(Questões) ATLS
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(Questões) ATLS
Lembrando o que JB falou: Causa de morte é IAM, TCE, ruptura de aorta etc. Choque e
insuficiência respiratória são mecanismos de morte.
3. Paciente 20a, acidente de carro sem cinto e com fraturas maxilofaciais e sofrimento
respiratório. Qual a conduta na avaliação primária do trauma?
A: Avaliação das vias aéreas com a imobilização cervical manual. Visualizar as vias aéreas,
desobstruir a boca e a faringe, caso seja possível. Realizar manobras de desobstrução (“jaw thrust” e
“chin lift”). Verificar se há permeabilidade da via e se esta se manterá, na dúvida, garantir via aérea
definitiva. Pelo tipo de trauma, é indicada a realização de uma cricotireoidostomia, visto que seria
difícil a realização da IOT e a fixação do tubo.
B: Administrar FiO2 a 100%; exame físico do paciente com inspeção, palpação, percussão e
ausculta, observando a dinâmica da caixa torácica. Tratar as lesões com risco iminente de vida
1 Banco de questões da disciplina MEDB45 – Clínica Cirúrgica. Herança de gerações de veteranos.
Milena Sá (Org.). Ano 2015.
(pneumotórax aberto, pneumotórax hipertensivo, hemotórax maciço e tórax instável). Se disponível,
monitorizar o paciente com oximetria de pulso e eletrocardiografia contínua. Sempre reavaliar.
C: Avaliação hemodinâmica. Avaliar PA, FC, pulso e diurese; avaliar a presença de hemorragia
externa e de hemorragia interna. Conter os sangramentos visíveis com compressão manual
(preferível), tala inflável, torniquete (controverso). Instituir reposição volêmica com colocação de 2
acessos venosos periféricos (preferencialmente em MMSS), curtos e grossos, e deve-se infundir 1L
de ringer-lactato em cada lado e coletar amostra para realizar tipagem sanguínea, exame toxicológico
e beta-HCG (se mulher). Monitorar a resposta do paciente e reavaliar constantemente.
D: Avaliação neurológica utilizando-se a escala de Glasgow, avaliação pupilar, sinais de
lateralização e nível de lesão em medula (se houver). Reavaliar constantemente.
E: despir completamente o doente, procurar lesões que passaram despercebidas e evitar a hipotermia
do paciente, aquecer o doente com cobertores ou dispositivos de aquecimento externo, ou infusão de
líquidos aquecidos.
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Trata-se do primeiro dos estudos diagnósticos para identificar hemorragias ou suspeita de ruptura de
víscera oca. É uma avaliação ultrassonográfica direcionada para o trauma. LPD é o segundo método
diagnóstico e significa “lavagem peritoneal diagnóstica”. Também usado para identificar hemorragia
e suspeita de ruptura de víscera oca.
10. Qual é o critério mais importante para indicar TC ou LDP no paciente com trauma?
O grau de estabilidade hemodinâmica. Se sinais de instabilidade hemodinâmica indica-se o
FAST/LDP. TC apenas em casos estabilizados e que não possuem indicação aparente para
laparotomia de emergência.
ATLS (43): Os doentes idosos têm uma capacidade limitada de aumentar sua frequência
cardíaca em resposta à perda sanguínea. Dessa forma, perde-se um dos sinais mais precoces
de hipovolemia que é a taquicardia. A pressão sanguínea não guarda correlação significativa
com o DC em idosos. A utilização de anticoagulantes orais para patologias como fibrilação
atrial, doença coronária e acidentes isquêmicos transitórios podem aumentar a perda
sanguínea. 1. Manutenção da via aérea: falta de dentição (dificuldade de colocar a máscara);
fragilidade nasofaríngea (sondas e tubos); macroglossia, microstomia (boca pequena), artrite
cervical. 2. Respiração/Ventilação: perda de reserva respiratória; complicações como
atelectasia, pneumonia e edema pulmonar ocorrem com mais frequência. 3. Circulação:
aumento de rigidez miocárdica, condução eletrofisiológica reduzida e perda de massa celular
miocárdica. Rim envelhecido é menos capaz de reabsorver sódio e excretar íons de potássio
ou hidrogênio. Rim mais sensível a lesões por hipovolemia, medicamentos e outros; PA e FC
“normais” não necessariamente indicam normovolemia (PA tende a ser mais elevada com o
avançar da idade). 4. Perda de volume cerebral permite maior movimento do cérebro em
resposta à aceleração/desaceleração angular. E quantidade considerável de sangue pode se
acumular neste maior espaço ao redor do cérebro, antes que os sintomas apareçam.
TRIAGEM:
AVALIAÇÃO PRIMÁRIA
A Via aérea com proteção da coluna cervical
B Ventilação e respiração
C Circulação com controle da hemorragia
D Disfunção neurológica, estado neurológico
E Exposição/controle do ambiente: despir completamente o doente, mas prevenindo a hipotermia.
B Ventilação e Respiração
- A permeabilidade da via aérea, por si só, não significa ventilação adequada. Uma boa ventilação
exige um funcionamento adequado dos pulmões, da parede torácica e do diafragma.
- O tórax do paciente deve estar exposto para avaliar adequadamente a excursão da parede torácica.
A ausculta deve ser realizada para se confirmar o fluxo de ar nos pulmões. A inspeção visual e a
palpação poderão detectar lesões da parede do tórax capazes de comprometer a ventilação.
- Lesões que podem prejudicar de imediato a ventilação são: Pneumotórax hipertensivo, tórax
instável com contusão pulmonar, o hemotórax maciço e o pneumotórax aberto.
D Disfunção neurológica
- Estabelece o nível de consciência do doente, assim como o tamanho das pupilas e sua reação, sinais
de lateralização, e o nível de lesão da medula espinhal.
- A alteração no nível de consciência implica em necessidade imediata de reavaliação da ventilação,
da oxigenação e da perfusão.
E Exposição/Controle do Ambiente
- O doente deve estar totalmente despido para a completa realização do exame. Após isso, ele deve
ser protegido com cobertores aquecidos ou com dispositivos de aquecimento externo para prevenir
hipotermia.
REANIMAÇÃO
A Via aérea
- Mesmo esquema já apresentado. Elevação do mento/tração da mandíbula. Entretanto, se houver
qualquer dúvida sobre a capacidade do doente manter a permeabilidade de sua via aérea, deve-se
estabelecer uma via aérea definitiva (por exemplo, intubação).
-Lembrando que o débito urinário é um indicador sensível da volemia do doente e reflete a perfusão
renal. Em caso de suspeita de lesão uretral, o cateter transuretral da bexiga é contraindicado, deve-se
fazer uso de sonda vesical.
AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA
- Deve ser iniciada depois de completar a primária (ABCDEs) e quando as medidas de reanimação
tiverem sido adotadas e o doente demonstrar tendência para normalização de suas funções vitais.
-História clínica e exame físico completos.
- AMPLA: A Alergias; M Medicamentos de uso habitual; P Passado médico/Prenhez; L Líquidos e
alimentos ingeridos recentemente; A Ambiente e eventos relacionados ao trauma.