Intervenção em TDAH
Intervenção em TDAH
Intervenção em TDAH
SO PAULO
2014
Carla Nunes Cantiere
Orientador:
Prof. Dr. Luiz Renato Rodrigues Carreiro
SO PAULO
2014
C231i Cantiere, Carla Nunes.
Interveno neuropsicolgica para desenvolvimento de
habilidades de ateno e flexibilidade cognitiva em crianas com
TDAH / Carla Nunes Cantiere. 2014.
121 f. : il. ; 30 cm.
CDD 616.8589
Nome: CANTIERE, Carla Nunes
Ttulo: Interveno neuropsicolgica para desenvolvimento de habilidades de ateno e
flexibilidade cognitiva em crianas com TDAH
Banca Examinadora:
Todo processo de escrever algo que voc viveu difcil? Sinto que ao menos para
mim foi. At agora fico me questionando se poderia ter feito algo diferente. Quando nada
mais pode ser mudado. E para isso nunca terei respostas, apenas a imensa vontade de tentar.
Gostaria de agradecer as pessoas que me ajudaram a chegar at aqui. Sem vocs eu no teria
conseguido. Palavras no podem definir como me sinto grata por poder contar com vocs.
Deus, que se expressa em nossos gestos, atitudes, palavras.
minha me, te agradeo pela vida, pelo sorriso dirio, pela confiana. Voc meu
maior presente! Sem seu carinho certamente meu olhar para a vida seria outro, sem tanta
emoo, sem tanta considerao.
meu pai, que embora distante, me deu o presente da vida.
meu orientador, Luiz Renato Rodrigues Carreiro, que conduziu esse tempo com
tranquilidade, pacincia e dedicao. Quando eu mais precisei, voc esteve l. Se
preocupando comigo, me dando apoio, dizendo que ia dar tudo certo. Voc a pessoa que me
faz perceber que um ttulo no prova sua grandeza. O ttulo de doutor no te tirou o que
considero mais importante, humanidade. Nem te deu respostas prontas, muito menos certezas.
Maria Cristina Trigueiro Veloz Teixeira, obrigada pelas lindas palavras, pelo apoio,
sem voc eu no teria continuado. Voc me emociona pela fora de vontade que eu vejo voc
demonstrar em cada detalhe.
s minhas tias Bernadete e Irene, que mesmo distantes, quando presentes me rodeiam
de alegria, desse sentimento bom chamado famlia. Tudo poderia ser diferente sem vocs, o
apoio que vocs me deram eu nunca poderei retribuir.
Maria Cristina Rodrigues Azevedo Joly, eu nunca esperei encontrar algum em
minha banca que me julgasse pelas minhas qualidades, que entendesse os meus erros e que
me desse sugestes de forma to carinhosa. Gostaria de poder enxergar o corao das pessoas,
como eu vejo o seu. Muito obrigada!
Alessandra Gotuzo Seabra, fiquei muito comovida quando voc contou que sua
filha queria um jogo perplexus. Eu demorei tanto tempo para encontrar jogos interessantes,
que quando algum compartilha o mesmo interesse eu no me sinto to estranha. Obrigada
pelas palavras, sugestes, preocupaes, tenha certeza que isso me faz querer continuar. Sua
filha se parece tanto contigo e isso me faz ter certeza que somos aquilo que queremos viver.
Ana Paula Micieli, pelas leituras de artigos em ingls, por me acompanhar nas
sesses, por me ouvir, por reler meu trabalho infinitas vezes. Voc me surpreende todos os
dias pela fora. Nem sempre parece que estamos seguindo o caminho certo, as coisas
simplesmente no mudam. Mas se mudamos, talvez essa seja a resposta.
Marcelo Margoni, pelo carinho, pelas palavras, pela pacincia. Se algum pudesse
me dar respostas para o que temos agora, certamente eu saberia como agir. E talvez essa seja a
graa da vida. Eu no sei explicar o que eu sinto e muitas vezes di. Porque se eu pudesse
escolher eu passaria uma vida junto a voc, meu amor.
Gui Mikuletic pela traduo das regras dos jogos em ingls, pelas risadas, palavras,
carinho.
Camila Chiquetto, nos conhecemos h to pouco tempo e parece que converso com
voc desde sempre. Obrigada pela dedicao e pacincia.
Rebeca Orselli, que to prontamente ofereceu sua ajuda preciosa na formatao do
trabalho, obrigada pelo carinho e considerao.
Mayra Seraceni, que quando mais precisei esteve do meu lado, acreditando em mim
e me dando foras para continuar.
Nathane e Naiara que foram surpresas boas nessa vida acadmica, dessas que no
acontecem sempre, mas que a gente carrega para sempre.
Adriana Ribeiro e Las Khoury que embora no estivessem to presentes nesse
trabalho o quanto eu gostaria, estiveram ao meu lado de alguma forma.
Daniele Aparecida Gomes pelas conversas, pelo amor com que voc se dedica ao
seu trabalho.
Ao pessoal da recepo da clnica Mackenzie pela generosidade, tranquilidade,
pacincia que muito contriburam para o caminhar das sesses.
Capes pelo apoio financeiro ao meu trabalho.
s mes das crianas que to prontamente aceitaram em participar da pesquisa,
trazendo seus filhos pontualmente no horrio.
s crianas que no eram peas fechadas em meu universo, que questionavam e que
me faziam refletir o tempo todo se o que eu estava fazendo era certo ou no. Vou sentir tanta
falta!
S se pode viver perto de outro, e conhecer outra pessoa, sem o
perigo de dio, se a gente tem amor. Qualquer amor j um
pouquinho de sade, um descanso na loucura. (Grande Serto:
Veredas, Guimares Rosa)
Tabela 12: Resultados dos ndices do teste Tecon para cada participante e 65
sua comparao pr e ps interveno
Tabela 13: Resultados dos ndices do teste Tedif para cada participante e 66
sua comparao pr e ps interveno
Tabela 14: Resultados dos ndices do teste Tac para cada participante e 67
sua comparao pr e ps interveno
Tabela 18: Mediana dosTR (ms) para cada participante nos teste de 76
ateno temporal (sustentao)
1 INTRODUO 15
2 QUADRO TERICO 16
2.1 Neuropsicologia e intervenes neuropsicolgicas 16
2.2 Transtorno de Dficit de Ateno e Hiperatividade (TDAH) 19
2.2.1 Definio e Caracterizao 19
2.2.2 Caracterizao Neuropsicolgica e Comportamental no TDAH 21
2.2.3 Interveno Neuropsicolgica no TDAH 28
3 JUSTIFICATIVA 31
4 OBJETIVOS 31
4.1 Objetivos Especficos 31
5 MTODO 31
5.1 Local das Atividades 31
5.2 Participantes 32
5.3 Instrumentos e Procedimentos 34
5.3.1 Instrumentos para caracterizao do perfil comportamental 34
5.3.1.1 Inventrio de comportamentos para crianas e adolescentes entre 34
6 e 18 anos (CBCL/6-18 Inventrio para pais)
5.3.1.2 Inventrio de comportamentos para crianas r adolescentes entre 35
6 e 18 anos (TRF/6-18 Inventrio para professores)
5.3.1.3 Protocolo de Observao de Comportamentos 36
5.3.1.4 Questionrios DSM 36
5.4 Instrumentos para Caracterizao Cognitiva 36
5.4.1 Teste Wisconsin de Classificao de Cartas 36
5.4.2 Testes Computadorizados de Ateno 37
5.4.2.1 Experimento de Sustentao da Ateno 37
5.4.2.2 Experimento de Orientao (Espacial) Voluntria da Ateno 38
5.4.2.3 Experimento de Orientao (Espacial) Automtica da Ateno 39
5.4.3 Teste de Trilhas 40
5.4.4 Teste de Ateno por Cancelamento (Tac) 40
5.4.5 Teste de Ateno Concentrada Complexa (Tecon) 41
5.4.6 Teste de Ateno Difusa (Tedif) 41
5.4.7 Escala de Ineligncia Wechsler (Wisc III) 42
5.5 Programa de Interveno 43
5.6 Procedimentos 45
7 RESULTADOS 48
7.1 Apreciaes sobre as sesses de cada participante 48
7.2 Apreciaes gerais sobre as sesses 56
7.3 Resultados da avaliao por meio dos inventrios comportamentais 57
CBCL e TRF
7.4 Resultados do protocolo de observao 60
7.5 Resultados dos testes cognitivos 62
7.6 Resultados dos testes computadorizados de Ateno 69
8 DISCUSSO 81
9 CONCLUSES 85
10 REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS 87
11 ANEXOS 99
RESUMO
1 - INTRODUO
em treino cognitivo, fica expressa uma noo mais tcnica, focada no procedimento. Assim,
opta-se ao longo do deste trabalho utilizar o termo desenvolvimento de habilidades por ter-se
a noo de processo mais clara, utilizando as tcnicas, que nesse caso so atividades ldicas,
associadas ao manejo comportamental para auxiliar na expresso mais adequada de uma
funo cognitiva, que aqui ateno, necessria para a apreenso dos elementos do ambiente
e auto-organizao. Entende-se com esse trabalho, que o desenvolvimento da ateno e
consequentemente sua aplicao em tarefas do dia a dia, de maneira mais eficaz auxilia no
desenvolvimento de flexibilidade cognitiva, que permite ao indivduo organizar-se de maneira
mais adequada, retornar a execuo da tarefa quando se distrai, planejar a execuo de
atividades (YASSUDA et.al, 2006; LOEWENSTEIN, 2008).
Assim, o presente estudo pretende estabelecer e avaliar um programa de interveno
neuropsicolgica no desenvolvimento de habilidades de ateno e flexibilidade cognitiva em
crianas com TDAH.
2 - QUADRO TERICO
2.1 - Neuropsicologia e intervenes
Mundiais na rea da reabilitao neuropsicolgica foram frequentes, uma vez que cientistas
passaram a se interessar pelos diferentes tipos de leses, sua influncia no comportamento
humano e seus modos possveis de tratamento. A reabilitao neuropsicolgica consiste na
abordagem de tratamento que tem por objetivo recuperar uma funo cognitiva prejudicada
ou perdida ou adaptar o paciente aos dficits adquiridos, visando ao mais alto nvel de
adaptao possvel (HAASE et al.,2012).
A melhora da qualidade de vida dos pacientes e familiares com leso cerebral adquirida
o enfoque da reabilitao que prioriza o treino para fortalecimento das funes cognitivas
por meio do ensino de estratgias compensatrias, aquisio de novas habilidades e a
adaptao s perdas permanentes (DALMEIDA et al., 2004). Importante ressaltar a diferena
entre a reabilitao cognitiva e a neuropsicolgica. A primeira preocupa-se em capacitar
pacientes e familiares a conviver, lidar, contornar, reduzir ou superar as deficincias
cognitivas resultantes da leso neurolgica, ocupando-se principalmente da melhora das
funes cognitivas por meio de treinos cognitivos. J a segunda amplia seus objetivos ao
interessar-se pelas alteraes de comportamento e mudanas emocionais (WILSON et al.,
1996).
A melhora das funes cognitivas est relacionada tanto plasticidade neural quanto
plasticidade funcional, ou seja, a capacidade do crebro recuperar-se por meio de
desenvolvimento neural, migrao e interaes sinpticas bem como o grau possvel de
recuperao de uma funo frente a estratgias de comportamento alteradas. Habilidades para
formulao, planejamento e implementao de comportamentos intencionais, como ateno
seletiva para estmulos, processamento e reteno de informao, compreenso de situaes
problemas e habilidade para comunicao so o foco da avaliao neuropsicolgica voltada
reabilitao (McCOY et al., 1997).
Para Costa e colaboradores (2004), atravs do conhecimento, desenvolvimento e
funcionamento normal do crebro que a neuropsicologia compreende-se alteraes cerebrais.
A neuropsicologia infantil tem por objetivo identificar essas alteraes do desenvolvimento
cognitivo e comportamental por meio de testes neuropsicolgicos e escalas que avaliem esse
desenvolvimento. Ou seja, os resultados obtidos nesses testes escalas refletem Os resultados
dessas escalas e testes refletem os ganhos principais no decorrer do desenvolvimento, tendo
por objetivo definir o nvel evolutivo caracterstico da criana.
20
dividida), como tambm nos domnios no treinados, como flexibilidade cognitiva, o que
indica que houve uma generalizao dos efeitos do treino de ateno. Em experimento
realizado com crianas diagnosticadas com o transtorno, observou-se que aps a realizao de
treinos de ateno, os participantes apresentaram no apenas melhora no item treinado, como
tambm nos domnios no treinados, o que poderia se expressar no aumento da eficincia
acadmica.
Strauss, Sherman e Spreen (2006) corroboram a ideia e afirmam que o crebro tem limitaes
inerentes quantidade de informao que pode processar num dado tempo. Para funcionar
com eficcia, a seleo da informao especfica para o processamento adicional deve
acontecer.
Na mesma direo esto os achados de Gualtieri e Johnson (2008), que mostram que
os tratamentos farmacolgicos administrados em crianas com TDAH no conseguem
normalizar as funes cognitivas afetadas, mostrando a grande necessidade e importncia das
intervenes neuropsicolgicas. Importante observar ainda o ndice de casos de crianas e
adolescentes que no respondem ao tratamento farmacolgico. Segundo artigo de reviso
publicado por Searight e colaboradores (2012), esse nmero est por volta de 30%.
Embora valiosos para as crianas com TDAH, somente um numero limitado de estudos
tem examinado, desenvolvido e avaliados programas de interveno nesses pacientes, sendo
que no Brasil, esse nmero ainda menor. Alguns trabalhos sistematizados comeam a ser
produzidos a partir de dissertaes de mestrado e teses de doutorado produzidos no Programa
de Ps Graduao em Distrbios do Desenvolvimento da Universidade Presbiteriana
Mackenzie, como o trabalho de Andrade (2012).
Estudos tm demonstrado que o treino de ateno nas crianas com TDAH resultaram
em melhoras significativas com relao vigilncia, ateno dividida e flexibilidade cognitiva
(TUCHA et al., 2011). De modo semelhante, Gualtieri e Johnson (2008) verificaram a
reduo de sintomas de dficit de ateno e hiperatividade em crianas com diagnstico de
TDAH aps um treino neuropsicolgico.
Johnstone e colaboradores (2012), realizaram um estudo de treino neurocognitivo com
128 crianas e adolescentes com idade entre 7 e 13 anos, sendo 60 participantes com TDAH e
68 sem TDAH (grupo controle). Esses participantes foram divididos em trs grupos
randmicos: um grupo no realizou nenhuma tarefa; o outro realizou o treino apenas com o
software dos jogos pertencentes ao treino e um ltimo, que foi submetido ao treino com o
software, tendo uma avaliao por um dispositivo porttil de eletroencefalograma e um outro
dispositivo para monitorar a ateno. Cabe ressaltar que 52 participantes do grupo que tinha
TDAH tomavam medicamento (sendo eles: concerta, ritalina, dexamphetamine, strattera). O
treino cognitivo foi realizado em 25 sesses (num total de 4 semanas), combinadas com treino
de memria operacional e controle inibitrio e consistiu no uso de um software instalado no
computador da prpria criana ou adolescente. Para que no houvesse a necessidade da
presena do pesquisador foi criado uma conta de usurio para cada um onde fica registrado o
desempenho e a pontuao obtida em cada treino e imediatamente aps o trmino o
participante tem acesso a um feedback. Aps o treino crianas com TDAH tiveram os
sintomas reduzidos se comparados ao grupo controle. Essa reduo foi mantida at seis
semanas de trmino do treino. As crianas que no tinham TDAH tambm mostraram
32
melhora no comportamento. Cabe ressaltar que no pr treino as crianas com TDAH haviam
apresentado um desempenho inferior quanto as habilidades cognitivas se comparadas com as
que no tinham TDAH.
Michel e Mateer (2006) escreveram um artigo com o objetivo de resumir e sistematizar
as evidncias de reabilitao de dficits de ateno em indivduos com leso cerebral por
traumatismo ou AVC. Tais autores verificam que a ateno uma habilidade que pode ser
treinada e que um mtodo possvel de reabilitao o treino direto de processo atencionais
bsicos. Nesta mesma linha de raciocnio, Sohlberg e Mateer (2001) apontam uma srie de
possibilidades de interveno para melhorar e gerenciar problemas atencionais e eles sugerem
que tais tcnicas podem ser efetivas para crianas com TDAH.
Para verificar os mtodos utilizados para o tratamento do TDAH, focado na reabilitao
neuropsicolgica, foram feitas entrevistas semiestruturadas com neuropsiclogos da cidade de
So Paulo, que trabalhavam com pacientes com TDAH (ARAJO, 2008). Foi observado que
no tratamento do TDAH, ainda existem poucas tcnicas sistematizadas e padronizadas para a
Reabilitao Cognitiva, sendo estas pouco utilizadas, e quando empregadas, eram
improvisadas pelos prprios profissionais. Concluso semelhante tambm chegou Silva e
Souza (2005) ressaltando a importncia da ampliao e atualizao dos conhecimentos de
profissionais das reas afins. Ceravolo (2006) descreve que existe a necessidade de estudos
mais rigorosos de programas de tratamento disponveis para avaliar a eficcia da reabilitao
de dficits atencionais.
Na tentativa de encontrar mtodos alternativos para tratar o transtorno, a utilizao de
terapias alternativas tem crescido nos ltimos anos. Artigo de reviso publicado em 2012,
afirma que na Austrlia 64% de pais de crianas com TDAH disseram que utilizam algum
tipo de terapia alternativa. Dentre as terapias utilizadas esto homeopatia, dietas restritivas,
suplementos alimentares, fitoterapia, biofeedback e treinos de ateno. Em estudo paralelo,
tambm publicado em 2012, discutiram-se possveis benefcios das atividades fsicas para
crianas com o transtorno. Pesquisas indicam que h evidncias do impacto dos exerccios
aerbicos nas melhora das funes neuronais com expresso no funcionamento cognitivo e
comportamental (BERWID; HALPERIN, 2012). Entretanto, assim como os treinos
cognitivos, h necessidade de mais pesquisas para comprovar a real eficcia dessas terapias
(SEARIGHT et al., 2012).
33
3 JUSTIFICATIVA
4 - OBJETIVOS
5 - MTODO
5.2 Participantes
perodo da pesquisa
Nome fictcio: G. P.
Sexo: Masculino
Idade: 9 anos.
Me
Ano: 5 ano.
2 Escola: Particular 9 9
Profisso:
Caractersticas: Predominncia de
Dona de Casa.
Desateno e Hiperatividade
Medicamento para TDAH: no utilizou no
perodo da pesquisa
Nome fictcio: J. V.
Sexo: Masculino
Idade: 10 anos. Me
Ano: 5 ano.
3 Escola: Particular 6 9 Profisso:
Caractersticas: Predominncia de Auxiliar de
Desateno e Hiperatividade. escritrio.
Medicamento para TDAH: utilizou no
perodo da pesquisa
Nome fictcio: G. L.
Sexo: Masculino
Idade: 8 anos.
Me
Ano: 2 ano
4 Escola: Particular 7 5
Profisso:
Caractersticas: Predominncia de
Bibliotecria.
Desateno.
Medicamento para TDAH: Utilizou no
perodo d a pesquisa.
RESCORLA, 2001) para a gerao dos perfis comportamentais. ((Os escores obtidos
permitem identificar o perfil comportamental por meio de seis escalas: I) Escala Total de
Competncias intituladas Competncias em Atividades, Competncia Social e
Competncia Escolar; II) Escala das Sndromes de Problemas de Comportamento,
compostas por Ansiedade/Depresso, Isolamento/Depresso, Queixas Somticas,
Problemas de Sociabilidade, Problemas com o Pensamento, Problemas de Ateno,
Violao de Regras e Comportamento Agressivo; III) Escala Total de Problemas
Emocionais/Comportamentais (soma de todos os itens do CBCL/6-18); IV) Escala de
Internalizao (soma dos escores dos problemas includos nas sndromes
ansiedade/depresso, isolamento/depresso, queixas somticas); V) Escala de
Externalizao (soma dos escores dos problemas includos nas sndromes violao de
regras e comportamento agressivo) e VI) Escala Orientada pelo DSM, composto pelos
itens Problemas Afetivos, Problemas de Ansiedade, Problemas Somticos, Problemas
de Dficit de Ateno e Hiperatividade, Problemas de Oposio e Desafio e Problemas de
Conduta. De acordo com amostras normativas em funo de idade e sexo, as faixas de
classificao de cada item da escala poder ser classificado em clnico, limtrofe e no clnico.
O CBCL/6-18 prev tambm a solicitao de resposta a questes abertas para meno de
doenas e deficincias, para descrio das preocupaes dos pais sobre as crianas ou
adolescentes e para o relato do que as crianas ou adolescentes teriam de melhor. O relato dos
pais oferece exemplos concretos das habilidades da criana ou adolescente. Cabe ressaltar que
o inventrio utilizado na pesquisa no tem padronizao, adaptao e validao para a
populao brasileira, portanto seu resultado foi utilizado em carter comparativo de
avaliaes iniciais com finais dos participantes.
Esse questionrio avalia os critrios de TDAH do DSM-IV e aplicado aos pais que
indicam cada um dos sintomas em relao sua frequncia. Indicam se cada comportamento
ocorre de acordo com o critrio (0) nunca ou raramente; (1) s vezes; (2) frequentemente ou
(3) muito frequentemente (tabela 1, 2, 3, 4).
orientar a ateno para o lado indicado pela pista, e responder ao alvo, pressionando uma tecla
com o dedo indicador, registrando-se assim o TR em milissegundos.
orientar a ateno para o lado indicado pela pista, e responder ao alvo, pressionando uma tecla
com o dedo indicador, registrando-se assim o TR em milissegundos.
devem ser ligados frente uma sequencia pr determinada. Segundo Trevisan e Pereira (2012)
o teste de trilhas avalia habilidades cognitivas de percepo, ateno e rastreamento visual,
velocidade e rastreamento visuomotor, ateno sustentada e velocidade de processamento (p.
86). Colabora no entendimento de alteraes no desenvolvimento cognitivo.
Nesse trabalho foi utilizada a verso validada de Montiel e Seabra (2009b). A parte A
consiste na apresentao de 12 letras (A at M) ou 12 nmeros (1 at 12), colocados
aleatoriamente para que o participante ligue-os de acordo com a ordem alfabtica ou
numrica. A parte B letras e nmeros aparecem randomizados na mesma folha. Ou seja, 12
letras (A at M) e 12 nmeros (1 at 12). A tarefa baseia-se na ligao dos itens seguindo
alternadamente as sequncias alfabtica e numrica.
O Teste de Ateno por Cancelamento (Montiel e Seabra, 2007) formado por trs
matrizes impressas com variados estmulos de cor preta e fundo branco. A tarefa do teste
basicamente incide em marcar todos os estmulos semelhantes a um estmulo-modelo j
determinado com um tempo mximo de um minuto por matriz. O objetivo da primeira e
segunda parte do teste avaliar a ateno seletiva, no entanto, na segunda parte o grau de
dificuldade aumenta.
A Escala de Inteligncia Wechsler para crianas em sua terceira edio (WISC III) um
instrumento clnico, de aplicao individual, que analisa a habilidade intelectual de indivduos
entre 6 a 16 anos e 11 meses. Sua primeira verso foi criada em 1949, por David Wechsler. O
WISC III composto por 13 subtestes, os quais avaliam aspectos diferentes da
inteligncia, esses se agrupam para expressar-se em QI Verbal, QI de Execuo e QI Total,
alm de revelar tambm mais quatro escores opcionais (escalas de compreenso verbal,
organizao perceptual, resistncia a distrao e velocidade de processamento). O objetivo da
sua aplicao ter uma estimativa das habilidades intelectuais do indivduo.
Os subtestes que compem a escala verbal so: informao, semelhanas, aritmtica,
vocabulrio, compreenso e dgitos. J os subtestes da escala de execuo so: completar
figuras, cdigo, arranjo de figuras, cubos, armar objetos, procurar smbolos e labirintos (no
padronizado para a populao brasileira). Cada grupo de subtestes avalia uma capacidade
45
operaes cognitivas eram necessrias para sua soluo, e a partir de dificuldades crescentes
de utilizao desse jogo, pretendeu-se treinar cada uma dessas habilidades.
Quadro 2: Apresentao dos encontros (sesses) e dos jogos selecionados para cada uma delas e
durao de cada tarefa.
JOGO Durao
Jenga 15
1
Contar e Recontar Histria 15 Total
Encontro
Construo de blocos 15 60 min
Memria 15
JOGO Durao
A hora do rush 15
2
Caretas 15 Total
Encontro
Onde est o Wally em papel 15 60 min
Desenhos e/ou filmes sem som 15
JOGO Durao
Sudoku com imagens 15
3
Contar e Recontar histria 15 Total
Encontro
Domin 15 60 min
Forme o quadrado 15
JOGO Durao
Construo de Histrias 15
4
Organizar Figuras 15 Total
Encontro
Ache as figuras 15 60 min
Tangram 15
JOGO Durao
Desenhos e/ou filmes 15
5
Acertando as fichas 15 Total
Encontro
Achando os opostos 15 60 min
Cad, recreio! 15
JOGO Durao
Spot it 15
6
Quebra-cabea 15 Total
Encontro
Memria 15 60 min
Contar e Recontar Histrias nvel mdio 15
JOGO Durao
Construo de histrias 15
7
Where Wally The fantastic journey 15 Total
Encontro
Caa-Palavras nvel mdio 15 60 min
Perplexus 15
8 JOGO Durao
47
JOGO Durao
Desafio da Memria 15
9
Construo de Histria 15 Total
Encontro
Count Battle 15 60 min
Quem sou eu? 15
JOGO Durao
Find a way Jose 15
10
O que tem de diferente 15 Total
Encontro
Lince 15 60 min
Jenga 15
JOGO Durao
Tangram 15
11
Contar e Recontar Histrias nvel difcil 15 Total
Encontro
A hora do rush 15 60 min
Smbolos diferentes 15
JOGO Durao
Desenhos animado e/ou filmes 15
12
Sudoku com imagens 15 Total
encontro
Memria nvel mdio 15 60 min
Spot it 15
JOGO Durao
Construo de Histrias nvel difcil 15
13
Quebra cabea Monstros S.A. 15 Total
encontro
Achando os opostos 15 60 min
Caa-palavras nvel difcil 15
JOGO Durao
Construo de blocos 15
14
Quebra-cabea nvel difcil 15 Total
Encontro
Pictureka 15 60 min
Contar e Recontar Histrias nvel difcil 15
JOGO Durao
Desenhos e/ou filmes 15
15
Where Wally The fantastic journey 15 Total
Encontro
Caa-Palavras nvel difcil 15 60 min
Quadro a Quadro 15
5.6 - Procedimentos
48
A anlise dos dados foi feita de duas formas. A primeira, uma anlise qualitativa por
meio da observao das sesses, onde foram avaliados os aspectos de interao, cumprimento
de tarefas, esforo para realizao, capacidade de concentrao para cada um dos
participantes. Foram observadas tambm as interaes dos participantes quanto aos sinais de
desateno e hiperatividade com base no protocolo de observao comportamental. Estas
avaliaes foram baseadas nos relatrios individuais feitos a cada sesso e os resultados
posteriormente analisados individualmente, sendo possvel, assim, a construo de um perfil
de evoluo dos participantes a cada sesso.
Alm de uma avaliao qualitativa, houve tambm uma anlise quantitativa, baseada
nos escores dos instrumentos que foram aplicados antes e aps a interveno. Deste modo,
cada participante foi controle dele mesmo, tendo-se uma avaliao prvia, uma interveno, e
uma avaliao posterior que foram comparadas quanto aos escores obtidos. Alm disso, sero
indicadas as mudanas nos escores para cada sujeito como possibilidade de indicadores de
melhora da interveno. Outras discusses sobre possveis explicaes para as mudanas
tambm sero includas.
7 - RESULTADOS
Participante G.H.
51
Sempre realizou suas atividades de forma silenciosa, poucas vezes diante de uma
dificuldade desistia da tarefa, porm pela falta de ateno acabava se atrapalhando na hora de
organizar as atividades, sua concentrao era baixa. Tinha um ritmo mais lento se comparado
com as outras crianas e algumas vezes demonstrou cansao nas sesses. Seus movimentos
eram desordenados o que dificultava a realizao das atividades, uma vez que a organizao
no era mantida.
Comportamentos inadequados eram mais frequentes, sendo necessrio a estimulao
de comportamentos adequados. Com a utilizao da atividade a hora do rush, era necessrio
o posicionamento dos carros de acordo com o carto dado, algumas vezes a montagem inicial
foi feita de forma abrupta e sem muita ateno a ordem correta, foi dado ento a instruo de
que algo estava errado e quando ele no encontrava o que estava errado lhe era informado.
Levando assim certo tempo para que ele conseguisse se estruturar e realizar a atividade de
maneira adequada.
Outro recurso utilizado, foi a atividade em tablet unblock me seguindo a mesma
linha do a hora do rush, com a diferena que os movimentos realizados podiam ser
computados, percebendo-se inicialmente a evidncia de grandes movimentos desnecessrios,
o que com o passar das sesses foi diminuindo.
Na tarefa desafio memria, ficou mais evidente a dificuldade de localizao, uma vez
que o participante conseguia lembrar-se da figura num todo, porm no conseguia definir se
era direita ou esquerda, em cima ou embaixo. Os detalhes presentes na imagem que eram
requisitados posteriormente com perguntas eram negligenciados. Elemento esse que com o
passar das sesses foi ficando menos evidente.
Jogos que tinham cartas em sua composio eram sempre espalhados de maneira
confusa dificultando o acesso as cartas. No existia o uso de uma categorizao. Ordenaes
por cores, categorias e imagens eram solicitadas, na tentativa de estruturar a realizao da
atividade. Como o espao utilizado inicialmente era apertado na organizao do material, era
pedido para que a criana espaasse mais a atividade, evitando assim a desorganizao do
material.
A coordenao motora no era adequada, ou seja, ao pegar uma carta na mesa
bagunava as outras que estavam ao redor. O mesmo acontecia com atividades de encaixe,
manual ou no tablet, sempre tinha que repetir os movimentos no mnimo, duas, trs vezes para
que conclusse a atividade.
Parecia no pensar de maneira objetiva na realizao das atividades como, por
52
Participante G. P.
Inicialmente as sesses com ele comearam individuais por 8 sesses, porm com a
necessidade de troca de horrios por deciso dos pais, elas passaram a acontecer em conjunto
com outra criana. Cabe enfatizar que no perodo em que as intervenes ocorreram de forma
individual os sinais mais frequentes de desateno e hiperatividade no diagnstico de TDAH
eram vistos com menor frequncia do que quando as sesses aconteceram em grupo. Uma
criana que se esforava para o cumprimento das atividades propostas, porm sua
concentrao era baixa, j que em vrios momentos se distraia com estmulos alheios ao que
era pedido.
Sempre comentava assuntos no relacionados as atividades do dia. Mencionava o que
estava tendo de matria na aula, trazia brinquedos, figuras de recortar e montar para dizer que
se lembrou dos brinquedos que usava nas intervenes. Pedia para levar alguns brinquedos
para casa. Gostava de dar nome aos jogos. Porm quando a sesso passou a ser em grupo, os
sinais de desateno e hiperatividade passaram a ser cada vez mais frequentes, gostava de
conversar com a outra criana sobre outros assuntos esquecendo o objetivo da tarefa. Foi
proposta ao pai a troca de dia da interveno para que esses comportamentos fossem mais
controlados, porm o pai no disponibilizou outro dia.
Durante a realizao das atividades costumava falar o que fazia. Conversava com ele
mesmo. Dava gritinhos durante as atividades conforme encontrava as solues corretas. E
quando encontrava dificuldades queria desistir do jogo e passar para outro. Costumava
levantar-se da cadeira com frequncia.
54
ficasse atento ele tentava ir duas vezes na mesma rodada. E quando chamada sua ateno para
a regra do jogo, soltava um risinho.
Quando no gostava da atividade falava que era chato e pedia para trocar. Todavia
nenhuma vez tal possibilidade foi permitida. Comportamentos de quebrar regras, falar fora de
hora, demorar um tempo maior que o necessrio para concluir a atividade pelo excesso de
conversa foram percebidos cada vez mais frequentes com a incluso de outra criana na
sesso.
possvel perceber mudanas no planejamento das atividades, organizao de
materiais, ateno focada, embora esse ajuste de sesses individuais para grupais tenham
alterado esses comportamentos. Cabe ressaltar que em determinado momento o pai foi
aconselhado pela psicloga que acompanhava o menino a no ocupar tanto o tempo da
criana com atividades que no eram importantes. Nesse momento a criana passou a faltar
com mais frequncia, impossibilitando uma continuidade que se via presente no incio.
Participante J.V.
Inicialmente uma criana que se esforava pouco para cumprimento das atividades
propostas, sempre na tentativa de evitar ou retardar a tarefa indicada. Sua concentrao era
baixa, pois em vrios momentos se distraia com estmulos alheios ao que era pedido. Falava
demasiadamente durante toda sesso.
No jogo a hora do rush ao invs de tentar desobstruir as passagens para conseguir
passar de fase, queria simplesmente retirar os carros da frente e como no era permitido,
reclamava excessivamente na tentativa de fazer outra atividade.
Dificilmente conseguia permanecer sentado na cadeira, caso no lhe fosse lembrado
que era necessrio sentar, era bem provvel que permanecesse a sesso inteira em p. Gostava
de contar gracinhas para tirar o real foco da atividade que no queria fazer.
Quando as sesses passaram a ser em grupo tinha dificuldade em aguardar a sua vez,
queria interromper a vez do outro. Quando conseguia mais cartas que o adversrio em jogos
de associao, comentava que ele era muito bom, que estava fcil e que estava ganhando. Mas
pelo fato de estar ganhando se concentrava menos, ao querer o tempo todo reforar isso ao
adversrio e a situao acaba se invertendo.
Quando era comentado com ele, o que ele poderia ter feito de diferente, dava respostas
como no sei. Mas quando a mesma pergunta era feita ao adversrio e este respondia, tomava
56
coragem para falar o que pensava. Normalmente dizia que poderia ficar quieto e falar menos.
Observaes essas que suponho que ele oua em casa e na escola.
Seus erros em atividades como organizar figuras, contar e recontar histrias
somente eram percebidos quando ele tinha que ser chamado a ateno para dizer o que ele
havia, pensado, nesse momento ele se dava conta que tinha montado a ordem errada das
figuras, ou que alguma coisa no se encaixava na histria que ele havia contado.
Uma atividade inicialmente muito complexa de ser utilizada era o perplexus, pois a
empolgao era tanta que impedia ele de pensar quais movimentos ele precisava fazer. Tal
caracterstica com o passar das sesses passou a ser menos frequente, a ponto dele mesmo
sem ser estimulado contar o que ele poderia ter feito de diferente para avanar mais um nvel.
O jogo da memria, assim como acontecia com outros participantes, era arrumado de
maneira desordenada, o que complicava na hora de encontrar o par. Com a dica inicial de
ajustar os pares com um espao maior e de maneira mais alinhada, ele passou a estender a
dica a outros jogos que tambm precisavam de organizao na montagem.
As sesses eram mais tranquilas quando acontecia de forma individual, ou seja,
quando o outro participante faltava, JV se comportava mais silenciosamente durante as
atividades e evitava quebrar tanto as regras do jogo. No entanto, o questionamento da me era
justamente esse. Sozinho a criana no parecia ter nada, mas quando juntava alguma outra
criana pegava fogo.
Na atividade pictureka tabuleiro, jogava os dados sem ser sua vez. Tal elemento foi
controlado, sempre que um participante terminava de jogar os dados, tinha que entrega-los ao
aplicador.
Na tarefa spot it, quanto mais difcil era a associao que ele conseguia fazer, mais
alto ele falava. Fato esse interessante, pois inicialmente as combinaes eram muito obvias
como cores e passaram a ser cada vez mais complexas, como elementos da natureza, opostos,
etc.
Em uma das sesses o participante trouxe um livro de convivncia da escola, muito
provavelmente por indicao da me. Ao qual ele apenas comentou que se comportava mal,
sem dar muitos detalhes do ocorrido.
De modo geral, possvel pensar que o participante adquiriu meios de pensar a
respeito do seu prprio comportamento, estabelecendo padres comportamentais mais
eficazes do que os inicialmente apresentados. Passou a se organizar melhor nas atividades.
Embora tenha diminudo na questo da fala e permanecer sentado, pode-se dizer que algo
57
que precisa ser algumas vezes lembrado. Nem sempre ele se d conta sozinho.
Participante G.L.
insistia em no retirar todos os carros para comear a montagem do segundo desafio, o que
acabava por confundi-lo em quais carros precisavam ser mantidos e quais no. A instruo
dada era que ele retirasse todos os carros e assim montasse o jogo.
Na atividade lince no queria mostrar a carta que tirava para ter a possibilidade de
pegar mais cartas. O que imediatamente era interrompido. Se por acaso percebesse que o
aplicador tinha mais cartas na mo, perdia o interesse em participar. Esses comportamentos
foram diminuindo ao longo das sesses.
Foi aprendendo a respeitar as regras, a esperar a sua vez, a aguardar a recompensa, a
enfrentar suas dificuldades, passou a no levar mais brinquedos com os quais queria brincar
nas sesses. Pediu a me que comprasse um tablet e com isso instalou jogos que eram
utilizados nas sesses. possvel perceber uma evoluo em seu comportamento inicial
quando comparado ao final. Durante todas as sesses a criana utilizou o medicamento
ritalina.
Na atividade com o tablet do Where Wally The fantastic journey, todas as crianas
sem exceo, embora no fosse pedido, clicavam ao acharem letras e posteriormente
descobriram que dava para formar a palavra Hollywood. Cinco ossos de cachorro estavam
espalhados pela imagem e embora tambm no fosse dito para que se encontrasse tal detalhe,
todas clicavam ao encontrarem. Cabe ressaltar que com isso foi possvel tambm entender que
esses ossos possibilitavam dicas para acharem as imagens desejadas, no entanto tomou-se o
cuidado para que tal recurso no fosse utilizado, bloqueando o acesso com a mo, uma vez
que apenas a afirmao de que no poderia ser utilizado, por vezes no era suficiente.
O jogo perplexus foi atrativo a todas as crianas, embora no fosse possvel chegar-se
ao nmero 100 (final do labirinto), todas as crianas se interessavam por tentar encontrar
melhores jeitos de chegar ao prximo caminho. O nmero mais alto atingido pelas crianas
foi a fase 32.
O elemento tempo inicialmente era um fator desencorajador, uma vez que trs das
quatro crianas demoravam mais que o necessrio para concluso das atividades, ao se
distrarem com estmulos alheios a tarefa proposta. Quando a sesso acontecia em grupo,
conversas que no mantinham relao com a atividade tambm apareciam. Sendo controladas
pela meno de perda de cartas caso as crianas demorassem mais de cinco segundos para
59
escolherem uma carta. A quarta criana tinha uma dificuldade na organizao inicial da
atividade e por isso a demora na concluso da tarefa. Um ritmo mais lento comparado as
outras crianas tambm era percebido.
A motivao das crianas foi trabalhada da seguinte forma: em toda sesso havia uma
recompensa. Independente da criana lidar bem com apenas o reforo social ou no. Com trs
crianas da interveno utilizando apenas o reforo social no era o suficiente para motiv-las
a permanecerem na atividade. A quarta criana embora o reforo social aparentemente era
suficiente, ao recompens-la com a escolha de uma atividade que ele gostaria de fazer trazia
um padro de tempo de resposta mais rpido. De modo geral todas as crianas apresentaram
um aumento de comportamentos adequados como organizao, planejamento,
estabelecimento de estratgias, diminuio de conversas. A leitura de textos incialmente era
feita de maneira descuidada, deixando de prestar ateno a algumas palavras e com isso
substituindo por outras que no estavam presentes no texto, dificultando o real entendimento.
Tal comportamento era chamado a ateno para que o compreendimento adequado do texto
pudesse ser desenvolvido. Mesmo assim a leitura e compreenso eram falhas, sendo
necessrio situar a diviso do texto em comeo meio e fim. Mas para o fim das sesses esse
comportamento mudou, mas ainda percebe-se uma grande dificuldade.
Algumas interferncias ocorriam como, conversao, batuques na mesa, risadas, chutes,
no parar sentado, querer mexer na atividade antes do incio da mesma, reclamar antes da
tarefa iniciar, querer burlar as regras da tarefa. Nenhuma vez houve o relato da necessidade
em ir ao banheiro ou pedir para beber gua em ambos os grupos.
Outra questo que chama a ateno durante o perodo de trabalho a coordenao
motora, uma vez que todos os participantes apresentavam movimentos bruscos e falhos,
porm no saberia de dizer se seria um problema de coordenao propriamente dito ou falta
de planejamento, organizao dessas crianas.
As atividades inicialmente comearam de forma individual, ou seja, as crianas foram
alocadas separadamente umas das outras, por conta da disponibilidade de horrios. No entanto
isso no se manteve pelo surgimento de outros compromissos (por parte dos pais) no dia
inicialmente combinado. Com isso duas crianas fizeram sesses em conjunto e outras duas
em separado. O mais complexo foi estabelecer um limite, compreendendo que tais
acontecimentos so caractersticas frequentes do TDAH.
7.3 - Resultados da avaliao por meio dos inventrios comportamentais CBCL e TRF
60
Hiperatividade
Problemas de
Problemas de
Problemas de
Problemas de
Oposio e
Problemas
Ansiedade
Somticos
Ateno e
Dficit de
Conduta
Queixas
Afetivos
Desafio
Inventario
Pr Ps Pr Ps Pr Ps Pr Ps Pr Ps Pr Ps
CBCL 3 1 3 6 1 2 14 12 5 5 8 10
TRF 1 df 1 df 0 df 15 Df 5 df 7 Df
C -2 +3 +1 -2 0 +2
Dif dado dado dado dado dado dado
T
faltante. faltante. faltante. faltante. faltante. faltante.
C: CBCL; TRF; Dif: diferena; Df: Dado Faltante
Hiperatividade
Problemas de
Problemas de
Problemas de
Problemas de
Oposio e
Problemas
Ansiedade
Somticos
Ateno e
Dficit de
Conduta
Queixas
Afetivos
Desafio
Inventario
Pr Ps Pr Ps Pr Ps Pr Ps Pr Ps Pr Ps
CBCL 9 11 5 4 3 1 9 7 6 4 1 1
TRF 0 0 0 0 0 0 14 12 0 0 2 0
C +2 -1 -2 -2 -2 0
Dif
T 0 0 0 -2 0 -2
C: CBCL; T: TRF
Hiperatividade
Problemas de
Problemas de
Problemas de
Problemas de
Oposio e
Problemas
Ansiedade
Somticos
Ateno e
Dficit de
Conduta
Queixas
Afetivos
Desafio
Inventario
Pr Ps Pr Ps Pr Ps Pr Ps Pr Ps Pr Ps
CBCL 0 2 0 0 0 1 8 13 3 6 3 8
TRF 0 0 0 1 0 0 15 15 1 6 5 10
Dif C +2 0 +1 +4 +3 +5
62
T 0 +1 0 0 +5 +5
C: CBCL; T: TRF
Hiperatividade
Problemas de
Problemas de
Problemas de
Problemas de
Oposio e
Problemas
Ansiedade
Somticos
Ateno e
Dficit de
Conduta
Queixas
Afetivos
Desafio
Inventario
Pr Ps Pr Ps Pr Ps Pr Ps Pr Ps Pr Ps
CBCL 1 2 3 2 1 3 7 5 0 2 0 0
TRF 3 2 4 0 1 2 15 11 0 0 2 0
C +1 -1 +2 -2 +2 0
Dif
T -1 -4 +1 -4 0 -2
C: CBCL; T: TRF
problemas somticos.
possvel observar nessas tabelas que houve reduo da indicao de
comportamentos na escala Problemas de Dficit de Ateno e Hiperatividade em 3 (GH; GP e
GL) dos 4 participantes quando relatados por seus pais no CBCL.
O protocolo de observao foi aplicado a cada sesso de acordo com o critrio (0)
nunca ou raramente; (1) s vezes; (2) frequentemente ou (3) muito frequentemente. Esses
indicadores foram tabulados e apresentado no grfico 1 a seguir.
64
Grfico 1: Frequncia de comportamentos de acordo com o guia do observao para os quatro participantes.
65
Tabela 9: resultados dos subtestes e ndices do WISC III (pontuao ponderada) para cada
participante e sua comparao pr e ps interveno.
Subteste/escalas
processamento
Velocidade de
Resistncia
Aritmtica
smbolos
distrao
Procurar
Dgitos
Cdigo
Particip.
Pr Ps Pr Ps Pr Ps Pr Ps Pr Ps Pr Ps
GL 7 10 11 8 11 11 11 11 93 93 104 104
JV 10 11 13 12 12 12 12 9 107 107 110 102
GP 19 11 9 14 12 8 16 10 121 113 122 93
GH 9 7 10 10 11 6 8 8 96 90 96 81
Ps-Pr
3 -3 0 0 0 0
GL
Ps-Pr
1 -1 0 -3 0 -8
JV
Ps-Pr
-8 5 -4 -6 -8 -29
GP
Ps-Pr
GH
-2 0 -5 0 -6 -15
Tabela 10: resultados dos ndices do Wisconsin para cada participante e sua comparao pr
e ps interveno.
Subteste/escalas
Ensaios para 1
Perseverativos
Perseverativas
administrados
Total correto
Categorias
Completas
categoria
Fracasso
contexto
Ensaios
manter
Resp.
Erros
Particip.
Pr Ps Pr Ps Pr Ps Pr Ps Pr Ps Pr Ps Pr Ps
GL 128 116 84 94 24 8 23 8 5 6 15 19 2 3
JV 92 78 77 66 5 8 5 8 6 6 11 11 1 0
GP 80 77 62 69 5 5 5 5 6 6 13 11 0 0
GH 86 117 70 77 6 28 6 16 6 6 11 11 0 1
Ps-Pr
-12 10 -16 -15 1 4 1
GL
Ps-Pr
-14 -11 3 3 0 0 -1
JV
Ps-Pr
GP
-3 7 0 0 0 -2 0
Ps-Pr
GH
31 7 22 10 0 0 1
Tabela 11: resultados dos ndices do teste AC (Cambrais) para cada participante e sua
comparao pr e ps interveno.
Subteste/escalas
Omisses
Acertos
Pontos
Erros
Particip.
Pr Ps Pr Ps Pr Ps Pr Ps
GL 37 41 0 1 5 6 32 34
JV 49 59 0 1 10 8 39 59
GP 51 53 1 0 9 10 41 43
GH 46 76 1 1 24 16 21 59
68
Ps-Pr
4 1 1 2
GL
Ps-Pr
10 1 -2 20
JV
Ps-Pr
GP
2 -1 1 2
Ps-Pr
GH
30 0 -8 38
Tabela 12: resultados dos ndices do teste TECON para cada participante e sua comparao
pr e ps interveno.
Subteste/escalas
Omisses
Acertos
Pontos
Erros
Particip.
Pr Ps Pr Ps Pr Ps Pr Ps
GL 30 51 4 2 1 57 25 -8
JV 65 127 3 10 0 0 62 116
GP 63 56 4 2 6 5 53 49
GH 74 85 4 6 0 1 70 78
Ps-Pr
GL
21 -2 56 -33
Ps-Pr
62 7 0 54
JV
Ps-Pr -7 -2 -1 -4
69
GP
Ps-Pr
11 2 1 8
GH
Tabela 13: resultados dos ndices do teste TEDIF para cada participante e sua comparao
pr e ps interveno.
Subteste/escalas
Omisses
Minuto 1
Minuto 2
Minuto 3
Minuto 4
Pontos
Pontos
Pontos
Pontos
Pontos
Totais
Erros
Particip.
Pr Ps Pr Ps Pr Ps Pr Ps Pr Ps Pr Ps Pr Ps
GL 1 5 1 4 0 4 1 0 3 13 0 0 0 0
JV 2 11 2 6 7 5 7 6 18 28 0 0 0 0
GP 5 7 7 8 4 4 7 11 23 30 0 0 0 0
GH 7 4 2 2 5 1 0 5 14 12 0 0 0 0
Ps-Pr
4 3 4 -1 10 0 0
GL
Ps-Pr
9 4 -2 -1 10 0 0
JV
Ps-Pr
2 1 0 4 7 0 0
GP
70
Ps-Pr
-3 0 -4 5 -2 0 0
GH
Tabela 14: resultados brutos dos ndices do teste TAC (Montiel e Seabra, 2012) para cada
participante e sua comparao pr e ps interveno.
Subteste/escalas
Escore total
Parte 1
Parte 2
Parte 3
Pontos
Pontos
Pontos
Pontos
Particip.
Pr Ps Pr Ps Pr Ps Pr Ps
24 23 1 4 20 25 45 52
GL
JV 49 35 3 5 36 33 88 73
GP 31 34 4 4 30 35 65 73
GH 50 50 4 5 33 39 87 94
Ps-Pr
GL
-1 3 5 7
Ps-Pr
-14 2 -3 -15
JV
Ps-Pr
3 0 5 8
GP
71
Ps-Pr
0 1 6 7
GH
Tabela 15: resultados brutos dos ndices do teste de Trilhas (Montiel e Seabra, 2012) para
cada participante e sua comparao pr e ps interveno.
Subteste/escalas
sequencias
sequencias
Parte A
Parte B
Pontos
Pontos
Particip.
Pr Ps Pr Ps
GL 59 108 89 106
GH 106 106 59 67
Ps-Pr 17
49
GL
Ps-Pr 33
-1
JV
Ps-Pr -30
-1
GP
Ps-Pr 8
0
GH
72
Aps o trmino da aplicao dos testes computadorizados foi feita uma mediana dos
tempos de reao para cada condio e esses dados so apresentados nas tabelas 16, 17 e 18.
Aps o trmino da aplicao dos testes computadorizados foi feita uma mediana dos
tempos de reao para cada condio e esses dados so apresentados nas tabelas a seguir. So
comparados os resultados antes e aps a interveno.
Na condio de orientao vlida (300 ms) o participante GL obteve um aumento de
145 ms das medianas do tempo de reao. Na condio de orientao invlida (300 ms) teve
um aumento de 79 ms das medianas do tempo de reao (tabela 16). Na condio de
orientao vlida (800 ms) obteve um aumento de 63 ms das medianas do tempo de reao.
Na condio de orientao invlida (800 ms) teve um aumento de 24 ms das medianas do
tempo de reao.
Na condio de orientao vlida (300 ms) o participante JV obteve um aumento de 28
ms das medianas do tempo de reao. Na condio de orientao invlida (300 ms) teve uma
diminuio de 62 ms das medianas do tempo de reao. Na condio de orientao vlida
(800 ms) obteve um aumento de 47 ms das medianas do tempo de reao. Na condio de
orientao invlida (800 ms) teve um aumento de 186 ms das medianas do tempo de reao.
Na condio de orientao vlida (300 ms) o participante GP obteve um aumento da
mediana do tempo de reao em 26 ms. Na condio de orientao invlida (300 ms) teve
uma diminuio da mediana do tempo de reao em 101 ms. Na condio de orientao
vlida (800 ms) obteve uma diminuio da mediana do tempo de reao em 22 ms. Na
73
condio de orientao invlida (800 ms) teve uma diminuio da mediana do tempo de
reao em 65 ms.
Na condio de orientao vlida (300 ms) o participante GH obteve uma diminuio
da mediana do tempo de reao em 21 ms. Na condio de orientao invlida (300 ms) teve
uma diminuio da mediana do tempo de reao em 216 ms. Na condio de orientao
vlida (800 ms) obteve uma diminuio da mediana do tempo de reao em 19 ms. Na
condio de orientao invlida (800 ms) teve uma diminuio da mediana do tempo de
reao em 65 ms.
Na condio de orientao vlida (300 ms) pode-se dizer que em geral todos os
participantes obtiveram um aumento das medianas do tempo de reao, com exceo do
participante GH. Na condio de orientao invlida (300 ms) observa-se que todos os
participantes tiveram uma diminuio das medianas do tempo de reao, com exceo do
participante GL. Na condio de orientao vlida (800 ms) pode-se dizer que GL e JV
obtiveram aumentos e GP e GH tiveram uma diminuio das medianas do tempo de reao.
Na condio de orientao invlida (800 ms) observa-se um aumento das medianas do tempo
de reao de GL e JV e uma diminuio das medianas dos TR para os participante GP e GH,
como pode ser verificado nos grfico 2.
Tabela 16: resultados das medianas dos TR (ms) para cada participante no teste de ateno
voluntria.
Indice
(800 ms)
(800 ms)
(300 ms)
(300 ms)
Invlida
Invlida
Vlida
Vlida
Particip.
Pr Ps Pr Ps Pr Ps Pr Ps
GL 451 596 546 625 380 443 472 496
JV 407 435 502 440 298 345 268 454
GP 462 488 509 408 421 399 469 393
GH 397 376 583 367 324 305 368 303
Ps-Pr
+145 +79 +63 +24
GL
Ps-Pr
+28 -62 +47 +186
JV
Ps-Pr
+26 -101 -22 -65
GP
Ps-Pr
-21 -216 -19 -65
GH
74
Grfico 2: Mediana dos TR (ms) para cada participante no teste de ateno voluntria.
75
Aps o trmino da aplicao dos testes computadorizados foi feita uma mediana dos
tempos de reao para cada condio e esses dados so apresentados nas tabelas a seguir. So
comparados os resultados antes e aps a interveno. Na condio contralateral a 800 ms,
observa-se uma reduo dos tempos de reao para todos os participantes, como pode ser
verificado nos grfico 3.
Tabela 17: resultados da mediana dos TR (ms) para cada participante do teste de ateno
automtica.
Indice
Contralateral
Contralateral
Ipsolateral
Ipsolateral
(800 ms)
(800 ms)
(100 ms)
(100 ms)
Particip.
Pr Ps Pr Ps Pr Ps Pr Ps
GL 600 715 655 781 608 445 651 508
JV 494 378 624 447 413 323 372 337
GP 592 428 645 526 436 599 473 432
GH 617 499 540 408 410 347 486 374
Ps-Pr
+115 +126 -163 -143
GL
Ps-Pr
-116 -177 -90 -35
JV
Ps-Pr
-164 -119 +163 -41
GP
Ps-Pr
-118 -132 -63 -112
GH
Na condio de orientao automtica da ateno foi feito uma mediana dos tempos de
reao para cada categoria. Na condio ipsolateral (100 ms) o participante GL obteve um
aumento de 115 ms. Para a condio contralateral (100 ms) teve um aumento de 126 ms. Na
condio ipsolateral (800 ms) obteve uma diminuio de 163 ms. Para cada condio
contralateral (800 ms) teve uma diminuio de 143 ms.
Na condio de orientao automtica da ateno foi feito uma mediana dos tempos de
reao para cada categoria. Na condio ipsolateral (100 ms) o participante JV obteve uma
diminuio 116 ms. Para a condio contralateral (100 ms) teve uma diminuio de 177 ms.
76
Na condio ipsolateral (800 ms) obteve uma diminuio de 90 ms. Para cada condio
contralateral (800 ms) teve uma diminuio de 35 ms.
Na condio de orientao automtica da ateno foi feito uma mediana dos tempos de
reao para cada categoria. Na condio ipsolateral (100 ms) o participante GP obteve uma
diminuio 164 ms. Para a condio contralateral (100 ms) teve uma diminuio de 119 ms.
Na condio ipsolateral (800 ms) obteve um aumento de 163 ms. Para cada condio
contralateral (800 ms) teve uma diminuio de 41 ms.
Na condio de orientao automtica da ateno foi feito uma mediana dos tempos de
reao para cada categoria. Na condio ipsolateral (100 ms) o participante GH obteve uma
diminuio 118 ms. Para a condio contralateral (100 ms) teve uma diminuio de 132 ms.
Na condio ipsolateral (800 ms) obteve uma diminuio de 63 ms. Para cada condio
contralateral (800 ms) teve uma diminuio de 112 ms.
De forma geral percebe-se que quase todos os participantes obtiverem uma diminuio
em seus tempos de reao que variaram entre 35 ms a 177 ms. Com exceo dos participantes
GL que obteve um aumento no tempo de reao ipsolateral e contralateral (100 ms) e GP que
teve um aumento na condio ipsolateral (800 ms).
77
Grfico 3: Mediana dos TR (ms) para cada participante no teste de Ateno Automtica.
78
Aps o trmino da aplicao dos testes computadorizados foi feita uma mediana dos
tempos de reao para cada condio e esses dados so apresentados nas tabelas a seguir. So
comparados os resultados antes e aps a interveno. Como pode ser verificado nos grficos
4, os tempos de reao na avaliao ps interveno demonstram tempos de reao menores
alm de um decaimento mais homogneo em relao ao aumento do intervalo para
surgimento do alvo.
De forma geral (tabela 18 e grfico 4) pode-se dizer que o participante GH obteve
diminuies em praticamente todos os seus tempos de reao entre 18 ms a 557 ms. Com
exceo dos tempos (400 ms, 2200 ms) em que houve um aumento que variou de 87 ms a 154
ms.
79
Tabela 18: resultado das medianas do TR (ms) para cada participante no teste de ateno temporal (sustentao).
Indice
1300 ms
1000 ms
1600 ms
1900 ms
2200 ms
2500 ms
2800 ms
3100 ms
3400 ms
100 ms
400 ms
700 ms
Particip.
Pr Ps Pr Ps Pr Ps Pr Ps Pr Ps Pr Ps Pr Ps Pr Ps Pr Ps Pr Ps Pr Ps Pr Ps
GL 834 533 673 379 462 363 478 371 528 409 462 460 498 356 543 327 470 302 612 312 493 377 426 330
JV 506 481 477 356 493 346 460 369 415 336 493 325 365 317 377 349 387 327 364 334 483 305 361 344
GP 518 487 589 528 682 480 383 402 453 357 351 408 614 420 554 437 550 698 567 527 527 407 457 435
GH 608 496 425 512 481 457 510 383 407 346 530 318 926 369 164 318 504 314 469 285 398 380 364 346
Ps-Pr
-301 -294 -99 -107 -119 -2 -142 -216 -168 -300 -116 -96
GL
Ps-Pr
-25 -121 -147 -91 -79 -168 -48 -28 -60 -30 -178 -17
JV
Ps-Pr
-31 -61 -202 +19 -96 +57 -194 -117 +148 -40 -120 -22
GP
Ps-Pr
-112 +87 -24 -127 -61 -212 -557 +154 -190 -185 -18 -18
GH
De forma geral pode-se dizer que o participante GH obteve diminuies em praticamente todos os seus tempos de reao com
variaes entre 18 ms a 557. Com exceo dos tempos (400 ms, 2200 ms) em que houve um aumento que variou de 87 ms a 154 ms.
80
Grfico 4: Mediana dos TR (ms) para cada participante no teste de Sustentao temporal da ateno.
81
Tabela 19: comparao do questionrio baseado nos critrios do DSM que foram respondidos
pelos pais antes e aps a interveno.
Pr Ps
GL JV GP GH GL JV GP GH
A Deixa de prestar ateno a
detalhes ou comete erros por 2 2 3 3 2 2 2 2
descuido
B Tem dificuldades para manter a
2 2 3 3 1 2 2 1
ateno
C Parece no escutar 1 2 3 3 1 2 2 2
D - Falha em seguir instrues ou
2 2 2 3 2 2 1 3
em terminar seus deveres
Desateno
Quadro 3: comparao de todos os instrumentos utilizados no trabalho, apresentados aqui de maneira objetiva, na tentativa de estabelecer possveis
indicadores de resultado no processo de interveno.
TESTES E INSTRUMENTOS
Indicadores comportamentais Testes lpis e papel Testes computadorizados
Partic.
Protocolo de CBCL TRF DSM AC Tecon TAC Trilhas Tedif Wisc Wisconsin Sustentao Volunt. Autom.
observao
Reduo Reduo Reduo na AC: Diminui Aumento Aumento Aumento Manuten Reduo de Diminuio Aument Aument
comporta/os da escala Reduo na escala de Aumento o dos dos na parte A dos pontos o dos ensaios do TR e o do TR o do TR
de desateno de tdah. escala de tdah. acertos e pontos pontos e B. totais. escores. admin e declnio a 100
hiperatividade tdah. diminuio totais. totais. diminuio contnuo ms e
GL
impulsividade. omisses. de em funo diminui
respostas do intervalo o a
perseverativ 800
as.
Reduo Aumento Manuten Reduo na AC: Aumento Diminui Manut. Aumento Manut. do Reduo de Diminuio Aument Diminui
comporta/os na escala o da escala escala de Aumento dos o dos parte A e dos pontos escore de ensaios do TR e o do TR o do
de de tdah. de tdah. tdah. acertos e pontos pontos aumento totais. veloc. de administrad declnio TR
desateno. diminuio totais. totais. parte B. processa/o os. contnuo
JV
omisses. e reduo em funo
de do intervalo
resistncia
distrao.
Aumento de Reduo Reduo na Reduo na AC: Diminui Aumento Manut. Aumento Diminuio Reduo de Diminuio Diminui Diminui
comporta/os na escala escala de escala de Aumento o dos dos parte A e dos pontos nos escores ensaios do TR o do TR o do
desateno. de tdah. tdah. tdah. acertos e pontos pontos reduo totais. de veloc. de administrad TR
GP hiperatividade diminuio totais. totais. parte B. processa/o os.
e omisses. e resistncia
impulsividade distrao.
Reduo Reduo No Reduo na AC: Aumento Aumento Manut. Reduo Diminuio Aumento de Diminuio Diminui Diminui
comporta/os da escala aplicado. escala de Aumento dos dos parte A e dos pontos nos escores ensaios do TR e o do TR o do
hiperatividade de tdah. tdah. acertos e pontos pontos aumento totais de veloc. de admin. e declnio TR
GH /impulsividade diminuio totais. totais. parte B processa/o. aumento de contnuo
. omisses e resistncia respostas em funo
distrao perseverativ do intervalo
as
Quadro Azul: Indicativo de melhora nas habilidades atencionais. Quadro salmo: Indicativo de dificuldades nas habilidades atencionais. Quadro Branco: No h alterao.
83
nota-se uma melhora nos ndices de acertos, diminuies de omisses, aumento de pontos
totais e aumento de ensaios administrados. (tac, ac, tedif, tecon, trilhas, wisconsin). H uma
reduo do escore de velocidade de processamento e resistncia a distrao. Nos testes
computadorizados de ateno (sustentao, voluntria, automtica) nota-se uma diminuio
no tempo de reao.
De maneira geral, podemos perceber que os resultados finais foram positivos, de
acordo com os seguintes dados. O participante GL obteve 72% dos testes indicando melhora
nas funes cognitivas, 14% mostrou diminuio da quantidade de acertos em comparao
com a fase pr-interveno e 14% dos testes no apontou alterao. O participante JV obteve
64% dos testes indicando melhora nas funes cognitivas, 28% mostrou diminuio da
quantidade de acertos em comparao com a fase pr interveno e 7% dos testes no
apontaram alteraes. GH teve 62% de melhora nas funes cognitivas, contra 38% na
diminuio de acertos, cabe enfatizar que um dos instrumentos no foi computado porque no
foi devolvido. GP obteve 72% de melhora das funes cognitivas, 28% de diminuio no
nmero de acertos. Outro dado importante que esse ltimo participante no utilizou
medicao durante o perodo do treino, diferentemente das outras trs crianas.
Discusso
Concluses
8 REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS
ACHENBACH, T. M.; RESCORLA, L. A. Manual for ASEBA School-age Forms & Profiles.
Burlington, VT: University of Vermont, Research Center for Children, Youth, & Families,
2001.
BADDELEY, A. Working memory, thought and action. Oxford University Press, 2007.
91
BERWID, O.G.; HALPERIN, J.M. Emerging Support for a Role of Exercise in Attention-
Deficit/Hyperactivity Disorder Intervention Planning. Curr. Psychiatry Rep., 14: p. 543-551
2012.
CERAVOLO, M.G. Cognitive rehabilitation of attention deficit after brain damage: from
research to clinical practice. Eura Medicophys, V. 42, n. 1, p. 49-51, 2006.
COSTA, D. I.; et al. Avaliao neuropsicolgica da criana. Jornal de Pediatria, v. 80, n.2,
p.111-116, 2004.
DALMEIDA, A.; et al. Reabilitao cognitiva de pacientes com leso cerebral adquirida.
CienteFico IV (1), 2004.
DICKSTEIN, S.G.; et al. The neural correlates of attention deficit hyperactivity disorder: An
ALE meta-analyses. Journal of Child Psychology and Psychiatry, 47, p.1051-1062, 2006.
FARAONE, S.V. et al. Does parental ADHD bias maternal reports of ADHD symptoms in
children? Journal of Consulting & Clinical Psychology, 71: p. 168-175, 2003.
94
GARON, N.; BRYSON, S. E.; SMITH, I.M. Executive function in preschoolers: A review
using an integrative framework. Psychological Bulletin 134, p. 3160, 2008.
HOEKZEMA, E.; et al. Enhanced Neural activity in frontal ad cerebellar circuits after
cognitive training I children with attention-deficit/hyperactivity disorder. Human Brain
Mapping 31, p. 1942 1950, 2010.
JENSEN, P.S.; et al. Are stimulants overprescribed? Treatment of ADHD in four U.S.
communities. J Am Acad Child Adolesc Psychiatry, 38: p. 797-804, 1999.
JOHNSTONE, S.J.; et al. Neurocognitive training for children with and without AD/HD, V.4,
p. 11-23, 2012.
KERNS, K.A.; ESO, K.; THOMPSON, J. Investigation of a direct intervention for improving
attention in young children with ADHD. Dev Neuropsychol, 16: p. 273-295, 1999.
LAMBEK, R.; et al. Validating neuropsychological subtypes of ADHD: how do children with
and without and executive function deficit differ? Journal of Child Psychology and
Psychiatry, vol 51, n.8, p. 895 904, 2010.
LEZAK, M.D. - Neuropsychological assessment. Oxford University Press, New York, 1995.
__________. Neuropsychologial Assessment. Oxford: University Press Inc; NY, 2004.
MASSETTI, G.M.; et al. Academic Achievement Over 8 Years Among Children Who Met
Modified Criteria for Attention-deficit/Hyperactivity Disorder at 46 Years of Age.
Behavioral Science Journal of Abnormal Child Psychology, v.36, p.399-410, 2008.
MCCOY, K.D.; et al. (1997) Approaches to the Cognitive Rehabilitation of Children with
Neuropsychological Impairment. In Feinberg, T.E., Farah, M..J., editors. Behavioural
Neurology and Neuropsychology. McGraw-Hill, 1997.
MENEZES, A.; et al. Definies tericas acerca das funes executivas e da ateno. In:
SEABRA, A. G.; DIAS, N. M. org. Avaliao neuropsicolgica cognitiva, Memnon Edies
Cientficas, p. 34-41, 2012.
97
MICHEL, J.A.; MATEER, C.A. Attention rehabilitation following stroke and traumatic brain
injury. A review. Eura Medicophys, v. 42, n. 1, p. 59-67, 2006.
MIYAKE, A.; et al. The unity and diversity of executive functions and their contributions to
complex frontal lobe tasks: A latent variable analysis. Cognitive Psychology, p.41, 49100
2000.
PAULI-POTT, U.; et al. Does inhibitory control capacity in overweight and obese children
and adolescents predict success in a weight-reduction program? Eur Child Adolesc
Psychiatry, 19: p. 135-141, 2010.
POSNER, M I.; RAICHLE, M. E. Images of mind. New York: Scientific American Library,
1997.
POSNER, M. I. The attention system of the human brain. Annual review of Neuroscience, 13,
25-42, 1990.
RAPPORT, M.D.; et al. Do programs designed to train working memory, other executive
functions, and attention benefit children with ADHD? A meta-analytic review of cognitive,
academic and behavioral outcomes. Clinical Psychology Review 2013. Disponvel em:
<http://dx.doi.org/10.1016/j.cpr.2013. 08.005>, acesso em: 2.dez.2013
SABOYA, E; et al. Disfuno executiva como uma medida de funcionalidade em adultos com
TDAH. J. Bras. Psiquiatr. 56, supl 1; 30-33, 2007.
SEARIGHT, H. R.; et al. Complementary and Alternative Therapies for Pediatric Attention
Deficit Hyperactivity Disorder: A Descriptive Review. International Scholarly Research
Network, 2012.
SWANSON, J.M.; ELLIOTT, G.R.; GREENHILL, L.L. et al. Effects of stimulant medication
on growth rates across 3 years in the MTA follow-up. J Am. Acad Child Adolesc Psychiatry,
V. 46; p. 1015 1027, 2007.
SWANSON, H.L.; KIM, K. Working memory, short-term memory and naming speed as
predictors of childrens mathematical performance. Intelligence, 35: p. 151-168, 2007.
TREMMERY, S.; BUITELAAR, J.K.; STEYAERT, J. et al. The use of health careservices
and psychotropic medication in a community sample of 9-year-old schoolchildren with
ADHD. Eur Child Adolesc Psychiatry, 16: p. 327-336, 2007.
TUCHA, O.; et al. Training of attention functions in children with Attention Deficit and
Hiperactivity Disorder, V.3, p. 271-283, 2011.
WECHSLER, D. WISC III: Escala de inteligncia Wechsler para crianas: manual. 3. ed.
So Paulo: Casa do Psiclogo, 2002.
WILSON, B. A.; et al. Errolers learning in the rehabilitation of memory impaired people.
Neuropycholl Rehabil 4: p. 307-326, 1994.
9 Anexo 1
O que tem de Em pares, ser pedido para que cada Treinar a habilidade em se manter Ateno concentrada, Nenhum material ser necessrio.
diferente? criana ou adolescente observe atento a detalhes, bem como a memria operacional.
atentamente a outra por alguns memria.
segundos. Depois devero virar-se de
costas para seu par e modificar algum
detalhe de sua vestimenta (desamarrar
um cadaro, tirar a tiara, soltar o cabelo,
etc.).
Caretas Ser pedido para que seja observado Treinar a habilidade em se manter memria operacional,. Figuras feitas com EVA.
uma tabela com vrias figuras que atento a detalhes, bem como a
demonstram expresses faciais. Em memria.
seguida ser pedido para que a criana
ou adolescente reproduza a ordem
correta dessas figuras sem observar o
modelo inicialmente apresentado.
Smbolos Compare as colunas A e B e circule na Treinar a habilidade em se manter Ateno difusa e Folha de papel impressa.
diferentes coluna B os smbolos que esto atento a detalhes. concentrada.
diferentes.
Quem sou Ser apresentado diversas figuras que Treinar a habilidade em se manter memria operacional. Folha de papel impressa.
eu? podem compor a resposta correta e por atento a detalhes, bem como a
eliminao atravs das pistas memria.
apresentadas poder se chegar a
resposta.
Spot it O objetivo do jogo ser sempre o mais Treinar a habilidade em se manter Ateno concentrada, Jogo Original.
rpido a perceber o mesmo smbolo em atento a detalhes. memria operacional.
duas cartas.
Perplexus Encontrar o caminho correto seguindo a Treinar a habilidade em se manter Ateno concentrada. Jogo Original.
sequncia numrica. atento a detalhes.
106
Jenga Diante de uma torre feita com peas de Treinar a habilidade de planejamento, Habilidade viso construtiva, Jogo Original.
madeira necessrio retirar uma pea ateno, coordenao motora. planejamento.
por vez, tomando o cuidado para que a
torre no se desmanche. Sendo que a
pea retirada deve ser colocada no topo
da torre.
A hora do Desobstruir o caminho retirando os Treinar a habilidade de planejamento, Ateno concentrada, Jogo Original.
rush obstculos para que o carro vermelho ateno. flexibilidade cognitiva,
passe. planejamento.
Lince verso Achar as figuras correspondentes frente Treinar a habilidade em se manter Ateno concentrada, Jogo Original.
estendida e a diversos estmulos distratores. atento a detalhes, bem como a memria operacional.
em cartas memria.
Pictureka Achar as figuras correspondentes frente Treinar a habilidade em se manter Ateno concentrada, Jogo Original.
verso a diversos estmulos distratores. atento a detalhes, bem como a memria operacional.
estendida e memria.
em cartas
Desafio da Tentar memorizar o mximo possvel de Treinar a habilidade em se manter Ateno concentrada, Jogo em papel
memria detalhes frente a figura apresentada. atento a detalhes, bem como a memria operacional.
memria.
Onde est o Encontrar as figuras propostas pela Treinar a habilidade em se manter Ateno concentrada, Jogo em papel
Wally em atividade. atento a detalhes. memria operacional.
papel
Quadro a A partir de uma sequncia aleatria Treinar a habilidade de se manter Ateno difusa, memria Jogo Original.
Quadro mostrada no cubo a criana desliza atento a detalhes, planejamento, operacional.
as peas presentes no tabuleiro para
chegar na forma correta. memria.
107
Anexo 2: Descrio topogrfica e operacionalizao dos comportamentos compatveis com os padres comportamentais descritos para o
TDAH
Padro
compor- Comportamentos Caracterizao dos comportamentos e exemplos Frequncia
tamental
Qualquer atividade realizada pela criana/adolescente, durante ( ) nunca ou raramente
A - Desviar o olhar da
explicao da atividade, que caracterize um desvio do olhar durante a ( ) s vezes
aplicadora durante a
explicao das regras do jogo. Ex. olhar para outro lado ou realizar ( ) frequentemente
explicao do jogo
DESATENO
( ) nunca ou raramente
E - Ultrapassar o tempo
No concluir as tarefas em tempo estipulado. Ex.: Passado o tempo da ( ) s vezes
estabelecido para concluir
realizao da atividade e a criana/adolescente no finalizou. ( ) frequentemente
tarefas
( ) muito frequentemente
( ) nunca ou raramente
Demorar a iniciar a tarefa proposta, mesmo quando a aplicadora
F - Demorar a iniciar a tarefa ( ) s vezes
solicita o incio imediato. Ex.: qualquer hesitao por parte da criana
proposta ( ) frequentemente
em comear.
( ) muito frequentemente
( ) nunca ou raramente
( ) s vezes
No encontrar peas ou partes de brinquedos quando necessitado Ex.: ( ) frequentemente
G - Perder coisas
perder lpis e borracha, peas de quebra cabea ou domin. ( ) muito frequentemente
109
( ) nunca ou raramente
Qualquer movimento do tronco, cabea ou pescoo durante a
H - Mexer-se e contorcer-se na ( ) s vezes
explicao das regras ou durante o jogo. Ex.: Remexer o tronco,
cadeira ( ) frequentemente
pescoo ou cabea.
( ) muito frequentemente
( ) nunca ou raramente
Qualquer movimento da criana/adolescente durante a explicao das
INQUIETAO
( ) s vezes
I - Mexer mos e ps regras ou durante o jogo, que seja focado no remexer de ps e mos.
( ) frequentemente
Ex.: Balanar os ps ou movimentar excessivamente as mos.
( ) muito frequentemente
( ) nunca ou raramente
Qualquer movimento da criana/adolescente durante a realizao do
( ) s vezes
J - Mudar de postura jogo, que faa com que ele se vire na cadeira. Ex.: Virar para olhar ao
( ) frequentemente
redor
( ) muito frequentemente
( ) nunca ou raramente
Falar em situaes nas quais se espera que permanea em silncio. Ex.:
( ) s vezes
K - Falar em demasia Fala durante a explicao da aplicadora, falar durante a realizao do
( ) frequentemente
jogo perdendo a concentrao.
( ) muito frequentemente
( ) nunca ou raramente
MOVIMENTAO
( ) muito frequentemente
( ) nunca ou raramente
Q Interromper o jogo e pedir Interrompe repentinamente atividade em curso, solicitando troca de ( ) s vezes
para mudar de atividade jogo ou brincadeira sem que esse tenha terminado. ( ) frequentemente
( ) muito frequentemente
111
Anexo 3: Julgamento das principais funes cognitivas utilizadas na execuo das tarefas que compuseram o programa de interveno
por quatro juzes.
Atividade de juzes
Por favor, julgue que funes cognitivas, em sua opinio, so requeridas por cada uma das tarefas descritas a seguir. Marque quantas opes
julgar necessrias na coluna Possveis funes requeridas pela tarefa e complete outras que julgar relevantes na coluna Outras
habilidades que voc acha que so requeridas pela tarefa
Atividade Material Tarefa Possveis funes requeridas pela Outras habilidades que voc acha que
tarefa so requeridas pela tarefa
( )Ateno concentrada
Organizar Quadrinhos de histrias que tenham Arrumar figuras seguindo uma ordem ( ) Ateno difusa
figuras uma sequncia lgica, sem dilogos lgica e em seguida contar a histria ( ) Memria operacional
contendo no mximo uma tira de criada. ( ) Flexibilidade cognitiva
histria. ( ) Habilidade Visoconstrutiva
( ) Planejamento
( )Ateno concentrada
Tangram Figuras geomtricas e modelos para Reproduzir imagens utilizando figuras ( ) Ateno difusa
serem copiados. geomtricas. ( ) Memria operacional
( ) Flexibilidade cognitiva
( ) Habilidade Visoconstrutiva
( ) Planejamento
( )Ateno concentrada
Caa- Folha de papel com lista de palavras e Encontrar uma srie de palavras em ( ) Ateno difusa
Palavras quadro onde estas devero ser uma pgina cheia de outras letras. ( ) Memria operacional
encontradas. ( ) Flexibilidade cognitiva
( ) Habilidade Visoconstrutiva
( ) Planejamento
( )Ateno concentrada
Desenhos Recortes de filmes e desenhos. Assistir um desenho/filme sem som e ( ) Ateno difusa
animados/ construir uma histria baseado no que ( ) Memria operacional
partes de foi visto. ( ) Flexibilidade cognitiva
filmes ( ) Habilidade Visoconstrutiva
( ) Planejamento
112
( )Ateno concentrada
Contar e Texto com a histria que ser contada. Ser contada uma histria a partir de um ( ) Ateno difusa
Recontar texto lido e aps o trmino ser pedido ( ) Memria operacional
histrias para que a criana a reconte utilizando ( ) Flexibilidade cognitiva
os principais elementos presentes. ( ) Habilidade Visoconstrutiva
( ) Planejamento
( )Ateno concentrada
Construo Texto com a histria que ser contada e Ser contada uma histria e em seguida ( ) Ateno difusa
de Histrias recortes com os quadros da histria. ser solicitada a organizao dessa ( ) Memria operacional
histria a partir de figuras apresentadas. ( ) Flexibilidade cognitiva
( ) Habilidade Visoconstrutiva
( ) Planejamento
( )Ateno concentrada
Construo Blocos de madeira. Ser apresentada uma figura geomtrica ( ) Ateno difusa
de blocos construda pela justaposio de cubos ( ) Memria operacional
de madeira e ser solicitada a ( ) Flexibilidade cognitiva
reproduo do modelo. A durao da ( ) Habilidade Visoconstrutiva
exposio ao modelo poder ser ( ) Planejamento
controlada para aumentar a dificuldade
da tarefa.
( )Ateno concentrada
Domin Domin feito em papel cartonado. Achar a figura correspondente ao par ( ) Ateno difusa
baseado em que deseja formar. ( ) Memria operacional
imagens e ( ) Flexibilidade cognitiva
contas. ( ) Habilidade Visoconstrutiva
( ) Planejamento
( )Ateno concentrada
Quebra- Quebra-cabea feito em madeira e Montar a figura apresentada atravs do ( ) Ateno difusa
Cabeas papel. encaixe de partes especficas. A figura ( ) Memria operacional
Monstros. ser mostrada pelo perodo de 1 minuto. ( ) Flexibilidade cognitiva
S.A. ( ) Habilidade Visoconstrutiva
( ) Planejamento
( )Ateno concentrada
Achando os Figuras de plstico e papel feitas em Achar a figura correspondente ao seu ( ) Ateno difusa
opostos formato de quadrados. oposto e formar pares. ( ) Memria operacional
( ) Flexibilidade cognitiva
( ) Habilidade Visoconstrutiva
( ) Planejamento
( )Ateno concentrada
Sudoku com Figuras de plstico e papel feitas em Achar a sequncia que permita com que ( ) Ateno difusa
imagens formato de quadrados. as imagens no se repitam, nem vertical, ( ) Memria operacional
nem horizontalmente. ( ) Flexibilidade cognitiva
( ) Habilidade Visoconstrutiva
113
( ) Planejamento
( )Ateno concentrada
Memria Figuras feitas em papel cartonado. Achar a figura correspondente ( ) Ateno difusa
formao do par correto. ( ) Memria operacional
( ) Flexibilidade cognitiva
( ) Habilidade Visoconstrutiva
( ) Planejamento
( )Ateno concentrada
Acertando as Figuras feitas com EVA. Ser mostrado uma sequncia de fichas ( ) Ateno difusa
Fichas coloridas. Em seguida ser pedido sua ( ) Memria operacional
reproduo. ( ) Flexibilidade cognitiva
( ) Habilidade Visoconstrutiva
( ) Planejamento
( )Ateno concentrada
Forme o Figuras feitas em papel cartonado. O objetivo do jogo traar retas entre ( ) Ateno difusa
Quadrado os pontos na vertical ou horizontal para ( ) Memria operacional
formar quadrados. ( ) Flexibilidade cognitiva
( ) Habilidade Visoconstrutiva
( ) Planejamento
( )Ateno concentrada
Ache as Figuras feitas com EVA. Uma figura dever ser encontrada no ( ) Ateno difusa
Figuras tabuleiro. ( ) Memria operacional
( ) Flexibilidade cognitiva
( ) Habilidade Visoconstrutiva
( ) Planejamento
( )Ateno concentrada
O que tem de Nenhum material ser necessrio. Em pares, ser pedido para que cada ( ) Ateno difusa
diferente? criana ou adolescente observe ( ) Memria operacional
atentamente a outra por alguns ( ) Flexibilidade cognitiva
segundos. Depois devero virar-se de ( ) Habilidade Visoconstrutiva
costas para seu par e modificar algum ( ) Planejamento
detalhe de sua vestimenta (desamarrar
um cadaro, tirar a tiara, soltar o cabelo,
etc.).
( )Ateno concentrada
Caretas Figuras feitas com EVA. Ser pedido para que seja observado ( ) Ateno difusa
uma tabela com vrias figuras que ( ) Memria operacional
demonstram expresses faciais. Em ( ) Flexibilidade cognitiva
seguida ser pedido para que a criana ( ) Habilidade Visoconstrutiva
ou adolescente reproduza a ordem ( ) Planejamento
correta dessas figuras sem observar o
modelo inicialmente apresentado.
114
( )Ateno concentrada
Smbolos Folha de papel impressa. Compare as colunas A e B e circule na ( ) Ateno difusa
diferentes coluna B os smbolos que esto ( ) Memria operacional
diferentes. ( ) Flexibilidade cognitiva
( ) Habilidade Visoconstrutiva
( ) Planejamento
( )Ateno concentrada
Spot it Jogo Original. O objetivo do jogo ser sempre o mais ( ) Ateno difusa
rpido a perceber o mesmo smbolo em ( ) Memria operacional
duas cartas. ( ) Flexibilidade cognitiva
( ) Habilidade Visoconstrutiva
( ) Planejamento
( )Ateno concentrada
Perplexus Jogo Original. Encontrar o caminho correto seguindo a ( ) Ateno difusa
sequncia numrica. ( ) Memria operacional
( ) Flexibilidade cognitiva
( ) Habilidade Visoconstrutiva
( ) Planejamento
( )Ateno concentrada
Jenga Jogo Original. Diante de uma torre feita com peas de ( ) Ateno difusa
madeira necessrio retirar uma pea ( ) Memria operacional
por vez, tomando o cuidado para que a ( ) Flexibilidade cognitiva
torre no se desmanche. Sendo que a ( ) Habilidade Visoconstrutiva
pea retirada deve ser colocada no topo ( ) Planejamento
da torre.
( )Ateno concentrada
A hora do Jogo Original. Desobstruir o caminho retirando os ( ) Ateno difusa
rush obstculos para que o carro vermelho ( ) Memria operacional
passe. ( ) Flexibilidade cognitiva
( ) Habilidade Visoconstrutiva
( ) Planejamento
( )Ateno concentrada
Lince verso Jogo Original. Achar as figuras correspondentes frente ( ) Ateno difusa
estendida e a diversos estmulos distratores. ( ) Memria operacional
em cartas ( ) Flexibilidade cognitiva
( ) Habilidade Visoconstrutiva
( ) Planejamento
( )Ateno concentrada
Pictureka Jogo Original. Achar as figuras correspondentes frente ( ) Ateno difusa
verso a diversos estmulos distratores. ( ) Memria operacional
estendida e ( ) Flexibilidade cognitiva
em cartas ( ) Habilidade Visoconstrutiva
( ) Planejamento
115
( )Ateno concentrada
Desafio da Jogo em papel Tentar memorizar o mximo possvel de ( ) Ateno difusa
memria detalhes frente a figura apresentada. ( ) Memria operacional
( ) Flexibilidade cognitiva
( ) Habilidade Visoconstrutiva
( ) Planejamento
( )Ateno concentrada
Onde est o Jogo em papel Encontrar as figuras propostas pela ( ) Ateno difusa
Wally em atividade. ( ) Memria operacional
papel ( ) Flexibilidade cognitiva
( ) Habilidade Visoconstrutiva
( ) Planejamento
Quadro a A partir de uma sequncia aleatria Treinar a habilidade de se manter atento ( )Ateno concentrada
mostrada no cubo a criana desliza ( ) Ateno difusa
Quadro a detalhes, planejamento, memria.
as peas presentes no tabuleiro para ( ) Memria operacional
chegar na forma correta. ( ) Flexibilidade cognitiva
( ) Habilidade Visoconstrutiva
( ) Planejamento
Jogos computadorizados
Jogo Objetivo Tarefa Habilidade requerida
Ping Pong Fazer com que a bolinha que se O jogador deve posicionar ( )Ateno concentrada
em movimenta constantemente bata na adequadamente o cursor do mouse para ( ) Ateno difusa
portugus trave representada pelo cursor do evitar perder o jogo. ( ) Memria operacional
mouse. ( ) Flexibilidade cognitiva
( ) Habilidade Visoconstrutiva
( ) Planejamento
Where Wally Encontrar as figuras propostas pela Traar estratgias para que se consiga ( )Ateno concentrada
The fantastic atividade. encontrar as figuras propostas o mais ( ) Ateno difusa
journey rpido possvel. ( ) Memria operacional
( ) Flexibilidade cognitiva
( ) Habilidade Visoconstrutiva
( ) Planejamento
Find a way Desobstruir o caminho retirando os Levar o Jose at o chapu. ( )Ateno concentrada
( ) Ateno difusa
Jose obstculos para que Jose chegue ao seu
( ) Memria operacional
chapu. ( ) Flexibilidade cognitiva
( ) Habilidade Visoconstrutiva
( ) Planejamento
Unblock me Desobstruir o caminho retirando os Fazer com que o retngulo consiga ( )Ateno concentrada
( ) Ateno difusa
116
obstculos para que o retngulo passar pelo caminho obstrudo. ( ) Memria operacional
( ) Flexibilidade cognitiva
vermelho passe.
( ) Habilidade Visoconstrutiva
( ) Planejamento
Count Battle Clicar nos nmeros que aparecem Clicar na sequncia de nmeros ( )Ateno concentrada
( ) Ateno difusa
aleatoriamente seguindo a sequncia corretamente.
( ) Memria operacional
correta. ( ) Flexibilidade cognitiva
( ) Habilidade Visoconstrutiva
( ) Planejamento
117
Anexo 4
Tabela 5: Indicadores de comportamento a partir de um checklist respondido pela avaliadora a cada sesso de acordo com o critrio (0) nunca ou raramente; (1) s vezes;
(2) frequentemente ou (3) muito frequentemente.
PARTICIPANTE: GH
Sesses
PADRO COMPORTAMENTOS
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15
A - Desviar o olhar da aplicadora 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Desateno B - Desviar o olhar do jogo 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
C - Deixar de responder 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
D - Envolver-se em eventos alheios 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Facilmente E - Ultrapassar o tempo 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0
Distrado F - Demorar a iniciar a tarefa 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
G - Perder coisas 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Subtotal PARTE A 0 0 0 0 4 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0
H - Mexer-se e contorcer-se 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1 1 0 0
I - Mexer mos e ps 2 3 2 0 0 1 1 2 1 1 1 0 1 1 0
Inquietao
J - Mudar de postura 0 3 0 0 1 1 1 1 1 1 1 0 0 1 1
K - Falar em demasia 0 3 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
L - Levantar da carteira 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Movimentao
M - Andar ou correr 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
N - Ter dificul. em aguardar a vez 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
O - Falar sem ser estimulado 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0
Impulsividade
P - Interromper outras falas 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Q - Interromper o jogo 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Subtotal PARTE B 2 9 2 0 2 2 2 3 3 2 3 1 2 2 1
TOTAL (A+B) 2 9 2 0 6 2 2 3 3 2 3 1 2 3 1
118
Tabela 6: Indicadores de comportamento a partir de um checklist respondido pela avaliadora a cada sesso de acordo com o critrio (0) nunca ou raramente; (1) s vezes;
(2) frequentemente ou (3) muito frequentemente.
PARTICIPANTE: GP
Sesses
PADRO COMPORTAMENTOS
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15
A - Desviar o olhar da aplicadora 0 0 0 0 0 1 0 0 1 0 1 2 1 1 1
Desateno B - Desviar o olhar do jogo 0 1 0 0 1 1 0 0 0 0 1 0 0 1 1
C - Deixar de responder 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
D - Envolver-se em eventos alheios 0 0 0 0 0 1 0 1 0 0 1 0 1 1 1
Facilmente E - Ultrapassar o tempo 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Distrado F - Demorar a iniciar a tarefa 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
G - Perder coisas 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Subtotal PARTE A 0 1 0 0 1 4 0 1 1 0 3 2 2 3 3
H - Mexer-se e contorcer-se 2 3 1 1 1 2 2 1 2 2 2 2 2 2 2
I - Mexer mos e ps 3 3 2 1 1 1 2 1 2 2 3 3 2 3 2
Inquietao
J - Mudar de postura 3 2 1 1 2 1 2 2 2 2 3 2 3 3 3
K - Falar em demasia 3 1 0 1 1 2 2 1 0 2 3 3 2 3 3
L - Levantar da carteira 1 0 1 0 0 1 1 1 1 0 1 2 1 1 1
Movimentao
M - Andar ou correr 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
N - Ter dificul. em aguardar a vez 0 0 0 0 0 1 1 0 1 1 1 1 2 2 2
O - Falar sem ser estimulado 2 1 0 1 1 1 2 2 2 1 3 2 3 3 3
Impulsividade
P - Interromper outras falas 2 1 0 1 0 1 1 2 1 1 3 1 2 3 2
Q - Interromper o jogo 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1 0
Subtotal PARTE B 16 11 5 6 6 10 13 10 11 11 19 17 17 21 18
TOTAL (A+B) 16 12 5 6 7 14 13 11 12 11 22 19 19 24 21
119
Tabela 7: Indicadores de comportamento a partir de um checklist respondido pela avaliadora a cada sesso de acordo com o critrio (0) nunca ou raramente; (1) s vezes;
(2) frequentemente ou (3) muito frequentemente.
PARTICIPANTE: JV
Sesses
PADRO COMPORTAMENTOS
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15
A - Desviar o olhar da aplicadora 3 1 1 1 1 2 2 1 1 1 1 1 1 1 0
Desateno B - Desviar o olhar do jogo 1 1 0 0 0 1 1 0 1 0 0 1 1 2 0
C - Deixar de responder 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0
D - Envolver-se em eventos alheios 2 0 0 0 1 0 1 0 1 1 0 0 1 1 0
Facilmente E - Ultrapassar o tempo 0 1 1 2 0 0 0 0 0 0 1 1 0 0 0
Distrado F - Demorar a iniciar a tarefa 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
G - Perder coisas 0 0 0 2 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0
Subtotal PARTE A 6 4 2 5 2 3 4 1 3 2 2 5 3 4 0
H - Mexer-se e contorcer-se 3 1 0 2 2 3 2 2 3 1 2 1 2 2 0
I - Mexer mos e ps 3 1 0 2 2 3 2 2 3 1 2 1 3 3 1
Inquietao
J - Mudar de postura 3 1 0 2 3 3 2 2 3 2 2 2 3 3 1
K - Falar em demasia 3 1 0 3 2 3 1 3 3 1 3 2 3 3 0
L - Levantar da carteira 3 1 0 3 2 1 0 1 2 0 2 1 2 1 0
Movimentao
M - Andar ou correr 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
N - Ter dificul. em aguardar a vez 2 0 0 2 2 0 0 2 1 0 1 1 3 2 0
O - Falar sem ser estimulado 2 1 0 2 3 3 1 2 3 2 2 2 3 3 0
Impulsividade
P - Interromper outras falas 3 0 0 3 3 3 1 2 3 1 2 0 3 3 0
Q - Interromper o jogo 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0
Subtotal PARTE B 22 6 0 19 19 19 9 16 21 8 17 10 22 20 2
TOTAL (A+B) 28 10 2 24 21 22 13 17 24 10 19 15 25 24 2
120
Tabela 8: Indicadores de comportamento a partir de um checklist respondido pela avaliadora a cada sesso de acordo com o critrio (0) nunca ou raramente; (1) s vezes;
(2) frequentemente ou (3) muito frequentemente.
PARTICIPANTE: GL
Sesses
PADRO COMPORTAMENTOS
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15
A - Desviar o olhar da aplicadora 3 2 2 2 1 2 1 1 1 1 1 1 1 1 1
Desateno B - Desviar o olhar do jogo 1 1 1 2 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1
C - Deixar de responder 0 1 1 1 0 1 1 1 1 2 1 1 0 0 1
D - Envolver-se em eventos alheios 2 2 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1
Facilmente E - Ultrapassar o tempo 1 2 3 1 1 1 0 1 1 1 2 1 1 1 1
Distrado F - Demorar a iniciar a tarefa 0 0 1 1 0 1 0 1 0 2 1 1 0 0 0
G - Perder coisas 0 1 0 1 1 0 0 1 1 1 0 0 0 0 0
Subtotal PARTE A 7 9 9 9 4 7 3 7 6 9 7 6 3 4 5
H - Mexer-se e contorcer-se 3 2 2 2 1 2 1 2 1 1 2 2 1 1 1
I - Mexer mos e ps 3 1 1 2 1 2 1 1 0 1 1 2 1 1 1
Inquietao
J - Mudar de postura 3 2 2 2 1 2 1 1 1 1 2 2 1 1 1
K - Falar em demasia 2 2 3 2 2 2 0 3 2 2 2 2 0 0 1
L - Levantar da carteira 0 1 2 2 1 1 0 2 1 1 1 1 1 1 1
Movimentao
M - Andar ou correr 2 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
N - Ter dificul. em aguardar a vez 2 2 3 2 2 1 1 2 1 1 1 0 0 0 0
O - Falar sem ser estimulado 3 2 3 2 1 2 0 2 2 2 2 1 1 1 1
Impulsividade
P - Interromper outras falas 1 1 3 2 1 2 0 2 1 1 1 0 0 0 0
Q - Interromper o jogo 1 2 3 2 0 1 1 1 1 0 2 1 0 0 1
Subtotal PARTE B 20 15 22 19 10 15 5 16 10 10 14 11 5 5 7
TOTAL (A+B) 27 24 31 28 14 22 8 23 16 19 21 17 8 9 12
121
Anexo 5
Fonte:
https://www.google.com.br/search?q=wally&rlz=1C1SHBB_enBR578BR578&espv=2&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ei=xMcDVNatOZC
_sQS5xoCYBA&ved=0CAYQ_AUoAQ&biw=1517&bih=693&dpr=0.9#facrc=_&imgdii=_&imgrc=w2aKWrkVLzveEM%253A%3BJKcm
0mgyOjpRfM%3Bhttp%253A%252F%252Fondeestaowally.files.wordpress.com%252F2011%252F11%252Fwally_livro.jpg%3Bhttp%253A
%252F%252Fondeestaowally.wordpress.com%252F%3B620%3B440
122
123
8. O peixe de brinquedo que ela segura est preso por uma correntinha?
Sim No
11. Ao fundo da cena, podemos ver uma estante com dois livros?
Sim No
Fonte: http://sitededicas.ne10.uol.com.br/super_memoria_ilustrada12_resposta.htm