02 - Estradas
02 - Estradas
02 - Estradas
Sistema Arterial
Sistema Coletor
Sistemas Local
CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL
Sistema Arterial
Possui a função principal de proporcionar um alto nível de
mobilidade e controle de acesso, para grandes volumes de tráfego,
tráfego de longa distância e só ocasionalmente tráfego local.
Arterial principal ‐ rodovias utilizadas para viagens internacionais
e inter‐regionais; conexão entre cidades com mais de 150.000
habitantes; VMDA > 1000;
Arterial primário ‐ para viagens interregionais e interestaduais;
conexão entre cidades com mais de 50.000 habitantes; VMDA >
500;
Arterial secundário ‐ para viagens intra‐estaduais e inter‐
municipais; conexão entre cidades com mais de 10.000
habitantes; TMDA > 250;
CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL
Sistema Coletor
Atendem a centros populacionais ou centros geradores de tráfego
de menor volume, não servidos pelo sistema arterial; ligação de
áreas rurais com centros municipais e malha arterial; velocidade de
operação inferior as das arteriais; combina mobilidade e acesso.
Coletor primário ‐ rodovias que atendem ao tráfego inter‐
municipal, sendo alimentadoras do sistema arterial; conexão
entre cidades com mais de 5.000 habitantes; VMDA > 150
Coletor secundário ‐ rodovias que devem proporcionar
mobilidade e especialmente o acesso as áreas dentro de um
mesmo estado; conexão entre cidades com mais de 2.000
habitantes; VMDA > 50
CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL
Sistema Local
Composto por rodovias de pequena extensão destinadas essencialmente a
proporcionar acesso ao tráfego intramunicipal de áreas rurais e de
pequenas localidades até as rodovias de nível superior pertencentes, em
geral, ao sistema coletor secundário. Caracteriza‐se por apresentar baixo
volume de tráfego e fácil acesso.
CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL
CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL
CLASSIFICAÇÃO QUANTO À JURISDIÇÃO/ADMINISTRAÇÃO
Dependendo da esfera administrativa dos organismos
responsáveis pelas rodovias, estas poderão ser classificados
em federais, estaduais, municipais ou privadas conforme as
entidades a que se jurisdicionam sob o aspecto técnico,
aspecto financeiro e ainda conforme interesses políticos a que
servem as autoridades a que estão subordinadas.
RODOVIAS FEDERAIS
As Rodovias Federais que integram o PNV ‐ Plano
Nacional de Viação têm por objetivo ligar:
a capital federal a uma ou mais capitais de estados ou
territórios, ou ainda, a pontos importantes da orla
oceânica ou de fronteira;
duas ou mais capitais estaduais ou pontos importantes
da orla oceânica ou de fronteira;
duas ou mais rodovias federais em pontos adequados
para o encurtamento do tráfego inter‐estadual.
RODOVIAS FEDERAIS ‐ NOMENCLATURA
Identificadas através da sigla BR, seguindo‐se de um traço, uma centena,
uma barra e outra sigla correspondente ao estado da federação onde está
implantada. Exemplo; BR‐101/BA; BR‐116/PR; BR‐370/SC;
Nomenclatura: BR‐0XX
Primeiro Algarismo:
0 (zero)
Algarismos Restantes:
Primeiro Algarismo:
1 (um)
Algarismos Restantes:
A numeração varia de 00, no extremo leste do País, a 50, na Capital,
e de 50 a 99, no extremo oeste.
RODOVIAS FEDERAIS ‐ NOMENCLATURA
RODOVIAS TRANSVERSAIS
São as rodovias que cortam o país na direção Leste‐Oeste.
Nomenclatura: BR‐2XX
Primeiro Algarismo:
2 (dois)
Algarismos Restantes:
A numeração varia de 00, no extremo norte do país, a 50, na Capital
Federal, e de 50 a 99 no extremo sul.
RODOVIAS FEDERAIS ‐ NOMENCLATURA
RODOVIAS DIAGONAIS
Estas rodovias podem apresentar dois modos de orientação:
Noroeste‐Sudeste ou Nordeste‐Sudoeste.
Primeiro Algarismo:
3 (três)
Algarismos Restantes:
para as Rodovias Diagonais Pares, o número deve ser par, podendo variar de 02 a 98, crescendo de
Nordeste para Sudoeste, tomando‐se Brasília como referência para o número intermediário 50;
e) para as Rodovias Diagonais Ímpares, o número deve ser ímpar, podendo variar de 01 a 99, crescendo de
Noroeste para Sudeste, tomando‐se Brasília como referência para o número intermediário 51;
RODOVIAS FEDERAIS ‐ NOMENCLATURA
RODOVIAS DE LIGAÇÃO
Estas rodovias apresentam‐se em qualquer direção, geralmente ligando
rodovias federais, ou pelo menos uma rodovia federal a cidades ou pontos
importantes ou ainda a nossas fronteiras internacionais.
Nomenclatura: BR‐4XX
Primeiro Algarismo:
4 (quatro)
Algarismos Restantes:
A numeração dessas rodovias varia entre 00 e 50, se a rodovia estiver ao
norte do paralelo da Capital Federal, e entre 50 e 99, se estiver ao sul desta
referência. Exemplos: BR‐401 (Boa Vista/RR – Fronteira BRA/GUI)
CLASSIFICAÇÃO TÉCNICA
Para fins de balizamento do projeto geométrico
permite a definição das dimensões e da configuração espacial com
que a rodovia deverá ser projetada para poder atender
satisfatoriamente à demanda que a solicitará e às funções a que se
destina.
Classe de Projeto CARACTERÍSTICAS CRITÉRIO DE VELOCIDADE DE PROJETO(km/h)
CLASSIFICAÇÃO TÉCNICA Plano Ondulado Montanhoso
0 Via Expressa Decisão administrativa 120 100 80
(controle total de acesso)
A Pista Dupla Nível de Serviço C ou D em
(controle parcial de acesso) Pista Simples
I 100 80 60
B Pista Simples Volume de tráfego 10° ano
> 200 vph ou > 1.400 vpd
II Pista Simples Volume de tráfego 10° ano 100 70 50
700 a 1.400 vpd
III Pista Simples Volume de tráfego 10° ano 80 60 40
300 a 700 vpd
A Pista Simples Volume de tráfego 1° ano
50 a 200 vpd
IV 60 40 30
B Pista Simples Volume de tráfego 1° ano
<50 vpd
CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS
CLASSIFICAÇÃO DOS TERRENOS OU REGIÕES
CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS
FAIXAS DE TRÁFEGO
CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS
ACOSTAMENTOS
CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS
CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS
ELEMENTOS GEOMÉTRICOS
CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS
ELEMENTOS GEOMÉTRICOS
CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS
ELEMENTOS GEOMÉTRICOS
ESTUDOS DE TRAÇADO
Traçado de uma rodovia: é a linha que constitui o projeto
geométrico da rodovia em planta e em perfil; sem o rigor
acadêmico, pode‐se imaginar o traçado como sendo uma linha
que representa espacialmente (ou fisicamente) a rodovia;
Diretriz de um traçado ou de uma rodovia: é um itinerário,
compreendendo uma ampla faixa de terreno, ao longo (e ao
largo) da qual se presume que possa ser lançado o traçado da
rodovia;
O Reconhecimento é a etapa dos estudos de traçado que tem
por objetivo a escolha da diretriz que permita o lançamento
do melhor traçado, que resulte viável, tecnica e
economicamente.
ESTUDOS DE TRAÇADO
No desenvolvimento dos trabalhos de Reconhecimento, para
estudos de traçado, poderão vir a ser estabelecidos, além dos
pontos de início e de fim do traçado, outros pontos
intermediários que devem ser obrigatoriamente atingidos (ou,
por extensão conceitual, evitados) pelo traçado – os Pontos
Obrigados – quais sejam:
Pontos Obrigatórios de Condição – que são os pontos a serem
obrigatoriamente atingidos (ou evitados) pelo traçado, por
razões de ordem social, econômica ou estratégia, tais como a
existência de cidades, vilas, povoados, de áreas de reservas, de
instalações industriais, militares, e outras a serem atendidas
(ou não) pela rodovia;
CÁLCULO DA POLIGONAL
Cálculo de Azimutes
Az1‐2 = Az0‐1 + I1 ;
Az2‐3 = Az1‐2 – I2 ;
Equação da Espiral
R.L = N
TS = ponto Tangente‐Espiral
SC = ponto Espiral‐Curva Circular
CS = ponto Curva Circular‐Espiral
ST = ponto Espiral‐Tangente
PC’ e PT’ = recuos de PC e PT originais devido à introdução da espiral;
P e P’ = pontos de passagem da espiral
R = Raio da Curva Circular
Δ = ângulo central ou deflexão das tangentes = θ + 2.Sc
Sc = ângulo central da transição
θ = ângulo central da curva circular
Le = comprimento da curva de transição (escolhido)
Yc e Xc = coordenadas de CS ou SC em relação ao TS ou ST
p e q = coordenadas do recuo de PC e PT em relação à TS ou ST.
CURVAS CIRCULARES COM TRANSIÇÃO
Após a inserção da concordância em espiral, o ângulo central AC passará a compreender os
ângulos centrais “Sc”, de cada ramo da espiral, e o ângulo central “θ“, remanescente da curva
circular (arco de círculo entre o SC e o CS), isto é:
Para que a transição se verifique sem que haja superposição dos ramos da espiral é, então,
necessário que:
Os principais elementos usados para caracterizar uma curva circular com transição em curva
espiral são os que podem ser observados na figura anterior, a saber:
TS ⇒ ponto de passagem do alinhamento reto para a curva espiral.
SC ⇒ ponto de passagem da curva circular para a curva espiral.
CS ⇒ ponto de passagem da curva circular para a curva espiral.
ST ⇒ ponto de passagem da curva espiral para o alinhamento reto.
Sc ⇒ ângulo central do trecho em espiral.
CURVAS CIRCULARES COM TRANSIÇÃO
Xc e Yc ⇒ coordenadas cartesianas dos pontos osculadores SC e CS. Podem ser calculados
através das seguintes expressões:
onde:
Lemín = comprimento mínimo da transição (m);
V = velocidade diretriz (km/h),
lembrando que:
CURVAS CIRCULARES COM TRANSIÇÃO
Comprimento Mínimo de Transição
CRITÉRIO DINÂMICO (Variação da aceleração J (m/s³))
Lemin= 44,48 m
CURVAS CIRCULARES COM TRANSIÇÃO
EXEMPLO
Le max
Rc.Ac. 500.35.
Le max 305,43m
180 180
Lemax= 305,43 m
CURVAS CIRCULARES COM TRANSIÇÃO
EXEMPLO
Le adotado
Leadotado 3.Le min 3.44,48 133,44m
Leadotado
Lemin Le max 174,96m
2
Leadotado= 160,0 m
CURVAS CIRCULARES COM TRANSIÇÃO
EXEMPLO
Sc= Le/(2.Rc)=160/(2x500)= 0,1600 rad
Sc=Le.180/(2.pi.Rc)= 9,1673 gr
Xc= 8,52 m
Yc= 159,59 m
q= 79,93 m
p= 2,13 m
θ= 0,2909 rad= 16,6654 gr
Dθ= 145,44 m
Ts= 238,25 m
Est PI=228+17,00 m
Est TS=216+18,75 m
Est SC=224+18,75 m
Est CS=232+4,19 m
Est ST=240+4,19 m
SUPERELEVAÇÃO
Ao percorrer um trecho de rodovia em curva horizontal com certa velocidade, um veículo fica
sujeito à ação de uma força centrífuga, que atua no sentido de dentro para fora da curva,
tendendo a mantê‐lo em trajetória retilínea, tangente à curva, conforme esquematiza a Fig.
10.1.
SUPERELEVAÇÃO
Isto obriga o condutor do veículo a esterçar o volante no sentido da curva para manter o
veículo na trajetória desejada.
Imaginando‐se uma pista de rolamento plana essa manobra do condutor é capaz de manter o
veículo na pista, na trajetória curva, graças ao atrito que se desenvolve entre os pneus e a
superfície de rolamento.
Mas os efeitos combinados da força de atrito e da força centrífuga se fazem sentir tanto sobre
os passageiros dos veículos quanto sobre as cargas transportadas.
O efeito principal sobre os passageiros é a sensação de desconforto causada pelos esforços
laterais que empurram os passageiros para um lado ou para outro, dependendo do sentido da
curva.
Sobre as cargas, a atuação das forças laterais pode causar danos a mercadorias frágeis e
desarrumação dos carregamentos, podendo até mesmo comprometer a estabilidade dos
veículos em movimento.
Para contrabalançar os efeitos dessas forças laterais, procurando oferecer aos usuários
melhores condições de conforto e de segurança no percurso das curvas horizontais, utiliza‐se
o conceito de superelevação da pista de rolamento, que é a declividade transversal da pista
nos trechos em curva, introduzida com a finalidade de reduzir ou eliminar os efeitos das
forças laterais sobre os passageiros e as cargas dos veículos em movimento.
A superelevação é medida pela inclinação transversal da pista em relação ao plano horizontal,
sendo expressa em proporção (m/m) ou em percentagem (%).
SUPERELEVAÇÃO
Na Fig. 10.2 representa‐se um veículo em movimento, descrevendo uma trajetória circular,
com uma dada velocidade longitudinal (tangencial), numa pista inclinada transversalmente.
ou
SUPERELEVAÇÃO
P = peso do veículo;
N = reação normal à superfície do
pavimento, devido ao peso do
veículo;
Fa = força de atrito transversal;
Fc = força centrífuga;
Na direção x:
SUPERELEVAÇÃO
P = peso do veículo;
N = reação normal à superfície do pavimento,
devido ao peso do veículo;
Fa = força de atrito transversal;
Fc = força centrífuga;
Forças na direção x:
onde tg α = e = Superelevação
Nos casos normais de rodovias rurais, o coeficiente de atrito (f) e o valor da superelevação (e)
são pequenos, de modo que o produto f.e aproxima‐se de zero e a Equação reduz‐se a:
Na condição limite:
SUPERELEVAÇÃO
SUPERELEVAÇÃO A ADOTAR:
A superelevação máxima estabelecida para o projeto de uma rodovia somente
deve ser utilizada nas concordâncias projetadas com o raio mínimo, que é uma
condição extrema do projeto, a ser evitada sempre que possível e razoável.
Quando se empregam raios de curva maiores que o mínimo, as forças centrífugas
envolvidas diminuem à medida que aumenta o raio da curva, reduzindo,
conseqüentemente, as intensidades das forças de atrito e/ou das forças devidas à
superelevação, necessárias para equilibrar os efeitos das forças centrífugas.
Esta condição está matematicamente implícita na Equação da superelavação, a
qual pode ser convenientemente transformada para facilitar sua interpretação,
resultando na igualdade:
SUPERELEVAÇÃO
SUPERELEVAÇÃO A ADOTAR:
O critério adotado pelo DNIT para a determinação dos valores de
superelevação a adotar para cada concordância horizontal no projeto de
rodovias é da pela seguinte equação:
Rampas Mínimas
Drenagem Superficial => 0,5 % (pavimentos lisos)
1,0 % (pavimentos rugosos)
PROJETO VERTICAL
CURVAS VERTICIAS
PARÁBOLAS DE 2° GRAU
Encontrando a, b e c:
Na origem do sistema: