas
F12: Gerenciamento Visual voltado qualidade
FUNDAMENTOS RELATIVOS AOS PRINCPIOS DA MANUFATURA RESPONSIVA
F13: A empresa tem na rapidez e na pontualidade do atendimento dos pedidos dos clientes a principal fonte de vantagens competitivas
F14: A empresa busca fornecer aos clientes ampla diversidade de produtos
F15: A empresa direciona seus esforos para os clientes sensveis ao tempo, ou seja, aqueles clientes que esto dispostos a pagar mais por
maior velocidade e pontualidade
F16: A empresa extremamente inovadora, estabelecendo o ritmo da inovao em seu setor industrial
F17: Todos na empresa e na cadeia de valor esto imbudos em esforos de integrao e reduo de tempos
F18: A programao da produo sincronizada em toda a cadeia de suprimentos
F19: A empresa foca bastante a utilizao de SICOPROCs responsivos
F20: A empresa foca a utilizao de sistemas de programao com capacidade finita
FUNDAMENTOS RELATIVOS AOS PRINCPIOS DA CUSTOMIZAO EM MASSA
F21: A empresa tem na customabilidade, ou seja, na habilidade de fornecer ao cliente exatamente o que ele quer e no uso intensivo de
tecnologia e sistemas de informao a principal fonte de vantagens competitivas.
F22: Devido a uma grande customabilidade, os preos cobrados pela empresa esto acima dos concorrentes.
F23: A empresa usa intensivamente novas tecnologias e sistemas de informao (por exemplo: EDI, internet, etc.), focando estas
tecnologias no contato com o cliente.
F24: A empresa direciona sua rea de desenvolvimento de produtos customizao de produtos aos clientes
F25: Existe uma rede de fornecedores prxima a empresa e que constantemente trocam informaes entre si.
F26: O desenvolvimento dos produtos feito com a colaborao dos fornecedores.
F27: O cliente participa nas etapas do ciclo de vida do produto (mostrar os sete nveis de participao do cliente de DA SILVEIRA et al
(2001)
F28: Ferramentas de comunicao entre o cliente e a empresa so de extrema importncia para a empresa; para tal so oferecidos
catlogos de opes para os clientes, as informaes sobre a escolha do cliente so armazenadas em um banco de dados especfico, etc...
F29: A empresa utiliza bastante mdulos padres com a finalidade de atingir a customizao pela combinao ou modificao destes
mdulos .
F30: Os ganhos de escala na empresa so conseguidos atravs da economia de escopo, ou seja, um mesmo equipamento capaz de
produzir uma variedade de produtos com um custo menor do que se estes produtos fossem produzidos separadamente em diversas
mquinas.
Tabela 8.1: Lista de fundamentos extrados dos princpios dos PEGEMs e utilizados no passo 1 da
metodologia (continuao)
FUNDAMENTOS RELATIVOS AOS PRINCPIOS DA MANUFATURA GIL
F31: A empresa tem na agilidade, ou seja, na habilidade de lidar, responder e tirar vantagens das mudanas, sejam elas constantes ou
inesperadas e no uso intensivo de tecnologia e sistemas de informao a principal fonte de vantagens competitivas
F32: Existe na empresa um forte comprometimento social e ambiental, com a existncia de diversos programas nestas reas.
F33: A empresa usa intensivamente novas tecnologias e sistemas de informao (por exemplo: EDI, internet, etc.), principalmente
focando estas tecnologias no desenvolvimento de parcerias virtuais.
F34: A empresa participa de parcerias virtuais momentneas com outras empresas, desenvolvendo produtos inteiramente novos que no
pertencem a sua habitual gama de produtos a fim de aproveitar uma oportunidade nova que o mercado est oferecendo
F35: A empresa se preocupa em fornecer solues para seus clientes, solues estas que se encontram muitas vezes na realizao de
parcerias virtuais com outras empresas
F36: Existe uma grande nfase na cooperao dentro (entre funcionrio) e principalmente fora da empresa (entre empresas)
F37: A capacidade de reconfigurao (mudar de foco, diversidade, nicho) tida como vital na empresa
F38: A rea de desenvolvimento de produtos direcionada para a criao de novos produtos, produtos estes, na maioria das vezes,
totalmente fora da gama de produtos da empresa
Resultado Parcial 1:
Determinao de qual PEGEM
Determinar o maior grau
os princpios e fundamentos
mdio de importncia
da empresa esto mais
relacionados
Resultado Parcial 2:
Determinar o maior grau mdio Determinao de qual PEGEM os
de utilizao capacitadores da empresa esto
mais relacionados
Resultado Parcial 3:
Calcular o grau mais citado referente s reas de Determinao de qual PEGEM
deciso da manufatura (relativo ao passo 3 da est mais relacionado a
metodologia) configurao atual das reas
de deciso da empresa
Figura 8.2: Algoritmo para anlise dos resultados da metodologia de determinao do PEGEM
Como podemos notar na figura 8.2, cada um dos trs passos iniciais de nossa
metodologia nos leva a um PEGEM especfico. A estes trs resultados iniciais chamaremos
de resultados parciais (so os outputs iniciais de nossa metodologia, representados por
quadrados vermelhos), uma vez que estes representam apenas uma etapa intermediria no
processo de identificao global do PEGEM que a empresa utiliza.
Neste ponto algumas recomendaes so importantes. Com relao aos resultados
parciais 1 e 2 (referente aos princpios e capacitadores) no basta verificar com qual
PEGEM os princpios e capacitadores da empresa mais se relacionam. tambm
importante que este relacionamento seja verificado por um valor de mdio para alto (acima
de 3,5 pelo menos) nos graus de importncia mdio dos princpios e no grau de utilizao
mdio dos capacitadores. J com relao s reas de deciso, a maior parte destas deve
necessariamente ter relacionamento com um PEGEM especfico.
A partir dos trs resultados parciais o algoritmo de anlise nos leva a uma questo
crucial, a qual definir o resultado final de nossa metodologia. Esta questo a seguinte:
Os trs resultados parciais so os mesmos ? Caso esta resposta seja afirmativa, ento o
PEGEM atualmente utilizado na empresa o PEGEM encontrado nos trs resultados
parciais encontrados anteriormente. Neste caso melhorias no grau de interao entre
objetivos (representados pelos princpios, no passo 1) e aes (representado pelos
capacitadores utilizados e pela configurao das reas decisrias) podem ainda ser
melhorados pela anlise minuciosa de possveis incompatibilidades encontradas. Caso a
resposta seja negativa, conclumos que a empresa tende a utilizar o PEGEM encontrado
pelo maior nmero de resultados parciais; porm acreditamos que pelo menos uma das
seguintes reas (princpios, capacitadores ou configurao das reas decisrias) encontra-se
em total desacordo com as outras reas. Em outras palavras tem-se uma falta de integrao
entre os objetivos e as aes nesta empresa. Entendemos que esta carncia precisa ser
corrigida, uma vez que a integrao entre estratgia e ao e entre as reas da empresa
vista atualmente como vital para o sucesso competitivo das empresas (RUMMLER &
BRACHE, 1994; PIRES, 1995; CORREA & GIANESI, 1996; SIPPER & BULFIN, 1997;
dentre muitos outros). Tambm se forem encontrados graus muito baixo (nas anlises
parciais 1 e 2) com relao ao PEGEM mais adequado ou mais reas de deciso no
voltadas especificamente a nenhum PEGEM, temos um problema na empresa, pois
acreditamos que a empresa esteja sem foco estratgico, uma vez que no est se focando
em objetivos estratgicos especficos, representado pelos PEGEMs. Urge nestes casos uma
reviso das causas desta falta de foco estratgico e ento o correto posicionamento da
empresa em um dos PEGEMs tratados nesta tese. Em outras palavras, entendemos que a
empresa precisa se focar em alguns objetivos estratgicos especficos.
Uma ltima observao deve ser feita com relao ao nosso algoritmo: como nos
passos 1 e 2 da metodologia (relativo aos princpios e capacitadores) foram utilizados
alguns princpios e capacitadores no exclusivos para identificar a Manufatura Enxuta,
possvel que uma empresa apresente resultados parciais (relativo a estes dois passos) com
valores altos simultaneamente para Manufatura Enxuta e tambm para outro paradigma
mais recente (Manufatura Responsiva, Customizao em Massa ou Manufatura gil).
Nestes casos, entendemos que a ME est facilitando a implantao deste outro paradigma
mais recente uma vez que a ME o PEGEM que apresenta o menor nmero de trade offs,
por focar a qualidade. Esta constatao est de acordo com alguns autores, dentre eles
SHARP et al (1999), o qual considera a ME um suporte para outros paradigmas estratgicos
de gesto. Portanto nestes casos devemos considerar como resultado da anlise parcial que
a empresa est se reestruturando da ME em direo ao outro PEGEM.
Nos estudos de caso mostrados na prxima seo este algoritmo de anlise proposto,
bem como toda a metodologia, poder ser melhor compreendida.
Apresentao da empresa
A empresa A a empresa j utilizada no estudo de caso do captulo 4. Neste captulo
a codificao tambm empresa A.
Tabela 8.4: A anlise decisria para a escolha do PEGEM utilizado pela empresa A
Manufatura em Manufatura Manufatura Customizao Manufatura RESULTADOS
Massa Atual Enxuta Responsiva em Massa gil PARCIAIS
Grau mdio de 4,5 1,7 1 1 1 Manufatura em
importncia dos Massa Atual
princpios
Grau mdio de 4,0 1,2 1 1 1 Manufatura em
utilizao dos Massa Atual
capacitadores
Nmero de reas de 6 0 1 0 0 Manufatura em
deciso configuradas Massa Atual
de acordo com cada
PEGEM (*)
RESULTADO FINAL A empresa utiliza o PEGEM Manufatura em Massa Atual, dado pelos trs resultados
parciais
(*) a somatria do nmero de reas de deciso no onze, uma vez que existem 4 reas que no esto
configuradas exatamente de acordo com nenhum PEGEM especfico
Apresentao da empresa
A empresa B uma empresa voltada produo de vrios tipos de calados infantis:
sapatos, papetes, sandlias, tnis e sapatos. A empresa est no mercado h mais de 10 anos.
uma empresa do tipo limitada, com capital inteiramente nacional. O nmero de
trabalhadores nas 3 plantas da empresa de 1470 funcionrios, incluindo terceiros. O
nmero de trabalhadores internos da produo de 702 funcionrios. A produo diria da
empresa gira em torno de 20000 pares de calados por dia.
Tabela 8.5: A anlise decisria para a escolha do PEGEM utilizado pela empresa B
Manufatura em Manufatura Manufatura Customizao Manufatura RESULTADOS
Massa Atual Enxuta Responsiva em Massa gil PARCIAIS
Grau mdio de 2,2 4,2 2 1 1 Manufatura
importncia dos Enxuta
princpios
Grau mdio de 2,0 3,8 1,7 1,2 1 Manufatura
utilizao dos Enxuta
capacitadores
Nmero de reas de 2 6 1 0 0 Manufatura
deciso configuradas Enxuta
de acordo com cada
PEGEM (*)
RESULTADO FINAL A empresa utiliza o PEGEM Manufatura Enxuta, dado pelos trs resultados parciais
(*) a somatria do nmero de reas de deciso no onze, uma vez que existem 2 reas que no esto
configuradas exatamente de acordo com nenhum PEGEM especfico
Apresentao da empresa
A empresa C uma empresa voltada produo de uma ampla gama de calados
infantis: sapatos, papetes, sandlias, tnis e sapatos. A empresa est no mercado h
aproximadamente vinte anos. uma empresa do tipo limitada, com capital inteiramente
nacional. A empresa possui 5 plantas fabris com um total de 4512 funcionrios, incluindo
terceiros. O nmero de trabalhadores internos da produo de aproximadamente 4400
funcionrios. A produo diria da empresa gira em torno de 40000 pares de calados por
dia.
Tabela 8.6: A anlise decisria para a escolha do PEGEM utilizado pela empresa C
Manufatura em Manufatura Manufatura Customizao Manufatura RESULTADOS
Massa Atual Enxuta Responsiva em Massa gil PARCIAIS
Grau mdio de 1,7 4,0 3,1 1,2 1 Manufatura
importncia dos Enxuta
princpios
Grau mdio de 1,5 3,8 3,1 1 1 Manufatura
utilizao dos Enxuta
capacitadores
Nmero de reas de 1 5 4 0 0 Manufatura
deciso configuradas Enxuta
de acordo com cada
PEGEM (*)
RESULTADO FINAL A empresa utiliza o PEGEM Manufatura Enxuta, dado pelos trs resultados parciais;
porm a empresa est em transio rumo MR.
(*) a somatria do nmero de reas de deciso no onze, uma vez que existe 1 rea que no est
configurada exatamente de acordo com nenhum PEGEM especfico
Apresentao da empresa
A empresa D uma empresa voltada produo de calados femininos que produz
proximadamente 600 modelos diferentes de calados. A empresa est no mercado h mais
de dez anos. uma empresa do tipo limitada, com capital inteiramente nacional. A empresa
possui 4 plantas fabris com um total de 1800 funcionrios. O nmero de trabalhadores
internos da produo de aproximadamente 1570 funcionrios. A produo diria da
empresa gira em torno de 38000 pares de calados por dia.
Apresentao da empresa
A empresa E uma empresa voltada produo de uma ampla gama de calados
femininos (chegam a ser produzidos em um ano at 1000 modelos diferentes de calados).
A empresa est no mercado h mais de dez anos. uma empresa do tipo limitada, com
capital inteiramente nacional. A empresa possui 4 plantas fabris com um total de
aproximadamente 2500 funcionrios. O nmero de trabalhadores internos da produo de
aproximadamente 2400 funcionrios. A produo diria da empresa gira em torno de 16000
pares de calados por dia. A empresa E uma empresa com 100% de sua produo voltada
ao mercado externo.
Apresentao da empresa
A empresa F uma empresa voltada produo de dois tipos de calados: sapatos e
botas. A empresa est no mercado h aproximadamente 10 anos. uma empresa do tipo
limitada, com capital inteiramente nacional. O nmero de trabalhadores na nica planta da
empresa de 48 funcionrios. A produo diria da empresa varia de 600 a at 1400 pares
de calados por dia.
Tabela 8.9: A anlise decisria para a escolha do PEGEM utilizado pela empresa F
Manufatura em Manufatura Manufatura Customizao Manufatura RESULTADOS
Massa Atual Enxuta Responsiva em Massa gil PARCIAIS
Grau mdio de 2,2 1,8 1 1 1 Sem foco com
importncia dos relao aos
princpios princpios
Grau mdio de 2,1 1 1 1 1 Sem foco estratgico
utilizao dos em relao aos
capacitadores capacitadores
Nmero de reas de 3 3 1 0 0 Sem foco estratgico
deciso configuradas com relao s reas
de acordo com cada de deciso
PEGEM (*)
RESULTADO FINAL A empresa est totalmente sem foco estratgico, uma vez que apresenta baixo grau mdios de
importncia referente aos princpios (2,2 para a MMA) e baixo grau mdio de utilizao
referente aos capacitadores (2,0 para a MMA), alm de ter a maior parte das reas de deciso
(4) no voltadas especificamente para nenhum PEGEM
(*) a somatria do nmero de reas de deciso no onze, uma vez que existem 4 reas que no esto
configuradas exatamente de acordo com nenhum PEGEM especfico
O resultado mostrado acima para a empresa F compatvel com a atual situao da
empresa. De acordo com o gerente industrial entrevistado, a empresa se encontra na pior
crise financeira desde sua fundao. Outros fatos tambm ajudam a ilustrar esta falta de
foco estratgico da empresa. De acordo com o gerente industrial o menor lucro unitrio vm
exatamente dos 3 produtos principais da empresa. Isto por que a empresa no est
conseguindo competir em preo com os concorrentes. Isto se deve com certeza ao fato de
que a concorrncia, focada na alta produtividade e na reduo de custos (MMA) est
conseguindo preos muito abaixo da empresa F, colocando-a em situao extremamente
difcil, uma vez que sua falta de foco faz com que no consiga reduzir os custos (e tambm
os preos) da mesma forma que o faz sua concorrncia. Algumas medidas drsticas esto
sendo tomadas na tentativa de mudar esta situao, tais como; a empresa est tentando
aumentar seu grau de informatizao e integrao, adquirindo um software ERP. Porm
estas medidas so insuficientes (e talvez at desnecessrias), pois o que falta empresa
um foco estratgico, ou seja, direcionar seus esforos em direo a um PEGEM especfico,
no caso a MMA (no captulo 9 identificamos que a MMA o PEGEM mais adequado para
a empresa F).
Podemos notar na tabela 8.10 que alm de encontrar exemplos de quatro dos cinco
PEGEMs tratados nesta tese, este estudo de mltiplos casos encontrou tambm uma
empresa sem foco estratgico. Portanto notamos que a metodologia desenvolvida pode
servir tambm para diagnosticar falta de foco estratgico em empresas.
8.4 Concluses
O presente captulo apresenta uma metodologia para a identificao do PEGEM
utilizado por determinada empresa. Esta metodologia formada por um conjunto de passos
os quais buscam a identificao de trs caractersticas fundamentais: i) quais so os
princpios que tem grande importncia na empresa; ii) quais so os capacitadores utilizados
na empresa e iii) como so configuradas as principais reas de deciso da produo. Por
meio de tal verificao, a metodologia analisa o relacionamento entre estas caractersticas e
os PEGEMs tratados neste trabalho, identificando qual deles est sendo utilizado pela
empresa.
Alm de servir para a correta identificao do paradigma estratgico que uma
empresa qualquer est utilizando, o presente metodologia serve tambm a diversos
propsitos:
i) auxilia as empresas a enfocar as reas de deciso em objetivos estratgicos
especficos;
ii) ajuda no maior entendimento e desenvolvimento/implantao dos PEGEMs nas
empresas;
iii) auxilia a empresa a escolher capacitadores de acordo com seus objetivos
9.1 Introduo
Aps, nos captulos anteriores, apresentarmos todos os Paradigmas Estratgicos de
Gesto da Manufatura (PEGEMs), propormos e validarmos uma metodologia para
identificao do PEGEM utilizado por uma empresa, este captulo trata do assunto da
escolha do PEGEM ideal para cada tipo de empresa.
O termo PEGEM definido no captulo 2 desta tese: PEGEMs so
modelos/padres estratgicos de gesto, direcionados a certas situaes de mercado, que se
propem a auxiliar as empresas a alcanarem determinado (s) objetivo (s) de desempenho
(da o nome estratgicos); paradigmas estes compostos de uma srie de princpios e
capacitadores que norteiam (da a denominao gesto) e possibilitam que a empresa, a
partir de sua funo manufatura (da a denominao manufatura) atinja tais objetivos,
aumentando desta forma seu poder competitivo. A partir de tal definio podemos extrair
duas caractersticas importantes, as quais so a base para a correta escolha do PEGEM a ser
utilizado por determinada empresa. Estas caractersticas so: os PEGEMs so direcionados
a certas situaes de mercado e se propem a auxiliar as empresas a alcanarem
determinado(s) objetivo(s) de desempenho. Portanto notamos que conhecer o mercado em
que a empresa atua e seus objetivos estratgicos da produo fundamental para a correta
escolha do PEGEM a ser utilizado.
Dentro deste contexto, o presente captulo prope uma metodologia para a correta
escolha do PEGEM a ser implementado por uma empresa. Essa metodologia composta
por 3 passos principais:
i) Determinao do grau de turbulncia no mercado onde a empresa atua.
ii) Estabelecimento de uma priorizao dos principais objetivos estratgicos da produo
relacionados aos PEGEMs.
iii) Anlise conjunta dos resultados dos passos anteriores, determinando o PEGEM mais
adequado.
Com o objetivo de testar e apresentar um exemplo prtico de nossa metodologia
realizado um estudo de mltiplos casos na indstria brasileira de calados.
So muitas as contribuies deste captulo, dentre elas:
- propor uma metodologia para a escolha do PEGEM ideal, metodologia esta, at
ento, no encontrada na literatura de Gesto da Produo;
- tratar de forma conjunta os cinco principais PEGEMs encontradas atualmente na
literatura;
- dentro da metodologia proposta, ampliar dois modelos importantes de anlise de
turbulncia de mercados encontrados na literatura (os modelos propostos por PINE
(1993) e SHARIFI & ZHANG (1999)). Esta ampliao feita de duas formas: pela
juno de fatores comuns a ambos os modelos e pela incluso de novos PEGEMs
nas anlises, s quais somente incluam a Manufatura em Massa e a Customizao
em Massa (PINE, 1993) e a Manufatura gil (SHARIFI & ZHANG, 1999).
A estrutura do captulo a que segue: na seo 9.2 apresentada a metodologia
proposta, com seus trs passos; na seo 9.3 desenvolvido um estudo de mltiplos casos
na indstria brasileira de calados onde a metodologia aplicada e validada, e na seo 9.4
so tecidas algumas concluses.
Tabela 9.1: Escala de nove pontos para a determinao da importncia para os clientes dos objetivos de
desempenho da produo
Fonte: SLACK (1993)
1. O objetivo de desempenho proporciona uma vantagem crucial junto aos clientes, representando portanto o
principal impulso para a competitividade da empresa
2. O objetivo de desempenho proporciona uma importante vantagem junto aos clientes, devendo portanto ser
sempre considerado
3. O objetivo de desempenho proporciona uma vantagem til junto maioria dos clientes
4. O objetivo de desempenho na empresa precisa estar pelo menos no nvel do bom padro do setor industrial
5. O objetivo de desempenho na empresa precisa estar em torno da mdia do padro do setor industrial
6. O objetivo de desempenho na empresa precisa estar a pouca distncia do restante do setor industrial
7. O objetivo de desempenho normalmente no considerado pelos clientes. Mas pode se tornar mais
importante no futuro
8. O objetivo de desempenho muito raramente considerado pelos clientes
9. O objetivo de desempenho nunca considerado pelos clientes e provavelmente nunca ser
Melhor que
Zona de
excesso
O mesmo que
4
6
Zona de
melhoramento
7
Zona de
Pior que
ao urgente
8
9 8 7 6 5 4 3 2 1
Baixa Mdia Alta
ANLISE 2: Identificao do
ETAPA 2: Existe algum SIM (s) PEGEM (s) mais
objetivo na zona apropriado (s) ao objetivo (s)
de ao drstica ? de desempenho encontrado
(s)
NO
ANLISE 3: Identificao do
ETAPA 3: Existe algum SIM (s) PEGEM (s) mais
objetivo na zona apropriado (s) ao objetivo
de melhoramento ? (s) de desempenho
encontrado (s)
NO
ANLISE 4: Identificao do
ETAPA 4: Verificar (s) PEGEM (s) mais apropriado
objetivos ganhadores (s) ao objetivo (s) ganhador
de pedido (es) de pedido (s) encontrado
(s)
OUTPUT FINAL
Figura 9.2: Algoritmo para a determinao do PEGEM ideal para uma empresa
A primeira etapa do algoritmo a identificao do PEGEM mais adequado ao
nvel de turbulncia do mercado onde a empresa atua. A partir da determinao do nvel de
turbulncia (passo 1 da metodologia) deve-se proceder o que denominaremos anlise 1, que
nada mais que a associao de um ou dois PEGEM (s) a este nvel de turbulncia. Para
tornar essa associao possvel, identificamos os PEGEMs mais adequados para trabalhar
em cada um dos 5 nveis de turbulncia propostos no passo 1 da metodologia (baixa, mdia-
baixa, mdia, mdia-alta e alta). Essa identificao se baseia na idia de que o prprio
surgimento e evoluo dos PEGEMs esto relacionados ao crescente grau de elevao da
turbulncia nos mercados que vm ocorrendo principalmente a partir do incio dos anos 90,
motivado por fatores como o grande avano tecnolgico, a globalizao, dentre outros.
Portanto, partindo-se desta idia e a partir de todo o referencial terico sobre os PEGEMs
apresentado nos captulos anteriores desta tese, propomos um modelo de associao entre os
cinco nveis de turbulncia do mercado propostos no passo 1 e PEGEMs mais adequadas a
cada um destes nveis. Este modelo basicamente relaciona a Manufatura em Massa Atual
como sendo mais adequada a um nvel baixo de turbulncia. A Manufatura Enxuta tambm
apropriada a um mercado com um baixo nvel de turbulncia, porm este PEGEM pode
ser indicada a um mercado com um nvel de turbulncia um pouco maior do que o mercado
da Manufatura em Massa Atual; portanto a um nvel de turbulncia mdio-baixo. A
Manufatura Responsiva um PEGEM no indicado para mercados com baixa turbulncia,
sendo portanto indicada para mercado de turbulncia mdia-baixa e mdia. A MR tambm
no indicada para mercados com turbulncia mais alta; para estes mercados a
Customizao em Massa e a Manufatura gil so os PEGEMs mais indicados. Sobre estes
dois PEGEMs temos que a Manufatura gil ainda mais apropriada para mercados mais
turbulentos que a prpria Customizao em Massa uma vez que a Manufatura gil
projetada para oferecer uma variedade ainda maior que a Customizao em Massa (ver
captulos 2 e 7). A sntese do nosso modelo de associao entre os nveis de turbulncia dos
mercados e os PEGEMs mostrada na tabela 9.3.
NO
NO
Incompatibilidade Incompatibilidade
do tipo I do tipo II
A figura 9.3 demonstra que trs diferentes situaes podem ocorrer dentro da anlise
5, a saber:
SITUAO A: Caso o nmero de PEGEMs encontradas nas anlises de 2 a 4 for igual a
exatamente um, e este exatamente um dos dois PEGEMs resultantes da anlise 1, ento
este PEGEM resultante das anlise de 2 a 4 a FGM ideal para a empresa. A esta situao
chamaremos de situao ideal.
SITUAO B: Caso o nmero de PEGEMs encontradas nas anlises 2, 3 ou 4 seja maior
que um, ento aparentemente os resultados da metodologia nos levam a crer que a empresa
deve priorizar, com a mesma nfase, vrios dos objetivos de desempenho tratados ao
mesmo tempo. Porm devido existncia de trade offs entre estes objetivos (como
discutido no captulo 2 desta tese), isto se torna muito difcil. Neste caso tem-se o que
denominamos incompatibilidade do tipo I. Para se solucionar esta incompatibilidade de
objetivos estratgicos sugerimos que seja realizada uma pesquisa mais ampla e direcionada
especificamente aos objetivos de desempenho encontrados, salientando-se claramente aos
pesquisados os trade offs existentes entre estes objetivos. Esta pesquisa deve objetivar
necessariamente a priorizao de um dos objetivos. claro que isso no significa que no
deva ser dada importncia aos outros objetivos, porm estes sero objetivos qualificadores.
Desta forma tende-se a chegar a somente um objetivo estratgico e conseqentemente a
somente um PEGEM.
SITUAO C: Caso o nmero de PEGEMs encontrados nas anlises 2 a 4 seja um e este
PEGEM no seja compatvel com o (s) PEGEM (s) encontrado (s) na anlise 1, ento
temos uma incompatibilidade entre o PEGEM determinado pela priorizao dos objetivos
dos clientes e o (s) PEGEM (s) mais adequada (s) para o nvel de turbulncia no mercado
em que a empresa atua. Nesse caso temos o que denominamos incompatibilidade do tipo II.
Para se resolver esta incompatibilidade deve-se primeiramente realizar uma anlise mais a
fundo da incompatibilidade encontrada tentando eliminar possveis pequenas distores da
prpria metodologia. Basicamente estas correes podem ser de duas formas: i) corrigir o
PEGEM encontrado para o nvel de turbulncia do mercado: isto pode ser feito quando o
nvel de turbulncia se encontra perto de uma fronteira para a qual haveria compatibilidade;
ii) corrigir o PEGEM encontrado de acordo com o objetivo estratgico priorizado pelos
clientes: isto pode ser feito quando existem outros objetivos estratgicos com alta prioridade
para os clientes e que so compatveis com o PEGEM ideal para o nvel de turbulncia do
mercado. Caso nenhum destes pequenos acertos puderem ser realizados ento pode estar
havendo falhas no levantamento dos dados (passo 1, passo 2 ou em ambos).
Na prxima seo nossa metodologia pode ser melhor entendida, pois ilustrada e
validada em um estudo de mltiplos casos na indstria brasileira de calados.
9.3 Aplicao da metodologia: um estudo de mltiplos casos
9.3.1 Introduo
Aplicamos nossa metodologia para a determinao de qual PEGEM mais
adequado a determinada empresa em um estudo de mltiplos casos no setor de calados. O
objetivo desta aplicao ilustrar e validar nossa metodologia, bem como conhecer melhor
o mercado de calados. Da mesma forma que no captulo 8, a amostragem foi do tipo
proposital: as empresas pesquisadas foram as mesmas do captulo 8 (com a mesma
codificao), com o objetivo de possibilita comparaes entre o PEGEM que a empresa
utiliza no momento (visto no captulo anterior) e o PEGEM mais adequado para esta
empresa. Para cada um dos casos, apresentamos os seguintes tpicos, relacionados com os
passos de nossa metodologia proposta: i) o grau de turbulncia que a empresa enfrenta; ii) a
priorizao dos objetivos estratgicos da empresa; iii) a determinao do PEGEM mais
adequado.
9.3.2 A Empresa A
O grau de turbulncia que a empresa enfrenta
O resultado da aplicao da anlise de turbulncia do mercado para a empresa A
levou a uma classificao de um mercado com baixa turbulncia (a somatria dos pontos
dos 23 fatores analisados resultou em 44).
9.3.3 A Empresa B
O grau de turbulncia que a empresa enfrenta
O resultado da aplicao da anlise de turbulncia do mercado para a empresa B
levou a uma classificao da turbulncia do mercado onde esta empresa atua como sendo
uma turbulncia mdia baixa (a somatria dos pontos dos 23 fatores analisados resultou em
90 pontos).
9.3.4 A Empresa C
O grau de turbulncia que a empresa enfrenta
Para a empresa C, o resultado da aplicao da anlise de turbulncia do mercado
levou a uma classificao da turbulncia do mercado mdia (a somatria dos pontos dos 23
fatores analisados resultou em 101 pontos). Alguns fatores que levaram a este grau de
turbulncia foram: os gostos dos clientes da empresa so heterogneos, mudando com uma
certa freqncia; a qualidade e a moda exercem grande influncia na deciso dos clientes
em comprar os produtos da empresa; o grau de concorrncia entre a empresa e seus
concorrentes altssima, sendo que esta competio bastante baseada na diferenciao de
produtos.
9.3.6 A Empresa E
O grau de turbulncia que a empresa enfrenta
O resultado da aplicao da anlise de turbulncia do mercado na empresa D levou a
uma classificao da turbulncia do mercado como mdia (a somatria dos pontos dos 23
fatores analisados resultou em 124 pontos). Alguns fatores que levaram a um maior grau de
turbulncia foram: os produtos so basicamente de luxo, as necessidades dos clientes
mudam com alta freqncia; os preos e a qualidade exercem grande influncia na deciso
dos clientes em comprar os produtos da empresa; os clientes ditam os preos e as condies
do negcio; as vendas da empresa so bastante influenciadas por ciclos econmicos; o grau
de concorrncia entre a empresa e seus concorrentes muito alta e a atividade de projetar
produtos na empresa uma atividade considerada complexa.
A priorizao dos objetivos estratgicos da manufatura na empresa
A empresa D apresentou os seguintes objetivos estratgicos na zona apropriada da
matriz de importncia desempenho: i) o objetivo qualidade proporciona uma vantagem til
junto maioria dos clientes (grau 3 na escala de importncia dos clientes) e o desempenho
da empresa nestes objetivos marginalmente melhor do que o concorrente mais prximo
(grau 3 com relao ao desempenho dos concorrentes); ii) o objetivo agilidade nunca
considerado pelos clientes e provavelmente nunca o ser (grau 9 na escala de importncia
dos clientes) e o desempenho da empresa com relao a este objetivo aproximadamente o
mesmo da maioria dos concorrentes (grau 5 com relao ao desempenho dos concorrentes).
Quatro objetivos se encontram na zona de melhoramento da matriz importncia-
desempenho. A variedade e o custo so considerados objetivos que proporcionam uma
importante vantagem junto aos clientes, devendo portanto ser sempre considerado (grau 2
na escala de importncia para os clientes) e o desempenho da empresa com relao a estes
objetivos frente aos concorrentes foi avaliado como sendo com freqncia melhor do que a
maioria dos concorrentes (grau 4 na escala de desempenho dos concorrentes). A velocidade
e a pontualidade tambm so objetivos que proporciona uma importante vantagem junto aos
clientes, devendo portanto ser sempre considerados (grau 2 na escala de importncia para os
clientes), porm o desempenho da empresa nestes objetivos marginalmente melhor do que
o concorrente mais prximo (grau 3 na escala de desempenho dos concorrentes).
Um objetivo se encontra na zona de ao drstica da matriz de importncia-
desempenho: a customabilidade. Este objetivo foi considerado como um objetivo que
proporciona uma vantagem crucial junto aos clientes, representando portanto o principal
impulso para a competitividade da empresa (grau 1 com relao importncia para os
clientes) e o desempenho da empresa neste objetivos foi considerado como sendo
aproximadamente o mesmo da maioria dos concorrentes (grau 5 na escala de desempenho
dos concorrentes)
9.3.7 Empresa F
O grau de turbulncia que a empresa enfrenta
O resultado da aplicao da anlise de turbulncia do mercado para a empresa F
levou a uma classificao de um mercado com baixa turbulncia (a somatria dos pontos
dos 23 fatores analisados resultou em 41). Alguns exemplos desta baixa turbulncia so: as
necessidades dos clientes so facilmente entendidas, os gostos so razoavelmente
homogneos, as necessidades dos clientes mudam muito lentamente, a moda tem pouca
influncia na compra dos produtos da empresa, a competio no mercado onde a empresa
atua ditada basicamente pelo preo e os ciclos de vida dos produtos so bastante longos
(existem alguns modelos da empresa que esto no mercado h mais de 5 anos).
Figura 9.4: Procedimento para anlise conjunta dos resultados das metodologias dos captulos 8 e 9.
9.5 Concluses
O presente captulo apresenta uma metodologia para a correta escolha do PEGEM
que deve ser utilizado por uma determinada empresa. A metodologia composta por trs
passos: i) determinao do grau de turbulncia do mercado onde a empresa atua; ii)
verificao de quais os objetivos estratgicos que devem ser priorizados pela empresa,
atravs da utilizao da matriz importncia-desempenho proposta por SLACK (1993) e iii)
analisa conjuntamente os dois resultados anteriores, determinando o PEGEM mais
adequado para a empresa.
A metodologia validade por meio de sua utilizao em um estudo de mltiplos
casos na indstria de calados brasileira. Os PEGEMs mais adequados para as quatro
empresas estudadas foram: Manufatura em Massa Atual (duas empresas), Manufatura
Enxuta (uma empresa) e Manufatura Responsiva (duas empresas) e Customizao em
Massa (uma empresa).
Tambm neste captulo apresentamos algumas consideraes sobre a relao do
PEGEM que a empresa utiliza (visto no captulo 8) e o PEGEM que empresa deve utilizar.
Desta forma por meio da comparao dos estudos de caso destes dois captulos, temos um
referencial de extrema importncia para uma empresa avaliar onde est e onde deve chegar
com relao sua estratgia de produo. Portanto a utilizao conjunta dos dois captulos
fundamental.
Uma metodologia com tais objetivos e escopo no encontrada atualmente na
literatura de Gesto da Produo.
Captulo 10: Concluses
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APNDICE 1: QUESTIONRIO UTILIZADO NA TESE
DADOS INICIAIS
Nome da Empresa:..
Endereo Completo: ..
Fone:..Fax:..email:
1) Caractersticas da empresa
a) menos de 5 anos
b) entre 5 e 10 anos
c) mais de 10 anos
a) empresa limitada
b) sociedade annima
a) nacional
b) internacional
b) entre R$ 1 e R$ 5 milhes
c) entre R$ 5 e R$ 20 milhes
d) entre R$ 20 e R$ 50 milhes
e) acima de R$ 50 milhes
Questionrio 1: referente ao captulo 8 da tese
Questo: Por favor, nas questes de F1 a F38 assinale a importncia que cada fundamento abaixo tm
dentro de sua organizao. Utilize a escala a seguir para medir este grau de importncia.
Escala relativa a parte 1 da pesquisa (para medir importncia que cada fundamento tm para a empresa),
lembrando que a importncia ou no de cada fundamento est relacionado a sua aplicabilidade na
empresa :
1 = no tem importncia alguma
2 = pequena importncia
3 = mdia importncia
4 = muita importncia
5 = imprescindvel para a empresa
F2: A empresa direciona seus esforos para as classes sociais menos favorecidas, visando reduzir preos e
atender especificamente este segmento
Resposta: 1 2 3 4 5
F4: A empresa usa conscientemente altos estoques de segurana de matrias primas ou at mesmo estoques
entre os processos para evitar que as mquinas parem e ocorram perdas de produtividade
Resposta: 1 2 3 4 5
F5: A empresa busca a qualidade dos seus produtos a principal fonte de vantagens competitivas
Resposta: 1 2 3 4 5
F7: Combate total aos desperdcios: estoques, espera, superproduo, transporte, movimentao, defeitos,
deficincias no processo.
Resposta: 1 2 3 4 5
F9: A atividades de melhoria contnua so vistas como vitais por todos na empresa
Resposta: 1 2 3 4 5
F11: A produo deve parar ao menor sinal de defeito e as causas devem ser buscadas, analisadas e corrigidas
Resposta: 1 2 3 4 5
F15: A empresa direciona seus esforos para os clientes sensveis ao tempo, ou seja, aqueles clientes que esto
dispostos a pagar mais por maior velocidade e pontualidade
Resposta: 1 2 3 4 5
F16: A empresa extremamente inovadora, estabelecendo o ritmo da inovao em seu setor industrial
Resposta: 1 2 3 4 5
F17: Todos na empresa e na cadeia de valor esto imbudos em esforos de integrao e reduo de tempos
Resposta: 1 2 3 4 5
F21: A empresa tem na customabilidade, ou seja, na habilidade de fornecer ao cliente exatamente o que ele
quer e no uso intensivo de tecnologia e sistemas de informao a principal fonte de vantagens
competitivas.
Resposta: 1 2 3 4 5
F22: Devido a uma grande customabilidade, os preos cobrados pela empresa esto acima dos concorrentes.
Resposta: 1 2 3 4 5
F23: A empresa usa intensivamente novas tecnologias e sistemas de informao (por exemplo; CAD, CAM,
FMS, sistemas ERP, EDI, internet, etc.), focando estas tecnologias no contato com o cliente.
Resposta: 1 2 3 4 5
.
F24: A empresa direciona sua rea de desenvolvimento de produtos customizao de produtos aos clientes
Resposta: 1 2 3 4 5
F25: Existe uma rede de fornecedores prxima a empresa e que constantemente trocam informaes entre si.
Resposta: 1 2 3 4 5
F27: O cliente participa nas etapas do ciclo de vida do produto (mostrar os sete nveis de participao do
cliente de DA SILVEIRA et al (2001))
Resposta: 1 2 3 4 5
F28: Ferramentas de comunicao entre o cliente e a empresa so de extrema importncia para a empresa;
para tal so oferecidos catlogos de opes para os clientes, as informaes sobre a escolha do cliente
so armazenadas em um banco de dados especfico, etc...
Resposta: 1 2 3 4 5
F29: A empresa utiliza bastante mdulos padres com a finalidade de atingir a customizao pela combinao
ou modificao destes mdulos
Resposta: 1 2 3 4 5
F30: Os ganhos de escala na empresa so conseguidos atravs da economia de escopo, ou seja, um mesmo
equipamento capaz de produzir uma variedade de produtos com um custo menor do que se estes
produtos fossem produzidos separadamente em diversas mquinas.
Resposta: 1 2 3 4 5
F31: A empresa tem na agilidade, ou seja, na habilidade de lidar, responder e tirar vantagens das mudanas,
sejam elas constantes ou inesperadas e no uso intensivo de tecnologia e sistemas de informao a
principal fonte de vantagens competitivas
Resposta: 1 2 3 4 5
F32: Existe na empresa um forte comprometimento social e ambiental, com a existncia de divrersos
programas nestas reas.
Resposta: 1 2 3 4 5
F33: A empresa usa intensivamente novas tecnologias e sistemas de informao (por exemplo; CAD, CAM,
FMS, sistemas ERP, EDI, internet, etc.), principalmente focando estas tecnologias no
desenvolvimento de parcerias virtuais.
Resposta: 1 2 3 4 5
F34: A empresa participa de parcerias virtuais momentneas com outras empresas, desenvolvendo produtos
inteiramente novos que no pertencem a sua habitual gama de produtos a fim de aproveitar uma
oportunidade nova que o mercado est oferecendo
Resposta: 1 2 3 4 5
F35: A empresa se preocupa em fornecer solues para seus clientes, solues estas que se encontram
muitas vezes na realizao de parcerias virtuais com outras empresas
Resposta: 1 2 3 4 5
F36: Existe uma grande nfase na cooperao dentro (entre funcionrio) e principalmente fora da empresa
(entre empresas)
Resposta: 1 2 3 4 5
F37: A capacidade de reconfigurao (mudar de foco, diversidade, nicho) tida como vital na empresa
Resposta: 1 2 3 4 5
F38: A rea de desenvolvimento de produtos direcionada a criao de novos produtos, produtos estes, na
maioria das vezes, totalmente fora da gama de produtos da empresa
Resposta: 1 2 3 4 5
Escala relativa a parte 2 da pesquisa (para medir o grau de aplicabilidade dos capacitadores):
1 = no utilizao/desconhecimento do capacitador
2 = estgio de conhecimento e avaliao para implantao do capacitador
3 = capacitador em implantao
4 = capacitador implantado recentemente
5 = capacitador implantado integralmente
C9: Kaizen
Resposta: 1 2 3 4 5
C12: 5S
Resposta: 1 2 3 4 5
C16: A empresa utiliza fortemente sistemas de informao, os quais se focam bastante na integrao da
empresa
Resposta: 1 2 3 4 5
C17: Metodologias para a reduo do tempo de desenvolvimento de novos produtos: engenharia simultnea,
DFMA, CAD, CAM
Resposta: 1 2 3 4 5
C18: Utilizao de sistemas de produo basicamente semi repetitivos; sistemas repetitivos e no repetitivos
tambm so possveis
Resposta: 1 2 3 4 5
C19: Utilizao de SICOPROCs responsivos: CONWIP H, PBC, OPT ou sistema de alocao de cargas por
encomenda
Resposta: 1 2 3 4 5
C20: Utilizao de sistemas de programao com capacidade finita voltados a reduo dos lead times e
obteno de pontualidade nas entregas
Resposta: 1 2 3 4 5
C21: Rede de informaes entre fornecedores, e entre a empresa e fornecedores, com utilizao de EDI,
internet, dentre outros
Resposta: 1 2 3 4 5
C24: Modelagens de famlia de produtos como uma forma de balancear o nvel de variedade que os clientes
acham atrativo com o nvel de complexidade que ainda permitem custos aceitveis
Resposta: 1 2 3 4 5
C28: Integrao da cadeia de suprimentos, chegando as empresas a verificar estoques e programao dos seus
fornecedores, inclusive colocando pedidos
Resposta: 1 2 3 4 5
C29: Amplo desenvolvimento de competncias chave, as quais possibilitem a empresa entrar em uma ampla
variedade de mercados
Resposta: 1 2 3 4 5
C30: Gesto baseada na incerteza e na mudana, isto , cultura da empresa no baseada em valores e prticas
tradicionais
Resposta: 1 2 3 4 5
C31: Gesto baseada no conhecimento, ou seja, a empresa entende que o conhecimento e a informao so os
verdadeiros diferenciais; na prtica utiliza sistemas especialistas e enfatiza o conhecimento dinmico
Resposta: 1 2 3 4 5
C32: Tecnologias de informao para estabelecimento de parcerias virtuais tipo internet, EDI, comrcio
eletrnico
Resposta: 1 2 3 4 5
C34: Sistemas de planejamento e controle da produo auxiliados por algoritmos que sustentem a empresa
virtual
Resposta: 1 2 3 4 5
Por favor responda as 23 questes seguintes sobre o ambiente de negcios no qual sua empresa se
insere. Marque um X num ponto um uma escala de 0 a 10 (somente marque nmeros inteiros) sobre sua
percepo a respeito de cada uma das questes.
0 5 10
estvel e com pletam en te
previsvel in stvel e im previsvel
0 5 10
p r od u tos p r od u tos d e
b sicos lu x o
3. Em que grau as necessidades dos clientes de sua empresa so facilmente entendidas e definidas ?
Resposta:
0 5 10
fa cilm en te tota lm en te
d efin id a s in cer ta s
4.Os clientes da empresa desejam basicamente os mesmos produtos (gostos homogneo), produtos
nicos (gostos heterogneos) ou algo intermedirio ?
Resposta:
0 5 10
com p leta m en te com p leta m en te
h om og n eo h eterogn eo
Resposta:
0 5 10
m uito m uito
len tam en te rapidam en te
6. Em que grau os preos dos produtos influenciam os clientes na deciso de comprar produtos de sua
empresa ?
Resposta:
0 5 10
n en h u m a m uita
in flun cia in flun cia
7. Em que grau a qualidade dos seus produtos influenciam os clientes na deciso de comprar produtos
de sua empresa ?
Resposta:
0 5 10
n en h u m a m uita
in flun cia in flun cia
0 5 10
n en h u m a m uita
in flun cia in flun cia
0 5 10
n en h u m a m uita
in flun cia in flun cia
10. Em que grau os clientes de sua empresa ditam os preos, condies e caractersticas de seu negcio ?
Resposta:
0 5 10
n en h u m a m uita
in flun cia in flun cia
11. Em que grau as vendas de sua empresa so influenciadas por ciclos econmicos de recesso,
recuperao e expanso ?
Resposta:
0 5 10
n en h u m a m uita
12. Em que grau a concorrncia entre sua empresa e os principais concorrentes ?
Resposta:
0 5 10
ba ix a alta
13. A competio, dentro do mercado em que sua empresa atua baseada totalmente no preo dos
produtos, na diferenciao ou algo intermedirio ?
Resposta:
0 5 10
totalm en te totalm en te baseada
baseada n o preo n a diferen ciao
14. O mercado onde sua empresa atua se encontra totalmente insaturado, totalmente saturado ou numa
situao intermediria ?
Resposta:
0 5 10
tota lm en te tota lm en te
in sa tu ra d o sa tu ra d o
15. Em que grau os produtos de sua empresa so vulnerveis a serem substitudos por produtos
substitutos ?
Resposta:
0 5 10
totalm en te totalm en te
in vu ln erveis vu ln erveis
16. O ciclo de vida dos produtos de sua empresa longo e previsvel, curto e imprevisvel ou algo
intermedirio ?
Resposta:
0 5 10
lon go e curto e
previsvel im previsvel
17. Com que velocidade ocorrem as mudanas tecnolgicas com relao ao ambiente de sua empresa ?
Resposta:
0 5 10
m uito m uito
len tam en te rapidam en te
18. Com que freqncia so introduzidas tecnologias totalmente novas no ambiente em que sua empresa
atua ?
Resposta:
0 5 10
n u n ca m u ito
freq en tem en te
19. Com que freqncia os fornecedores tem problemas em realizar entregas no tempo, quantidades e
nveis de qualidades desejados ?
Resposta:
0 5 10
n u n ca m u ito
fr eq en tem en te
20. Como voc avaliaria a complexidade da atividade de se projetar novos produtos em sua empresa ?
Resposta:
0 5 10
m u ito m u ito
sim p les co m p lex a
21. Como voc avaliaria a complexidade da atividade de se produzir novos produtos em sua empresa ?
Resposta
0 5 10
m u ito m u ito
sim p les co m p lex a
22. Qual o nvel de presses relativos a preservao ambiental no mercado em que sua empresa atua ?
Resposta:
0 5 10
ba ix o a lto
23. Como voc avalia o poder de resposta de seus concorrentes frente a promoes, inovaes e outras
estratgias de sua empresa ?
Resposta:
0 5 10
ba ix o a lto
Escala utilizada:
1. O objetivo de desempenho proporciona uma vantagem crucial junto aos clientes, representando portanto o
principal impulso para a competitividade da empresa
2. O objetivo de desempenho proporciona uma importante vantagem junto aos clientes, devendo portanto ser
sempre considerado
3. O objetivo de desempenho proporciona uma vantagem til junto maioria dos clientes
4. O objetivo de desempenho na empresa precisa estar pelo menos no nvel do bom padro do setor industrial
5. O objetivo de desempenho na empresa precisa estar em torno da mdia do padro do setor industrial
6. O objetivo de desempenho na empresa precisa estar a pouca distncia do restante do setor industrial
7. O objetivo de desempenho normalmente no considerado pelos clientes. Mas pode se tornar mais
importante no futuro
8. O objetivo de desempenho muito raramente considerado pelos clientes
9. O objetivo de desempenho nunca considerado pelos clientes e provavelmente nunca ser
Questo 2: Por favor; baseado na escala a seguir, identifique na tabela o desempenho relativo aos principais
concorrentes de cada um dos objetivos de desempenho da produo mostrados
Escala utilizada:
1. O desempenho do objetivo de desempenho na empresa consistentemente e consideravelmente melhor do
que o do concorrente mais prximo
2. O desempenho do objetivo de desempenho na empresa bem melhor do que o concorrente mais prximo
3. O desempenho do objetivo de desempenho na empresa marginalmente melhor do que o concorrente mais
prximo
4. O desempenho do objetivo de desempenho na empresa com freqncia melhor do que a maioria dos
concorrentes
5. O desempenho do objetivo de desempenho na empresa aproximadamente o mesmo da maioria dos
concorrentes
6. O desempenho do objetivo de desempenho na empresa est a uma pequena distncia atrs dos concorrentes
7. O desempenho do objetivo de desempenho na empresa usual e marginalmente pior do que os principais
concorrentes
8. O desempenho do objetivo de desempenho na empresa usualmente pior do que a maioria dos concorrentes
9. O desempenho do objetivo de desempenho na empresa consistentemente pior do que a maioria dos
concorrentes
Tabela para a identificao do desempenho dos objetivos frentes aos principais concorrentes
Objetivos de desempenho 1 2 3 4 5 6 7 8 9
Custo
Qualidade
Rapidez
Pontualidade
Variedade
Customabilidade
Agilidade