Reforma Trabalhista Na Prática
Reforma Trabalhista Na Prática
Reforma Trabalhista Na Prática
e-book
REFORMA
TRABALHISTA
NA PRÁTICA
OS 14 PRINCIPAIS PONTOS ALTERADOS PELA NOVA LEGISLAÇÃO
Índice
Introdução Pág. 04 8. Gravidez Pág. 15
1. Negociação coletiva e acordos mútuos Pág. 08 9.1. Representação dos empregados na empresa Pág. 17
Página 2
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1. Título
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Introdução
Em 2017, foi aprovado e sancionado um conjunto de alterações que
deram nova cara à legislação do trabalho no Brasil. Conhecida popu-
larmente como Reforma Trabalhista, a medida modificou diversos
aspectos na relação entre empregado e empregador e deixou bas-
tante gente confusa — inclusive profissionais que lidam diretamente
com a aplicação das leis trabalhistas.
Diante deste cenário, o professor e Procurador do Trabalho Henrique
Correia se debruçou sobre o tema para abordar, de forma original
e simplificada, o que exatamente mudou com a nova legislação e o
quanto essas modificações podem impactar na sua rotina.
Desta iniciativa nasceu a obra Guia Prático da Reforma Trabalhista
no seu dia a dia, publicada pela Editora Saraiva.
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O que você encontrará
neste e-book
O propósito deste material é servir de consulta para todos os pro-
e-book
fissionais — e também estudantes — que desejem conhecer a fun-
do e de forma prática as principais alterações feitas na legislação
trabalhista brasileira.
e-book
Selecionamos os 14 principais pontos modificados pela Reforma
e, para facilitar o entendimento na hora da consulta, separamos as
informações em quatro itens complementares: REFORMA
TRAB A
NA PRÁTIC LHISTA
• Como era antes da nova legislação;
• Como ficou após a aprovação da Reforma;
• O que muda no dia a dia para quem
A
atua na área trabalhista;
• Como encontrar a alteração na própria
Lei nº 13. 467, de 13 de julho de 2017.
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Contexto da
Reforma Trabalhista
Apesar de muitos relacionarem a Reforma Trabalhista a uma reforma da CLT (Conso-
lidação das Leis do Trabalho), é importante ter em mente que as alterações promo-
vidas na legislação atingiram também outras leis. Assim, essas modificações fo-
ram muito mais abrangentes do ponto de vista do Direito e do Processo do Trabalho.
Além da CLT, houve mudanças na Lei nº 6.019 de 1974 (Lei do Trabalho Temporá-
rio); na Lei nº 8.036 de 1990; e na Lei nº 8.213 de 1991, além da Medida Provisória
2.223 de 2001.
A Reforma entrou em vigor em 11 de novembro de 2017, exatamente quatro meses
após ter sido sancionada pelo Presidente da República — conforme previa a legislação.
As novas regras passaram a valer para todos os contratos de trabalho vigentes, tanto
novos quanto antigos, e atingiram diversos pontos da legislação, como férias, jor-
nada, remuneração, plano de carreira e trabalho remoto (home office), entre outros.
Também foi retirada a obrigatoriedade da contribuição sindical e o processo para
questionamento de direitos trabalhistas na Justiça do Trabalho ficou mais rigoroso.
Nas páginas seguintes, entenda mais sobre as 14 principais modificações da Re-
forma Trabalhista — que já estão valendo!
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e-book
14 PRINCIPAIS
MUDANÇAS
NA LEI TRABALHISTA
1. Negociação coletiva
e acordos mútuos
Como era antes da Reforma:
A legislação trabalhista permitia convenções e negociações coletivas diferentes do que estava previsto em
lei, mas somente se o acordo em questão beneficiasse o trabalhador e o colocasse num patamar acima
do que constava na legislação.
LEI Nº 13.467, DE 13 DE JULHO DE 2017.- Art. 8º § 3o No exame de convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho, a Justiça do Trabalho analisará exclusivamente a conformidade dos elementos essenciais
do negócio jurídico, respeitado o disposto no art. 104 da Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil), e balizará sua atuação pelo princípio da intervenção mínima na autonomia da vontade coletiva.
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2. Jornada
de Trabalho
Como era antes da Reforma:
Constitucionalmente, a jornada de trabalho corresponde ao período em que o empregado fica à disposição do empregador. Antes da
Reforma entrar em vigor, este período não poderia ser superior a 8 horas diárias e a 44 horas semanais. Essa regra incluía o trajeto
do empregado para o local de trabalho (juridicamente, as horas de locomoção são conhecidas pelo termo “horas in intineres”) tanto
na ida quanto na volta. A lei também possibilitava a redução da jornada mediante acordo ou convenção coletivas de trabalho e, se
não houvesse essa negociação, aplicava-se o que estava expresso no art. 58 da CLT e seguintes.
LEI Nº 13.467, DE 13 DE JULHO DE 2017.- art. 58, § 2º O tempo despendido pelo empregado desde a sua residência até a efetiva ocupação do posto de trabalho e para o seu retorno,
caminhando ou por qualquer meio de transporte, inclusive o fornecido pelo empregador, não será computado na jornada de trabalho, por não ser tempo à disposição do empregador.
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3. Férias
Como era antes da Reforma:
Basicamente, o direito às férias está expresso na Constituição Federal, no artigo 7º, inciso XVII: “gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do
que o salário normal”. Dessa forma, o trabalhador tinha direito a 30 dias de férias, fracionadas em dois períodos, não podendo ser um deles menor que 10 dias.
LEI Nº 13.467, DE 13 DE JULHO DE 2017 - “Art. 134.- § 1o Desde que haja concordância do empregado, as férias poderão ser usufruídas em até três períodos, sendo que um deles não poderá ser inferior a quatorze
dias corridos e os demais não poderão ser inferiores a cinco dias corridos, cada um.
§ 3o É vedado o início das férias no período de dois dias que antecede feriado ou dia de repouso semanal remunerado.” (NR)
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4. Teletrabalho
(Home Office)
Como era antes da Reforma:
Legalmente, não era reconhecido o exercício do teletrabalho, popularmente
conhecido como home office.
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5. Feriados
Como era antes da Reforma:
Antes da Reforma Trabalhista, era vedado por lei que o profissional trabalhasse em feriados, exceto por atividades que não pudessem ser interrompidas
em virtude de sua própria natureza, como atividades hospitalares e serviços de vigilância. Porém, mesmo nesses casos, se, por ventura, o empregado fosse
convocado para trabalhar nesse período, receberia em dobro o valor do dia trabalhado.
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6. Banco
de Horas
Como era antes da Reforma:
O trabalhador usufruía do limite de até 2 horas diárias para trabalhar além do
período estipulado em contrato, nunca excedendo o período de 10 horas.
LEI Nº 13.467, DE 13 DE JULHO DE 2017- Art. 59 § 5º O banco de horas de que trata o § 2o deste
artigo poderá ser pactuado por acordo individual escrito, desde que a compensação ocorra no período
máximo de seis meses.
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7. Trabalho
intermitente
Como era antes da Reforma:
Antes da Reforma Trabalhista não havia a previsão da figura do trabalhador intermitente na CLT. Essa categoria representa uma nova modalidade de
trabalho, em que o empregado presta serviços de qualquer natureza, mas não há subordinação contínua com o empregador. Agora, pode ser feito um contrato
entre a empresa (empregador) e o funcionário, que deverá comparecer mediante chamado.
A Reforma possibilitou que as empresas agora possam contratar um profissional para prestar serviços esporádicos e pagá-lo somente pelo período em que
realizou as atividades. Ou seja, mesmo sem o requisito da habitualidade, o trabalhador intermitente foi reconhecido como empregado – mas sem deixar de
observar outros requisitos essenciais, como:
• Subordinação;
• Alternância de período de prestação de serviço e de inatividade;
• Prestação não contínua de serviço;
• Convocação*.
*O profissional intermitente deve atentar-se às regras de convocação: esta deverá ocorrer com, no mínimo, 3 dias de antecedência, por meio de rede de comunicação eficaz. O empregador deverá informar o empregado
sobre a jornada de trabalho e outras especificações da atividade. Após análise das condições, o trabalhador intermitente deverá se manifestar no prazo máximo de 1 dia, sob risco de perder a oportunidade.
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8. Gravidez
Como era antes da Reforma:
Antes da Reforma, gestantes e lactantes eram afastadas obrigatoriamente dos trabalhos com condições consideradas insa-
lubres em qualquer grau. Além disso, não havia limite de tempo para a gestante comunicar a empresa sobre a gravidez.
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9. Contribuição
Sindical
O pagamento da contribuição sindical é uma espécie de tributo, cujo valor destinava-se
ao sistema confederativo, às centrais sindicais e ao Fundo de Amparo ao Trabalhador.
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9.1. Representação dos
empregados na empresa
Com a Reforma Trabalhista, a empresa com mais de 200 empregados exige a formação de uma comissão representativa, por meio de eleição de trabalha-
dores. O número de representantes varia de acordo com o total de empregados da empresa e vai de três a sete membros.
É preciso destacar que comissão é diferente de sindicato, visto que aquela não tem poderes para celebrar contratos coletivos. A comissão tem como objetivo
promover o entendimento entre empregados e empregadores de forma direta, tendo estabilidade expressa no período de um ano (duração do mandato).
Dessa forma, o empregador deve solicitar autorização por escrito dos empregados ou dos profissionais, indicando se optam ou não pelo desconto da contri-
buição sindical em folha de pagamento. A decisão do empregado deverá ser respeitada.
LEI Nº 13.467, DE 13 DE JULHO DE 2017. ‘Art. 510-A. Nas empresas com mais de duzentos empregados, é assegurada a eleição de uma comissão para representá-los, com a finalidade de promover-lhes o
entendimento direto com os empregadores.
§ 1o A comissão será composta: I - nas empresas com mais de duzentos e até três mil empregados, por três membros; II - nas empresas com mais de três mil e até cinco mil empregados, por cinco membros;
III - nas empresas com mais de cinco mil empregados, por sete membros.
‘Art. 510-C. A eleição será convocada, com antecedência mínima de trinta dias, contados do término do mandato anterior, por meio de edital que deverá ser fixado na empresa, com ampla publicidade, para
inscrição de candidatura.
§ 1o Será formada comissão eleitoral, integrada por cinco empregados, não candidatos, para a organização e o acompanhamento do processo eleitoral, vedada a interferência da empresa e do sindicato da
categoria.
§ 2o Os empregados da empresa poderão candidatar-se, exceto aqueles com contrato de trabalho por prazo determinado, com contrato suspenso ou que estejam em período de aviso prévio, ainda que indenizado.
§ 3o Serão eleitos membros da comissão de representantes dos empregados os candidatos mais votados, em votação secreta, vedado o voto por representação.
§ 4o A comissão tomará posse no primeiro dia útil seguinte à eleição ou ao término do mandato anterior.
§ 5o Se não houver candidatos suficientes, a comissão de representantes dos empregados poderá ser formada com número de membros inferior ao previsto no art. 510-A desta Consolidação.
§ 6o Se não houver registro de candidatura, será lavrada ata e convocada nova eleição no prazo de um ano.’
‘Art. 510-D. O mandato dos membros da comissão de representantes dos empregados será de um ano.
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10. Terceirização
de Serviços
Um dos pontos mais polêmicos da Reforma Trabalhista refere-se à terceirização de
serviços, que ocorre no momento em que uma instituição contrata outra empresa
para realizar determinada função (por exemplo, atividades de limpeza e segurança).
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• Equiparação salarial: é possível estabelecer salário equivalente dos empregados aos terceirizados, além de conceder outros direitos;
• Quarentena: o empregado fixo, se demitido, poderá ser recontratado pela empresa para voltar a prestar serviços como terceirizado somente após o período
de 18 meses.
Requisitos para a terceirização lícita:
• Ausência de pessoalidade;
• Subordinação entre tomador de serviço e terceirizado;
• Capacidade econômica da empresa prestadora de serviços (o vínculo de subordinação será entre empresa prestadora e o trabalhador).
LEI No 6.019, DE 3 DE JANEIRO DE 1974.Art. 4o-A. Considera-se prestação de serviços a terceiros a transferência feita pela contratante da execução de quaisquer de suas atividades, inclusive sua atividade
principal, à pessoa jurídica de direito privado prestadora de serviços que possua capacidade econômica compatível com a sua execução. (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017)
§ 1o A empresa prestadora de serviços contrata, remunera e dirige o trabalho realizado por seus trabalhadores, ou subcontrata outras empresas para realização desses serviços. (Incluído pela Lei nº 13.429,
de 2017)
§ 2o Não se configura vínculo empregatício entre os trabalhadores, ou sócios das empresas prestadoras de serviços, qualquer que seja o seu ramo, e a empresa contratante. (Incluído pela Lei nº 13.429, de 2017)
Art. 4o-C. São asseguradas aos empregados da empresa prestadora de serviços a que se refere o art. 4o-A desta Lei, quando e enquanto os serviços, que podem ser de qualquer uma das atividades da contratante,
forem executados nas dependências da tomadora, as mesmas condições: (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
I - relativas a: (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
a) alimentação garantida aos empregados da contratante, quando oferecida em refeitórios; (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
b) direito de utilizar os serviços de transporte; (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
c) atendimento médico ou ambulatorial existente nas dependências da contratante ou local por ela designado; (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
d) treinamento adequado, fornecido pela contratada, quando a atividade o exigir. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
II - sanitárias, de medidas de proteção à saúde e de segurança no trabalho e de instalações adequadas à prestação do serviço. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
§ 1o Contratante e contratada poderão estabelecer, se assim entenderem, que os empregados da contratada farão jus a salário equivalente ao pago aos empregados da contratante, além de outros direitos não
previstos neste artigo. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
§ 2o Nos contratos que impliquem mobilização de empregados da contratada em número igual ou superior a 20% (vinte por cento) dos empregados da contratante, esta poderá disponibilizar aos empregados
da contratada os serviços de alimentação e atendimento ambulatorial em outros locais apropriados e com igual padrão de atendimento, com vistas a manter o pleno funcionamento dos serviços existentes.
(Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017).
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11. Remuneração
e Salário
Como era antes da Reforma:
Antes da Reforma, integravam o salário valores pagos a título de gorjeta, co-
missão, prêmios etc. O índice das parcelas, além de ser menor, ocorria apenas
com a ajuda de custos.
LEI Nº 13.467, DE 13 DE JULHO DE 2017. “Art. 457 - Compreendem-se na remuneração do empregado, para todos os efeitos legais, além do salário devido e pago diretamente pelo empregador, como contrapres-
tação do serviço, as gorjetas que receber. (Redação dada pela Lei nº 1.999, de 1.10.1953) (Vide Lei nº 13.419, de 2017)”
Importante lembrar que os valores das parcelas indenizatórias não refletem no cálculo das outras verbas trabalhistas. Já as verbas salariais terão impacto em outros valores, como o adicional de
insalubridade, que compõe o cálculo das férias do empregado.
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12. Demissão e
Recisão Contratual
Como era antes da Reforma:
Não havia previsão para o distrato de comum acordo antes da Reforma. Este deveria ocorrer por iniciativa do empregado ou do empregador. O artigo 482
da CLT (Lei Nº 13.467, de 13 de julho de 2017) expressava as hipóteses para a dispensa dos empregados por justa causa.
Para dar mais abertura aos requisitos do distrato, surgiu também o artigo 484-A da CLT, que trata da hipótese de rescisão contratual em comum acordo.
Agora, em caso de rescisão, haverá flexibilização dos direitos referentes ao empregado. Com a mudança, este passará a:
• Receber 50% do aviso prévio;
• Receber 20% do valor sobre o depósito do FGTS;
• Sacar até 80% dos depósitos do FGTS. Neste caso, o empregado não terá direito ao seguro-desemprego.
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13. Danos Morais e outras
ações na Justiça
Como era antes da Reforma:
Não havia previsão expressa na CLT sobre a responsabilidade civil por dano material ou extrapatrimonial do empresário. Além disso, não estavam previstas as normas para
danos morais e existenciais do empregado. Por isso, em casos como esses, aplicavam-se as regras da Constituição Federal de 1988 e do Código Civil de 2002.
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14. Registro de
Empregados - Multas
Como era antes da Reforma:
Até a Reforma, estaria sujeito à multa o empregador que não registrasse seus empregados. O valor indenizatório era cobrado de acordo com cada pessoa não registrada. Porém, não
estavam previstas nem a dupla visita* para a aplicação de multa nem a previsão destas para averiguar casos de informações incompletas no registro dos funcionários.
*O artigo 23 do Decreto nº4.552/02 determina expressamente que os auditores fiscais deverão realizar duas visitas à empresa, uma para orientar e outra para advertir as pessoas e empresas fiscalizadas a respeito
da legislação trabalhista. Os objetivos, respectivamente, consistem em reparar anomalias e verificar a implantação das medidas que foram orientadas na primeira visita.
LEI Nº 13.467, DE 13 DE JULHO DE 2017. “Art. 47. O empregador que mantiver empregado não registrado nos termos do art. 41 desta Consolidação ficará sujeito a multa no valor de R$ 3.000,00 (três mil reais)
por empregado não registrado, acrescido de igual valor em cada reincidência.
§ 1o Especificamente quanto à infração a que se refere o caput deste artigo, o valor final da multa aplicada será de R$ 800,00 (oitocentos reais) por empregado não registrado, quando se tratar de microempresa
ou empresa de pequeno porte.
§ 2o A infração de que trata o caput deste artigo constitui exceção ao critério da dupla visita.” (NR)
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